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Introdução

Este trabalho tem por finalidade sistematizar as orientações para coleta, preparo e transporte de
amostras biológicas, se adequando às exigências do Programa e as Normas de Biossegurança nos
Serviços de Saúde.

As orientações aqui apresentadas se forem bem observadas, as circunstâncias para as análises


serão mais favoráveis, e tal iniciativa deverá criar procedimentos básicos comuns, para que os
utentes possam ter confiança, de que receberão atendimento semelhante independentemente do
local em que sejam atendidos.

Para que o laboratório também possa oferecer resultados confiáveis, não basta que as técnicas
sejam executadas de forma correta, é necessário que se receba uma boa amostra e entenda como
a mesma obtida em quantidade suficiente, em recipiente adequado, bem identificado e
corretamente transportado.

Colheita de amostras em Cuidados de Enfermagem


Coleta
A fase pré-analítica para exames laboratoriais é de grande importância para todas as pessoas
envolvidas no atendimento aos pacientes e quando realizada de forma inadequada pode
comprometer os resultados. É importante a identificação adequada do paciente e dos recipientes
nos quais será colocada a amostra. Deve-se estabelecer um vínculo seguro e indissolúvel entre o
paciente e o material colhido para que, no final, seja garantida a rastreabilidade de todo o
processo.

Recepção de amostra
O paciente deve ser recebido com cortesia e cordialidade. O profissionalismo é importante para
que o paciente tenha uma boa primeira impressão. Sorria, seja amigável, mas seja profissional
falando com o paciente, dedicando-lhe atenção, explicando os procedimentos aos quais ele vai
ser submetido, de modo a transmitir-lhe tranquilidade e segurança. No momento em que o
paciente é chamado, a identidade deve ser conferida e confirmada através da ficha de entrada.

Condições do paciente
Coletar antes das principais refeições e principalmente antes da realização de exercícios físicos
(se o paciente veio caminhando ou pedalando de longa distância, esperar até que ele se sinta
descansado para fazer a coleta).
Amostra

Considera-se como amostra todo material biológico, líquidos, secreções, excreções, fragmentos
de tecidos, obtidos do corpo humano e que possam ser analisados e material não-biológico como
água, alimentos, medicamentos, saneantes e outros. Embora não seja necessário conhecer todos
os detalhes sobre os procedimentos analíticos dos testes, é essencial conhecer o tipo de amostras
necessárias para cada teste

Identificação da Amostra
Qualquer amostra deve vir identificada com etiqueta autocolante, em letra legível e colocada de
maneira que se possa visualizar a amostra, contendo os seguintes dados:

NÚMERO DO CÓDIGO DE BARRA - gerado pelo sistema FOGELA;

NOME COMPLETO DO PACIENTE:


Localidade

Modelo de Etiqueta

Cuidados preliminares

Ao iniciar os trabalhos, o técnico deve ter todas as condições para uma boa coleta, organizar seu
material de acordo com a amostra a ser coletada, estar portando seus Equipamentos de Proteção
Individual - EPI, ter seus Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC à disposição, conferir todos
os dados da requisição e preparar a identificação da amostra.

ACONDICIONAMENTO DAS AMOSTRAS PARA TRANSPORTE

 Comunicar o envio das amostras ao destinatário, com a data e o horário de chegada,


previstos;
 Acondicionar os tubos com as amostras em uma estante, dentro de um saco plástico,
transparente,
 bem vedado;
 Colocar o saco com amostras em caixa térmicas para transporte, as quais devem ser de
material rígido, lavável, impermeável, com tampa, cantos e bordas arredondados e
devidamente identificados, contento gelo reciclável;
 Caso você não disponha de gelo reciclável, colocar cubos de gelo dentro de um saco
plástico bem vedado evitando o vazamento da água, e descongelamento do gelo;
 A quantidade de gelo utilizada deve corresponder a, no mínimo, 1/3 do volume da
embalagem;
 Colocar em um envelope protegido com um saco plástico, as informações devidamente
conferidas relativas à amostra;
 Prender com fita adesiva, esse envelope na parte interna da tampa da caixa térmica;
 Colar, na parte externa da tampa, uma etiqueta com o nome da instituição destinatária,
endereço, nome do responsável pelo recebimento, nome da instituição remetente,
endereço, telefone, horário de envio e validade da embalagem.
 Colocar uma etiqueta com o símbolo de “Risco biológico”

Validade: O prazo de validade da embalagem depende do tipo de gelo utilizado

Gelo reciclável: até 30 horas de validade.

Gelo comum acondicionado em saco plástico: até 15 horas de validade

Temperatura: As amostras devem ser acondicionadas à temperatura de 2 a 8ºC. Embora varie


de acordo com diferentes analitos, para a maioria é recomendada a temperatura de chegada das
amostras entre 14 e 26 °C.

Altas temperaturas no transporte e centrifugação aceleram a deterioração dos constituintes


sanguíneos e em temperatura abaixo de 0 °C podem causar hemólise.

Posicionamento dos tubos: em posição vertical, para evitar derramamento da amostra

COLETA DE SANGUE
EQUIPAMENTOS E MATERIAL DE SEGURANÇA NECESSÁRIO
 Equipamentos de Proteção Individual: jaleco, máscara, óculos, luvas descartáveis;
 Algodão hidrófilo;
 Álcool iodado a 1% ou álcool etílico a 70%;
 Agulha e seringa descartável;
 Sistema à vácuo: suporte, tubo e agulha descartável;
 Tubos de ensaio com tampa;
 Etiquetas para identificação de amostras;
 Caneta;
 Recipiente com a boca larga, com paredes rígidas e tampa para o descarte de material
perfurocortantes
 Estantes para tubos

PROCEDIMENTOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS PARA O INÍCIO DA COLETA DE


SANGUE
Locais de escolha para a punção da veia:
As veias basílica mediana e a cefálica são as mais utilizadas, sendo que, a basílica mediana é a
melhor opção, pois a cefálica é mais propensa à formação de hematomas;
No dorso da mão, o arco venoso dorsal é o mais recomendado por ser mais calibroso

Áreas a serem evitadas:


Locais com cicatrizes de queimadura;
Áreas com hematoma;
Membro superior próximo ao local onde foi realizado mastectomia, cateterismo ou qualquer outro
procedimento cirúrgico.

Técnicas para evidenciação da veia:


 Pedir para o paciente abaixar o braço e fazer movimentos suaves de abrir e fechar a mão;
 Massagear delicadamente o braço do paciente (do punho para o cotovelo);
 Fixação das veias com os dedos nos casos de flacidez
 Uso adequado do torniquete:
 Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo à partir da altura do ombro
 Posicionar o torniquete com o laço para cima, a fim de evitar a contaminação da área de punção;
 Usar o torniquete por no máximo dois minutos;
 Aplicar o torniquete cerca de 8 cm acima do local da punção para evitar contaminação do local;
 Ao garrotear, pedir ao paciente para fechar a mão para evidenciar a veia;
 Não aperte intensamente o torniquete, pois o fluxo arterial não deve ser interrompido.
Atenção: Não aplicar o procedimento de “bater na veia com dois dedos”, isto pode provocar
hemólise e alterar os resultados analíticos.
Posição do paciente:

 Paciente sentado: de maneira confortável, numa cadeira própria para coleta de sangue. O
braço
 deve estar apoiado firmemente no descanso e o cotovelo não deve ser dobrado;
 Paciente acomodado em leito: solicitar ao paciente que se coloque em posição
confortável, colocar
 um travesseiro embaixo do braço do qual será coletada a amostra.
Antissepsia e higienização das mãos:

 Sabonete líquido comum ou bactericida;


 Papel toalha absorvente
Observação: Antes de iniciar qualquer exame no laboratório, retirar anéis, pulseiras, relógio e
quaisquer adereços das mãos e braços.

Esquema para lavagem de mãos (Figura 07) onde se localiza o a figura referida)
Abrir a torneira com a mão não dominante (para destro, usar a mão esquerda; para o canhoto, à
direita);

 Molhar as mãos, sem encostar-se a pia ou lavatório;20


 Ensaboar as mãos, friccionando-as por aproximadamente 15 a 30 segundos, atingindo: palma das
mãos; dorso das mãos; espaços interdigitais; polegar; articulações; unhas e extremidades; dedos e
punhos;
 Enxaguar as mãos, tirando o sabão com bastante água corrente;
 Enxugar com papel absorvente;
 Fechar a torneira utilizando o papel absorvente ou os cotovelos; calçar as luvas e executar o
trabalho de rotina no laboratório;
 Quando terminar os exames, retirar as luvas com cuidado pelo avesso e colocar na lixeira de
pedal
para material infectante;
Tornar a lavar as mãos, de acordo com as instruções acima

Observações importantes
Não enxugar as mãos com toalha de tecido;

 Não usar sabonete em barra;


 Colocar as luvas com cuidado, para evitar que se rasguem, devem ficar bem aderidas à
pele para evitar a perda da sensibilidade nas mãos
Técnica de Coleta de Sangue
4.1.4.1. Coleta de sangue venoso com seringa e agulha descartáveis

 Verificar se a cabine de coleta está limpa e guarnecida com o material necessário para
iniciar as coletas;
 Solicitar ao paciente que diga seu nome completo para confirmação do pedido médico e
etiquetas;
 Conferir e ordenar todo material a ser usado no paciente (tubos, gaze, torniquete, etc.).
Esta
identificação deve ser feita na frente do paciente;

 Informá-lo sobre o procedimento


 Abrir o lacre da agulha de coleta múltipla de sangue a vácuo em frente ao paciente;
 Higienizar as mãos e calçar as luvas;
 Caso use o torniquete, pedir para que o paciente abra e feche a mão, afrouxá-lo e esperar
2 minutos para usá-lo novamente;
 Realizar a antissepsia, do local da punção:
 Usar gaze com álcool etílico 70%, comercialmente preparado;
 Limpar o local com movimento circular do centro para a periferia;
 Permitir a secagem da área por 30 segundos;
 Não assoprar, não abanar e não colocar nada no local;
 Não tocar novamente na região após a antissepsia
 Garrotear o braço do paciente;
 Retirar a proteção da agulha hipodérmica
 Fazer a punção num ângulo oblíquo de 30º, com o bisel da agulha voltado para cima. Se
necessário, para melhor visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão (longe do local
onde foi feita a antissepsia);
 Quando o sangue começar a fluir dentro da seringa, desgarrotear o braço do paciente e
pedir para que abra a mão;
 Aspirar devagar o volume necessário de acordo com a quantidade de sangue requerida na
etiqueta dos tubos. Aspirar o sangue evitando bolhas e espuma, e com agilidade, pois o
processo de coagulação do organismo do paciente já foi ativado no momento da punção;
 Retirar a agulha da veia do paciente;
 Ter cuidado com a agulha para evitar acidentes com perfurocortantes, descartá-la em
recipiente adequado, sem a utilização das mãos;
 Exercer pressão no local, de 1a 2 minutos, evitando a formação de hematomas e
sangramentos;
 Orientar o paciente para que não dobre o braço, não carregue peso ou bolsa a tiracolo no
mesmo lado da punção, por no mínimo 1 hora;
 Abrir a tampa do 1º tubo, deixar que o sangue escorra pela sua parede, devagar para
evitar hemólise;
 Fechar o tubo e homogeneizar, invertendo-o suavemente de 5 a 10 vezes de acordo com
o tubo utilizado;
 Abrir a tampa do 2º tubo, e assim sucessivamente até o último tubo. Não esquecer de
fazer o processo tubo a tubo, para evitar a troca de tampa dos tubos;
 Ao final, descartar a seringa e agulha em recipiente apropriado para materiais
perfurocortantes;
 Verificar se existe alguma pendência, certificar-se das condições gerais do paciente e
liberá-lo;
 Colocar as amostras em local adequado ou encaminha-las imediatamente para
processamento.

COLETA DE URINA PARA EXAMES


Consiste na coleta de urina com emprego de técnica asséptica, pois a confiabilidade do resultado
depende da forma correta da coleta. Desse modo, a observância na identificação precisa dos
materiais necessários e na sequência do protocolo estabelecido são indispensáveis para a
execução do procedimento. A coleta de urina para cultura deve ser realizada pela manhã,
utilizando
a primeira urina do dia.
INDICAÇÃO
Para esclarecer diagnóstico, como infecção urinária, cálculo renal, doenças renais, presença de
sangramento, identificação de agente infeccioso, para direcionar tratamento antimicrobiano, e
para
detectar alterações nos valores padrões dos elementos da urina

COLETA DE URINA
Explicar o procedimento ao paciente e acompanhante;
2. Higienizar as mãos;
3. Fazer a identificação para o frasco de exame com nome, leito, número do prontuário,
unidade de internação, data e hora;
4. Orientar o paciente a:
4.1. Fazer higiene íntima utilizando água e sabão;
4.2. Desprezar o primeiro jato urinário e coletar o segundo jato no recipiente estéril;
4.3. Entregar o frasco com a urina no posto de enfermagem;
5. Colocar a identificação, preparada anteriormente, no frasco;
6. Registrar o procedimento em ficha única;
7. Encaminhar o material, devidamente protocolado ao laboratório.

COLETA DE URINA EM PACIENTES ADULTOS ACAMADOS:


1. Higienizar as mãos;
2. Fazer a identificação para o frasco de exame com nome, leito, número do prontuário,
unidade de internação, data e hora;
3. Explicar o procedimento ao paciente e acompanhante;.
4. Colocar biombos ao redor do leito;
5. Calçar luvas de procedimentos;
6. Colocar a comadre sob o paciente;
7. Fazer higiene íntima com água e sabão;
8. Desprezar o primeiro jato de urina e coletar o segundo em frasco estéril;Secar o paciente e
retirar a comadre;
9. Assegurar que o paciente esteja confortável e seguro no leito (grades elevadas);
10. Deixar a unidade do paciente em ordem;
11. Secar o frasco com papel toalha, caso seja necessário;
12. Colar a identificação, preparada anteriormente, no frasco;
13. Descartar o material utilizado em local apropriado;

ATENÇÃO A PONTOS IMPORTANTES E POSSÍVEIS RISCOS

 Sempre desprezar o primeiro jato de urina, pois o mesmo contém células e secreções
 que podem estar presentes na uretra, principalmente na presença de processo
 inflamatório ou infeccioso.
 O que poderia mascarar o resultado do exame;
 Não fazer uso de pomadas na região genital no dia anterior a coleta de urina;
 Para a coleta de urina em mulheres, recomenda-se a abstinência sexual de pelo menos
 24 horas;
 Em mulheres menstruadas, usar tampão vaginal após a lavagem íntima, para evitar a
 contaminação da urina com sangue;
 Nunca obter amostra direto da bolsa coletora, pois esta urina pode ter sido eliminada há
 várias horas;
 Nunca desconectar o cateter do tubo de drenagem para obter uma amostra, pois pode
 haver entrada de patógenos e aumentar o risco de contaminação.
 Retirar luvas de procedimentos;
 Registrar o procedimento em ficha única;
 Encaminhar o material, devidamente protocolado ao laboratório

Resumo:
A correta colheita de amostras é uma etapa fundamental no diagnóstico e monitoramento de diversas
condições de saúde. Este resumo aborda os principais aspectos relacionados à colheita de amostras e os
cuidados de enfermagem necessários para garantir a precisão dos resultados e o bem-estar do paciente. Na
colheita de amostras, é essencial seguir procedimentos padronizados para evitar contaminação e garantir a
integridade do material coletado. Os cuidados de enfermagem começam antes da colheita, com a
preparação do paciente e do ambiente, garantindo condições ideais para o procedimento. Durante a
colheita, é crucial seguir técnicas assépticas, utilizar materiais estéreis e respeitar os protocolos
específicos para cada tipo de amostra, seja sangue, urina, fezes, entre outras. Além disso, a comunicação
eficaz entre a equipe de enfermagem e o paciente desempenha um papel fundamental, fornecendo
informações claras sobre o procedimento, esclarecendo dúvidas e garantindo o conforto e a colaboração
do paciente. Após a colheita, os cuidados de enfermagem continuam, incluindo a rotulagem correta das
amostras, o armazenamento adequado e o transporte seguro para o laboratório. A monitorização do
paciente após o procedimento também é importante para identificar e tratar precocemente qualquer
complicação.
a colheita de amostras requer não apenas habilidades técnicas, mas também uma abordagem holística que
considere o bem-estar e a segurança do paciente em todas as etapas do processo. Os cuidados de
enfermagem desempenham um papel crucial na garantia da qualidade das amostras e na promoção da
saúde dos pacientes.

Introdução:
A colheita de amostras e os cuidados de enfermagem associados são elementos essenciais na prática
clínica, desempenhando um papel fundamental na obtenção de informações precisas para diagnóstico,
tratamento e monitoramento de pacientes. Este trabalho tem como objetivo explorar a importância desses
processos, destacando os procedimentos adequados de coleta de amostras e os cuidados necessários para
garantir a segurança e o bem-estar do paciente. Ao abordar aspectos como preparação adequada, técnicas
assépticas, identificação precisa do paciente e conforto durante o procedimento, busca-se enfatizar a
relevância dos cuidados de enfermagem nesse contexto. Por meio dessa análise, pretende-se fornecer uma
visão abrangente dos desafios e melhores práticas envolvidos na colheita de amostras, destacando a
importância do papel do enfermeiro na obtenção de resultados confiáveis e na promoção de cuidados de
saúde de qualidade."
Objetivo Geral:
 Investigar a importância da colheita de amostras e dos cuidados de enfermagem associados na
prática clínica, analisando os procedimentos adequados de coleta, as técnicas assépticas e os
cuidados necessários para garantir a segurança e o bem-estar do paciente.
Objetivos Específicos:
1. Analisar os diferentes tipos de amostras utilizadas na prática clínica e sua relevância para o
diagnóstico e tratamento de doenças.
2. Explorar os procedimentos adequados de coleta de amostras, incluindo preparação do paciente,
técnicas de punção e manejo pós-coleta.
3. Avaliar a importância da identificação precisa do paciente durante a colheita de amostras e os
protocolos de segurança associados.
4. Investigar as técnicas assépticas utilizadas durante a colheita de amostras para prevenir a
contaminação e garantir a integridade dos resultados.
5. Examinar os cuidados de enfermagem voltados para o conforto e bem-estar do paciente durante o
procedimento de colheita de amostras.
6. Destacar a importância do papel do enfermeiro na obtenção de resultados precisos e na promoção
de cuidados de saúde de qualidade por meio da colheita de amostras e cuidados associados

Metodologia:
Para garantir a fidedignidade da informacao contida neste trabalho de pesquisa sobre colheita de amostras
e cuidados de enfermagem. Utilizaram se dados com bases no estudo tipo exploratorio com recurso a
revisão bibliográfica englobando busca, seleccao de materiais ceintificos como livros, artigos cientificos
publicada na internet, relatorios, manuais de procedimento vigente no pais, que abordaram tem em causa.
A metodologia foi seguida de maneira consistente e a linguagem utilizada e clara e acessivel. Isso
prpocionara uma base solida para o facil desenvolvimento do trabalho
Desenvolvimento:
Colheita de amostras
colheita de amostra é o processo de coletar uma pequena quantidade de material ou substância de um
organismo, ambiente ou outra fonte para análise posterior. A finalidade da colheita de amostra pode variar
dependendo do contexto, mas geralmente envolve a obtenção de informações ou dados específicos para
diagnóstico, monitoramento, pesquisa ou outros fins científicos.
Coleta
A fase pré-analítica para exames laboratoriais é de grande importância para todas as pessoas envolvidas
no atendimento aos pacientes e quando realizada de forma inadequada pode comprometer os resultados. É
importante a identificação adequada do paciente e dos recipientes nos quais será colocada a amostra.
Deve-se estabelecer um vínculo seguro e indissolúvel entre o paciente e o material colhido para que, no
final, seja garantida a rastreabilidade de todo o processo.
Amostra
Considera-se como amostra todo material biológico, líquidos, secreções, excreções, fragmentos de
tecidos, obtidos do corpo humano e que possam ser analisados e material não-biológico como água,
alimentos, medicamentos, saneantes e outros. Embora não seja necessário conhecer todos os detalhes
sobre os procedimentos analíticos dos testes, é essencial conhecer o tipo de amostras necessárias para
cada teste
As amostras podem ser coletadas de uma variedade de fontes, incluindo:
1. Amostras biológicas: Sangue, urina, fezes, tecido, secreções corporais (por exemplo, saliva,
secreção vaginal, escarro).
Sangue: Coletado através de punção venosa ou arterial, utilizado para análises laboratoriais como
hemograma, dosagem de hormônios, entre outros.
Técnica de Coleta de Sangue
Coleta de sangue venoso com seringa e agulha descartáveis

 Verificar se a cabine de coleta está limpa e guarnecida com o material necessário para
iniciar as coletas;
 Solicitar ao paciente que diga seu nome completo para confirmação do pedido médico e
etiquetas;
 Conferir e ordenar todo material a ser usado no paciente (tubos, gaze, torniquete, etc.).
Esta
identificação deve ser feita na frente do paciente;

 Informá-lo sobre o procedimento


 Abrir o lacre da agulha de coleta múltipla de sangue a vácuo em frente ao paciente;
 Higienizar as mãos e calçar as luvas;
 Caso use o torniquete, pedir para que o paciente abra e feche a mão, afrouxá-lo e esperar
2 minutos para usá-lo novamente;
 Realizar a antissepsia, do local da punção:
 Usar gaze com álcool etílico 70%, comercialmente preparado;
 Limpar o local com movimento circular do centro para a periferia;
 Permitir a secagem da área por 30 segundos;
 Não assoprar, não abanar e não colocar nada no local;
 Não tocar novamente na região após a antissepsia
 Garrotear o braço do paciente;
 Retirar a proteção da agulha hipodérmica
 Fazer a punção num ângulo oblíquo de 30º, com o bisel da agulha voltado para cima. Se
necessário, para melhor visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão (longe do local
onde foi feita a antissepsia);
 Quando o sangue começar a fluir dentro da seringa, desgarrotear o braço do paciente e
pedir para que abra a mão;
 Aspirar devagar o volume necessário de acordo com a quantidade de sangue requerida na
etiqueta dos tubos. Aspirar o sangue evitando bolhas e espuma, e com agilidade, pois o
processo de coagulação do organismo do paciente já foi ativado no momento da punção;
 Retirar a agulha da veia do paciente;
 Ter cuidado com a agulha para evitar acidentes com perfurocortantes, descartá-la em
recipiente adequado, sem a utilização das mãos;
 Exercer pressão no local, de 1a 2 minutos, evitando a formação de hematomas e
sangramentos;
 Orientar o paciente para que não dobre o braço, não carregue peso ou bolsa a tiracolo no
mesmo lado da punção, por no mínimo 1 hora;
 Abrir a tampa do 1º tubo, deixar que o sangue escorra pela sua parede, devagar para
evitar hemólise;
 Fechar o tubo e homogeneizar, invertendo-o suavemente de 5 a 10 vezes de acordo com
o tubo utilizado;
 Abrir a tampa do 2º tubo, e assim sucessivamente até o último tubo. Não esquecer de
fazer o processo tubo a tubo, para evitar a troca de tampa dos tubos;
 Ao final, descartar a seringa e agulha em recipiente apropriado para materiais
perfurocortantes;
 Verificar se existe alguma pendência, certificar-se das condições gerais do paciente e
liberá-lo;
 Colocar as amostras em local adequado ou encaminha-las imediatamente para
processamento.

Urina: Obtida por meio da micção, utilizada para análise bioquímica, detecção de substâncias tóxicas,
entre outros.

COLETA DE URINA PARA EXAMES


Consiste na coleta de urina com emprego de técnica asséptica, pois a confiabilidade do resultado
depende da forma correta da coleta. Desse modo, a observância na identificação precisa dos materiais
necessários e na sequência do protocolo estabelecido são indispensáveis para aexecução do
procedimento. A coleta de urina para cultura deve ser realizada pela manhã, utilizandoa primeira urina
do dia. Para esclarecer diagnóstico, como infecção urinária, cálculo renal, doenças renais, presença de
sangramento, identificação de agente infeccioso, para direcionar tratamento antimicrobiano, e para
detectar alterações nos valores padrões dos elementos da urina
COLETA DE URINA
Explicar o procedimento ao paciente e acompanhante;
Higienizar as mãos;
3. Fazer a identificação para o frasco de exame com nome, leito, número do prontuário,
unidade de internação, data e hora;
4. Orientar o paciente a:
4.1. Fazer higiene íntima utilizando água e sabão;
4.2. Desprezar o primeiro jato urinário e coletar o segundo jato no recipiente estéril;
7. Encaminhar o material, devidamente protocolado ao laboratório.

COLETA DE URINA EM PACIENTES ADULTOS ACAMADOS:


3. Explicar o procedimento ao paciente e acompanhante;.
4. Colocar biombos ao redor do leito;
6. Colocar a comadre sob o paciente;
7. Fazer higiene íntima com água e sabão;
8. Desprezar o primeiro jato de urina e coletar o segundo em frasco estéril;Secar o paciente e retirar
a comadre;
9. Assegurar que o paciente esteja confortável e seguro no leito (grades elevadas);
10. Deixar a unidade do paciente em ordem;
11. Secar o frasco com papel toalha, caso seja necessário;
12. Colar a identificação, preparada anteriormente, no frasco;
13. Descartar o material utilizado em local apropriado;
Encaminhar o material, devidamente protocolado ao laboratório
Fezes: Coletadas para análise de parasitas, presença de sangue oculto, entre outros.
Tecidos: Obtidos através de biópsias ou cirurgias, utilizados em análises histológicas e moleculares.
Secreções corporais: Incluindo saliva, secreção vaginal, escarro, entre outras, utilizadas em diversos
tipos de análises clínicas.
2. Amostras ambientais: Água, solo, ar, alimentos.
Água: Coletada de fontes naturais, reservatórios ou sistemas de tratamento, utilizada para análises
químicas e microbiológicas.
Solo: Obtido de diferentes profundidades e locais para análises de nutrientes, pH, presença de
contaminantes, entre outros.
Ar: Coletado em amostradores específicos para análises de poluentes atmosféricos, partículas em
suspensão, entre outros.
Alimentos: Amostragem de produtos alimentícios para análises microbiológicas, de resíduos de
pesticidas, entre outras.
3. Amostras clínicas: Fluidos corporais, como sangue e urina, que são coletados para diagnóstico
médico.
4. Amostras microbiológicas: Culturas de bactérias, fungos ou vírus para identificação e teste de
sensibilidade a antibióticos.
Culturas de Micro-organismos: Amostras de bactérias, fungos, vírus, entre outros, coletadas em meios de
cultura para identificação e estudo de suas características.
Amostra genetica
DNA e RNA: Obtidos a partir de sangue, saliva, tecidos, entre outros, para análises genéticas, como
sequenciamento, identificação de mutações, entre outros.
Os cuidados de enfermagem desempenham um papel crucial na colheita de amostras, garantindo a
precisão dos resultados e o conforto e segurança do paciente. Aqui estão alguns pontos importantes sobre
os cuidados de enfermagem durante o processo de colheita de amostras:

Preparação do Paciente:
Explicar o procedimento ao paciente de forma clara e tranquilizadora, fornecendo informações sobre o
que esperar.
Obter o consentimento informado do paciente antes da coleta da amostra, explicando os propósitos e
possíveis desconfortos associados ao procedimento.
Identificar o paciente corretamente, utilizando, por exemplo, dois identificadores únicos (nome completo
e data de nascimento).
Preparação do Ambiente:
Garantir a privacidade do paciente durante o procedimento, fechando cortinas ou portas, se necessário.
Manter a área de trabalho limpa e organizada, seguindo protocolos de assepsia e antissepsia para prevenir
infecções.
Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs):
Usar luvas estéreis ou não estéreis, máscara facial e avental descartável, conforme necessário, para
proteger tanto o paciente quanto o profissional de enfermagem.

Técnicas de Coleta:
Seguir protocolos padronizados para a coleta de cada tipo de amostra, garantindo a técnica correta e
minimizando o risco de contaminação.
Realizar a coleta de maneira cuidadosa e delicada, especialmente em pacientes sensíveis ou com veias
frágeis.
Prevenção de Contaminação:

Utilizar técnicas assépticas durante todo o processo de coleta para evitar a contaminação da amostra.
Descartar corretamente todos os materiais utilizados após a coleta da amostra, seguindo os protocolos de
biossegurança.
Identificação e Rotulagem Adequadas:
Rotular corretamente os recipientes de amostra com informações essenciais, como identificação do
paciente, tipo de amostra, data e hora da coleta.
Verificar se as informações na etiqueta correspondem aos registros do paciente antes de enviar a amostra
para análise.
Conforto do Paciente:
Prover conforto e apoio emocional ao paciente durante todo o procedimento, garantindo que suas
necessidades sejam atendidas.
Monitorar sinais de desconforto ou complicações durante e após a coleta da amostra, agindo prontamente
para mitigar qualquer problema.
A colheita de amostras desempenha um papel crucial no campo da enfermagem, contribuindo
significativamente para o diagnóstico, tratamento e monitoramento de pacientes. Aqui estão algumas das
principais razões pelas quais a colheita de amostras é importante no cuidado de enfermagem:

Diagnóstico Preciso:
Através da colheita de amostras, os enfermeiros podem ajudar a identificar condições médicas, monitorar
a progressão de doenças e avaliar a eficácia dos tratamentos. Por exemplo, a análise de amostras de
sangue, urina e outros fluidos corporais pode fornecer informações vitais sobre a saúde do paciente e
ajudar no diagnóstico de uma ampla gama de condições médicas.

Monitoramento Contínuo:
A colheita regular de amostras é essencial para monitorar a saúde de pacientes com condições crônicas ou
agudas. Os enfermeiros podem coletar amostras regularmente para acompanhar os níveis de glicose no
sangue em pacientes diabéticos, a função renal em pacientes com insuficiência renal e muitos outros
parâmetros de saúde.
Avaliação de Resposta ao Tratamento: A análise de amostras coletadas ao longo do tempo pode ajudar
os enfermeiros a avaliar a eficácia dos tratamentos prescritos. Por exemplo, a monitorização regular dos
níveis de medicação em amostras de sangue pode ajudar a determinar se um paciente está respondendo
adequadamente ao tratamento.
Prevenção e Controle de Infecções: A colheita de amostras também desempenha um papel importante
na prevenção e controle de infecções. Os enfermeiros podem coletar amostras para identificar patógenos
específicos e determinar os melhores cursos de ação para prevenir a disseminação de doenças infecciosas.
Apoio à Pesquisa Clínica: As amostras colhidas por enfermeiros também podem ser usadas para
pesquisa clínica, ajudando a avançar nosso entendimento de doenças, tratamentos e cuidados de saúde. A
participação ativa dos enfermeiros na colheita de amostras para estudos clínicos é fundamental para o
progresso da medicina e enfermagem
Conclusão:
a colheita de amostras e os cuidados de enfermagem desempenham um papel fundamental na prática
clínica, proporcionando dados essenciais para diagnóstico, monitoramento e tratamento de pacientes. Ao
longo deste trabalho, exploramos os procedimentos de colheita de diferentes tipos de amostras, desde
sangue e urina até tecidos e secreções corporais, destacando a necessidade de seguir protocolos
padronizados para garantir a precisão e integridade dos resultados.
Além disso, discutimos os cuidados de enfermagem essenciais durante o processo de colheita de
amostras, enfatizando a importância da preparação adequada do paciente, do ambiente e do profissional
de enfermagem, bem como da prevenção de contaminação e da garantia do conforto do paciente. A
utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e a adoção de técnicas assépticas são aspectos
críticos para garantir a segurança tanto do paciente quanto do profissional de saúde.

Percebemos que é crucial reconhecer que a qualidade dos resultados das amostras está diretamente
relacionada à qualidade dos cuidados prestados durante o processo de colheita. Portanto, os profissionais
de enfermagem desempenham um papel essencial na garantia da precisão diagnóstica e na promoção do
bem-estar do paciente. A colheita de amostras é uma etapa crítica em muitos processos, pois a qualidade e
a precisão dos resultados dependem em grande parte da forma como a amostra é coletada, armazenada e
transportada. Por isso, é essencial seguir protocolos e procedimentos padronizados para garantir a
integridade das amostras e a confiabilidade dos dados obtidos a partir delas.
Referencias Bibliograficas
Perry, A. G., Potter, P. A., & Elkin, M. K. (2017). Fundamentos de Enfermagem. Elsevier Brasil.
Polit, D. F., & Beck, C. T. (2017). Fundamentos de pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências
para a prática de enfermagem. Artmed Editora.
Potter, P. A., & Perry, A. G. (2018). Procedimentos de enfermagem. Elsevier Brasil.
Wilkinson, J. M., & Van Leuven, K. (2018). Fundamentos de Enfermagem em Saúde Mental e
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Trabulsi, L. R., & Alterthum, F. (2019). Microbiologia. Atheneu.

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