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PIESC IV

Atualização em Procedimentos
de Coleta de Materiais
Biológicos para Servidores
Municipais

Discentes:
Simone Santos de Lima
Sônia Mara
Fabiola da Silva
PIESC - Programa de Integração Escola e Comunidade

• Objetivos:
Atualizar os profissionais na coleta de materiais biológicos: uso
correto de EPI´s e procedimento para coleta para urina, fezes e
de sangue venoso.
O que é EPI´s ?

Segundo a norma regulamentadora número 6 do


Ministério do Trabalho e do emprego, o EPIs é
todo dispositivo ou produto, de uso individual
utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção
de riscos a sua segurança e a saúde no trabalho
(NR 6, 2001).
Uso correto de EPI´s e boas práticas

O comportamento do profissional é fundamental para o uso correto


de Epis e outras boas práticas no atendimento em saúde;

É importante o conhecimento sobre o uso correto de EPIs para evitar


o risco de contaminação e comprometimento a qualidade de
assistência à saúde do paciente;

As boas práticas em saúde resumem em um padrão de medidas


básicas de utilização de EPIs, regras de higienização, limpeza, manuseio
correto de equipamentos e substâncias, descarte de resíduos, lavagem das mãos
e outras ações.
Antissepsia e
higienização das mãos:
 Sabonete líquido
comum ou
bactericida;

PIESC I

PIESC II

PIESC IV
PIESC III
 Papel toalha
absorvente.

Observação: Antes de
iniciar qualquer
1º º 3º 4º
exame no laboratório,
retirar anéis,
pulseiras, relógio e
quaisquer adereços
das mãos e braços.
Atualização em Procedimentos de Coleta de Materiais
Biológicos para Servidores Municipais

• Os exames laboratoriais são de extrema importância na atividade clínica.

• A segurança e confiança nos resultados é essencial

60 a 70% dos
erros ocorrem
na fase pré
analítica
Equipamentos de Proteção Individual – EPIs
→Jaleco: uso em todos os tipos de procedimentos, com as seguintes características: manga longa
com elástico no punho, comprimento mínimo na altura dos joelhos, abertura frontal e de tecido
preferencialmente de algodão ou tecido não inflamável;
→ Luvas: para coleta, manuseio, acondicionamento de materiais biológicos; pode ser de procedimento
ou cirúrgica, em látex;
→ Óculos de proteção: usar em situações de risco de formação de aerossóis, salpicos de material
contaminado ou quebras de vidraria;
→ Máscara de Proteção Respiratória e Facial: usar em situações de risco de formação de aerossóis e
salpicos de material potencialmente contaminado.
Equipamentos de Proteção Individual – EPIs

ORDEM DE PARAMENTAÇÃO ORDEM DE RETIRAR PARAMENTAÇÃO


- 1° Vestir o avental ou jaleco; - 1° Retirar as luvas;

- 2° vestir a máscara de proteção; - 2° Retirar o avental ou jaleco;

- 3° Retirar o gorro ou a touca;


- 3° colocar os óculos ou protetor
facial; - 4° Remover os óculos ou protetor
facial;
- 4°vestir touca;
- 5° Remover a máscara de proteção
- 5° calçar as luvas. respiratória.
(COFEN/COREN, 2020.)
COLETA DE URINA PARA EXAME
Importante:
• Colher de preferência a primeira urina da manhã.
Abrir o frasco somente na hora da coleta para evitar a
contaminação.
• Realizar higiene das áreas genitais com água e sabão, para
evitar contaminação, fazer a secagem destas áreas.
• Desprezar o primeiro jato de urina, colhendo-se o jato médio
em diante.
• Realizar o exame em até duas horas, caso não seja possível,
manter a amostra sobre refrigeração por no máximo 6 horas.
(ESPECIALMED, 2021; ORTIZ, 2020.)
COLETA DE URINA PARA EXAME
COLETA DE URINA PARA EXAME
COLETA DE FEZES PARA EXAME
Recomendações:
Não fazer o uso uma semana antes da coleta de substâncias
como laxantes, antiácidos, bismuto, sulfato ferroso
e óleos minerais.
O copo coletor de fezes possui boca larga com tampa de
rosca, vem com uma espátula, uma etiqueta identificando o nome , data e
hora da coleta deve ser colocada no frasco após a coleta;
A amostra coletada deve estar livre de contaminação como: urina, papel,
terra...
Realizar a coleta logo após a evacuação, com uma espátula, coletar 3
porções de fezes, sendo uma porção de cada parte (inicial, meio e final ), em
caso de visualizar alguma substância diferente é importante coletar e
colocar junto no frasco, recolher de 30 a 40 g de fezes ou meio frasco
(FERRAZ, 2021).
Materiais necessários para todos os tipos de
coleta de sangue
1. Gaze ou algodão hidrófilo;
2. 2. Álcool etílico a 70% peso/ peso (p/p);
3. Etiquetas para identificação de amostras;
4. Caneta esferográfica;
5. Estantes para os tubos;
6. Recipiente de paredes rígidas e próprio para
desprezar material perfurocortante.
7. Garrote;
8. Luvas descartáveis;
9. Curativos
Materiais para coletas com sistema a vácuo
1. Garrote.
2. Curativo adesivo.
3. Escalpe descartável
com dispositivo de
segurança.
4. Agulha descartável com
dispositivo de
segurança.
5. Adaptador para agulha.
6. Tubos a vácuo.
Materiais para coletas com seringa e agulha

1. Garrote.
2. Curativo adesivo.
3. Seringa.
4. Agulha.
5. Escalpe descartável com
dispositivo de segurança.
6. Tubos.
CALIBRE DA AGULHA
A agulha deve ser escolhida de acordo
com as características físicas
Escalpe
das veias do paciente, a ideal é de
calibre 21 G (25 X 08 Mm), pois a de
calibre menor pode: causar hemólise,
sendo recomendado somente quando a
veia do paciente for fina ou em casos
especiais.
PREPARO PARA A COLETA DE SANGUE VENOSO
Certificar a necessidade de jejum de 8 a 12 horas, se faz uso de
substâncias medicamentosas;

Lavar as mãos e higieniza-las com álcool 70%;

Calçar as luvas;

Identificar com palpação qual é a melhor veia do paciente a


ser coletado, em braço sem histórico de mastectomia
cateterismo, ou qualquer outro procedimento cirúrgico;

Posicionar o braço do paciente inclinando levemente para


baixo e estendido;
Locais de escolha para punção venosa
Áreas que não Dicas
devem ser puncionadas
• Posicione o braço do usuário, mantendo-o
• Áreas com terapia ou hidratação intravenosa levemente inclinado para baixo;
de qualquer espécie; • Braço deve estar apoiado firmemente
• Locais com cicatrizes de queimadura; pelo descanso e o cotovelo não deve
• Membro superior próximo ao local onde estar dobrado;
foi realizada mastectomia, • Abrir e fechar a mão em movimentos
cateterismo ou qualquer outro suaves;
procedimento cirúrgico; • Abaixar o braço e novamente abrir e
fechar a mão em movimentos
• Áreas com hematomas; suaves;
• Áreas da pele com ferimentos, abscessos • Massageie delicadamente o braço do
e outras lesões; usuário, no sentido do punho para o
• Veias que já sofreram trombose porque cotovelo.
são pouco flexíveis, com paredes
endurecidas;
• Veias com múltiplas punções recentes.
Detalhes
•Antissepsia
do procedimento
•Umedecer o algodão no momento da coleta
•Uso correto do torniquete:
•Álcool etílico 70%
•8-10 cm acima do local da
•Iodeto de povidona 1 a 10% punção
•Sem álcool: clorexidina, sabão neutro
•Não interromper o fluxo
•Antissepsia de dentro para fora ou de arterial
baixo para cima
•Tempo de garroteamento
•Esperar a secagem máximo: 1 min
•Evita hemólise e ardência da punção
•Laço ou encaixe para cima
•Não assoprar
•Não dar tapas
•Após localizar a veia afrouxe
o torniquete
•Não abanar
•Aguarde 2 min antes de
•Não tocar na região
garrotear novamente para
fazer a punção
Detalhes do procedimento
•Angulação correta da agulha
30º - 45º
Segurar a pele com a outra mão

Angulação correta Angulação incorreta


Bisel para
cima
Coleta de sangue venoso com seringa

Com uma das nãos firmando o corpo da seringa, aspira-se tracionando o


êmbolo cm a outra mão, de modo a desenvolver mínima pressão negativa
para a entrada do sangue;

Liberar o garrote antes de retirar a agulha, em seguida, deve-se aplicar


pressão digital sobre o local puncionado, com algodão seco, o adesivo deve
ser colocado após pressão por tempo suficiente para o estancamento;

O sangue da seringa deve ser transferido para os tubos com cuidado


deixando aos poucos ser expleido pelo vácuo do tubo, para evitar hemólise,
em seguida inverter o tubo de cinco a oito vezes, após o termino remover a
agulha da seringa com a pinça para evitar acidentes.
Coleta de sangue venoso com tubos à vácuo
Para coletar o sangue em tubos à vácuo, com o bisel voltado para cima,
Puncionar a agulha a um ângulo de 30 graus ou menos, desse modo
evita-se que o sangue se choque com força na parede do tubo, evitando
a quebra das hemácia;

Uma agulha bipolar é acoplada em suporte que facilita a manipulação para


a punção venosa. Uma vez penetrada a veia, o tubo á vácuo é introduzido
no suporte e pressionado para frente, a agulha traseira fura a borracha e o
sangue é aspirado para o tubo;

A quantidade de sangue/aditivo presente no tubo deve ser seguida


conforme a quantidade indicada no tubo, se for insuficiente ou excedente
alteram a proporção levando a resultados incorretos.
Retomando:

Procedimento de coleta

5. Troca de tubos 6. Homogeneizar por 7. Liberação do garrote (Vácuo)


inversão

(Vácuo)
1. Preparo do material
1. Preparo do material 2. Garroteamento,

(Seringa e Agulha) seleção da veia

8. Remoção da agulha 8. Remoção da agulha 9. Compressão (Vácuo)


(Seringa e agulha)

**Dispositivo de
10. Descarte do transferência
3. Antissepsia 4. Punção (Vácuo) 4. Punção (Seringa e material em local
agulha) seguro e
apropriado
Sequência dos tubos
As cores indicam o tipo de tratamento que o
tubo recebeu:
Colher primeiro as amostras para testes
de coagulação que utilizam tubos de citrato
de sódio (tampa azul);

Na sequência, os tubos para obtenção de soro,


sem anticoagulante somente (tampa vermelha) ou contendo gel;

Separador com ativador de coágulo (tampa amarela ou vermelha com


anel amarelo);

Se for colher amostras em tubos plásticos que contém outros


anticoagulantes, inicie pelo tubo que contém heparina (tampa verde) e,
na sequência , o tubo com EDTA (tampa roxa) e por último o tubo com
fluoreto de sódio/EDTA (tampa cinza) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).
Sequência dos tubos
- A sequência da coleta de sangue para exames sorológicos,
contagem de CD4 +/CD8 + e quantidade de carga viral:

Inicie com o tubo de tampa vermelha/amarela ou vermelha


com anel, amarelo para obter soro para os exames sorológicos;

Em seguida, colete amostra em três tubos de tampa roxa.


Um para obter o sangue total para a contagem de linfócitos
T CD4+/CD8+ e dois para obter o plasma para a quantificação de carga viral.
Armazenamento e transporte da amostra
Deve obedecer condições de
temperatura ambiente, em local de
baixa umidade e protegido da luz
solar;

Sendo o padrão técnico até 6 horas


para garantir a sua integridade e
estabilidade de várias enzimas.
Considerações finais
A atualização em biossegurança para o profissional sobre
o uso de EPIs para coleta de materiais biológicos, sobre
como proceder na realização de coleta de amostras de
urinas, fezes, e de sangue venoso pode ser muito
importante para que possa corrigir eventuais erros na
prática do seu cotidiano, possibilitando a tomada de
medidas corretivas em prol da melhoria continua dos
seus processos de atendimento.

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