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ADMINISTRAÇÃO DE

MEDICAMENTOS POR VIA


PARENTERAL

Profa Linda katia e Profa Roberta Kaliny


ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL

• Administração por meio de injeções;

• Procedimento invasivo realizado por meio de técnica


asséptica – Risco de infecção;

• Material: bandeja, algodão com álcool a 70%, luvas


de procedimento, seringas, agulhas, cateteres (scalp
e jelcos) – tamanhos variados;
SERINGAS

Ou bico
SERINGAS
SERINGAS

TAMANHOS

Seringa de 1ml (graduação em UI)

Seringa de 3ml

Seringa de 5ml

Seringa de 10ml

Seringa de 20ml

Seringa de 60ml
AGULHAS
AGULHAS X SOLUÇÕES

• 40X1,2 = retirar medicamento do frasco;

• 30x0,8: IM Oleosas e
• 25x0,8: IM suspensões

• 30x0,7: IM Aquosas
• 25x0,7: IM

• 20x 0,6: IM Vacinas e


• 20x0,5: IM Aquosas

• 13x0,45: ID e SC
Insulinas e
• 13x0,4: ID e SC vacinas
• 13x0,38: ID e SC
Tamanho do cateter agulhado
comum (scalp)
Tamanho do cateter sobre agulha -
jelco
VIA PARENTERAL
Preparo da pele:
- Uso de antisséptico;

- Movimentos unidirecionais de cima para baixo.


PREPARO DA INJEÇÃO – AMPOLA
• Higienizar das mãos, reunir o material;

• Fazer movimentos circulares ou dar leves batidas na


parte de cima para retirar o líquido da parte superior
da ampola;

• Colocar uma compressa pequena de gaze ou um


chumaço de algodão com álcool ao redor do gargalo
da ampola;

• Quebrar o topo da ampola de forma rápida e firme;

• Colocar a ampola entre os dedos indicador e médio


com uma da mãos e pegar a seringa com os dedos
indicador e médio da outra mão;

• Aspirar a medicação virando a ampola de cabeça


para baixo, sem contaminar.
PREPARO DA INJEÇÃO – FRASCO

• Higienizar das mãos, reunir o material;

• Remover a tampa que cobre o frasco, limpar o


selo de borracha com algodão e álcool;

• Introduzir a agulha no selo de borracha;

• Aspirar a medicação ou diluir (SF ou água


destilada) o pó sem contaminar.
VIA PARENTERAL

Fonte: Potter e Perry, 2013


VIA INTRADÉRMICA (ID)
• Absorção lenta em decorrência do reduzido suprimento
sanguíneo na área;

• Administração de pequena quantidade de medicamento


0,1 a 0,5 ml em seringa de 1ml.

• Agulha introduzida no ângulo de 10 a 15º ( paralela a pele)


com o bisel para cima. A ponta da agulha deve ser vista
através da pele.

• Exemplos: teste alergicos, tuberculínico e vacinas (BCG).


VIA INTRADÉRMICA ID
• Áreas de aplicação:
- Região interna mediana do
antebraço;
- na região do músculo deltoide, na face
externa superior do braço direito (BCG).
PROCEDIMENTO: Via intradermica.
Material
✓ Seringa de 1 mL;
✓ Agulhas (10x5, 15x3 ou 13x4,5);
✓ Bandeja;
✓ Algodão.
Técnica
✓ Higienizar as mãos;
✓ Posicionar o braço apoiado e a face ventral voltada para
cima;
✓ Distender a pele, introduzindo a agulha num angulo de 10º a
15º (paralela a pele) com o bisel voltado para cima;
✓ A agulha não deve penetrar mais que 2mm, não sendo
necessário aspirar após sua introdução;
✓ Injetar a solução, observar a formação da pápula, retirar a
agulha, não friccionar a pele para evitar o retorno do liquido;
VIA SUBCUTÂNEA
• Via de absorção constante e lenta;

• Capacidade em adultos de 0,5 a 1ml.


• Capacidade em crianças: até 0,5 ml.
VIA SUBCUTÂNEA
• Áreas de aplicação:

- Face externa anterior e


posterior do braço.
- Face anterior lateral da coxa.
- Parede Abdominal.
- Região escapular
- Região glútea.

Tem que ter os rodízios dos


locais para evitar lipodistrofias.
• PROCEDIMENTO: Via subcutânea
• Material
• ✓ Bandeja;
• ✓ Seringa de 1mL= 100UI;
• ✓ Agulha para aspiracão;
• ✓ Agulha para administração 13/4,5 ou
13/4,0;
• ✓ Algodão;
• ✓ Álcool 70%.
TÉCNICA SUBCUTÂNEA
• ✓ Higienizar as mãos;
• ✓preparar o material;
• ✓ Fazer a desinfecção da ampola ou frasco;
• ✓ Aspirar o liquido e retirar o ar com a agulha protegida;
• ✓ Escolher e expor o local da aplicação;
• ✓ Pressionar a pele, segurando e mantendo uma prega tendo certeza
• que esta pinçando o tecido subcutâneo;
• ✓ Realizar antissepsia, aguardar secar o local;
• ✓ Introduzir a agulha com bisel para cima e angulo de 90° (agulha
• curta);
• ✓ Soltar a prega e aspirar em seguida, injetar a solução lentamente,
• se atingir um vaso, retirar a agulha e introduzir em outro local;
• ✓ Não fazer fricção (massagem) no local
• Desprezar o material descartável em recipiente apropriado.
VIA INTRAMUSCULAR

• Via de absorção mais rápida que no tecido


subcutâneo (mais vascularizada);

• DESVANTAGENS:
- Risco de lesar vasos sanguíneos e nervos;

- Risco de infecções (nódulos, endurecimento


da região);

- Dolorosa.
VIA INTRAMUSCULAR
• LOCAIS DE APLICAÇÃO:
Via Intramuscular - IM
• Preparo:
• Limpar o local de aplicação com álcool a 70%;
• Esperar secar;
• Introduzir a agulha com bisel
LATERALIZADO;
• ASPIRAR;
• Observar se há retorno venoso;
• Injetar a medicação;
• Retirar a agulha;
• Cobrir com algodão seco.
VIA INTRAMUSCULAR
• MÚSCULO DELTÓIDE:

- Fácil acesso, porém pouco desenvolvido;

- Risco de lesão do nervo radial;

- LOCAL: 3 dedos abaixo do ombro, em um


ângulo de 90 graus;

- Capacidade de 1 a 2 ml.
INTRAMUSCULAR - DELTÓIDE
• Contraindicações:

- Crianças de 0 a 10 anos;

- Pequeno desenvolvimento muscular (caquéticos e idosos);

- Substâncias irritantes;

- Pacientes com parestesias dos braços;

- Pacientes mastectomizadas.
INTRAMUSCULAR - DELTÓIDE
• Complicações:
- Dor local;
- Diminuição da sensibilidade;
- Formação de abcesso e necrose;
- Atrofia da pele e tecido adiposo;
- Contratura e limitação da movimentação
do ombro.

• Principais causas:
- Técnica incorreta;
- Alta frequência de aplicações.
VIA INTRAMUSCULAR
• MÚSCULO VASTO LATERAL:

- Músculo bem desenvolvido;

- Local para aplicação de adultos, crianças e bebês;

• CAPACIDADE: 3 ml, no terço médio do músculo.


INTRAMUSCULAR – VASTO LATERAL
• Complicações:

- Hipertermia;

- Mancha avermelhada;

- Edema;

- Nodulações no local.
VIA INTRAMUSCULAR
• MÚSCULO DORSOGLÚTEO

• Região tradicional de aplicação, porém


envolve riscos de paralisia parcial ou
total da perna;

• Risco de atingir grandes vasos


sanguíneos, nervo ciático e dor intensa;

• Cliente em posição ventral, com os


dedos dos pés voltados para linha
mediana do corpo.

• CAPACIDADE: 3 ml.
INTRAMUSCULAR - DORSOGLÚTEO

Dividir o glúteo em 4 quadrantes


(linha imaginária) e aplicar
sempre no QUADRANTE
SUPERIOR EXTERNO.
INTRAMUSCULAR - DORSOGLÚTEO
• Contraindicações:

- Crianças menores de 2 anos,


principalmente as que não andam;

- Pacientes com parestesia ou paralisia


de membros inferiores;
VIA INTRAMUSCULAR
MÚSCULO VENTROGLÚTEO

• Envolve o glúteo médio, tem localização profunda


e longe dos principais nervos e vasos;

• Músculo desenvolvido em crianças que não


deambulam;

• Músculo de preferência para medicamentos de


maiores volumes e irritantes;

• Via menos dolorosa;

• CAPACIDADE: recomendado para volumes


maiores que 2 ml.
INTRAMUSCULAR - VENTROGLÚTEO
• LOCALIZAÇÃO:
Coloca-se a palma da mão sobre o trocânter maior do
fêmur, apontar o polegar na direção da virilha do paciente e
os outros dedos na direção da cabeça. Colocar o indicador
sobre a espinha ilíaca ântero-superior e estender o dedo
médio para trás na direção das nádegas. Haverá formação
de um V entre o indicador e o médio (o local de aplicação).
APLICAÇÃO IM – TÉCNICA EM Z

• Qual o objetivo?

• Qual o local de aplicação da técnica?

• Quais medicações?

• O que acontece se não aplicar a técnica?


APLICAÇÃO IM – TÉCNICA EM Z
- Após preparo da medicação, realizar limpeza da pele, esticar a pele com
a mão não dominante;

- Introduzir a agulha com movimento firme mantendo a pele puxada;

- Verificar se existe refluxo de sangue aspirando lentamente. Caso não


ocorra, aplicar a medicação.

- Retirar a agulha depois de 10 segundos e somente depois soltar a pele.

- Desta maneira a pele fechará a saída, impedindo o retorno da medicação.


APLICAÇÃO IM – TÉCNICA EM Z
VIA ENDOVENOSA
• Uso em emergências;

• Efeito farmacológico imediato;

• Admite grandes volumes;

• CUIDADO: com a sobrecarga circulatória se infundido


rapidamente;

• TIPOS: acesso venoso periférico (AVP) e cateter venoso


central (CVC).

• Não ter pressa. Inspecionar e selecionar com segurança o


melhor local para a punção.
LOCAIS DE PUNÇÃO VENOSA
VIA ENDOVENOSA
• Selecionar o local da punção no sentido da extremidade para
a raiz do membro;

• Evitar, se possível, articulações;

• Puncionar a veia com dispositivo de calibre adequado ao


vaso.

• Fixar o dispositivos, preferencialmente, com micropore.

• NUNCA aferir pressão arterial ou exercer garroteamento no


membro que estiver recebendo medicação 
extravasamento por refluxo.
VIA ENDOVENOSA - RESTRIÇÕES
• NÃO PUNCIONAR MEMBROS:
- Submetidos a radioterapia;
- Excessivamente puncionados ou edemaciados;
- Com presença de tumor;
- Correspondentes a mastectomia com esvaziamento
axilar;
- Com distúrbios motores e/ou sensoriais;

• NÃO PUNCIONAR:
- Vasos com sinais de flebite ou fibrose;
- Pele adjacente com presença de lesões;
- A mesma veia em um ponto abaixo à punção anterior
para evitar extravasamento.
DISPOSITIVOS PARA PUNÇÃO VENOSA

• CATETER RÍGIDO – SCALP: Dispositivo de


agulha rígida, com asas, tubo transparente e
conector com tampa.
• Quanto menor o número, maior o calibre da
agulha (numeração ímpar)
PUNÇÃO VENOSA COM SCALPE
• É indicado para coleta de amostra sanguínea,
administração de medicamento em dose única, em
terapia intravenosa de curta duração;

• DESVANTAGEM: tem maior incidência de


infiltrações.

• PROCEDIMENTO:
- Lavar as mãos e colocar as luvas de procedimento;
- Colocar garrote;
- Realizar antissepsia (algodão e álcool);
- Realizar a punção e logo após a fixação, com
identificação (data e nome do profissional, número do
scalpe).
DISPOSITIVOS PARA PUNÇÃO VENOSA

• CATETERES FLEXÍVEIS – ABOCATH, JELCO,


INTROCAN.
- Quanto menor o número, mais calibrosa a agulha
(numeração par)
PUNÇÃO VENOSA COM CATETER FLEXÍVEL
• MATERIAL:
- Garrote: 15 a 20cm acima do local da punção; Luva de
procedimento; Algodão e álcool; Micropore ou esparadrapo;
- Cateter tipo jelco: inserir a agulha em um ângulo de 30 a 45 graus,
retirar agulha e introduzir o cateter, soltar o garrote e adaptar a
conexão, observando o retorno venoso, fixar o cateter e identificar
(data, número do cateter e nome do profissional).
CUIDADOS COM LOCAL DA PUNÇÃO
• Avaliar o local e áreas adjacentes quanto à presença de
rubor, edema e drenagem de secreções por inspeção visual e
palpação sobre o curativo (fixação);
• Valorizar a queixa do paciente com relação à qualquer sinal
de desconforto como dor e parestesia (sensação de
formigamento).
• Avaliação diária da necessidade de permanência do cateter.
• Remover na suspeita de contaminação, mau funcionamento
ou complicações.
• Rotineiramente não deve ser trocado em um período inferior
à 96 horas.

Fonte: ANVISA. Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à


saúde. 2ª edição, 2017.
DESCARTE DE MATERIAL PERFURO-CORTANTE

• Via de Regra: NUNCA REENCAPAR agulhas!!!

• Caso seja necessário, usar uma pinça ou alicate para preensão


da tampa;

• As agulhas não devem ser entortadas, quebradas ou retiradas


da seringa com as mãos;
REFERÊNCIA
• BRASIL. ANVISA. Medidas de prevenção de infecção relacionada à
assistência à saúde. 2ª edição, 2017.

• Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária


(ANVISA). Protocolo de Segurança na Prescrição, uso e
Administração de Medicamentos. Protocolo coordenado pelo
Ministério da Saúde e ANVISA em parceria com FIOCRUZ e FHEMIG.
2013.
• GOMES et al. Semiotécnica em Enfermagem (recurso eletrônico).
Natal, RN. EDUFRN, 2018.

• POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 8ª ed.


Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

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