Você está na página 1de 63

ADMINISTRAÇÃO DE

MEDICAMENTOS

Prof: Tamires Soares


Aula 04
Administração de Medicamentos
É o processo de preparo e introdução de
medicamentos no organismo humano, visando obter
efeitos terapêuticos.

Medicamentos: São substâncias ou


associação de substâncias produzidas com a
finalidade de curar ou controlar determinadas
doenças, modificando ou explorando sistemas
fisiológicos ou patológicos para o benefício do
indivíduo.
Antes da administração de um
medicamento lembrar dos 9 Certos
1. Medicamento certo;
2. Paciente certo;
3. Dose certa;
4. Hora certa;
5. Via certa;
6. Tempo certo;
7. Validade certa;
8. Abordagem Certa;
9. Registro certo
10. Data certa.
11. Prescrição certa
12. Orientação certa
NA FASE DE PREPARO

 Ter muita atenção para evitar erros;

 Deve ser administrado por quem o preparou;


 Antes e após o preparo e administração das
medicações as mãos devem ser lavadas;

 Preparar o material, conforme a vias de administração:


bandeja, copo se Via Oral (VO), seringa e agulha do
tamanho indicado para cada via, algodão e álcool a
70%;
NA FASE DE PREPARO

 Realizar etiqueta de identificação de todos os


medicamentos que serão preparados;

 Utilizar técnicas assépticas no preparo das


medicações: quando em comprimido, mantenha-o
em blister, ou coloque-o em copo; se líquido,
coloque-o em copo; se injetável, utiliza técnica
asséptica durante sua aspiração
VIA PARENTERAL (INJETÁVEL)
 Intradérmica (ID);
 Subcutânea (SC);
 Intramuscular (IM);
 Intravenosa (IV OU EV).
A Pele

Primeira linha de defesa do organismo


• Flora residente e transitória
• Sofre alterações com a idade, doenças, exposição ao tempo.
• Fértil para crescimento bacteriano:
Calor, Umidade, 10.000 organismos/cm3.
A Pele

Três camadas:
o Epiderme: Flora residente e transitória; ação direta da luz solar, pressão
habitual e dificuldade de punção.
o Derme: Tecido conjuntivo (colágeno & fibras elásticas); suporte à vasos,
nervos, linfáticos e folículos pilosos; sensível e vascularizada; reage à
estímulos dolorosos (dor à venopunção), alterações de temperatura e
sensação de pressão.

o Tecido subcutâneo: Células de defesa; potencial para celulite e infecção;


reage à estimulação química ou imunológica
VIA PARENTERAL (INJETÁVEL)
VANTAGEM: fornece uma via mais rápida; quando a via oral é
contra-indicada, favorecendo, assim a absorção mais rápida;

 Os componentes básicos da agulha são: o canhão, a haste e o


bisel. O canhão é a porção mais larga da agulha que se fixa na
seringa, a haste é a porção maior e mais fina e o bisel é a
abertura final na parte distal da agulha.
VIA PARENTERAL (INJETÁVEL)

 A seringa é um recipiente utilizado para o preparo e


administração do medicamento, seus componentes
básicos são êmbolo, corpo e bico.
SERINGA E AGULHA
SERINGAS DE VIDRO
SERINGAS
AGULHAS

ID ou SC - seringa de l ml (100 UI) ou


3 ml e agulha 13/4,5 ou 13/4,0;

 IM - seringa de 3 ou 5 ml e agulha 25/8, 30/8;

 EV - seringa de 10 ou 20 ml e agulha 25/7 ou 30/7.


AGULHAS
 13 x 4,5 = utilizadas para as vias intradérmica
e subcutânea;

 25 x 7 ou 25 x 8 = utilizadas para as vias


subcutâneas, intramuscular e endovenosa;

 30 x 7 ou 30 x 8 = utilizadas para as vias


intramuscular e endovenosa;

 40 x 10 ou 40 x 12 = utilizadas para aspiração


das medicações, durante o preparo.
Técnica para a administração da
medicação injetável
 Lavar as mãos antes do procedimento;

 Reunir o material necessário (bandeja, luvas de

procedimento, medicação a ser aspirada, agulha de


aspiração (40X12), bolas de algodão e alcool a 70%),
sendo que para medicação:

 ID ou SC - seringa de l ml ou 3 ml e agulha 13/4,5 ou


13/4,0;
 IM - seringa de 3 ou 5 ml e agulha 25/8, 30/8;
 EV - seringa de 10 ou 20 ml e agulha 25/7 ou 30/7.
Via Intradérmica (ID)
 É empregada principalmente para fins diagnósticos,
quando se testam alergias ou reação para tuberculose.
Essa via resulta em pouca absorção sistêmica, produz
efeito principalmente local.

 Ao realizar a técnica de aplicação, deve-se certificar de


não injetar o medicamento profundo, evitando
iatrogenia na administração ID.

 O máximo de volume indicado para essa via é de 0,5


ml.
Via Intradérmica (ID)

 LOCAL DE APLICAÇÃO: Face interna do antebraço


Inserção inferior do deltóide direito (BCG)
 No ângulo de O a 15°, introduza em torno de 3 mm da
agulha, não realize aspiração, aplique o medicamento
de forma lenta e suave, observando a formação da
pápula;
 Caso seja um teste faça um demarcação da área para
futura avaliação;
Técnica para procedimento
de aplicação da via ID

SUGESTÃO:
https://www.youtube.com/watch?v=B4FrZ2hGqS8
Via Subcutânea (SC)
 A administração via subcutânea (SC) faz com que o líquido
seja absorvido lentamente a partir do tecido subcutâneo,
prolongando assim seus efeitos.

 É uma via utilizada com frequência na aplicação de


medicamentos em tratamentos de longa duração (Diabetes),
em pós-operatórios, na profilaxia de ocorrências vasculares
obstrutivas.
Via Subcutânea (SC)
 Atenção: nesta via deve ser realizado rodízio dos lo-
cais de aplicação com rigor, evitando iatrogenias;

 Com sua mão não dominante, segure a pele ao redor do


local da injeção e eleve firmemente o tecido subcutâneo
para formar uma dobra adiposa.

 Realize a aplicação no ângulo de 90 ° com agulha 13x4,0 ou


13x 4,5 e ângulo de 45° com agulha 25x7,25x8;
Via Subcutânea (SC)

 O volume indicado para essa via é de 0,5 ml até 2,0 ml.

 OBSERVAÇÃO: LIMITE: 1ml (VOLPATO, PASSOS, 2015)


 LIMITE: 1,5ml (CLAYTON, STOCK; COOPER, 2012; POTTER;
PERRY, 2010)
Intradérmico

Pele

Subcutâneo
Tecido

Músculo
Escolher local de fácil visualização
conforme figuras:
Velocidade de absorção:
 1. abdome
 2. braços
 3. coxa
 4. Gluteo
REVEZAMENTO DOS LOCAIS
DE APLICAÇÃO

Técnica: sugestão
https://www.youtube.com/watch?v=QiAf8Ntd_RA
DESCRIÇÃO DO
PROCEDIMENTO
1. Ler a prescrição médica;
2. Fazer a etiqueta de identificação: Leito, nome,
medicação, dose via e horário;
3. Higienizar as mãos;
4. Conferir os 9 certos;
5. Fazer desinfecção da ampoloa/frasco com algodão
e alcool a 70%;
6. Aspirar a dose da medicação com agulha 40x12;
7. Trocar agulha 13x4,5, colocar a etiqueta de
identificação na seringa e protegê-la com a própria
embalagem
DESCRIÇÃO DO
PROCEDIMENTO
8.Colocar na bandeja: seringa com medicação e algodão
embebido com álcool a 70%;
9.Levar a medicação, orientar o paciente, higienizar as
mãos;
10. Expor a área de aplicação;
11. Calçar as luvas de procedimento;
12.Fazer anti-sepsia do local, com algodão, fazendo
movimentos em sentidos únicos, utilizando todas as faces
do algodão;
13. Realizar a prega cutânea com a mão não dominante;
DESCRIÇÃO DO
PROCEDIMENTO
14. Introduzir a agulha com ângulo de 90°;
15.Soltar a prega e realizar a aspiração, puxando o
êmbolo para verificar se algum vaso foi atingido;
16.Injetar o líquido lentamente, fazendo pressão no
embolo com a mão dominante;
17.Ao termino da administração, retirar a agulha,
tracionando a seringa com movimento único e firme e
colocar algodão no local da punção;
18. Retirar a luva de procedimento;
19. Higienizar as mãos;
20. Checar o horário e registro de enfermagem
Observações:
 Não massagear o local de aplicação;
 Caso a agulha for maior, ex.: 25x7 ou 30x7,
introduzir em um ângulo de 45°;
 Caso tenha atingido um vaso sanguíneo, retire a
agulha, troque-a e reinicie o procedimento em
outro local;
 No caso de anticoagulante, não efetuar a aspiração
após a aplicação, pois poderá causar hematoma.
Via Intramuscular (IM)
A administração IM permite que você injete o medicamento
diretamente no músculo em graus de profundidade variados. É
usada para administrar suspensões aquosas e soluções oleosas,
garantindo sua absorção a longo prazo.

 As literaturas indicam que, no deltóide, o volume máximo é de


2 ml; a região glútea e o vasto lateral da coxa podem tolerar
bem até 5 ml,

 é necessário que o profissional realize uma avaliação da área


de aplicação, certificando-se do volume que esse local possa
receber.
Via Intramuscular (IM)

A 1° via de escolha é a vasto lateral, depois glúteo e por fim


deltóide, exceto em vacina.

Material: agulha 40x12 para aspiração do medicamento e


outra agulha para aplicação: 30x7
Técnicas para adm. IM

 Com sua mão não dominante, segure firmemente o


músculo para aplicação da injeção;
 Realizar aplicação no músculo escolhido, sempre com o
bisel lateralizado, introduzir a agulha no ângulo de 90°;

 Realize aspiração após a introdução da agulha,


certificando-se de que não houve punção de vaso
sanguíneo;

 Realize a aplicação do medicamento após aspiração local;


 Região anterolateral da coxa (FALC) –
Músculo Vasto lateral da coxa (terço
médio da coxa)
 Região dorso-glútea (DG) -
Músculo grande glúteo

inserção da
agulha

nervo ciático
 Músculo Deltóide
Região Ventro-Glútea ou
Hochstetter
 É a aplicação nos músculos glúteo médio e mínimo, é

uma aplicação profunda, distante de vasos sanguíneos

calibrosos e nervos grandes.


Região Ventro-Glútea ou
Hochstetter
 O profissional de enfermagem deve colocar a mão não
dominante espalmada sobre a região trocanteriana no
quadril do cliente, apontar o polegar para a virilha e os
outros dedos para a cabeça do cliente, coloque o
indicador sobre a crista ilíaca anterior e o dedo médio
para trás ao longo da crista ilíaca, esta posição formará
um V, o centro da letra V é o local para aplicação.
Observação

 O volume máximo para injeção IM é


de 5ml. Fracionar volumes acima de
5 e aplicar em locais diferentes
Via endovenosa (EV)
 Permite a aplicação de medicações diretamente na

corrente sanguínea através de uma veia.

 A administração pode variar desde uma única dose até

uma infusão contínua.


Via endovenosa (EV)
 Como o medicamento ou a solução é absorvido
imediatamente, a resposta do cliente também é imediata.
A biodisponibilidade instantânea transforma a via EV na
primeira opção para ministrar medicamentos durante
uma emergência. Como a absorção pela corrente
sanguínea é completa, grandes doses de substâncias
podem ser fornecidas em fluxo contínuo.
Material necessário para
punção venosa
Bandeja contendo - luva de procedimento; garrote ou
torniquete; bolas de algodão e álcool a 70%; cateter
periférico (cateter agulhado - tipo escalpe, cateteres sobre
agulha - tipo insyte/ jelco); adesivo para fixação do
cateter.
 Calçar as luvas de procedimento; Garrotear o local para
melhor visualizar a veia;
 Fazer antissepsia do local com algodão embebido em
álcool 70% do sentido proximal para distal;
 Realizar punção com o cateter escolhido, sempre com o
bisel voltado para cima, introduzir a agulha no ângulo de
45°.
Técnica para o procedimento
da punção periférica
 Desgarrotear o braço;
 Após a punção realizar fixação adequada com adesivo
disponível;
 Realizar dobraduras nas laterais do adesivo para facilitar a
sua troca diária;
 Identificar o adesivo com data, nome do realizador do
procedimento e hora, para controle de uma nova punção
ou para troca da fixação do cateter;
 Reunir o material e deixar o ambiente em ordem;
 Não reencape as agulhas;
 Realizar anotação de enfermagem do procedimento,
descrevendo local e intercorrências.
Locais mais indicados para
punção endovenosa
Veia Veia
basílica metacarpianas
dorsais

Veia
cefálica

Veia cefálica
Região dos membros superiores
Veia basílica
 veia cefálica acessória;
Veia cefálica Veia mediana do
 veia cefálica; acessória cotovelo

 veia basílica; Veia basílica


 veia intermédia do cotovelo; Veia cefálica Veia intermédia do
 veia intermédia do antebraço. antebraço
Material necessário para punção
venosa

cateter agulhado
Cateter periférico curto (CPC)
cateter sobre agulha
Encaixar o canhão da agulha no
bico da seringa, utilizando a técnica;
 Usar agulha adequada para aspiração 40x12
ou 40/10;
 Retire o ar da seringa empurrando o êmbolo
para o bico, já com a agulha conectada
(agulha com proteção);
Para continuar o procedimento, proteja
a seringa na sua embalagem;
Fazer a desinfecção com álcool a 70%
no frasco ampola e no gargalo da
ampola;
Abrir a ampola envolvendo-a com
algodão para evitar acidente;
Retire a capa de proteção da agulha,
deixando-a sobre a embalagem da
seringa;
Realize a aspiração da medicação, tendo o
devido cuidado para não contaminar o
material. Caso isto aconteça, despreze todo o
material e inicie o procedimento novamente.
Cateteres Centrais
Podemos dizer que as fotos apresentadas
refletem uma terapia IV programada e
dispensada por profissional com
conhecimento científico e técnico
necessários?
BIBLIOGRAFIA
 SILVA, TM; SILVA,TPLS. Cálculo e
Administração de Medicamentos na
enfermagem. São Paulo, 2008.
 SANTOS,PEV;VIANA, LD. Fundamentos e
Práticas para estágio em Enfermagem.
3 edição.editoraYendis.
 PASSOS, V. C. S. VOLPATO, A. C. B.
Técnicas básicas de enfermagem. São
Paulo: Martinari, 2015.
OBRIGADA!!!

Você também pode gostar