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Língua Portuguesa

Língua Portuguesa

Sumário
Compreensão e Interpretação de Textos ...................................................................... 1
Questões................................................................................................................... 3
Tipologia textual.......................................................................................................... 14
Questões................................................................................................................. 16
Ortografia oficial.......................................................................................................... 19
Questões................................................................................................................. 22
Acentuação gráfica ..................................................................................................... 24
Questões................................................................................................................. 28
Classe das Palavras ................................................................................................... 30
Questões................................................................................................................. 34
Crase .......................................................................................................................... 40
Questões................................................................................................................. 41
Sintaxe da oração e do período .................................................................................. 45
Questões................................................................................................................. 46
Pontuação .................................................................................................................. 49
Questões................................................................................................................. 51
Concordância Verbal e Nominal ................................................................................. 56
Questões................................................................................................................. 60
Regência Verbal e Nominal ........................................................................................ 63
Questões................................................................................................................. 66
Redação de correspondências oficiais ........................................................................ 69
Questões................................................................................................................. 73

Compreensão e Interpretação de Textos

Compreensão de textos
As regras gramaticais foram feitas para dar ao texto uma unidade de significado. Uma
frase não existe sem um texto. Não há porquê analisarmos uma frase isolada, solta
no meio do nada, porque ela é parte de uma coisa maior, que é o texto em si.
Cada leitor possui sua forma de ler de entender um texto. Mas é preciso procurar,
em cada parágrafo, duas coisas: o tema, que é a sentença principal, aquilo que
realmente é o assunto do parágrafo; e a rema, que é o desenvolvimento desta
ideias, aquilo que a explica, aquilo que fica subordinado à afirmação anterior.
Compreender significa:

 Intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está escrito.

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Tipos de enunciados:

 O texto diz que...


 É sugerido pelo autor que...
 De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a afirmação...
 O narrador afirma...
Interpretação textos
Texto: é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um
todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar
e decodificar).

Contexto: um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma
certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando
condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido.
A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as
frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e
analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.

interpretação de texto : o primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a


identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias,
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento
das questões apresentadas na prova.
Interpretar significa:

 Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.


Tipos de enunciados:

 Através do texto, infere-se que...


 É possível deduzir que...
 O autor permite concluir que...
 Qual é a intenção do autor ao afirmar que...

Erros de interpretação

Extrapolação: Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não


estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.

EXEMPLO: A violência no brasil está muito grande. É possível concluir que não existe
lugar seguro para morar.

Restrição: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto,


esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o
total do entendimento do tema desenvolvido.

EXEMPLO: Existem muitas desigualdades sociais nos países da américa do sul. É


possível inferir que, na américa do sul, o Brasil é o país que apresenta desigualdade
social.

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Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-


o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão.

EXEMPLO: É necessário estudo e dedicação para passar em concurso público. É


possível deduzir que para aprovação em concurso público, esforço não faz diferença.
do pronome, há o mau uso.
Questões

1. (CPCON/PREF. DE GURINHÉM-PB/TÉCNICO EM ENFERMAGEM/2020) Leia com


atenção o texto abaixo para responder às questões de 01 a 05:
A falência da globalização (João Fernandes Teixeira)
1 A indústria 4.0 está chegando, um fato celebrado pelos entusiastas das novas
tecnologias. Grandes mudanças estão previstas, sobretudo pelo emprego de
inteligência artificial na produção industrial que levará, também, a uma grande
reconfiguração tecnológica do trabalho. Mas, deixando de lado o discurso
entusiasmado, o que está realmente acontecendo?
2 Com a indústria 4.0 haverá uma grande racionalização e otimização da
produção para que os desperdícios de material e de mão de obra se tornem mínimos.
A produção e o consumo precisam ser rigorosamente ajustados e, para isso,
contamos agora técnicas de Big Data. Estamos em outros tempos, nos quais temos a
percepção da escassez de recursos naturais e da necessidade premente de reciclar
tudo o que for possível. Se quisermos que a economia continue funcionando, não
podemos mais esbanjar. Aeconomia se desenvolve na contramão da natureza.
3 A lição que estamos aprendendo é que gerar energia limpa e conter as
emissões de dióxido de carbono não são apenas obrigações ecológicas e morais em
relação ao nosso planeta, mas um imperativo econômico, que exige que a indústria se
coloque em novo patamar de produtividade para sobreviver. A indústria 4.0 não levará
à expansão da economia, mas apenas evitará que ela encolha. Não podemos mais
manter os mesmos padrões de consumo, que estão danificando de forma irreversível
o nosso planeta.
4 Esses danos não se restringem apenas ao aquecimento global, que passou a
ser chamado de mudança climática. [...] Desde que se estabeleceu uma correlação
entre o aumento das temperaturas médias no planeta e a industrialização, iniciada no
século XVIII, o aquecimento global passou a ser o vilão da história da humanidade.
Diminuir o uso de combustíveis passou a ser a grande bandeira dos ecologistas. [...]
5 Contudo, o aquecimento global não é o único desafio. Mesmo que sua origem
possa ser contestada, desvinculando-a da queima de combustíveis fósseis, nossa
indústria agride o planeta de forma irreparável.
6 Como não podemos reverter a economia do petróleo no curto prazo, a única
solução está sendo desacelerar a economia. Essa desaceleração, na contramão do
aumento da produção planetária, está tendo custos sociais dolorosos. Combinada com
a automação, grande projeto da indústria 4.0, ela gera um desemprego crescente,
para o qual não se vislumbra uma solução nas próximas décadas.
7 Mas há algo ainda mais importante que está surgindo dessa desaceleração: a
percepção de que a globalização se tornou um projeto inviável. Não será mais
possível estender os padrões de produção e consumo para todos os países do

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planeta, pois isso aceleraria sua destruição de forma drástica. O globalismo ocidental
está refluindo e, como consequência, voltam a surgir os nacionalismos exacerbados.
[...] Fonte: (Revista Filosofia – Ano III, no 150 – www.portalespaçodosaber.com.br).

Analise os tópicos temáticos abaixo relacionados, de modo a avaliar se equivalem ao


conteúdo desenvolvido nos parágrafos 1, 2 e 3 do texto. Para tanto, assinale (V) para
as verdadeiras e (F) para as falsas.
( ) Mudanças na configuração do trabalho em virtude da inovação tecnológica e da
inserção da inteligência artificial na produção industrial.
( ) Os benefícios da indústria 4.0 e a necessidade de controle da produção e consumo
para manter o equilíbrio da economia.
( ) Negação de que a preocupação com o planeta resulta da conscientização quanto
ao dever ecológico e moral de preservá-lo.
A sequência que responde CORRETAMENTE é:
a) F, F e V
b) V, F e F
c) F, V e F
d) V, V e F
e) V, F e V
COMENTÁRIOS:
( V ) Mudanças na configuração do trabalho em virtude da inovação tecnológica e da
inserção da inteligência artificial na produção industrial. (“Grandes mudanças estão
previstas, sobretudo pelo emprego de inteligência artificial na produção industrial que
levará, também, a uma grande reconfiguração tecnológica do trabalho”.).
( V ) Os benefícios da indústria 4.0 e a necessidade de controle da produção e
consumo para manter o equilíbrio da economia. (Benefícios: “Com a indústria 4.0
haverá uma grande racionalização e otimização da produção para que os
desperdícios de material e de mão de obra se tornem mínimos”. Necessidade de
controle. “Estamos em outros tempos, nos quais temos a percepção da escassez de
recursos naturais e da necessidade premente de reciclar tudo o que for possível”.)
( F ) Negação de que a preocupação com o planeta resulta da conscientização quanto
ao dever ecológico e moral de preservá-lo. (“A lição que estamos aprendendo é que
gerar energia limpa e conter as emissões de dióxido de carbono não são apenas
obrigações ecológicas e morais em relação ao nosso planeta”).
GABARITO: LETRA D
2. (FUNDATEC/PREF. MAUÁ-RS/TÉCNICO EM ENFERMAGEM/2019) A questão
refere-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.
Confiança da população nos cientistas cai no Brasil e sobe nos EUA
Em tempos de terraplanismo, movimento anti-vacina e negação do aquecimento
global, ainda existem boas notícias para a ciência. Uma pesquisa com 4,4 mil pessoas
publicada na última sexta (2) pelo Pew Research Center nos EUA mostrou que 86%

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dos americanos confiam que os cientistas agem em favor do interesse público. O valor
é 10% maior que o de 2016, quando a pesquisa foi feita pela última vez.
Entre os profissionais em que a população deposita mais confiança, cientistas ficaram
acima dos militares, diretores de escola (77%), líderes religiosos (57%), jornalistas
(47%), empresários (46%) e políticos (35%). A pesquisa também revelou que 60% dos
adultos americanos acreditam que especialistas devem estar envolvidos nas decisões
políticas que envolvam ciência.
Quando se trata de método científico, os americanos são mais desconfiados.
35% das pessoas acha que o cientista pode chegar ao resultado que quiser chegar,
enquanto 64% acredita que o método geralmente produz conclusões confiáveis.
No Brasil, uma pesquisa com 2,2 mil pessoas divulgada em julho pelo Centro
de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) confirma que a população não perdeu o
otimismo com relação à ciência – e, no geral, confia naqueles que a produzem. Por
aqui, os cientistas são a segunda profissão do ranking, com 85%. Ficam atrás apenas
dos médicos, por um ponto percentual.
De 2010 para cá, a quantidade de pessoas que se dizem otimistas quanto à
nossa ciência caiu de 83% para 73%. Nos últimos quatro anos, desde 2015, a
porcentagem se manteve no mesmo patamar. O que caiu acentuadamente foi o
número dos veem apenas benefícios na ciência – de 54% para 31% –, enquanto a
parcela de quem vê mais benefício do que malefício subiu de 19% para 42%. Em
outras palavras: a confiança cega foi substituída por uma confiança consciente.
As pesquisas não medem exatamente as mesmas coisas, já que a do Pew foca
na pessoa do cientista, enquanto o principal o estudo do CGEE mira na ciência como
um todo. Mas ambas mostram a chamada percepção pública da ciência, o sentimento
geral das pessoas com o conhecimento científico e quem o produz. Nesse sentido, a
tendência é de alta nos EUA e queda no Brasil.
Há outros insights interessantes nas duas pesquisas. A brasileira constatou
que 90% da população não sabe citar o nome de um cientista brasileiro, e 88% não
conhece nenhum de nossos centros de pesquisa. 73% das pessoas acreditam que
antibióticos matam vírus — não matam. Só bactérias. Sinal de deficiência na educação
básica e no segundo grau. Falta também divulgação científica para os adultos, pois
82% deles declararam serem capazes de entendê-la, desde que seja bem explicada.
Nos EUA, fica evidente a influência das posições políticas na receptividade da
ciência pelo público: 43% dos democratas “confiam bastante” nos cientistas; do lado
dos republicanos, só 27%. Por lá, as opiniões quanto à ciência climática diferem muito.
Para 70% dos democratas, a visão é positiva; para os republicanos, só 40%. Sinal de
que o debate sobre o aquecimento global se pauta por ideologia, e não por uma
interpretação imparcial dos dados.
Tanto os americanos quanto os brasileiros estão acima do nível global.
Segundo o Wellcome Global Monitor, publicado no ano passado, 18% da população
mundial tem nível de confiança alto em cientistas, 54% diz ter nível médio, enquanto
14% confia pouco.
Analise as seguintes assertivas em relação a informações implícitas e explícitas no
texto:

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I. Quando o autor nos traz a ideia de que “ainda existem boas notícias para a ciência”,
ele está afirmando que o que foi dito anteriormente não são boas notícias para a
ciência.
II. A expressão “Há outros insights interessantes nas duas pesquisas” indica que já
foram apresentados insights interessantes anteriormente.
III. Para finalizar, o autor nos apresenta que, comparado com o nível global, tanto os
EUA quanto o Brasil estão mais confiantes nos cientistas.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
COMENTÁRIOS:
I. CORRETO - Quando o autor nos traz a ideia de que “ainda existem boas notícias
para a ciência”, ele está afirmando que o que foi dito anteriormente não são boas
notícias para a ciência. (A ideia é de que a partir de agora as boas notícias serão
apresentadas, o que foi apresentado anteriormente não era boas notícias).
II. CORRETO - A expressão “Há outros insights interessantes nas duas pesquisas”
indica que já foram apresentados insights interessantes anteriormente. (A ideia é de
que outros insights interessantes foram apresentados anteriormente).
III. CORRETO - Para finalizar, o autor nos apresenta que, comparado com o nível
global, tanto os EUA quanto o Brasil estão mais confiantes nos cientistas. (Segundo o
texto: Tanto os americanos quanto os brasileiros estão acima do nível global. Segundo
o Wellcome Global Monitor, publicado no ano passado, 18% da população mundial
tem nível de confiança alto em cientistas, 54% diz ter nível médio, enquanto 14%
confia pouco).
GABARITO: LETRA E
3. (INSTITUTO AOCP/PREF. VITÓRIA-ES/TÉCNICO DE ENFERMAGEM/2019) Lei o
texto a seguir:
Benefícios da “AMIGOTERAPIA”: cura depressão, alivia ansiedade e boicota a
solidão e muito mais

A amizade é um bálsamo para a alma. Ao lado de um amigo, o peso da nossa


existência fica atenuado e a alegria tende a brotar mais facilmente. Quando a nossa
mente e as nossas emoções nos parecem desconexas, a “amigoterapira” pode nos
mostrar o caminho.
Não raro, nesses dias de aflição e de muita pressa, sentimos falta de um amigo.
Alguém que esteja disposto a ouvir a nossa alma, a decifrar o nosso semblante, a nos
dar aquele “tapa com luva de pelica” necessário ou aquela palavra de ânimo
providencial. É por isso que, em casos de alma adoecida, sem embargo das demais
terapias, uma amizade tem poder curador.

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Um amigo é alguém disposto a nos mostrar a verdadeira face do nosso espírito,


despindo-nos de nossas máscaras, de nossas falsas certezas sobre nós.
Um amigo é capaz de ouvir sem julgar. De orientar sem querer impor a sua vontade
ou verdade. Um amigo é capaz de nos fazer rir de nós mesmos. Está apto a refazer o
nosso projeto de vida, a reler o nosso passado, a reavaliar o presente.
Um amigo é capaz de guardar as suas angústias no bolso, quando percebe que a
sua dor requer um curativo mais emergencial.
Um amigo não é aquele que está ao seu lado quando você cai, tão somente. Mas,
aquele que também estará na primeira fila quando você triunfar. Um amigo o afastará
da solidão. Será uma ponte a levá-lo, juntamente com outros cuidados necessários,
para longe da depressão. Ele fará menor a sua ansiedade e atenuará os seus medos
da solidão.
A “amigoterapia” é o exercício da amizade verdadeira e pura e só pode ser realizada
quando dois corações alados se encontram e um coração serve ao outro, sem nada
exigir, mas ciente de que também será servido depois.

Adaptado de: <https://www.revistapazes.com/beneficios-da-amigoterapia-cura-


depressao-alivia-ansiedade-e-boicota-a-solidao-e-muito-mais/>.
Acesso em: 18 out. 2019.

De acordo com o texto, é correto afirmar que

a) as amizades podem curar diversas doenças do corpo.

b) os amigos devem impor suas ideias para ajudar aqueles que estão sofrendo.

c) a amizade verdadeira só existe quando duas pessoas que estão sofrendo resolvem
promover um auxílio mútuo.

d) os amigos podem ajudar a mostrar a nossa essência.

COMENTÁRIOS:

a) ERRADA - as amizades podem curar diversas doenças do corpo. (o texto fala em


casos de alma adoecida).

b) ERRADA - os amigos devem impor (não devem impor) suas ideias para ajudar
aqueles que estão sofrendo.

c) ERRADA - a amizade verdadeira só existe quando duas pessoas que estão sofrendo
resolvem promover um auxílio mútuo. (também nos bons momentos).

d) CORRETA - os amigos podem ajudar a mostrar a nossa essência. (Um amigo é


alguém disposto a nos mostrar a verdadeira face do nosso espírito (Ou seja, é aquele
que mostra a verdadeira essência), despindo-nos de nossas máscaras, de nossas falsas
certezas sobre nós.

GABARITO: LETRA D

4. (FCC/SEGEP-MA)2018) De acordo com o texto, é correto afirmar:


'GATONET' poderá render multa e cadeia para quem instala e para quem usa

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Ter TV por assinatura com 'sinal pirateado', prática mais conhecida como 'gatonet',
poderá se tornar crime no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n°186/2013 começou a
tramitar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta semana e, caso
aprovado, vai tipificar os crimes de interceptação e recepção clandestina de sinal de TV
por assinatura.
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos 'gatonets' quanto
os clientes que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil.
Também está prevista reclusão de seis meses a dois anos, com a possibilidade de
aumentar a pena em 50% caso fique provado danos a terceiros.
Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados
para piratear sinal de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis
e colocá-los no sistema sob legislação específica.
Acredita-se que o grande problema da pirataria de TV por assinatura hoje é a
comercialização de equipamentos decodificadores que substituem os oferecidos
oficialmente pelas operadoras.
A venda, compra ou fabricação desses aparelhos também será punida. A importação
de produtos como esses já está proibida no Brasil desde 2011, mas não se tem notícia
da responsabilização penal de seus fornecedores pelo crime de contrabando.
(Adaptado de: https://www.tecmundo.com.br)

Compreende-se corretamente do texto que, caso o projeto de Lei do Senado


n°186/2013 seja aprovado,
a) a pirataria de sinal de TV será combatida.
b) os aparelhos para piratear o sinal de TV terão permissão para ser livremente
comercializados.
c) muitas pessoas que já utilizaram a pirataria de sinal de TV serão beneficiadas.
d) os fornecedores de equipamentos para piratear sinal de TV precisarão deixar o
país.
e) aqueles que já possuíram sinal de TV pirateado serão multados.
COMENTÁRIOS:

Ter TV por assinatura com 'sinal pirateado', prática mais conhecida como 'gatonet',
poderá se tornar crime no Brasil. O Projeto de Lei do Senado n°186/2013 começou a
tramitar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta semana e, caso
aprovado, vai tipificar os crimes de interceptação e recepção clandestina de sinal de TV
por assinatura.
Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos 'gatonets' quanto
os clientes que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil.
Também está prevista reclusão de seis meses a dois anos, com a possibilidade de
aumentar a pena em 50% caso fique provado danos a terceiros.

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Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados


para piratear sinal de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis
e colocá-los no sistema sob legislação específica.
Acredita-se que o grande problema da pirataria de TV por assinatura hoje é a
comercialização de equipamentos decodificadores que substituem os oferecidos
oficialmente pelas operadoras.
A venda, compra ou fabricação desses aparelhos também será punida. A importação
de produtos como esses já está proibida no Brasil desde 2011, mas não se tem notícia
da responsabilização penal de seus fornecedores pelo crime de contrabando.

a) CORRETA - a pirataria de sinal de TV será combatida. (as autoridades poderão


confiscar os equipamentos e prender os responsáveis).
b) ERRADA - os aparelhos para piratear o sinal de TV terão permissão para ser
livremente comercializados (os equipamentos serão confiscados).
c) ERRADA - muitas pessoas que já utilizaram a pirataria de sinal de TV serão
beneficiadas (o texto não fala sobre quem já usa. Extrapolação).
d) ERRADA - os fornecedores de equipamentos para piratear sinal de TV precisarão
deixar o país (serão punidos, mas sobre deixar o país nada é dito no texto).
e) ERRADA - aqueles que já possuíram sinal de TV pirateado serão multados (o
texto não fala sobre quem já usa. Extrapolação).
GABARITO: LETRA A
5. (VUNESP/IPSM/) Leia a tira:

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No plano verbal, o efeito de humor da tira vem do emprego da


a) palavra “medo”, que se mostra aparentemente incoerente no contexto.
b) pergunta, com que a menina atenua o sentimento de medo do rato.
c) frase “Não sei!”, gerando ambiguidade no segundo quadrinho.
d) palavra “Ele”, que não tem um referente explícito anteriormente.
e) palavra “desconhecido”, cujo sentido se modifica entre os quadrinhos.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - palavra “medo”, que se mostra aparentemente incoerente no contexto.
("Medo" não se mostra incoerente no texto em nenhum momento).
b) ERRADA - pergunta, com que a menina atenua o sentimento de medo do rato. (A
menina não atenua o sentimento de medo de rato nenhum. Ela nem pergunta do
rato e sim, do gato).
c) ERRADA - frase “Não sei!”, gerando ambiguidade no segundo quadrinho. ("Não
sei" não gera ambiguidade).
d) ERRADA - palavra “Ele”, que não tem um referente explícito anteriormente.
("Ele" Refere-se ao gato).
e) CORRETA - palavra “desconhecido”, cujo sentido se modifica entre os quadrinhos.
(Desconhecido tem o sentido de SUBSTANTIVO no primeiro quadrinho (O
DESCONHECIDO) e adjetivo no último (O GATO DESCONHECIDO).
GABARITO: LETRA E
6. (FUVEST/PREF. MARÍLIA-SP/2017) Leia o texto a seguir:

Voluntários respondem a cartas enviadas para Julieta

Junto à Casa de Julieta fica a sala do Clube de Julieta. O projeto existe oficialmente
faz 30 anos e tem voluntários para responder, em diversas línguas, a cartas enviadas de
todo o mundo para Julieta, conhecida personagem da obra de Shakespeare.
As cartas normalmente são tristes e sobre problemas em relacionamentos amorosos.
Afinal, por mais que a famosa história seja romântica, também é bastante trágica.
Para os casos mais delicados, envolvendo, por exemplo, risco de suicídio, o clube
tem a contribuição de um médico especialista.
Desde os anos de 1930, cartas são enviadas a Verona; mas só nos anos de 1980 a
entidade foi criada oficialmente com apoio do governo.
O projeto ficou ainda mais famoso com o filme “Cartas para Julieta” (2010), em que
a protagonista se junta aos voluntários do grupo e tenta ajudar pessoalmente a mulher
a quem aconselhou. No ano que se seguiu ao filme, quase 4.000 cartas foram recebidas,
segundo o Clube.
Há caixas de correio e computadores na Casa de Julieta para enviar mensagens.
Por outro lado, uma placa na entrada alerta que escrever nas paredes – a exemplo de

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inúmeras pichações no hall de entrada – pode ser punido com multa de até € 1.039 ou
prisão por até um ano.
(MK. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2909201111.htm. Adaptado)

De acordo com o texto, o Clube de Julieta:


a) foi aberto oficialmente pelo governo, na cidade italiana de Verona, em 1930.
b) responde estritamente a mensagens de pessoas com sérios problemas emocionais.
c) mantém funcionários de diversas nacionalidades para atender a remetentes
estrangeiros.
d) dispõe de orientação especializada para remetentes que passam por situações
delicadas.
e) funciona graças ao montante arrecadado pelos ingressos pagos por quem visita a
casa de Julieta.
COMENTÁRIOS:

Voluntários respondem a cartas enviadas para Julieta

Junto à Casa de Julieta fica a sala do Clube de Julieta. O projeto existe oficialmente
faz 30 anos e tem voluntários para responder, em diversas línguas, a cartas enviadas de
todo o mundo para Julieta, conhecida personagem da obra de Shakespeare.
As cartas normalmente são tristes e sobre problemas em relacionamentos amorosos.
Afinal, por mais que a famosa história seja romântica, também é bastante trágica.
Para os casos mais delicados, envolvendo, por exemplo, risco de suicídio, o clube
tem a contribuição de um médico especialista.
Desde os anos de 1930, cartas são enviadas a Verona; mas só nos anos de 1980 a
entidade foi criada oficialmente com apoio do governo.
O projeto ficou ainda mais famoso com o filme “Cartas para Julieta” (2010), em que
a protagonista se junta aos voluntários do grupo e tenta ajudar pessoalmente a mulher
a quem aconselhou. No ano que se seguiu ao filme, quase 4.000 cartas foram recebidas,
segundo o Clube.
Há caixas de correio e computadores na Casa de Julieta para enviar mensagens.
Por outro lado, uma placa na entrada alerta que escrever nas paredes – a exemplo de
inúmeras pichações no hall de entrada – pode ser punido com multa de até € 1.039 ou
prisão por até um ano.
(MK. http://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2909201111.htm. Adaptado)

a) ERRADA - foi aberto oficialmente pelo governo, na cidade italiana de Verona,


em 1930. ("só nos anos de 1980 a entidade foi criada").
b) ERRADA - responde estritamente a mensagens de pessoas com sérios problemas
emocionais. ("as cartas normalmente são tristes e sobre problemas em
relacionamentos amorosos", ou seja, recebem pessoas com problemas
amorosos e outras).

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c) ERRADA - mantém funcionários de diversas nacionalidades para atender a


remetentes estrangeiros. ("...tem voluntários para responder, em diversas línguas,
a cartas enviadas de todo o mundo para Julieta...").
d) CORRETA - dispõe de orientação especializada para remetentes que passam por
situações delicadas. ("...Para os casos mais delicados, envolvendo, por exemplo,
risco de suicídio, o clube tem a contribuição de um médico especialista...").
e) ERRADA - funciona graças ao montante arrecadado pelos ingressos pagos por
quem visita a casa de Julieta. ("...foi criada oficialmente com apoio do
governo...").
GABARITO: LETRA D
7. (INB/GESTÃO DE CONCURSOS/2018) Leia o texto a seguir para responder às
questões 1 e 2.
Tenho saudade da época em que devolver o troco errado era normal
Na minha infância, nos finais de semana, íamos à casa de nossos avós para uma
visita. Enquanto o papai ouvia as histórias do vovô e a mamãe ajudava a vovó a
passar o café, meu irmão e eu nos deliciávamos com o bolo de fubá. Mas a nossa
maior expectativa era o que vinha depois do lanche: as moedinhas que o vovô nos
dava para comprar doces no mercadinho da esquina.
Uma vez, voltei radiante após uma compra em que as moedas, misteriosamente, se
multiplicaram: as balas não cabiam na minha mão. Mas meu avô, muito sério, me
levou de volta ao bar para saber o que tinha acontecido.
Trinta anos depois, estava eu, havia 20 minutos, procurando por uma vaga em um
estacionamento lotado. Então parei meu carro num local distante e fui caminhando até
a entrada do shopping. Vi uma moça manobrar seu carro em uma vaga reservada
para idosos. Ela estava junto com uma criança, e fiquei pensando no futuro adulto que
aquela mãe está criando (talvez alguém que não dará valor para o que é certo e o que
é errado).
A moça passou por mim, em seu mundinho pequeno, enquanto um enorme desânimo
me abateu. Se eu tivesse parado em uma das vagas reservadas para idosos (muitas
estavam vazias), provavelmente já teria pago a minha conta e teria tido tempo de
almoçar antes de voltar para o trabalho. Senti raiva. Também me senti uma tola. Por
fim, senti vergonha e senti falta do meu avô. [...]
BEDONE, Rebeca. Revista bula.
Disponível em: <https://goo.gl/3gy8q8>. Acesso em: 19 out. 2017 (Fragmento
adaptado).
De acordo com o texto, não se pode afirmar:
a) A autora tinha consciência que estacionar em uma vaga proibida para ela seria de
extrema valia, mas, por questões éticas, preferiu não o fazer.
b) Para a autora, o filho da motorista que estaciona na vaga para idosos será uma
pessoa que não obedecerá a regras quando for um adulto.
c) A protagonista das situações expostas no texto condena a atitude tomada pela
motorista que estaciona o carro na vaga para idosos.

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d) A autora acaba por recriminar seus pensamentos por pensar que poderia ter feito o
que a outra motorista fez.
COMENTÁRIOS:
Na minha infância, nos finais de semana, íamos à casa de nossos avós para uma
visita. Enquanto o papai ouvia as histórias do vovô e a mamãe ajudava a vovó a
passar o café, meu irmão e eu nos deliciávamos com o bolo de fubá. Mas a nossa
maior expectativa era o que vinha depois do lanche: as moedinhas que o vovô nos
dava para comprar doces no mercadinho da esquina.
Uma vez, voltei radiante após uma compra em que as moedas, misteriosamente, se
multiplicaram: as balas não cabiam na minha mão. Mas meu avô, muito sério, me
levou de volta ao bar para saber o que tinha acontecido.
Trinta anos depois, estava eu, havia 20 minutos, procurando por uma vaga em um
estacionamento lotado. Então parei meu carro num local distante e fui caminhando até
a entrada do shopping. Vi uma moça manobrar seu carro em uma vaga reservada
para idosos. Ela estava junto com uma criança, e fiquei pensando no futuro adulto que
aquela mãe está criando (talvez alguém que não dará valor para o que é certo e o que
é errado).
A moça passou por mim, em seu mundinho pequeno, enquanto um enorme desânimo
me abateu. Se eu tivesse parado em uma das vagas reservadas para idosos (muitas
estavam vazias), provavelmente já teria pago a minha conta e teria tido tempo de
almoçar antes de voltar para o trabalho. Senti raiva. Também me senti uma tola. Por
fim, senti vergonha e senti falta do meu avô. [...]
a) CORRETA - A autora tinha consciência que estacionar em uma vaga proibida para
ela seria de extrema valia, mas, por questões éticas, preferiu não o fazer. (teria tido
tempo de almoçar antes de voltar para o trabalho).
b) ERRADA - Para a autora, o filho da motorista que estaciona na vaga para idosos
será uma pessoa que não obedecerá a regras quando for um adulto. (...aquela mãe
está criando (talvez alguém que não dará valor para o que é certo e o que é
errado).
c) CORRETA - A protagonista das situações expostas no texto condena a atitude
tomada pela motorista que estaciona o carro na vaga para idosos. (A moça passou
por mim, em seu mundinho pequeno).
d) CORRETA - A autora acaba por recriminar seus pensamentos por pensar que
poderia ter feito o que a outra motorista fez. (Por fim, senti vergonha e senti falta do
meu avô. [...]).
GABARITO: LETRA B
8. (INB/GESTÃO DE CONCURSOS/2018) É possível depreender que as moedas
parecem se multiplicar na mão da autora porque:
a) como são outros tempos, o poder de compra é, maior logo o número de balas
adquiridas é maior.
b) o avô da autora acaba lhe dando um número maior de moedas que aquele que ele
costumava dar a ela.

13
Língua Portuguesa

c) como ela não menciona mais seu irmão, acaba por juntar a quantia dos dois e
comprar um número maior de balas.
d) o vendedor comete algum erro no momento de fazer a contagem delas ou das
balas.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - como são outros tempos, o poder de compra é, maior logo o número de
balas adquiridas é maior. (não há nada no texto que justifique está conclusão).
b) ERRADA - o avô da autora acaba lhe dando um número maior de moedas que
aquele que ele costumava dar a ela. (ele imagina que o vendedor cometeu erro).
c) ERRADA - como ela não menciona mais seu irmão, acaba por juntar a quantia dos
dois e comprar um número maior de balas. (quando ele diz que voltou radiante, é
por que estava sozinho e subentende-se que recebeu somente sua quantia.
Extrapolação).
d) CORRETA - o vendedor comete algum erro no momento de fazer a contagem delas
ou das balas. (é tanto que o avô foi lá saber o que havia acontecido).
GABARITO: LETRA D

Tipologia textual

1. Narração
Modalidade em que um narrador, participante ou não, conta um fato, real ou fictício,
que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens.
Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e
posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de
narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o
tipo predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento,
piada, relato, etc.
2. Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal
ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela
sua função caracterizadora.
Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos.
Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a
imagem do objeto descrito.
É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega.
É um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros
textuais. Tem predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio
classificado, etc.
3. Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele.
Dependendo do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.

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Língua Portuguesa

3.1 Dissertação-Exposição
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta
informações sobre assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo
objetivo.
O texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é
informar, esclarecer. Exemplos: aula, resumo, textos científicos, enciclopédia, textos
expositivos de revistas e jornais, etc.
3.1 Dissertação-Argumentação
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do
autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando
convencê-lo de algo.
Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem
denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese,
ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.
4. Injunção / Instrucional
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são,
na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do
infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo.
Exemplos: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou
uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos de
orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de
natal, aniversário, etc.).
Resumo tipologia textual
Narração: características:
a) Presença de narrador;
b) Relato de um fato que ocorreu em determinado tempo e lugar;
c) Há uma progressão dos fatos com presença de um clímax, um desfecho.
d) O tempo verbal predominante é o passado/pretérito perfeito;
e) Com presença de personagens.
Descrição: características;
a) A intenção do interlocutor é criar na mente do leitor aquilo que está sendo
detalhado, pormenorizado.
b) A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função
caracterizadora.
c) Presença de ações concomitantes;
Dissertação: é expor ideias e razões. Há a presença de causa e consequência,
premissas e conclusões.

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Língua Portuguesa

a) Dissertação argumentativa: No texto dissertativo-argumentativo/opinativo as


ideias são desenvolvidas através de estratégias argumentativas que têm por finalidade
convencer o interlocutor.
b) Dissertação expositiva: Tem por finalidade apresentar informações sobre um
objeto ou fato específico, enumerando suas características através de uma linguagem
clara e concisa e objetiva. O autor traz apenas os conhecimentos que detém sobre o
assunto.
Injunção/instrucional: Os textos injuntivos são aqueles textos que nos orientam, nos
ditam normas, nos instruem. Apresentam verbos no imperativo.

Questões

1. (UPENET-IAUPE/LAFEPE/2013) Leia o texto a seguir para responder à questão:


Casal
Um dia, um casal discutia sobre os problemas domésticos. Em determinado momento,
estavam disputando quem representava a cabeça do casal. Isso era quando ainda
existia, na legislação brasileira, esse papel. Após alguns argumentos, a mulher falou
com muita sabedoria: de fato, você é a cabeça perante a lei, mas eu sou o pescoço, e,
se eu amanhecer com torcicolo, você estará com dificuldades, pois perderá totalmente
os movimentos. Todos riram, e o assunto ficou encerrado.
Disponível em: http://libertas.com.br/site/index.php?central=conteudo&id=3939
Ainda sobre o texto, analise os itens abaixo:
I. A expressão “um dia” marca o tempo em que ocorreram os fatos.
II. Há um relato de fatos ocorridos em sequência, numa relação de causa e efeito.
III. O texto pertence ao gênero narrativo e apresenta um narrador que observa os
fatos.
IV. O texto apresenta verbos, como “discutia”, “estavam”, “falou” na 3ª pessoa, o que
comprova a participação do narrador nos fatos.
Estão CORRETOS, apenas,
a) I, II e III.
b) I e III.
c) II e IV.
d) II, III e IV.
e) III e IV.
COMENTÁRIOS:
I. CORRETO - A expressão “um dia” marca o tempo em que ocorreram os fatos. (“Um
dia”, poderia ser substituído, por exemplo, por “ano passado”).
II. CORRETO - Há um relato de fatos ocorridos em sequência, numa relação de causa
e efeito. (Primeiro o casal discutia, depois questionavam quem era o cabeça do casal).

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Língua Portuguesa

III. CORRETO - O texto pertence ao gênero narrativo e apresenta um narrador que


observa os fatos. (Além de verbos no passado).
IV. ERRADO - O texto apresenta verbos, como “discutia”, “estavam”, “falou” na 3ª
pessoa, o que comprova a participação do narrador nos fatos. (Os verbos tem relação
com o tempo e o que o casal fazia e não com a participação do narrador).
GABARITO: LETRA A
2. (CS-UFG/CELG/GT-GO/2017) Leia o texto a seguir para responder à questão.
Pesquisa da UFG utiliza bambu em sistema de tratamento de esgoto
Um projeto da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia, está usando
bambus para criar sistemas de tratamento de esgoto. Entre as vantagens, segundo os
pesquisadores, está o baixo custo de implantação e a diminuição do risco de
contaminação do solo e do lençol freático. Além disso, há possibilidade de
reaproveitamento da água tratada, do adubo e a utilização das plantas já crescidas
para vá- rias finalidades, que vão do artesanato à construção.
Professor da Escola de Agronomia da UFG, Rogério de Araújo Almeida explica que o
objetivo é fazer com que o esgoto, após uma primeira fase de tratamento, passe por
tanques onde estão plantados os bambus, que farão uma espécie de filtragem da
água, que pode ser reutilizada posteriormente na agricultura ou devolvida aos
córregos.
De acordo com Almeida, no sistema utilizando os bambus, o esgoto passa por várias
etapas. Para um tratamento primário, o material é depositado em um tanque no qual a
matéria orgânica vai para o fundo e a água fica na parte superficial. Em seguida, o
líquido passa para os tanques em que foram plantados os bambus. “O solo já é
eficiente sozinho no tratamento dessa água, porque filtra as impurezas. Nele também
é formada uma colônia de bactérias que vai consumir a matéria orgânica presente. O
bambu também absorve essa água, liberando ela pela evapotranspiração para o ar”,
explicou Almeida. Ao final, a água sairá tratada, sem risco de contaminação para o
meio ambiente.
O sistema de tratamento pode usar a água de duas maneiras, segundo o professor.
“Podemos perder toda a água do esgoto, fazendo com que a planta absorva todo o
líquido e, pela evapotranspiração, não sobre nada nos tanques. Com isso, não teria
risco nenhum de contaminação, mas também não haveria um reaproveitamento direto
da água, o que às vezes não é vantajoso”, explicou.
Na segunda opção, a água que saiu dos barris com os bambus, já tratada, pode ser
devolvida para o lençol freático, sem risco de contaminação, ou até mesmo pode ser
usada na agricultura. Além disso, seria possível tratar a matéria orgânica que ficou
depositada no fundo dos tanques para utilizar como fertilizante.
Almeida destaca que, em áreas rurais, por exemplo, esse sistema é uma boa opção
para compensar a falta de saneamento básico. Na cidade, o tratamento pode ser feito
em algum edifício residencial, onde o esgoto vai para algum tanque, no qual a matéria
orgânica vai para o fundo e a água pode ser retirada e tratada nos barris com bambus
em alguma praça.
Além de atuar na área ambiental, o projeto também pode ser uma alternativa para
resolver problemas sociais, como a falta de renda ou moradia. “O bambu é um

17
Língua Portuguesa

subproduto de todo esse sistema de tratamento. Como ele está sempre sendo
irrigado, tem a matéria orgânica, ele cresce três vezes mais rápido do que o normal.
Com tanta produção assim, ele pode ser reaproveitado de várias maneiras, do
artesanato à construção”, explicou o professor.
Nas zonas rurais, o bambu pode ser usado para construção de cercas e até na
produção de carvão. Existem pessoas que estão usando o vegetal para construir
casas e até bicicletas para vender. “As possibilidades são imensas. O ser humano
precisa buscar soluções inteligentes para os problemas e essa é uma boa alternativa”,
concluiu o professor.
SANTANA, Vitor. Pesquisa da UFG utiliza bambu em sistema de tratamento de
esgoto. Disponível em: . Acesso em: 20 mar.2017. (Adaptado).
Quanto ao modo de organização, o texto é predominantemente:
a) narrativo, haja vista o encadeamento temporal de fatos ocorridos no
desenvolvimento de um projeto científico da Escola de Agronomia da UFG.
b) injuntivo, pois o autor propõe e aconselha o uso de um sistema inovador de
tratamento de esgoto com a utilização de bambu.
c) descritivo, já que são usadas diversas expressões qualificadoras do bambu como
recurso para preservação do meio ambiente.
d) dissertativo, posto que expõe informações sobre um projeto acadêmico e apresenta
argumentos favoráveis à sua extensão para a sociedade.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - narrativo, haja vista o encadeamento temporal de fatos ocorridos no
desenvolvimento de um projeto científico da Escola de Agronomia da UFG. (Esse
aspecto narrativo acontece em uma pequena passagem do texto e não
predominantemente).
b) ERRADA - injuntivo, pois o autor propõe e aconselha o uso de um sistema inovador
de tratamento de esgoto com a utilização de bambu. (Esse aspecto injuntivo acontece
em uma pequena passagem do texto e não predominantemente).
c) ERRADA - descritivo, já que são usadas diversas expressões qualificadoras do
bambu como recurso para preservação do meio ambiente. ((Esse aspecto narrativo,
acontece em uma pequena passagem do texto e não predominantemente).
d) CORRETA - dissertativo, posto que expõe informações sobre um projeto acadêmico
e apresenta argumentos favoráveis à sua extensão para a sociedade. (Essa parte do
texto reforça o caráter dissertativo-argumentativo: “As possibilidades são imensas. O
ser humano precisa buscar soluções inteligentes para os problemas e essa é uma boa
alternativa”, concluiu o professor).
GABARITO: LETRA D
3. (COSEAC/UFF/2017) Leia o texto a seguir para responder à questão:
A IMAGEM NO ESPELHO
Aos 20 anos escreveu suas memórias. Daí por diante é que começou a viver.
Justificava-se:

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Língua Portuguesa

– Se eu deixar para escrever minhas memórias quando tiver 70 anos, vou


esquecer muita coisa e mentir demais. Redigindo-as logo de saída, serão mais fiéis e
terão a graça das coisas verdes.
O que viveu depois disto não foi propriamente o que constava do livro, embora ele
se esforçasse por viver o contado, não recuando nem diante de coisas
desabonadoras. Mas os fatos nem sempre correspondiam ao texto e, para ser franco,
direi que muitas vezes o contradiziam.
Querendo ser honesto, pensou em retificar as memórias à proporção que a vida as
contrariava. Mas isto seria falsificação do que honestamente pretendera (ou
imaginara) devesse ser a sua vida. Ele não tinha fantasiado coisa alguma. Pusera no
papel o que lhe parecia próprio de acontecer. Se não tinha acontecido, era certamente
traição da vida, não dele.
Em paz com a consciência, ignorou a versão do real, oposta ao real prefigurado.
Seu livro foi adotado nos colégios, e todos reconheceram que aquele era o único livro
de memórias totalmente verdadeiro. Os espelhos não mentem.
(ANDRADE, C. D. de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: J. Olympio,
1981, p. 23.)
“Aos 20 anos escreveu suas memórias. Daí por diante é que começou a viver.
Justificava-se:
– Se eu deixar para escrever minhas memórias quando tiver 70 anos, vou esquecer
muita coisa e mentir demais. Redigindo-as logo de saída, serão mais fiéis e terão a
graça das coisas verdes”.
A construção dos parágrafos acima configura uma estrutura predominantemente:
a) descritiva, com predomínio de fatos.
b) enumerativa, com apenas um narrador.
c) narrativa, com a presença de dois narradores.
d) comparativa, com predomínio do passado.
e) dissertativa, com explicitação de acontecimentos.
COMENTÁRIOS:
Há um personagem (O escritor), há fatos que ocorrem com este personagem (estar
escrevendo suas memórias), há dois narradores (Carlos Drumond - que narra o
texto e o próprio personagem que origina a fala).
GABARITO: LETRA C

Ortografia oficial

1 - Acento agudo
O acento agudo desaparecerá em 3 casos:

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Língua Portuguesa

1- Nos ditongos (encontros de duas vogais proferidas em uma só sílaba) abertos ei e


oi das palavras paroxítonas (aquelas cuja sílaba pronunciada com mais intensidade é
a penúltima).
Exemplos:

idéia - ideia geléia - geleia bóia - boia jibóia - jiboia

2- Nas palavras paroxítonas com i e u tônicos formando hiato (sequência de duas


vogais que pertencem a sílabas diferentes), quando vierem após um ditongo. Veja:
baiúca - baiuca bocaiúva - bocaiuva feiúra - feiura

Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos


de s), o acento permanece.
Exemplos: tuiuiú, Piauí.
3- Nas formas verbais que possuem o u tônico precedido das letras g ou q e seguido
de e ou i. Esses casos ocorrem apenas nas formas verbais de arguir e redarguir.
Observe:
argúis - arguis argúem - arguem redargúis - redarguis

2 - Acento diferencial
O acento diferencial é utilizado para auxiliar na identificação de palavras homófonas
(que possuem a mesma pronúncia). Com o acordo ortográfico, ele deixará de existir
nos seguintes casos: pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e
pêra/pera.
Observe os exemplos:

Forma antiga Após a reforma


Ela não pára de dançar. Ela não para de dançar.
A mãe péla o bebê para dar-lhe banho. A mãe pela o bebê para dar-lhe banho.
Este é o pólo norte. Este é o polo norte.
Os garotos gostam de jogar pólo. Os garotos gostam de jogar polo.
Meu gato tem pêlos brancos. Meu gato tem pelos brancos.
A menina trouxe pêra de lanche. A menina trouxe pera de lanche.

Atenção: existem duas palavras que continuarão recebendo acento diferencial:

pôr (verbo) - para não ser confundido com a preposição por.


pôde (verbo poder conjugado no passado) - para que não seja confundido
com pode (forma conjugada no presente).

3 - Acento circunflexo
O acento circunflexo deixará de ser utilizado nos seguintes casos:
a) Em palavras com terminação ôo. Veja:

20
Língua Portuguesa

enjôo - enjoo vôo - voo magôo - magoo

b) Nas terminações êem, que ocorrem nas formas conjugadas da terceira pessoa do
plural dos verbos ler, dar, ver, crer e seus derivados. Veja o exemplo abaixo:

Eles lêem Eles leem

Atenção: os verbos ter e vir (e seus derivados) continuam sendo acentuados na


terceira pessoa do plural.
Eles têm três filhos Eles detêm o poder

4 - Trema
O trema, sinal gráfico utilizado sobre a letra u dos grupos que, qui, gue, gui, deixa de
existir na língua portuguesa. Lembre-se, no entanto, que a pronúncia das palavras
continua a mesma.
Exemplos:

cinqüenta- cinquenta pingüim - pinguim

5 - Alfabeto
O alfabeto passará a ter 26 letras. Além das atuais, serão incorporadas oficialmente as
letras k, w e y. Observe a posição das novas letras no alfabeto:
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
6 - Hífen
O hífen deixará de ser empregado nos seguintes casos:
a) Quando o prefixo terminar em vogal diferente da vogal que iniciar o segundo
elemento.
Exemplos:

Estou lendo um livro de auto-ajuda Estou lendo um livro de autoajuda


Ele passou na auto-escola! Ele passou na autoescola!

b) Quando o prefixo da palavra terminar em vogal e o segundo elemento começar com


as consoantes s ou r. Nesse caso, a consoante será duplicada
Exemplos:

Meu namorado é ultra-romântico Meu namorado é ultrarromântico


Comprei um creme anti-rugas Comprei um creme antirrugas

c) Não se utilizará mais o hífen nas palavras que, pelo uso, perderam a noção de
composição. Veja:

pára-quedas paraquedas

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Língua Portuguesa

Uso do Hífen
Com o novo acordo, o hífen passará a ser utilizado quando a palavra for formada por
um prefixo terminado em vogal e a palavra seguinte iniciar pela mesma vogal. Observe
o exemplo abaixo:

microônibus micro-ônibus

Atenção: se o prefixo terminar com consoante, usa-se hífen se o segundo elemento


começar com a mesma consoante.
Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, super-resistente, super-romântico, etc.
Lembre-se: nos demais casos, não se usa o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.

Questões

1. (IESES/GAS BRASILIANO/2017) Assinale a alternativa em que todas as palavras


do período estão acentuadas (ou não) corretamente pelas normas vigentes.
a) A cefaléia é um dos indícios do quadro sintomático.
b) As claraboias ou tuneis de luz são de material acrílico.
c) Um asteróide está se dirigindo à Terra, afirmam astrônomos suécos.
d) O para-raios é uma haste metálica construída para suportar o calor gerado pela
descarga elétrica.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - ideia perdeu o acento, assim como geleia, plateia, estreia, diarreia,
cefaleia e tantas outras palavras paroxítonas cuja sílaba tônica é um ditongo aberto.
b) ERRADA – em túneis, o acento agudo deverá ser mantido no plural da palavra
túnel, dado que, normalmente, as palavras paroxítonas terminadas em -l, -n, -r e –x
mantêm a sua acentuação no singular e no plural.
c) O correto é suecos (sem acento).
d) CORRETA - O acento diferencial de "para-raios" caiu com a reforma ortográfica,
mas o hífen permanece.
GABARITO: LETRA D
2. (IBGP/CISSUL/2017) O Novo Acordo Ortográfico assinado pelos países da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) entrou em vigor no Brasil em
janeiro de 2016. Assinale a alternativa em que o conjunto de palavras NÃO está
grafado de acordo com as regras do Novo Acordo Ortográfico.
a) Assembléia, heróico, jibóia.
b) Bocaiuva, feiura, argui.
c) Constrói, anéis, céu.

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Língua Portuguesa

d) Piauí, açaí, saúde.


COMENTÁRIOS:
Não será mais usado o acento nos ditongos abertos "éi" e "ói" das palávras
paroxítonas.

idéia / ideia bóia / boia asteroíde / asteroide estréia / estreia

GABARITO: LETRA A
3. (IF-PE/IF-PE/2016) De acordo com a Nova Ortografia da Língua Portuguesa, no
trecho “Apoiou ditaduras, avalizou políticas antipopulares, fingiu não ver os
desmandos de aliados (...)" o termo destacado:
I. Deveria ter sido grafado com hífen, como em anti-higiênico e anti-inflacionário.
II. Está adequadamente grafado, obedecendo à regra em que prefixo terminado em
vogal se junta com a palavra iniciada por consoante.
III. Está adequadamente grafado, assim como em antiaéreo e antiprofissional.
IV. Tem como facultativo o emprego do hífen, visto que o Novo Acordo Ortográfico
ainda é recente.
V. Obedece à mesma regra que palavras formadas por prefixos como super-, ultra- e
sub-.
Estão CORRETAS as proposições
a) II, III, IV e V.
b) I, II e IV.
c) II, III e V.
d) I, II e III.
e) I, II, III, IV e V.
COMENTÁRIOS:
I. ERRADO - deveria ter sido grafado com hífen, como em anti-higiênico e anti-
inflacionário.
- Antipopulares: não se usa hífen diante de consoante diferente de R ou S. Quando
diante de R ou S: duplica a consoante "rr", "ss".
- Anti-higiênico: usa-se hífen separando o prefixo de palavra iniciada com H.
- Anti-inflacionário: usa-se hífen diante de vogais iguais.
II. CORRETO - Está adequadamente grafado, obedecendo à regra em que prefixo
terminado em vogal se junta com a palavra iniciada por consoante.
III. CORRETO - Está adequadamente grafado, assim como em antiaéreo e
antiprofissional.

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Língua Portuguesa

IV. ERRADO - Tem como facultativo o emprego do hífen, visto que o Novo Acordo
Ortográfico ainda é recente. (o novo acordo está em vigor desde de 2008. Portanto
não é recente e passou a ser obrigatório em 1 de janeiro de 2016).
V. CORRETO - Obedece à mesma regra que palavras formadas por prefixos como
super-, ultra- e sub-.
GABARITO: LETRA C
4. (MS CONCURSOS/PREFEITURA DE ITAPEMA – SC/2016) Quanto às palavras
acentuadas, marque a única alternativa correta:
a) Idéia - jovem - Itú
b) Júri - bíceps - hífen
c) Geléia - vôo - dêem
d) Bóia - crêem – heroico
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - Ideia (nas paroxítonas, os ditongos terminados em "ei" e "oi" não são
mais acentuados) - jovem (correta) - Itu (oxítonas: acentuam-se apenas as terminadas
em "a", "e", "o" e "em/ens");
b) CORRETA;
c) ERRADA - Geleia (mesma regra referida acima para 'ideia') - voo (o acento
circunflexo deixa de existir na vogal tônica “o” de palavras paroxítonas, assim como:
enjoo; povoo; voo; abençoo; perdoo) - deem (não há mais acento circunflexo nas
formas verbais paroxítonas que possuem o “e” tônico fechado em hiato na 3ª pessoa
do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo);
d) ERRADA - Boia (mesma regra referida acima para 'ideia') - creem (mesma regra
referida acima para 'deem') - heroico (correta).
GABARITO: LETRA B

Acentuação gráfica

Regras de Acentuação Gráfica

Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas


são as paroxítonas, seguidas pelas oxítonas. A maioria das paroxítonas termina em -a,
-e, -o, -em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas paroxítonas, por serem
maioria, não são acentuadas graficamente. Já as proparoxítonas, por serem pouco
numerosas, são sempre acentuadas.

Proparoxítonas

Sílaba tônica: antepenúltima

As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente. Exemplos:

trágico, patético, árvore

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Língua Portuguesa

Paroxítonas

Sílaba tônica: penúltima

Acentuam-se as paroxítonas terminadas em:

l fácil
n pólen
r cadáver
ps bíceps
x tórax
us vírus
i, is júri, lápis
om, ons iândom, íons
um, uns álbum, álbuns
ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos
ditongo oral (seguido ou
jóquei, túneis
não de s)

Observações:

1) As paroxítonas terminadas em "n" são acentuadas (hífen), mas as que


terminam em "ens", não (hifens, jovens).

2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r" (semi, super).

3) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes: ea(s), oa(s),


eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s), io(s).

Exemplos:

várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo, início

Oxítonas

Sílaba tônica: última

Acentuam-se as oxítonas terminadas em:

a(s): sofá, sofás


e(s): jacaré, vocês
o(s): paletó, avós
em, ens: ninguém, armazéns

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Língua Portuguesa

Monossílabos

Os monossílabos, conforme a intensidade com que se proferem, podem


ser tônicos ou átonos.

Monossílabos Tônicos

Possuem autonomia fonética, sendo proferidos fortemente na frase onde aparecem.


Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em:

a(s): lá, cá
e(s): pé, mês
o(s): só, pó, nós, pôs

Monossílabos Átonos

Não possuem autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, como se fossem


sílabas átonas do vocábulo a que se apoiam.

Exemplos:

o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e, que, etc.

Regras Especiais

Além das regras fundamentais, há um conjunto de regras destinadas a pôr em


evidência alguns detalhes sonoros das palavras. Observe:

Ditongos Abertos

Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia aberta em


palavras oxítonas (éi e não êi), são acentuados. Veja:

éi (s): anéis, fiéis, papéis


éu (s): troféu, céus
ói (s): herói, constrói, caubóis

Obs.: os ditongos abertos ocorridos em palavras paroxítonas NÃO são


acentuados.

Exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia, jiboia, joia,
paranoia, plateia, etc.

Atenção: a palavra destróier é acentuada por ser uma paroxítona terminada em


"r" (e não por possuir ditongo aberto "ói").

Hiatos

Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando
eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que não sejam
seguidos por "-nh".

Exemplos:

26
Língua Portuguesa

sa - í - da e - go - ís -mo sa - ú - de

Não se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras:

ju - iz ra - iz ru - im ca - ir

Razão: -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados de -s na sílaba.

Observação: cabe esclarecer que existem hiatos acentuados não por serem
hiatos, mas por outras razões. Veja os exemplos abaixo:

po-é-ti-co: proparoxítona
bo-ê-mio: paroxítona terminada em ditongo crescente.
ja-ó: oxítona terminada em "o".

Verbos Ter e Vir

Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos


verbos ter e vir, bem como nos seus compostos (deter,
conter, reter, advir, convir, intervir, etc.). Veja:

Ele tem Eles têm


Ela vem Elas vêm
Ele retém Eles retêm
Ele intervém Eles intervêm

Obs.: nos verbos compostos de ter e vir, o acento ocorre obrigatoriamente,


mesmo no singular. Distingue-se o plural do singular mudando o acento de
agudo para circunflexo:

ele detém - eles detêm


ele advém - eles advêm.

Acento Diferencial

Na língua escrita, existem dois casos em que os acentos são utilizados para
diferenciar palavras homógrafas (de mesma grafia). Veja:

a) pôde / pode

Pôde é a forma do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder. Pode é a


forma do presente do indicativo. Exemplos:

O ladrão pôde fugir.


O ladrão pode fugir.

b) pôr / por

Pôr é verbo e por é preposição. Exemplos:

27
Língua Portuguesa

Você deve pôr o livro aqui.


Não vá por aí!

Questões

1. (UPENET-IAUPE/SES-PE/2014) Sobre as regras de acentuação gráfica, responda


a questão a seguir:
I. encontra-se a palavra “saúde" acentuada porque o “u" tônico forma um hiato.
II. registra-se a presença dos termos “único" e “políticos" que recebem acento por
serem proparoxítonos.
III. identificam-se os termos “preferência" e “necessário", acentuados por serem
paroxítonos terminados em ditongo.
IV. tem-se o termo “além", acentuado por ser um oxítono terminado em EM.
Estão CORRETOS os itens
a) I, II e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
COMENTÁRIOS:
Regras de acentuação resumidas:
1. Monossílabos tônicos: terminados em A, E, O (s)
2. Oxítonas: terminadas em a, e, o (s) + EM, ENS
3. Paroxítonas: terminadas em L, N, R, X, I, UM, UNS, Ã, ÃO, PS, ditongo
4. Proparoxítonas - acentua-se todas
5. Hiato: i, u (s) longe de NH.
GABARITO: LETRA E
2. (UPENET-IAUPE/PREFEITURA DE PAULISTA – PE/2014) Sobre Acentuação,
analise os itens abaixo:
I. "que a música deve ser conteúdo obrigatório no currículo escolar."
II. “ter noção do que é uma boa música...”
É CORRETO o que se afirma na alternativa:
a) No item I, a tonicidade dos termos sublinhados recai na antepenúltima sílaba.
b) No item II, a tonicidade do primeiro termo sublinhado recai na penúltima sílaba.

28
Língua Portuguesa

c) O "u" átono do segundo termo sublinhado no item I forma hiato, razão por que é
acentuado.
d) O segundo termo sublinhado do item II é acentuado por ser monossílabo átono.
e) O acento do primeiro e o do quarto termo sublinhado no item I obedecem à mesma
regra de acentuação.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - No item I, a tonicidade dos termos sublinhados recai na antepenúltima
sílaba. (Música=antepenúltima, conteúdo=penúltima, obrigatório=penúltima).
b) ERRADA - No item II, a tonicidade do primeiro termo sublinhado recai na penúltima
(Última) sílaba.
c) ERRADA - O "u" átono (tônico) do segundo termo sublinhado no item I forma hiato,
razão por que é acentuado.
d) ERRADA - O segundo termo sublinhado do item II é acentuado por ser monossílabo
átono. (Música=proparoxítona).
e) CORRETA - O acento do primeiro e o do quarto termo sublinhado no item I
obedecem à mesma regra de acentuação. (Música=proparoxítona,
currículo=proparoxítona).
Música - Proparoxítona
Conteúdo - u tônico
Obrigatório - Paroxítona
Currículo - Proparoxítona
Noção - Oxítona
GABARITO: LETRA E
3. (QUADRIX/CFO-DF/2017) Considerando os aspectos linguísticos do texto e as
ideias nele expressas, julgue o item.
As palavras “saúde” e “flúor” são acentuadas de acordo com a mesma regra de
acentuação gráfica, pois ambas são paroxítonas.
CERTO
ERRADO
COMENTÁRIOS:
SA-Ú- DE = Hiato: quando duas vogais ficam separadas na separação de silabas -
Lembrando que vale para I e U.
FLÚ - OR = Paroxítona terminada em R.
GABARITO: ERRADO
4. (FUNDEP/CRM-MG/2017) Leia o trecho a seguir.

29
Língua Portuguesa

“No último chamamento público, finalizado em janeiro, médicos com CRM


preencheram 99% das vagas, distribuídas em 1.390 postos, ofertados em 642
municípios e dois Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).”
Assinale a palavra que não é acentuada graficamente pelo mesmo motivo das demais.
a) Último.
b) Público.
c) Médicos.
d) Distribuídas.
COMENTÁRIOS:
Regras:
1- Proparoxítonas: último, público, médicos
2- I e U do hiato: distribuídas
GABARITO: LETRA D

Classe das Palavras

Substantivo
Essa é, por excelência, a classe gramatical utilizada para dar nome às pessoas,
objetos, animais, locais ou qualquer outra coisa.
Substantivo Comum
É aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica.
Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro.
Substantivo Próprio
É aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular.
Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
Adjetivo
As palavras que pertencem a essa classe gramatical são aquelas que se referem a um
substantivo para lhe dar uma qualidade. É importante destacar que, nesse caso,
qualidade está no sentido geral, podendo ser algo tanto negativo quanto positivo.
Em outras palavras, os adjetivos sempre indicam algum atributo, alguma
característica de um substantivo.
Alguns exemplos: Grande, pequeno, bonito, feio, honesto, amarelo, rico.
Artigos
Os artigos aparecem acompanhando os substantivos e nos fornecem informações
de gênero e número sobre esses substantivos. Além disso, também vai dizer se
aquele termo que está acompanhando aparece de forma definida ou indefinida.
Artigo Definido

30
Língua Portuguesa

Os artigos definidos, como o próprio nome indica, definem ou individualizam os


substantivos, seja uma pessoa, objeto ou lugar. São eles: o, a, os, as.
EX: O rapaz é alto.
Artigo Indefinido
Os artigos indefinidos determinam de maneira vaga, indeterminada ou imprecisa,
uma pessoa, objeto ou lugar ao qual não se fez menção anterior no texto. São eles:
um, uma, uns, umas.
EX: Um dia irei a Gramado.
Pronome
A principal função do pronome é substituir um nome que já foi citado anteriormente,
evitando que o texto fique repetitivo ou truncado. Existem vários tipos de pronome:
pessoais do caso reto e do caso oblíquo, possessivos, demonstrativos, relativos.
Vamos ver alguns exemplos: eu, ele, minha, sua, um, algum, o, a, que, meu, vosso,
esse, este, aquele, aquela, aquilo.
Por exemplo:
O estudante passou na prova porque ele estudava regularmente.
A casa do Zeca é grande, mas a minha é melhor.
Você deveria ler este livro.
Olhem aquela casa!
Emprego dos pronomes
1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim
determinar.
Este é o pintor a cuja obra me refiro.
Este é o pintor de cuja obra gosto.

2. O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas:

Não conheço o político de quem você falou.

3. O relativo quem pode aparecer sem antecedente claro, sendo classificado como
pronome relativo indefinido.

Quem faltou foi advertido.

4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido de


preposição.

Marcelo era o homem a quem ela amava.

5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo universal,


pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas, no singular ou no plural.

Não conheço o rapaz que saiu.

31
Língua Portuguesa

Gostei muito do vestido que comprei.


Eis os ingredientes de que necessitamos.

6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o, a, os, as.

Falo o que sinto. (o pronome o equivale a aquilo)

7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome


relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e
flexões).

Aquele é o livro com que trabalho.


Aquela é a senhora para a qual trabalho.

8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivalente a do qual, de


que, de quem. Deve concordar com a coisa possuída.

Apresentaram provas em cuja veracidade eu creio.

9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando


seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.

Comprou tudo quanto viu.

10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de em
que, no qual.

Este é o país onde habito.

a) onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Pode ser usado
sem antecedente.

Sempre morei no país onde nasci.

b) aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale a para
onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde.

Voltei àquele lugar aonde minha mãe me levava quando criança.


Advérbio
Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio.
São flexionados em grau (comparativo e superlativo) e divididos em: advérbios de
modo, intensidade, lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida.
Quando o advérbio aparece, ele vai indicar as circunstâncias nas quais a ação
indicada pelo verbo vai ocorrer.
Exemplos:
Modo: Foi bem no concurso.
Intensidade: Estudei bastante até passar.

32
Língua Portuguesa

Lugar: O livro está embaixo da mesa.


Tempo: Vou começar a estudar agora.
Negação: Desistir não pode fazer parte de seus planos.
Afirmação: Certamente irei caminhar.
Dúvida: Provavelmente irei ao banco.
Preposição
São palavras invariáveis que servem para conectar termos dentro de uma frase.
Preposições: a, ante, após, perante, por, com, contra, atrás.
EX: Espero por você em casa.
Conjunções
Palavras ou expressões que conectam duas orações ou dois termos,
estabelecendo alguma relação de sentido.
Exemplos: e, mas, contudo, portanto, conforme, apesar, além disso, desde que.

Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou


adição. São elas: e, nem, não só... mas também, não só... como também, bem
como, não só... mas ainda.

Por exemplo:

Trabalho e estuda.

Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou


compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto,
não obstante.

Por exemplo:

Ganhou muito dinheiro, mas ficou pobre.

Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou


escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou,
ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.

Por exemplo:

Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.

Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão
ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por
conseguinte, por isso, assim.

Por exemplo:

Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.

33
Língua Portuguesa

Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia
nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.

Por exemplo:

Não demore, que o filme já vai começar.

Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal,


sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de
que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.

Por exemplo:

Embora tenha estudado pouco, passou no concurso.

Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para


ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que,
desde que, a menos que, sem que, etc.

Por exemplo:

Você passará na prova, desde que estude.

Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um


fato com outro. São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc.

Por exemplo:

O passeio ocorreu como havíamos planejado.

Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se
realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que),
que, etc.

Por exemplo:

Toque o sinal para que todos entrem no salão.

Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado


proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à
proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto
menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos), etc.

Por exemplo:

O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam.

Questões

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Língua Portuguesa

1. (CPCON/PREF. DE GURINHÉM-PB/TÉCNICO EM ENFERMAGEM/2020) As


orações adverbiais estabelecem diferentes relações de sentido com as orações com a
quais se conectam. Analise as ocorrências em destaque nos fragmentos textuais
abaixo expostos e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta, na sequência, os
sentidos CORRETOS expressos por essas orações.
I- Com a indústria 4.0 haverá uma grande racionalização e otimização da produção
para que os desperdícios de material e de mão de obra se tornem mínimos.
II- Se quisermos que a economia continue funcionando, não podemos mais esbanjar.
III- Como não podemos reverter a economia do petróleo no curto prazo, a única
solução está sendo desacelerar a economia.
a) Finalidade, condição e causa.
b) Causa, consequência e conformidade.
c) Consequência, modo e tempo.
d) Proporção, finalidade e concessão.
e) Condição, hipótese e causa.
COMENTÁRIOS:
I- Com a indústria 4.0 haverá uma grande racionalização e otimização da produção
para que os desperdícios de material e de mão de obra se tornem mínimos. (para =
com o objetivo/finalidade).
II- Se quisermos que a economia continue funcionando, não podemos mais esbanjar.
(se = condição).
III- Como não podemos reverter a economia do petróleo no curto prazo, a única
solução está sendo desacelerar a economia. (como = por causa).
Conjunções Finais Conjunções Conjunções Causais
Condicionais
Para que, a fim de que, Se, caso, quando, Porque, pois, porquanto,
porque (no sentido de conquanto que, salvo se, como (no sentido de
que), que. sem que, dado que, desde porque), pois que, por isso
que, a menos que, a não que, á que, uma vez que,
ser que. visto que, visto como, que.

GABARITO: LETRA A
5. (CPCON/PREF. DE GURINHÉM-PB/TÉCNICO EM ENFERMAGEM/2020)
Empregue os pronomes relativos nos fragmentos textuais abaixo relacionados,
extraídos da matéria “JÁ É FÁCILCOMPRAR” (Veja,19/06/19), atentando para a
preposição que pode antecedê-los.
I- O assassinato de várias vítimas, a esmo, não é crime típico. Mas a facilidade
______ os dois jovens conseguiram comprar arma e munição levanta um alerta neste
momento ______ o governo de Jair Bolsonaro tenta flexibilizar o porte. II- Muitas
armas que abastecem o crime vêm do lugar _____ deveriam ser muito mais bem
guardadas: depósitos de delegacias e fóruns. Em abril, um policial caiu pasmo ao abrir
o cofre da delegacia central de Cotia, em São Paulo, e constatar a falta de 81 armas

35
Língua Portuguesa

que deveriam estar ali. III- Em 11 de maio, em Santo André, o empresário Marcelo
Aguiar, de 36 anos, disparou cinco vezes contra um morador de rua ______ havia se
desentendido. Ele era colecionador de armas e atirador esportivo, segundo relatos
colhidos pela polícia.
A sequência CORRETA de preenchimento das lacunas é:
a) com que – em que – onde – com quem
b) que – onde – que – com que
c) com a qual – onde – em que – que
d) como – onde – o qual – com quem
e) na qual – que – em que – que
COMENTÁRIOS:
I- O assassinato de várias vítimas, a esmo, não é crime típico. Mas a facilidade com
que (facilidade com) os dois jovens conseguiram comprar arma e munição levanta um
alerta neste momento em que (pode substituir pôr no qual) o governo de Jair
Bolsonaro tenta flexibilizar o porte.
II- Muitas armas que abastecem o crime vêm do lugar onde (onde refere-se a lugar)
deveriam ser muito mais bem guardadas: depósitos de delegacias e fóruns. Em abril,
um policial caiu pasmo ao abrir o cofre da delegacia central de Cotia, em São Paulo, e
constatar a falta de 81 armas que deveriam estar ali.
III- Em 11 de maio, em Santo André, o empresário Marcelo Aguiar, de 36 anos,
disparou cinco vezes contra um morador de rua com quem havia se desentendido
(desentendido com). Ele era colecionador de armas e atirador esportivo, segundo
relatos colhidos pela polícia.
GABARITO: LETRA A
3. (IBFC/SEPLAG-SE/2018) Leia o fragmento textual:
“Os conhecimentos produzidos na área de políticas públicas vêm sendo largamente
utilizado por pesquisadores, políticos e administradores que lidam com problemas
públicos em diversos setores de intervenção e nas mais diferentes áreas: ciência
política, sociologia, economia, administração pública, direito etc.[I] Vêm sendo
utilizado tanto no que diz respeito à implementação e a avaliação das políticas
públicas, quanto no que diz respeito a abordagens que destacam o papel das ideias
e do conhecimento neste processo[II].”

As palavras destacadas estão morfologicamente classificadas, respectivamente e


conforme os preceitos da norma culta. A esse respeito, assinale a alternativa correta.

a) conjunção; advérbio; verbo; verbo.

b) conjunção; adjetivo; advérbio; verbo.

c) preposição; adjetivo; substantivo feminino; verbo.

d) preposição; advérbio; advérbio; verbo.

COMENTÁRIOS:

36
Língua Portuguesa

a) conjunção; advérbio; verbo; verbo.

b) conjunção; adjetivo; advérbio; verbo.

c) preposição; adjetivo; substantivo feminino; verbo.

d) preposição; advérbio; advérbio; verbo.

Em: Preposição - Expressa noção de lugar; onde: guardei o livro em casa.


Diferentes: Adjetivo - Desigual; sem qualquer ou alguma semelhança; não possuidor
de características que denotam igualdade; que não é igual: duas opiniões
completamente diferentes, possuem cores parcialmente diferentes.
Implementação: Substantivo feminino - Ação ou efeito de implementar; ato de
colocar em execução ou em prática; realização, efetivação ou execução de um projeto,
uma tarefa etc. A implementação do projeto deverá demorar alguns meses.
Diz: Verbo - Diz é uma palavra derivada de dizer. Flexão do verbo dizer na: 3ª pessoa
do singular do presente do indicativo.

GABARITO: LETRA C

4. (INSTITUTO AOCP/TRT 1ª REGIÃO-RJ/2018) Os advérbios, por meio das


circunstâncias que exprimem, contribuem na intenção do falante referente ao que
ele deseja expressar, recebendo diferentes classificações quanto a tais
circunstâncias. Assinale a alternativa que apresenta corretamente, entre
parênteses, a circunstância expressa pelo advérbio em destaque.

a) “Mal falei, mal agi e o que acabei de fazer virou passado [...]” (negação).

b) “[...] para que uma faísca de felicidade pudesse viver alguns momentos mais
longos [...]” (afirmação).

c) “Apenas um mês e… férias! [...]” (inclusão).

d) “[...] perceber o quanto ele ainda é presente [...]” (tempo).

e) “[...] estocamos papéis e contas já pagas, documentos. [...]” (modo).

COMENTÁRIOS:

a) ERRADA - “Mal falei, mal agi e o que acabei de fazer virou passado [...]”
(negação). (Modo).

b) ERRADA - “[...] para que uma faísca de felicidade pudesse viver alguns
momentos mais longos [...]” (afirmação). (Intensidade).

c) ERRADA - “Apenas um mês e… férias! [...]” (inclusão). (Exclusão).

d) CORRETA - “[...] perceber o quanto ele ainda é presente [...]” (tempo).

37
Língua Portuguesa

e) ERRADA - “[...] estocamos papéis e contas já pagas, documentos. [...]” (modo).


(Tempo).

GABARITO: LETRA

5. (UEM/UEM/2018) Em relação ao fragmento de texto:

"[...] tecnologias produtivas não são aptas a reduzirem os impactos, pois não se
tinha a consciência ambiental na época de sua elaboração (como no caso dos
combustíveis fósseis) ou que o custo é alto para a implementação de técnicas
sustentáveis.", a classificação gramatical correta das ocorrências de a são,
respectivamente,

a) pronome, preposição, artigo.

b) preposição, artigo, artigo.

c) pronome, artigo, artigo.

d) artigo, preposição, preposição.

e) artigo, artigo, preposição.

COMENTÁRIOS:

"[...] tecnologias produtivas não são aptas a reduzirem os impactos, pois não se
tinha a consciência ambiental na época de sua elaboração (como no caso dos
combustíveis fósseis) ou que o custo é alto para a implementação de técnicas
sustentáveis."

Uma dica para diferenciar: Preposição de Artigo.

Respondeu o quê = Artigo

Respondeu a quê = Preposição

Aptas a quê? Reduzirem os impactos = Preposição

Tinha o quê? A consciência ambiental = Artigo

Alto para o quê? Implementação = Artigo

GABARITO: LETRA B

6. (FCC/ALESE/2018) A alternativa em que os elementos destacados pertencem à


mesma classe de palavras é:

a) muito aguado / de forma fingida.

b) tão apagado / alguém lento.

c) Eu vou de camelo / ou seja.

d) qualquer coisa / Famoso por fazer parte.

38
Língua Portuguesa

e) um manteiga-derretida / lá corre o seguinte “agá”.

COMENTÁRIOS:

a) muito (advérbio) aguado / de forma (substantivo) fingida.

b) tão (advérbio) apagado / alguém (pronome indefinido) lento.

c) Eu vou de (preposição) camelo / ou (conjunção) seja.

d) qualquer (pronome indefinido) coisa / Famoso por (preposição) fazer parte.

e) um (artigo) manteiga-derretida / lá corre o (artigo) seguinte “agá”.

Um - Artigo indefinido

O - Artigo definido

Apesar de ambas serem de classificações diferentes, não deixam de ser ARTIGO.

GABARITO: LETR E

7. (FUMARC/CÂMARA DE PARÁ DE MINAS-MG/2018) As palavras destacadas


são adjetivos, EXCETO em:

a) “Nos questionários iniciais, os desejos mais relatados pelos participantes foram


sono e sexo.”

b) “[...] os voluntários haviam adquirido um novo vício: o de navegar na web.”

c) “[...] os pesquisadores puderam verificar que se envolver com redes sociais


tornou-se uma atividade tão inerentemente atraente [...].”

d) “[...] o vício é uma questão de desequilíbrio entre o desejo pessoal de se engajar


no comportamento viciante [...].”
COMENTÁRIOS:

a) “Nos questionários iniciais (Adjetivo), os desejos mais relatados pelos


participantes foram sono e sexo.” (Caracteriza questionários).

b) “[...] os voluntários haviam adquirido um novo (Adjetivo) vício: o de navegar na


web.” (Caracteriza vício).

c) “[...] os pesquisadores puderam verificar que se envolver com redes sociais


tornou-se uma atividade tão inerentemente (Advérbio) atraente [...].” (No
português grande parcela dos advérbios carregam consigo o afixo “-mente.”).

d) “[...] o vício é uma questão de desequilíbrio entre o desejo pessoal de se engajar


no comportamento viciante (Adjetivo) [...].” (Caracteriza comportamento).

39
Língua Portuguesa

GABARITO: LETRA C

Crase

A crase é a contração de duas vogais iguais, sendo a contração mais comum a da


preposição a com o artigo definido feminino a (a + a = à).
Por exemplo:

Dei a indicação à senhora mas ela não a entendeu. (a + a = à)

Os alunos pediram um favor à professora. (a + a = à)

Crase casos obrigatórios:


Diante de palavra feminina, expressa ou oculta, que não repele artigo.
Exemplo: Fui à praia.
Diante do artigo “a” e dos demonstrativos “aquele”, “aquela”, “aquilo”.
Exemplo: Referiu-se àquele que estava ao seu lado.
Diante de expressões adverbiais, locuções prepositivas e locuções
conjuntivas: à noite, à direita, à toa, às vezes, à deriva, às avessas, à parte, à luz, à
vista, à moda de, à maneira de, à exceção de, à frente de, à custa de, à semelhança
de, à medida que, à proporção que...
Exemplo: À medida que estuda, adquiri mais conhecimentos.
Crase caos proibidos:
Diante de palavras de sentido indefinido.
Exemplo: Falou a qualquer pessoa.
Diante dos pronomes relativos “que”, “quem”, “cuja”.
Exemplo: Ali vai a criança a quem disseste a notícia.
Diante de verbo.
Exemplo: Ficou a ver navios.
Diante de palavras masculinas.
Exemplo: Falou-me a respeito daquele assunto.
Diante de pronomes pessoais e expressões de tratamento.
Exemplo: O rapaz referiu-se a ela.
Entre palavras repetidas.
Exemplo: Fiquei frente a frente com o meu rival.
Diante da palavra “casa” quando não especificada.

40
Língua Portuguesa

Exemplo: Irei a casa logo mais.


Crase caos facultativos:
Depois da preposição até.
Exemplo: Fui até a feira. / Fui até à feira.
Antes de pronome possessivo feminino no singular. Minha, tua, vossa e nossa.
Exemplo: Respondi a sua irmã. / Respondi à sua irmã.
Antes de nome próprio feminino.
Exemplo: Entreguei a carta a Joana. Entreguei a carta à Joana.
Pronomes de tratamento: Senhora, Senhorita, Madame, Dona. EX: Refiro-me a
dona Maria.
Exemplo: Refiro-me à dona Maria.

Questões

1. (FUNRIO/AL-RR/2018) No fragmento “Em relação à incompreensão médico-


paciente”, observa-se a ocorrência da crase, marcada pelo emprego do acento grave.
Nos exemplos a seguir, o único em que deveria ser empregado o acento grave é
a) Há muitos problemas ligados a dificuldades de comunicação.
b) Alguns medicamentos foram prejudiciais àquele paciente.
c) As enfermeiras assistem com dedicação as pacientes
d) Pacientes e médicos frente a frente devem manter um diálogo cuidadoso.
COMENTÁRIOS:

a) Há muitos problemas ligados a dificuldades de comunicação. (Só seria possível se


colocasse o artigo no plural).

b) Alguns medicamentos foram prejudiciais àquele paciente. (Contração da


preposição a com os pronomes demonstrativos a, aquele, aquela e aquilo: a +
aquele = àquele; a + aquela = àquela; a + aquilo = àquilo).

c) As enfermeiras assistem com dedicação as pacientes (Assistir com sentido de


dar assistência em VTD).

d) Pacientes e médicos frente a frente devem manter um diálogo cuidadoso. (Entre


palavras repetidas não usa crase).

GABARITO: LETRA B

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Língua Portuguesa

2. (FUVEST/PREF. SUZANO-SP/2018) O sinal indicativo de crase está corretamente


empregado na alternativa:
a) O cronista queria ter ganho um velocípede, o que era comum à todas as crianças.
b) O passeio à cachoeira de Iporanga quase lhe custou a vida.
c) Ele se refere à uma leve inveja quando comenta o ocorrido no trabalho.
d) As filhas tentaram em vão ensinar à ele como andar de bicicleta.
e) Ao tratar de suas incompetência, o cronista faz alusão à Fernando Pessoa.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - O cronista queria ter ganho um velocípede, o que era comum à (a) todas
as crianças. (Todas, pronome indefinido não há crase).
b) CORRETA - O passeio à cachoeira de Iporanga quase lhe custou a vida. (Passeio
ao parque).
c) ERRADA - Ele se refere à (a) uma leve inveja quando comenta o ocorrido no
trabalho. (Não há crase antes de artigo indefinido).
d) ERRADA - As filhas tentaram em vão ensinar à (a) ele como andar de bicicleta.
(Pronome pessoal, não tem crase).
e) ERRADA - Ao tratar de suas incompetência, o cronista faz alusão à (a) Fernando
Pessoa. (Palavra masculina, não há crase).
GABARITO: LETRA B
3. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018) O emprego do acento indicativo de crase está de
acordo com a norma-padrão em:
a) O escritor de novelas não escolhe seus personagens à esmo.
b) A audiência de uma novela se constrói no dia à dia.
c) Uma boa história pode ser escrita imediatamente ou à prazo.
d) Devido à interferências do público, pode haver mudanças na trama.
e) O novelista ficou aliviado quando entregou a sinopse à emissora.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - O escritor de novelas não escolhe seus personagens à (a) esmo.
(Palavra masculina, não há crase).
b) ERRADA - A audiência de uma novela se constrói no dia à (a) dia. (Palavras
repetidas, crase é proibida).
c) ERRADA - Uma boa história pode ser escrita imediatamente ou à (a) prazo.
(Palavra masculina, não há crase).
d) ERRADA - Devido à (a) interferências do público, pode haver mudanças na trama.
("A" no singular, palavra no plural, crase nem a pau).
e) CORRETA - O novelista ficou aliviado quando entregou a sinopse à emissora.
(Entregou a sinopse ao diretor).

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Língua Portuguesa

GABARITO: LETRA E
4. (SUGEP/UFRPE/2018) Assinale a alternativa na qual o emprego do sinal indicativo
de crase está correto.
a) Acho que o reconhecimento deve ser extensivo às mulheres em geral.
b) O respeito é devido à toda pessoa, seja mulher ou homem.
c) Mulheres são extraordinárias, mas àquelas que são mães merecem aplausos
especiais.
d) Temos mesmo que parabenizar à quem foi tão importante para a história de nosso
país.
e) Tomara que “Extraordinárias mulheres” suscite em nós um novo olhar para às
mulheres.
COMENTÁRIO:
a) CORRETA - Acho que o reconhecimento deve ser extensivo às mulheres em geral.
(Extensivo pede preposição e mulheres é palavra feminina).
b) ERRADA - O respeito é devido à (a) toda pessoa, seja mulher ou homem. (Palavra
indefinida, não há crase).
c) ERRADA - Mulheres são extraordinárias, mas àquelas (aquelas) que são mães
merecem aplausos especiais. (Mas não pede preposição, se fosse referiu àquelas
= crase).
d) ERRADA - Temos mesmo que parabenizar à (a) quem foi tão importante para a
história de nosso país. (Palavra indefinida, não há crase).
e) ERRADA - Tomara que “Extraordinárias mulheres” suscite em nós um novo olhar
para às (as) mulheres. (Um novo olhar para os homens, não pede preposição).
GABARITO: LETRA A
5. (MS CONCURSOS/SAP-SP/2018) Assinale a alternativa onde o sinal de crase está
incorreto.
a) O prefeito dirigiu-se à Sua Excelência, o governador do estado, para solicitar mais
verba ao município.
b) Quase todo mundo gosta de ir à praia.
c) Fui à Bahia.
d) Domingo, iremos àquele teatro recém-inaugurado.
e) As moças às quais me referi há pouco estão chegando.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - O prefeito dirigiu-se à (a) Sua Excelência, o governador do estado, para
solicitar mais verba ao município. (Diante de pronomes de tratamento o uso de
crase é proibido (exceto para senhora e senhorita).
b) CORRETA - Quase todo mundo gosta de ir à praia. (O verbo IR (VTI) exige
preposição e praia é palavra feminina).

43
Língua Portuguesa

c) CORRETA - Fui à Bahia. (O verbo IR (VTI) exige preposição e Bahia é


substantivo feminino. Vou à Bahia; Volto da Bahia).
d) CORRETA - Domingo, iremos àquele teatro recém-inaugurado. (Os pronomes
demonstrativos aquele, aquela e aquilo recebem crase quando o termo anterior
exige preposição).
e) CORRETA - As moças às quais me referi há pouco estão chegando. (As = artigo;
Quais = pronome relativo de "as moças" e o verbo REFERIR (VTI) exige
preposição).
GABARITO: LETRA A
6. (MS CONCURSOS/SAP-SP/2018) Assinale a alternativa onde o sinal de crase está
devidamente correto.
a) O esporte preferido de Lara é andar à cavalo.
b) Todos precisam estar dispostos à colaborar com o meio ambiente.
c) À medida que caminhava pelas ruas de sua cidade natal, recordava-se da infância.
d) O chefe está discutindo à portas fechadas com os funcionários.
e) Após o acontecido, o filho retornaria à casa somente com a autorização do pai.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - O esporte preferido de Lara é andar à (a) cavalo. (Não se usa crase
antes de palavra masculina).
b) ERRADA - Todos precisam estar dispostos à (a) colaborar com o meio ambiente.
(Não se usa crase antes de verbos).
c) CORRETA - À medida que caminhava pelas ruas de sua cidade natal, recordava-se
da infância. (Crase obrigatória diante de locuções conjuntivas proporcionais).
d) ERRADA - O chefe está discutindo à (a) portas fechadas com os funcionários. (A
no singular + palavra no plural= crase nem a pau).
e) ERRADA - Após o acontecido, o filho retornaria à (a) casa somente com a
autorização do pai. (Casa aparecer indeterminada crase proibida).
GABARITO: LETRA C
7. (CONSULPLAN/CÂMERA DE BH/2018) O uso do acento grave indicador de crase
só é opcional em:
a) “Os melhores dados com relação à existência de outros planetas vêm do satélite da
NASA Kepler [...]”
b) “Agora que temos a certeza de que existe um número enorme de planetas com
características físicas semelhantes às da Terra [...]”
c) “Marcando o tempo que demora para o planeta passar em frente à estrela [...] é
possível determinar o tamanho e massa do planeta.”
d) “[...] quando um planeta passa em frente à sua estrela (por exemplo, Vênus
passando em frente ao Sol) o brilho da estrela é ligeiramente diminuído.”

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Língua Portuguesa

COMENTÁRIOS:
a) “Os melhores dados com relação à existência de outros planetas vêm do satélite da
NASA Kepler [...]”. (Case obrigatória).
b) “Agora que temos a certeza de que existe um número enorme de planetas com
características físicas semelhantes às da Terra [...]”. (Case obrigatória).
c) “Marcando o tempo que demora para o planeta passar em frente à estrela [...] é
possível determinar o tamanho e massa do planeta.” (Case obrigatória).
d) “[...] quando um planeta passa em frente à sua estrela (por exemplo, Vênus
passando em frente ao Sol) o brilho da estrela é ligeiramente diminuído.” (Case
facultativa).
GABARITO: LETRA D

Sintaxe da oração e do período

Oração

Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário:

- que o enunciado tenha sentido completo;

- que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal).

Por Exemplo:

Camila terminou a leitura do livro.

Obs.: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um


conjunto harmônico: elas são os termos ou as unidades sintáticas da oração.
Assim, cada termo da oração desempenha uma função sintática.

Atenção:

Nem toda frase é oração.

Por Exemplo:

Que dia lindo!

Esse enunciado é frase, pois tem sentido.

Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo.

Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como:

Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante!

A frase pode conter uma ou mais orações. Veja:

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Língua Portuguesa

Brinquei no parque. (uma oração)


Entrei na casa e sentei-me. (duas orações)
Cheguei, vi, venci. (três orações)

Período

Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com


sentido completo. O período pode ser simples ou composto.

Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome
de oração absoluta.

Exemplos:

O amor é eterno.
As plantas necessitam de cuidados especiais.
Quero aquelas rosas.
O tempo é o melhor remédio.

Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações.

Exemplos:

Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias.


Quero aquelas flores para presentear minha mãe.
Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o
que acontece ao anoitecer.
Cheguei, jantei e fui dormir.

Saiba que:

Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução verbal, a maneira
prática de saber quantas orações existem num período é contar os verbos ou
locuções verbais.

Questões

1. (IBADE/PC-AC/2017) Sobre o segmento "Hoje são os agasalhos que lhe batem


à porta, em belas mensagens coloridas." é correto afirmar que:
a) o período é composto por orações subordinadas substantivas.
b) é um período simples com uma oração sintaticamente coordenada assindética.
c) A forma verbal batem esta na voz passiva sintética.
d) QUE inicia a oração subordinada adjetiva e constitui o sujeito da oração a que
pertence.
e) a palavra LHE é um pronome adjetivo e se refere ao leitor dos anúncios.

COMENTÁRIOS:

46
Língua Portuguesa

a) ERRARA - O "que" na questão não é uma conjunção integrante, e sim pronome


relativo.
b) ERRADA - se é um período simples como pode ser uma oração coordenada?
c) ERRADA - Está na voz ativa. Os agasalhos batem à porta. Na voz passiva
seria: a porta é batida pelos agasalhos.
d) CORETA - Oração subordinada adjetiva restritiva.
e) ERRADA - O "lhe" se refere ao indivíduo.

GABARITO: LETRA D

2. (IESES/GAS BRASILIANO/2017) Assinale a única oração em que o sujeito seja


indeterminado.
a) Todos quiseram dar sua opinião.
b) Ninguém se manifestou a esse respeito.
c) Nada foi feito para mudar a realidade.
d) Assaltaram a casa do ministro.

COMENTÁRIOS:

Sujeito indeterminado aparecerá em duas situações: 1ª dentro da partícula " se"


(nem sempre será sujeito indeterminado). EX: Necessitava-se de ajuda na
Argentina. (sujeito indeterminado). 2ª quando o verbo está em terceira pessoa
do plural.

Para achar o sujeito, pergunte sempre ao verbo "que" ou "quem"

a)Todos quiseram dar sua opinião. (quem quis dar sua opinião? todos) sujeito
simples – todos.
b) Ninguém se manifestou a esse respeito. (quem se manifestou? ninguém)
sujeito simples – ninguém.
c) Nada foi feito para mudar a realidade. (o que foi feito para mudar a realidade?
nada) - sujeito simples - nada (obs: existe locução verbal 'foi feito').
d) Assaltaram a casa do ministro. (olha o caso do verbo na terceira pessoa do
plural, vale atentar que diferente da letra A, aqui quando se pergunta quem
assaltou a casa do ministro, a resposta é ELES, ou seja, verbo na terceira pessoa
do plural, não pode ser oculto e sim INDETERMINADO)

GABARITO: LETRA D

3. (UEM/UEM/2017) Em "A mãe leva um bolo ou muffins e algo salgado." (sexto


parágrafo), "A mãe" exerce a função sintática de:

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Língua Portuguesa

a) predicado.
b) objeto direto.
c) objeto indireto.
d) sujeito.
e) adjunto adnominal.

COMENTÁRIOS:

- Quem leva um bolo ou muffins e algo salgado? Resposta: A mãe. Logo, "a
mãe" seria o sujeito.
- Predicado: leva um bolo ou muffins e algo salgado
- Objeto(s) direto(s): um bolo ou muffins e algo salgado

GABARITO: LETRA D

4. (FEPESE/CIDASC/2017) Leia o excerto abaixo.

Ele faz parte da crônica “A outra noite” de Rubem Braga.

A outra noite.

Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva,
tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o
trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava
um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram,
vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.

Sobre o período sublinhado no texto, avalie o acerto das afirmativas abaixo.

1. É período composto por três orações.


2. A primeira oração traz o sentido de tempo e é subordinada.
3. O sujeito da primeira oração está subentendido e se repete na última.
4. A expressão “para casa” é um complemento nominal que indica lugar.
5. A expressão “e o trouxe” equivale a “e trouxe ele” e ambas estão corretas
quanto à norma culta, já que o pronome está enclítico.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4.


b) São corretas apenas as afirmativas 4 e 5.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.

48
Língua Portuguesa

d) São corretas apenas as afirmativas 1, 4 e 5.


e) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.

COMENTÁRIOS:

" Quando VINHA para casa de táxi, ENCONTREI um amigo e o TROUXE até
Copacabana "

1. CORRETO - É período composto por três orações. (Conforme dividido pelo


negrito).
2. CORRETO - A primeira oração traz o sentido de tempo e é subordinada. (É uma
oração subordinada adverbial temporal deslocada).
3. CORRETO - O sujeito da primeira oração está subentendido e se repete na
última. (Na primeira Quando (eu) vinha... e na última, e (eu) o trouxe).
4. ERRADO - A expressão “para casa” é um complemento nominal que indica
lugar. (É um adjunto adverbial de lugar, e está complementando um verbo).
5. ERRADO - A expressão “e o trouxe” equivale a “e trouxe ele” e ambas estão
corretas quanto à norma culta, já que o pronome está enclítico. (O pronome ele só
pode ser sujeito, e no caso é objeto).

GABARITO: LETRA C

Pontuação

Vírgula (,)
Usa-se a vírgula para:
Em enumerações, para separar os elementos de mesma função sintática:
EX: Machado de Assis foi contista, romancista, poeta, dramaturgo e crítico literário.
Em intercalações, quando palavras ou expressões se interpõem entre o sujeito e o
verbo; entre o verbo e seus complementos (objetos) ou entre verbo e predicativo:
EXEMPLOS:
Os funcionários, a pedido do diretor, alteraram o horário.
sujeito verbo
Os funcionários alteraram, a pedido do diretor, o horário.
verbo objeto
Os funcionários estavam, porém, conscientes de seus direitos.
verbo predicado

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Língua Portuguesa

Atenção: quando se trata da intercalação de uma expressão curta, pode-se omitir a


vírgula:
EX: Os funcionários alteraram imediatamente o horário da semana.
Para separar adjunto adverbial, sempre que ele seja extenso ou quando se quer
destacá-lo:
EX: Depois de inúmeras tentativas, desistiu.
EX: Escove os dentes, sempre, e diga adeus às cáries!
Para isolar o predicativo quando não for antecedido por verbo de ligação:
EX: Furioso, levantou-se.
Para isolar aposto:
EX: A minha avó, Maria, era suíça.
Para isolar o vocativo:
EX: Estamos de férias, pessoal!
Para marcar elipse do verbo (Omissão do verbo):
EX: Sua palavra é a verdade; a minha, a lei. (A minha é a lei)
Dois pontos (:)
Os dois-pontos são utilizados:
Antes do discurso direto. EX: Paulo se esticou o mais que pode e berrou: Já chega!
Antes de uma enumeração. EX: Foram escolhidas cinco cores diferentes: verde,
azul, vermelho, laranja e lilás.
Antes de uma citação. EX: Descartes disse: “Penso, logo existo”.
Antes de uma explicação, resumo, esclarecimento, causa ou consequência. EX:
Concluindo: será necessária a colaboração de todos, sem faltas.
Reticências (...)
As reticências interrompem a frase, marcando uma pausa longa, com entoação
descendente. São usadas basicamente:
Para indicar uma hesitação, uma incerteza ou mesmo um prolongamento da ideia:
EX: "Há um roer ali perto... Que é que estarão comendo?" (Dionélio Machado)
Para sugerir ironia ou malícia:
EX: ‘’— Se ele até deixou a mulher que tinha, Sinhô. É um fato. Estou bem
informado... — e ria para João Magalhães, lembrando Margot.’’ (Jorge Amado)
Para denotar interrupção do pensamento.

EX: Pedro foi à festa: Dançou, brincou...

Aspas (“ “)

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Língua Portuguesa

As aspas são usadas para assinalar citações textuais e para indicar que um termo é
gíria, estrangeirismo ou que está sendo usado em ironia:
EXEMPLOS:
Citação: O presidente afirmou em seu discurso: "Toda corrupção será combatida!"
Gíria: Minha turma é "fissurada" nessa música.
Estrangeirismo: Faça o “back up” para não correr o risco de perder os arquivos.
Ironia: Eles se comportaram “super” bem!
Travessão ( - )
O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado:
Para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas.

- "E logo me apresentou à mulher, – uma estimável senhora – e à filha." (Machado de


Assis)
Para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos.
- "Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a
superioridade humana – acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões
que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o
êxtase." (Raul Pompeia)
Parênteses ( )

Os parênteses são usados: Na introdução de explicações, comentários,


considerações e reflexões sobre algo que foi mencionado na frase.

Explicação: Existe dois tipos de orações coordenadas: as sindéticas (ligadas através


de uma conjunção) e as assindéticas (ligadas através da vírgula).

Reflexão: Ela disse que cumpriria sua parte do combinado. (Será?)

Questões

4. (CPCON/PREF. DE GURINHÉM-PB/TÉCNICO EM ENFERMAGEM/2020) A


pontuação é um mecanismo responsável pela textualidade, à medida que estabelece
uma relação entre a estruturação sintática e a organização das unidades
informacionais. Levando esse fato em consideração, analise as propostas de
pontuação aplicadas ao trecho que inicia o texto “A Venezuela às escuras” (Veja,
20/03/19), avaliando a sua adequação.
I- Passar cinco dias sem eletricidade, não é fácil para ninguém; menos ainda para a
sofrida população da Venezuela, em meio a uma crise de abastecimento, muitos
alimentos se estragaram, doentes morreram nos hospitais, paralisou-se o transporte
público, lojas foram saqueadas e os computadores e celulares impedidos de conduzir
transações eletrônicas [...]

51
Língua Portuguesa

II- Passar cinco dias sem eletricidade não é fácil para ninguém – menos ainda para a
sofrida população da Venezuela. Em meio a uma crise de abastecimento, muitos
alimentos se estragaram, doentes morreram nos hospitais, paralisou-se o transporte
público, lojas foram saqueadas e os computadores e celulares impedidos de conduzir
transações eletrônicas [...]
III- Passar cinco dias sem eletricidade, não é fácil para ninguém, menos ainda para a
sofrida população da Venezuela. Em meio a uma crise de abastecimento muitos
alimentos se estragaram, doentes morreram nos hospitais, paralisou-se o transporte
público, lojas foram saqueadas e os computadores e celulares impedidos de conduzir
transações eletrônicas [...]
Está(ão) CORRETA(s) a(s) versão(ões):
a) III
b) I e II
c) I
d) II e III
e) II
COMENTÁRIOS:
Iremos analisar cada item:
I- ERRADO - Passar cinco dias sem eletricidade, (sem pontuação) não é fácil para
ninguém; (seria um vírgula) menos ainda para a sofrida população da Venezuela,
(ponto final) em meio a uma crise de abastecimento, (sem pontuação) muitos
alimentos se estragaram, doentes morreram nos hospitais, paralisou-se o transporte
público, lojas foram saqueadas e os computadores e celulares impedidos de conduzir
transações eletrônicas [...]
II- CORRETO - Passar cinco dias sem eletricidade não é fácil para ninguém – menos
ainda para a sofrida população da Venezuela. Em meio a uma crise de abastecimento,
muitos alimentos se estragaram, doentes morreram nos hospitais, paralisou-se o
transporte público, lojas foram saqueadas e os computadores e celulares impedidos
de conduzir transações eletrônicas [...]
III- ERRADO - Passar cinco dias sem eletricidade, (sem pontuação) não é fácil para
ninguém, menos ainda para a sofrida população da Venezuela. Em meio a uma crise
de abastecimento (faltou uma vírgula) muitos alimentos se estragaram, doentes
morreram nos hospitais, paralisou-se o transporte público, lojas foram saqueadas e os
computadores e celulares impedidos de conduzir transações eletrônicas [...]
GABARITO: LETRA E
2. (FADESP/BANPARÁ/2018) O enunciado em que a(s) vírgula(s) foi/foram
empregada(s) para separar elementos de uma enumeração é:
a) Hoje, navegando pela internet, descobri que o grande poeta mineiro Murilo Mendes
exerceu a função de bancário durante muitos anos.
b) E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança Itabirana.

52
Língua Portuguesa

c) Será que aí está a explicação daquele sentimento de inutilidade que nos toma, no
exercício das nossas funções?
d) Mais adiante, no mesmo poema.
e) Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
COMENTÁRIOS:

a) ERRADA - Hoje, navegando pela internet, descobri que o grande poeta mineiro
Murilo Mendes exerceu a função de bancário durante muitos anos. (Separa oração
intercalada. Ela interfere na sequência lógica da frase).

b) ERRADA - E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança Itabirana.


(Separa oração explicativa).
c) ERRADA - Será que aí está a explicação daquele sentimento de inutilidade que nos
toma, no exercício das nossas funções? (Separa adjunto adverbial).

d) ERRADA - Mais adiante, no mesmo poema. (Separa adjunto adverbial).

e) CORRETA - Tive ouro, tive gado, tive fazendas. (Enumera termos repetidos de
mesma função sintática).
GABARITO: LETRA E
3. (VUNESP/PC-BA/2018) Considerando as regras de pontuação de acordo com a
norma-padrão, assinale a alternativa em que um trecho do texto está corretamente
reescrito.
a) Essa potência vem – entre outros aspectos – do tanto que a literatura exige, de nós
leitores.
b) Não falo do esforço de compreender um texto nem da atenção, que as histórias e
os poemas, exigem de nós. Embora sejam incontornáveis, também.
c) A literatura para além do prazer intelectual (inegável); oferece algo diferente.
d) A resposta está (como já evoquei mais acima) na potência guardada pela ficção, e
pela poesia, para disparar a imaginação.
e) Mas afinal o que é, a imaginação? Essa noção tão corriqueira, e sobre a qual
refletimos, tão pouco?
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - Essa potência vem – entre outros aspectos – do tanto que a literatura
exige, de nós leitores. (Não se usa vírgula entre o verbo e o complemento).

b) ERRADA - Não falo do esforço de compreender um texto nem da atenção, que as


histórias e os poemas, exigem de nós. Embora sejam incontornáveis, também.
(Não se usa virgula entre o sujeito e o verbo).

c) ERRADA - A literatura para além do prazer intelectual (inegável); oferece algo


diferente. (Ponto e vírgula desnecessária, pois está entre o sujeito e o verbo).

53
Língua Portuguesa

d) CORRETA - A resposta está (como já evoquei mais acima) na potência guardada


pela ficção, e pela poesia, para disparar a imaginação.

e) ERRADA - Mas afinal o que é, a imaginação? Essa noção tão corriqueira, e sobre a
qual refletimos, tão pouco? (Virgula entre o verbo e o complemento).
GABARITO: LETRA D
4. (MS CONCURSO/SAP-SP/2018) Veja os itens quanto à pontuação e assinale a
alternativa correta.
I- A vírgula separa elementos que exercem a mesma função sintática e não estão
unidos por e, ou e nem.
II - A vírgula ou os dois-pontos isolam o aposto.
III - A vírgula isola o vocativo.
IV - A vírgula isola adjuntos adverbiais deslocados para o início ou para o meio da
oração.
a) Apenas I, II e IV estão corretos.
b) Apenas I, III, e IV estão corretos.
c) Apenas III e IV estão corretos.
d) Apenas II e IV estão corretos.
e) Todos os itens estão corretos.
COMENTÁRIOS:
I – CORRETO: A vírgula separa elementos que exercem a mesma função sintática e
não estão unidos por e, ou e nem. (EX: Gosto de comer: Arroz, legumes, verdura e
salada).

II – CORRETO: A vírgula ou os dois-pontos isolam o aposto. (EX: "a vírgula, um dos


sinais de pontuação, serve para pontuar" "a vírgula: um dos sinais de
pontuação, serve para pontuar").

III – CORRETO: A vírgula isola o vocativo. (EX: "gosto tanto de você, leãozinho...").

IV – CORRETO - A vírgula isola adjuntos adverbiais deslocados para o início ou para


o meio da oração. (EX: "no início do século, começaram a surgir influências..." -
"começaram a surgir, no início do século, influências...").

GABARITO: LETRA E
5. (FCC/SEGEP-MA/2018) Os primeiros habitantes desse Estado faziam parte de dois
grupos: os tupis e os jês.
Os dois-pontos no trecho acima introduzem duas noções, simultaneamente,
denominadas:
a) enumeração e exemplificação.
b) enumeração e justificativa.

54
Língua Portuguesa

c) exemplificação e justificativa.
d) explicação e exclusão.
e) exclusão e enumeração.
COMENTÁRIOS:
Enumeração: mais de um grupo (dois grupos)
Exemplificação: Mostrou quais grupos eram (os tupis e os jês)
Usam-se dois pontos para:
- Antes do discurso direto: Ele disse: não.
- Enumeração: Os primeiros habitantes desse Estado faziam parte de dois grupos: os
tupis e os jês.
- Explicação, resumo, causa ou consequência. E foi isso: foram embora antes.
Resumindo: será necessário um esforço por parte de todos para que tudo funcione
corretamente.
- Orações apositivas: Disse a verdade: estava cansada de tudo.
GABARITO: LETRA A
6. (MS CONCURSOS/SAP-SP/2018) Quanto à pontuação, marque a alternativa
incorreta.
a) A vírgula indica omissão de uma ou mais palavras.
b) As reticências denotam interrupção do pensamento.
c) As aspas ressaltam a palavra dentro de um contexto, dão um sentido particular a
uma expressão, destacam um estrangeirismo ou indicam uma citação.
d) O sinal parênteses não é usado para separar qualquer indicação de ordem
explicativa.
e) O sinal parênteses é usado para separar um comentário ou reflexão.
COMENTÁRIOS:
a) CORRETA - A vírgula indica omissão de uma ou mais palavras. (EX: Eu gosto de
azul, Luíza de vermelho. Omitiu o verbo gostar).

b) CORRETA - As reticências denotam interrupção do pensamento. (EX: Pedro foi à


festa: Dançou, brincou...).

c) CORRETA - As aspas ressaltam a palavra dentro de um contexto, dão um sentido


particular a uma expressão, destacam um estrangeirismo ou indicam uma citação.
(EX: Eles se comportaram “super” bem!; Faça o “back up” para não correr o
risco de perder os arquivos. ; O presidente afirmou em seu discurso: "Toda
corrupção será combatida!").

55
Língua Portuguesa

d) ERRADA - O sinal parênteses não é usado (é usado) para separar qualquer


indicação de ordem explicativa. (EX: Granada (último refúgio dos árabes) foi
conquistada em 1492).
e) CORRETA - O sinal parênteses é usado para separar um comentário ou reflexão.
EX: Ela disse que cumpriria sua parte do combinado. (Será?)

GABARITO: LETRA D

Concordância Verbal e Nominal

Concordância Verbal

a) Sujeito Simples

Regra Geral

O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os
exemplos:

A orquestra tocou uma valsa longa.


3ª p. Singular 3ª p. Singular

Os pares que rodeavam a nós dançavam bem.


3ª p. Plural 3ª p. Plural

Casos Particulares

1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de,
o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de
um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.

Por Exemplo:

A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.


Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta
interessante.

Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos, quando
especificados:

Por Exemplo:

Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento.

2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade


aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e
substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Observe:

Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.


Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas.

56
Língua Portuguesa

Quando o sujeito é o pronome relativo "quem", pode-se utilizar o verbo na terceira


pessoa do singular ou em concordância com o antecedente do pronome.

Exemplos:

Fui eu quem pagou a conta. / Fui eu quem paguei a conta.


Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro.

3) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa do


singular ou plural.

Por Exemplo:

Vossa Excelência é diabético?


Vossas Excelências vão renunciar?

4) A concordância dos verbos bater, dar e soar se dá de acordo com o numeral.

Por Exemplo:

Deu uma hora no relógio da sala.


Deram cinco horas no relógio da sala.

5) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum sujeito, são usados sempre na
3ª pessoa do singular. São verbos impessoais:

Haver no sentido de existir;


Fazer indicando tempo;
Aqueles que indicam fenômenos da natureza.

Exemplos:

Havia muitas garotas na festa.


Faz dois meses que não vejo meu pai.
Chovia ontem à tarde.

b) Sujeito Composto

1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz


no plural:

Exemplos:

Pai e filho conversavam longamente.


Sujeito

Pais e filhos devem conversar com frequência.


Sujeito

2) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a existir uma nova


possibilidade de concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade do

57
Língua Portuguesa

sujeito, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais


próximo. Convém insistir que isso é uma opção, e não uma obrigação.

Por Exemplo:
Faltaram coragem e competência.
Faltou coragem e competência.

Concordância nominal

A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou


numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos,
adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa-
se da relação entre nomes.

1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo.

Por Exemplo:

As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.

2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode variar.


Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos:

a) Adjetivo anteposto aos substantivos:

- O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo.

Por Exemplo:

Encontramos caídas as roupas e os prendedores.


Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Encontramos caído o prendedor e a roupa.

b) Adjetivo posposto aos substantivos:

- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles (assumindo
forma masculino plural se houver substantivo feminino e masculino).

Exemplos:

A indústria oferece localização e atendimento perfeito.


A indústria oferece atendimento e localização perfeita.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.

Casos Particulares

É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É permitido

a) Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam invariáveis se o


substantivo a que se referem possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).

Exemplos:

58
Língua Portuguesa

É proibido entrada de crianças.


Em certos momentos, é necessário atenção.
No verão, melancia é bom.
É preciso cidadania.
Não é permitido saída pelas portas laterais.

b) Quando o sujeito dessas expressões estiver determinado por artigos, pronomes


ou adjetivos, tanto o verbo como o adjetivo concordam com ele.

Exemplos:

É proibida a entrada de crianças.


Esta salada é ótima.
A educação é necessária.

Anexo

Essas palavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo ou


pronome a que se referem. Observe:

Seguem anexas as documentações requeridas.

Bastante
Essas palavras são invariáveis quando funcionam como advérbios. Concordam com o
nome a que se referem quando funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou
numerais.

Exemplos:

As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)


Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pronome adjetivo)

Meio - Meia

a) A palavra "meio", quando empregada como adjetivo, concorda normalmente com o


nome a que se refere.

Por Exemplo:

Pedi meia cerveja e meia porção de polentas.

b) Quando empregada como advérbio (modificando um adjetivo) permanece


invariável.

Por Exemplo:

A noiva está meio nervosa.

59
Língua Portuguesa

Questões

1. (VUNESP/PC-SP/2018) Sem prejuízo de sentido ao texto e em conformidade com a


norma-padrão de concordância, está correto o enunciado:
a) Muitas vezes, era proibido outros idiomas ou dialetos locais nas colônias
portuguesas.
b) Portugal proibia, muitas vezes, que fosse usados outros idiomas ou dialetos locais
em suas colônias.
c) Nas colônias portuguesas, muitas vezes, proibiam-se outros idiomas ou uso dos
dialetos locais.
d) Contra a vontade das colônias portuguesas, muitas vezes, proibia-se outros idiomas
ou dialetos locais.
e) Sem autorização de Portugal, eram proibido outros idiomas ou uso dos dialetos
locais nas colônias.
COMENTÁRIOS:

a) ERRADA - Muitas vezes, era proibido outros idiomas ou dialetos locais nas
colônias portuguesas. (eram proibidos)
b) ERRADA - Portugal proibia, muitas vezes, que fosse usados outros idiomas ou
dialetos locais em suas colônias. (Fossem)
c) CORRETA - Nas colônias portuguesas, muitas vezes, proibiam-se outros
idiomas ou uso dos dialetos locais.
d) ERRADA - Contra a vontade das colônias portuguesas, muitas vezes, proibia-
se outros idiomas ou dialetos locais. (Proibiam-se)
e) ERAADA - Sem autorização de Portugal, eram proibido outros idiomas ou uso dos
dialetos locais nas colônias. (Proibidos)

GABARITO: LETRA B
2. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018) No que diz respeito à concordância nominal, a
palavra em destaque que está empregada de acordo com a norma-padrão é:
a) As meninas curtem livros de capas rosas.
b) Sempre li bastante livros ao longo de minha vida.
c) É proibido leitura de histórias violentas por crianças.
d) Narrativas de fluxo de consciência sempre a deixam meia confusa.
e) Deveria haver mais revistas e jornais dedicadas à literatura.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - As meninas curtem livros de capas rosas. (Livros de capas rosa)
b) ERRADA - Sempre li bastante livros ao longo de minha vida. (Sempre
li bastantes livros)

60
Língua Portuguesa

c) CORRETA - É proibido leitura de histórias violentas por crianças. (Mas se tivesse


um artigo definindo a palavra "leitura", aí seria obrigatório a flexão para o
feminino. EX: É proibida a leitura).
d) ERRADA - Narrativas de fluxo de consciência sempre a deixam meia confusa. (A
deixam meio confusa).

e) ERRADA - Deveria haver mais revistas e jornais dedicadas à literatura. (Revistas e


jornais dedicados).

GABARITO: LETRA C
3. (COPEVE-UFAL/UFAL/2018) Acima de uma abertura, _____ lâmpadas. Todas as
vezes que os macacos recebiam fatias de maçã, as lâmpadas piscavam um pouco
antes. Quando ____ horas depois, os macacos ____ aprendido: quando as lâmpadas
acendiam, ____ produções de hormônios.
SCHONBURG, Alaxander. Rico sem dinheiro. São Paulo: Gente, 2007. p. 157.
Qual das alternativas preenche adequadamente as lacunas do texto?
a) havia; devia fazer; havia; iniciavam-se.
b) haviam; faziam; haviam; iniciava-se.
c) existiam; faziam; havia; iniciava-se.
d) havia; fazia; haviam; iniciavam-se.
e) haviam; fazia; haviam; iniciava-se.
COMENTÁRIOS:
- Verbo HAVER no sentido de existir é IMPESSOAL.
- Verbo FAZER indicado tempo não admite plural.
- Verbo HAVER concorda com o sujeito.
- Verbo INICIAR após virgula usa-se ÊNCLISE e não PRÓCLISE.
GABARITO: LETRA D
4. (SUGEP-UFRPE/UFRPE/2018) Assinale a alternativa que apresenta um enunciado
no qual a concordância está de acordo com a norma culta da língua.
a) A maior parte das pessoas que consomem nos países desenvolvidos não é
consciente do desperdício.
b) Sem um planejamento financeiro adequado, os juros que se paga em
financiamentos são altíssimos.
c) Já fazem muitos anos que os consumidores são orientados a pedir descontos para
pagamentos à vista.
d) Certamente poderiam haver maneiras criativas pelas quais as pessoas
conseguiriam evitar o descontrole financeiro.

61
Língua Portuguesa

e) Sabe-se que é necessário uma atenção especial para planejar todas as compras
que fazemos.
COMENTÁRIOS:
a) CORRETA - A maior parte das pessoas que consomem nos países
desenvolvidos não é consciente do desperdício. (TERMO PARTITIVO COM
NÚCLEO PLURAL, CONCORDÂNCIA FACULTATIVA)
b) ERRADA - Sem um planejamento financeiro adequado, os juros que se paga
(pagam) em financiamentos são altíssimos. (o verbo deveria ficar no plural para
concordar com o sujeito)

c) ERRADA - Já fazem (faz) muitos anos que os consumidores são orientados


a pedir descontos para pagamentos à vista. (Verbo FAZER indicando tempo ou
aspectos naturais é impessoal, ou seja, não há sujeito e ele fica na 3º pessoa do
singular).

d) ERRADA - Certamente poderiam (poderia) haver maneiras criativas pelas


quais as pessoas conseguiriam evitar o descontrole financeiro. (Verbo HAVER
com sentido de existir é impessoal e transmite a sua impessoalidade ao verbo
auxiliar. Ou seja, não há sujeito e o verbo fica no singular).

e) ERRADA - Sabe-se que é necessário (necessária) uma atenção especial para


planejar todas as compras que fazemos. (sujeito oracional não varia: É necessário
disposição para este cenário mudar).
GABARITO: LETRA A
5. (UFOP/UFOP/2018) Preencha as lacunas das frases abaixo com os verbos bater,
consertar e haver, respectivamente, na concordância prevista na norma culta da língua
portuguesa.
I. As aulas começam quando _____ oito horas.
II. Nessa loja ______ relógios de parede.
III. Ontem _______ ótimos programas na televisão.
Assinale a alternativa contendo a sequência com a forma correta dos verbos, de cima
para baixo.
a) batem – consertam-se – houve
b) bate – consertam-se – havia
c) bateram – conserta-se – houveram
d) batiam – consertar-se-ão – haverá
COMENTÁRIOS:
I. As aulas começam quando batem oito horas. (bate uma hora)
II. Nessa loja consertam-se relógios de parede. (relógios são consertados)

62
Língua Portuguesa

III. Ontem houve ótimos programas na televisão. (Verbo HAVER no sentido de


existir, não há flexão de número, ou seja, fica sempre no singular)
GABARITO: LETRA A

Regência Verbal e Nominal

Regência Verbal

A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e


os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos)
ou caracterizam (adjuntos adverbiais).

Verbos Intransitivos

Verbos Intransitivos são aqueles que não necessitam de complemento porque têm
sentido completo. Por esse motivo, eles conseguem formar o predicado sozinhos.

EXEMPLOS:

Adormecer Andar Brincar Cair Casar


Chegar Chorar Comparecer Deitar Dormir

Por exemplo:

Finalmente, adormeceu!

Talvez compareça.

Verbos Transitivos Diretos - VTD

Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa
que não exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência. Ao
empregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os,
as atuam como objetos diretos.

EXEMPLOS:

Abandonar Abençoar Aborrecer Abraçar Acompanhar


Acusar Admirar Adorar Alegrar Ameaçar
Amolar Amparar Auxiliar Castigar Condenar
Conhecer Conservar Convidar Defender Eleger
Estimar Humilhar Humilhar Namorar Ouvir
Prejudicar Prezar Proteger Respeitar Socorrer

Por exemplo:

O pai abraçou o filho;

A criança acompanha seu pai;

63
Língua Portuguesa

O mãe protege a filha.

Verbos Transitivos Indiretos - VTI

Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso


significa que esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação
de regência.

EXEMPLOS:

Necessitar Acreditar Obedecer Precisar Gostar


Conversar Duvidar Responder Concordar Lembrar
Simpatizar Ingressar Comparecer Suceder Saber

Por exemplo:

a) Consistir

Tem complemento introduzido pela preposição "em".

Por Exemplo:

A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos.

b) Obedecer e Desobedecer:

Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "a".

Por Exemplo:

Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.


Eles desobedeceram às leis do trânsito.

c) Responder

Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto
para indicar "a quem" ou "ao que" se responde.

Por Exemplo:

Respondi ao meu patrão.


Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura.

d) Simpatizar e Antipatizar

Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com".

Por Exemplo:

64
Língua Portuguesa

Antipatizo com aquela apresentadora.


Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria
privilegiada.

Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos - VTDI

Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto


direto e um indireto.

EXEMPLOS:

Agradecer Anunciar Atribuir Conceder Confiar


Declarar Dedicar Encobrir Entregar Explicar

Por exemplo:

Anunciar
Anunciou a promoção profissional aos pais.
Objeto Direto Objetivo Indireto
Agradecer

Agradeço aos ouvintes a audiência.


Objeto Indireto Objeto Direto
Perdoar

Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador.


Objeto Direto Objeto Indireto
Paguei o débito ao cobrador.
Objeto Direto Objeto Indireto

Regência nominal

Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo,


adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre
intermediada por uma preposição.

Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições


que os regem.
Substantivos

Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo de


Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com

Por exemplo:
Pedro tem admiração por Ana.
Zeca é obediente a seu pai.

65
Língua Portuguesa

Adjetivos

Acessível a Entendido em Necessário a


Acostumado a, com Equivalente a Nocivo a
Agradável a Escasso de Paralelo a
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a

Por exemplo:
O concurseiro é acostumado com provas.
A escola é agradável aos alunos.
Advérbios
EXEMPLOS:

Longe de
Perto de

Por exemplo:
O colégio é perto de casa.

Questões

1. (VUNESP/PC-SP/2018) Assinale a alternativa cujo enunciado está em


conformidade com a norma-padrão de regência.
a) O jornal, ao referir-se o cárcere, acha que ele deve ser destinado aos autores de
crimes violentos, mas há quem discorde com essa ideia.
b) Aspira-se a uma maior integração entre as polícias e as demais instituições, a qual
será garantida com canais instantâneos de comunicação.
c) Muitos encarcerados encontram-se presos devido o fato de cometerem delitos
menores, dos quais havia o pequeno tráfico de drogas.
d) Muitos especialistas comentam de que é a certeza da punição, mais do que o rigor
ou o tamanho da pena, o principal fator de dissuasão.
e) Nos últimos anos, o Brasil chegou na posição de terceira maior população
carcerária do mundo, a qual não tem do que se orgulhar.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - O jornal, ao referir-se o (ao) cárcere, acha que ele deve ser destinado
aos autores de crimes violentos, mas há quem discorde com essa ideia. (Quem se
refere, refere-se A alguma coisa).

66
Língua Portuguesa

b) CORRETA - Aspira-se a uma maior integração entre as polícias e as demais


instituições, a qual será garantida com canais instantâneos de comunicação. (Quem
aspira, aspira A algo).
c) ERRADA - Muitos encarcerados encontram-se presos devido o (ao) fato de
cometerem delitos menores, dos quais havia o pequeno tráfico de drogas. (O termo
devido rege a preposição A quando tem o sentido de “por causa de”, “por
motivo de”).
d) ERRADA - Muitos especialistas comentam de que é a certeza da punição, mais do
que o rigor ou o tamanho da pena, o principal fator de dissuasão. (Quem comenta,
comenta algo (VTD). Logo, não há preposição).
e) ERRADA - Nos últimos anos, o Brasil chegou na (à) posição de terceira maior
população carcerária do mundo, a qual não tem do que se orgulhar. (Na língua culta,
o verbo “chegar” exige a preposição “A” para a indicação de destino. Quem
chega, chega a algum lugar).
GABARITO: LETRA B
2. (FUMARC/COPASA/2018) Nos verbos destacados, há ERRO de regência em:
a) “[...] alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer”.
b) “Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de exercitar a
imaginação [...]”.
c) “Isso me ajudou a desenvolver um certo talento.”
d) "Paga uma família para cuidar da menina, Cosette”.
COMENTÁRIOS:
a) CORRETA - “[...] alguém me oferece meio copo de suco de laranja e posso dizer”.
(Quem oferece, oferece algo).
b) CORRETA - “Até mesmo conferir revistas sobre celebridades, uma forma de
exercitar a imaginação [...]”. (Quem confere, confere algo).
c) CORRETA - “Isso me ajudou a desenvolver um certo talento.” (Quem ajuda, ajuda a
alguém).
d) ERRADA - "Paga uma (a) família para cuidar da menina, Cosette”. (Pagar “coisa”) –
VTD - sem preposição: EX: Eu paguei a dívida. Paguei o débito. Pagar “pessoa”) - VTI
— preposição A: EX: Eu paguei ao médico).
GABARITO: LETRA D
3. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/2018) Um dos aspectos fundamentais da regência
verbal é o uso adequado da preposição.
A preposição destacada está empregada de acordo com a norma-padrão em:
a) Não é bom descuidar-se com a leitura.
b) Informei-lhe de que a biblioteca fecharia à tarde.
c) Ler textos literários implica em formar cidadãos democráticos.
d) Perdoo a todos os vilões dos romances: sem vilões, sem histórias.

67
Língua Portuguesa

e) Com um livro na cabeceira, quero chegar em casa o quanto antes.


COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - Não é bom descuidar-se com a (da) leitura. (O verbo descuidar é VTI.
Quem cuida, cuida DE alguém).
b) ERRADA - Informei-lhe de que a biblioteca fecharia à tarde. (Quem informa,
informa alguém de algo. No caso da frase o "LHE" faz papel de OBJ. INDIRETO e
a oração "...que a biblioteca..." de OBJE. DIRETO).
c) ERRADA - Ler textos literários implica em formar cidadãos democráticos. (O verbo
IMPLICAR no sentido de acarretar, produzir como consequência é VTD).
d) CORRETA - Perdoo a todos os vilões dos romances: sem vilões, sem histórias. (O
verbo "PERDOAR" é VTI quando o complemento é pessoa).
e) ERRADA - Com um livro na cabeceira, quero chegar em (a) casa o quanto antes.
(Quem chega, chega a).
GABARITO: LETRA D
4. (DEPSEC/UNIFAP/2018) Assinale a alternativa CORRETA quanto à aplicação
adequada da regência nominal:
a) O deputado mostrou-se desfavorável com nosso projeto popular.
b) Ela seria capaz de resolver rapidamente aquela questão.
c) O técnico ficou descontente do resultado do jogo.
d) Os doces estarão prontos do consumo apenas amanhã de manhã.
e) O agrônomo é responsável da horta de nossa comunidade.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - O deputado mostrou-se desfavorável com (a) nosso projeto popular.
(Desfavorável a).
b) CORRETA - Ela seria capaz de resolver rapidamente aquela questão.
c) ERRADA - O técnico ficou descontente do (com) resultado do jogo. (Descontente
com).
d) Os doces estarão prontos do (para) consumo apenas amanhã de manhã.
(Prontos para).
e) O agrônomo é responsável da (pela) horta de nossa comunidade. (Responsável
por).
GABARITO: LETRA B
5. (FCC/TRE-6ª REGIÃO/2018) Está correto o uso do elemento sublinhado na
seguinte frase:
a) Nos diálogos forjados nas redes sociais, os usuários selecionam aqueles dos quais
estão dispostos a interagir.

68
Língua Portuguesa

b) A maioria das pessoas hoje acessa as redes sociais em cuja influência revolucionou
a forma de compartilhar notícias.
c) Deve-se reagir com cautela à recepção de conteúdos aos quais são disseminados
nas mídias digitais.
d) As mídias sociais são acusadas de formar redutos no qual o usuário consome um
conteúdo que o agrade.
e) A esfera pública, na qual os mais engajados prevalecem, parece tomada por uma
intensa polarização.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA - Nos diálogos forjados nas redes sociais, os usuários selecionam aqueles
dos quais (com os quais) estão dispostos a interagir. (Interagir é VTI, pede a
preposição COM).
b) ERRADA - A maioria das pessoas hoje acessa as redes sociais em cuja (cuja)
influência revolucionou a forma de compartilhar notícias. (Nenhum termo pediu a
preposição EM).
c) ERRADA - Deve-se reagir com cautela à recepção de conteúdos aos quais (os
quais; que) são disseminados nas mídias digitais. (Essa preposição é indevida).
d) ERRADA - As mídias sociais são acusadas de formar redutos no qual (nos quais;
em que) o usuário consome um conteúdo que o agrade. (Erro de concordância
nominal).
e) CORRETA - A esfera pública, na qual os mais engajados prevalecem, parece
tomada por uma intensa polarização. (Prevalecer é VTI, pede preposição em).
GABARITO: LETRA E

Redação de correspondências oficiais

Redação oficial
Características
Impessoalidade, uso do padrão culto da língua, concisão e clareza, formalidade e
uniformidade (decorrem do artigo 37 da CF “LIMPE”).
O texto oficial dever ser inteligível e transparente pela sua finalidade de informar ou
regular a conduta do cidadão. É inaceitável um texto oficial que não seja entendido
por todos os cidadãos.
Se a Administração é una, os documentos devem ser uniformes. Há um único
comunicador (Poder Público) e o receptor é o Poder Público ou um particular
homogeneamente encarado de forma homogênea, como Público.
Impessoalidade: Do comunicador (Poder público), do assunto (só assunto de
interesse público) e do receptor (Poder Público ou cidadão concebido como
“público”).

69
Língua Portuguesa

O texto oficial NÃO deve trazer impressões pessoais. Por isso, não use “tenho a
honra de”, “tenho o prazer de”, “muito grato”, “renovo protestos de estima e
consideração”.
Deve-se usar o “padrão culto da língua” para garantir um “vocabulário comum ao
grupo de usuários da língua”, que esteja acima da linguagem restrita certos grupos.
Regionalismos, jargão técnico, gírias limitam a compreensão.
Porém, não existe “padrão oficial de linguagem”, caracterizado por um
“burocratês”, cheio de expressões arcaicas, formas tradicionais de cortesia e abuso de
clichês. Tudo isso deve ser evitado.
Deve-se evitar o uso indiscriminado de linguagem técnica. Tenha o cuidado de
explicitar termos técnicos ou específicos.
A formalidade se refere a regras de forma, tanto de gramática como de vocabulário.
Não se resume unicamente ao uso correto dos pronomes de tratamento, mas também
envolve a polidez, a civilidade e o próprio enfoque dado ao assunto.
A padronização envolve a clareza datilográfica, o uso de papeis uniformes e de uma
correta diagramação (padrão ofício).
Concisão é “economia linguística”: transmitir o máximo de informação com o mínimo
de palavras. Depende de conhecimento e tempo para revisão (releitura). Não se
confunde com economia de pensamento, pois somente ideias que não
acrescentem nada ao texto devem ser retiradas.
Clareza significa “imediata compreensão” e não se atinge por si só. Decorre também
da impessoalidade, da linguagem culta, da formalidade, da padronização e da
concisão.
Pronomes de tratamento: Apontam para a segunda pessoa, mas concordam com a
terceira. Use como base a concordância do “você”. Ex: Vossa Excelência nomeará
seu assessor (não nomeareis; vosso).
O adjetivo concorda com o “sexo” do ouvinte. Ex: Vossa excelência está cansado
(homem)/cansada(mulher).
Vossa excelência (estou falando com a pessoa) x Sua excelência (estou falando da
pessoa).
Autoridades tratadas por Vossa Excelência: Presidente/Vice; Ministros de Estado;
Prefeito/Governador; Oficiais-Generais; embaixadores; Secretários Executivos e de
Estado e Cargos de Natureza Especial; Deputados e Senadores; Ministros do TCU;
Pres. de. Câm. Leg. Municipal; Ministros do STF, STJ, TST, TSE, STM; Juízes e
Membros de Tribunal.
Vocativo: Excelentíssimo Senhor (Presidente da República/do STF/do CN)
Senhor (demais autoridades)
OBS: Vereador não é Excelência.
O endereçamento no envelope para autoridades tratadas por Vossa Excelência:

A Sua Excelência o Senhor

70
Língua Portuguesa

Fulano de Tal
Ministro de Estado da Justiça
70.064-900 – Brasília. DF

A Sua Excelência o Senhor


Senador Fulano de Tal
Senado Federal
70.165-900 – Brasília. DF

A Sua Excelência o Senhor


Fulano de Tal
Juiz de Direito da 10ª Vara Cível
Rua ABC, no 123
01.010-000 – São Paulo. SP
As demais autoridades e os particulares são tratados por Vossa Senhoria e o vocativo
é Senhor Fulano de Tal.
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, no 123
70.123 – Curitiba. PR
Não use “ilustríssimo”, apenas senhor. Não use “digníssimo”, pois a dignidade é
pressuposto da função pública. Não use “doutor” porque “doutorado” é título
acadêmico, não é forma de tratamento.
Fecho: RESPEITOSAMENTE para autoridades superiores/ATENCIOSAMENTE
paraautoridades inferiores ou de mesma hierarquia. Para autoridades estrangeiras,
fecho conforme Manual do Ministério das Relações Exteriores.
Identificação do Signatário:
(espaço para assinatura)
Nome
Ministro de Estado da Justiça
Exceto do Presidente, todos os expedientes devem trazer a identificação do
signatário.
Padrão Ofício ( Ofício; Aviso; Memorando)
A) Tipo/Número do expediente-Sigla do Órgão (OF123/2016-MF)

71
Língua Portuguesa

B) Local e data (à direita) * na Mensagem a data é embaixo!!


C) Assunto/Conteúdo
D) Destinatário
E) Texto (Intro/Desenv/Conclusão)
F) Fecho + Assinatura + Idenficação do Signatário
Texto de mero encaminhamento: Introdução deve mencionar o expediente que
pediu o encaminhamento (em resposta ao OF 123/2016, encaminho...) ou, se não tiver
sido solicitado, informar o motivo do encaminhamento e os dados completos do doc
(encaminho o OF 123/2016 para apreciação...). Desenvolvimento não obrigatório, só
se quiser acrescentar comentário sobre documento.
Diagramação: Times New Roman 12 (11 para citação e 10 para nota de rodapé)
Parágrafos numerados e páginas numeradas a partir da segunda.
Distância de 2.5cm para o parágrafo/Formato Rich Text (não é PDF)
Ofício e Aviso: tratam de assuntos oficiais, praticamente idênticos. O aviso é
expedido só por Ministros de Estado.
No cabeçalho ou rodapé do ofício deve haver: Nome do órgão ou setor/Endereço
postal e eletrônico. O ofício pode ser enviado para outros órgãos e particulares.
Memorando: Entre unidades do “Memo órgão”, é eminentemente interno. Segue
padrão ofício, mas o destinatário deve ser tratado pelo cargo (Senhor Chefe do
Almoxarifado...)
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de
projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço
público.
Sua principal característica é a agilidade. Os despachos devem ser dados no próprio
documento, ou em folha de continuação, para formar um processo simplificado.
Exposição de Motivos: Enviado de Ministro de Estado para o Presidente/Vice para:
1) informar assunto; 2) Propor Medida ou 3) Submeter projeto de ato normativo.
Os 3 casos seguem a estrutura do padrão ofício, mas os casos 2 e 3 tem um anexo e
partes a mais no texto.
Mensagem: Expediente entre chefes de poder, notadamente entre o Executivo e o
Legislativo. Não segue o padrão ofício (data no final, embaixo do texto, a 2 cm).
Mensagens mais usuais: Projeto de Lei/Medida Provisória/Nomeação de
Autoridades/Sanção e Veto/Encaminhamento das contas do exercício.
Mensagens menos comuns: Pedido para declarar guerra, estado de sítio e de
defesa; convocação extraordinária do CN; exoneração do PGR. Também é usada nas
hipóteses constitucionais de manifestação do legislativo sobre ato do executivo.
Telegrama: Caro e Obsoleto; só usado em hipótese de urgência, se não houver outro
meio.

72
Língua Portuguesa

Fax: Envio antecipado de documentos de premente conhecimento. Arquiva-se a cópia,


pois o papel do fax se degenera. Segue a estrutura do documento original.
Correio Eletrônico: forma flexível, mas compatível com a redação oficial. O anexo
deve ser Rich Text (não é PDF). Confirmação de leitura sempre que disponível, ou
pedir confirmação de recebimento. Tem valor documental se houver certificação
digital.

Questões

1. (UPENET-IAUPE/PREFEITURA DE PAULISTA-PE/2014) Uma documentação


oficial é regida por características específicas. Sobre essas características, numere a
2ª coluna de acordo com a 1ª no que diz respeito ao significado.
1. Impessoalidade
2. Concisão
3. Clareza
4. Padronização
( ) Documento não pode apresentar palavras ou expressões ambíguas.
( ) Diz respeito a manter a formalidade e a uniformidade nos documentos emitidos
em toda a Administração Federal.
( ) O documento é feito em nome do Serviço Público.
( ) Transmite o máximo de informações com o mínimo de palavras.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.
a) 3-4-1-2
b) 2-1-4-3
c) 1-2-3-4
d) 3-1-4-2
e) 4-2-1-3
COMENTÁRIOS:
(Clareza) Documento não pode apresentar palavras ou expressões ambíguas.
(Padronização) Diz respeito a manter a formalidade e a uniformidade nos documentos
emitidos em toda a Administração Federal.
(Impessoalidade) O documento é feito em nome do Serviço Público.
(Concisão) Transmite o máximo de informações com o mínimo de palavras.
GABARITO: LETRA A
2. (UPENET-IAUPE/PREFEITURA DE PAULISTA-PE/2014) O ofício tem a finalidade
de estabelecer uma comunicação entre os diferentes órgãos do Serviço Público e
entre órgãos do Serviço Público com particulares. Acerca do ofício, analise as
afirmativas abaixo:

73
Língua Portuguesa

I. Deve ter no seu corpo apenas a data de redação e o número do ofício.


II. Só deve ser enviado para instituições públicas.
III. É um instrumento que apenas o Secretário Municipal deve assinar.
Está CORRETO o que se declara na alternativa
a) I e II, apenas.
b) Nenhuma.
c) I, apenas.
d) II e III, apenas.
e) III, apenas.
COMENTÁRIOS:
I) ERRADO - (Ofício nº 524/1991/SG-PR (à esquerda) Brasília, 27 de maio de 1991. (à
direita do documento), além disso deve ter, no cabeçalho ou no rodapé: nome do
órgão ou setor; endereço postal; telefone e endereço de correio eletrônico.
II) ERRADO - ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Finalidade o
tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e,
também com particulares.
III) ERRADO - Identificação do Signatário, excluídas as comunicações assinadas pelo
Presidente da República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer o
nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura.
GABARITO: LETRA B
3. (FUNRIO/SESAU-RO/2017) “Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes
pela finalidade do que pela forma: ______. Com o fito de uniformizá-los, pode-se
adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício.” (Manual
de Redação Oficial da Presidência da República)
A lacuna fica corretamente preenchida por:
a) o ofício, o aviso e o memorando.
b) o ofício, a circular e o memorando.
c) o ofício, a circular e o parecer.
d) a circular, o parecer e o memorando.
e) a exposição de motivos, o aviso e a circular.
COMENTÁRIOS:
De acordo com o Manual de Redação Oficial da Presidência da República. 3. O
Padrão Ofício. Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade
do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com o fito de uniformizá-los,
pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício.
GABARITO: LETRA A

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Língua Portuguesa

4. (FUNRIO/SESAU-RO/2017) Nos documentos do Padrão Ofício a numeração de


página:
a) é proibida.
b) é opcional.
c) é obrigatória desde a primeira página.
d) é obrigatória a partir da segunda página.
e) é obrigatória apenas nas páginas de numeração par.
COMENTÁRIOS:
De acordo com o Manual de Redação Oficial da Presidência da República. 3.2. Forma
de diagramação. c) é obrigatória constar a partir da segunda página o número da
página.
GABARITO: LETRA D

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