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Administração de Medicamentos

Base do Conhecimento científico


Administração de Medicamentos

 Base do Conhecimento Científico

 Os medicamentos são mais frequentemente utilizados para


controlar algumas doenças;

 A enfermagem tem um papel essencial na prática da


administração dos medicamentos aos pacientes;

 Portanto, precisam conhecer as ações e os efeitos daquilo


que é administrado, isso requer uma compreensão dos
aspectos legais do cuidado da saúde, da farmacologia,
farmacocinética, ciências biológicas, fisiopatologia, anatomia
humana, e da matemática.
Legislação para os Medicamentos e sua
Padronização:

 No Brasil existe a ANVISA Lei 9.782 de 26 de janeiro de 1999,


criada .

 Sua competência abrange tanto a regulação sanitária quanto a


regulação econômica do mercado.

 Além da atribuição regulatória, também é responsável pela


coordenação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária ( SNVS ),
CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS
DE ENFERMAGEM

 RESOLUÇÃO COFEN Nº 564/2017

 Capítulo II – DOS DEVERES


 Art 46 Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem na qual não constem
assinatura e número de registro do profissional prescritor, exceto em situação de
urgência e emergência.

 § 1º o profissional de Enfermagem deverá recusar-se a executar prescrição de


Enfermagem e Médica em caso de identificação de erro e/ou ilegibilidade da
mesma, devendo esclarecer com o prescritor ou outro profissional, registrando no
prontuário.
 Art 47 posicionar-se contra, e denunciar aos órgãos competentes,
ações e procedimentos de membros da equipe de saúde, quando
houver risco de danos decorrentes de imperícia, negligência e
imprudência ao paciente, visando a proteção da pessoa, família e
coletividade.

 Capítulo III – DAS PROIBIÇÕES

 Art 78 – Administrar medicamentos sem conhecer indicação, ação


da droga, via de administração e potenciais riscos, respeitados os
graus de formação do profissional.
Conhecendo o medicamento

 Conhecendo o Medicamento:
 Nome comercial: é o nome dado pela empresa que
fabricou o medicamento para ser vendido no
mercado.
 Nome Farmacológico: é o nome do princípio ativo
do medicamento e o colocou no mercado.
 Apresentação : quantidade e forma farmacêutica.
 Posologia : a dose adequada que irá depender da
idade, peso etc.
 Nome da empresa : é o nome da empresa que
fabricou o medicamento e o colocou no mercado.
Classificação
 Classificação do medicamento indica o seu
efeitos sobre o organismo, os sintomas que ele
alivia, ou seus efeitos desejados.

 Um mesmo medicamento contém mais de uma


classe, que pode ser utilizado para a mesma
finalidade.
Vias de administração de medicamentos

A administração de medicamentos é uma


parte essencial da prática de
enfermagem, que requer uma base de
conhecimentos para permitir uma
administração segura.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Administração Parenteral

 A administração de medicamentos é aquela realizada


por meio de injeções.
 Quando as medicações são fornecidas dessa maneira,
configura-se um procedimento invasivo que é feito
utilizando-se técnicas assépticas.
 Após a agulha perfurar a pele há risco de infecções.
 Os efeitos da administração parenteral se desenvolvem
rapidamente, dependendo da taxa de absorção da
medicação.
Formas de Medicamento

 Os medicamentos estão apresentados em diferentes


formas, ou preparações, o que determina a via de
administração.

 A composição de um medicamento destina-se a


aumentar a absorção e metabolismo.
Farmacocinética como a Base para a ação
Medicamentosa

 Farmacocinética

 Estudacomo os medicamentos entram no


corpo, atingem seus locais de ação, são
metabolizados e excretados.
Absorção :

A absorção esta relacionada com a


passagem das moléculas do
medicamento para o sangue a partir do
local de administração.
Absorção de medicamentos

 Fatores que influenciam:

 Via de administração;
 Capacidade de dissolução;
 Fluxo sanguíneo local;
 Área de superfície corporal;
 Solubilidade lipídica da medicação;
 Distribuição;
Dicas para administração de medicações
Intravenosas

 Seja muito cuidadoso ao selecionar determinados locais


para injeção intramuscular ( IM ), principalmente em
crianças e bebês, devido a imaturidade das
musculatura.

 Peça ajuda aos pais para confortar as crianças;

 Sempre acorde a criança antes de administrar uma


injeção;
Escolhendo o material

 Existeuma grande variedade de seringas


e agulhas disponíveis, cada uma
desenhada para levar um determinado
volume de medicação para cada tipo
específico de tecido.
Escolhendo o Material
Prevenindo infecções durante uma injeção.

 Prevenindo infecções durante uma injeção.


 Para evitar contaminações de uma solução, prepare-a rapidamente a
partir de uma ampola. Não permita que ela permaneça aberta.
 Para evitar contaminação da agulha, evite deixar a agulha tocar a
superfície contaminada ( p.ex., região externa da ampola ou frasco,
superfície externa da tampa da agulha, mãos, prateleiras, superfície da
mesa).
 Para evitar a contaminação da seringa, evite tocar o comprimento do
êmbolo ou a parte interna do corpo da seringa. Mantenha a ponta da
seringa coberta com uma tampa ou agulha.
 Para preparar a pele, limpe manchas de sujeiras, drenagem ou fezes
com água e sabão e seque. Friccione a região e faça movimentos
circulares enquanto proceder á limpeza com um chumaço de algodão
com álcool 70%. Faça a limpeza a partir do centro da região para a
borda em um raio de 5 cm.
Vias de adm de medicações
parenterais
 Via parenterais o termo parenteral, do grego para ( ao lado ) e enteros
( tubo digestivo ), significa administração de medicamentos que não
utilizam o trato digestório e consiste na injeção de medicamentos por
diferentes vias.
 Vantagens: absorção imediata e ação rápida, independente do nível de
consciência para aplicação; o medicamento não sofre ação do suco
digestivo.
 Desvantagens: custo elevado; alta complexidade no manejo e na
aplicação; menor aceitação do paciente, principalmente crianças, em razão
da dor ocasionada pela injeção.
 As vias mencionadas a seguir são realizadas por médicos especialistas.
 Via intratecal: os medicamentos são injetados diretamente no espaço
subaracnóide ou peridural, na região das meninges.
 Via arterial: os medicamentos, tais como os agentes antineoplásicos, são
injetados diretamente na artéria para atingir um local ou órgão específico,
no tratamento de tumores localizados.
 Via intracardíaca : utilizada em manobras de reanimação cardíaca, no
período intraoperatório de cirurgia cardíaca.
Em razão dos riscos de contaminação e infecção, deve-se
empregar a técnica asséptica e utilizar seringas, agulhas e
medicamentos estéreis, atentando para:

 Previamente á manipulação de material esterilizado, certifique-se


das características e das dimensões do produto a ser utilizado;
conferir a data de validade e a integridade da embalagem;
 Proceder a abertura do material, segurando a aba da embalagem
no local indicado pelo fabricante.
 Adaptar a agulha, encaixando ou rosqueando, conforme o tipo de
seringa ( bico de Luer Slip ou Luer Lock ), e manter a agulha com a
capa protetora para evitar contaminação.
 Durante o preparo, evitar conversar, principalmente quando a
agulha estiver desprotegida e manter o conjunto de seringa e
agulha na altura dos olhos, com muita atenção, ao aspirar o
medicamento.
 Após aspirar o conteúdo de medicamentos irritantes, recomenda-
se trocar por nova agulha antes da aplicação da injeção. Por ex:
vacina antitetânica
 Usar agulha de calibre maior para aspirar líquido mais viscoso e
trocar por agulha adequado para aplicação. As agulhas com calibre
de ( 25 x 7; 30 x 7 ) são usadas para soluções aquosas. As de
calibre maior ( 25 x 8; 30 x 8 ) são reservadas para soluções
oleosas e suspensões, pois facilitam a aplicação e evitam a
obstrução da agulha.
 Após o preparo, evitar levar a seringa até o paciente diretamente
na mão; utilizar a bandeja, ainda que para uma medicação apenas.
 Durante a aplicação da injeção, administrar lentamente,
observando as reações do paciente e as eventuais alterações
locais;
 Após a aplicação, não reencapar a agulha, para evitar acidentes
percutâneos e descartar a seringa, ainda com a agulha conectada,
no recipiente apropriado.
Agora é com você !

 Preparar uma medicação para uma injeção a partir


de ampola ( IM );
 Preparando uma medicação a partir de um frasco
( IM );
 Preparando uma medicação a partir de um frasco ou
ampola – através de um acesso venoso periférico
( AVP );
 Preparando uma medicação rápida através de
seringa e scalp;
 Preparando uma medicação através de ( avp)
mantendo salinizado;

Separando material

 Seringas e agulhas esterilizadas


 Bolas de algodão umedecidos com álcool
 Bandeja, medicamentos
 Garrote em caso de venopunção
 Recipiente para descarte de material
perfurocortante.
Recomendações no preparo das medicações injetáveis

 Medicamento em ampola ( líquido ) o Aspirar o conteúdo do interior da


o Dispor o material a ser usado ampola e retirar a agulha
o Preparar a seringa, adaptar a agulha o Proteger a agulha e manter a
e certificar-se do seu funcionamento seringa em posição vertical
e da sua integridade. o Puxar levemente o êmbolo e
o Rolar suavemente a ampola entre as aspirar o medicamento residual do
mãos, sem formar espuma, para
canhão da agulha, antes de retirar
homogeneizar a solução ( s/n )
o ar excedente no interior da
o Retirar todo o conteúdo acima do
gargalo, evitando a perda de seringa, para evitar perdas.
medicamento ao quebrar a ampola
o Passar algodão embebido em álcool
e abrir a ampola
o Segurar a ampola entre os dedos
indicador e médio esquerdo
o Introduzir a agulha na ampola, com
bisel para baixo, tendo o cuidado de
não introduzir o canhão da agulha na
parte interna da ampola.
Medicamentos em frasco-ampola ( com pó
liofilizado ):

 Remover o lacre do frasco e


passar o algodão umedecido
com álcool sobre o vedante do
frasco
 Preparar a seringa, selecionar
agulhas de maior calibre e
aspirar o ar do interior do frasco
no volume correspondente ao
líquido diluente.
 Remover a agulha e aspirar o
conteúdo do diluente adequado
 Introduzir o diluente,
posicionando a agulha na parede
interna do frasco; o líquido entra
com facilidade devido a diferença
de pressão no interior do
frasco.
 Retirar a agulha, protegê-la e homogeneizar a solução, em movimentos
circulares para evitar a formação de espuma
 Passar o algodão com álcool na borracha da tampa do frasco
 aspirar o conteúdo de ar na seringa corresponde ao volume de solução de
ar
 Diluída a ser utilizada
 Apoiar o frasco na superfície, de modo seguro, e reintroduzir a agulha no
frasco
 Injetar o ar na seringa, posicionar o frasco na vertical, acima da agulha, e
aspirar o medicamento diluído, mantendo o bisel imerso na solução
 Trocar a agulha antes de aplicar a injeção no paciente
 Não é necessário trocar a agulha se injetar em dispositivo de infusão
Injeções IM
IM
Músculo Deltoide
Angulações
Via de administração de medicação
Subcutânea

 A via subcutânea consiste na administração de


medicamentos no tecido subcutâneo.
 Esta via é mais utilizada na administração de
pequenas quantidades de soluções
medicamentosas.
 Essa via deve ser administrado soluções aquosas
e as soluções devem ter boa adsorção e não
irritantes para o tecido subcutâneo.
 O tempo de ação é mais lento comparado a via IM.

 INDICAÇÃO:
 Insulina;
 Vacina antirrábica.
Via de administração de medicação Subcutânea

 Agulhas utilizadas:
 13 x 4,5 agulha 13 x 3,3
agulhas
Administração de medicação Subcutânea

 Calçar luvas, selecionar o


local, fazer a antissepsia;
 Fazer a prega subcutânea
com a mão não dominante,
introduzir a agulha em
ângulo de 90º ( agulha
específica ) ou entre 45 e
60º ( agulha 25x70.
 Injetar a medicação,
aguardar pelo menos 5
segundos antes de retirar a
agulha e comprimir o local
com algodão seco, sem
massagear.
ADM DE MEDICAÇÕES POR
HIPODERMÓCLISE

 Hipodermóclise
é a infusão de fluidos no
tecido subcutâneo para correção de
desequilíbrio hidretrolítico. Essa
modalidade é empregada desde a década
de 1940, mas deixou de ser tão realizada
com as inovações tecnológicas e o
surgimento dos novos cateteres
intravenosos.
Hipodermóclise

 Á partir da década de
1990 tem sido
recomendada,
especialmente para
pacientes idosos ou
aqueles sob cuidados
paliativos, tanto em
ambiente hospitalar
como domiciliar. Devido
as condições da rede
vascular e dificuldades
na venopunção.
Hipodermóclise
 Indicação :  Desvantagens:
 Hidratação, ingesta oral não efetiva;  Edema local, dificuldades de ajuste
impossibilidade de sondagem enteral; rápido de doses, limitação em
 Adm de infusão de alguns infusões rápidas e reposição de
medicamentos; grandes volumes nos tratamento de
 Contraindicação: choque hipovolêmico ou desnutrição
 Pacientes com distúrbios de grave, impossibilidade de nutrição
coagulação, edema, anasarca e parenteral.
risco grave de congestão pulmonar.  Regiões de Punções:
 Vantagens :  Regiões anterior do tórax, escapular
 Baixo custo; manejo de média e abdominal e face anterolateral da
complexidade; facilidade na coxa,.
educação do autocuidado e do  Utilização de cateter agulhado
cuidador; Risco mínimos de comum ou cateter sobre agulha,
desconforto ou complicaçoes inserção de 30 a 45º.
locais/sistêmicas; Menor tempo de  O volume médio diário recomendado é
internação pela possibilidade de alta de 2.000 ml em 24 hs ou 1000 ml por
hospitalar precoce. região.
Anotação de Enfermagem
8:00 – Administrado item 1 da prescrição
médica em região ventroglútea direita, sem
intercorrências --------- nome/COREN-SP
Agradeço a presença de cada um...

“Acredite, pense e faça, use sua intuição,


transforme sonho em suor, pensamento em
ação.
Enfrente cada batalha sabendo que a gente
falha e que isso é natural, cair pra se levantar,
aprender para ensinar que o bem é maior que o
mal.”

Bráulio Bessa

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