Você está na página 1de 24

LEGISLAÇÃO EM SERVIÇOS

FARMACÊUTICOS
 RESOLUÇÃO 499, de 17 de dezembro de 2008 – CFF
 Dispõe sobre os serviços farmacêuticos permitidos em drogarias.

 RESOLUÇÃO 239, de 25 de setembro de 1992 - CFF


 Somente pessoas capacitadas podem fazer injetáveis, com autorização
do RT.

 RDC 44, de 17 de agosto de 2009 - ANVISA


 Ambiente deve garantir privacidade, contar com pia e agua corrente,
toalha descartável, sabonete, álcool e lixeira com pedal e tampa.
VIAS DE ADM INJETÁVEIS EM FARMÁCIAS
 Subcutânea
 Intramuscular
 Intravenosa*
 Intradérmica

 Na RDC 44/2009 não estão descritas as vias de administração de


medicamentos injetáveis permitidas em farmácias, mas as vias mais
comuns são: a via intramuscular (IM) e a subcutânea (SC).

 Essas duas vias serão abordadas nesta capacitação

 Receituário Médico é obrigatório!!!


 Proíbe a adm. de medicamentos de uso restrito a hospitais!!!
BIOSSEGURANÇA

 Quando administro uma injeção de forma segura?


 Quando a injeção administrada não acarreta lesão à pessoa que vai
recebe-la, não expõe o profissional a um risco evitável e não resulta
em resíduos prejudiciais à comunidade.

 Higienização das mãos:


 Água corrente e sabonete líquido (quando mãos visivelmente
sujas);
 Fricção com solução antisséptica;
 Momentos: antes e após administrar injetáveis, antes de calçar as
luvas e após removê-las;
BIOSSEGURANÇA

 Uso de luvas
 São descartáveis, ou seja, não devem ser reutilizadas;
 Utilizar em todos procedimentos não-cirúrgicos quando em
precaução por contato;
 Devem ser utilizadas: para venopuntura e injeções de acesso venoso
(alto risco de exposição ao sangue);
 Se a pele do profissional não estiver intacta (por exemplo, rachadura,
pele seca);
 Não se indica* utilização de luvas: para injeções intradérmicas,
subcutâneas ou intramusculares de rotina, estando a pele do
profissional e do paciente íntegras.

*WHO. WHO best practices for injections and related procedures toolkit. Geneva: WHO; 2010
BIOSSEGURANÇA

 Adesão aos dispositivos de segurança;


 Antissepsia de pele: para injeções IM e EV
 Atenção às lesões nas mãos: evitar administração de injetáveis;
 Em caso de pequenos cortes, estes devem ser cobertos;
 Priorizar a higienização das mãos com água e sabonete líquido para
prevenir desconfortos causados pela fricção alcoólica;
 Disponibilização e manutenção de recipiente para descarte de resíduos
perfurocortantes usados ao alcance das mãos;
 NÃO REENCAPAR A AGULHA!!!

*WHO. WHO best practices for injections and related procedures toolkit. Geneva: WHO; 2010
LAVAGEM DAS MÃOS
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS - IM

 É a aplicação de medicamento no tecido muscular, devendo-se levar em


conta:
 massa muscular suficientemente grande para absorver o
medicamento, espessura do tecido adiposo, idade do paciente,
irritabilidade da droga e distância em relação a vasos e nervos
importantes, na escolha do local para a aplicação.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
ANÁLISE DA PRESCRIÇÃO
 Conferir a prescrição: Medicamento, forma farmacêutica e via de adm;

SUSPENSÃO INJ.

MEDICAMENTO

Conversar com o
VIA DE ADM
paciente sobre
alergias!!!
IM – INFORMAÇÕES IMPORTANTES
 Selecionar agulha com comprimento e calibre adequados (a escolha
dependerá da forma farmacêutica, local de aplicação e idade).
 Volumes máximos:
IM – TÉCNICA CONVENCIONAL
IM – TÉCNICA CONVENCIONAL
 Explicar o procedimento a ser realizado e a sua finalidade ao cliente e/ou
ao familiar;
 Higienizar as mãos;
 Reunir os materiais;
 Calçar luva de procedimentos, quando necessário;
 Preparar o medicamento;
 Posicionar o cliente de acordo com o local de aplicação:
 Deltoide - sentado ou em pé
 Vasto lateral da coxa – Deitado em decúbito dorsal ou em pé
 Dorso glúteo - Deitado em decúbito ventral ou lateral ou em pé.

 Delimitar o local de aplicação de acordo com o músculo;


IM – TÉCNICA CONVENCIONAL
 LOCAIS DE APLICAÇÃO

Localizar e delimitar Dividir a nádega em Dividir a coxa lateralmente em três


o processo acromial, quadrantes. partes.
medir 2 a 3 dedos Aplicar no quadrante Aplicar no centro do terço médio.
(2,5 a 5 cm abaixo). superior externo.
Aplicar na região
central do músculo
IM – TÉCNICA CONVENCIONAL
 Proceder a antissepsia na região delimitada da pele com o algodão
embebido em álcool a 70%, em movimentos únicos, com a mão
dominante e esperar secar espontaneamente;
 Segurar o algodão com os dedos mínimo e anular da mão não
dominante;
 Segurar a seringa, horizontalmente, com os dedos polegar, indicador e
médio da mão dominante;
 Distender a pele com o dedo polegar e o indicador da mão dominante e
pinçar o músculo;
 Introduzir a agulha no músculo com movimento firme e suave, em
ângulo de 90º ou menos em relação a pele, com a mão dominante;
 Soltar o músculo;
IM – TÉCNICA CONVENCIONAL
 Tracionar o êmbolo com a mão dominante e observar se há retorno de
sangue;
 Injetar o medicamento lentamente, empurrando o êmbolo com a mão
dominante;
 Aguardar de 3 a 5 segundos e retirar a seringa com movimento rápido e
firme.
 Comprimir levemente o local da aplicação com o algodão que estava na
mão não dominante, sem massagear, até a completa hemostasia;
 Aplicar o curativo;
 Recolher e descartar os materiais, de acordo com o tipo de resíduo;
 Retirar as luvas de procedimento;
 Higienizar as mãos;
 Checar prescrição médica;
 Orientar o paciente.
IM – CUIDADOS ESPECIAIS
 Realizar rodízios dos locais para evitar lipodistrofia;
 Não misturar medicamentos distintos na mesma seringa para serem
administrados;
 Em crianças, escolher os locais de aplicação, de acordo com a idade, o
peso, o desenvolvimento muscular, a quantidade do tecido subcutâneo
e o tipo do medicamento.
 Em crianças menores de 2 anos utilizar o músculo vasto lateral da coxa e
nos maiores de 3 anos, que andam no mínimo há um ano, escolher o
dorso glúteo e o ventro glúteo, preferencialmente;
 Utilizar o método em “Z” em clientes que recebem injeções por período
prolongado, em idosos com massa muscular reduzida e etc.

 Esse método vem sendo recomendado para o uso de todas as injeções


intramusculares.
IM – TÉCNICA EM Z

Esse procedimento se refere ao deslocamento


(esticar) da pele até 4 cm com o dedo polegar
ou indicador da mão dominante, antes de
aplicar a medicação, que é mantido até a
retirada da agulha da pele.

O Deslocamento do músculo impede o retorno


do medicamento pelo local de aplicação.

Indicada para alguns medicamentos, como ferro


e anticoncepcionais...
SC – TÉCNICA
 Conferir a prescrição: forma farmacêutica e via de adm;
 Explicar o procedimento a ser realizado e a sua finalidade ao cliente e/ou
ao familiar;
 Higienizar as mãos;
 Reunir os materiais;
 Calçar luva de procedimentos, quando necessário;
 Preparar o medicamento;
 Posicionar o cliente de acordo com o local de aplicação;
IM – TÉCNICA CONVENCIONAL
 LOCAIS DE APLICAÇÃO
SC – TÉCNICA
 Escolher o local para aplicação do medicamento, conforme slide anterior;
 Fazer a antissepsia do local com algodão embebido em álcool a 70%;
 Fazer uma prega na pele com o dedo indicador e polegar da mão não
dominante;
 Introduzir a agulha em ângulo de 90º na pele com a mão dominante;
 Proceder à aspiração antes de injetar o medicamento;
 Injetar o líquido, empurrando lentamente o êmbolo;
 Segurar a pele com o algodão, ao terminar a aplicação de modo firme;
SC – TÉCNICA
 Não massagear ao retirar a agulha;
 Observar reação no local;
 Descartar a agulha e a seringa em local próprio;
 Retirar luvas;
 Higienizar as mãos;
 Checar o medicamento no receituário.

 REALIZAR RODÍZIO!!!
PÓS-ADMINISTRAÇÃO
 Orientar o paciente sobre possíveis reações;
 Orientar o paciente sobre o seguimento do tratamento, caso tenha;
 Explicar para que o paciente não faça massagem ou compressas no local da
administração;
 Preencher a DECLARAÇÃO DE SERVIÇOS FARMACÊUTICOS, entregando
uma via ao pacientes e deixando uma armazenada na farmácia.
DERCARTE DE MATERIAIS
 Os materiais perfurocortantes são classificados como Grupo E,
compreendendo qualquer dispositivo ou objetos com cantos, bordas,
pontos ou protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar ou perfurar.

 O perfurocortante é classificado como um material de risco biológico, ao


penetrar na pele é possível que estes materiais espalhem agentes
patogênicos contidos no sangue, sendo diretamente responsáveis pela
transmissão de doenças como hepatite B, hepatite C e HIV.

 Segundo a ANVISA, os materiais perfurocortantes devem ser


descartados imediatamente após o uso, em recipientes rígidos,
resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com tampa e devidamente
identificados, acrescido da inscrição “Perfurocortante”

 Recolhido e tratado por empresa regulamentada!!!

Você também pode gostar