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Valor de Referência Finalidade Clínica Princípio do Método

O valor de referência, na O tempo de coagulação tem por finalidade avaliar os fatores da via intrínseca da O TS mede a função plaquetária, sendo um teste
literatura, varia entre 1 a 7 coagulação e detectar alterações no sistema global da coagulação, principalmente no específico para a hemostasia primária. É um teste
minutos. O procedimento fibrinogênio. bastante importante porque mede a função
correto é que cada laboratório O TS está aumentado nas alterações plaquetárias quantitativas e qualitativas, plaquetária in vivo, mas, para que tenha valor
estabeleça o valor de podendo estar alterado nas púrpuras vasculares. Uma das limitações do TS é que clínico, deve ser feito com bastante rigor técnico.
referência para a população ele não diferencia as alterações plaquetárias das vasculares. O TS deve ser feito no
que atende. pré-operatório ou na pesquisa de púrpura ou coagulopatia (especificamente doença
O TS realizado no lóbulo da orelha não deve de von Willebrand).
ser realizado em pacientes que fazem uso de
antiplaquetário (dependendo da
concentração utilizada) porque nessas
situações o sangramento causado pelo exame
pode não parar, sendo necessária uma
intervenção com trombina tópica, por
exemplo.
Tempo de Sagramento (TS)
(MÉTODO DE DUKE)
Procedimento:

1 2 3 4

Com lanceta ou estilete Absorver a gota de sangue com


Fazer a assepsia da região em que papel filtro de 30 em 30 segundos Parar o cronômetro assim que
será realizada a técnica (lóbulo descartável, puncionar o sangue não manchar o papel
realizando uma incisão de sem esfregar a incisão, utilizando em
auricular ou polpa digital) com cada vez uma porção limpa do filtro. O tempo de
álcool 70ºGL. Deixar secar e aproximadamente 1mm de sangramento é o tempo
profundidade, permitindo que papel. Deve-se tomar cuidado de
esperar que a região retorne à sua encostar o papel de filtro sem tocar decorrido entre a primeira e a
temperatura normal. o sangue escoe livremente; última gota (contabilizase 30
enxuga-se a primeira gota de a pele, para evitar a remoção do
trombo plaquetário que está se segundos para cada mancha
sangue e aciona-se o de sangue no papel).
cronômetro. formando.
Valor de Referência Finalidade Clínica Princípio do Método
O tempo de protrombina é muito utilizado no diagnóstico dos sangramentos, na monitorização O princípio do teste é medir o tempo necessário para a formação de
um coágulo de fibrina em uma amostra de plasma citratado após a
terapêutica dos anticoagulantes orais e na avaliação de risco cirúrgico. O teste acompanha adição de íons de cálcio e tromboplastina de tecido (fator III). O
índices derivados do resultado do tempo de atividade da protrombina, como a atividade tempo de protrombina consiste em comparar, em presença de
tromboplastina cálcica, o tempo de coagulação do plasma a estudar
enzimática e o International Normalized Ratio (INR) – um índice internacional normalizado, que com a de um controle normal utilizado como referência.
O anticoagulante oral inibe a síntese da vitamina K padroniza mundialmente os resultados do teste. Os pacientes que utilizam anticoagulantes orais
e, sem ela, os fatores II, VII, IX e X não podem ser
ativados. A concentração plasmática do
são monitorados apenas pelo INR. O tempo de protrombina é um teste para avaliar a via
anticoagulante oral é proporcional à deficiência da extrínseca e a via comum da coagulação, ou seja, os fatores VII, X, V e o fibrinogênio. Como os
vitamina K (quanto maior a concentração do
anticoagulante, maior a deficiência da vitamina K e
quatro fatores são sintetizados no fígado, três dos quais são vitamina K – dependentes (II, VII,X),
mais elevado o TP). Como a tromboplastina ativa o TP é usado para auxiliar no estudo das coagulopatias secundárias às doenças hepatobiliares,
direta e exclusivamente o fator VII, a deficiência
deste é diretamente proporcional à concentração
durante o tratamento com dicumarínicos e quando há suspeita de carência de vitamina K.
do anticoagulante

Procedimento: Tempo de Protrombina (TP)


Cubeta
Limalha metálica

Plasma cirato

Em uma cubeta com limalha


Ligar o coagulomêtro e aguardar que a Colocar o frasco de tromboplastina cálcica metálica adicionar 50µL de Levar a cubeta ao banho
temperatura do banho seco se estabilize em no banho seco e deixar aquecer por 15 plasma citratado. seco do aparelho.
37ºC. minutos

O aparelho emitirá o Encaixar a cubeta com plasma no leitor do coagulomêtro e


resultado expresso pipete 100µL da tromboplastina cálcica pré-aquecida na
Decorrido o tempo de incubação da Pressionar a tecla INC no visor do
em segundos. cubeta com plasma no leitor do aparelho, pressionando o
botão de pipetagem de uma só vez para dispensar o volume amostra, pressionar a tecla ESC no coagulomêtro selecionando o tempo de 3
da ponteira. aparelho; selecionar no visor TESt o minutos para incubação da amostra, em
método TP seguida pressionar a tecla ENTER.
Finalidade Clínica Princípio do Método
Valor de Referência O tempo de tromboplastina parcial ativada é Os fatores da fase contato (XII, XI, HK e PK) são
ativados pelo ativador e ativam o fator IX, que,
utilizado para detectar anomalias na via intrínseca, quando ativado, ativa o fator X. O fator X ativado
transforma a protrombina em trombina. A
detectando também deficiência nos fatores II, V, X e quantidade de trombina gerada não sustenta a
fibrinogênio. O TTPa é utilizado como teste pré- formação do coágulo, mas é suficiente para ativar os
fatores VIII, V e XI. O fator VIII ativado se complexa
operatório, para a investigação de coagulopatias com o fator IX sobre a cefalina, que faz o papel das
congênitas (hemofilia A e B) e para o monitoramento plaquetas. Esse complexo (VIIIa + IXa + cefalina) ativa
de modo definitivo o fator X. O fator X ativado
da heparinoterapia quando se utiliza heparina de alto complexa-se com o fator V ativado sobre a cefalina e
peso molecular. O TTPa não é indicado para o ativa a protrombina de tal modo que a cascata da
coagulação se torna autocatalítica. O coágulo não é
monitoramento de heparina de baixo peso formado porque o cálcio não se faz presente. Todos
molecular. Também são sensíveis os produtos de os fatores estarão ativados no tempo de espera de
três minutos; quando o cálcio (cloreto de cálcio) for
degradação da fibrina. adicionado, a rede de fibrina será formada.

Procedimento: Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada


(TTPA) Cubeta
Limalha metálica

Plasma TTPA – 1
citratado

Em uma cubeta com limalha


Ligar o coagulomêtro e aguardar que a Colocar o frasco de TTPA – 2 (cloreto de cálcio metálica adicionar 50µL de plasma Levar a cubeta ao banho
temperatura do banho seco se estabilize em 0,025M) no banho seco e deixar aquecer por citratado + 50µL TTPA – 1 (cefalina seco do aparelho.
37ºC. 15 minutos. + ativador).

O aparelho emitirá o Encaixar a cubeta com plasma no leitor do coagulomêtro e


resultado expresso pipetar 50µL do TTPA – 2 (CaCl2) pré-aquecido na cubeta
Decorrido o tempo de incubação da Pressionar a tecla iNC no visor do coagulomêtro
em segundos. com plasma + TTPA - 1 no leitor do aparelho, pressionando
o botão de pipetagem de uma só vez para dispensar o amostra, pressionar a tecla ESC no selecionando o tempo de 5 minutos para
volume da ponteira. aparelho; selecionar no visor TEST o incubação da amostra + TTPA - 1, em seguida
método TTPA. pressionar a tecla ENTER.
Finalidade Clínica Princípio do Método
Valor de Referência Esta contagem tem por finalidade avaliar a trombopoese e a
O método de Fônio consiste em contar as plaquetas
existentes em cinco campos do esfregaço, que devem
hemostasia primária, além de diagnosticar e monitorar púrpuras e
conter aproximadamente 200 hemácias cada campo.
trombocitoses
Logo, faz-se regra de três, relacionando o número de
plaquetas contadas, o de hemácias contadas e o de
hemácias por milímetro cúbico de sangue.
Exemplos de diagnósticos laboratoriais que precisam
incluir contagem de plaquetas Doença de von
Willebrand, hemofilia e CIVD.
Contagem de Plaquetas
(MÉTODO DE FÔNIO)

Homogeneizar a amostra de Montar a câmara de Neubauer, colocando a


sangue por inversão e diluí-la lamínula sobre a área demarcada na Encostar a ponta da pipeta, com a amostra, Com a placa de Petri
em tubo utilizando o diluente na câmara e homogeneizar a amostra de na borda da lamínula e preencher e o algodão fazer
razão de 1:100. sangue diluído cuidadosamente a câmara com o líquido, não uma câmara úmida
devendo extravasar para as canaletas ao lado e colocar o
da área de contagem. hemocitômetro,
aguardar 10 minutos
para a sedimentação
das plaquetas

Contar as células nos 25 quadrados do retículo central com auxílio do Levar a câmara com cuidado ao microscópio; não inclinar para que as células, por gravidade,
contador manual. As plaquetas são contadas na mesma área da contagem não se desloquem para um só lado. Focalizar a área demarcada de contagem com a objetiva
dos eritrócitos. de 10x. Trocar para objetiva de 40x e proceder à contagem das células.

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