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JEQUIÉ- BA
2021
SUMÁRIO
OBJETIVO......................................................................................................................................4
APLICAÇÃO..................................................................................................................................4
DOCUMENTOS RELACIONADOS.............................................................................................4
GLOSSÁRIO...................................................................................................................................4
1. INFORMAÇÕES GERAIS....................................................................................................5
OBJETIVO
APLICAÇÃO
Este protocolo deverá ser aplicado em todos os serviços hospitalares onde se realizam proce-
dimentos cirúrgicos.
DOCUMENTOS RELACIONADOS
GLOSSÁRIO
1. INFORMAÇÕES GERAIS
As Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) são as complicações mais comuns decorrentes do
ato cirúrgico, que ocorrem no pós-operatório em cerca de 3 a 20% dos procedimentos realizados,
tendo um impacto significativo na morbidade e mortalidade do paciente.
As ISC são consideradas eventos adversos frequentes, decorrente da assistência à saúde
dos pacientes, sendo uma ameaça à segurança do paciente e foi considerada como a IRAS mais
comum e de maior custo, sendo até 60% delas passíveis de prevenção a partir da adoção das me-
didas sugeridas pelos guidelines da área. Além dos prejuízos físicos, psicológicos e financeiros
aos pacientes acometidos, as ISC podem prolongar a estadia do paciente em média de sete a onze
dias, além de aumentar a chance de readmissão hospitalar, cirurgias adicionais e, consequente-
mente, elevar exorbitantemente os gastos assistenciais com o tratamento.
2.5. IMPLANTES
Incluiu os implantes e próteses na família dos produtos médicos e definiu os implantá-
veis como sendo: “Qualquer produto médico projetado para ser totalmente introduzido no
corpo humano ou para substituir uma superfície epitelial ou ocular, por meio da intervenção ci-
rúrgica, e destinado a permanecer no local após a intervenção. Também é considerado um pro-
duto médico implantável, qualquer produto médico destinado a ser parcialmente introduzido
no corpo humano através de intervenção cirúrgica e permanecer após esta intervenção por
longo prazo”.
Para efeitos de vigilância epidemiológica de ISC, considera-se implante todo corpo es-
tranho implantável não derivado de tecido humano (ex.: válvula cardíaca protética, trans-
plante vascular não humano, coração mecânico ou implante ortopédico etc.), exceto drenos cirúr-
gicos.
Tipo do
PROTOCOLO Páginas 7/27
Documento
Protocolo de Infecção Sítio Cirurgico Emissão:
Título do 19/10/2021 Próxima
Documento revisão:
Versão: 1
19/10/2023
OBSERVAÇÕES:
4. INTERVENÇÕES
Fatores de risco:
1 - Obesidade (Ajuste da dose de antibióticos profiláticos)
ANEXOS
A. CONTROLE DE ANTIMICROBIANOS NA PROFILAXIA CIRURGICA
CIRURGIA OTORRINOLÓGICA
Timpanomastoi-
1g 4/4h Não indi- Intraope-
dectomia Cefazolina 1g EV
cado ratório
Mastoidectomia
Amigdalectomia
1g 4/4h Não indi- Intra-ope-
Adenoamigda- Cefazolina 1g EV
cado ratório
lectomia
Hemilaringecto-
mia
Laringectomia
total
Cefazolina 2g EV 1g 4/4h Não indi- Intra-ope-
cado ratório
Microcirurgias
de laringe
(Pólipos, cistos
e
Nódulos)
Tireoplastias /
Cirurgias de Cefazolina 2g EV 1g 4/4h Não indi- Intra-ope-
ar- cabouço cado ratório
Laríngeo
Submandibulec-
Não indi- Intra-ope-
tomia / paroti- Cefazolina 2g EV 1g 4/4h
cado ratório
dectomia
B. CONTROLE DE ANTIMICROBIANOS
CIRURGIA GASTROINTESTINAL
dazol 8/8h
Clindamicina 1g EV 1g 12/12h 1g 12/12h
ceftriaxona + 600mg 24h
Câncer Ou EV 600mg 6/6h 600mg 6/6h
500mg 500mg 6/6h 500mg 8/8h
metronidazol EV
Gastrostomia endos-
cópica Cefazolina 2g EV Não indicado Não indi- Dose
cado única
Hérnia de Hi-
Cefazolina 1g EV 1g 4/4h 1g 8/8h
ato
GASTRO
1g 12/12h
ceftriaxona + 1g EV+ Não indi- Intra-ope-
Intestino delgado Metronidazol 500mg EV
500mg EV cado ratório
8/8h
APENDICECTOMIA
Opcional: pre-
paro mecânico
e descontami-
nação oral 500mg EV
metronidazol 500mg EV 500mg EV 8/8h 1g 24h
com
CÓLON
Coledocolitiase;
cirurgia ou ma-
nipulação en-
doscópica pré-
vias de trato bi-
liar
Vacina anti-
pneumocócica
(Prevnar®) 2
semanas antes
da cirurgia;
ESPLENECTOMIA
trato GI**
Parto vaginal
com Dequitação Dose única
manual da pla- cefazolina 2g EV após o clam- Não indi- Dose
centa e/ou mani- peamento do cado única
pulação intraute- cordão
rina
Dose única
Parto fórceps cefazolina 2g EV após o clam- Não indi- Dose
peamento do cado única
cordão
Dose única
após o clam- Não indi- Dose
Parto cesárea cefazolina 2g EV peamento do cado única
cordão
Abortamento es-
NÃO INDICADO
pontâneo
Laqueadura
Cefazolina 1g EV 1g 4/4h Não indicado Dose única
Tubária
Alérgicos a betalactâmicos: clindamicina 600mg EV para cobertura de Gram-positi-
vos/anaeróbios. Usar ciprofloxacino 400mg EV ou gentamicina 240mg EV/IM para Gram-
negativos, se indicado. Cirurgias videoassistidas seguem a mesma recomendação.
CIRURGIA TORÁCICA
CIRURGIA PLÁSTICA
DOSE NA INDU- INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO ÇÃO DURAÇÃO
Intra-operatório Pós-operatório
Estético: Abdo-
minoplastia
Blefaroplastia
Dermolipecto- Cefazolina 1g EV 1g 4/4h Não indicado Intra-ope-
mia ratório
Lipoaspiração,
Otoplastia
Ritidoplastia
Amoxici-
Septoplastia Ri- lina 500
noplastia Não indi- mg VO
(realizar apenas Cefazolina 2g EV 1g 4/4h cado 8/8h até
quando retirada do
houver tampão tam-
por > 48h) pão/splint
Cirurgia de
mama:
Cirurgia estética
ou reconstrução Intra-ope-
com ou sem cefazolina 1g EV 1g 4/4h Não indicado ratório
pró- tese
Mastectomia
Nodulectomia
Quadrantecto-
mia
Reparadora: cra-
niofacial, micro- cefazolina 1g EV 1g 4/4h Não indi- Intra-ope-
cirurgia, recons- cado ratório
trução de mama
Transplante de
pele em Colher retalho no planejamento operatório. A profilaxia antimi- Manter
queima- dos crobiana deverá ser feita EV de acordo com os resultados de 24h
Enxerto ou reta- cultura e antibiograma.
lhos
Biopsia de
500mg VO 12h 500mg VO 24h (total
prós- tata Ciprofloxa- 1g 4/4h
antes da biopsia 12h após da 4 compri-
transretal em cino e 1g antes da biopsia midos)
pacientes sem
bi- opsia
uso prévio de
quinolonas
Biopsia de
prós- tata
transretal em
pacientes com Sulfametoxazol / Trimetoprim 800/160mg VO 12h e 2h antes da biopsia
uso prévio de
quinolonas nos
últimos 3 meses
e trans-
plantados
Biopsia de prós-
tata transretal
em pacientes Associar Ceftriaxone 1g na sedação pré biopsia
com alergia a
quinolonas
Estudo Urodinâ-
mico Norfloxacino 400mh VO Não indicado 12h12h 24h
Cirurgias lim-
pas: orquiecto-
mia, postecto- NÃO INDICADO
mia, vasectomia,
varicocelecto-
mia
Orientar pela
Nefrectomia in- Orientar pela urocultura ou Tratar por 7
fectada urocultura 2g EV ceftriaxona dias
ou 1g
ceftriaxona EV 12/12h
Varizes de Alto
Risco: safenec-
tomia, trombo-
flebite, ulceras
de estase, Cefazolina 1g EV 1g 4/4h 1g 8/8h 24h
fibre- dema,
distúrbio da
imunidade,
varizes exube-
rantes
Embolectomia
de Baixo Risco NÃO INDICADO
Embolectomia
de Alto Risco:
extensas, em
MMII, com alte- Cefazolina 1g EV 1g 4/4h 1g 8/8h 24h
rações neuroló-
gicas
Enxertos com
prótese vascular Cefazolina 1g EV 1g 4/4h 1g 8/8h 24h – 48h
Enxertos com
Não indi- Intraope-
veia autóloga Cefazolina 1g EV 1g 4/4h
cado ratório
Implantes de ca-
teter de longa NÃO INDICADO
permanência
Fístula arterio-
venosa sem pró- NÃO INDICADO
tese
Fístula arterio-
venosa com pró- Cefazolina 1g EV Não indicado Não indicado Dose única
tese
Amputação por Cefazolina +
1g EV 1g 4/4h 1g 8/8h 24h
gangrena úmida Metroni-
500mg EV 500mg 8/8h 500mg 8/8h
dazol
Adequar se-
Amputação por Clindami- 600mg 6/6h gundo cultu-
gangrena úmida cina + 600mg EV 400mg 600mg EV ras e manter
Ciprofloxa- 400mg EV 12/12h 400mg EV conforme
cino evolução clí-
nica
TRAUMA
DOSE NA INDU- INTERVALO
PROCEDIMENTO ANTIBIÓTICO ÇÃO DURAÇÃO
Intra-operatório Pós-operatório
Trauma Abdo-
minal Pene- 2g EV 1g 12/12h 1g 12/12h 24h
trante*
Lavagem Perito-
neal ou Laparos- NÃO INDICADO
copia diagnós-
tica
Trauma Torá-
cico Penetrante
Cefazolina 1g EV 1g 4/4h 1g 8/8h 24h
Trauma Torá-
cico fechado
com dreno
Trauma Torá- 600mg 6/6h 600mg 6/6h
600mg EV
cico penetrante Clindamicina Reavaliar
em esôfago com + em 7 dias
3-5 mg/kg
contaminação Gentamicina Não indi-
240mg EV dose única.
grosseira cado
IM/EV
Laminectomia e
demais cirurgias Cefazolina 2g EV 1g 4/4h 1g 8/8h Intraope-
de coluna ratório
Trauma Cirúr-
gico: cabeça /
pescoço
Cefazolina 1g EV 1g 4/4h 1g 8/8h 24h
Trauma de crânio
fechado, cirúrgico
Trauma de crânio
penetrante
REFERÊNCIAS
1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Sítio Cirúrgico Critérios Nacionais de In-
fecções relacionadas à assistência à saúde. Brasília: 2009.
5. Baddour LM, Flynn PN, Fekette T. Infections of Central nervous System shunts and
other devices. [Internet] [2007] [Acesso em 5 dez 2015]. Disponível em: <
http://www.uptodate.com/contents/infections-of-centralnervous-system-shunts-an-
dother-devices>. .
6.Centers for Disease Control and Prevention. Surveillance Definitions for Specific
Types of Infections. January 2016. [Internet] [Acesso em março 2016]. Disponível em: .
53 Cri- térios Diagnósticos de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde – 2017.
7.Centers for Disease Control and Prevention Surgical Site Infection (SSI) Event.
January 2016. [Internet] [Acesso em mar 2016]. Disponível em: .
10.Hany Bedair, Nicholas Ting, Christina Jacovides BA, Arjun Saxena, Mario Moric,
Javad Parvizi, Craig J. Della Valle. Diagnosis of Early Postoperative TKA Infection Us-
ing Synovial Fluid Analysis. Clin Orthop Relat Res (2011) 469:34–40
HISTÓRICO DE REVISÃO
Elaboração e adaptação
Data:19/10/2021
Marcus Alex Rabelo da Costa Pereira
Kay Amparo Santos Duque
Alva Santana Ferraz