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FACULDADE RAIMUNDO MARINHO

3⁰ PERÍODO DE ESTÉTICA E COSMÉTICA

ATIVIDADE AVALIATIVA DE FARMACOLOGIA

Maceió-Al
2023
FACULDADE RAIMUNDO MARINHO

3⁰ PERÍODO DE ESTÉTICA E COSMÉTICA

ATIVIDADE AVALIATIVA DE FARMACOLOGIA


Alunos: Adrine Micelânea da
Silva Santos, Cleine Gomes da
Silva Correia, Emanuelle da
Conceição da Silva, Giulia Gleyce
Sousa de Lima, Priscilla Lacerda
Tavares Serafim, Rwany Natasha
Santos Silva e Wallef Bruno
Santos de Melo

Maceio-Al
2023
Introdução
A injeção é uma técnica de aplicação de medicamentos por via parenteral, que pode
ser nos músculos, nas veias, na região subcutânea e na região intradérmica. Na aplicação de
injeções necessitamos de seringas e agulhas. As seringas, de tamanhos diferentes e
descartáveis, sempre compostas por um corpo e um êmbolo. As agulhas, também de calibres
diferentes, possuem um canhão, uma lanceta e um bisel.
A administração por injeção (administração parenteral) inclui as seguintes vias:
Intramuscular (no músculo), Intravenosa (na veia), Subcutânea (sob a pele) e Intratecal (ao
redor da medula espinhal).

Via Intramuscular (IM): É a via mais utilizada para aplicação de injeções; os músculos
mais utilizados são:
1. Deltoide:(músculo da região lateral do braço), onde devemos aplicar no centro do músculo
a quatro centímetros do ombro, utilizando medicamentos com até 2 ml.
2. Glúteo médio: (músculos formadores das nádegas), onde aplicamos no quadrante superior
lateral, evitando-se o nervo ciático, podendo aplicar injeções com até 5 ml,
3.Músculo vasto lateral da coxa: (face lateral da coxa), no centro do músculo, aplicando
injeções com até 5 ml.
A via intramuscular é utilizada para a aplicação de medicamentos como:
antiinflamatórios, anticoncepcionais, vacinas e antibióticos. Recomenda-se que a manipulação
seja feita no: ventroglúteo, dorsoglúteo (nádegas), vasto lateral (coxa) ou deltóide (braço),
pois eles têm tecido muscular com espessura compatível.
Na técnica de aplicação de injeções intramusculares, após lavarmos as mãos,
realizamos a antissepsia da ampola, utilizando um pedaço de algodão embebido em álcool a
70%, secando-a com um pedaço de algodão, quebrando-a sempre com o algodão enrolado no
gargalo da ampola. A seguir abrimos o pacote da seringa, adaptando a agulha, retirando o
protetor da agulha, introduzindo-a na ampola com a finalidade de aspirarmos todo o seu
conteúdo, protegendo a agulha e recolocando a seringa com a agulha no pacote da seringa
dentro de uma cuba rim ou bandeja de medicamentos.
A seguir trazemos a bandeja ou cuba rim com o pacote contendo a seringa e agulha já
preparados com o medicamento até a unidade onde o cliente se encontra, colocando este
material sobre a mesa de suporte, escolhendo o local para aplicação. Proceder à antissepsia da
pele com uma bola de algodão embebida em álcool a 70% deixando-a presa no dedo mínimo
da mão esquerda. Retirar o ar do interior da seringa, esticar a pele, pegando o músculo
escolhido e aplicar a injeção introduzindo a agulha em ângulo reto com a pele. Puxar o
êmbolo com o objetivo de verificarmos se atingimos algum vaso e em caso negativo injetar o
medicamento lentamente, retirando rapidamente a agulha e comprimindo o local. Recolher e
guardar todo o material, desprezando a seringa e agulha, na caixa de material de perfuro
cortantes, registra o procedimento, o medicamento aplicado sempre com atenção na ficha
cliente, no prontuário.

Via endovenosa (EV): É a introdução de um medicamento diretamente nas veias. Esta


via é utilizada quando desejamos um efeito mais rápido do fármaco. As veias mais utilizadas
são as da prega do cotovelo articulação do braço com o antebraço), veias longitudinais do
antebraço e braço, veias do dorso da mão. Em pediatria, principalmente durante a aplicação de
soros, utilizamos as veias da fronte. Devemos lembrar que as veias longitudinais dos membros
inferiores devem ser evitadas pela facilidade com que produzem flebite (inflamação de vasos).
Na técnica de aplicação, após prepararmos a seringa com o medicamento a ser aplicado,
protegermos a agulha e acondicionarmos esta seringa e agulha já preparadas no pacote para
seringas, levamos o medicamento até a mesa de cabeceira utilizando uma bandeja ou cuba
rim. Sempre avisamos ao cliente o que vai ser feito, pedindo sua colaboração. Vistoriamos os
membros superiores na procura de vasos de mais fácil punção. A seguir, utilizando um
garrote, fixamos a circulação, passando o garrote ao redor do membro, acima do local da
punção, fazendo a antissepsia com uma bola de algodão embebida em álcool a 70%, fixando a
veia com os dedos polegar e indicador da mão esquerda. Segurando a seringa com a mão
direita, fixando-a com os dedos indicador, polegar e médio em ângulo de 30 a 45 graus,
puncionamos a pele, tecido subcutâneo até a chegada da veia, sendo visualizada e confirmada
a punção pelo retorno de sangue dentro da seringa, onde soltamos o garrote e aspiramos o
êmbolo, seguindo uma aplicação lenta, de modo a evitarmos reações, até que o medicamento
seja completamente injetada, onde comprimimos o local da punção acima da agulha,
retirando-a e mantendo a compressão por 1minuto, Como anteriormente, o material é
guardado e a seringa com a agulha descartável são desprezados em local apropriado, nunca
jogar agulhas no lixo. Registramos no prontuário, ficha do paciente o medicamento aplicado e
sua via de introdução, assim como o local escolhido.

Via subcutânea (SC): É aquela aplicada embaixo da pele, utilizando-se uma seringa,
geralmente de insulina (graduada em unidades) ou tuberculina (graduada em décimos) com
uma agulha apropriada a atingir o subcutâneo (10x6 para angulação de 90°). Os
medicamentos geralmente possuem pequeno volume e as doses precisam ser exatas, exigindo
uma maior atenção por parte de quem prepara e aplica este tipo de injeção, o medicamento é
preparado como nas técnicas anteriores, colocado numa seringa, geralmente de insulina,
confirmada a dosagem correta, acondicionada em pacote de seringa e levada por meio de uma
cuba rim ou bandeja de medicamentos até a unidade do cliente, deixando o material sobre a
mesa de apoio. Os locais de injeção subcutânea são: face superior externa do braço, região
anterior e externa da coxa, acrescidos do abdômen e dorso. A via subcutânea é mais utilizada
para a aplicação de vacinas, anticoagulantes, hormônios, insulinas, incretinas e anticorpos
monoclonais. Neste caso, a auto aplicação é bem comum
Na técnica de aplicação, após explicarmos ao paciente o que vai ser realizado,
escolhemos o local, fazendo a antissepsia com uma bola de algodão embebida em álcool a
70%. Aplicamos uma pinça na pele, segurando-a firme, deslocando a pele da camada
muscular, onde aplicamos a injeção com a mão direita em ângulo de 90 graus, semelhante às
injeções intramusculares, retirando a agulha, compressão com o algodão sobre o local da
aplicação. Guardamos o material utilizado, desprezando a seringa e agulha descartáveis,
registrando no prontuário a técnica realizada, anotando o medicamento, a via e o local
escolhido.

Via intradérmica (ID): É aquela aplicada dentro da derme, havendo a formação de uma
pequena elevação, sendo absorvida lentamente. Normalmente esta via é utilizada para testes
alérgicos, vacinas especiais e poucos medicamentos como a adrenalina, sendo necessária uma
seringa de tuberculina, graduada em décimos e agulha pequena (10x5). Os locais de aplicação
são antebraço, face ventral do antebraço, abdômen e dorso, Na técnica de aplicação, após
prepararmos o fármaco na seringa, prestando o máximo de atenção na dosagem - geralmente
se utilizam frações inferiores ou iguais a 0.5 ml - esticamos a pele do paciente, de modo que,
com a mão direita, utilizando a seringa deitada, fixa com os dedos indicador, polegar e médio,
num ângulo de 30 a 45 graus, introduzimos apenas o bisel (ponta da agulha) na pele,
aplicando a seguir toda a dose do medicamento prescrito, verificando a formação de uma
pequena elevação. A seguir, retiramos a agulha sem massagearmos o local, para que não haja
perda do medicamento. Guardamos o material, descartando a seringa e agulha descartáveis,
registrando no prontuário o medicamento, a via e o local utilizado.
Objetivo Geral
Adquirir conhecimento sobre a prática segura de medicamentos injetáveis, bem
como os locais de aplicação.
Objetivo Específico
A aula prática de administração de medicamentos injetáveis teve como intuito,
abordar e ensinar a importância da higienização antes dos procedimentos através
da técnica de lavagem das mãos, as vias de aplicações de medicações
intramuscular, subcutânea e intradérmica, principais locais de aplicação, as
partes de uma seringa, os tipos de seringa a angulação utilizada em cada via de
administração.
Materiais e método utilizado
A aula prática, foi descritiva e exploratória, onde pode-se discutir, debater e colocar
em prática o assunto relatado em laboratório, como conhecer partes de uma seringa, sua
graduação em ml e UI, os tipos de seringas e agulhas utilizadas em cada via de administração
de medicamento, a prática pode ser realizada um no outro e em um boneco do laboratório.
Os materiais que precisamos para realizar a técnica de aplicação de medicamentos
injetáveis: lavatório com água corrente, sabonete líquido, gel bactericida, álcool 70%, toalhas
descartáveis de uso individual; lixeira com tampa, caixa especial para a coleta de material
perfurocortantes, luvas de procedimento, bandeja para colocar material e o medicamento,
seringas com a graduação adequada para via de administração, agulha para aspiração 40x12,
agulha para administração de acordo com a via, algodão, álcool a 70%, medicamento a ser
administrado, EPI’s como jaleco, sapato fechado, touca, mascara.

Descrição do procedimento:
1. Identificar a necessidade de administração do medicamento.
2. Identificação do cliente e medicamento a ser aplicado.
3. Avaliar o cliente em relação à idade, peso, condições da epiderme, do tecido subcutâneo,
muscular ou rede venosa, a depender da via de administração.
4. Verificar o medicamento, a dose e a via de administração.
5. Realizar higiene das mãos.
6. Reunir o material a ser utilizado para o preparo do medicamento.
7. Ler o nome do medicamento três vezes: quando pegar, preparar e guardar/desprezar;
observar e certificar a posologia correta e via a ser administrada.
8. Medicação realizada por via subcutânea, utilizando agulha 13x0,45 mm em um ângulo de
90 graus, se utilizada agulha 25x7mm utilizar ângulo de aplicação de 45 grau, na aplicação
bisel para cima, aplicar após higienização local com algodão embebido em álcool a 70%,
realizar aplicação e aspirar observando se apresenta retorno, caso tenha presença de sangue,
desprezar e preparar novo material, caso não tenha retorno introduzir medicamento e após
leve pressão com algodão.

No caso de medicamento apresentado em ampola:


1.Abrir a seringa, testá-la e conectar a agulha.
2. Realizar movimentos circulares com a ampola, de forma que o conteúdo do gargalo atinja
seu fundo.
3.Realizar desinfecção do gargalo com algodão embebido em álcool a 70%.
4.Quebrar o gargalo da ampola, utilizando uma bola de algodão seco.
5.Posicionar a ampola entre os dedos indicador e médio da mão não dominante.
6.Segurar a seringa com a mão dominante e introduzir a agulha com o bisel voltado para
baixo, encostado na parede da ampola.
7.Aspirar a dose prescrita do medicamento e diluí-lo conforme protocolo da instituição ou
prescrição.
8.Proteger a agulha e posicioná-la na posição vertical, tracionando o êmbolo para aspirar o
medicamento contido na sua luz.
9.Observar no corpo da seringa a presença de bolhas de ar, a fim de deslocá-las e retirá-las.
10.Empurrar o êmbolo para retirar o ar da seringa, não permitindo o extravasamento do
conteúdo.
11.Identificar a seringa com o nome do cliente, o medicamento, a dose, a via de administração
e o horário.

Resultados
A vivência de nós aluno, na prática de vias de administração de medicamentos, à
junção teórico-prático foi fundamental para o desenvolvimento da técnica, para a
responsabilidade em relação as vias de administração de medicamentos e para realizar
praticas seguras.
Conclusão
Diante de tudo, para os alunos do terceiro período de estética, aprender e aprimorar os
conhecimentos, no preparo e nas vias de administração de medicamentos, bem como as
técnicas de administração de injetáveis, foi muito importante para que se possa oferecer uma
técnica segura, seguindo os princípios de esterilidade, através das técnicas assépticas, com o
intuito de ofertar uma assistência livre de riscos e segura aos futuros clientes.
Referências
Bibliografia consultada:
1. POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de Enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 7o.
Ed, 2009.
ATKINSON, L.; MURRAY, M. E. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1989.

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