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ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

É a administração de substâncias químicas no organismo


humano, com o objetivo terapêutico. Todo medicamento
administrado deve ser prescrito pela equipe médica, contendo o
nome do paciente, nome da medicação, dose, via e frequência de
administração.
O técnico deve saber todos os 9 certos da administração de
medicamentos, são eles:

1. Paciente certo
2. Medicação certa
3. Forma certa
4. Prescrição certa
5. Dose certa
6. Via certa
7. Hora certa
8. Resposta certa
9. Registro certo

As medicações podem ser feitas por diversas vias de


administração, cada via tem objetivos e efeitos diferentes. As
medicações podem ser feitas por vias enterais são as mais usadas
e se caracterização pela absorção da medicação no trato
gastrointestinal, independente da via que entra (oral, retal, gástrica
e sublingual). A medicação de via enteral é lenta, pois vai entrar no
organismo e chegar ao trato gastrointestinal e quando estiver lá é
absorvido para as veias, passando pelo fígado, depois pelo coração
e depois se espalha pelo organismo.
E as medicações de vias parenterais são mais rápidas, pois
não passam pelo sistema gastrointestinal, vão direto para o sangue.
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É administrado, em seguida vai para a veia e passa pelo
coração para em seguida se espalhar pelo organismo. Vale
ressaltar que a via endovenosa é considerada que o efeito da
medicação é imediato, sendo indicado em emergências.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

Tópica: Via Cutânea (VC)


Via Auricular (VA)
Via Nasal (VN)
Via Ocular (VOc)
Via Vaginal (VV)

Enteral: Via Oral (VO)


Via Retal (VR)
Via Sublingual (VS)
Via Gástrica (VG)

Parenteral: Via Intradérmica (ID)


Via Subcutânea (SC)
Via Intramuscular (IM)
Via Intravenosa (IV ou EV)

Vias executadas somente por médicos: Via Intratecal (IT)


Via Intrarterial (IA)
Via Intraarticular (IAr)
Via Intravesical (IVe)
Via Intracardiaca (IC)

Durante o preparo de medicações injetáveis (parenterais)


devem ser manuseadas seringas, agulhas e a medicação que
entraram em contato com o paciente, assim deve-se ter sempre o
pensamento que é uma técnica estéril, para não ocorrer
contaminação do paciente.
A agulha é dividida no bisel, haste (corpo da agulha) e canhão
da agulha. E a seringa é dividida em bico da seringa, corpo da
seringa e embolo.
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Desses somente o canhão da agulha e a parte externa do


corpo da seringa não devem ser estéreis, todas as demais partes
devem ser mantidas de forma estéril sem contato com o profissional
ou com demais objetos.
Na hora da administração de medicamentos deve-se ter
atenção para escolher a agulha e a seringa ideais para serem
usadas em cada paciente, em cada via de administração e para
cada tipo de medicação.

MATERIAIS USADOS

• Agulhas:

As agulhas têm tamanhos variados que podem ser usados


em diferentes tipos de procedimentos. Quando denominamos uma
agulha temos nomes diferentes para cada parte dela. A ponta é
denominada bisel, mudando a angulação de acordo com a via de
administração, depois segue a haste da agulha e por último a parte
colorida é o canhão da agulha, este último muda a coloração de
acordo com o calibre da agulha.

A agulha marrom tem o calibre de 13mmX0,45mm e a


agulha bege 13mmX0,3mm, ambas sendo usadas em injeções
subcutâneas (SC) ou intradérmicas (ID), mas a menor apenas em
pediatria. A agulha roxa de calibre 20mmX0,55mm, azul
(25mmX0,6mm), pretas (25mmX0,7mm ou 30mmX0,7mm) e verdes
(25mmX0,8mm ou 30mmX0,8mm) podem ser usadas em
medicações de vias intravenosas ou intramusculares, dependendo
da estrutura do paciente, ou seja, da quantidade de massa
muscular
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da estrutura do paciente, ou seja, da quantidade de massa


muscular ou tecido subcutâneo. E por último temos a agulha rosa
com calibre de 40mmX1,2mm que é usada apenas para aspirar
medicações, não sendo usada para introduzir no paciente por
nenhuma via.

As seringas também têm tamanhos e usos diferentes


dependendo da capacidade máxima delas. Mas independente da
seringa todas possuem partes essenciais em sua estrutura. Na
ponta temos o bico da seringa, este pode ser de dois formatos, o
primeiro é o bico de Luer Slip que o encaixe feito da agulha é por
pressão, enquanto o segundo que é o bico de Luer Lock em que o
encaixe da agulha é feito de forma rosqueada, podemos ainda
destacar que a seringa de 60ml possui um bico do estilo de Luer
Slip diferente, pois a ponta é adaptada para sua função.
Depois do bico temos o corpo da seringa onde há linhas de
graduação que podem ser apresentadas por mililitros ou por
unidades. E na outra ponta temos a empunhadura onde o
profissional irá apoiar os dedos. Por dentro temos o êmbolo que irá
empurrar o líquido para fora, na sequência do êmbolo temos a
haste e no final o botão de pressão do êmbolo.
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Quanto à capacidade da seringa pode variar de 1 ml até 60


ml. A seringa de 1ml também é chamada de seringa de insulina, por
ser seu maior uso, ou seringa bd tuberculina. Ela vem graduada em
unidades, sendo assim 1 ml = 100 partes de 1/100, pois 1ml =
100UI. Então o uso dessa seringa será para administração de
medicações intradérmicas ou subcutâneas.
A seringa de 3ml é dividida de 0,5 ml em 0,5 ml, e a cada 0,5
ml há partes de 0,1 ml. A seringa de 5ml é dividida de 1 ml em 1 ml
e cada 1ml é dividido em partes de 0,2 ml. Esses dois tipos de
seringas podem ser usados para medicamentos intramusculares,
justamente por essa via ter uma capacidade menor de infusão.
Porém também podem ser usados em via venosa se for uma
medicação que não será necessário diluição, por exemplo uma
adrenalina na emergência.
A seringa de 10ml é dividida de 1ml em 1 ml e cada 1ml é
dividido em partes de 0,2ml. A seringa de 20ml é dividida de 1ml em
1ml apenas. Essas duas seringas são usadas na administração de
medicamentos por vias venosas, justamente pela necessidade de
diluição, na maior parte das vezes, das medicações por esse tipo de
via de administração.
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Por último podemos destacar a seringa de 60ml que é
dividida de 1ml em 1 ml, sendo usada para administração de
grandes volumes venosos em poucas situações (e quando for este
o caso, precisa ser uma seringa de 60ml com o bico de Luer Slip
comum para poder encaixar as agulhas), mas essa seringa é muito
mais utilizada para administração de determinados conteúdos por
via enteral e para lavagem de sondas vesicais.

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÕES

MATERIAIS:

o Cuba Rim
o Bolas de algodão embebido em álcool a 70%
o Bola de algodão seco
o Agulha ideal para a via que será administrada
o Seringa adequada com medicação já diluída
o Recipiente para o lixo

PROCEDIMENTO:

1. Selecionar o material;
2. Lavar as mãos;
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3. Colocar luva de procedimento;
4. Certificar-se dos 9 certos;
5. Colocar a agulha de aspiração (agulha 40x12) na seringa;
6. Realizar a desinfecção da ampola ou frasco com algodão
embebido em álcool a 70%;
7. Aspirar a medicação e trocar a agulha, colocando a que será
utilizada para aplicação;
8. Identificar a seringa, com o nome da medicação e o nome do
paciente e leito;
9. Levar à unidade do paciente;
10. Explicar o procedimento que será realizado;
11. Proceder a administração conforme a via prescrita (ver
abaixo no tópico de cada via);
12. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem;
13. Guardar o material e desprezar os materiais perfurocortantes
no descarpack;
14. Lavar as mãos;
15. Fazer as anotações de enfermagem.

VIA INTRADÉRMICA (ID)

Esta via de aplicação é feita na pele, os locais escolhidos de


aplicação são a face interna do antebraço, a região subescapular e
na parte inferior do deltoide, o ângulo de aplicação é de 15°, ou
seja, paralelo à pele e o volume máximo 0,5ml.

PROCEDIMENTO:

1. Seguir do passo 1 ao 10 a técnica de injetáveis;


2. Com algodão embebido em álcool fazer a antissepsia da
pele;
3. Esticar a pele com auxílio do dedo polegar e indicador;
4. Introduzir a agulha com o bisel voltado para cima;
5. Injetar medicamento lentamente até formação de pápula;
6. Retirar a agulha sem fazer compressão no local;
7. Seguir do passo 12 ao 15 a técnica de injetáveis.
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VIA SUBCUTÂNEA (SC)

Esta via de aplicação é feita na camada abaixo da pele, na


região hipodérmica, ou tecido subcutâneo, ou seja, na camada de
gordura da pele. Os locais escolhidos de aplicação são a face
externa do braço (ao lado do músculo deltoide), face externa da
coxa, região periumbilical, região inframamária, região escapular e
região de flanco direito e esquerdo. O ângulo de aplicação é de 45°
e o volume máximo é de 1ml.

PROCEDIMENTO:

1. Seguir do passo 1 ao 10 a técnica de injetáveis;


2. Com algodão embebido em álcool fazer a antissepsia da
pele;
3. Levemente fazer uma prega na pele com o dedo polegar e o
indicador;
4. Introduzir a agulha com leve impulso;
5. Administrar o medicamento lentamente;
6. Retirar a agulha fazendo compressão no local com algodão
seco;
7. NÃO friccionar a pele;
8. Seguir do passo 12 ao 15 a técnica de injetáveis.

VIA INTRAMUSCULAR (IM)

Esta via de aplicação é feita na camada muscular, os locais


escolhidos de aplicação são o músculo deltoide (parte superior do
braço), músculo dorso glúteo e músculo vasto lateral da coxa (no
terço médio da coxa). O ângulo de aplicação é de 90° e o volume
máximo é de 3ml no deltoide, 5ml no glúteo e vasto lateral da coxa
(em crianças até 2 anos o máximo no vasto lateral é de 2ml e os
outros sítios não são indicados).

PROCEDIMENTO:

1. Seguir do passo 1 ao 10 a técnica de injetáveis;


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2. Com algodão embebido em álcool fazer a antissepsia da
pele;
3. Levemente fazer uma prega na pele com o dedo polegar e o
indicador;
4. Introduzir a agulha com o bisel seguindo a fibra muscular,
fazendo um leve impulso sem hesitar;
5. Tracionar o êmbolo (aspirar);
6. Se vier sangue, retire a agulha e seringa, descarte e prepare
nova medicação;
7. Se não vier sangue na aspiração, administrar o medicamento
lentamente;
8. Retirar a agulha fazendo compressão no local com algodão
seco;
9. NÃO friccionar a pele;
10. Seguir do passo 12 ao 15 a técnica de injetáveis.

Na aplicação no deltoide o profissional deve levantar as


mangas do paciente ou pedir para tirar a roupa, em seguida deve
tracionar o músculo deltoide e aplicar a injeção na distância de 4
dedos do ombro. Na aplicação no vasto lateral o profissional deve
abaixar as roupas do paciente e tracionar o músculo e aplicar no
terço médio. Na aplicação no glúteo o profissional deve dividir uma
das nádegas em 4 partes, em seguida pegar o quadrante superior
mais externo e redividi-lo em 4 partes e tracionar a parte superior
mais externa e aplicar ali a injeção IM.

VIA INTRAVENOSA (IV) ou ENDOVENOSA (EV)

Esta via de aplicação é feita no interior da corrente sanguínea,


são feitas nas veias superficiais e periféricas, como no dorso da
mão, no antebraço, na fossa cubital (nas veias cefálica, mediana e
basílica). O ângulo de aplicação é de 15° a 30°, dependendo do
paciente, e o volume máximo é indeterminado, pois podem ser
usadas seringas de 3ml, 5ml, 10ml e 20ml, mas as medicações
também podem ser diluídas em soros de 100ml, 250ml e 500ml.
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PROCEDIMENTO:

1. Seguir do passo 1 ao 10 a técnica de injetáveis;


2. Avaliar a rede venosa do paciente e escolher o local de
punção, dando preferência para a região mais distal;
3. Garrotear 5 dedos acima do local escolhido para punção;
4. Com algodão embebido em álcool fazer a antissepsia da
pele;
5. Fixar a veia e esticar a pele com auxílio do dedo indicador;
6. Introduzir a agulha com o bisel para cima até refluir sangue e
retire o garrote;
7. Administrar o medicamento lentamente, estando atendo as
reações do paciente;
8. Retirar a agulha fazendo compressão no local com algodão
seco;
9. NÃO friccionar a pele;
10. Seguir do passo 12 ao 15 a técnica de injetáveis.

Podem surgir alterações no local de aplicação, como


equimoses, hematomas, flebites, infiltrações e sinais de inflamação,
se tais sinais aparecerem, pare a administração, comunique ao
enfermeiro supervisor e realize nova punção.

FLUÍDOTERAPIA OU VENÓCLISE

A fluídoterapia ou Venóclise é a técnica de infundir no


paciente uma grande quantidade de solução no vaso sanguíneo do
paciente. Para isso é feita a punção venosa, que pode servir para
coletar sangue, infundir uma medicação pontual, manter um acesso
venoso pérvio através de uma infusão contínua, ou ainda infundir
reposição de líquidos ou eletrólitos. Quando vamos realizar uma
punção venosa ela pode ser feita de três formas diferentes:

1ª forma - É com o uso apenas de agulha e seringa, ideal


quando é para ser realizada uma medicação rápida e liberar o
paciente logo em seguida, ou para coletar sangue para exames.
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2ª forma – É com o uso de scalps, este é um equipamento
composto por uma agulha, acoplado em asas de empunhadura que
são conectadas em um protetor e seguido de um tubo extensor
(este tubo pode ser conectado a uma seringa ou ao equipo de
soro).

O scalp possui numerações ímpares e cores diferentes que


são padronizadas internacionalmente, onde os números menores
correspondem às agulhas mais calibrosas e os números maiores
correspondem às agulhas menos calibrosas. Assim, o nº 19 de
coloração bege ou creme é o maior, seguido do nº 21 com cor
verde, o nº 23 com cor azul, nº 25 que possui cor laranja e o nº 27
de cor cinza, que é o menor.
O scalp é indicado para coletar sangue para exames ou para
infundir doses maiores de medicações, porém não pode ficar no
paciente por mais de 24h, aumentando o risco de infecções e
lesões. Outro ponto importante para destacarmos é o local onde
será feita uma punção com scalp, pois esta não pode ser realizada
em local com dobra, devido ao fato da particularidade dos scalps de
que suas agulhas permanecem no paciente durante a infusão.
Os scalps de numerações maiores, o 27 ou 25 são usados em
pediatria e na geriatria, quando a veia possui um calibre muito
pequeno. Já os scalps de número 23 e 21 são os mais usados, por
servirem para a maioria dos pacientes adultos, sendo muito usados
em emergências. E por último o scalp de número 19 é usado mais
raramente, pois possui um calibre maior, podendo causar lesão no
paciente quando não usado corretamente.

3ª forma – É com o uso de jelcos, este é um equipamento


composto por uma agulha envolvida por um cateter de teflon e na
ponta possui uma base, para ser conectado ao polifix.
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Diferentemente dos scalps, depois que o jelco é introduzido
na veia do paciente, é removida a agulha, permanecendo apenas o
cateter no interior da veia do paciente, que é acoplado ao polifix.
O jelco possui numerações pares e cores diferentes que são
padronizadas internacionalmente, onde os números menores
correspondem às agulhas mais calibrosas e os números maiores
correspondem as agulhas menos calibrosas, ou seja, o nº 14 com
cor laranja é o maior, seguido do nº 16 de cor cinza ou marrom,
depois o nº 18 de cor verde, o nº 20 com cor rosa, nº 22 de cor azul
e nº 24 com cor amarela, que é o menor.

Quanto ao uso podemos dizer que o número 24 e o 22 são


utilizados em recém-nascidos, bebês, crianças com veias de
pequeno calibre, e podem ser usados em idosos bem debilitados
com rede venosa prejudicada.
Já os números 20 e 18 são usados em adolescentes e adultos
na maioria das situações, como transfusões ou durante cirurgias,
dessa forma é possível repor volumes no paciente.
Por último temos os jelcos de maiores calibres de número 16
e 14, que são usados quando existe a necessidade de infundir um
grande volume de líquidos no paciente, por exemplo numa situação
de emergência.
Porém deve-se ter atenção na escolha do calibre do jelco na
hora da punção, deve ser escolhido de acordo com o calibre da
rede venosa do paciente, pois se usar um calibre muito pequeno
não vai conseguir infundir na velocidade necessária, e se usar um
calibre
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não vai conseguir infundir na velocidade necessária, e se usar um
calibre maior que a veia do paciente pode levar ao extravasamento
de líquidos do vaso.
O jelco é indicado para infundir grandes doses de
medicações, podendo ficar no paciente por um tempo maior, sendo
ideal para pacientes internados, devendo ser trocado a cada 72h ou
quando apresentar sinais flogísticos, em alguns casos podemos
considerar deixar mais dias, caso o paciente tenha uma rede
venosa de difícil acesso ou esteja desidratado, mas não deixando
passar de 5 dias e lembrando de avaliar constantemente para
prevenir infecções.

Vale pontuar que quando se refere a fluídoterapia deve-se


falar de equipo e polifix, pois são importantes para infundir
medicações nos pacientes.

EQUIPO:

Existem tipos diferentes de equipos dependendo da


medicação que será administrada, podendo ser um equipo normal
de infusão de macrogotas ou gotas, ou se for infundir um volume
menor pode ser usado o equipo de microgotas.
Se for colocar em uma bomba de infusão é usado o equipo
específico de bomba, se for para infundir alguma medicação
sensível à luz é usado o equipo de medicação fotossensível que
possui a coloração laranja, e se for para colocar uma dieta enteral
na SNE/SOE é usado o equipo de dieta tendo a coloração azul ou
roxa.
Na ponta do equipo há uma tampa protetora e por dentro a
ponta perfurante que irá entrar no frasco de soro, em seguida há a
câmara de gotejamento e nela tem a entrada de ar com filtro para
facilitar o gotejamento, e o filtro de partículas que protege o
paciente.
Durante todo o equipo o tubo é flexível e nele tem uma parte
que é no formato de “Y”, que serve para introduzir medicações, não
precisando abrir o circuito e ao final do equipo tem o conector que
vai encaixar no polifix ou diretamente no jelco ou scalp.
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Além disso, no corpo do equipo tem o controlador de fluxo,
este é constituído por um rolete do tipo que pinça o tubo quando
movido, e dependendo da posição do rolete se controla a
velocidade de infusão da solução.

POLIFIX:

O extensor intermediário é denominado polifix, podendo ser


de duas ou quatro vias. Tem a finalidade de aumentar o número de
vias de administração venosa quando só tem um acesso venoso
pérvio.
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Nesse sentido o polifix pode ser conectado no scalp ou jelco


com essa finalidade. O polifix tem o lado onde só tem um conector e
esse é o lado que será conectado no paciente, seguido do tubo
transparente, que se divide no número de vias, e cada via tem uma
pinça corta fluxo para poder interromper o fluxo de cada uma delas
de forma independente.
Na outra extremidade tem os conectores que serão colocados
os equipos ou seringas para introduzir as medicações, quando não
estão sendo usados devem estar com suas tampas protetoras.

MATERIAIS:

o Cuba Rim
o Garrote
o Luva de procedimento
o Bolas de algodão embebido em álcool a 70% e uma seca
o Scalp ou jelco ideal para o paciente
o Polifix e Equipo
o Soro ou medicação prescrita, devidamente identificada
o Seringa de 10ml ou 20ml
o Esparadrapo ou micropore
o Suporte de soro
o Recipiente para o lixo

DESCRIÇÃO DA TÉCNICA DE PUNÇÃO VENOSA:

1. Selecionar o material;
2. Lavar as mãos;
3. Colocar luva de procedimento;
4. Certificar-se dos 9 certos;
5. Colocar a agulha de aspiração (agulha 40x12) na seringa;
6. Realizar a desinfecção da ampola ou frasco com algodão
embebido em álcool a 70%;
7. Aspirar a medicação e preparar a medicação ou soro que
serão infundidos;
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8. Se for usar equipo e polifix já conecte todo o circuito e
preencha as vias com soro, removendo as bolhas, ao final
feche o controlador de fluxo e proteja novamente as partes
estéreis;
9. Preparar o rótulo com o nome do paciente, leito, data, o que
está presente na solução preparada, hora de início da
infusão, número de gotas por minuto (vazão) e nome de
quem preparou a medicação;
10. Levar todo o material à unidade do paciente, com cuidado
dentro da bandeja de punção, mantendo as partes estéreis
sem tocar;
11. Explicar ao paciente o procedimento que será realizado;
12. Abrir o pacote do equipo de soro e pendurar o frasco no
suporte do soro;
13. Avaliar a rede venosa do paciente, escolhendo o melhor sítio
de inserção, dando preferência para a região mais distal;
14. Garrotear 5 dedos acima do local escolhido para punção;
15. Com algodão embebido em álcool fazer a antissepsia da
pele;
16. Fixar a veia e esticar a pele com auxílio do dedo indicador;
(Aqui em diante depende de qual instrumento está sendo
usado na punção);
17. Se usar agulha e seringa, deve introduzir a agulha com o
bisel para cima até refluir sangue;
18. Retirar o garrote;
19. Em seguida coletar o sangue para exame ou introduzir
alguma medicação;
20. Em caso de administração de medicamento, introduzir
lentamente, estando atento às reações do paciente;
21. Retirar a agulha fazendo compressão no local com algodão
seco;
22. NÃO friccionar a pele (Pular para o passo 35);
23. Se usar scalp, deve introduzir com o bisel para cima,
segurando nas asas de empunhadura até refluir o sangue
pelo tubo do scalp;
24. Retirar o garrote;
17
25. Em seguida, deve conectar à seringa para infundir
medicação lentamente, estando atento às reações do
paciente, ou conectar ao circuito do equipo de soro. (Pular
para o passo 31);
26. Se usar jelco, deve introduzir com o bisel para cima até
refluir sangue na base;
27. Retirar o garrote;
28. Depois deve remover a agulha e com a outra mão manter o
cateter dentro da veia do paciente, mantendo a mão firme e
pressionando o vaso sanguíneo do paciente para não sair
excesso de sangue;
29. Em seguida, ainda mantendo a mão firme, conectar o polifix
ou o equipo de soro diretamente, e conferir se o circuito está
preenchido com soro, sem nenhum ar.
30. Seguir encaixando uma das vias do polifix no equipo de soro
e mantendo a outra via clampeada;
31. Abrir controlador de fluxo, sem soltar o scalp ou jelco,
aproveite para conferir se está refluindo, ou se está fora da
veia, ou extravasando;
32. Fixar o scalp ou jelco com esparadrapo, se o paciente for
alérgico a esparadrapo usar micropore;
33. Controlar o gotejamento conforme a prescrição e o cálculo
feito;
34. Deixar o braço do paciente em uma posição confortável que
não impeça a infusão;
35. Deixar o paciente calmo;
36. Guardar o material limpo e desprezar os materiais
perfurocortantes no descarpack;
37. Lavar as mãos;
38. Fazer anotações no prontuário do paciente.

Obs1: Para a diluição podem ser usados diferentes tipos de


soluções, como:
- Soro fisiológico 0,9% ou 0,45% (SF0.9% ou SF0,45%)
- Soro glicosado 5% ou 10% (SG5% ou SG10%)
- Soro ringer com lactato (RL)
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Obs2: Vale relembrar o cálculo de gotejamento, que vai
determinar a velocidade da infusão de medicamentos. Este cálculo
deve respeitar sempre a prescrição dos medicamentos feitos com o
volume total a ser infundido e o tempo de infusão. Para isso devem
ser gravados os cálculos a seguir:

Quando será calculado o gotejamento em macrogotas por


minuto, deve ser usada a fórmula acima, pegando na prescrição o
“Vt” que é o Volume total de solução prescrita que será infundido,
dividir por “T” que é o Tempo em que a solução deverá ser
infundida e multiplicar o “T” por “3” que é uma constante.

Quando será calculado o gotejamento em microgotas por


minuto, deve ser usada a fórmula acima, pegando na prescrição o
“Vt” que é o Volume total de solução prescrita que será infundido e
dividir por “T” que é o Tempo em que a solução deverá ser
infundida.

Obs3: Se for usar alguma bomba para infundir a medicação


sempre pergunte ao supervisor como que manuseia o equipamento,
depois instale o equipo adequado e coloque no sistema os dados
de volume, tempo e velocidade de infusão (gotas/minuto).

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