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DISCIPLINA: FARMACOLOGIA - UNIDADE: II

PROFESSOR(A): JÉSSYKA KAROLINE RODRIGUES SOUSA


ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Todo medicamento a ser administrado ao paciente deve ser prescrito pelo médico. Toda
prescrição de medicamento deve conter data, nome do medicamento, dosagem, via de
administração, frequência, assinatura do médico, sempre lavar as mãos antes e depois de fazer
as medicações.
Cuidados a ter durante a diluição no preparo das bandejas de medicamentos, faze-lo
atentamente e não conversar, ter sempre a frente a prescrição enquanto prepara o
medicamento. Ler o rotulo dos medicamentos e comparar com a prescrição.
Nunca administrar o medicamento com rotulo ilegivel, sem rotulo ou vencido, não tocar a mão
em comprimidos, capsulas, drageas ou pastilias. Identificar a seringa ou frasco com a via, leito,
via, nome do medicamento. Anotar qualquer alteração após administração (vomito, diarreia,
urticaria).
Em caso de dúvidas, nunca administrar o medicamento, até que a mesma seja esclarecida.
Os antibioticos devem ser administrados no maximo 15 minutos antes ou depois do horario
prescrito.
Checar o horario da medicação somente após administrar-la.

1. Os Pontos Certos.

 Paciente certo
– Conferir a pulseira de identificação do paciente, com nome completo e data de nascimento.
 Medicamento certo
– Verificar atentamente qual o medicamento está prescrito e se o paciente não possui algum
tipo de alergia ao composto.
 Validade certa
– Observar a data de validade antes de administrar o medicamento.

 Forma / apresentação certa

– Verificar se o medicamento está na sua forma de apresentação correta, como por exemplo,
cloreto de sódio 0,9% ou cloreto de sódio 20%.

 Dose certa
– Observar com atenção a dose prescrita, como por exemplo, paracetamol 750 mg 1 comprimido
via oral de 8/8 horas.
 Compatibilidade certa
– Verificar se a medicação administrada é compatível com outra que o paciente já recebe, pois
existem algumas drogas que não podem ser administradas juntas.
 Orientação ao paciente
– Comunicar o paciente quando você for medicá-lo, avisando qual é o medicamento e a via, pois
é um direito do mesmo saber o que está recebendo.
 Via de administração certa
– Observar atentamente qual a via de administração do medicamento conforme prescrição
médica, pois alguns medicamentos possuem diversas vias de administração.
 Horário certo
– Deve-se administrar o medicamento no horário correto, para que o tratamento seja mais
eficaz.
 Tempo de administração certo
– É de extrema importância que o medicamento seja infundido no tempo certo, pois existem
alguns medicamentos que precisam de um tempo X para fazer o efeito esperado, como por
exemplo, os antibióticos.
 Ação certa
– Devemos observar se o paciente não irá apresentar uma reação adversa ao medicamento
durante sua administração, para que seja atendido o mais rápido possível.
 Registro certo
– É importante que seja registrado no prontuário do paciente o medicamento administrado,
com a hora, a dose e a via e se o paciente apresentou alguma reação durante o tratamento.

2. Formas Farmacêuticas
É a forma final em que se apresenta o medicamento ao paciente, depois de uma série de
operações realizadas, com o objetivo de atingir o sucesso terapêutico de acordo com a via de
administração mais adequada seja ele em comprimidos, cápsulas, xaropes, pomada etc
3. Vias de Administração

É a maneira pela qual a medicação é introduzida no organismo, relaciona-se com a forma


farmacêutica o objetivo terapêutico e as condições físicas e patológicas do paciente.

 Via Oral:
É a administração de medicamentos pela boca é o método mais comum de prescrição de um
fármaco:
Vantagens: mais seguro, conveniente e econômico.
Desvantagens: irritação da mucosa gástrica, interferência na digestão e dificuldade de deglutir.
Contraindicações: pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes, em casos de vômitos.
 Via Subilingual
São colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos pequenos vasos
sanguíneos.
Essa via é utilizada no alivio da angina, pois a absorção é rápida e o medicamento ingressa
diretamente na circulação geral.
 Via Gástrica
É a introdução do medicamento através da sonda nasogastrica/nasoenteral. Utilizada para
pacientes inconscientes ou impossibilitados de deglutir.
 Via Tópica
É aplicação de medicamento na pele, sob forma de pomadas, cremes ou adesivos.
Sua absorção pode ser local ou geral.
 Via ocular
É aplicação de colírio e pomadas na conjuntiva ocular.
 Via auricular
Consiste em introduzir o medicamento no canal auditivo externo.
 Via retal
É a introdução de medicamento no reto em forma de supositórios ou clister medicamentoso.
 Via vaginal
É a introdução de medicamentos no canal vaginal, pode ser introduzido sob a forma de cremes,
gel, comprimidos ou óvulos.
 Via nasal
Consiste em administrar na mucosa nasal um medicamento liquido ou pomada.
 Vias parenterais:
Utiliza-se agulhas e seringas e medicamentos esterilizados, seguindo técnicas padronizadas.
Vantagens: a disponibilidade é mais rápida e mais previsível, tratamento de emergências.
Desvantagens: pode ocorrer uma injeção intravascular acidental, pode vir acompanhada de
forte dor e as vezes é difícil para um paciente injetar o fármaco em si mesmo se for necessário,
e tem um alto custo.

 Via intradermica- ID
É uma via restrita, onde é administrado pequenos volumes de 0,1 a0,5 mililitros. Usadas em
reações de hipersensibilidade como provas alérgicas.
 Via subcutânea -SC
A medicação é introduzida na tela subcutânea. Absorção lenta através de capilares, ocorre de
forma continua segura. O volume não deve se ultrapassar de 03 mililitros, usada para
administração de vacinas, insulinas e etc.
 Via intramuscular-IM
Via muito utilizada, devido a absorção rápida, o musculo escolhido deve ser bem desenvolvido,
ter rápido acesso, não possuir grande calibre e nem nervos.
 Via endovenosa- EV
Via muito utilizada, com introdução de medicamentos diretamente na veia. É indicado para
necessidade de ação imediata, grandes volumes para hidratação, coleta de para exame.

4. SCALP
O scalp, popularmente conhecido como borboleta, é um dispositivo agulhado que é usado para
fazer infusões intravenosas. Ele é indicado para procedimentos de curta duração, pois a agulha
fica dentro da veia do paciente, podendo causar lesões em caso de movimentação.
É também muito comum ver o uso do scalp em coletas de sangue, principalmente em pacientes
de veia fina. As asas desse dispositivo são flexíveis e móveis, reduzindo o risco de acidentes com
o perfuro cortante durante os procedimentos.
O scalp é composto por uma agulha, que é acoplada nas asas de empunhadura. Essas asas são
conectadas em um protetor seguido de um tubo extensor. Este, por sua vez, é conectado a um
adaptador luer com uma tampa onde se acopla o bico da seringa ou equipo.

O scalp pode ser encontrado em diversos tamanhos. Podemos diferenciá-los de acordo com as
cores que indicam seu calibre e tamanho.
Bege: Calibre 19
Verde: Calibre 21
Azul: Calibre 23
Laranja: Calibre 25

Cinza: Calibre 27
O scalp tem uma agulha de parede fina e muito afiada, própria para veias finas e inserção em
peles resistentes. Como essa agulha não é flexível, ela requer um cuidado do profissional para
não lesionar o membro puncionado e nem estourar a veia que foi feita a punção.
Os calibres do scalp são sempre ímpares e vão do número 19 a 27, lembrando que quanto menor
o número, maior é o calibre.

5. Jelco ou Cateter Intravenoso


O jelco, ao contrário do scalp, possui tempo de permanência maior, permitindo também a
infusão de grandes volumes de forma rápida.
Trata-se de um dispositivo flexível onde a agulha é envolvida por um mandril também flexível.
Após a punção, a agulha é retirada ficando na veia apenas o mandril.
Uma das grandes vantagens do jelco é a possibilidade de retirada do mandril metálico.
Permanece no espaço apenas o dispositivo maleável, favorecendo a movimentação do membro.
Assim, os jelcos são indicados para a administração venosa de grandes volumes de medicações,
substâncias irritantes que poderiam causar necroses por outra via, quando é necessária a ação
imediata da droga e para infusão rápida de soluções.
Também podem ser encontrados em diferentes calibre (14, 16, 18, 20, 22 e 24). Cada um deles
possui uma indicação específica.
Os jelcos são numerados em números pares do 14 (maior e mais calibroso) até o 24 (menor e
mais fino). Cada numeração tem uma indicação específica.
6. Agulhas

Para começar, precisamos entender quais são os componentes básicos de uma agulha. Temos o
canhão, que é a parte mais larga da agulha, onde encaixamos a ponta da seringa; a haste, que é
a parte maior e mais fina; e o bisel, que é a ponta da agulha com óstio em diagonal.
Os calibres definem o tamanho da agulha, e cada tamanho é representado por uma cor
específica. Essa configuração por cores pode variar um pouco de acordo com o fabricante, por
isso é preciso prestar bastante atenção.
Segue a lista com as principais cores e tamanhos de agulhas conforme os calibres.
Amarelo: 13 x 0,30;
Marrom: 13 x 4,5 e 13 x 4;
Roxo: 20 x 0,55;
Azul: 25 x 0,6;
Verde água: 25 x 0,80;
Cinza escuro: 30 x 7 e 25 x 7;
Verde: 30 x 8 e 25 x 8;
Cada tipo de agulha é indicada para procedimentos específicos. A escolha da agulha certa vai
depender da via de administração, do local, do volume e da viscosidade da medicação, além, é
claro, das condições da pele e musculatura do paciente.

7. Seringas
Não podemos falar de agulhas sem falar sobre seringas, já que elas trabalham juntas. Para
escolher a seringa certa é preciso levar em consideração a via que será utilizada e o volume do
medicamento. Antes de entrarmos em detalhes, vamos falar sobre os componentes de uma
seringa.
Os componentes básicos são o êmbolo, o corpo e o bico. O êmbolo é a parte interna da seringa,
usada para puxar e empurrar o medicamento. O corpo é a parte externa, local onde a medicação
é inserida. E o bico é a parte distal da seringa, onde encaixamos o canhão da agulha.

Os principais tamanhos e indicações das seringas:


• 1 ml: Essa seringa é dividida em 100 partes iguais. Chamamos de unidades internacionais (UI).
Ela é indicada para administrar medicamentos por via intradérmica e subcutânea.

• 3 ml: A seringa de 3 ml é dividida em mm³, ou seja, de 0,5 em 0,5 ml, e cada 0,5 ml é dividido
em 0,1 ml. Ela é indicada para administrar medicamentos por via intramuscular e endovenosa.

• 5 ml: Essa seringa também é dividida em mm³, porém sua divisão é de 1 em 1 ml e cada 1 ml
é dividido em 0,2 ml. Assim como a seringa de 3 ml, ela é indicada para administrar
medicamentos por via intramuscular e endovenosa.

• 10 ml: A seringa de 10ml tem a mesma divisão da seringa de 5 ml, a única diferença é que ela
é maior e indicada apenas para a administração de medicamentos por via endovenosa.

• 20 ml: Já a seringa de 20ml é dividida em mm³, sendo que é graduada de 1 em 1 ml do início


ao fim. Ela é indicada para administrar medicamentos por via endovenosa e na alimentação
enteral.

Ao explicar sobre os tipos de agulhas e seringas, falamos sobre alguns tipos de administração de
medicamentos. Citamos as vias intramuscular, subcutânea, intravascular, intradérmica e
endovenosa. Vamos explicar a diferença entre cada uma delas agora.
Intramuscular (IM): Aqui os medicamentos são administrados no músculo. Os locais mais
utilizados para esse tipo de administração são o glúteo, o vasto lateral da coxa e o músculo
deltoide;
Subcutânea (SC): Aqui os medicamentos são administrados sob a pele (tecido subcutâneo). Os
medicamentos mais utilizados nesse caso são a insulina, a heparina e algumas vacinas;
Intradérmica (ID): Aqui os medicamentos são administrados na derme com capacidade de
pequenos volumes (0,1 a 0,5ml);
Endovenosa (EV) ou intravenosa: Aqui os medicamentos são administrados diretamente na
corrente sanguínea através da veia. Geralmente esse tipo de administração é muito usado
quando o medicamento não é compatível com a via oral;
Intravascular (IV): Aqui os medicamentos também são administrados diretamente na corrente
sanguínea, porém não apenas pela veia, podendo ser pelas artérias ou qualquer outro meio no
qual seja possível chegar na corrente sanguínea.
Uma curiosidade interessante é que o modo de fazer essas administrações são melhores
compreendidas quando usamos os ângulos que aprendemos nas aulas de matemática. A
intramuscular é aplicada no ângulo de 90º, a subcutânea no ângulo de 45º, a intravenosa no
ângulo de 25º e a intradérmica no ângulo entre 10º e 15º.

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