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Turma – TE02

Módulo – I
Disciplina – Conceitos de Farmacologia
Conteúdo – Aula 001 - Introdução à Farmacologia (Parte 01)
Docente – Prof. Natália Romana
Ano – 2020

MATERIAL DE APOIO

Prof. Natália Romana Ferreira Lemos

Introdução

O conhecimento sobre os Conceitos de Farmacologia é imprescindível à Equipe de Enfermagem


que impõe como objetivos a Segurança do Paciente e a Qualidade da Assistência direcionadas a
Administração de Medicamentos. Para tanto, são necessários conhecimentos sobre definições básicas.

Conceitos Importantes

Antes de se considerar que o profissional é competente na administração de medicamentos, torna-se


necessário que ele conheça os conceitos básicos relacionados a esta prática cotidiana da Enfermagem.

• Medicamento → Substância química capaz de promover no organismo ação:


o preventiva (prevenir agravos e/ou doenças);
o curativa (levar o paciente à cura da doença);
o paliativa (tratamento que melhora a qualidade de vida diante de doenças que ameacem a
continuidade da vida do paciente);
o diagnóstica (para auxiliar a equipe de saúde a diagnosticar uma doença que possa estar
afetando o paciente).
• Medicamento Composto → É aquele que contém em sua fórmula dois ou mais sais (Ex.: Buscopam
composto = butilbrometo de escopolamina + dipirona).
• Princípio Ativo → Substância que irá exercer a ação terapêutica no organismo (Ex.: Princípio ativo
do Buscopam simples = butilbrometo de escopolamina).
• Dose → Quantidade do medicamento que deverá ser aplicada ou tomada, por vez (Ex.: Tomar 10
mL de Mucolitic // Dose: 10 mL).
• Dosagem/Concentração → É a quantidade do princípio ativo no medicamento, ou seja, princípio
ativo + excipiente/veículo (Ex.: Cloridrato de Metroclopramida - Solução injetável - 5 mg/mL - 100
ampolas de 2 mL // Dosagem: 5 mg/mL).
• Apresentação → São as várias formas em que os medicamentos são embalados (envelope, ampola,
blíster, frasco-ampola, dentre outros).
• Forma Farmacêutica → São as várias formas de industrialização do medicamento, como,
comprido, pomada, xarope, etc (Ex.: Forma farmacêutica do Cloridrato de Metroclopramida -
Solução injetável).
o Xaropes → Os xaropes são formulações farmacêuticas que contêm grande quantidade de
açucares, fazendo com que o líquido fique "viscoso", "meio grosso" ("xaroposo"). Neste
líquido coloca-se então a substância medicamentosa que trará o efeito benéfico desejado
pelo médico que a receitou;
o Cápsulas → As cápsulas são recipientes obtidos por moldagem, em geral, utilizadas para
ingestão de fármacos em doses pré-estabelecidas. O invólucro da cápsula oferece relativa
proteção dos agentes externos, facilita a administração e, devido sua alta solubilidade e
digestibilidade no organismo, libera rapidamente o fármaco de seu interior;
o Comprimidos → é a forma sólida de um pó medicamentoso, preparado por compressão.
Podem ter ranhuras para permitem uma divisão da dose, todavia, sabe-se que esta divisão
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não é equilibrada e a dose de fármaco é diferente em cada parte.
o Drágeas → comprimido revestido com sacarose, após um processo em drageadeira onde é
feita a aplicação de dois tipos de xarope, o xarope fino e o xarope grosso, além da solução
de brilho (que confere um melhor visual ao comprimido). Geralmente drágeas são
utilizadas para mascarar sabores desagradáveis dos princípios ativos.
o Pastilhas → pequeno disco que contém um fármaco numa base aromatizada, devem ser
completamente dissolvidos na boca, para que assim se libere o fármaco.
• Excipiente/Veículo → Substância que não possui ação terapêutica e que tem por função dar forma
e volume ao medicamento.
o Excipiente: Forma farmacêutica sólida (Ex.: Amoxicilina Cápsula = estearato de magnésio).
o Veículo: Forma farmacêutica líquida (Ex.: Amoxicilina Xarope = carmelose sódica +
celulose microcristalina, sacarina sódica, essência de morango, citrato de sódio di-hidratado,
ciclamato de sódio, dióxido de silício e sacarose).
• Reações Adversas → Efeitos indesejados causados pelo medicamento em uso. Ainda, qualquer
resposta prejudicial ou indesejável, não-intencional a um medicamento, que se manifesta após a
administração de doses normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico ou tratamento
de doença ou para modificação de função fisiológica. É importante considerar que se refere à
resposta individual. (Ex.: Reação Adversa da Dipirona = choque anafilático).
• Efeitos Colaterais → Possíveis reações que poderão ocorrer durante o uso do medicamento,
podendo ser benéfico ou maléfico. Ainda, qualquer efeito não intencional de um produto
farmacêutico que ocorra em doses normalmente utilizadas em humanos relacionado com as
propriedades farmacológicas do fármaco. O efeito colateral é um tipo de reação adversa previsível.
(Ex.: Efeito colateral da Dipirona = queda da pressão arterial).
• Uso Interno → Todo o medicamento que é engolido, ou seja, passa por todo o sistema digestivo
(Ex.: comprimido de Cloridrato de Metroclopramida – plasil).
• Uso Externo → Todo o medicamento que não é engolido (Ex.: Bepantol creme).
• Ação Local → Região onde o medicamento fará efeito, sem cair na corrente sanguínea (Ex.: creme
de Bepantol – aplicar nas nádegas).
• Ação Sistêmica → O medicamento precisa entrar na corrente sanguínea para fazer efeito (Ex.:
Metiocolin B12 em drágeas).
• Medicamentos de Ação Rápida → São aqueles que após a sua administração apresentam efeitos
rápidos (Ex.: Sedação inalatória com Óxido Nitroso).
• Vias de Ação Rápida → São as vias de administração que propiciam o rápido efeito do
medicamento (Ex.: Via intravenosa).

Vias de Administração dos Medicamentos

Cada medicamento exige o local correto para sua administração, conhecido como via de
administração. As mais comuns são:

• Via Enteral: medicamento chegue ao intestino:


o Via Oral ou bucal (medicação administrada diretamente na boca do paciente);
o Via Sublingual (medicação administrada diretamente sob a língua do paciente);
o Via Gástrica (medicação administrada diretamente no estômago do paciente quando este
possui uma gastrostomia ou sonda nasogástrica);
o Via Retal (medicação administrada diretamente no reto do paciente).
• Via Não-Enteral: não é necessário que o medicamento chegue ao intestino para ser absorvido e realize
suas funções:
o Via Vaginal (medicação administrada diretamente na vagina da paciente);
o Via Cutânea (medicação administrada diretamente na pele do paciente);
o Via Nasal (medicação instilação diretamente nas fossas nasais do paciente);
o Via Ocular (medicação administrada diretamente na mucosa ocular do paciente);
o Via Auricular (medicação administrada diretamente no canal auditivo do paciente);
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o Via Respiratória (medicação administrada por inalação).
• Via Parenteral: é aquela em que o medicamento é administrada por meio de mecanismos
injetáveis:
o Via Intradérmica (ID);
o Via Subcutânea (SC);
o Via Intramuscular (IM):
▪ Deltoide;
▪ Vasto lateral da coxa;
▪ Ventro-glútea;
▪ Dorso-glútea.
• Via Endovenosa (EV) ou intravenosa (IV): é aquela em que o medicamento é administrado
diretamente na corrente sanguínea através de uma veia.
• Outras: são aquelas realizadas por Enfermeiros e Médicos.
o Via intra-arterial, Via intra-óssea, Via intratecal, Via intraperitoneal, Via intrapleural, Via
intracardíaca.

Referências

1. Potter PA, Perry AG. Fundamentos de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 9 ed,
2018.
2. SILVA, S. C.; SIQUEIRA, L. C. P. S; SANTOS, A. E. Procedimentos básicos. Série boas práticas
de enfermagem em adultos. São Paulo: Atheneu, 2008.170p.
3. Taylor C. Fundamentos de enfermagem. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. 159p.
4. Cheregatti AL, Jeronimo RAS. Técnicas de Enfermagem. 2015: 137-40.
5. COREN-SP. Uso seguro de medicamentos: guia para preparo, administração e
monitoramento. São Paulo. 2017: 124p.
6. POSSO, M.B.S. Semiologia e semiotécnica de enfermagem. Atheneu, São Paulo, 2010.

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