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Perfil de competências
Se, ao nível das competências técnicas que um empregado de bar deve possuir,
os organismos oficiais já definiram regras, ao nível pessoal, essa função está reservada
ao formador da área da psicologia do comportamento humano. Na formação em áreas
da hotelaria e restauração, é obrigatório um módulo de relações humanas, habitualmente
leccionado por psicólogos, que pretende incutir nos futuros empregados de bar as
competências básicas de relacionamento e comunicação interpessoal, passando também
pelo desenvolvimento pessoal e social de cada um.
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Empregado de Bar – tarefas principais
Executar as tarefas que lhe foram atribuídas no âmbito da sua competência, tendo
em vista, o bom e eficiente funcionamento da secção a que pertence;
Cooperar com toda a brigada e ainda com os sectores anexos para o bom andamento
do serviço, considerando a reputação da empresa e o bem-estar dos clientes;
Colaborar na higiene dos locais de trabalho e dos vários utensílios utilizados durante
o serviço;
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INDICE
II. Hierarquias 13
V. As Bebidas Frias 30
VII. A cerveja 49
X. Vinhos de Licor 69
XIV. Cocktails 99
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I. SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO
1. 1 Higiene Pessoal
As mãos e as unhas devem estar sempre limpas. É com elas que o empregado de bar
manipula os copos e os demais utensílios de bar, daí que os cuidados de higiene devam
ser redobrados.
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Além das elementares condições higiénicas das instalações do bar: limpeza das
instalações, correcta conservação dos produtos, etc., o empregado de bar deve respeitar e
assumir as seguintes normas:
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1.2 Segurança no Trabalho
Queimaduras
Cortes
Traumatismos e esforços
Queimaduras
Um elemento a ter em conta, é o facto de que nem todos os extintores são válidos para
qualquer tipo de incêndio. Antes de utilizar um extintor para apagar um incêndio, deve-
se ter em conta os seguintes aspectos:
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Nunca se deve utilizar extintores líquidos para apagar substâncias líquidas
inflamáveis uma vez que, apenas se espalharia o líquido, fazendo alastrar o
incêndio a outras superfícies.
Cada extintor tem indicado o tipo de fogo a que se destina. Por exemplo, um extintor
que seja para fogos do tipo A e B quer dizer que pode ser utilizado para apagar fogos de
materiais sólidos e líquidos.
Cortes
Quando se utilizar uma faca para cortar um alimento, deve-se colocar o alimento bem
assente sobre uma superfície lisa e plana. Deve-se segurar no alimento com uma mão,
com os dedos para dentro, caso o corte se faça de cima para baixo.
A faca a utilizar deve ter um tamanho adequado e estar bem afiada. 0s cortes mais
graves devem-se à utilização de facas mal afiadas, com as quais se emprega muita força
para conseguir cortar, podendo por isso, a faca partir-se ou descontrolar-se.
Deve-se ter cuidado com o sentido do corte. Nunca se deve cortar no sentido da mão
que segura o alimento. Nunca devemos apontar a lâmina para nós próprios, quer
estejamos a cortar ou não.
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A maioria dos cortes acontecem aquando da manipulação de copos, pratos, etc. Na
colocação e sobretudo na arrumação, deverá utilizar-se um pano grosso ou um pano de
camurça para que, caso os objectos se partam, estes sirvam de protecção contra o corte.
Não se devem deixar objectos cortantes em locais de trabalho com pouca visibilidade,
por exemplo, não deixar copos partidos nas extremidades dos sacos do lixo, não colocar
facas afiadas em bancas cobertas de água com espuma que impeça de se ver o interior,
etc.
Traumatismos e Esforços
Quedas
As quedas são provocadas, quase na sua totalidade, por falta de ordem e limpeza nas
áreas do bar e pela utilização de calçado inadequado.
Deve-se retirar os objectos e resíduos do solo, bem como limpar e secar imediatamente
todos os líquidos entornados, particularmente as substâncias gordurosas.
O calçado deve ser adequado e anti-deslizante. Recomenda-se o uso de sapatos com sola
de borracha pois evitam escorregar, não fazem barulho ao andar e são mais
confortáveis.
Esforços
Uma boa parte dos acidentes verificados na hotelaria e restauração advêm da realização
de esforços mal calculados, originando graves problemas ao nível das costas e da
espinha.
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Nos movimentos em geral, e particularmente na manipulação de pesos, devem ter-se em
conta as seguintes normas ergonómicas: para transportar objectos pesados, deve-se
sempre solicitar a ajuda de outros colegas.
Quando for necessário empurrar um objecto de grandes dimensões, deve-se utilizar o
peso do próprio corpo, poupando assim esforços na realização da operação.
Quando se levantar um peso do chão, nunca se deve dobrar as costas sem também
dobrar os joelhos, colocando-se de cócoras e mantendo as costas direitas. Depois de
segurar bem o peso, deve-se levantar esticando as pernas. Deste modo, levanta-se o peso
com os músculos das pernas e não se lesionam as costas.
Para segurar, levantar ou mudar um objecto de sítio deve manter-se o objecto junto ao
corpo.
Quando é necessário pegar num objecto pesado que esteja elevado, deve-se subir a um
banco ou umas escadas e não tentar alcançá-lo do solo, uma vez que se corre o risco de
fazer uma distensão da coluna.
1.3 Uniformes
A imagem do empregado de bar deve ser cuidada, tendo em conta todos os aspectos
uma vez que não basta ter as mãos limpas, o cabelo limpo e arranjado, etc. Para além
destes aspectos, é imprescindível um cuidado esmerado com o uniforme de trabalho.
O uniforme deve estar completo: calças pretas, sapatos e meias pretas, camisa branca
de manga comprida, colete (de cores sóbrias), gravata ou laçarote discreto. Um
uniforme completo reflecte uma imagem de uniformidade e de atenção.
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O empregado de mesa deve ter um cuidado especial com as mangas e com os
colarinhos das camisas pois são os lugares que mais se sujam.
Deve mudar de uniforme sempre que por qualquer motivo este se suje.
Quando se usam gravatas, coletes ou jaquetas, o empregado de mesa deve zelar para
que estes acessórios não incomodem o cliente, ou seja, as gravatas devem estar presas
com alfinetes, e as jaquetas e coletes devem estar sempre apertados.
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II. HIERARQUIA E COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
Tal como noutros serviços de hotelaria e restauração, também no serviço de bar existe
uma Brigada, organizada hierarquicamente:
1 – Supervisor de Bares
2 – Chefe de Bar
3 – 1º Barman
4 – 2º Barman
5 – Auxiliar de Bar
Chefe de Bar
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Elaborar as requisições e colaborar na execução dos inventários.
Possuir uma cultura geral adequada ao desenvolvimento das suas funções, bem como
boas noções de acolhimento aos clientes.
1º Barman
Preparar cafés, chás e outras infusões, servir sanduíches simples ou compostas, frias
ou quentes.
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Zelar pelo asseio e higiene dos utensílios de preparação e serviço de bebidas.
2º Barman
Auxiliar de Bar
O auxiliar de bar é o profissional que colabora com o 2º Barman na execução das suas
funções.
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III. O BAR, MAQUINARIA E EQUIPAMENTO
Os cafés, tão antigos como a bebida que lhes dá o nome, apareceram por volta de 1640
em Veneza, como relata o dicionário do comércio de 1741: As Senhoras da alta
sociedade paravam as suas carruagens de fronte dos melhores cafés para que o dono
lhes servisse, numa chávena de prata, um bom café.
No séc. XIX os cafés literários e políticos estavam muito na moda, espelho também das
mudanças políticas e sociais operadas na época. No final do séc. XIX apareceram os
primeiros “cafés concerto”.
A partir desta altura, proliferaram os vários estabelecimentos de bebidas tal como ainda
hoje persistem. Assim, e de uma forma aleatória, os principais tipos de bares existentes
são:
O Bar Americano: é o mais luxuoso dos bares, muito íntimo. É gerido por um chefe de
bar e pela sua brigada, e recebe um tipo de clientela abastada e internacional. Neste bar
pode beber-se qualquer tipo de bebida, incidindo particularmente numa grande
variedade de cocktails.
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O Piano-Bar: é um bar de luxo, onde ao início da noite um pianista assegura um
ambiente musical, enquanto os clientes tomam um cocktail ou outra bebida.
O Bar do Hotel: alguns hotéis de categoria superior estão dotados de um bar de luxo
que faz face aos pedidos de uma clientela mais cosmopolita e assegura o serviço de
bebidas nos andares, nos salões e nos restaurantes. O pessoal deste tipo de bar possui,
habitualmente, grandes qualificações profissionais.
Dentro de um mesmo hotel, podem estar implantados vários tipos de bares, cada um
especializado em determinado tema. Estes bares existem sobretudo em hotéis de
categoria superior.
As Cervejarias: implantadas nos grandes centros urbanos, especialmente nas ruas mais
movimentadas, este tipo de estabelecimento está aberto desde as primeiras horas da
manhã até bastante tarde. Embora a sua especialidade sejam as cervejas, verifica-se um
contraste de serviços ao longo do dia: de manhã servem-se os pequenos-almoços, ao
meio-dia as refeições rápidas e no final o café, à tarde, o lanche, sempre acompanhado
de chá ou outras infusões, à noite, a cerveja e as bebidas mais frescas predominam.
Na Primavera, é habitual a montagem de grandes esplanadas, que funcionam durante
todo o tempo em que o estabelecimento está aberto.
Neste tipo de estabelecimento, os empregados geralmente não têm diploma profissional,
apenas contam a sua simpatia e destreza.
Os Cafés: implantados nas aldeias, vilas e cidades, em bairros residenciais, são o ponto
de encontro de amigos que procuram um pouco de distracção e repouso, especialmente
após as refeições, para beber um café e um digestivo, ou uma cerveja.
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2. Equipamento e material de Bar
Para que um bar possa prestar um serviço de qualidade aos seus clientes necessita de
possuir material e equipamento específico e adequado.
Atrás do balcão, para além do espaço reservado para os barmen trabalharem livremente,
podem existir prateleiras com disposições apropriadas onde se expõem as bebidas a ser
servidas e um móvel aparador, constituído por gavetas e prateleiras, onde são
acondicionados os stocks de bebidas e os utensílios do bar.
O recinto do bar deve estar mobilado com mesas, cadeiras e eventualmente, alguns
bancos altos junto ao balcão, sofás e poltronas, para que os clientes se possam acomodar
confortavelmente.
Numa zona adjacente, deve estar situada uma copa de apoio, com serventia a partir do
interior do balcão, equipada com lava copos, uma mesa, um armário, prateleiras, fogão,
torradeira, máquina de café e moinho, etc.
Não se tratando de um bar de hotel, deve ainda conter uma zona de lavabos, bengaleiro,
despensa, escritório, sanitários e vestiário para o pessoal.
Balcão
Aparador e Prateleiras
Mesa de Serviço
Armário e Prateleiras
Mesas
Cadeiras ou Sofás e Poltronas
Bancos estofados
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Listagem de Maquinaria
Lava copos
Lavado no balcão
Máquina de café e moinho
Frigoríficos
Máquina de gelo
Máquina de flocos de gelo, neve ou moído
Máquina de citrinos
Máquina de batidos
Máquina registradora
Máquina de finos
Torradeira
Fogão
Listagem de Utensílios
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Bandejas para bebidas
Bandejas para trocos
Baldes pequenos para gelo
Baldes grandes para gelo
Bules diversos
Leiteiras diversas
Medidas para bebidas
Espátula de absinto
Funil pequeno
Lamparina a álcool
Paliteiros
Passador de misturas
Passador de sumos
Passador de leite
Colher de bar com pilão
Shakers de tamanhos e modelos diferentes
Pianhas (porta baldes)
Porta-palhas
Pinças de gelo
Saleiros
Pimenteiros
Tábua para corte de frutas
Faca para corte de frutas
Conjuntos de chávenas e pores a café e a chá
Colheres a chá e a café
Colheres de refresco
Cinzeiros
Recipientes para aperitivos
Pico para gelo
Saca-rolhas diversos
Abre-latas
Tira cápsulas
Tenaz para quebrar gargalo de garrafas
Candelabro com vela
Guardanapos de chá
Panos para aparadores
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3. Ingredientes
Para além do mobiliário e dos utensílios, os bares não funcionariam sem a sua matéria-
prima fundamental, as bebidas, alcoólicas e não alcoólicas e todos os outros
ingredientes que de uma maneira geral acompanham as bebidas, ou entram na
composição das bebidas compostas.
Assim, passamos a descrever todos os ingredientes indispensáveis ao bom
funcionamento de um bar.
Águas minerais
Frias Sodas
Sumos de frutas e xaropes
Café
Quentes Chá, infusões
Chocolate, leite
A ampla variedade de marcas comerciais impedem ter um stock de todas elas, mas é
habitual contar com várias marcas de cada tipo de bebidas.
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Outros produtos
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Bebidas Alcoólicas
Vermouths
A base de vinhos Quinados
Os Aperitivos
Bitters
A base de álcool Anises
Gencianas
Frequentemente consumidos como
Os Vinhos aperitivos
Vinhos
Champagnes
À base de vinho
Aguardentes escuros À base de grãos
À base de uva, cidra
À base de grãos
Os Digestivos Aguardentes brancos À base de raízes
À base frutas
À base raízes
Cremes e Licores A base de cascas e folhas
À base de frutas, flores e vaias
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Tabela de bebidas clássicas
Anis
Ricard Deita-se a bebida, depois a água e logo gelo. 2,5 a 3 cl.
Pernord
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IV. MISE-EN-PLACE DO BAR
Na abertura do Bar
Sempre que se inicia o serviço de bar é conveniente realizar alguns procedimentos para
que no decorrer do serviço não surjam surpresas. Assim recomenda-se que:
Aquando da abertura do bar, consultar o livro de ocorrências (caso exista). O barman
que fechou o serviço poderá ter anotado alguma mensagem sobre eventuais problemas
que tenham ocorrido e necessitem de ser resolvidos ou que tenham já sido resolvidos.
Efectuar a manutenção e a arrumação da sala, sem esquecer as plantas, os cinzeiros, a
carta do dia, os jornais, as revistas, etc.
Depois do inventário, arrumar as garrafas vazias e, munido dos talões de saída, refazer o
stock do bar.
Nalguns bares, e por razões de segurança, todas as garrafas são fechadas com chave.
Depois de limpas devem ser arrumadas de acordo com uma determinada ordem.
Todos os copos serão enxugados com um pano próprio e arrumados.
Todos os diversos ingredientes deverão ser completados.
De acordo com a importância de venda, os sumos de fruta poderão ser espremidos, mas
deverão ser conservados no frio e consumidos nesse dia.
Realizar a mise-en-place para os cocktails, preparando as decorações que devem ser
cobertas com película aderente e colocados no frio.
Preparar as torradeiras.
Verificar o fundo de caixa e se a caixa registadora está a zero.
No fecho do bar
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A baixela sai praticamente esterilizada da máquina de lavar a louça, sendo necessário
tomar algumas precauções para não a contaminar como: não meter os dedos dentro dos
copos, chávenas ou dos pratos, pegar os talheres pelo cabo, etc.
As chávenas rachadas deixam escapar um material poroso que é um bom refúgio de
micróbios, como tal, devem ser deitadas fora.
Caso as cadeiras sejam colocadas em cima das mesas para a limpeza do chão, é
necessário, de seguida, desinfectar convenientemente as mesas e enxaguá-las.
Os panos de limpeza devem ser lavados regularmente e desinfectados. Apenas devem
voltar a ser utilizados quando estiverem bem secos. As esponjas de limpeza não são
aconselhadas pois são difíceis de lavar e de desinfectar. Os panos devem ser
desinfectados no final de cada serviço.
Os sanitários devem ser alvo de uma atenção especial. É necessário lavá-los e
desinfectá-los regularmente, sem esquecer os puxadores das portas e os botões dos
autoclismos, pois são portadores de germes.
Para branquear as chávenas e os pires de café e chá, junta-se uma colher de café de
lixívia por cada litro de água e mergulham-se as louças durante dez minutos. Se as peças
forem de alumínio, devem estar dentro de água apenas 5 minutos para não oxidarem.
O trabalho do Barman é facilitado por uma mise-en-place bem organizada. Uma vez
decidida, esta mise-en-place deve ser permanente, pois permite pegar numa garrafa,
num copo, sem perder tempo a procurar, sobretudo nas horas de maior movimento no
bar.
De seguida, apresenta-se um exemplo de arrumação das prateleiras com as bebidas,
ordenadas por categorias.
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Sumos de frutas
As cervejas
Os vinhos brancos e os champanhes
As aguardentes de frutas
Os BRSA
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O economato
A cave do dia
A copa
O armazém de mobília e equipamentos
A secção de rouparia, lavandaria e engomadoria
A secção de limpezas
Economato
Cave do dia
A cave do dia deve estar situada perto da sala de restaurante, para facilitar o acesso dos
empregados que necessitem de recorrer aos seus serviços.
Copa
É o local onde são lavados e arrumados todos os materiais como copos, talheres, pratos,
etc. utilizados no serviço de restaurante ou bar.
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Esta secção deverá estar situada entre a cozinha e a sala do restaurante, sem contudo
impedir ou atrapalhar o trabalho dos empregados de mesa.
Este armazém deve estar situado sempre no mesmo piso da cozinha e próximo desta.
Esta secção apoia a abastece o restaurante no que diz respeito às diferentes necessidades
de diversos tipos de roupa como toalhas, guardanapos, naperons, etc.
Secção de limpezas
É o local onde estão arrumados todos os materiais destinados à limpeza e arrumação dos
diferentes sectores do restaurante e do bar.
V. AS BEBIDAS FRIAS
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Água e águas minerais
A necessidade de água por parte do organismo humano é vital. O corpo humano elimina
todos os dias cerca de dois a três litros de água, que compensa através da ingestão de
alimentos e líquidos, em especial a água.
A água é um químico composto por dois átomos de hidrogénio e um átomo de oxigénio
ou, em volume, duas partes de hidrogénio para uma parte de oxigénio.
Á temperatura normal, a água é um líquido incolor, inodoro e insípido. Tem o seu ponto
de solidificação a 0º e o de ebulição a 100º (à pressão barométrica normal). Quando
transformada em gelo, a água expande-se com grande energia.
A água pode ser purificada através de vários processos, sendo o mais importante a
destilação, embora também se utilize a purificação através da adição de cloro e de
ozono. As águas naturais provenientes de poços, nascentes ou cursos de água, contêm,
entre outras substâncias dissolvidas, sais de cálcio e magnésio. As águas que contêm
maiores quantidades de cálcio e magnésio designam-se águas duras, que devem ser
submetidas a tratamento com carbonato de sódio e soda, entre outros químicos, para
melhorar o seu sabor. A água do mar, não potável, contém em média 3,5% de matérias
minerais, das quais a mais abundante é o cloreto de sódio.
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As águas minerais naturais são águas extremamente ricas, possuindo um conjunto de
propriedades benéficas para a saúde. Estas águas distinguem-se das demais pela sua
natureza (contêm sais minerais e oligoelementos), por certos efeitos e pela sua pureza.
As suas características estão conservadas dado ter origem no subsolo, afastada do risco
de poluição. A água mineral deve ter origem num lençol de água ou numa jazida
subterrânea, explorada a partir de uma fonte natural ou de um furo hertziano.
Uma água mineral natural, tal como se apresenta na sua fonte, não pode ser alvo de
qualquer tratamento ou junção de elementos excepto:
- A separação de elementos instáveis.
- A eliminação total ou parcial do gás carbónico.
- A incorporação ou reincorporação de gás carbónico.
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à do ambiente, conservando esta temperatura praticamente constante, seja qual for a
época do ano, chama-se termal. Alguns autores consideram a temperatura de 25º como
limite inferior da termalidade. Há águas que nascem a temperaturas muito altas. Em
Portugal, por exemplo, as águas de Arego surgem a temperaturas à volta dos 60º; as de
S. Pedro do Sul nascem a 68º e as Caldas de Chaves a 73º. Na Ilha de S. Miguel
(Açores), na região das Furnas, há água que brota a 99º. Sabe-se que a temperatura de
uma água é tanto mais alta quanto mais profunda é a sua origem.
Águas sulfúreas
Águas Carbonatadas
A) Gasocarbónicas
1- Bicarbonatadas sódicas
1.1- Frias: Vidago, Salus, Pedras Salgadas, Campilho, Bensaúde.
1.2- Quentes: Chaves
2- Bicarbonatadas mistas: Melgaço
3- Hipossalinas: Lombadas, Helena, Serra do Trigo (todas nos Açores).
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B) Não Gasocarbónicas
1- Sódicas: Gerês, Carvalhelhos, Monção.
2- Cáleicas: Moura, Vimeiro, Atalata (Tavira).
Águas Cloretadas
A) Mesossalinas
1- Simplesmente cloretadas: Cucos, Piedade, Estoril, Amieira, Bicanho, Azenha.
2- Cloretadas – Nitratadas: Castelo de Vide, Santa Marta (Ericeira).
B) Hipersalinas: Termas Salgadas da Batalha.
Sulfatadas
As Sodas
Os Sumos de Frutas
Os sumos de frutas são bebidas obtidas por processos mecânicos, fermentiscíveis, mas
não fermentados que possuem a cor, o aroma e o gosto característico dos sumos das
frutas de que provêm.
Exceptuando os citrinos, o sumo é obtido a partir do fruto inteiro, de acordo com boas
práticas de fabrico que reduzem ao mínimo a presença no sumo de partes exteriores do
fruto.
Os sumos de frutas podem também ser concentrados. Estes sumos são obtidos através
da eliminação física de uma determinada parte da água que os compõe. Sempre que o
sumo concentrado se destine ao consumo directo, a concentração de água deve ser
menor que 50%
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Os néctares de frutos são produtos não fermentados mas fermentiscíveis, obtidos pela
adição de água e açucares ao sumo de frutas concentrado, à polpa dos frutos
concentrados ou a uma mistura destes produtos.
Os sumos de frutas desidratados são o produto ao qual foi retirada a quase totalidade da
água através de eliminação física.
Para terminar a descrição dos sumos de frutas, temos ainda os xaropes. Os xaropes são o
resultado mais ou menos concentrado da dissolução de açúcar em água pura, em sumo
de fruta ou em água aromatizada, quer por maceração quer por decoração, quer ainda
pela adição de alcoóis ou essências. Esta definição permite dividir os xaropes em dois
grupos:
- Os xaropes simples perfumados e aromatizados.
- Os xaropes de sumos de frutas.
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VI. AS BEBIDAS QUENTES
Introdução
Em geral, recebe o nome de serviço de café e chá aquele serviço que consiste em
oferecer aos clientes depois da sobremesa uma bebida quente realizada com café ou
infusão.
Foi a partir da Turquia, onde o café teve um maior sucesso, que se estendeu ao resto da
Europa.
As chávenas de café podem chegar à mesa com o café no seu interior, apresentadas
numa travessa. Este método, utiliza-se com objecto de fazer um serviço mais rápido.
Outro método, utilizado sobretudo nos restaurantes de categoria, consiste em dispor as
chávenas de café e colheres na mesa e servir o café a cada um dos comensais. Neste
caso, o serviço realiza-se pela esquerda e serve-se o café pela direita.
Os chás ou infusões mais frequentes, servidos num restaurante são o Chá, Camomila,
Tília e Menta. Para o seu serviço, dispõe-se na mesa as chávenas e as colheres pela
esquerda, e pela direita serve-se a infusão ao cliente.
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O café
O clima dos países produtores de café é húmido, o café uma vez recolhido sofre um
processo chamado de “torrefacção” que consiste em torrar os grãos de café a uma
temperatura de 250º.
Existe uma modalidade de café, hoje muito utilizada, que é o chamado descafeinado,
depois de um processo muito complexo produz-se a extracção da cafeína.
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É uma planta procedente da China meridional cultivada em todo o sudeste da Ásia. São
as folhas da planta as que, uma vez torrefactas, ou depois de um processo de
fermentação, produzem a infusão que nós conhecemos como chá.
O chá é uma bebida universal, sendo mais consumido do que a água, tendo um consumo
mundial de 400 gramas de chá por habitante.
Existem três grandes países produtores de chá, a China, a Índia e o Sri-Lanka (antigo
Ceilão), embora o Japão e a Indonésia também possuam grandes plantações de chá.
Pensa-se que o chá foi descoberto acidentalmente em 2737 A. C. pelo imperador chinês
Shen-Nung uma vez que este fervia sempre a sua água e ia bebê-la para debaixo de uma
planta do chá selvagem, até que um dia caíram algumas folhas da planta dentro da
chávena, nascendo assim o chá.
Em Mandarim, a palavra “Tcha”, chá, existe já desde o séc. IV e é desde então uma
bebida muito popular na China. No Japão, o chá foi introduzido em meados do séc. IX e
através da rota das caravanas, o chá implantou-se na Mongólia, no Irão e na Rússia.
Em 1610, o chá chega à Europa, aos portos holandeses com as primeiras entregas da
Companhia das Índias Orientais. Vinte e cinco anos mais tarde o chá chega à França
sendo bebidas as primeiras chávenas de chá na Inglaterra em 1650.
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Até ao séc. XIX a China era a única produtora e fornecedora de chá do mundo. Em
1834, os ingleses introduziram o cultivo da planta do chá na Índia. A pouco e pouco, o
chá produzido na Índia, entra em concorrência com o chá chinês, e em 1870 aparecem
as primeiras plantações de chá no Ceilão.
A planta do chá necessita de clima húmido e quente, onde as chuvas não sejam
demasiado abundantes, mas regulares, ao longo do ano. Podem ser cultivadas a 3 500
metros de altitude, sendo a altitude ideal de 2 000 metros.
A colheita, de acordo com o país e com a altitude, é feita uma vez por ano. A colheita
será tanto mais fina quanto as folhas apanhadas estejam mais próximas do botão da flor.
Este rebento está guarnecido de uma penugem a que se chama de “Pekoë”, termo
derivado da palavra chinesa “Pak-ho” que significa penugem.
Para o fabrico de um chá preto ou fermentado as folhas após a colheita devem ser
submetidas ao seguinte processo:
- Murchar: numa atmosfera ventilada, com uma temperatura entre os 20 e 24ºC, as
folhas desidratam, perdendo 50% da sua água e tornam-se mais macias.
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- Enrolar (roulage): para facilitar a fermentação posterior, as células são destruídas, com
o enrolar das folhas (seja em longo, seja sobre si próprias).
- Fermentar: processo que dura de uma a três horas, as folhas são colocadas em camadas
finas de 10 cm no máximo e assim permanecem num ambiente bastante húmido (90%
de humidade), a 20 – 22ºC de temperatura, para desenvolver o seu perfume e a sua cor.
Dessecar: durante 15 minutos, a cerca de 90ºC, as folhas são submetidas a uma secagem
que faz parar a fermentação.
Triagem: permite separar o chá de folhas inteiras com pekoë para um lado e o chá de
folhas partidas (as Broken) para outro lado.
O chá verde
Por motivos de gosto ou religiosos, o chá verde não é fermentado. As folhas são tratadas
através de um aquecimento rápido a 100ºC, depois são enroladas, secadas e tríadas. Este
tipo de chá é, geralmente, proveniente da China e do Japão e é excelente acompanhado
de menta fresca e aromatizado com jasmim. É o melhor chá para acompanhar a cozinha
chinesa.
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. O chá de folhas partidas para fabrico de infusões menos condimentadas:
- O Broken Orange Pekoë (BOP).
- O Broken Pekoe (BP).
- O Broken Pekoe Souchong (BPS).
- O Broken Tea.
. O chá semi-fermentado:
- O Oolong: cultivado na China e na Formosa, muito apreciado pelos
americanos. É um chá fino e ligeiro, apropriado para se beber á noite pois contém pouca
cafeína.
. Os chás perfumados, com um travo clássico: são chás aromatizados com bergamota
(Earl Grey), rosa, lótus, jasmim, etc; ou com um outro sabor: chás aromatizados com
limão, manga, menta, laranja, tangerina, baunilha, caramelo, gengibre, etc.
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- Nuwara Eliya: chá delicado, célebre pela sua limpidez, pela sua cor brilhante e
pelo seu sabor pronunciado.
- Uva: chá de sabor muito fino.
- Kandy: chá produzido em altitude, muito apreciado pelos amadores.
Na venda do chá deve estar indicada sobre o pacote ou sobre o embrulho, o nome do
pais de origem, mesmo que tenha sido submetido a uma mistura de vários lotes ou
jardins da mesma origem. Caso se trate de uma mistura de diferentes origens, dá-se um
nome imaginário tipo: Darcytea, English Breakfast, Kamandah, etc.
Usualmente, para o chá embalado a granel, indica-se o nome do jardim, tal como se faz
para um vinho de qualidade, pois para os conhecedores, estes jardins são ponto de
referência. É necessário, porém, ter em conta que nem todos os anos as colheitas de
determinado jardim são sempre boas.
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Preparação
Apesar de ser um estimulante do sistema nervoso, o chá tem menos cafeína que o café.
Os verdadeiros amantes do chá, apenas utilizam o chá embalado a granel, ou embalado
em sacos de pano, que contêm as folhas inteiras.
Na restauração, utiliza-se mais os saquinhos de papel, deixando ao gosto do cliente a
quantidade de saquinhos a utilizar.
O chá pode ser acompanhado de uma rodela de limão (ou uma rodela de laranja, à
Ceilão), ou por um pouco de leite frio.
As Infusões
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- A Camomila tem efeitos aperitivos e digestivos.
- A Laranjeira é calmante.
O Chocolate
De acordo com a lenda, foi um poderoso rei Azteca de nome Quetzatlcoatl, grande
jardineiro do paraíso, que roubou aos deuses algumas plantas do cacaueiro para oferecer
ao seu povo. Os Aztecas aprenderam a cultivá-lo e deram o nome de “Cacahuatl” ao
fruto dessa árvore e “Tchoco-Atl” à bebida tónica e afrodisíaca feita a partir desse fruto.
O fruto era torrado e depois os seus grãos eram moídos sobre pedras quentes,
adicionando ao pó obtido, mel, pimenta, baunilha, almíscar e âmbar cinzento.
43
No séc. XIX, a América Latina, até então o único produtor de cacau do mundo, ganhou
um forte concorrente, a África, onde recentemente tinha sido introduzida a cultura do
cacau. Este século foi também próspero em inovações tecnológicas e no aparecimento
dos grandes nomes de produtores de chocolate como: Van Houten, Lindt, Peter e Nestlé,
Meunier, Sechaud, entre outros.
Hoje em dia, graças à evolução das técnicas, à diversificação dos produtos e à descida
dos preços de revenda, o chocolate e seus derivados tornaram-se um produto de grande
consumo.
Cultura
O cacaueiro é uma árvore das família das “Sterculiacées”, cujo nome latino é
“Théobroma Cacao”, que quer dizer “alimento dos deuses”. A sua área de plantação
está delimitada ao equador, nas zonas tropicais, essencialmente na América e na África.
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O cacaueiro pode medir até oito metros de altura e as suas flores brotam directamente
dos ramos e do tronco. Todavia, apenas uma flor em cem dará um fruto de cerca de 300
a 500 gramas chamado de “ cabosse”. Cada cabosse contém 25 a 70 grãos embebidos
numa polpa agridoce esbranquiçada.
Elaboração do chocolate
A colheita
As cabosses maduras são retiradas do cacaueiro. Depois são ecabossés e partidas para
extrair os grãos que se submetem a uma primeira fermentação não mais de 24 horas
depois da ecabossage e que dura dois a oito dias segundo a variedade. Esta fermentação
faz-se em cabazes, em montes ou em caixas e, no decurso desta operação, os grãos são
limpos periodicamente. Esta etapa tem como objectivo formar os percursores do aroma
do chocolate que se desenvolverá no momento da torrefacção.
Uma secagem de oito a quinze dias ao sol permite baixar o teor de água dos grãos e
evitar os bolores. Depois de colocados em sacos, os grãos são expedidos para o país
produtor de chocolate que assegurarão a sua posterior fabricação.
A torrefacção
Esta etapa tem um papel muito importante na qualidade final do produto uma vez que é
ele que faz desenvolver o aroma do chocolate. Habitualmente é feita em torrefacções
contínuas. A torrefacção deve ter em conta a variedade a tratar, o grau de fermentação e
de dessecação do grão, assim como o seu tamanho. O tipo de cacau ou chocolate a obter
tem igualmente muita importância. A operação dura entre quinze a trinta minutos a uma
temperatura compreendida entre os 100 e os 150ºC.
A trituração e moagem
Estes processos têm como finalidade fazer rebentar os grãos, o que permite separar as
cascas e os germes dos caroços. De seguida chega ao estado em que o chocolateiro
combina as suas misturas. Os caroços são imediatamente moídos em moinhos de mós
planas. Debaixo da influência do calor e da moagem, os caroços transformam-se numa
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pasta grossa denominada massa de cacau, composta essencialmente de manteiga de
cacau.
É a partir desta massa que o industrial pode extrair a manteiga de cacau e a parte
restante, o miolo do cacau, que pulverizado dará o cacau pó, base do chocolate em pó.
Por fim, o chocolate é vazado para os moldes e após um abanão para o repartir pelos
moldes e para fazer desaparecer as bolhas, é arrefecido num túnel frigorífico,
desenformado e embalado.
As melhores origens
O tipo de grãos não é suficiente para assegurar o fabrico de um bom chocolate. É ainda
necessário que estes grãos provenham das melhores castas, tal como para o vinho:
existem castas de cacaueiros como existem castas de vinho, de acordo com as regiões de
cultura.
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Preparação de bebidas à base de chocolate
Leite com chocolate: misturar o cacau em pó com açúcar e adicionar leite quente.
Creme de chocolate: partir 250 gramas de chocolate num litro de leite quente, misturar
com a ajuda de uma batedeira manual para tornar o chocolate macio. Podemos
adicionar-lhe natas líquidas, baunilha, canela, etc.
Chocolate viennois: prepara um creme de chocolate, vertê-lo para taças e cobrir com
chantilly.
Chocolate frio: misturar muito bem, num shaker ou na misturadora, leite pasteurizado,
chocolate em pó e açúcar pilé. Servir num copo de leite com uma palhinha.
As Infusões
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Diversas chaleiras
Tipos de café e a sua apresentação
Denominação Preparação
Só Água quente e chá.
Com Leite Água quente, chá e um pouco de leite à parte.
Com Limão Água quente, chá e uma rodela de limão.
À Americana Leite quente e chá.
Ice-Tea Chá frio ao qual se lhe adiciona gelo picado, açúcar e limão.
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49
VII. A CERVEJA
Estudaremos agora as principais noções acerca da cerveja, por tratar-se de uma bebida
de baixo conteúdo em álcool, que tem uma presença muito importante no serviço de
bebidas.
Esta bebida, tem na actualidade, uma implantação mundial. Bebe-se a quase todas as
horas do dia, e o seu consumo é também muito corrente durante o almoço o jantar.
Há quem date a sua origem no tempo dos faraós, no antigo Egipto. Na Idade Média, esta
bebida produzia-se nas casas, seguindo ritos ancestrais. No século XVII, a sua
elaboração sofreu uma importante mudança quando o rei Luís XIV vendeu o monopólio
da fabricação da cerveja. Na época Moderna, começa a sua fabricação industrial e
beneficia-se dos trabalhos de Pasteur acerca da fermentação das leveduras da cerveja.
Os elementos que intervém na fabricação da cerveja são: água, malte loura, malte
ambarada, grãos crus: milho, levedura, lúpulo, etc., os quais sofrem um processo de
fermentação ou maturação.
A Água
Em estado puro, a água adiciona à fermentação os sais que intervêm nas reacções
enzimáticas do processo de inchamento e nas modificações do pH do mosto e da
cerveja.
O Malte
Os Grãos Crus
O malte possui imensas proteínas que aportam uma estabilidade precária à cerveja. Os
cervejeiros utilizam por isso cereais crus. Certos grãos crus são pobres em proteínas e
melhoram desta feita a estabilidade coloidal da cerveja.
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O Lúpulo
Apenas as flores fêmeas do lúpulo são utilizadas para aromatizar o mosto: 100 a 200 g
de flores por hectolitro de cerveja. Colhidos no início de Setembro, os cones (que
segregam resinas amargas e óleos aromáticos) são secos, seleccionados, comprimidos
em pacotes cilíndricos e conservados pelo frio. Por vezes pulverizados e filtrados, são
acondicionados em caixas metálicas estanques, sub uma atmosfera de azoto para evitar
a oxidação das resinas. Os cervejeiros recorrem também aos extractos de lúpulo.
A Maltagem
A Fermentação
A fermentação constitui a fase quente da fabricação da cerveja. Esta fase dura cerca de
10 a 12 horas.
1. A moagem: graças aos moinhos, o malte é reduzido ao estado de mouture (cascas,
sêmolas e farinha) e enviado na cuba material ou misturado com água, o cervejeiro
procede à empâtage.
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2- Extracção da mouture: (a cuba de matéria para o malte e a cuba temperada para os
grãos crus) A mistura é transvazada em cubas materiais onde, graças a suportes de
temperatura da fermentação permanentes e sob o efeito das enzimas, o amido se
transforma em açúcar. A densidade é rigorosamente controlada (esta determinará uma
percentagem alcoólica mais ou menos importante). Esta densidade primitiva é medida
em graus Plato (número de gramas de extracto em 100 gramas de solução medida a
20ºC) ou em graus Balling (mesma medida a 17,5ºC).
3- Filtragem do mosto (na cuba de filtradora): O primeiro caldo. Transvazado na cuba
filtradora, vais ser desprovido das partes insolúveis do malte (cascas, principalmente).
Sobra um sumo açucarado chamado “mosto”.
4. Cozedura do mosto: (caldeira do lúpulo) O mosto é submetido a uma ebulição viva
durante cerca de uma hora e meia. Adiciona-se-lhe granulado de lúpulo que lhe
conferirá o sabor amargo e o aroma (cerca de 150 gramas por hectolitro).
5. Clarificação (o whirlpool): Para retirar ao mosto os precipitados proteicos
(provocados pelo calor) e os resíduos de lúpulo, ele é aspirado numa tina de redemoinho
(força centrípeta). Por fim, o mosto é arrefecido por um acumulador de placas a 10ºC
antes de passar para a fermentação; agora o mosto é um líquido límpido, suave, amargo
e estéril.
A fermentação/maturação
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3. A floculation (hibernação das leveduras): Uma descida da temperatura por volta dos
5ºC vai permitir parar a actividade da levedura (posta em hibernação) por floculation.
Ela pode assim, ser recuperada pela gravidade (fermentação baixa), a levedura deposita-
se no fundo do tanque. A partir deste momento, e até à mesa do consumidor, a cerveja
não entrará mais em contacto com o ar (barreira de CO2).
5. A filtração (limpidez e brilho): esta filtração faz-se algumas horas antes da trasfega
com a ajuda de filtros de placas. Para evitar o bouchage muito rápido destas placas
(folhas de cartão) e afim de optimizar a filtração, o cervejeiro utiliza o kiselghur (barro
lacustre moído e passado no forno) que vem guarnecer as ditas placas. A cerveja torna-
se límpida e brilhante. Esta é armazenada a montante da trasfega nos T.C.F. (tanques de
cerveja filtrada). É aí que terá lugar o último controlo de qualidade:
- O teor de CO2
- O brilho
- O oxigénio dissolvido
- O teor em álcool (densidade)
- O paladar (um produto não em conformidade não será trasfegado).
É a operação que consiste meter a cerveja em pipos, latas ou garrafas, com depósito ou
de tara perdida.
1. Antes da trasfega (lavar e controlar). Recepção das garrafas vazias provenientes das
vidreiras (vidro perdido) ou do circuito de distribuição (vidro com depósito).
Dépalettisation. Décaissage das garrafas com tara. As garrafas (e os pipos) são
submetidas a uma lavagem interna e externa. As suas propriedades são controladas com
tecnologia laser.
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pressão) vai fazer borbulhar o produto afim de retirar o ar residual do gargalo da garrafa
antes de fechar com a cápsula.
5. A embalagem. As garrafas com tara são colocadas nas grades, lavadas previamente.
As latas e as garrafas sem tara são reagrupadas em packs, que por sua vez são
reagrupados em fardos ou em caixotes de cartão. Por fim, tudo é palletisé antes de partir
no stock de produtos finais.
A cerveja sem álcool constitui uma alternativa interessante para aqueles consumidores
que desejam diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, beneficiando na mesma das
qualidades nutricionais e de sabor da cerveja tradicional.
Para a fabricação da cerveja sem álcool são utilizados dois métodos. A maioria das
cervejeiras utiliza o método de paragem da fermentação. Após um determinado tempo, a
cerveja – que resulta legalmente da fermentação alcoólica dum mosto, preparado a
partir de malte, grãos de malte, água e lúpulo – é submetida a um arrefecimento a baixa
temperatura que faz parar a actividade das leveduras. De seguida, a cerveja é
pasteurizada.
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O segundo método é denominado de “osmose inversa”. A cerveja é passada por um
filtro com uma membrana muito fina que retém a maior parte do álcool.
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Tabela de quantidades
Recipiente Quantidade
Bock 12,5 cl.
Caneca 25 cl.
Distinguida 50 cl.
Perfeita 1 l.
Séria 2 l.
Formidável 3 l.
Pinta 1/8 de galão
Kronenbourg (França)
4,7% de álcool de cor amarelo brilhante, espuma branca e abundante, elaborada com
uma grande variedade de cereais. Há dois tipos, loura e castanha.
Carslberg (Dinamarca)
5,5% de álcool, de cor amarelo palha, com espuma abundante, elaborada com cevada de
malte, frutada. Loura.
Guinness
5% de álcool, fermentação alta, realizada à base de cevada de malte, de cor quase preto,
com espuma preta, cremosa e compacta. De sabor amargo e forte.
Panaché
Modo de elaboração
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Mónaco
Modo de elaboração
Tango
Modo de elaboração
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Como tirar correctamente a cerveja
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Nos bares, cafetarias e restaurantes portugueses podem-se encontrar cervejas de
produção própria de óptima qualidade. Com um sabor ligeiro, de pequena graduação
alcoólica e de cor loura. As marcas mais conhecidas são: Super-Bock, Sagres e Cristal.
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VIII. APERITIVOS À BASE DE VINHO
Quinquina
A quinquina, de nome científico “cinchona” pertence à família das rubiáceas tal como o
cafezeiro, sendo um arbusto originário da América do Sul (Peru, Bolívia, Equador).
A quinquina era utilizada principalmente pelas suas propriedades medicinais, até que
em 1820 dois químicos franceses, Pelletier e Caventon, isolaram a quinina contida na
crosta desta planta, produzindo com ela um remédio contra a malária.
- Byrrh 17º: marca criada e comercializada por Violet que a nomeou desta forma,
juntando as iniciais dos nomes dos seus filhos. O Byrrh elabora-se em Thuir com vinhos
de Roussillon e aromatizado com casca de quinquina, de colombo e de curaçao. Esta
bebida é envelhecida em cascos durante três anos em caves centenárias. Degusta-se à
temperatura ambiente ou ligeiramente fresca.
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muito particular e degusta-se tal como o Byrrh. O Dubbonnet louro é ligeiramente doce,
e o Dubbonnet dry é uma excelente base para cocktails.
Saint-Raphael 16º: este aperitivo surgiu por volta de 1830 quando um farmacêutico de
Lyon, Adhemar Juppet procurava a fórmula dum vinho tónico à base de quinquina.
Cansado e preste a perder a visão, recordou-se do episódio bíblico onde o Arcanjo
Rafael cura Tobias da cegueira. Fez então o voto de denominar o seu elixir com o nome
“São Rafael”, caso conseguisse prosseguir com as suas pesquisas. O seu pedido foi
atendido. O Saint-Raphael é uma mistela envelhecida em cascos durante dois anos,
sendo-lhe adicionado depois vinho branco ou tinto, fazendo elevar o teor alcoólico. Esta
mistura é, por fim, aromatizada com uma infusão de quinquina, cacau, laranjas, quasia,
Colombo, maceradas no álcool. Após um novo período de envelhecimento, é tratada
pelo frio, filtrada e engarrafada.
O Saint-Raphael tinto e o Saint Raphael branco ambarado devem ser degustados
frescos, ou com gelo. São também óptimas bases para cocktails.
Vermutes
Os vermutes têm uma origem muito antiga. Em 1570 Gioanventonio Soderini atribuiu
ao vermute uma origem alemã ou húngara, devido à palavra “Wermut”que é o nome do
absinto. No entanto, é no séc. XVII que no Piémont italiano se desenvolveu a indústria
dos vermutes.
Definição:
Os vermutes são aperitivos à base de vinho (A.B.V.), obtidos a partir de vinhos brancos
açucarados ou de mistelas de álcool neutro e aromatizados por uma infusão de
numerosas plantas aromáticas. O teor alcoólico oscila entre os 16º e os 18º.
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Bourret, Clairette, Picpoul. Os vermutes franceses são secos ou muito secos e possuem
uma cor dourada.
- Carpano: vermute elaborado em Turim e conhecido como o mais antigo dos vermutes
italianos. As marcas Punt e Mês, doce e amargo são dois vermutes produzidos pela
sociedade Carpano.
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Gers, macerado com plantas e ervas e depois adicionado a uma maceração de álcoois de
plantas. O vermute extra dry de Chambérry é comercializado pela sociedade “Gaudin e
Boissière”.
- Cinzano: vermute fabricado em Turim por Carlos Stephano Cinzano desde o final da
Segunda Guerra Mundial, apesar do nome Cinzano estar já associado à produção de
licores e aguardentes desde 1757.
- Gold Ambassadeur: elaborado em Thuir pela casa Cusenier, este vermute é o fruto da
vinificação das castas “Clairette e Maccabeo”, a que se adiciona mistelas e é
aromatizado com uma centena de substâncias vegetais destiladas ou maceradas em
álcool, e envelhecido em cascos. Seco e com um gosto ligeiramente amargo a laranja,
bebe-se com gelo ou com soda.
- Martini e Rossi: casa fundada em 1879, situada na região de Turim, provém da fusão
de sociedades de vermutes, licores e vinhos aromatizados. Possuem várias filiais
espalhadas por todo o mundo.
- Noilly – Prat: no ano de 1800 Joseph Noilly criou um novo aperitivo; em 1843
Claudius Prat assocou-se a Noilly para fabricar um vermute seco que hoje em dia é
bebido em todo o mundo. Este vermute é fabricado em Marseillan, perto de Site.
- Lillet: casa fundada em 1872. O Lillet é composto por uma mistura de vinhos de
Gironde (85%) e de licores, elaborados nas adegas de Podensac (pequena vila em
Graves) ao longo de todo o ano (15%).
O Lillet branco tem um cheiro florido, vestido de mel, aroma a laranja cristalizada,
resina, limão verde e menta fresca.
O Lillet tinto tem um perfume forte a frutos vermelhos, a baunilha e especiarias finas,
sustentadas por uma sólida estrutura em boca. Deve beber-se muito fresco.
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IX. OS APERITIVOS À BASE DE ÁLCOOL
Os Bitters
Em alemão e inglês, bitter significa amargo. Os bitters são, por conseguinte, bebidas
espirituosas aromatizadas com substâncias vegetais amargas, cascas e plantas. Os bitters
têm a sua origem na medicina tradicional dado serem os herdeiros directos das
preparações dos boticários, elixires e bálsamos de outrora. A gama dos bitters é muito
vasta, vais desde os bitters ligeiros, claros, sem álcool, até às misturas muito
aromatizadas de cor escura e xaroposos.
Os principais países produtores de bitters são a Espanha, a França e a Itália.
Categorias de Bitters
Degustação
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As principais marcas comerciais de bitters são:
Amer Picon 21º: marca comercial francesa, ligeiramente xaroposo, composto por vinho
e aguardente e da maceração de quinquina, genciana, cascas de laranja e outras plantas.
Tónico e refrescante, bebe-se ao natural sobre gelo ou acompanhado com soda. Pode ser
adocicado com um trago de xarope (granadina, limão ou groselha). Nalguns casos
podemos substituir a soda por cerveja.
Aperol 6º: marca italiana fabricada com base numa mistura de álcool puro, extractos
aromáticos e água destilada. Possui uma cor vermelha alaranjada e bebe-se ao natural
com gelo ou acompanhada de soda.
Campari 25º: bitter italiano criado por Gaspare Campari na cave do seu café em Milão
em 1860. Hoje em dia é fabricado em Sesto San Giovanni na região de Milão. Possui
várias filiais em todo o mundo.
Preparação da infusão
Em cubas de 10 000 litros, juntamos água destilada, uma maceração de ervas de 28º a
32º com um álcool neutro durante 14 dias. Obtém-se uma infusão à qual adicionamos
xarope de açúcar de cana, água destilada e rectificamos com álcool neutro para obter
25º. Colorimos com carrmin de cochenille (E 120). Para lhe acrescentar o gosto amargo
adicionamos essência de tangerina amarga da Sicília. Realiza-se uma filtragem com
albumina desidratada. Deixa-se repousar entre um mês e um mês e meio e realiza-se
uma filtragem dupla. Engarrafa-se e comercializa-se. O Campari tem um sabor agridoce
e uma cor brilhante, deve ser bebido muito fresco, ao natural ou acompanhado de sumo
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de toranja, sumo de laranja ou soda. O Campari faz também parte de grandes cocktails
como: Americano, Negroni, Garibaldi, Tampico, etc.
Cynar: esta bebida bebe-se ao natural sobre gelo ou completada com soda. É
uma marca comercial de um bitter italiano elaborado a partir de alcachofras e de plantas
aromáticas. Bebe-se tal como os outros bitters e pode ser guarnecido com uma rodela de
laranja.
Fernet Branca 40º: marca comercial dum licor amargo italiano, criado no final
do séc. XIX. Fabricado em Milão a partir de plantas, de raízes, ervas diversas e com um
gosto pouco lisonjeiro, excita o apetite e é recomendado para digestões difíceis.
Os Anisados
Os anisados são aperitivos à base de álcool feitos a partir de produtos naturais como: a
essência de anis, raízes de alcaçuz, angélica, coriandre, funcho e outras plantas. O seu
teor alcoólico varia entre os 40º e os 45º.
Desde sempre o anis foi considerada uma planta com propriedades medicinais. Países
como a Grécia, o Egipto, a China, o Japão, a Índia, depois a Itália e os países ocidentais
reconheceram os méritos do anis como planta medicinal. As bebidas feitas à base de
anis são consumidos sobretudo nos países mediterrâneos.
O Anis Verde
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O anis verde possui um agradável paladar doce e açucarado. É uma planta perfumada
usada quer no seu estado puro, quer em essência.
O Funcho
Também pertence à família das umbelíferas, tal como o anis verde. O Funcho é oriundo
das regiões mediterrâneas e da costa atlântica. Esta planta é diferente do funcho de
bolbo destinado à culinária.
Da família das magnoláceas, este arbusto é oriundo do Vietname. Produz como fruto, o
anis estrela do qual se extrai a essência de badiana. Esta essência é utilizada nas bebidas
espirituosas anisadas.
O anéthol é a parte sólida da essência de anis que cristaliza em lascas brilhantes logo
que entre em contacto com o frio.
O Alcaçuz
Para as bebidas anisadas, os ramos de alcaçuz devem ser muito bem triturados para que
se lhe extraia completamente o seu suco aromático. Este suco contribui para um sabor
mais ou menos pronunciado e para uma coloração amarela.
Modo de elaboração
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2. Os sucos de alcaçuz são extraídos por percolation.
3. Em cubas de preparação em inox, as essências, os sucos e as plantas são misturados
com álcool puro para ser submetido a uma tripla destilação e com água purificada para
que o produto atinja os 45º. Após adicionar açúcar e caramelo (150 g/l), a maceração
dura 24 a 72 horas.
4. Depois de ser cuidadosamente filtrado, o produto é analisado e controlado.
5. Mantido a uma temperatura de 18º a 20ºC, o produto é submetido a mais duas
filtrações antes de ser engarrafado.
As bebidas anisadas
De acordo com o seu teor em alcaçuz e a sua composição aromática, existem diferentes
marcas de anisados a 45º:
- Ricard
- Duval
- Pastis 51
- Alizé
- Berger
- Pecanis
- Casanis
- Pec
- Pastis Henri Bardouin, etc.
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- Anisette Pernod
Para apreciar todos os aromas da bebida, uma dose de anis correspondente a 2,5 ou 3 cl,
é completada em 5 vezes o seu volume com água fresca. Em tempo quente, pode ser
adicionada uma pedra de gelo assim que a mistura esteja terminada, para não cristalizar
o anéthol.
As Gencianas
As gencianas são aperitivos à base de álcool perfumados com genciana e com teor
alcoólico entre 16º e 18º.
A genciana pertence à família das gentianacées, possui flores amarelas e cresce nas
pradarias montanhosas da Europa, a 1200/1500 metros de altitude.
Elaboração
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X. VINHOS DE LICOR
1. O Vinho do Porto
Definição
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britânicas, com impostos preferenciais em relação aos que sobrecarregavam os vinhos
franceses e alemães, tornando-se assim o vinho do Porto uma bebida muito popular.
Em 1756, o Marquês de Pombal, então primeiro-ministro, institui a Companhia Geral de
Agricultura das Vinhas do Alto Douro. Esta demarcou a região de produção das vinhas
e vinho, fixando também a produção média, os diversos tipos de vinho e as suas
cotações. Estas foram as primeiras medidas de controlo implementadas em todo o
mundo.
Entre 1932 2 1933 o governo português deu um grande passo para organizar e controlar
a indústria do vinho do Porto, criando para esse efeito três organismos oficiais:
- A Casa do Douro ou Federação dos Lavradores que se ocupa dos aspectos agrícolas e
de produção.
- O Grémio dos Exportadores de Vinho do Porto que se ocupa da exportação deste
vinho.
- O Instituto do Vinho do Porto que fiscaliza os outros dois organismos e ao mesmo
tempo trata de assuntos de publicidade e fraude. É a única entidade que emite os
certificados de garantia.
1.2 Vinificação
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As vindimas começam na terceira semana de Setembro e prologam-se até meados de
Outubro. A quantidade da colheita que possui o direito de ser chamada “Porto” foi
fixada por decreto no mês de Agosto, bem como o preço mínimo e máximo das uvas.
A colheita é vinificada nas Quintas em cubas de inox (método Dusselier). Quanto mais
rápida for a vinificação, melhor será o Porto.
A fermentação é parada pela adição de aguardente vínica a 78º. Quando esta operação é
realizada cedo, o Porto torna-se doce. Quando esta operação é efectuada mais tarde, o
Porto torna-se seco. O vinho tem então um teor alcoólico que varia entre os 19º e os 20º.
De seguida é trasfegado, alojado em grandes tonéis de carvalho e aí se mantém durante
todo o Inverno exposto ao frio.
1.3 Envelhecimento
Estes Portos jovens são mantidos em pipas de 434 l durante um período de 2 anos no
mínimo. Após cada período de três meses é-lhe adicionado uma certa quantidade de
álcool da mesma idade do vinho para compensar a evaporação e manter o grau alcoólico
entre 20º e 21º. O vinho do Porto é a obra do Mestre da Cave. É ele que o vigia,
selecciona e mistura.
72
cuidadosas lotações, degenera se não for refrescado com vinhos mais novos que
permitam a sua existência indefinida.
Regulamentação
É engarrafado entre o dia 1 de Julho do segundo ano e o dia 30 de Junho do terceiro ano
a contar do ano da colheita, utilizando preferencialmente a garrafa de vidro escuro
clássica. Só há vintages tintos.
A comercialização é feita unicamente em garrafa e com selo de garantia, aprovado
previamente.
Para obter a designação de vintage deve ser entregue no I.V.P., entre o dia 1 de Janeiro
e o dia 30 de Setembro do segundo ano a contar do ano da colheita, uma garrafa de
vinho para apreciação.
O rótulo das garrafas deve indicar claramente a marca, o ano da colheita e a designação
vintage, para além de outras indicações complementares que merecem aprovação.
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2. Late Bottled Vintage ou L.B.V.
É o vinho do Porto de uma só colheita, produzido num ano de boa qualidade. Tem
também boas qualidades organolépticas, é um vinho tinto e encorpado, de aroma e
paladar finos, reconhecido pelo I.V.P. autorizado a usar a designação “Late Bottled
Vintage” ou “L.B.V.”. Este vinho é engarrafado entre o quarto e o sexto ano a contar do
ano da colheita.
O rótulo deverá mencionar o ano da colheita bem como o ano do engarrafamento.
5. Lágrima de Cristo
Este tipo de vinho do Porto caracteriza-se por ser extremamente doce. Este vinho
obtém-se pelo aproveitamento do primeiro sumo proveniente do esmagamento das uvas
que estão depositadas no fundo do lagar, antes que ele comece a fermentar, sem que
todas as uvas estejam no lagar. A este sumo aproveitado, dá-se o nome de lágrima.
74
O Vinho do Porto pode ser bebido em qualquer altura do dia, quer como digestivo, quer
como aperitivo, ou como acompanhante de sobremesas. O Porto branco deve servir-se
fresco e os restantes à temperatura ambiente.
2. O Vinho Madeira
A história da Madeira confunde-se com a história dos seus vinhos, especialmente com o
vinho da Madeira. A Ilha da Madeira, o Porto Santo e as Ilhas desertas são de origem
vulcânica e eram já conhecidas pelos fenícios e pelos gregos que lhes chamavam “Ilhas
Encantadas”.
No séc. XVIII o Vinho Madeira atingiu o seu apogeu, sendo exportado para Inglaterra e
para a América. Em cada pipa exportada, era adicionado um balde de aguardente para
que o vinho aguentasse toda a viagem.
Em 1852 as vinhas da Madeira foram atacadas pelo míldio e mais tarde, em 1873 pela
filoxera. No início do séc. XX foram replantadas com vinha americana, mas o resultado
final ficou aquém do Madeira de outrora. Foi necessário cortar estas vinhas e enxertá-las
com vinhas europeias. Votado ao esquecimento e ofuscado pelo sucesso de outros
vinhos como o Porto ou o Xerez, o Vinho Madeira tenta hoje em dia, levantar-se e
esquecer a sua desgraça.
A cultura da vinha é realizada nas encostas do lado sul da ilha nas zonas de
Campanário, Ponta do Pargo, Câmara de Lobos e Estreito. Esta região vitivinícola
abrange 1 850 hectares, na Madeira e 80 hectares no Porto Santo. Nas freguesias
vitícolas situadas na parte meridional da ilha cultivam-se as melhores castas europeias
para a produção do vinho generoso.
Porto Moniz e Seixal são duas freguesias situadas a norte da ilha, no meio de vinhedos,
o que faz com que sejam muito visitadas devido às suas belezas naturais.
75
2.2 Castas
Na produção do vinho Madeira entram 4 tipos diferentes de castas, cada uma originando
um tipo de vinho diferente:
1. Sercial (Cerceal): casta destinada à produção de vinhos madeira secos. Esta casta é,
por vezes, pálida ou dourada, com um aroma magnífico.
2. Verdelho: casta mais açucarada que a sercial. O madeira produzido com esta casta
deixa na boca um gosto seco e líquido.
3. Bual (Boal): casta que produz um madeira doce, muito encorpado, com um bouquet
característico. A cor deste vinho pode ir do castanho ao castanho muito escuro.
4. Malmsey (Malvazia): produz um Madeira muito doce, encorpado, muito perfumado e
muito cremoso. É castanho muito escuro (tipo caramelizado).
2.3 Vinificação
Outras vezes, o Madeira viajava na rota das índias, sujeito ao embalo dos barcos e às
mudanças climáticas tropicais, o que lhe permitia um bom amadurecimento. É deste
processo que sobressaiu a estufagem. Os tonéis são colocados na estufa, que não é mais
76
do que um grande celeiro progressivamente aquecido entre 40º e 46º. De seguida a
temperatura é descida para os valores normais. Esta operação dura cerca de 6 meses.
2.4 Degustação
O Madeira tem um teor alcoólico que varia entre os 16º e os 18º. Bebe-se como
aperitivo, durante as refeições, na sobremesa ou como digestivo.
Seco: ligeiramente fresco (8º-10ºC).
Doce: ligeiramente quente (15ºC).
3. O Xerez
A vila de Jerez de la Frontera foi, ao longo da sua existência, ocupada por vários povos.
Os primeiros a ocupá-la foram os Fenícios, seguiram-se os gregos e depois os romanos
que a nomearam de Ceret.
No ano 409 DC, os Suevos e os Vândalos fixaram-se nesta região, dando-lhe primeiro o
nome de Vandaluzia, e depois de Andaluzia.
77
Em 711 DC aquando das invasões muçulmanas, foi-lhe atribuído o nome de “Cherrish”,
transformado mais tarde pelos ingleses em “Sherry”.
Em 1264 os Cristãos retomam Jerez, que passa a ser, durante muito tempo uma fronteira
entre árabes e cristãos, daí o nome de Jerez de la Frontera. Durante este período, a vinha
tem um desenvolvimento próspero. No séc. XVII, ingleses e holandeses importavam o
sherry, que era tão apreciado como o vinho do Porto.
Na época de Shakespeare, o sherry era o aperitivo preferido dos ingleses, tendo assim
permanecido até então.
1. Albariza: solo de cor creme, de origem sedimentária, plena de cal e giz que produzem
os melhores finos.
2. Barro: solo negro contendo uma forte proporção de argila, de calcário e de areia.
3. Arena: solo arenoso, silicoso, que produzem os xerez mais comuns.
78
3.4 As Castas
O Pedro Ximenez: utilizada apenas para os vinhos doces e em certos casos para os
olorosos.
O Mantuo: dá origem a vinhos de qualidade corrente.
O Mollar: dá origem a vinhos secos com um bouquet muito fino.
O Moscatel e o Tintilla de Rota: produzem vinhos doces de boa qualidade.
A vindima é feita assim que as uvas atinjam uma sobrematuração. Os cachos são
repartidos por lotes em cima de esteiras redondas no pátio da cave. Aí, permanecem
durante alguns dias a amadurecer. Após uma prensagem, o sumo filtrado é colocado em
pipas de carvalho da América de 600 litros cheias a 5/6. A fermentação inicia-se e as
pipas são imediatamente transportadas paras as caves (bodegas) onde se fará a
fermentação e a élevage sob a vigilância do capataz (mestre da cave).
A primeira fermentação, tumultuosa, durará alguns dias, seguida duma segunda
fermentação mais lenta, dita de maloláctica, durando até Novembro/Dezembro. No final
da fermentação, temos um vinho seco com um teor alcoólico entre os 12 e os 13º. O
vinho já não possui açucares fermentiscíveis e o frio do Inverno facilita a clarificação.
Após um curto repouso, em Janeiro/Fevereiro, o capataz prova cuidadosamente cada
pipa e determina o tipo de jerez (fino ou oloroso) e muda-o para uma pipa nova, na qual
apenas colocamos 500 litros, sem que se feche a pipa hermeticamente. Ao mesmo
tempo, se o teor alcoólico for inferior ao requerido, o vinho é vinificado com álcool de
vinho (cerca de 16% para os finos e 17 a 18% para os olorosos). As pipas ficam a
repousar por um período máximo de 3 anos e durante esse tempo, a superfície do vinho,
em contacto com o ar adquire um bolor branco, composto por leveduras às quais se
79
chamam de flor. É a flor que faz com que o xerez adquira o tom amarelo. Esta flor
desenvolve-se particularmente a montante da seiva na vinha, engrossa, desseca-se e
depois deposita-se no fundo da pipa formando o molde do vinho. O teor alcoólico do
vinho situa-se entre os 11,5º e os 15,5º, com uma temperatura média entre os 14º a
20ºC. A evaporação é considerável.
- O xerez fino tem uma cor pálida e um paladar delicado. É um xerez onde a flor está
plenamente desenvolvida.
- O xerez oloroso é mais colorido, menos fino, a flor não é abundante ou então o seu
desenvolvimento foi terminado artificialmente pela adição de álcool, sobre o parecer do
capataz.
Após este tempo, o xerez será submetido ao processo da solera (método antiquíssimo
que se destina a envelhecer e juntar os xerez de diferentes vinhas, de diferentes pipas, de
diferentes idades, para obter uma determinada qualidade de xerez.) visto que o xerez
muito bom e envelhecido, tem a virtude de educar e de melhorar o xerez mais jovem.
3.7 Degustação
80
4. O Marsala
Este vinho comporta o nome de uma pequena localidade da Sicília, no sul da Itália.
Foi o inglês John Woodhouse que decidiu, em 1773 produzir em Marsala um vinho de
licor que fizesse concorrência ao xerez, ao vinho da Madeira e ao Vinho do Porto. As
vinhas já existiam e produziam já um vinho de excelente qualidade. Era apenas
necessário, “fortificar” esse vinho de acordo com um método que era então já muito
conhecido.
As castas autorizadas são: o Catarroto e o Grillo, com uma junção de Inzolia (no
máximo 15%). O vinho branco produzido está dotado de Denominação de Origem
Controlada (D.O.C.).
4.3 Vinificação
81
De acordo com um processo muito antigo, o vinho branco seco, denominado de
“passito”, deve subir a “concia”, isto é, sofrer a adição de mosto cozido e concentrado o
qual se denomina “calamich”. Noutro, junta-se mosto de uvas adicionado de álcool,
misturado com uma certa quantidade de aguardente de vinho.
4.4 Denominações
. O marsala Superiore: geralmente seco ou doce, tem pelo menos um teor alcoólico de
18% com um mínimo de 10% de açúcar residual.
. O marsala Vergini: muito seco e velho, foi submetido ao processo de solera. Tem um
teor alcoólico mínimo de 18º e possui uma cor castanha dourada.
. O marsala Speciali: vinho tónico e aperitivo ao qual se adiciona ao marsala de origem
ingredientes muito diversos como: ovos, amêndoas, quinina, etc.
5. O Pineau
A história do Pineau está intimamente ligada à história do cognac. Reza a lenda que no
final do séc. XVI, um operário das caves transvasou vinho novo numa pipa que ainda
continha um pouco de cognac. Isto funcionou como uma revolução, passando depois a
82
ser uma bela evolução. Em 1935 o Pineau foi legalmente reconhecido e dotado de uma
denominação de origem.
5.2 Elaboração
O Pineau é feito a partir de sumo de uvas transformado com cognac para impedir a
fermentação. Este mosto deve provir de vinhas que rendam um máximo de 50 hl/ha. A
riqueza em açúcar dos sumos deve ser de 170 g/l. O cognac adicionado ao sumo deve
ter envelhecido pelo menos durante um ano e deve ter um teor alcoólico de pelo menos
60º. A mistura do sumo de uva com o cognac deve ser imediatamente colocada numa
pipa de carvalho e deve ser deixada a repousar sobre as suas borras durante pelo menos
quatro meses.
5.3 Regulamentação
Os mostos que servem para preparar o Pineau devem ser colhidos em propriedade e
obtidos das seguintes castas:
Para o Pineau branco: Ugni blanc, Folle blanche, Colombard blanc rose, Jurançon blanc,
Montils, Sémillon, Sauvignon, Meríot blanc.
Para o Pineau rosé : Cabernet sauvignon, Cabernet franc, Malbec et Merlot rouge.
Cada garrafa contém uma cápsula ou um selo de garantia do Sindicato dos Produtores.
5.4 Degustação
O Pineau é servido como aperitivo, mas também pode acompanhar certas iguarias
(melão, patés, por exemplo). Por ser um vinho dourado, generoso e alcoolizado (entre
16º e 22ºC), o Pineau bebe-se fresco (mais ou menos 8ºC), em copo tulipa. É um vinho
de longa conservação (15 a 20 anos, ou mais ainda).
83
6. Champanhe
6.1 História
6.2 Localização
84
Produção: cerca de 1 380 000 hl dos quais 30% destinados à exportação.
Média: 9 000 kg de uvas por ha, são 5 996 litros de sumo por ha, o que perfaz 8 000
garrafas/ha.
6.4 Castas
As castas são relativamente numerosas, embora a escolha tenha sido imposta pela lei de
22 de Julho de 1927.
85
Na região da Champanhe, a vinha corresponde a uma comuna.
Todas as vinhas são classificadas entre 100 e 75% na escala dos preços das uvas. Esta
classificação permite assim, fixar de um só golpe, antes das vindimas, o preço do
quilograma de uvas de todas as comunas em função do preço determinado para as
vinhas classificadas a 100%.
As grandes vinhas são classificadas a 100%. As primeiras vinhas são classificadas entre
90 e 99%.
A Montanha de Reims
- Encosta de Reims, também chamada de Grande e Pequena Montanha de Reims.
Exemplos de vinhas: Mailly, Sillery, Verzenay.
- Encosta Epernay, também denominada de Cote-de-Bouzy. Exemplos de vinhas:
Ambonnay, Bouzay, Louvois.
Vale do Marne
- Vinhas: Ay, Mareuil, Dizy, Hautvillers.
Sézannais
- As vinhas são classificadas entre 84 e 85%.
O Aisne
- As vinhas são classificadas entre 83 e 84%.
O Aube
- As vinhas são classificadas entre 75 e 77%
Os vinhos brancos
- Coteaux Champenois
86
Vinhos brancos idênticos àqueles de Champanhe; em geral, são vinhos tranquilos, finos
e aromáticos.
Os vinhos tintos
De produção fraca, limitada aos anos melhores.
Os vinhos rosés
Com uma produção muito fraca.
V.D.L.
- Ratafia de Champanhe
Licor obtido através da mistura de álcool vínico ao mosto de brancos ou roses.
Para a formação de uma boa safra são necessárias várias vinhas, o champanhe é vendido
com a denominação de “Champanhe”, e é sob o nome de uma casa de champanhe que a
bebida é proposta à clientela. Cada casa produtora produz um tipo de vinho de
qualidade própria e que a clientela gosta de encontrar todos os anos.
Champanhe:
Brut: de 0 a 15 gramas de açúcar por litro.
Extra dry: de 12 a 20 gramas de açúcar por litro.
Seco: de 17 a 35 gramas de açúcar por litro.
Meio -seco: de 33 a 50 gramas de açúcar por litro.
87
Doce: mais de 50 gramas de açúcar por litro.
Champanhe envelhecido:
É um tipo de champanhe que comporta o ano da colheita em que é fabricado, mas
apenas em anos bons.
Champanhe cremoso:
É um champanhe onde a pressão é menos forte (3 a 4 atmosferas em vez de 6).
Champanhe rosé:
Champanhe elaborado a partir de uma vinificação em rose, ou ainda misturando um
pouco de vinho tinto ao vinho branco.
6.8 Curiosidades
- As vindimas devem ser feitas entre o dia 1 de Setembro e o dia 12 de Outubro. A data
média das vindimas é o dia 25 de Setembro.
- As caves são escavadas em solo calcário. Possuem uma temperatura entre 10 e 11ºC e
beneficiando duma higrometria constante, são indispensáveis ao envelhecimento do
vinho. Existem cerca de 200 km de galerias escavadas a 40 metros no subsolo.
88
XI. A DESTILAÇÃO E OS ÁLCOOIS
História
Princípio
89
O álcool é o resultado da fermentação de uma mistura açucarada o qual deve ser de
imediato separado. A separação obtém-se graças a temperaturas de ebulição diferentes.
O álcool evapora-se a uma temperatura mais baixa que a água. A água ferve a 100ºC e o
álcool a 78,4ºC. Se colocarmos esta mistura a uma temperatura intermédia (acima de
78ºC e abaixo de 100ºC), o álcool converter-se-á em vapor, recuperado em seguida nos
tubos, que depois de arrefecidos, voltam a condensar o álcool.
A destilação do álcool é feita em alambiques aperfeiçoados que podem ter duas formas:
1. O alambique de bandeja ou em colunas tipo Coffey: a destilação é efectuada em
continuo. Na Inglaterra é chamado de “patent still”.
2. O alambique de retorno ou de dupla destilação: na Inglaterra é denominado de “pot
still”.
Rectificação
Procedimento descoberto em 1800 por Adam. É a redestilação de um álcool para lhe
eliminar os maus odores e torná-lo num álcool mais rico e puro.
Alcoolat
Mecaração de plantas, especiarias, frutos, etc., no álcool puro durante o tempo
necessário para que os elementos aromáticos se liguem com o álcool. A mistura é, em
seguida, cuidadosamente destilada, sendo esta operação realizada quase sempre no
alambique de dupla destilação. Podemos distinguir dois tipos de alcoolats:
- Os alcoolats simples provenientes da destilação de soluções alcoólicas com um só
elemento de base;
- Os alcoolats compostos, isto é, com vários elementos.
De acordo com os casos, estes produtos servem para elaborar licores, perfumes,
medicamentos, etc.
- Esprit
90
É a solução alcoólica aromática e a parte mais volátil do corpo submetido à destilação.
- Essência
Extracto concentrado por destilação.
Os diferentes alcoois
Álcool natural:
Aguardente proveniente da destilação de frutos fermentados de acordo com um
processo natural ou dos seus derivados. Estes alcóis são elaborados segundo tradições
ancestrais a partir de frutos provenientes de regiões delimitadas. Os seus modos de
fabricação e de envelhecimento são estritamente vigiados.
Álcool desnaturado:
Álcool impróprio para o consumo pela adição de um desnaturante. Um álcool a 70º para
uso médico é, por exemplo, desnaturado com camphre e ligeiramente colorado a
amarelo.
Álcool caseiro:
Álcool de frutos destilados em proveito de um produtor de vinhas, a partir da sua
colheita pessoal.
Álcool puro:
As quantidades de alcóis consumíveis quer na produção quer na distribuição, são muitas
vezes expressas em quantidades de álcool puro (que não tem em conta senão o
composto, álcool etílico ou etanol, da mistura). Nas aguardentes, a proporção de álcool
91
pode variar de 96% para o álcool rectificado, a 70 ou a 60% no vazamento do
alambique, e descer no decurso do envelhecimento de 45 a 40%, taxa a que são
comercializadas as aguardentes.
O Whisky
O Whisky começou a ser produzido há já vários séculos nas terras altas da Escócia, e
rapidamente se transformou numa bebida internacional.
A palavra “Whisky” vem da palavra celta “uisgesbeatha” que significava “aguardente”.
A sua origem remonta à época pré cristã e pensa-se que o povo celta conhecia já o
segredo da sua elaboração. A primeira pista apenas apareceu em 1494.
92
algumas medidas mais ou menos boas. O whisky tornou-se popular na Inglaterra no
reinado da dinastia Tudor. Foi apenas em 1822 que os primeiros direitos foram
aplicados racionalmente sobre o fabrico, o transporte e a venda do álcool.
Depois de 1860, assim que se começa a praticar a mistura de dois whiskies, divulga-se
um maior entusiasmo pelo scotch. A indústria caseira transforma-se em indústria de
destilação, melhorando a sua qualidade, para se tornar em seguida uma das mais
importantes indústrias da Grã-bretanha.
A maioria dos whiskies escoceses são blends, misturas apresentadas sob várias marcas.
Os nomes mais conhecidos são quase todos blends.
Apesar de ter a sua origem na Escócia, o fabrico do whisky depressa se difundiu pelo
mundo inteiro, existindo outros países onde a destilação desta bebida é feita em larga
escala.
Outra região do globo onde se fabrica bom whisky é nos EUA. O whisky americano
possui uma mística perturbadora. Os imigrantes que desembarcavam abatidos pelo
cansaço devido aos vários dias passados nos barcos-prisão, observavam com júbilo e
ansiedade o Novo Mundo. Nas suas bagagens transportavam religiosamente os seus
alambiques preciosos.
93
XIII. SERVIÇO DE LICORES
1. Introdução
Estudaremos neste módulo um serviço que pode ser realizado, tanto no bar como no
restaurante. Consiste no serviço de um grupo de bebidas alcoólicas que recebem o nome
de licores. Dentro de este grupo estão o Porto (Portugal), Madeira (Ilha de Madeira),
Jerez (Espanha), Pineau (França), Marsala (Itália).
Podemos datar o seu nascimento no século XIV, nos mosteiros dos religiosos. A partir
de um processo de destilação e maturação obtiveram-se as primeiras bebidas, as suas
receitas guardaram-se de geração em geração com grande segredo. No século XVIII é
uma bebida que já se degusta nos palácios reais. Com a chegada do açúcar em cana e as
especiarias, os licores sofreram uma grande mudança na sua qualidade e difusão. A base
dos licores actuais estebelece-se no ano 1801 com o invento do alambique, máquina
utilizada para a obtenção das “espirituosas” que são a base dos licores actuais.
94
dos produtos da destilação dessas substâncias em presença do álcool ou água, ou
também pelo emprego combinado de diversos processos, e contendo 15% de álcool no
mínimo. O grau geral de álcool dos licores estabelece-se entre, 15 e 55% de álcool.
As preparações obtidas através destes processos podem ser edulcoradas por meio de
açúcar, de glucose ou de mel, numa quantidade mínima de 100 gramas por litro.
Reserva-se a denominação de “creme” àqueles licores que contém pelo menos, 250
gramas de açúcar por litro.
Conforme aos seus ingredientes, os licores podem ser elaborados a partir de:
Licores de frutas
Licores de plantas
95
O serviço de licores
O serviço ao cliente vai ser realizado pelo barman ou maitre, em função da sala onde
este se encontre. Cada um dos licores precisa de um copo de vidro diferente para ser
servido. Em geral, utilizam-se copos altos de boca estreita, também chamados
catavinhos, ou pequenos copos de boca estreita.
O barman, maitre ou escanção apresentam ao cliente a garrafa do licor, para que assim
possa comprovar que se lhe vai servir o licor da marca e ano seleccionado. Os licores
normalmente, estão armazenados na cave ou no bar e para o seu serviço na mesa do
restaurante utiliza-se um guéridon ou mesa auxiliar. A abertura da garrafa e todos os
passos sucessivos serão os mesmos que os seguidos para vinhos de Porto ou outras
bebidas alcoólicas.
96
Tabela de licores e cremes à base de frutas
1 Temp. Ambiente/2 Com gelo/3 Gelo picado/ 4 Com gelo, água, soda ou sumo/5
Cocktail
97
Pippermint 27º Licor de menta 3-4-5
98
Tabela de degustações
Dourado
Pineau Aperitivo Álcool 16-22º Tulipa
Com acepipes De longa conservação 15-20 anos
Toma-se fresco a 8ºC.
Branco e Tinto
Porto Aperitivo Álcool 20-21º Cálice
Com acepipes De longa conservação 40 anos Próprio
Tomam-se a uma temperatura de 18ºC os tintos
Tomam-se a uma temperatura de 10ºC os brancos
99
XIV. COCKTAILS
1. Breve História
A palavra inglesa cocktail, significa “rabo de galo” e a sua origem está ainda envolta
nalgum mistério. Das diferentes histórias acerca da origem do nome cocktail
ressaltamos a seguinte:
Por volta de 1776, um proprietário de um hotel situado nos arredores de Nova Iorque,
de nome Flanagan, tinha uma jovem filha muito bonita e que ele adorava. O Sr.
Flanagan era amante das lutas de galos e possuia um galo que já lhe tinha
proporcionado imensos prémios.
Um certo dia, o galo do Sr. Flanagan desapareceu. Ninguém sábio se tinha sido roubado
ou morto por um vizinho mais invejoso. Este episódio deixou o Sr. Flanagan
enraivecido. Apesar das buscas incessantes, não conseguia encontrar o seu galo
preferido. Desencorajado, o hoteleiro preparou-se para oferecer a mão da sua filha Betsy
em casamento como recompensa a quem lhe trouxesse o galo. Até que num belo dia de
verão, chega envolto em poeira um cavaleiro desconhecido. Este estranho cavaleiro,
oficial do Exército da Independência, apeia-se do seu cavalo e entrega o galo perdido ao
Sr. Flanagan, que infelizmente tinha perdido o seu rabo. O hoteleiro voltou a sorrir e
ofereceu uma rodada geral a todos aqueles que o vieram felicitar. A sua filha,
impressionada com o seu futuro esposo, pegou em várias garrafas e fez diversas
misturas improvisadas. Bebera e voltaram a beber e batizaram essas bebidas de “Cock`s
Tail”, que mais tarde se converteriam em “Cocktail”.
A classificação dos cocktails existentes não é oficial, nem tampouco estanque, apenas
várias receitas originaram diversas famílias.
1. Cocktails
Nome genérico que designa toda a gama de cocktails. São misturas que podem ser
classificadas como: “short drinks”, “long drinks”, ou “hot drinks”, e que não oferecem
qualquer semelhança com as categorias seguintes.
100
2. After dinner
Short drinks que se bebem depois do almoço ou do jantar. São todas as misturas à base
de licores digestivos, ex: Black Russian.
3. Cobblers
long drinks que se preparam directamente num tumbler com gelo picado muito fino,
com açúcar debaixo, com um pouco de água gasosa e uma bebida espirituosa. São muito
fáceis de preparar e possuem propriedades que fazem matar a sede. São decorados com
fruta da época, com menta fresca e servidos com palhinha, ex: Brandy Cobler, Porto
Cobler, etc.
4. Collins
Long drinks que se confeccionam directamente num tumbler: aguardente com açúcar,
sumo de limão e água gasosa. São decorados com uma rodela de limão e uma cereja, ex:
Tom Collins.
5. Coolers
Long drinks confeccionadas directamente num tumbler com gelo, açúcar ou xarope
(granadina ou groselha), sumo de frutas, uma bebida espirituosa, completada com
ginger ale, cerveja, cidra ou champanhe. São decorados com a casca de limão ou laranja
cortada em espiral.
6. Coffee
Long drinks à base de café, preparados directamente sobre o copo, por vezes também no
shaker. Podem ser servidos frios ou quentes. Ex. Irish Coffee.
7. Crustas
Bebidas longas que se preparam no shaker: açúcar, sumo de limão, um gole de
angustura, um gole de marasquino e de álcool. São servidos num copo de vinho com
gelo e decorados com açúcar no rebordo do copo. Levam ainda uma espiral inteira da
casca de um limão e duas cerejas. Ex: Gin Crustas, Brandy Crustas, etc.
8. Cups
Cocktails de recepção, preparados directamente numa taça tipo balão onde vão ser
macerados frutos da época com uma mistura de uma bebida espirituosa, um licor
101
(curaçao, Cointreau, Grand Marnier, cognac, etc.) e açúcar. São refrigerados durante
algumas horas e são completados no momento de servir, seja na taça, seja no copo, com
champanhe, vinho (porto, sherry, Sauternes, vermute, Bordéus vermelhos), com cidra
ou soda.
9. Daisies
Short drinks preparados no shaker e que têm como base de origem um xarope de
amêndoas e centeio e sumo de limão, completados por uma medida de aguardente. O
xarope de granadina pode substituir o xarope de amêndoas e centeio. Ex: Brandy Daisy,
Vodka Daisy, etc.
11. Fixes
Long drinks preparados directamente no tumbler: gelo, água gasosa com açúcar
dissolvido, um gole de curaçao e aguardente. São decorados com um rodela de laranja e
de limão. Ex: Brandy Fix, Gin Fix, etc.
12. Fizzes
Long drinks preparados no shaker: açúcar em pó, ou xarope de açúcar, sumo de limão e
álcool, soda.
Ex: Gin Fizz:
Com clara de ovo para fazer o Silver Fizz;
Com gema de ovo para fazer o Golden Fizz;
Com ovo inteiro para fazer o Royal Fizz.
13. Flips
Short drinks que se podem consumir quentes ou frias.
Frias: feitas no shaker com uma mistura de açúcar, gema de ovo, bebida espirituosa
(porto, sherry, vermute) ou aguardente (cognac, gin, etc.), nós moscada, antes de ser
servida. Ex: Porto Flip, Sherry Flip, etc.
102
Quentes: mistura-se numa caçarola o açúcar e a gema de ovo, depois, em fogo lento,
incorpora-se lentamente uma bebida espirituosa, sempre a mexer. Adiciona-se nós
moscada antes de servir.
14. Highballs
Long drinks preparadas no tumbler: gelo, uma medida de álcool e de bebida gasosa
(tónica, ginger ale, coca-cola, etc). Ex: Cuba libré, Gin tonic, etc.
15. Juleps
Long drinks preparadas no tumbler: menta fresca, gelo picado, whisky, ou cognac, gin,
rum, etc. Ex: Mint Julep
17. Ponches
Bebidas indicadas para festas pois decoram vistosamente as mesas. Preparadas em
copos individuais ou em taças especiais para várias pessoas, o ponche leva geralmente
rum e frutas.
As taças e as sangrias são da família dos ponches.
18. Rainbows
Shorte drinks que se preparam num copo tulipa: sobreposição de líquidos de densidades
ou graus diferentes, sem misturar, para obter uma bebida atraente. Os produtos são
vertidos lentamente sobre as costas de uma colher de mistura, começando pelos líquidos
mais pesados e com menor teor alcoólico, terminando por verter no final os com maior
teor alcoólico. Ex: Rainbow França: (1/3 Granadina, 1/3 anis, 1/3 de blue curaçao).
20. Sours
Short drinks preparadas no shaker e servidas num copo de cocktail: bebidas ácidas à
base de limão e de bebidas espirituosas. Ex: Brandy Sour, Whisky Sour, etc.
103
3. Diferentes Categorias de Cocktails
4. Vocabulário Profissional
Boston shaker – shaker composto unicamente por dois corpos. Utilizado para
composições que se devem apresentar com espuma.
Dash – quantidade que sai de uma só vez de uma garrafa munida de conta-gotas. Um
dash corresponde a 1/3 de uma colher de bar.
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Décanter – decantar. Mudar um líquido de uma garrafa para outro recipiente.
Mixing glass – copo grande sem pé com cerca de 0,5 l para fazer composições de fácil
mistura.
Shake – sacudir, bater, misturar no shaker.
Shaker – utensílio de bar utilizado para bater, misturar composições de difícil mistura.
Este utensílio é constituído por 2 ou 3 peças. O mais usado em Portugal é o de 3 peças.
Strainer – passador usado no copo de misturas. Placa de metal redonda com pequenos
orifícios, cercada com uma serpentina de metal e um cabo. Ale de usado no copo de
misturas, é também usado no shaker de 2 peças.
Zeste – pequena casca de limão ou de laranja cortada muito fina que se espreme sobre a
bebida.
Exemplos:
Daiquiri 7 cl.:
1/10 xarope de açúcar de cana x 7 cl. = 0,7 = 1 cl.
3/10 sumo de limão x 7 cl. = 2,10 = 2 cl.
6/10 rum branco x 7 cl. = 4,20 = 4 cl.
Total = 7 cl.
105
Para uma short drink de 9 cl., os 10/10 calculam-se com base em 7 cl.; a regra neste
caso é idêntica. Os 2 cl. de diferença são adicionados por um ou mais ingredientes, para
perfazer 10/10e.
Alexander:
Uma colher de café de creme fresco : 2 cl.
3/10 de licor de cacau : 2 cl.
7/10 de cognac : 5 cl.
Total: 9 cl.
1º Os 10/10e calculam-se tendo por base os 7 cl. e completa-se a receita com: adicionar
soda, +agua tónica ou champanhe.
Barbottage:
1/10 xarope de granadina : 1 cl.
3/10 de sumo de limão : 2 cl.
6/10 de sumo de laranja : 4 cl.
Adicionar champanhe : 5 cl.
Total: 12 cl.
Garibaldi:
7/10 sumo de laranja : 8 cl.
3/10 Campari : 4 cl.
Total: 12 cl.
As bebidas antes de entrarem em misturas nos cocktails, sofreram já elas próprias na sua
fabricação alguns processos de mistura. Por exemplo, os vinhos e as aguardentes
106
resultam da integração de diferentes sabores e quase todos as bebidas comercializadas
são, com efeito, misturas de diversos componentes.
Combinar líquidos não é uma tarefa fácil. Exige um conhecimento alargado de todos os
ingredientes, dos seus aromas, das reacções provocadas entre eles, afim de obter uma
bebida equilibrada, aromatizada, encorpada, doce e atraente.
È sabido que dois maus produtos juntos não perfazem um bom. A arte de confeccionar
um cocktail, tem as suas regras específicas e apenas se atinge a mestria com muita
prática e experiência.
Quando degustado, um cocktail deve apresentar uma reunião de aromas, sabores e cores
equilibrada, fazendo sobressair o aroma de cada um dos seus componentes.
Os produtos do bar não são todos compatíveis entre si. De seguida apresenta-se uma
tabela com as incompatibilidades de alguns produtos:
A elaboração de cocktails pode ser realizada de acordo com quatro técnicas distintas:
Directa:
Colocar alguns cubos de gelo no copo escolhido;
Verter os líquidos de acordo com a ordem descrita na receita;
Misturar;
Adicionar soda, caso seja necessário;
Decorar e servir.
Copo misturador:
Colocar alguns cubos de gelo no copo misturador;
Colocar o strainer e verter a água depositada;
107
Verter os líquidos de acordo com a ordem descrita na receita;
Misturar;
Colocar de novo o strainer e verter para o copo de servir;
Decorar e servir.
No Shaker:
Colocar alguns cubos de gelo no copo do shaker;
Verter os ingredientes na tampa do shaker de acordo com a ordem descrita na receita;
Colocar o strainer no copo de shaker e verter a água depositada;
Fechar o shaker e frapper durante uma dezena de segundos;
Verter para o copo de serviço;
Decorar e servir.
Na máquina misturadora:
Colocar alguns cubos de gelo, as frutas ou legumes cortados em dados na misturadora;
As frutas devem ser bem lavadas;
Verter no copo de serviço;
Decorar e servir.
8. Decoração de Cocktails
A decoração dos cocktails é feita para proporcionar um aspecto atraente aos olhos de
quem os vai consumir. Esta decoração deve ser simples e de muito bom gosto, deve
lembrar o produto de base e ser obviamente consumível.
Alguns cocktails não necessitam de grandes decorações uma vez que a sua cor e a sua
transparência são suficientemente atractivas. Os cocktails “clássicos” obedecem a uma
composição muito precisa, ditada pelos usos e costumes. Os mais criativos resultam da
imaginação e do sentido artístico e estético dos barmen.
Os cocktails clássicos não admitem grandes decorações; podemos encontrar na tabela
abaixo, as decorações correspondentes a alguns cocktails.
108
Cebolinhas Gibson
Rose
Cerejas de aguardente Rob Roy
Manhatan
Folhas de menta Juleps
½ Laranja Garibaldi
Negroni
½ Laranja e ½ limão
Rodela de laranja – Zeste de limão Pimm`s nº1
2 cerejas de aguardente
Zeste de laranja Cocktail de Champanhe
Zeste de limão Macca
Quadrados de ananás e duas cerejas de Pina Colada
aguardente Planter`s Punch
Frutas da época Florida
½ Laranja e ½ limão Americano
O material
Apesar de ser muito utilizada, a faca de cozinha nem sempre satisfaz todas as funções
necessárias. Para alguns trabalhos, é necessário usar facas maiores, pois as facas com
lâminas mais longas são mais maleáveis.
A função da faca ideal não está claramente definida. Pode ser usada uma faca de cortar
pão ou uma faca de cortar carne, a única condição exigida é que esta seja manejável e
que a sua lâmina seja flexível e fina.
Para além das facas, são necessários mais alguns materiais como: descascadores, tira
caroços, forminhas de vários feitios, etc.
As frutas
Todas as frutas servem para decorar os cocktails, o seu uso depende apenas da
capacidade de imaginação de quem os confecciona. No entanto, há algumas frutas que
são mais utilizadas e não necessitam de grandes preparações como: as cerejas, as
109
framboesas, os morangos, a menta fresca, a verbena, a lima e o limão, a groselha, os
lichias, as uvas, as carambolas, entre outras.
As frutas exóticas
Embora menos conhecidas, há já alguns anos que as frutas exóticas são facilmente
encontradas nos mercados abastecedores. Os sabores diferentes e por vezes
surpreendentes, permitem elaborar bebidas de paladar subtil.
Para que nada se desperdice, estes frutos são também muito bons, e mesmo que não
sejam totalmente aproveitados para a decoração, pela sua forma e cor, prestam-se à
composição de cestos de frutas.
110
9. Ficha técnica de alguns Cocktails
1. BACARDI 7 cl
2. Daikiri 7 cl
111
1/10 Açúcar de cana 1 cl
3/10 Sumo de limão 2 cl
6/10 Rum Branco 4 cl
Técnica: encher pela metade um shaker com gelo. Verter o xarope de cana de açúcar, o
sumo de limão e o rum branco.
Frapper e verter num copo de cocktail.
3. Balalaika 7 cl
4. Blue Lagoon 7 cl
112
1/10 Blue Curaçao 1 cl
6/10 Vodka 4 cl
Um zeste de limão
Técnica: encher pela metade um shaker com gelo, verter o sumo de limão, o Blue
Curaçao e a Vodka. Frapper e verter num copo de cocktail. Decorar com o zeste de
limão.
113
Técnica: Encher um copo Old Fashioned com gelo. Verter o Amaretto di Saronno
seguido da Vodka. Mexer.
7. Gimlet 7cl
8. Orange Blossom 9 cl
114
9. Paradise 7 cl
10. Margarita 7 cl
115
Técnica: Encher um shaker pela metade com gelo. Verter o sumo de limão, o Cointreau
e a tequilla. Frapper e verter no copo de cocktail de serviço. Cobrir metade da borda do
copo com sal fino.
116
6/10 Gin 4 cl
Técnica: Encher um shaker pela metade com gelo. Verter o sumo de limão, o Cointreau
e o Gin. Frapper e verter no copo de cocktail de serviço.
13. Barbottage 12 cl
14. Bellini 12 cl
117
Composição:
3/10 Néctar de pêssego 4 cl
7/10 Champanhe 8 cl
Técnica: Verter para o flute o néctar de pêssego e seguidamente o champanhe.
118
Técnica: Encher pela metade um tumbler com gelo. Salpicar com sal fino e pimenta e
adicionar um pouco de tabasco e um pouco de molho inglês, verter o sumo de limão, a
vodka e o sumo de tomate. Mexer. Decorar com uma rodela de limão.
119
Composição:
6/10 Sumo de laranja 8 cl
4/10 Vodka 4 cl
Técnica: Verter para o tumbler, meio cheio de gelo, a vodka e seguidamente o sumo de
laranja, mexer. Decorar com uma rodela de laranja.
19. Florida 12 cl
120
Composição:
Uma gema de ovo
3/10 Sumo de limão 3 cl
7/10 Sumo de laranja 8 cl
Um trago de granadina 1 cl
Técnica: Encher o shaker pela metade com gelo. Verter a gema de ovo, o sumo de limão
e o sumo de laranja. Frapper e verter para o copo tumbler, cheio de gelo. Terminar com
trago de granadina.
121
% de álcool: 13,3
Características: Este cocktail pode também ser elaborado com uma gema de ovo, sendo
aí chamado de “Golden Fizz”.
Modo de elaboração: No shaker.
Copo de serviço: Tumbler.
Composição:
Uma colher de açúcar
Uma clara de ovo
Sumo de limão 2 cl
Uma medida de Gin 4 cl
Soda 6 cl
Técnica: Encher um shaker pela metade com gelo. Adicionar o açúcar, o sumo de limão
e o gin. Frapper e verter no copo tumbler sem gelo. Terminar com a soda. Decorar com
uma rodela de limão.
122
Tipo: Fancy Drink
Categoria: Long Drink
Paladar: Doce
Cor: Laranja
% de álcool: 17,3
Características: Este cocktail é oriundo das ilhas tropicais. Pode ser decorado com um
cubinho de ananás e duas cerejas em calda.
Modo de elaboração: Directo.
Copo de serviço: Tumbler.
Composição:
Um trago de Orange Curação 1 cl
Um trago de Marasquim 1 cl
2/10 Sumo de limão 2 cl
2/10 Sumo de laranja 2 cl
2/10 Sumo de ananás 2 cl
4/10 Rum Branco 4 cl
Um trago de Rum Âmbar
Adicionar um cubo de ananás e duas cerejas em calda.
Técnica: Encher um copo tumbler de gelo e verter o sumo de limão, o sumo de laranja,
o sumo de ananás, o orange curaçao, o marasquim e o rum branco. Mexer e completar
com um trago de rum âmbar.
123
4/10 Brandy Cherry 3 cl
4/10 Gin 3 cl
Completar com soda 5 cl
Técnica: Encher um shaker pela metade com gelo. Verter o sumo de limão, o brandy
cherry e o gin. Frapper e verter num copo tumbler sem gelo. Completar com soda.
26. Tampico 12 cl
124
7/10 Sumo de Laranja 8 cl
3/10 Tequilla 4 cl
Um trago de granadina
Técnica: Encher um copo tumbler com gelo, verter o sumo de laranja e a tequilla.
Mexer e terminar com um trago de xarope de granadina.
125
Características: Para a elaboração dos Old Fashioned podem ser utilizados todos os
tipos de aguardentes.
Modo de elaboração: Directo.
Copo de serviço: Copo Old Fashioned.
Composição:
1/4 de um torrão de açúcar
Angustura Bitter
Um pouco de soda 1 cl
Uma medida de bourbon 4 cl
Meia rodela de laranja, cerejas e um zeste de limão.
Técnica: Desfazer o 1/4 de açúcar na angustura bitter commum pouco de soda. Encher o
copo com gelo, verter uma medida de bourbon. Mexer. Decorar com a metade da rodela
de laranja, as cerejas em calda e o zeste de limão.
31Whisky Sour 7 cl
126
Tipo: Before Lunch
Categoria: Short Drink
Paladar: Seco
Cor: Âmbar
% de álcool: 28,5
Características: “Sour” em inglês quer dizer ácido. Os Sours incluem sempre na sua
composição sumo de lima ou de limão.
Modo de elaboração: No shaker.
Copo de serviço: Copo de cocktail.
Composição:
Uma colher de café de açúcar
3/10 Sumo de limão 2 cl
7/10 Bourbon 5 cl
Técnica: Encher pela metade um shaker com gelo. Adicionar o açúcar e verter o sumo
de limão e o bourbon. Mexer e verter para o copo de cocktail. Pode decorar-se com duas
cerejas em calda.
127
33. Bronx 7 cl
128
35. Dubbonet Cocktail 7 cl
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Tipo: Before Lunch
Categoria: Short Drink
Paladar: Seco
Cor: Incolor
% de álcool: 35,2
Origem: Inventado em 1860 por Martinez Thomas, um famoso barman de São
Francisco.
Modo de elaboração: Copo misturador.
Copo de serviço: Copo de cocktail.
Composição:
2/10 Vermute Dry 1,5 cl
8/10 Gin 5,5 cl
Técnica: Encher um copo misturador com gelo até metade, verter o vermute dry e o gin.
Mexer e verter para o copo de cocktail. Pode decorar-se com um zeste de limão ou uma
azeitona verde.
38. Gibson 7 cl
130
Tipo: Before Lunch
Categoria: Short Drink
Paladar: Medianamente forte
Cor: Âmbar
% de álcool: 34,8
Características: A Angustura Bitter é confeccionada à base de rum, de genciana e de
aromas diferentes.
Modo de elaboração: Copo misturador.
Copo de serviço: Copo de cocktail.
Composição:
Algumas gotas de Angustura Bitter
2/10 Vermute italiano 1,5 cl
8/10 Scotch whisky 5,5 cl
Uma cereja em calda para decorar
Técnica: Encher um copo misturador com gelo até metade, verter a angustura bitter, o
vermute italiano e o scotch whisky. Mexer e verter para o copo de cocktail. Decorar
com a cereja em calda.
40. Manhattan 7 cl
131
Técnica: Encher um copo misturador com gelo até metade, verter a angustura bitter, o
vermute italiano e o rye whisky. Mexer e verter para o copo de cocktail. Decorar com a
cereja em calda.
41. Tequini 7 cl
42. Trinity 7 cl
132
3/10 Vermute italiano 2 cl
4/10 Gin 3 cl
Um zeste de limão
Técnica: Encher um copo misturador com gelo até metade, verter o vermute dry, o
vermute italiano e o gin. Mexer e verter para o copo de cocktail. Decorar com o zeste de
limão.
133
1/10 Xarope de granadina 1 cl
3/10 Sumo de limão 2 cl
6/10 Gin 4 cl
Técnica: Encher pela metade um shaker com gelo. Verter o xarope de granadina, o
sumo de limão e o gin. Frapper e verter para um copo de cocktail.
134
Características: Este cocktail faz parte da grande família dos Flips. Pode também ser
servido como After lunch/dinner.
Modo de elaboração: No shaker.
Copo de serviço: Copo de cocktail duplo.
Composição:
Uma colher de café de açúcar
Uma gema de ovo 3 cl
Dois tragos de cognac 2 cl
Uma medida de sherry dry 4 cl
Noz-moscada
Técnica: Encher o shaker pela metade com gelo. Colocar o açúcar, a gema de ovo e
verter o cognac e o sherry dry. Frapper e verter para um copo de cocktail. Polvilhar com
noz-moscada.
48. Vodkatini 7 cl
135
Paladar: Seco
Cor: Branco
% de álcool: 28,5
Características: No caso de substituirmos o vermute por sherry dry, este cocktail deverá
ser chamado de “Vodkatini Dry”.
Modo de elaboração: Copo misturador.
Copo de serviço: Copo de cocktail.
Composição:
2/10 Vermute Dry 2 cl
8/10 Vodka 5 cl
Um zeste de limão
Técnica: Encher um copo misturador até metade com gelo. Verter o vermute dry e a
vodka. Mexer e verter para o copo de cocktail. Espremer o zeste de limão.
49. Americano 12 cl
50. Negroni 7 cl
136
Tipo: Before Lunch
Categoria: Long Drink
Paladar: Amargo
Cor: Avermelhado
% de álcool: 28,8
Origem: Bebida criada pelo barman do Hotel Baglioni em Florença, em 1920. O conde
Camillo Negroni solicitava sempre a adição de gin à bebida.
Modo de elaboração: Directo.
Copo de serviço: Tumbler.
Composição:
3/10 Vermute italiano 2 cl
3/10 Bitter Campari 2 cl
4/10 Gin 3 cl
½ Rodela de laranja
Técnica: Encher o tumbler com gelo. Verter o vermute, o Bitter Campari e o gin. Mexer
e adicionar meia rodela de laranja.
51. Macca 12 cl
137
52. Garibaldi 12 cl
138
Eventualmente um pouco de pepino
Técnica: Encher o Pimm`s Cup com gelo. Verter o Pimm`s e a soda. Mexer e adicionar
meia rodela de laranja, duas cerejas em calda e um zeste de limão.
54. Suissesse 12 cl
139
Um zeste de laranja
Técnica: Directamente no flute, embeber o cubo de açúcar na Angustura bitter, verter o
cognac e depois o champanhe. Decorar com um zeste de laranja.
57. Kir 12 cl
140
8/10 Borgonha aligoté 10 cl
Técnica: Directamente no copo de vinho, verter o xarope de groselha e o Borgonha
aligoté.
141
2/10 Xarope de groselha 2 cl
8/10 Champanhe 10 cl
Técnica: Directamente no flute, verter o xarope de groselha e o champanhe.
61. Alaska 7 cl
142
62. Alexander 9 cl
143
64. B and B 7 cl
66. Grasshopper 9 cl
144
Cor: Verde
% de álcool: 20,3
Características: De início este cocktail era apenas um licor.
Modo de elaboração: No shaker.
Copo de serviço: Copo de cocktail duplo.
Composição:
Uma colher de natas frescas 2 cl
3/10 Creme de cacao branco 2 cl
7/10 Licor de menta verde 5 cl
Técnica: Num shaker com gelo pela metade, verter as natas frescas, o Creme de Cacao
branco e o creme de menta verde. Frapper e verter para o copo de cocktail.
68. Stinger 7 cl
145
Modo de elaboração: No shaker.
Copo de serviço: Copo de cocktail.
Composição:
3/10 Creme de menta branco 2 cl
7/10 Cognac 5 cl
Técnica: Num shaker com gelo pela metade, verter o Creme de menta branco e o
cognac. Frapper e verter para o copo de cocktail.
146
5/10 Licor de menta branco 3,5 cl
5/10 Vodka 3,5 cl
Técnica: Directamente num copo old fashioned com gelo, verter o licor de menta branco
e a vodka.
71. Acapulco 12 cl
72. México 7 cl
147
Características: Criado por Michel Cailhol a pedido dos alunos da escola de Hotelaria e
Turismo de Estrasburgo, na altura das Jornadas sobre o México.
Modo de elaboração: No shaker.
Copo de serviço: Copo de cocktail.
Composição:
3/10 Vermute Branco 2 cl
3/10 Chartreuse amarelo 2 cl
4/10 Tequila 3 cl
Uma rodela de limão verde
Técnica: Num shaker com gelo pela metade, verter o vermute branco, o Chartreuse
amarelo e a tequila. Frapper e verter para o copo de cocktail. Adicionar uma rodela de
limão.
73. Corum 12 cl
74. Corrida 7 cl
148
Tipo: Before Lunch
Categoria: Short Drink
Paladar: Medianamente forte
Cor: Amarelo
% de álcool: 16
Características: Criado por Michel Cailhol a pedido dos alunos da escola de Hotelaria e
Turismo de Estrasburgo, na altura das Jornadas sobre a Espanha.
Modo de elaboração: No shaker.
Copo de serviço: Copo de cocktail.
Composição:
4/10 Sumo de laranja 3 cl
3/10 Sherry dry 2 cl
3/10 Mandarine Imperial 2 cl
Uma rodela de limão e uma cereja cristalizada.
Técnica: Num shaker com gelo pela metade, verter o sumo de laranja, o sherry dry e a
Mandarine Imperial. Frapper e verter para o copo de cocktail. Para decorar usa-se uma
rodela de limão e uma cereja cristalizada.
75. Saint-Hubert 12 cl
149
Técnica: Num shaker com gelo pela metade, verter o sumo de limão, o sumo de ananás,
o pisang e o gin. Frapper e verter para o tumbler. Para decorar usa-se um triangulo de
ananás e uma cereja cristalizada.
77. Hara-Kiri 12 cl
150
Composição:
4/10 Nectar de manga 3 cl
2/10 Fraise dês Bois Dolfi 1 cl
4/10 Aguardente de manga 3 cl
Completar com champanhe 5 cl
Decorar com um morango.
Técnica: Num shaker com gelo pela metade, verter o néctar de manga, a fraise dês bois
e a aguardente de manga. Frapper e verter para o flute. Completar com o champanhe.
Decorar com um morango.
151
Características: Criado por Michel Cailhol a pedido dos alunos da escola de Hotelaria e
Turismo de Estrasburgo, na altura das Jornadas sobre “A Máfia”.
Modo de elaboração: No shaker.
Copo de serviço: Tumbler.
Composição:
3/10 Sumo de laranja 2 cl
4/10 Campari 3 cl
3/10 Martini Rosso 2 cl
Completar com água tónica 5 cl
Uma rodela de laranja.
Técnica: Num shaker com gelo pela metade, verter o sumo de laranja, o Martini Rosso e
o Bitter Campari. Frapper e verter para o tumbler. Completar com a água tónica.
Decorar com uma rodela de laranja e um zeste de laranja.
80. Siciliano 7 cl
81. Primavera 12 cl
152
Tipo: Before Lunch
Categoria: Long Drink
Paladar: Seco
Cor: Esverdeado
% de álcool: 13
Características: Criado por Bernard Grosselin.
Modo de elaboração: Directo.
Copo de serviço: Flute.
Composição:
0,5/10 Peppermint verde 0,5 cl
0,5/10 Mirabelle 0,5 cl
2/10 Champanhe 11 cl
Técnica: Directamente num flute verter o peppermint verde, a mirabelle e completar
com champanhe muito fresco.
82. Mirabelle 7 cl
153
Tipo: After Dinner
Categoria: Short Drink
Paladar: Chocolate e menta.
Cor: Castanho
% de álcool: 24
Características: Criado por Alain Duran, em homenagem a M. Cailhol.
Modo de elaboração: No shaker.
Copo de serviço: Copo de cocktail duplo.
Composição:
Uma colher de natas frescas. 2 cl
2/10 Licor de menta branco 1 cl
4/10 Licor de chocolate preto 3 cl
4/10 Cointreau 3 cl
Técnica: Num shaker com gelo pela metade, verter as natas frescas, o licor de menta, o
licor de chocolate e o cointreau. Frapper e verter para o copo de cocktail.
84. Macau 7 cl
154
Tipo: Before Lunch
Categoria: Long Drink
Paladar: Doce, frutado.
Cor: Rosa
% de álcool: 19,66
Características: Criado por Dominique del Rizzo, chefe de barman do Hotel Sofitel de
Lyon, em homenagem a M. Cailhol.
Modo de elaboração: No shaker.
Copo de serviço: Flute.
Composição:
2/10 Néctar de banana 1,5 cl
2/10 Passoa 1,5 cl
1/10 Cointreau 1 cl
5/10 Gin 3 cl
Completar com Champanhe 5 cl
Técnica: Num shaker com gelo pela metade, verter néctar de banana, a passoa, o
Cointreau e o gin. Frapper e verter para o flute. Terminar com champanhe. Decorar com
uma rodela e banana e uma folha de menta.
86. Veneza 7 cl
155
Técnica: Num shaker com gelo pela metade, verter o limão verde, a Mandarine
Imperial, o Porto branco e o gin. Frapper e verter para o copo de cocktail. Decorar com
meia rodela de limão verde.
156
Copo de serviço: Copo de cocktail.
Composição:
Um trago de xarope de limão
3/10 Fraise dês bois 2 cl
1/10 Cointreau 1 cl
6/10 Gin 4 cl
Um zeste de limão
Técnica: Num copo misturador com gelo pela metade, verter o xarope de limão, a fraise
dês bois, o cointreau e o gin. Frapper e verter para um copo de cocktail. Adicionar um
zeste de limão.
157
Paladar: Cremoso.
Cor: Azul
% de álcool: 24
Características: Criado por Pierre Legeay.
Modo de elaboração: No shaker.
Copo de serviço: Copo de cocktail.
Composição:
1/10 Xarope de cevada 1 cl
3/10 Sumo de toranja 2 cl
1/10 Malibu 1 cl
5/10 Vodka 3 cl
Um trago de blue curaçao
Uma cereja cristalizada
Técnica: Num shaker com gelo pela metade, verter o xarope de cevada, o sumo de
toranja, o malibu, a vodka e o trago de blue curaçao. Frapper e verter para um copo de
cocktail. Adicionar uma cereja cristalizada.
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BIBLIOGRAFIA
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