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AULA 20.1
* Podemos entender como excipientes tudo aquilo que esteja na forma farmacêutica,
excetuando-se o fármaco.
Sendo assim, dedicaremos essa aula de nosso curso ao estudo das Formas Farmacêuticas
(Líquidas; Sólidas e Semissólidas).
Fórmula Coadjuvantes
Fármaco Veículo
Farmacêutica Técnicos
COADJUVANTES TÉCNICOS
Conferir Aumentar a
ESTABILIDADE ACEITAÇÃO
Lembre-se que a estabilidade é a extensão na qual um produto retém, dentro dos limites
especificados e por todo o seu período de armazenamento e uso (prazo de validade), as
mesmas propriedades e características que possuía no momento da sua fabricação.
• Solubilizantes
2
• Conservantes
3
Temos que entender que o pH influencia uma série de processos, entre eles:
• Na prevenção do desencadeamento de efeitos irritativos por certos fármacos;
• Na solubilidade (lembre-se que os fármacos são eletrólitos fracos e que a sua
solubilidade e posterior absorção é dependente do pH do fármaco e do meio);
• Na estabilidade do sistema conservante.
A manutenção do pH em uma faixa ótima pode ser conseguida por meio de soluções
tampão.
ANTI-HIDROLÍTICOS
ANTIOXIDANTES
A oxidação é responsável por uma série de alterações do fármaco e da formulação, entre
elas:
Precipitação
Alteração de Inativação dos
de certos
cor e aroma fármacos
compostos
Luz
Calor
íons
Metálicos
A auto-oxidação dos fármacos faz-se por meio de uma reação em cadeia, dependente de
radicais livres.
Ésteres do Ésteres do
BHT BHA NDGA ácido gálhico ácido
(Progallins) ascórbico
Aminoácidos
Ácido Etileno-
Ácido Fosfórico e (como cisteína,
Ácido Cítrico diaminotetracético
derivados metionina,
(EDTA)
glutationa)
Ácido Ésteres do
Gás sulfuroso Metabissulfito Bissulfito
ascórbico ácido gálhico
SOLUBILIZANTES
Veremos detalhes dos agentes solubilizantes quando virmos cada uma das formas
farmacêuticas. Apenas para introduzir o tema:
• Para ser terapeuticamente eficaz, um fármaco deve ser possuir alguma solubilidade
aquosa. Antes de entrar na circulação sistêmica, DEVE primeiro estar em solução.
o Aumento da solubilidade aquosa: modificação em SAL ou ÉSTER.
o ↑ solubilidade => ↓ tamanho da partícula
CONSERVANTES
Substância que impede ou retarda a alteração das formulações provocada por
microrganismos. Os principais conservantes são:
Cloreto de Ácido
Parabenos Formol Etanol
Benzalcônio Benzóico
Alguns quelantes, como EDTA, por removem íons cálcio da parede celular do microrganismo
Gram-negativo, permite maior concentração do conservante na célula microbiana, ou seja,
potencializam a ação dos conservantes.
• Conservantes ácidos => mais eficazes em meio ácido (básicos em meio básico);
• Corantes Devem:
▪ Ser hidrossolúveis;
▪ Ter grande capacidade de coloração em concentrações mínimas;
▪ Ser estáveis ao calor e à luz e manterem essa estabilidade durante
longo tempo;
▪ Ser estáveis a variações de pH e em presença de oxidantes e redutores;
▪ Ser compatíveis com os componentes da fórmula a corar;
▪ Não possuírem odor e gosto desagradáveis.
Dados:
E) ERRADO- Lembre-se que quanto maior a constante dielétrica, mais polar é o solvente.
Portanto, podemos inferir que o fármaco é solúvel em água. Além disso, para melhorar a
potabilidade é necessário o uso de EDULCORANTES.
GABARITO: B
Estudaremos cada uma das FF bem como seus subtipos. Nessa aula não trataremos de
soluções estéreis (teremos uma aula apenas para esse assunto). E então, vamos lá?
1. SOLUÇÕES
Dispersão Molecular: partícula < 0,001 µ que atravessa o papel filtro e o ultrafiltro; difunde
e passa através da membrana de diálise muito rapidamente; não é visível nem ao
ultramicroscópio.
Lembre-se que para ser absorvido um fármaco necessariamente precisa estar em solução.
Assim, as soluções, quando comparadas às formas farmacêuticas sólidas, têm a grande
vantagem de ser absorvidas mais rapidamente, uma vez que já estão em solução
(diferente das formas farmacêuticas sólidas que precisarão se desintegrar para então
passarem a estar em solução).
2. Otimização do pH da solução
Ora, fármacos ácidos são melhores dissolvidos em soluções BÁSICAS (e o contrário
também é verdadeiro). Assim, deve-se buscar o pH no qual ocorra a maior solubilidade.
O controle deste pH é realizado utilizando-se tampões que não afetem a solubilidade do
fármaco.
3. Uso de co-solventes
CO-SOLVENTES São componentes líquidos que são incorporados na formulação
Glicerol
empregados
Propilenoglicol
Etanol
Vimos na primeira parte dessa aula, cada um dos tipos de excipientes (coadjuvantes
farmacotécnicos). De maneira geral, independente da FF, um excipiente ideal deve possuir
algumas características em comum, entre elas:
Modificadores
Veículo Co-solvente Tampões Edulcorantes
de Viscosidade
Tratarei apenas daqueles que possuem características específicas, uma vez que já
trabalhamos este tema.
VEÍCULO
• Veículo utilizado: Água Purificada USP.
• Quais são as características desta água?
o Obtida por destilação, deionização ou osmose reversa;
o O resíduo sólido é menor que 1 mg/100mL da amostra.
Água potável pode ser utilizada? NÃO! Por quê? Incompatibilidades químicas com os
componentes da formulação.
CO-SOLVENTE
Conforme vimos, trata-se de um solvente adicionado à preparação para aumentar a
solubilidade. Ex: Propilenoglicol, Glicerina, etc.
TAMPÃO
Soluções empregadas para controlar o pH da formulação, melhorando sua estabilidade.
Lembre-se que o controle do pH é essencial para:
manter a ↑a estabilidade
solubilidade do dos produtos pH-
fármaco dependentes
Ex:
-> acetato (ác. acético + acetato de Na+);
-> citratos (ác. cítrico + citratode Na+).
MODIFICADORES DE VISCOSIDADE
Devemos lembrar que para a administração de soluções orais normalmente são utilizadas
seringas, dosadores ou colheres, logo, a viscosidade é importante e deve ser suficiente para
garantir que o paciente consiga dosar exatamente o volume a ser administrado.
Além disso, a viscosidade também é útil para aumentar a patabilidade das soluções.
Derivados da celulose:
metilcelulose, hidroxietilcelulose, Polivinilpirrolidona.
hidroxipropilcelulose
Carboximetilcelulose Alginato de
sódica (aniônica) Sódio
ANTIOXIDANTES
Lembre-se que os antioxidantes são moléculas redox que:
• Exibem potencial oxidativo maior do que o fármaco (é oxidado preferencialmente
ao fármaco);
CONSERVANTES
Em SOLUÇÕES, normalmente, utiliza-se a associação de
Os parabenos são geralmente escolhidos por NÃO serem afetados pelo pH da solução, de
forma diferente dos conservantes ácidos.
1 • Soluções Nasais
2 • Soluções Otológica
3 • Soluções Oftálmicas
4 • Soluções Orais
Quanto aos TIPOS, podemos dividir as Soluções de uso ORAL em dois grandes grupos:
efeito Sistêmico e efeito Tópico.
Soluções Orais
Propriamente Xaropes Elixires Tinturas
Ditas
Enxaguatórios
Enemas
Bucais
XAROPES
carregado através da garganta pelo xarope viscoso. Ou seja, a VISCOSIDADE é peça chave
para essa FF.
Perceba que, pela definição, um xarope possui no mínimo 45% (geralmente varia de 60%
a 80%) de açúcar. Consegue pensar em um tipo de paciente para o qual essa FF é um
problema? Exato: os DIABÉTICOS. E como resolver? Em alguns casos é possível a
substituição da sacarose por metilcelulose ou hidroxietilcelulose, os quais conferem
viscosidade ao xarope semelhante a de um xarope de sacarose.
Componentes do Xarope:
• Flavorizantes
c
• Corantes
d
Perceba que nos xaropes não há adição obrigatória de CONSERVANTES. Por quê? Devido
às altas concentrações de açúcar, há indisponibilidade de água necessária para o
crescimento de microrganismos.
O uso de conservantes passa a ser requerido para nos xaropes nos quais há uma redução
da concentração de sacarose por diluição.
A densidade específica do xarope simples é de 1,313 g/mL (ou seja, 100 mL xarope pesam
131,3 g). Como 85g de sacarose estão presentes, a diferença entre 131,3g –85g = 46,3g
(ou mL) de água purificada.
(UFF- 2013) A forma farmacêutica do xarope simples tem aplicação como veículo
edulcorante. Sua fórmula é composta por:
(A) 70 g de açúcar branco em água q.s.p. 100 mL.
(B) 75 g de açúcar branco em água q.s.p. 100 mL.
(C) 80 g de açúcar branco em água q.s.p. 100 mL.
(D) 85 g de açúcar branco em água q.s.p. 100 mL.
(E) 90 g de açúcar branco em água q.s.p. 100 ml
GABARITO: D
Preparo do Xarope:
Os xaropes podem ser preparados de 2 formas:
ELIXIRES
A principal característica dos elixires que deve ser guardada, para concursos: elixires são
soluções HIDROALCÓLICAS.
1. Água purificada;
4. Edulcorantes:
• Mais usados: sorbitol e sacarina sódica.
• A alta concentração de álcool impede a incorporação de altas concentrações de
sacarose devido a sua solubilidade limitada em álcool.
TINTURAS
ENEMAS
• Soluções administradas no reto, empregadas para limpar o intestino (enemas de
evacuação) ou para exercer efeitos locais ou sistêmicos (enemas de retenção).
• Podem ser soluções aquosas ou oleosas.
2. SUSPENSÕES
Definições:
“É a forma farmacêutica líquida que contém partículas sólidas dispersas em um veículo
líquido, no qual as partículas não são solúveis (Farmacopéia Bras 2010).”
São as partículas
Fase Interna Fase Dispersa
INSOLÚVEIS
DISPERSÕES GROSSEIRAS:
• Partículas maiores de 0,5 µ;
• A partícula não atravessa o papel filtro; não difunde; não passa através da membrana
dialisadora; é visível ao microscópio;
Algumas suspensões já vêm prontas para uso, ou seja, já estão dispersas num veículo
líquido com ou sem estabilizantes e outros adjuvantes farmacêuticos.
B) Comportamento de sedimentação
Os vários fatores que influenciam a velocidade de sedimentação das partículas de uma
suspensão são tratados na Lei de Stokes.
Viscosidade
Velocidade de
Sedimentação
Floculadas Defloculadas
e a adição de
o uso de eletrólitos polímeros que
o controle do tamanho
para controlar o permitam a ocorrência
da partícula
potencial zeta de reticulações entre
as partículas
Uso de Eletrólitos:
• Na maioria das suspensões em que as partículas estão dispersas em água, observa-se
uma carga adquirida por adsorção de íons ou por ionização. Se a carga for originada
de ionização, essa mesma carga da partícula dependerá do pH do meio. Forças
Polímeros
• Amido, alginatos, derivados da celulose, goma adragante, carbômerose silicatos são
exemplos de polímeros que podem ser usados para controlar a floculação.
AGENTES SUSPENSORES
AGENTES MOLHANTES
Nas suspensões a interface ocorre entre um sólido e um líquido, como também entre uma
suspensão e o ar. Quanto MENOR o tamanho da partícula, MAIOR a interface partícula:
líquido.
Alguns sólidos apresentam dificuldade de incorporação no veículo, resultando em grumos.
Nestes casos, é indicado primeiro MOLHAR o pó com um agente MOLHANTE.
Ex de agentes MOLHANTES: Polissorbatos, glicerina, PEG, sorbitol, etc.
3. EMULSÕES
TIPOS DE EMULSÃO
Emulsão Emulsão
óleo em água em
água O/A Fase óleo A/O Fase
dispersa: dispersa:
óleo água
Fase Fase
contínua: contínua:
água óleo
Em geral:
• EHL para emulsões A/O: 3 –6
• EHL para emulsões O/A: 8 –16
Uma mistura de um agente emulsionante solúvel em óleo com outro solúvel em água
permite obter emulsões com resultados mais satisfatórios (presença de uma camada
condensada de emulsionante na interface óleo-água).
CLASSIFICAÇÃO DE TENSOATIVOS
Não
Aniônicos Catiônicos Anfóteros
Iônicos
ANIÔNICOS
• Em solução aquosa, dissociam-se formando íons carregados negativamente.
• Muito utilizados (↓custo), mas somente em preparações externas (irritação).
• Ex: Sabões de metais alcalinos e de amônio. Ex: estearato de sódio.
CATIÔNICOS
• Em solução aquosa, dissociam-se formando íons positivos.
• Os compostos de amônio quaternário representam o grupo mais importante.
• Usados de forma ampla como desinfetante e conservante, também são convenientes
como emulsionantes O/A.
• Problema: Toxicidade: empregados somente em cremes anti-sépticos.
Incompatibilidade: emulsionantes aniônicos e ânions polivalentes – APENAS PARA
USO EXTERNO.
• Mais utilizado dos emulsionantes catiônicos: Cetrimida.
NÃO-IÔNICO
• Compreendem substâncias lipossolúveis que estabilizam emulsões A/O e
substâncias hidrossolúveis (para O/A).
• Comum à combinação de emulsionantes hidrofílicos com lipofílicos: formação de
filmes interfaciais complexos ⇒emulsões mais estáveis. -↓taxa de toxicidade e
irritabilidade ⇒usados em preparações orais e parenterais;
• São menos sensíveis a alterações de pH e adição de eletrólitos;
• Tendem a ser mais caros;
ANFÓTEROS
• Possuem grupamentos carregados positiva e negativamente, dependendo do pH
do sistema-> São catiônicos em pH baixo e aniônicos em pH elevado.
• Seu uso como emulsionante não é muito difundido, mas a lecitina é utilizada para
estabilizar emulsões lipídicas intravenosas.
Modificadores de densidade
• Quando a fase dispersa e contínua possuem a mesma densidade, NÃO ocorrerá
sedimentação.
• Teoricamente, é possível modificar a densidade da fase aquosa de uma emulsão por
meio da incorporação de sacarose, dextrose, glicerina ou propilenoglicol.
Agentes umectantes:
• Glicerina, polietilenoglicol e propilenoglicol são exemplos que podem ser incluídos
em emulsões com o objetivo de reduzir a evaporação da água, tanto após a
abertura do produto acondicionado quanto após sua aplicação sobre a superfície
cutânea. Se aplicados sobre a pele, em elevadas concentrações, podem remover a
umidade da pele (desidratando-a).
adição de substância
Crescimento Mudança de
incompatível com o
Bacteriano Temperatura
emulsificante
a) II, somente.
b) III, somente.
c) II e III, somente.
d) I, II e III.
GABARITO: D
FORMAS DE INSTABILIDADES
FLOCULAÇÃO:
• O que ocorre: Aproximação das gotículas -> Predisposição à coalescência;
• Caso ocorra qualquer enfraquecimento
dos filmes interfaciais, pode haver coalescência
• É reversível.
COALESCENCIA
• O que ocorre: QUEBRA (separação de fases da emulsão)
• Como? Há Ruptura dos filmes formados entre duas
gotículas que se unem para formar uma gotícula maior.
CREAMING:
• Muitas emulsões formam creme sob repouso. A fase dispersa, conforme sua
densidade relativa à fase contínua, sobe ou desce, formando uma camada de
emulsão mais concentrada.
• Não constitui um problema sério de estabilidade
(uniformidade retomada por simples agitação).
• Mas, o creaming é indesejável do ponto de vista farmacêutico
por ser deselegante na aparência, possibilitando uma dosagem imprecisa e
aumentando a possibilidade de coalescência (glóbulos mais próximos entre si).
INVERSÃO DE FASE
• Emulsões estabilizadas com emulsificantes não-iônicos (polissorbatos) podem
inverter sob aquecimento (quebra das ligações de hidrogênio –valor de EHL é
alterado e a emulsão inverte).
GABARITO: D
SUPOSITÓRIOS
Apresentações sólidas para uso retal, que se fundem à temperatura corporal. Principais bases para
formulação: manteiga de cacau e os Polietilenoglicois.
Se a administração for realizada na porção FINAL do reto, o fármaco é levado direto para a veia
cava inferior, evitando o efeito de primeira passagem; Se a administração for realizada na porção
inicial, há drenagem para a veia porta, e ocorre efeito de primeira passagem.
COMPRIMIDOS
VANTAGENS
•Facilidade de administração;
4
(2009 – UFBA – UFRB) – Julgue como Verdadeiro ou Falso: Os comprimidos, por suas
propriedades químicas, mecânicas e microbiológicas apresentam uma estabilidade maior do
que as outras formas farmacêuticas orais, o que se reflete em prazos de validade mais
reduzidos.
COMENTÁRIO: Falso. De fato uma das vantagens dos comprimidos é sua maior
estabilidade que tem como consequência prazos de validade MAIORES.
GABARITO: F
DESVANTAGENS
Outros (tampão,
Lubrificantes Absorventes Molhantes
corantes)
DILUENTES:
AGLUTINANTES:
DESINTEGRANTES:
LUBRIFICANTES:
ABSORVENTES:
MOLHANTES:
• Substâncias tensoativas capazes de reduzir a tensão interfacial de dois meios (sólido e
líquido), favorecendo a dissolução do fármaco;
• São usados para combater a repulsão da água por parte dos lubrificantes (substâncias
que tem propriedades hidrófobas – ex: estearato de magnésio)
• Ex.: Lauril sulfato de sódio, polioxietilenosorbitanos (Tweens), lecitina de soja.
TAMPÕES:
• Substâncias ácidas ou básicas fracas, com função de quando dissolvidas, manter o pH
do meio controlado.
• Ex.: Fosfatos alcalinos (mais utilizados), carbonatos, acetatos, citratos.
3- Suficiente aglutinabilidade;
Produção de Produção de
Produção de
comprimidos por comprimidos por
comprimidos por
granulação por via granulação por via
compressão direta
úmida seca
ETAPAS:
Calibração (partículas
Mistura do
Fracionamento com tamanhos
Lubrificante
uniformizados)
Aglomeração
(formação da Granulação
massa úmida)
Mistura do
Fracionamento Compactação
Lubrificante
Mistura Calibração
Aglomeração Moagem
Fracionamento
Mistura Compactação
(Pesagem)
COMPRIMIDOS REVESTIDOS
3. Revestimento entérico
• Os comprimidos passam intactos pelo estômago e se desintegram no
intestino;
• Revestimento tem que ter espessura suficiente e deve ser resistente ao pH
ácido do estômago e se dissolver no pH alcalino (revestimento é baseado no
pH).
• Materiais usados: ftalatos, goma-laca.
• Usado para produção de medicamentos de liberação retardada.
Comprimidos de Liberação
Modificada
Objetivo manter uma concentração constante do fármaco no sangue, durante um tempo maior
do que as formas convencionais (de liberação imediata), principalmente para fármacos de meia‐
vida curta.
( ) Cápsulas de ação prolongada, retardada ou contínua (retard) são preparadas para serem
absorvidas de forma gradual. Possibilitam a libertação contínua e gradual do fármaco devido
aos diferentes níveis de dissolução dos grânulos contidos na cápsula. Reduz o número de
doses a administrar por dia e não devem ser trituradas, nem mastigadas, nem o seu
conteúdo esvaziado para misturar com alimentos ou líquidos, pois pode alterar a absorção.
COMENTÁRIO: CORRETO
A) ERRADA- A granulação por via seca é pouca utilizada, tendo como principal uso a
produção de termolábeis e higroscópicos;
B) ERRADA – Granulação por via úmida: processo com maior número de etapas;
C) ERRADA – Compressão direta tem como VANTAGEM o número REDUZIDO de etapas
– apenas 3;
D) CORRETA
E) ERRADA – principal solvente: água.
GABARITO: D
CÁPSULAS
FORMULAÇÃO
- Fármaco
- Adjuvantes
A- Diluentes: lactose, amido, celulose microcristalina;
B- Lubrificantes/deslizantes: estearato de magnésio, talco, dióxido de silício coloidal
(quando o estearato de magnésio é usado, por ser muito hidrofóbico, pode retardar a
dissolução => usasse um tensoativo (lauril) para contornar).
C- Absorventes: fosfato de cálcio, dióxido de silício (aerosil), carbonato de cálcio;
D- Molhantes: polissorbatos, lauril sulfato de sódio;
E-Desintegrantes: amido, amido glicolato de sódio, croscarmelose sódica,
polivinilpolipirrolidona.
Uma farmácia de manipulação recebeu de um cliente uma receita de cápsulas de cetoprofeno 50mg.
O farmacêutico verificou que no almoxarifado existe cetoprofeno com pureza de 90% peso/peso e
volume aparente de 1,2 mL/g. Existe disponível como diluente amido com volume aparente de 1,1
mL/g e cápsula número 04 que comporta um volume de 0,21 mL. A massa de diluente por cápsula,
em g, é de:
a) 0,1303
b) 0,1432
c) 0,1576
d) 0,1624
e) 0,1229
COMENTÁRIOS:
Incialmente vamos determinar a massa e correspondente volume de cetoprofeno que será utilizada
para atender a prescrição (50mg):
• Regulação térmica
• Detecção de estímulos externo
• Excreção de dejetos
É divida em:
Uma vez que haja a passagem por toda a epiderme, chegando à derme, diz-se que houve
a PERMEAÇÃO.
POMADAS
Pomada
propriamente Pasta Creme Gel
dita
Obtida por
Obtida por Obtida por Obtido por
solução/suspensão
suspensão emulsão dispersão
ou emulsão
Deve possuir um
Preparada por Tipo de pomada Tipo de pomada
agente de
substâncias com grande que possue um
gelificação
oleosas quantidade de pó emulgente.
(polímero)
insolúvel.
• Pomadas Hidrofóbicas
o Principais bases:
Parafina Veselina
• Pomadas aquo-oleosas:
o Principal base:
• Pomadas hidrofílicas
o Principal base
• Lavável com água. Podem absorver água. Permite a
POLIETILENOGLICOL incorporação de extratos aquosos e ativos hidrofílicos.
• Não oclusiva e não untuosa.
• São contra-indicados em pacientes com
queimaduras extensas, pois são hiperosmóticos.
• Não são tóxicos, mas possuem a desvantagem de
apresentar maior probabilidade de incompatibilidades
com fármacos.
• Nas pomadas normalmente utilizam-se misturas de
PEG com pesos moleculares diferentes que
amolecem à temperatura corporal.
CREME
Creme: É a forma farmacêutica semissólida que consiste de uma emulsão, formada por
uma fase lipofílica e uma fase hidrofílica. Contém um ou mais princípios ativos dissolvidos
ou dispersos em uma base apropriada e é utilizada, normalmente, para aplicação externa
na pele ou nas membranas mucosas.
Por tratarem-se de emulsões, os cremes também apresentarão: uma fase hidrofílica, uma
fase lipofílica e um tensoativo.
Lembre-se da relação: Quanto mais afinidade por água, maior o EHL do tensoativo.
• NÃO-IÔNICOS: Molécula anfifílica que quando misturada à agua, não apresenta carga.
o Exemplo: Spam 40, Spam 60 (o que diferencia o número do SPAM é o
tamanho da cadeia carbônica); álcoois graxos etoxilados, mono e diésteres
de cadeia longa de polietilenoglicol.
• IÔNICOS: Molécula que quando misturada à água apresenta carga. Podem ser
classificados em:
1. Agentes Espessantes
• Objetivos:
o Deixar a formulação mais espessa (afinal, uma formulação apenas
com A+O+T ficaria fluida);
o Dificultar a separação de fase.
2. Umectantes
• Objetivo: reter água no produto. Caso não seja utilizado, a formulação perde
água
• Exemplos: propilenoglicol, glicerina, sorbitol
3. Conservante
• Objetivo: prevenir a contaminação microbiana.
4. Antioxidante
• Objetivo: aumentar a estabilidade química
• Exemplos: Metabissulfito (para soluções hidrofílicas) , BHT (para soluções
lipofílicas).
GEL
O gel possui uma porcentagem muito grande de água (em torno de 90%), logo, há
necessidade de um sistema conservante extremamente efetivo (lembre-se que quanto maior
a quantidade de água, mais susceptível um sistema é à contaminação microbiana).
AGENTE ESPESSANTE
O agente espessante (gelificante) utilizado no gel trata-se de um POLÍMERO e tem como
objetivo aumentar a viscosidade.
Polímero
Polímero
NÃO
Iônico
iônico Representante:
Hidroxietilcelulose Representante: Carbopol
(Natrosol)
Características:
Características: 1. Não é estável frente ao pH
(ácido desestabiliza) -
1. Estável frente ao pH; incompatível com ácido,
2. Sensorial ruim => eletrólitos e traços de ferro.
aspecto "melado". 2. Sensorial melhor;
3. Necessita de 3. Necessita de alcalizante
aquecimento para (exemplo: hidroxido de sódio)
gelificação. para gelificação - necessidade
de neutralização à pH 7.
(UFRJ – 2012- Farmacêutico) O preparo do gel de Carbopol® 940 necessita de uma reação
química de:
A) neutralização com ácido cítrico;
B) polimerização com acrilamida;
C) neutralização com trietanolamina;
D) adição com metacrilato;
E) complexação com íons cálcio. 40.
COMENTÁRIOS: Para responder essa questão, lembre-se que para o preparo do gel de
carbopol (polímero iônico), há necessidade de neutralização com uma base, a fim de
alcalinizar o pH a 7. Logo, o gabarito da questão é a letra C, que apresenta o processo
correto (neutralização) e uma base- alcalinizante (trietanolamia).
Decore:
GABARITO: C
Gelificação do gel de
hidroxietilcelulose Aquecimento
(Natrosol)
GABARITO: C
Cremes
Pomadas
propriamente
Gel ditas
GABARITO: B
GABARITO: A
GABARITO: D
Uffa.. Muita informação, não é mesmo? Para simplificar sua vida, elaborei uma tabela-
resumo (que segue abaixo) elencando dos principais tipos de excipientes, separados por
formas farmacêuticas. Apenas com essa tabela você será capaz de “matar” várias
questões! Bacana, né? Então estude essa tabela com afinco, ok?
TABELA-RESUMO
SÓLIDOS
É um liquido que DIMINUI o tamanho Glicerina,
Agente de
das partículas de um pó por trituração Propilenoglicol
levigação
(geralmente um gral) Óleo mineral
Amido de milho
Estearatos
Estearato de
Lubrificante Reduzir a fricção durante a compressão
cálcio/magnésio
Óleo mineral
Revestem os comprimidos para:
-> proteger da decomposição pelo
O2, umidade
Revestimento
->fornecer perfil de liberação
desejável
->Mascarar sabor ou odor
Revestimento de Glicose ou sacarose
Tem água como solvente
açúcar líquida
Celuloses
Revestimento Se dissolve no estômago (se não for (metilcelulose,
pelicular (filme) entérico) propilceulose,
metilproprilcelulose)
Revestimento Passa intacto pelo estômago, sendo Goma laca
entérico rompido no intestino (ph mais alcalino) Aceftolato de celulose
Componente da solução de Glicerina
Plastificante
revestimento: tornar o filme mais flexível Ftalao de dietila
Opacificante Conferir revestimento opaco Dióxido de titânio
Agente de Cera de carnaúba, cera
Conferir brilho ao revestimento
polímero para cp branca
Ácido algínico, CMC,
Promove a desintegração em partículas celulose
Desintegrantes
menores microcristalina, amido,
alginato de sódio
Excipientes para
Fosfato de cálcio
compressão Usados nas formulações de cp
dibásico
direta
GABARITO: E
LISTA DE QUESTÕES
Dados:
(C) Para contornar especificamente o problema descrito no item c, poderia ser adicionada à
preparação metabissulfito de sódio e EDTA.
(D) De acordo com o item d, o fármaco X é ligeiramente solúvel em água.
(E) De acordo com o item e, o fármaco X é pouco solúvel em água e necessita de
aromatizantes e/ou corantes para melhorar a aparência e palatabilidade da preparação
farmacêutica.
2. (UFF- 2013) A forma farmacêutica do xarope simples tem aplicação como veículo
edulcorante. Sua fórmula é composta por:
(A) 70 g de açúcar branco em água q.s.p. 100 mL.
(B) 75 g de açúcar branco em água q.s.p. 100 mL.
(C) 80 g de açúcar branco em água q.s.p. 100 mL.
(D) 85 g de açúcar branco em água q.s.p. 100 mL.
(E) 90 g de açúcar branco em água q.s.p. 100 ml
a) II, somente.
b) III, somente.
c) II e III, somente.
d) I, II e III.
11. (UFRJ – 2012- Farmacêutico) O preparo do gel de Carbopol® 940 necessita de uma
reação química de:
A) neutralização com ácido cítrico;
B) polimerização com acrilamida;
C) neutralização com trietanolamina;
D) adição com metacrilato;
E) complexação com íons cálcio. 40.
13. (2013-COPESE – UFPI)- Pomadas, pastas, cremes e géis são formas farmacêuticas
destinadas à aplicação tópica utilizadas para tratamento de várias afecções da pele. Sobre
estas formas farmacêuticas, assinale a opção CORRETA:
(A) Géis são formas farmacêuticas semissólidas que consistem de uma emulsão, formada
por uma fase lipofílica e uma fase aquosa. Contêm um ou mais princípios ativos dissolvidos
ou dispersos em uma base apropriada e são utilizados normalmente para aplicação externa
na pele ou nas membranas mucosas.
(B) Pomadas que não contêm fármacos são utilizadas devido a seus efeitos físicos como
protetoras, emolientes ou lubrificantes.
(C) Cremes são formas farmacêuticas semissólidas com um ou mais princípios ativos, que
contêm um agente gelificante para fornecer firmeza a uma solução ou dispersão coloidal (um
sistema no qual partículas de dimensão coloidal – tipicamente entre 1 nm e 1 mm – são
distribuídas uniformemente através do líquido). Um gel pode conter partículas suspensas.
(D) Pomadas são formas farmacêuticas sólidas para aplicação na pele ou nas membranas
mucosas e que consistem de solução ou dispersão de um ou mais princípios ativos em
baixas proporções em uma base adequada.
(E) Devido à dureza que as caracteriza, as pomadas permanecem no local de aplicação e
são empregadas com eficácia na absorção de secreções serosas.
18. (2015- FUNCAB- CRF/RO) - Muitos excipientes podem ser usados para preparar a
forma farmacêutica desejada. Qual das opções a seguir é definida como um agente
antioxidante?
a) Glicerina
b) Ácido ascórbico
c) Bentonita
d) Ácido eclético
e) Cloreto de benzalcônio
1. Comprimidos
2. Drágeas
3. Cápsulas
4. Supositórios
a) 1-3-2-4
b) 4-3-2-1
c) 3-2-1-4
d) 2-1-4-3
e) 4-2-1-3
25. (2013- CESPE – SESA/ES) - A respeito das formas farmacêuticas sólidas, assinale
a opção correta.
a) Comprimidos sublinguais são empregados para um efeito rápido da substância ativa sem
que ocorra metabolização de primeira passagem hepática.
b) Supositórios são empregados para um efeito local ou sistêmico da substância ativa sem
que ocorra metabolização de primeira passagem hepática.
c) Na formulação de comprimidos, é fundamental que se adicione um agente suspensor que
auxiliará na distribuição homogênea do fármaco nos fluidos corporais após sua
desintegração.
d) Cápsulas não podem ser utilizadas para fármacos sensíveis ao pH estomacal.
e) No preparo de pós farmacêuticos ou cápsulas, a diferença de densidade e(ou) tamanho
de partícula entre o fármaco e o diluente facilita a obtenção de uma mistura uniforme.
Coluna A
1) Corante
2) Conservante
3) Antioxidante
4) Emulsificante
Coluna B
( ) BHA e BHT
( ) Cochonila
( ) Lecitina
( ) Nitrito
I. Uma solução farmacêutica pode ser classificada como oral, tópica, oftálmica,
otológica, nasal e parenteral.
II. Quando uma solução é formada por um solvente e um soluto, é denominada solução
verdadeira.
III. As soluções não são vantajosas em relação às cápsulas e aos comprimidos porque
são absorvidas mais lentamente.
IV. Soluções otológicas são formas farmacêuticas destinadas para aplicação no canal
auditivo para remoção de cerúmen, infecções e inflamações.
39. (2016- PR4-UFRJ- UFRJ) - Segundo a Lei de Stokes, assinale a alternativa que
contém os fatores que interferem na estabilidade de uma emulsão.
a) Tamanho da gotícula e floculação do sistema.
b) Tamanho da gotícula e diferença de densidades de ambas as fases.
c) Viscosidade da fase interna e densidade do tensoativo.
d) Floculação do sistema e viscosidade da fase externa.
e) Viscosidade da fase interna e redispersibilidade do tensoativo.
GABARITO
1-B 2-D 3-A 4-A 5-D
6-D 7-A 8-E 9-D 10-A
11-C 12-A 13-B 14-C 15-B
16-A 17-E 18-B 19-D 20-C
21-A 22-E 23-E 24-E 25-A
26-E 27-D 28-D 29-B 30-D
31-D 32-E 33-D 34-B 35-C
36-C 37-E 38-C 39-B 40-A