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NOÇÕES DE

FARMACOLOGIA

Professor: Enfº Sérgio Augusto


INTRODUÇÃO

A farmacologia é a ciência que estuda como as


substâncias químicas interagem com os sistemas
biológicos. Abrange a composição de medicamentos,
propriedades, interações, toxicologia e efeitos desejáveis
que podem ser usados no tratamento de doenças.
Conceitos básicos
Estudo dos fármacos; Fármaco; Medicamento; Droga;
Remédio; Placebo; Nocebo; Veneno; Reação Adversa;
Efeito Colateral; Resistência; Princípio Ativo; Excipiente;
Veículos; Ação terapêutica; Ação Profilática; Ação auxiliar
de diagnóstico.
Divisões da farmacologia
Farmacologia Geral;
Farmacologia Especial;
Farmacognosia;
Farmacotécnica;
Farmacodinâmica;
Farmacocinética;
Toxicologia
Farmacocinética

As fases da farmacocinética são:


• Liberação;
• Absorção;
• Distribuição;
• Biotransformação;
• Excreção
Farmacocinética
Os sítios de excreção denominam-se emunctórios e, além do
rim, incluem:
• pulmões • saliva
• fezes • leite materno
• secreção biliar • lágrimas
• suor
Farmacodinâmica
A Farmacodinâmica é o campo da farmacologia que
estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos nos
organismos, seus mecanismos de ação e a relação entre
concentração do fármaco e efeito.
De forma simplificada, podemos considerar
farmacodinâmica como o estudo do efeito da droga nos
tecidos.
Farmacodinâmica
Receptores
• A maioria das células possui muitos receptores de superfície, o
que permite que a atividade celular seja influenciada por
substâncias químicas como os medicamentos ou hormônios
localizados fora da célula.
• O receptor tem uma configuração específica, permitindo que
somente uma droga que se encaixe perfeitamente possa
ligar-se a ele – como uma chave que se encaixa em uma
fechadura.
Farmacodinâmica
Enzimas
• As enzimas auxiliam o transporte de substâncias químicas vitais,
regulam a velocidade das reações químicas ou se prestam a
outras funções de transporte, reguladoras ou estruturais.
• As drogas direcionadas para as enzimas são classificadas como
inibidoras ou ativadoras (indutoras).
• Quase todas as interações entre drogas e receptores ou entre
drogas e enzimas são reversíveis. Numa interação irreversível, o
efeito da droga persiste até que o corpo produza mais enzimas.
Farmacodinâmica
Potência e Eficácia
• A potência refere-se à quantidade de medicamento
(comumente expressa em miligramas) necessária para
produzir um efeito, como o alívio da dor ou a redução da
pressão sanguínea.
• A eficácia refere-se à resposta terapêutica máxima
potencial que um medicamento pode produzir.
Farmacodinâmica
Tolerância
• Tolerância ocorre quando o corpo adapta-se à contínua presença da
droga, devido a administração repetida ou prolongada de
medicamentos.
• Comumente, são dois os mecanismos responsáveis pela tolerância:
1 - o metabolismo da droga é acelerado; e
2 - diminui o número de receptores ou sua afinidade pelo medicamento.
Dose máxima, mínima, terapêutica e fatal
Dose: É a quantidade de medicação que produz resposta
terapêutica.
• Dose máxima; • Dose mínima; • Dose terapêutica; • Dose
letal; • Ação Local; • Ação Sistêmica; • Nome Genérico; •
Nome Comercial; • Uso externo; • Uso interno; • Chás
medicinais
Classificação das vias de administração de
medicamentos
As vias de administração de fármacos podem ser tópica,
enteral e parenteral:
• Tópica - efeito local; a substância é aplicada diretamente onde
se deseja a ação.
• Enteral - efeito sistêmico (não-local); recebe-se a substância
via trato digestivo.
• Parenteral - efeito sistêmico; recebe-se a substância por
outra forma que não pelo trato digestivo
Classificação das vias de administração de
medicamentos
Tópica

Tem efeito local; a substância é aplicada diretamente onde se deseja a ação.

• Epidérmica - aplicação sobre a pele, ex. teste de alergia, anestesia local


tópica.

• Inalável – Exemplos: medicamentos para asma.

• Enema: ex. meio de contraste para imagem digestiva.

• Colírios: sobre a conjuntiva, ex. antibióticos para conjuntivite. • Gotas


otológicas: antibióticos e corticóides para otite externa.

• Intranasal: ex. spray descongestionante nasal.


Classificação das vias de administração de
medicamentos
Enteral
• Pela boca: muitas drogas na forma de tabletes, cápsulas ou
gotas
• Por tubo gástrico: tubo de alimentação duodenal ou
gastrostomia, diversas drogas e nutrição enteral
• Pelo reto: várias drogas em forma de supositório ou enema
Classificação das vias de administração de
medicamentos
Parenteral por injeção ou infusão

• Injeção intravenosa (na veia) Ex. Várias drogas, nutrição parenteral total;

• lnjeção intra-arterial (na artéria) Ex. Drogas vasodilatadoras para o


tratamento de vasoespasmos e drogas trombolíticas para o tratamento de
embolia;

• lnjeção intramuscular (no músculo) Ex. Várias vacinas, antibióticos e agentes


psicoativos de longa duração;

• lnjeção intracardíaca: direto no músculo cardíaco;

• lnjeção subcutânea (sob a pele) Ex. Insulina


Classificação das vias de administração de
medicamentos
• infusão intraóssea (na medula óssea) é um acesso intravenoso indireto
porque a medula óssea acaba no sistema circulatório. Esta via é usada
ocasionalmente para drogas e fluidos na medicina de emergência e na pediatria,
quando o acesso intravenoso é difícil;

• injeção intradérmica: (na própria pele) é usada para teste de pele de alguns
alergênicos e também para tatuagens;

• injeção intraperitoneal, (no peritônio) é predominantemente usada na


medicina veterinária e no teste de animais para a administração de drogas
sistêmicas e fluidos, devido à facilidade de administração comparada com outros
métodos parenterais.
Classificação das vias de administração de
medicamentos
Para escolher a via de administração deve-se considerar:
• O melhor efeito útil do medicamento;
• A condição do paciente;
• Comodidade (qual a via mais cômoda para o paciente);
• Via mais segura;
• Custo;
• A existência do medicamento em diferentes formas farmacêuticas.
Formas de apresentação, absorção e excreção

Existem diferentes formas de apresentação dos medicamentos:


• Sólidas, Semi sólidas, Líquidas, Pós:
São preparações farmacêuticas que se caracterizam pela mistura de
fármacos e/ou substâncias químicas finamente divididas e na forma
seca. Alguns pós são destinados ao uso interno e outros ao uso
externo. Os pós podem ser administrados sob a forma simples ou
serem ponto de partida para outras formas farmacêuticas como
papéis e cápsulas.
Existem diferentes formas de apresentação dos
medicamentos:
Grânulos

São formas farmacêuticas composta de um pó ou uma mistura de pós


umedecidos e submetidos a secagem para produzir grânulos de tamanho
desejado.

Cápsulas

São formas farmacêuticas sólidas, as quais uma ou mais substâncias


medicinais e/ou inertes são acondicionadas em um invólucro à base de
gelatina. As cápsulas gelatinosas podem ser duras ou moles. São
administradas por via oral e possuem propriedades de desintegrarem-se e
dissolverem-se no tubo digestivo
Existem diferentes formas de apresentação dos
medicamentos:
Tabletes ou comprimidos

São formas farmacêuticas sólidas de forma variável, cilíndrica ou discóide,


obtidas por compressão de medicamentos mais o excipiente.

Drágeas

São formas farmacêuticas obtidas pelo revestimento de comprimidos. Para este


fim, se utiliza diversas substâncias, como: queratina, ácido esteárico e gelatina
endurecida com formaldeído.
Existem diferentes formas de apresentação dos
medicamentos:
Pastilhas

São formas sólidas destinadas a se dissolverem lentamente na boca, constituída


por grande quantidade de açúcar e mucilagens associadas a princípios
medicamentosos.

Supositórios

São preparações farmacêuticas sólidas, à base de substância fundível pelo calor


natural do corpo, destinado a ser introduzido no reto, gerando amolecimento ou
dissolução do fármaco. O excipiente mais usado é a manteiga de cacau
(lipossolúvel) junto com a glicerina gelatinada (hidrossolúvel).
Existem diferentes formas de apresentação dos
medicamentos:
Óvulos

São formas farmacêuticas obtidas por compressão ou moldagem para aplicação


vaginal, onde devem se dissolver para exercerem uma ação local. O excipiente
em geral é a glicerina.

Pomadas: São preparações de consistência pastosa, destinada ao uso externo.

Cremes: São emulsões líquidas viscosas do tipo óleo e água ou água e óleo.

Emplastros: Forma farmacêutica que se dissolve à temperatura do corpo,


aderindo-se à pele. É usado como esparadrapo.
Existem diferentes formas de apresentação dos
medicamentos:
Soluções

São preparados líquidos obtidos por dissolução de substâncias químicas em


água.

Loções

São soluções que impregnam na pele; veículo é aquoso e usado sem fricção. Sua
fluidez permite aplicação rápida e uniforme sobre uma ampla superfície.

Emulsão: É uma forma farmacêutica líquida de aspecto cremoso feito com a


mistura de um líquido em óleo. Como agentes emulsionantes utiliza-se a goma
arábica e a gelatina.
Existem diferentes formas de apresentação dos
medicamentos:
Suspensão

São formas farmacêuticas que contêm partículas finas de substâncias ativa em


dispersão relativamente uniforme. Deve ser agitado antes do uso.

Extratos fluidos (Elixir)

São soluções hidroalcoólicas de constituintes solúveis de drogas vegetais.

Injeções

São preparações estéreis de soluções, emulsões ou suspensões destinadas à


administração parenteral.
Absorção e excreção
Absorção

Absorção é a passagem do medicamento do local onde foi administrado para a


corrente sanguínea. O transporte do medicamento para a corrente sanguínea é
feito através dos mecanismos de transporte da membrana (endocitose, transporte
ativo, difusão passiva e difusão facilitada).

Excreção

É a eliminação dos resíduos da medicação do organismo. Os resquícios de


medicamentos podem ser eliminados por urina, fezes, saliva, suor, fígado e rins.
Cálculos, administração de medicamentos e
fracionamento das doses
Solução

Mistura homogênea composta de soluto e solvente.

• Solvente: é a porção líquida da solução.

• Soluto: é a porção sólida da solução.

• Exemplo: No soro glicosado a água é o solvente e a glicose é o soluto.

Concentração - A relação entre a quantidade de soluto e solvente. Exemplo: g/ml


a quantidade em gramas de soluto pela quantidade em mililitros de solvente.
Cálculos, administração de medicamentos e
fracionamento das doses
Proporção

Forma de expressar uma concentração e consiste na relação entre soluto e


solvente expressa em “partes”.

Exemplo: 1:500, significa que há 1g de soluto para 500ml de solvente.

Porcentagem

É uma outra forma de expressar uma concentração. O termo por cento (%)
significa que a quantidade de solvente é sempre 100ml.

Exemplo: 7%, significa que há 7g de soluto em 100ml de solvente.


Cálculos, administração de medicamentos e
fracionamento das doses
Cálculo de gotejamento Normalmente, os soros são prescritos em tempos
que variam de poucos minutos até 24 h. A infusão é contínua e controlada
através do gotejamento. Para o cálculo do gotejamento é necessário
conhecer o volume e o tempo.
Na prática, o controle de gotejamento será feito em gotas/min ou
microgotas/min.
Fórmula: n= Volume (mL)/ T (horas) x 3
Cálculos, administração de medicamentos e
fracionamento das doses
Cálculo de insulina

PxS/F
Utilizar a fórmula: P= Prescrição S= Seringa F = Frasco

Primeiro devemos multiplicar, e em seguida dividir.


Cálculos, administração de medicamentos e
fracionamento das doses
Transformação de soluções
Para as transformações será usado como padrão o frasco de 500 ml de soro.
Temos 500 ml de soro glicosado 5 % e a prescrição foi de 500 ml a 10%.
• Primeiro passo
Verifica-se quanto de glicose há no frasco a 5 %.
100 ml – 5 g
500 ml – x
x = 500 x 5 / 100 = 25g
500 ml de soro glicosado a 5% contém 25g de glicose
Cálculos, administração de medicamentos e
fracionamento das doses
Segundo passo

Verifica-se quanto foi prescrito, isto é, quanto contém um frasco a 10%.

100ml – 10g

500 ml – x

X = 500 x 10 / 100 = 50g

500 ml de soro glicosado a 10% contém 50g de glicose. Temos 25g e a prescrição
foi de 50g; portanto, faltam 25g
Cálculos, administração de medicamentos e
fracionamento das doses
Terceiro passo: Encontra-se a diferença procurando supri-la usando ampolas de
glicose hipertônica. Temos ampola de glicose de 20 ml a 50%.
100 ml – 50g
20 ml – x
X = 20 x 50 / 100 = 10g
Cada ampola de 20 ml a 50 % contém 10g de glicose
20 ml – 10g
X – 25g
X = 20 x 25 / 10 = 50 ml > 2, 5 ampolas.
Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Antibióticos

São substâncias produzidas por células vivas que inibem ou matam os


micro-organismos, podem ser feitas a partir de: fungos, bactérias, e leveduras e
de forma sintética. Os antibióticos podem ser de amplo espectro ou de espectro
(eficaz contra muitos microrganismos), ou podem ser de espectro limitado (eficaz
contra alguns microrganismos).
Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Penicilinas

Primeiro antibiótico descoberto, e é utilizado até os dias atuais. Originado do


fungo: Penicilium.

Tipos: Penicilina G Benzatina; Penicilina semi-sintética: Amoxacilina ácido


clavulânico; Amoxicilina; Ampicilina Sódica; Oxacilina sódica e clavulanato de
potássio.
Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Cefalosporina: Derivadas de fungo, são ativas nos microrganismos das vias
urinárias, estafilacocus e estreptococos (algumas cepas); haemophilus
influenzae, invasor comum do ouvido médio e das vias respiratórias;
estreptococos e pneumococos; e gram negativos do trato gastrointestinal.
Tipos: Cefadroxil; Cefalexina; Cefazolina sódica; Cefradina.

Quinolonas: Droga antibacteriana de largo espectro, utilizados em


microrganismos que invadem as vias respiratórias, gastrointestinais e urinárias.
Tipos: Cloridrato de ciprofloxacino; Levofloxacino; Norfloxacino; Ofloxacina
Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Tetraciclina: Originária de fungos, de amplo espectro e eficazes contra muitos
microrganismos, em especial os que invadem o sistema respiratório, e os tecidos
moles.

Tipo: Cloridrato de tetraciclina

Eritromicina: Droga antibacteriana, a eritromicina é utilizada frequentemente em


infecções por estafilococo, haemophilus influenzae, mycoplasma pneumoniae,
usados em uretrites não gonocócicas e no acne vulgaris.

Tipos: Eritromicina; Azitromicina; Claritromicina.


Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Antimicóticos: É um grupo de medicamentos que combatem as infecções causadas por
fungos.
Anfotericina B - Eficaz para infecção por fungos sistêmica.
Cetoconazol - Eficaz em infecções severas por fungos.
Cloridrato de Terbinafina - Indicado v. o para micoses de unhas e pés.
Fluconazol - Eficaz em Candidíase intestinal.
Itraconazol - Indicado em infecção sistêmica para paciente imunodeprimido. Nistatina -
Indicado para paciente com infecção vaginal e tópico para infecção por leveduras; sistêmico
para grandes infecções.
Miconazol - Indicado para monilíase cutânea.
Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Antivirais

Aciclovir sódico - Indicado para Herpes simples, varicela zoster oral ou genital, varicela e em pacientes
imunodeprimidos.

Didanosina - Indicado para HIV avançado.

Ganciclovir sódica - Indicado em citomegalovírus.

Ribavirina - Indicado para infecções de vírus respiratórios, pneumonia por adenovírus, hepatite crônica.

Vidarabina - Intravenoso é indicado para Herpes simples, encefalite, herpes neonatal, varicela em
pacientes imunodeprimidos, herpes neonatal, herpes zoster e tópico em ceratite por herpes simples.

Zidovudina - É indicado no tratamento de AIDS e CRA (complexo relacionado a AIDS).


Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Antiparasitários
Albendazol - Indicado para lesões ativas do SNC, causado por Taenia Solium, e
por doença hidática císticas, que envolve pulmão, fígado, peritônio causados por
forma larvária da taenia do cão.
Mebendazol - Indicado para ascaris, ancilóstomo, triquinas, oxiúrides e muitos
parasitas tropicais.
Tiabendazol - Indicado no tratamento da larva migrans cutânea e das infestações
por triquina.
Permetrina - Indicado para piolhos (creme rinse) e para escabiose.
Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Antitussígeno e expectorantes
São medicamentos utilizados para o alívio da tosse, podem estar associados a
expectorantes que liquefazem o muco nos brônquios e facilitam a expulsão de secreção
do sistema respiratório.
Tipos: Codeína, dextrometadona, levodropropizina, levopropoxifeno.

Cardiotônicos ou inalatrópicos
Aumentam a contratibilidade do músculo cardíaco.
Tipos: Digoxina, Dopamina injetável
Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA)

São substância que inibem a ECA, utilizadas em Insuficiência cardíaca


Congestiva (ICC), também tem ação hipertensiva (evitando a conversão da ECA I
e ECAII substância vasoconstritora).

Seus efeitos estão em estudos ainda, porém parece minimizarem ou evitarem a


vaso dilatação ou disfunção ventricular esquerdo após o Infarto agudo do
Miocárdio(IAM).

Tipos: Captopril; Enalapril.


Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Inibidores da angiotensina II

É uma substância de efeito parecido com os inibidores da ECA, utilizada em


pacientes que apresentem sensibilidade ou que não o toleram.

Tipos: Losartana; Candesartana; Irbesartana

Beta-bloqueadores

São substâncias que bloqueiam os receptores betaadrenérgicos.

Tipos: Carvedilol; Pindolol, Propranolol, Timolol.


Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Vasoconstritores
São medicamentos que são responsáveis pela constrição dos vasos sanguíneos, muitos
utilizados para diminuir hemorragia, elevam a pressão arterial e aumentam a
contratilidade do miocárdio.
Tipos: Adrenalina, Noradrenalina, Sumax
Vasodilatadores
São medicamentos que atuam na amplitude do vaso sanguíneo, são auxiliares no
tratamento de doenças vasculares periféricas, patologias cardíacas e hipertensão.
Tipos: Monocordil, Nitroprussiato de Sódio
Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Coagulantes

São medicamentos que aceleram o processo de coagulação.

Tipos: Sais de cálcio; Vitamina K; Sulfato de Alumínio

Anticoagulantes

São medicamentos que aumentam o tempo de coagulação. Dois tipos de anticoagulantes são
mais utilizados: as heparinas e os anticoagulantes orais. As heparinas têm ação imediata após a
administração, enquanto que os anticoagulantes orais têm sua ação mais lenta.

Tipos: Varfarina, Rivaroxabana


Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Anestésicos

• Locais: São um grupo de medicamentos utilizados para a indução da anestesia


a nível local sem produzir inconsciência.

• Gerais: Produzem a inconsciência. São drogas depressoras do SNC.

Tipos: Cloridrato de midazolam; Diazepam; Tiopental sódico; Enflurano; Óxido


nitroso halotano.
Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Antitérmicos
São medicamentos utilizados para aliviar os estados febris, que podem ser
causados por inflamações, desidratações e moléstias infecciosas.
Tipos: Paracetamol, Dipirona e AAS

Hipnóticos e sedativos
Utilizados para promover a sedação.
Tipos: Fenobarbital; Cloridrato de Flurazepan.
Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Analgésicos opióides

São substâncias com grande potência para diminuir a dor, que agem no nível de
sistema nervoso central. Podem causar dependência, devendo ser utilizadas com
cautela. São derivados do ópio.

Tipos: Sulfato de Morfina; Fosfato de Codeína; Cloridrato de Tramadol;


Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Analgésicos não narcóticos e não opióides

São substâncias utilizadas para diminuir a dor, que agem a nível periférico.

Tipos: Aspirina; Ibuprofeno

Anticonvulsivantes

As drogas anticonvulsivantes também são chamados de anticonvulsivas, é a classe de


fármacos utilizada para a prevenção e tratamento das crises convulsivas.

Tipos: Fenitoína; Carbamazepina; Clonazepam; Ácido Valpróico; Fenobarbital.


Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Antiparkisonianos
São utilizados no controle de doença de Parkinson (ou Mal de Parkinson), é uma doença
degenerativa, crônica e progressiva, que acomete em geral pessoas idosas.
Tipos: Levodopa; Carbidopa; Combinação de Levodopa e Carbidopa.

Tranquilizantes
São medicamentos utilizados para tranquilizar, acalmar, trata-se de psicótico, controlado
e pode causar dependência.
Tipos: Diazepam; Haloperidol; Cloridrato de Clorpromazina; Carbonato de lítio.
Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Antidepressivos
São medicamentos usados para a melhora de quadros de Depressão tais como: tristeza;
desânimo; fadiga; insônia; perda ou ganho de peso; lentidão ou agitação entre outros.
Tipos: Fluoxetina; Paroxetina; Cloridrato de Amitriptilina;

Ansiolíticos
São medicamentos que reduzem a ansiedade.
Tipos: Diazepam, Alprazolam, Clonazepam
Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Antiflamatórios

São medicamentos capazes de reduzir ou curar uma inflamação.

Tipos: Cetoprofeno; Hidrocortisona; Diclofenaco; Prednisona; Dexametasona

Anti-secretores gástricos

São medicamentos utilizados para inibir a secreção indiretamente.

Tipos: Cimetidina; Ranitidina; Omeprazol.


Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Antiácidos

Atuam diretamente no estômago, neutralizando o ácido gástrico.

Tipos: Hidróxido de Alumínio; Hidróxido de Magnésio.

Antieméticos

São medicamentos que auxiliam na prevenção do vômito.

Tipos: Cloridrato de Metoclopramida; Ondasetrona


Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Hormônios

São medicamentos utilizados na terapia de reposição hormonal.

Tipos: Corticosteróides - Suprimem as respostas imune e reduzem a inflamação.


Glicocorticóides - Têm efeito anti-inflamatório, metabólico e imunossupressor.
Cortisona; Hidrocortisona; Prednisona.

Agente antidiabético: Insulina.

Hiperglicemiantes - Eleva os níveis de glicemia: Glucagon.


Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Hipoglicemiantes via oral
São medicamentos utilizados no controle e regulação da glicemia, é considerado
antidiabético.
Tipos: Clorpropamida; Glibenclamida, Metformina, Glicazida
Diuréticos São medicamentos utilizados para o aumento da excreção da água e
de eletrólito a nível renal. No geral, são utilizados na terapia da Hipertensão
Arterial, os principais utilizados são usados como medicamentos
cardiovasculares.
Tipos: Hidroclorotiazida; Furosemida; Espironolactona.
Grupos Farmacológicos (Classificação dos fármacos)
Quimioterápicos
São utilizados para tratamento de neoplasias, que tem por objetivo tratar uma
patologia tumoral ou não. Os fármacos usados para o tratamento de neoplasias
quando a cirurgia ou radioterapia não é possível ou é ineficaz, e como adjuvantes
para cirurgia. A grande maioria dos agentes quimioterápicos/antineoplásicos é de
natureza tóxica e sua administração exige grande cuidado e habilidade. Cometer
um erro durante o manuseio ou na administração de um desses medicamentos
pode levar a efeitos tóxicos graves, não apenas para o cliente, mas também para
o profissional que prepara e administra estes medicamentos.
Finalidade: curar, melhorar a sobrevida e/ou promover efeito paliativo.
Conceito e diferenças entre soro e vacina
Os dois agem como imunizadores, mas são usados em diferentes situações. O
soro é curativo, enquanto a vacina é, essencialmente, preventiva. Ambos são
produtos de origem biológica (chamados imunobiológicos) usados na prevenção e
tratamento de doenças.

O soro contém os anticorpos necessários para combater uma determinada


doença ou intoxicação.

Já as vacinas contêm agentes infecciosos incapazes de provocar a doença (a


vacina é inócua), mas que induzem o sistema imunológico da pessoa a produzir
anticorpos, evitando a contração da doença.
Conceito e diferenças entre soro e vacina
Vacina

As vacinas contêm agentes infecciosos inativados ou seus produtos, que induzem


a produção de anticorpos pelo próprio organismo da pessoa vacinada, evitando a
contração de uma doença. Isso se dá através de um mecanismo orgânico
chamado "memória celular". As vacinas diferem dos soros também no processo
de produção, sendo feitas a partir de microrganismos inativados ou de suas
toxinas, em um processo que, de maneira geral, envolve a fermentação, a
detoxificação e a cromatografia.

Tipos: BCG, Hepatite B, Gripe, etc.


Conceito e diferenças entre soro e vacina
Soro

São substâncias que contém anticorpos prontos para combater uma doença,
toxinas ou venenos (de cobra, por exemplo). Ele é utilizado em casos em que o
organismo não conseguiria produzir anticorpos específicos a tempo de combater
o agente invasor.

Alguns soros produzidos e distribuídos pelo Ministério da Saúde a todo o


país: • Antitetânico - para o tratamento do tétano. • Anfirrábico - para o
tratamento da raiva. • Antifidiftérico - para tratamento da difteria, Anticrotálico -
para acidentes com cascavel.
Medicamentos Genéricos
Instituídos pela Lei 9.787/99:

Altera a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre a


vigilância sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe sobre a
utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras
providências.

São medicamentos que têm as mesmas características e produzem no organismo


os mesmos efeitos que um medicamento de marca, mas não têm nome comercial
e são vendidos pelo princípio ativo (substância que produz os efeitos
terapêuticos).

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