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Formas Farmacêuticas

e
Vias de Administração
Curso de Odontologia
Disciplina de Farmacologia
Professor Jorge Mendes
mendesjuniorja@gmail.com
Forma Farmacêutica

Fórmula Farmacêutica
Fórmulas Farmacêuticas
• É a relação de substâncias que entram na constituição
de um medicamento.

• Pode ser classificadas em três tipos:

• Oficinal (Oficial)
• Magistral
• Especialidade farmacêutica
Fórmulas Farmacêuticas

• Oficinal ou Oficial

• Formulações fixas, com denominações imutáveis e


consagrada através dos tempos

• Exemplos: água oxigenada, solução de álcool iodado


Fórmulas Farmacêuticas

• Magistral

• Formulações preparada na farmácia atendendo a uma


prescrição de autoria do médico, cirurgião-dentista ou
médico veterinário, que estabelece sua composição, forma
farmacêutica, posologia e modo de usar

• Exemplos: solução de fluoreto de sódio, solução de


digluconato de clorexidina
Fórmulas Farmacêuticas

• Especialidade Farmacêutica

• Produto oriundo da indústria farmacêutica com registro na


ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e
disponível no mercado
Fórmulas Farmacêuticas
• Constituintes

• Princípio ativo

• Coadjuvante terapêutico

• Coadjuvante farmacotécnico

• Estabilizantes ou conservantes
Fórmulas Farmacêuticas

• Constituintes: princípio ativo

• Também chamado de base medicamentosa

• É o componente responsável pela ação terapêutica

• Uma só formula pode conter um ou mais princípios ativos,


criando associações
Fórmulas Farmacêuticas

• Constituintes: princípio ativo

• Quando a formulação não apresenta nenhum princípio ativo


é denominada de placebo
Fórmulas Farmacêuticas

• Constituintes: coadjuvante terapêutico

• Auxilia a ação do princípio ativo, por adição ou potenciação


Fórmulas Farmacêuticas

• Constituintes: coadjuvante farmacotécnico

• Facilita a dissolução do princípio ativo no veículo ou


excipiente
Fórmulas Farmacêuticas

• Constituintes: estabilizantes ou conservantes

• Evita alterações de ordem física, química ou biológica e


aumentar a estabilidade do produto
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• Relacionada a apresentação do medicamento

• Tipos:

• Sólidas
• Líquidas
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Formas Farmacêuticas Sólidas

• Via oral

• Tópica (aplicação local)

• Via retal (supositório)


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Formas Farmacêuticas Sólidas

• Via oral

• São à base de pós

• Preparações oriundas de drogas vegetais, animais ou


substâncias químicas sintéticas
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Formas Farmacêuticas Sólidas

• Via oral: tipos

• Comprimidos
• Drágeas
• Cápsulas
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Formas Farmacêuticas Sólidas

• Via oral: tipo comprimido

• Apresentam tamanhos e formatos variados

• Obtidos a partir de compressão de pós de substâncias


medicamentosas
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Formas Farmacêuticas Sólidas

• Via oral: tipo comprimido

• Podem dissolver na cavidade oral (sublingual)


• Estômago ou intestino
• Em água antes de serem ingeridos
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Formas Farmacêuticas Sólidas

• Via oral: tipo drágeas

• São comprimidos que recebem um ou mais revestimentos


externos, seguido de polimento

• Objetivo de se evitar alterações no princípio ativo, ação


ulcerativa sobre mucosas e/ou eliminar odor/sabor
desagradável
Formas Farmacêuticas
Formas Farmacêuticas Sólidas

• Via oral: tipo cápsulas

• São estruturas de natureza gelatinosa, de forma e dimensão


variadas

• Contém em seu interior substâncias medicinais sólidas,


líquidas ou pastosas
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Formas Farmacêuticas Sólidas

• Via oral: tipo cápsulas

• Gastro-resistentes: resistente à ação do suco gástrico,


degradando-se rapidamente no intestino

• Empregadas quando a substância medicamentosa for


irritante à mucosa gástrica ou sofrer ação do suco gástrico
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Formas Farmacêuticas Sólidas
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Formas Farmacêuticas Sólidas

• Tópica (Aplicação Local)

• Uso externo

• Cremes, linimentos, unguentos, pastas e pomadas


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Formas Farmacêuticas Sólidas

• Via Retal (Supositório)

• Forma de administração de drogas quando a via oral estiver


impedida (ex.: trismo, vômitos)
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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Representada:

• Emulsões

• Suspensões

• Soluções
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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Administração:

• Via oral (para serem deglutidas ou não)

• Via parenteral (soluções injetáveis)


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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Emulsões

• Sistema químico heterogêneo (constituído por dois líquidos


imiscíveis), em geral água e óleo

• Exemplo: óleo de fígado de bacalhau

• Não tem indicação na Odontologia


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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Suspensões

• Formas farmacêuticas líquidas, viscosas, constituindo-se em


uma dispersão grosseira

• Fase externa (maior) é um líquido e a fase interna (menor) é


um sólido insolúvel
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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Suspensões

• Por ficar “suspenso”, exige uma agitação enérgica do


frasco, justificando a conhecida recomendação de “agite
antes de usar”
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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Suspensões: Aerossóis

• Aerossóis podem ser considerados como formas


complementares das suspensões

• Constituído por partículas sólidas ou líquidas muito


divididas, dispersa num gás

• Empregados em aparelhos nebulizadores ou vaporizadores


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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Soluções

• Mistura de duas ou mais substâncias homogêneas (do ponto


de vista físico e químico)

• São sempre líquidas (a partir da dissolução de um sólido ou


líquido em outro líquido)

• São formadas por um solvente mais um soluto (miscíveis)


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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Soluções

• Solventes (ex.: água, álcool etílico, glicerina, etc)


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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Soluções

• Administradas por via oral

• Aplicadas localmente em cavidades (cavitárias)

• Injetadas (vias parenterais)


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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Soluções: Administradas Por Via Oral

• Gotas

• Xaropes

• Elixires (hidro-alcoólica)
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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Soluções: Cavitárias

• Colutórios e soluções para bochecho / irrigação

• Não há deglutição

• Antissépticos bucais (ex.: digluconato de clorexidina)


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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Soluções: Injetáveis

• Esterilizadas

• Acondicionadas em ampolas ou frasco-ampolas


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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Soluções: Injetáveis

• Vantagens:

o Absorção rápida e segura


o Determinação exata da dose do medicamento
o Permitem o uso de grandes volumes (via intravenosa), ex.:
soro fisiológico, soro glicosado
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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Soluções: Injetáveis

• Vantagens:

o Não sofrem ação do suco gástrico


o Geralmente não agridem a mucosa gástrica
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Formas Farmacêuticas Líquidas

• Soluções: Injetáveis

• Desvantagens:

o Necessidade de assepsia rigorosa


o Dor recorrente da aplicação
o Dificuldade de auto-aplicação
o Custo geralmente maior
Vias de Administração
• Ação farmacológica

• Local
• Absorção e distribuição pelo organismo

• Vias enterais

• Quando a droga entra em contato com qualquer um dos


segmentos do trato gastrintestinal
• Exemplos: sublingual, oral, tópica (mucosa) e retal
Vias de Administração
• Vias Parenterais

• Não interagem com o trato gastrintestinal

• Exemplos: injeções (intradérmica, subcutânea, intramuscular,


intravenosa) ou percutânea, respiratória, etc
Vias de Administração

• Vias Enterais: Sublingual

• Serve como local de rápida absorção devido a pouca


espessura da mucosa e grande suprimento sanguíneo

• Exemplos: Deocil (anti-inflamatório / analgésico),


vasodilatadores coronarianos
Vias de Administração

• Vias Enterais: Oral

• É a mais utilizada, fácil aplicação

• Considerável suprimento sanguíneo e superfície epitelial do


estômago e do duodeno

• Quando um fármaco é tomado somente com água e o


estômago encontra-se relativamente vazio, ele deverá alcançar
o intestino delgado de forma rápida
Vias de Administração

• Vias Enterais: Oral

• Ocorre o aumento gradual das concentrações plasmáticas do


medicamento, diminuindo a intensidade de seus efeitos
tóxicos

• Contraindicada quando o paciente apresenta náuseas ou


vômitos ou tem extrema dificuldade em deglutí-los
Vias de Administração

• Vias Enterais: Tópica

• Exerce ação no local da aplicação

• Exemplo: cremes, pomadas, soluções e colutórios


Vias de Administração

• Vias Enterais: Retal

• Segmento final do intestino grosso é um local útil para


absorção de drogas

• Indicada em pacientes inconscientes, têm vômito ou não


conseguem deglutir (ex.: crianças)
Vias de Administração

• Vias Parenterais: Percutânea

• Absorção de fármacos através da pele íntegra

• Proporcional a sua lipossolubilidade (quanto mais


lipossolúvel, maior o grau de absorção)

• Por isso é suspenso em veículo oleoso


Vias de Administração

• Vias Parenterais: Respiratória

• Estende-se desde a mucosa nasal até os alvéolos pulmonares

• Exemplo: sedação consciente inalatória por meio de óxido


nitroso com oxigênio
Vias de Administração

• Vias Parenterais: Endodôntica (Intracanal)

• Uso exclusivamente odontológico

• Aplicação de fármacos no sistema de canais radiculares

• Considerada parenteral com base no fato de que por esta via o


fármaco está sendo aplicado na área pulpar, não mais
considerada pertencente ao trato gastrintestinal
Vias de Administração

• Vias Parenterais: Submucosa / Subperióstica

• São as vias de administração de drogas mais empregadas em


Odontologia, por ocasião das soluções anestésicas locais

• Pode também ser usada na aplicação local de corticosteróides


Vias de Administração

• Vias Parenterais: Intrarticular

• Empregada para a injeção de drogas no interior da cápsula


articular

• Em Odontologia, na ATM
Vias de Administração

• Vias Parenterais: Intramuscular

• A absorção vai depender do fluxo sanguíneo do local de


aplicação

• Pode acarretar em dor local, equimose, hematoma, abscessos


Vias de Administração

• Vias Parenterais: Intravenosa

• Não há absorção, efeito praticamente imediato

• Pode provocar infecções, flebite e trombose

• Pouco utilizada em Odontologia


Vias de Administração

• Vias Parenterais: Subcutânea

• Ação imediata ou garantem uma liberação lenta e contínua


(ex.: insulina em diabéticos)
Vias de Administração

• Vias Parenterais: Intradérmica

• Escarificação (raspagem da pele) ou injeção

• Utilizada em testes diagnósticos de alergia e aplicação de


algumas vacinas
Vias de Administração

• Vias Parenterais: Outras Exclusivas à Área Médica

• Intra-arterial
• Peridural
• Intratecal
• Intracardíaca

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