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MEDICINA VETERINÁRIA

FARMACOLOGIA VETERINÁRIA

Prof. Ms. Marcos Roberto Scherma

DOSAGENS, APRESENTAÇÕES, VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E OUTRAS


CONSIDERAÇÕES

Uma das maiores dificuldades no preparo e na administração de medicamentos é


calcular corretamente as dosagens.
Para efetuar esse cálculo, costumam-se usar dois sistemas de peso e medidas:
- sistema métrico decimal (L, mL, cm³, Kg, g, mg, g);
- sistema doméstico (gotas, colher de chá, colher de café, colher de sopa);
O sistema doméstico apresenta muitas imperfeições, pois a colheres domésticas
nem sempre têm as mesmas capacidades.

Medidas de volume:
• 1 litro (L) = 1.000 mililitros (mL)
• 1 gota (inglês: minimum ou drop)  0,05-0,06 mL
• 1 mL  20-24 gotas (dependendo da densidade do líquido)
• Solução 1:1.000 = 1 mg/mL = solução a 0,1%
• Solução 1 ppm = 1 mg/L
• 1 colher de chá (inglês: teaspoon = tsp)  4-5 mL
• 1 colher de sobremesa  10 mL
• 1 colher de sopa (inglês: tablespoon = tbp)  15 mL
• 1 xícara (inglês: cup)  180 mL
• 1 copo (inglês: glass)  240 mL

Índice Terapêutico (IT):


É a relação entre a dose letal (ou tóxica) e a dose efetiva do fármaco.
- Dose letal: dose capaz de matar 50% de uma população.
- Dose efetiva: dose capaz de produzir o efeito farmacológico.
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- Nível plasmático efetivo: quantidade mínima de droga capaz de provocar resposta
farmacológica.
- Concentração máxima tolerada: quantidade máxima de droga tolerada pelo
organismo. Se essa concentração for ultrapassada, provoca efeito tóxico.

Formas Farmacêuticas e Vias de Administração


Maneira como as drogas se apresentam para uso.
De acordo com a forma farmacêutica, têm-se a via de administração.

Componentes de uma formulação:


- Princípio ativo: representa o componente da formulação responsável pelas ações
farmacológicas.
- Coadjuvante: toda substância que utilizamos juntamente com o princípio ativo
numa formulação com caráter terapêutico (somação, potenciação ou sinergismo)
ou caráter técnico (estabilizantes, conservantes, espessantes, etc.).
- Corretivo: ingrediente encontrado numa formulação que visa corrigir o produto final
em suas propriedades organolépticas.
- Veículo e excipiente: componente para dissolução, suspensão ou homogeneização
de ingredientes para facilitar sua administração ou tornar possível sua confecção.

Observação: Uma especialidade farmacêutica fabricada por um laboratório não é


necessariamente bioequivalente àquela fabricada por outro.

Apresentação da droga:
As drogas são comercialmente apresentadas sob várias formas, que podem ser:

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Líquidas:
- Soluções: misturas homogêneas do soluto (base) com o solvente (veículo). Podem,
em alguns casos, apresentar-se sob a forma de gotas;
- Suspensões: misturas heterogêneas entre soluto e solvente, sendo que o primeiro se
deposita no fundo da solução, necessitando homogeneização;
- Emulsões: substâncias oleosas dispersas em meio aquoso, também apresentando
separação de fases;
- Xaropes: soluções aquosas onde açúcares, em altas concentrações, são utilizados
como corretivos;
- Elixires/Tinturas: soluções para uso oral onde o álcool atua respectivamente como
veículo ou solvente;
- Colírios: soluções ou emulsões para uso nasal, oftalmológico ou otológico;
- Loções: soluções aquosas, alcoólicas ou hidro-alcoólicas para uso tópico;
- Linimentos: similares aos anteriores, mas com veículo oleoso;
- Pour-On/Spot-On: forma farmacêutica na qual o medicamento é aplicado sobre a pele
do animal e difunde-se por toda a superfície corporal ou é absorvido através da pele.
Alguns autores costumam diferenciar as duas formas de acordo com o local de
aplicação, respectivamente ao longo da linha dorsal ou em um pequeno ponto
(geralmente na cernelha) da mesma.

• Sólidas e semi-sólidas:
- Comprimidos: mistura de droga(s), aglutinante(s) e excipiente(s) prensados
mecanicamente;
- Drágeas: similares aos anteriores, mas com revestimento gelatinoso que impede sua
desintegração nas porções superiores do trato digestivo;
- Cápsulas: droga e excipiente não prensados e colocados num invólucro gelatinoso;
- Pílulas: apresentação onde o aglutinante (excipiente) é viscoso;
- Supositórios: apresentações semi-sólidas para uso retal;
- Óvulos e velas: apresentações semi-sólidas para uso ginecológico, cuja diferença
entre si é a forma.

• Pastosas:
- São as geléias, cremes, pomadas, unguentos e pastas, em ordem crescente de
viscosidade. Além disto, estas apresentações se diferem pelos veículos, que são
gelatinosos nas geléias, gordurosos nas pomadas e unguentos e aquosos ou oleosos
nos demais.
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Observação importante: A escolha da forma do medicamento deve sempre levar em conta
o tamanho do animal, a espécie e a possibilidade de administração pelo proprietário. Pode
haver dificuldades, por exemplo, na administração de grandes comprimidos para animais
muito pequenos ou de drogas orais para gatos. Por outro lado, a grande maioria dos
proprietários tem dificuldade em administração de drogas injetáveis.

Formas e liberação:

Vias de Administração:
- Inalação: pulmões  coração  circulação sistêmica;
- Via oral: estômago/intestino delgado  sistema porta  circulação sistêmica;
- Via intramuscular: músculo  circulação sistêmica;
- Via subcutânea: espaço subcutâneo  músculo  circulação sistêmica;
- Via endovenosa: diretamente na circulação sistêmica;
- Outras vias: intradérmica, intraperitoneal, intra-articular, intra-arterial, intracardíaca,
intra-óssea, intravítrea, retal, peridural, subaracnóide, cutânea, transdérmica,
mucosas, etc.

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Vias de Administração – Efeitos local e sistêmico:
- Uso interno ou enteral: ingestão de drogas. O fármaco entra em contato com qualquer
parte do trato digestivo;
- Uso externo ou parenteral: administração sem
ingestão. Não utilizam tubo digestivo (injeção,
cutânea, respiratória, conjuntival, etc.)
 Parenterais:
 Diretas: EV, IM, SC, ID, IA,
intracardíaca, intraperitoneal,
intrapleural, intratecal, peridural, intra-
articular.
 Indiretas: cutânea, respiratória,
conjuntival, rino e orofaríngea e
genitourinária.
 Via oral  uma das vias mais utilizada.
Ação local e sistêmica.
 Vantagens: comodidade, baixo custo,
indolor, não necessita aparelhagem ou
pessoal especializado.
 Desvantagens: sofrem ação dos
alimentos, suco gástrico, pH, enzimas, motilidade gastrintestinal. Irritação
mucosa digestiva. Não saber quantidade absorvida. Uso em felinos e animais
que apresentem êmese ou não estejam consciêntes.
 Via subcutânea  boa absorção. Permite aplicação de volumes maiores que pela
via intramuscular.
 Vantagens: fácil aplicação, inclusive para administração de medicamentos pelo
proprietário. Absorção rápida. Calor ou massagem podem reduzir o tempo
absorção.
 Desvantagens: drogas não podem ser irritantes (pH neutro). Soluções oleosas
são dolorosas. Abscessos estéreis, infecções e fibrose.
 Via intramuscular  boa absorção, determinada pelo fluxo sanguíneo muscular
(aumenta com exercício; reduz no repouso, e praticamente cessa no choque,
hipotensão, ICC).
 Vantagens: absorção mais rápida que pela via subcutânea.

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 Desvantagens: acidente com lesão de nervo ou compressão de nervo pela
solução (dor e parestesias). Injeção acidental em vaso. Lesões musculares por
soluções irritantes. Substâncias
mal absorvidas (abscessos
estéreis). Técnica asséptica
rigorosa e aplicação por técnico
especializado. Dolorosa e
incômoda.
 Via endovenosa  via de urgência /
emergência / casos graves. Podem
ser utilizadas substâncias irritantes.
Biodisponibilidade de 100 %.
 Vantagens: efeitos rápidos com
níveis séricos elevados. Podem
ser administrados grandes
volumes.
 Desvantagens: técnica rigorosa
realizada por pessoal
especializado. Menor segurança,
incômodo, dor e custo elevado.
Efeitos locais (flebite, infecção,
trombose).

Volume Injetado:
O volume máximo a ser injetado nos músculos é bastante controvertido entre os
autores, mas baseado em ATKINSON; MURRAY (1995), em estudos com seres humanos,
4 mL é o volume máximo a ser injetado em grandes músculos. Segundo GREENBLAT;
ALLEN (1978) se um volume maior que o determinado como limite for injetado, poderá
comprimir vasos e nervos decorrendo em dor e aumento da temperatura local, hiperemia,
além de outras reações mais graves como necrose e alteração da sensibilidade e
mobilidade do membro.
O volume de medicamento injetado está relacionado ao músculo escolhido para
realização da aplicação e a característica da droga a ser introduzida. O deltóide é
considerado um músculo pequeno, conveniente, portanto, para receber doses pequenas
de medicação, ou seja, até 3 ml; enquanto o dorso glúteo, consegue absorver até 5 ml,

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embora seja aconselhável dividir essa dose desse volume em dois locais diferentes
(considerações também para pacientes humanos).
Em equinos o volume a ser injetado pela via intra-muscular deve ser reduzido (10 a
15 ml em animais adultos), aplicado em um grupo muscular denso e profundo, uma droga
pouco irritativa, que não pôde ser ministrada por via oral ou venosa, que são vias
preferenciais nessa espécie. Caso haja necessidade, deve ser feita a aplicação da dose
dividida em diferentes sítios, ou sítios alternados caso o tratamento seja por tempo
prolongado. É importante retirar todo ar da seringa antes de introduzi-la e posteriormente,
puxar o êmbolo da seringa para certificar-se de que nenhum vaso sanguíneo foi atingido.
Para aplicações subcutâneas pode-se considerar seguro e confortável ao paciente
um volume entre 18 a 20 mg de solução por quilo de peso vivo por área de aplicação.
Volumes superiores ao recomendado podem produzir irritação local, dor e necrose tissular.

Cálculo de Gotejamento de Soro


É necessário algum conhecimento sobre o cálculo de gotejamento de soro, mesmo
com a facilidade das confiáveis Bombas de Infusão, que estão emergindo no mercado
veterinário.
O cálculo de velocidade de gotejamento em deve ser adequado ao tipo de equipo
utilizado (macrogotas ou microgotas).

 Fórmula para cálculo de gotejamento com equipo macrogotas:


Volume
Nº gotas/minuto =
Tempo x 3

 Fórmula para cálculo de gotejamento com equipo microgotas:


Volume
Nº gotas/minuto =
Tempo

Observação: 1 gotas = 3 microgotas.

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POSOLOGIA – CONCEITOS GERAIS

Posologia – é o estudo da dosagem dos medicamentos.


Dose – é a quantidade capaz de provocar a resposta terapêutica desejada no paciente.

Vias de adminstração PO / VO – por via oral


- SC – por injeção subcutânea
- IM – por injeção intramuscular
- IV / EV – por injeção endovenosa

Intervalo de administração
- SID (semel in die) – uma vez ao dia / a cada 24 horas
- BID (bis in die) – duas vezes ao dia / a cada 12 horas
- TID (ter in die) – três vezes ao dia / a cada 8 horas
- QID (quater in die) – quatro vezes ao dia / a cada 6 horas

Concentrações e conversões
Os medicamentos na maioria das vezes têm suas concentrações expressas em
mg/mL (miligrama por mililitro), porém as vezes essa concentração pode ser apresentada
em % (percentagem), ou podemos ter apenas o volume em mg (miligrama) de princípio
ativo a ser diluído. Quando a concentração não for apresentada em mg/mL devemos
proceder ao cálculo. 8
Exemplo 1: Fármaco com concentração à 1%
1% = 1 g/100 mL
1% = 1.000 mg/100 mL
1% = 10 mg/mL

Exemplo 2: Fármaco com concentração à 250 mg/5 mL


250 mg ---------------------------------- 5 mL
X mg ---------------------------------- 1 mL
X = 250 mg ÷ 5 mL
X = 50 mg/mL

Exemplo 3: Fármaco apresentado em concentração de 1g de pó a


ser diluído em 5 mL de água bidestilada
1 g = 1.000 mg
1.000 mg/5 mL
200 mg/mL

Algumas vezes as doses e/ou concentrações não são expressas em mg/Kg de


peso vivo, nem em mg/mL; podem ser utilizadas medidas como UI/Kg (unidades
internacionais por quilo de peso vivo) ou UI/mL (unidades internacionais por mL) – não
há como converter essa unidade de medida para mg.
Outros fármacos podem apresentar doses por superfície corporal (m² - metro
quadrado) e não por quilo de peso vivo. Nesses casos devemos utilizar uma tabela para
conversão do peso do paciente para superfície corporal.
A unidade µg/Kg (micrograma por quilo de peso vivo) também é utilizada para
dosagem de alguns medicamentos, e as vezes as concentrações são apresentadas em
mg/mL. Nesses casos devemos lembrar que:
1 mg = 1.000 µg, ou
1 µg = 0,001 mg

Cálculos de doses
Para sabermos a quantidade de medicamento a ser administrada a um paciente
devemos proceder o cálculo da dose.
Deve-se multiplicar a dose expressa em uma tabela confiável pelo peso vivo do
animal. O resultado deverá ser dividido pela concentração do fármaco, geralmente
fornecida pelo fabricante.

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Exemplo 1: Cimetidina – dose 4 - 8 mg/Kg VO, SC, EV; BID, TID ou QID
Apresentação comercial – ampolas contendo 300 mg/2 mL
Peso do animal – 25 kg Apresentação – ampolas

4 mg/Kg X 25 Kg = 100 mg/25 Kg

1 mL -------------------------------- 150 mg
X mL -------------------------------- 100 mg
X = (1x100) ÷ 150
X = 100 ÷ 150
X = 0,666 ≈ 0,7 mL

Exemplo 2: Cimetidina – dose 4 - 8 mg/Kg VO, SC, EV; BID, TID ou


QIDApresentação comercial – ampolas contendo 300 mg/2
mL Peso do animal – 25 kg Apresentação – ampolas

Peso Vivo X Dose


Volume =
Concentração

Volume = 25 Kg X 4 mg/Kg
150 mg/mL

Volume =
100 mg
150 mg

Volume = 0,666 ≈ 0,7 mL

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PRESCRIÇÃO MÉDICA VETERINÁRIA – RECEITAS

Ordem escrita feita pelo profissional devidamente habilitado (Médicos, Médicos


Veterinários e Dentistas) para a transmissão de instruções ao paciente, proprietário
e/ou farmacêutico.
É considerado um documento, para tanto deve ser escrito de próprio punho,
com letra legível, à tinta (azul ou preta), tendo validade de 30 dias.
Deve ser sempre datada e firmada pelo profissional responsável.

Instruções para confecção de prescrições

As receitas são compostas por:

1. Cabeçalho ou superscrição:

Marcos Roberto Scherma Paciente:


Médico Veterinário Espécie:
CRMV-SP 10321 Peso:
Av. Visconde de Nova Granada, 135 Proprietário:
Tel. (19)3571-6885 Leme/SP Endereço:
____________________________

2. Inscrição:

Uso oral
Enrofloxacina 50 mg 2 cx

Os modos de administração mais utilizados são:

 Uso oral (Uso interno) – para a administração de medicamentos pela via oral.
 Uso tópico (Uso externo/Uso local) – para a administração de medicamentos
localmente em superfícies. Utilizado para pomadas, loções, xampus, cremes,
etc.
Para uso local de medicamentos otológicos, oftalmológicos ou ginecológicos
podemos utilizar a terminologia correspondente ao local a ser administrado.
P.ex.: Uso otológico
 Uso subcutâneo (Uso parenteral) – para aplicações de medicamentos pela via
subcutânea.
Outros modos de administração parenteral seriam o Uso Intramuscular e o Uso
Endovenoso, porém não é habitual prescrições sob esse modo de administração, ficando
esses limitados aos ambientes ambulatoriais e/ hospitalares.
 Uso hospitalar – utilizamos essa terminologia quando há necessidade do
proprietário adquirir medicação em farmácias humanas ou veterinárias, porém
o uso deve ser IM ou EV, e portanto realizado ou supervisionado pelo
profissional Médico Veterinário.

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3. Subscrição
Utilizada para fórmulas magistrais a serem aviadas por farmacêutico. P.ex:

Solução de Predinisolona e DMSO:


Prednisolona ............................................................. 0,20 g
Dimetilsulfóxido 90%.................................................. 88 mL
Água destilada qsp..................................................... 100 mL

4. Indicação ou Instrução
É a parte da prescrição onde orientamos o proprietário sobre a maneira de
administrar o medicamento ao paciente, devendo conter a via e a freqüência de
administração, e a duração do tratamento. Essas informações devem ser claras e
objetivas para que não ocorra erros durante o tratamento e insucesso terapêutico.

Dê um comprimido do medicamento a cada doze horas durante sete dias.

Aplique sob a forma de banhos a cada quatro dias, num total de dez banhos, deixando sempre a
espuma agir por dez minutos, após enxágüe.

Aplique pela via subcutânea 0,5 (meio) mL do medicamento a cada vinte a quatro horas durante cinco
dias.

5. Assinatura
Encerra a prescrição. Local da receita onde se apõe a assinatura do profissional;
deve sempre ser precedida de local e data (contendo dia, mês e ano) e acompanhada
de carimbo com identificação do profissional contendo nome completo, sigla do
conselho de classe com o referente Estado e número de inscrição.

Leme, 01/03/2018
Marcos R. Scherma
Marcos Roberto Scherma
CRMV-SP 10321

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NOTIFICAÇÃO DE RECEITA
A Notificação de Receita é o documento padronizado que acompanhado de
receita, autoriza a dispensação ou aviamento de medicamentos sujeitos a controle
especial.
O profissional deve prescrever medicamentos ou uma fórmula em seu
receituário comum, porém esta deverá vir acompanhada da:
 Notificação de Receita "A" (COR AMARELA) Listas A1 e A2 – Substâncias
Entorpecentes; Lista A3 – Substâncias Psicotrópicas;
 Notificação de Receita "B" (COR AZUL) Lista B1– Substâncias Psicotrópicas; Lista
B2 – Substâncias Psicotrópicas e Anorexígenas;
 Notificação de Receita Especial (COR BRANCA) Lista C2 – Substâncias
Retinóicas;
 Receita de Controle Especial em duas vias (COR BRANCA) Lista C1 – Outras
substâncias sujeitas a controle especial; Lista C5 – Substâncias Anabolizantes.

Preenchimento das notificações de receita


A Notificação de Receita deverá estar preenchida de forma legível, sendo a
quantidade escrita em algarismos arábicos por extenso, sem emenda ou rasura.
As Notificações de Receita deverão conter todos os itens devidamente
impressos e apresentando as seguintes características:
 Sigla da Unidade da Federação, impresso pela gráfica.
 Identificação numérica: seqüência numérica fornecida pela Vigilância em Saúde que
deve ser precedida com o nº da Unidade da Federação do Estado, impresso pela
gráfica.
 Identificação do emitente: este campo deve ser impresso pela gráfica, com: nome,
endereço e telefone completos do profissional e o número da sua inscrição no
conselho de classe;
 Identificação do proprietário e do paciente: nome e endereço completos;
 Medicamento ou substância: prescrito sob a forma de Denominação Comum
Brasileira (DCB).
 Quantidade e forma farmacêutica: quantidade (em algarismo arábico e por extenso)
necessária constando a dosagem ou concentração por unidade posológica;
 Posologia: quantidade que o paciente irá utilizar por dia ou hora.
As Notificações de Receita devem sempre estar acompanhadas de uma receita
comum, que é o documento comprovante do paciente.
A Notificação de Receita será retida pela farmácia ou drogaria e a receita comum
devolvida ao proprietário devidamente carimbada.
Observação 1: segundo a Gerência de Monitoração da Qualidade, Controle e
Fiscalização de Insumos, Medicamentos e Produtos da ANVISA, não existe
padronização acerca das dimensões das Notificações de Receita. O importante é que
contenha exatamente todas as informações contidas na legislação vigente.
Observação 2: O canhoto é opcional, servindo apenas para controle do profissional.
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NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "A" (COR AMARELA)
Lista das Substâncias A1 e A2 – Entorpecentes
Lista das Substâncias A3 – Psicotrópicos

NOTIFICAÇÃO DE RECEITA "B" (COR AZUL)


Lista de Substâncias B1 - Psicotrópicos
Lista de Substâncias B2 - Psicotrópicos Anorexígenos

NOTIFICAÇÃO DE RECEITA DE CONTROLE ESPECIAL EM 02 (DUAS) VIAS


Antidepressivos, anticonvulsivantes e
antiepilépticos, ansiolíticos, neurolépticos,
anestésicos gerais, antitussígenos. Lista de
Substâncias C5 - Anabolizantes.
Lista de Substâncias C1 - Outras substâncias de
controle especial.

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