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VIAS DE

ADMINISTRAÇÃO DE
FÁRMACOS
Profa.: Esp. Iveliny Mesquita

Slides gentilmente concedidos por: Profa.


Dra. Geórgia Sampaio
DIVISÃO DA FARMACOLOGIA
FARMACOCINÉTICA
 Vias e sistemas de
administração FARMACODINÂMICA
 Absorção
 Local de ação
 Distribuição
 Mecanismo de ação
 Metabolismo
 Ações e efeitos
 Excreção
 Efeitos terapêuticos
 Efeitos tóxicos
FARMACOCINÉTICA
FARMACOCINÉTICA
Vias de
Administração

Absorção

Distribuição

Biotransformação

Excreção
Critérios de escolha da via
 Ação desejada: sistêmico ou localizada, latência e duração;

Natureza do medicamento: solubilidade, estabilidade em


meio ácido, farmacocinética;

Paciente: nível de consciência, impedimento físico de


acesso;

 As vias de administração apresentam: vantagens e


desvantagens.
Vias de
administração

•A agência norte-americana FDA


reconhece mais de 111 tipos
diferentes de vias de
administração.
Vias de administração
Caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo

Vias de administração

Tópica Enteral Paraenteral

• Vai depender das circunstâncias;

• Condições do paciente, aceitabilidade, necessidade, doença, etc.

• Dependendo da VA uma mesma droga pode produzir diferentes

resultados
Vias de administração

Vias de administração

Tópica Enteral Paraenteral

efeito local – aplicação diretamente onde deseja-se sua ação

Epidérmica  aplicação sobre a pele


Colírios  sobre a conjuntiva
Gotas otológicas  antibióticos e corticóides para otite externa
Intranasal  spray descongestionante nasal
Vias de administração
Epidérmica(Pele)
Inalatória
Auricular
Tópica Intra-nasal
Oftálmica
Retal (Enemas)
Medicações tópicas incluem: unguentos, cremes, géis,
óleos, loções, patches(adesivos), pomadas e outros
produtos que você aplica a sua pele.
Via Cutânea - Epidérmica (efeito local)

Aplicação de substâncias ativas diretamente na pele ou


mucosa, ou em áreas de superfície de feridas, com feito local. Os
princípios ativos penetram somente na epiderme.

Vantagens:

• Minimiza a ocorrência de efeitos


adversos sistêmicos
• Evita o efeito de primeira passagem

Desvantagens:
• Absorção pobre e errática
• Irritação local e alergias
• Fotossensibilidade
Via Cutânea- Transdérmica (via sistêmica)
- Ação lenta e prolongada (pode causar atraso na chegada do fármaco em
seu local de ação).

–Alguns medicamentos podem ser administrados pela aplicação de


um emplastro à pele.
–Essas substâncias, às vezes misturadas a um agente químico que
facilita a penetração cutânea, atravessam a pele e chegam à corrente
sanguínea.
–Usada para fármacos que necessitam de uma dosagem pequena
Via nasal
 Vantagens:

◦ Minimiza a ocorrência de efeitos


adversos
◦ Evita o efeito de primeira passagem
◦ Absorção relativamente rápida para
algumas drogas

 Desvantagens:

◦ Absorção pobre e errática


◦ Irritação local e alergias
Via inalatória
Fármacos gases ou que podem ser dispersos em aerosol
Via oftálmica/ocular/conjuntival
• Uso Tópico/Efeitos locais
– A absorção sistêmica pelo canal nasolacrimal geralmente é indesejável
◦ Absorção via córnea: evita-se efeitos sistêmicos.
◦ Implantes: liberação lenta e contínua.

Só é empregada para um número restrito de fármacos

• Medicamentos:
– Anestésicos locais, Antinfecciosos, Anti-inflamatórios
• Vantagens:
– Absorção mínima
– Minimiza a ocorrência de efeitos adversos
– Evita o efeito de primeira passagem
• Desvantagens:
– Irritação local e alergia
– Absorção pobre e errática
– Risco de catarata.
Vias de administração

Vias de administração

Tópica Enteral Paraenteral

efeito sistêmico (não-local) – via trato digestório

Pela boca  drogas na forma de tabletes, cápsulas ou gotas


Por tubo gástrico  gastrostomia, diversas drogas e nutrição enteral
Pelo reto  em forma de supositório
Via Oral
Absorção no estômago e intestino;
Sofre metabolismo de primeira passagem-fígado;
 Não são 100% biodisponíveis;
Via Oral
• Vantagens:
 Facilidade de administração;
 econômica;
Possibilidade de lavagem gástrica em
• caso de intoxicação;
 < efeitos adversos; mais seguro.

• Desvantagens:
Dificuldade de deglutir;
Ação dos fármcos é mais lenta (não serve para emergências)
Inativação de alguns fármaco pelo do pH estomacal
Irritação da mucosa gástrica;
Interação com o alimento;
Drogas não palatáveis (podem causar vômitos)

Exemplo: anti-hipertensivos, analgésicos, Rivotril, nitratos (isorbina).


Via Oral – Medidas corretas
Cuidados Especiais:
• Interação com alimentos:
• Grandes quantidades (Dose)
• Alimentos (contra-indicados –
Interações)
• Ex: Tetraciclina X leite (Redução de
efeito ou Inativação)
• Drogas irritantes - administrar c/
 1 colher de chá- 5 ml alimentos
 1 colher de sopa- 15 ml
 1 copo “de água”- 250 ml
• Respeitar Intervalo de Dose /
Horários / Tempo
 Seringa sem agulha (via oral – crianças)
Via sublingual
 São absorvidos diretamente pelo pequenos vasos;

• Vantagens:
Circulação sistêmica; fácil acesso e aplicação; ideal para fármaco
que possui instabilidade química.
 Capacidade de evitar biotransformação de primeira passagem
• Desvantagens:
Poucas drogas são absorvidas adequadamente;
Somente para fármacos lipossolúveis.
Deve possuir elevada potência;
paciente não deve deglutir.

Via Bucal  similar a sublingual


1. Supositórios;
Via retal 2. Irrigação ou Lavagem;
3. Clister ou Enema.
 Indicações:
Estados de coma, inconsciência, náuseas e vômitos.

• Vantagens:
 Protege os fármacos suscetíveis da inativação gastrointestinal;
 Evita em parte o metabolismo de primeira passagem, pois somente 50% do
fluxo venoso retal tem acesso à circulação porta.

• Desvantagens:
 A absorção pode ser incompleta, especialmente em pacientes com
motilidade intestinal aumentada.
 Pode irritar a mucosa.

Exemplos:
Diazepam, metronidazol, e alguns antiinflamatórios e antieméticos.
Vias de administração

Vias de administração

Tópica Enteral Paraenteral


–PARA = ao lado de / ENTERAL = tubo digestivo

efeito sistêmico – por outra forma que não pelo trato digestivo

Injeção  intravenosa, intra-arterial, intramuscular, intracardíaca, subcutânea,

intradérmica e intraperitoneal
Cutânea(Transdérmica)

Inalatória
Indireta
Conjuntival

Rino orofaríngea

Parenteral Geniturinária

Direta

Intra-articular Intra-arterial Interdérmica Intratecal

Intraperitonial Intramuscular Intravenosa Subcutânea


Via Parenteral –Vias principais
Via Parenteral –Intradérmica
• Vantagens:
Fácil acesso;
ação local e sistêmico;
Usada p/ reações de hipersensibilidade;
• aplicação de vacina:BCG;
Rápida disponibilidade
Pequenos Volumes

Desvantagens:
Pode ocorrer injeção intravascular aci-
• dental;
• possui alto custo.
Via Parenteral –Subcutânea
Absorção lenta através de capilares;
Pequenos volumes;
Ideal para sólidos e suspensões pouco solúveis
Usada para administração de vacinas
(antirábica e antisarampo), anticoagu-
lantes (heparina) e hipoglicemiantes
(insulina);
Complicações: abcesos , formação de te-
cidos fibróticos, lesão de nervos,
infecção, dor intensa e necrose.
Via Parenteral –Subcutânea

Insulina
Via Parenteral –Intravenoso
• Vantagens:
Introdução de medicamento direto
na veia (evita barreiras orgânicas);
• Admite grandes volumes;
• Maior biodisponibilidade
(sem efeito de primeira passagem)
Efeito farmacológico imediato;

• Desvantagens:
Precisa esterilizar o material;
Facilidade de intoxicação;
Acidente tromboembólico.
Via Parenteral –Intravenoso
Aplicação:
• membros superiores
• evitar articulações
• melhor local: face anterior do antebraço
“esquerdo”
Tipos de medicamentos injetados na veia
◦ soluções solúveis no sangue (apirogênico)
 líquidos hiper, iso ou hipotônicos
 sais orgânicos
 eletrólitos
 Medicamentos
 Vitaminas
◦ não oleosos
◦ não deve conter cristais visíveis
◦ Ideal para fármacos proteicos e de alta massa molecular.
Via Parenteral –Intramuscular
Músculo escolhido deve ser bem desenvolvido e ter fácil acesso, como: deltóide,
glúteo e vasto lateral.
 Não possuir vasos de grande calibre e não ter nervos superficiais em seu
trajeto.

• Vantagens:
Absorção rápida;
Fácil aplicação.
Ideal para soluções oleosas
Pode utilizar tb: Soluções aquosas ou suspensões.
• Desvantagens:
 Afetadas pelo fluxo sanguíneo local
Doloroso; não suporta grandes volumes (volume moderado);
Injeção em músculo contraído;
Injeção acidental em veia ou artéria.
Via Parenteral –Intramuscular

Volume injetado:
região deltóide - de 2 a 3 mililitros
região glútea - de 4 a 5 mililitros
músculo da coxa - de 3 a 4 mililitros
Vias de administração
Referências:
• DELUCIA R.; OLIVEIRA-FILHO R. M.; PLANETA C. S.;
GALLACI M, AVELLAR M. C. W. Farmacologia Integrada
– 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2007. 701p.

• GOODMAN & GILMAN: As Bases Farmacológicas da


Terapêutica, 11° Edição, ed. McGrawHill (NY), 2007 .

• HARVEY, R. A.; MYCEK, M. J. Farmacologia Ilustrada . 5.Ed.


Porto Alegre: Artmed, 2013 .

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