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Professora: Andréia Paula

Vias de
administração de
medicamentos
Administração de medicamentos

Consiste no processo de preparo e


introdução de medicamentos no
organismo humano, visando obter
efeitos terapêuticos e/ ou
preventivos.
Em relação aos
direitos do paciente

• Ser informado sobre as


características do medicamento;
• Recusar a medicação
independente das
consequências;
• Receber medicamentos com
segurança;
• Receber terapias de apoio
VIA ORAL

Uso frequente devido menor risco associado e custo reduzido.

Quando administrados inadequadamente podem causar toxicidade, efeito subterapêutico,


obstrução de sondas, e até a morte.

❑ Comprimidos Preparar medicações de via oral,


preferencialmente, utilizando seringas ou
❑ Cápsulas
dosadores que não se adaptam a conexões
❑ Drágeas endovenosas.
❑ Suspensões Instituto para Práticas Seguras no uso de Medicamentos. Erros de conexão:
práticas seguras e riscos na administração de soluções por sondas enterais e
❑ Emulsões cateteres vasculares. Bol ISMP 2013 Mar

❑ Xaropes
❑ Soluções

COREN-SP, 2017
VIA ORAL

Vantagens:
Praticidade e conforto;
Segurança e economia;
Desvantagens:
Pode irritar a mucosa gástrica;
Pode provocar náuseas e vômitos;
Pode ter gosto desagradável;
Contra-indicação:
Náuseas e vômitos;
Paciente inconsciente;
Jejum para cirurgia.
VIA BUCAL

Indicado para fármacos com efeitos locais indicado para herpes labial, mucosite, candidíase
oral, entre outros.

❑ Soluções
Método de Administração
❑ Géis
Fricção
❑ Orabases
Instilação
❑ Dentifrícios Irrigação
Aerossol
❑ Vernizes
Bochechos

COREN-SP, 2017
VIA SUBLINGUAL

O comprimido é colocado abaixo da língua e dissolve-se na saliva sendo absorvido pelos


capilares sublinguais.

Indicações: As medicações administradas por essa via


são absorvidas rapidamente.
❑ Isordil (usado em infarto e angina)
Indicado em urgências
❑ Ansiolíticos
❑ Anti-hipertensivos
❑ Evita o efeito de primeira passagem
hepático reduzindo a toxicidade.

CLAYTON, 2012
VIA SUBLINGUAL

Vantagens:
Absorção rápida através da fina
membrana sublingual para os vasos da base da língua;
Evita ação destrutiva do suco gástrico/ Evita o fenômeno
de primeira passagem;
Drenagem venosa p/ veia cava superior;

Desvantagens:
Gosto ruim;
Ação irritante na mucosa bucal;

Indicações: Crises hipertensivas


CLAYTON, 2012
VIA RETAL

Consiste na aplicação de medicamentos por via retal , para atuarem de forma local ou
produzirem efeitos sistêmicos.

Apresentações: Medicações que seriam irritativas por outras


vias, para pacientes inconscientes, com
❑ Supositório vômitos frequentes ou que estejam
impossibilitados de deglutir.
❑ Pomadas
❑ Clister (enema - até 150 ml)
❑ Enemas

PRADO, 2013
VIA RETAL

Vantagens:
Via alternativa para crianças, idosos e
pacientes com dificuldade de deglutição,
inconscientes;
Absorção (50% do absorvido –
metabolismo de 1º passagem)
Desvantagens:
Causa incômodo e constrangimento
Contra-indicação:
Sangramento retal
Diarréia
VIA TÓPICA

Consiste em administrar medicamentos na pele ou mucosa, podendo ter ação local ou


sistêmica.

Aplicar o medicamento sobre a pele limpa e


Apresentações:
seca;
❑ Loções
Observar sinais de alteração de cor, tumefação
❑ Pomadas (aumento de área), exantema (erupção
cutânea) ou outros sinais visíveis;
❑ Anti-inflamatórios
❑ Analgésicos

PRADO, 2013
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

Via Ocular
Efeito local através da absorção pela córnea. Via canal
lacrimal não é desejável pelo efeito sistêmico.

Via Inalatória
São rapidamente absorvidos e atuam por causa da rica
rede capilar vascular alveolar presente no tecido
pulmonar. Podem ter efeitos locais ou sistêmicos.

SAMPAIO e CHAVES, 2017


Via parenteral
PARA : AO LADO ENTERAL: TUBO DIGESTIVO

SENTIDO USUAL: É a administração do


medicamento através de injeção
UTILIDADE: Rápida ação do medicamento,
não utiliza o tubo digestivo.
VIA INTRAMUSCULAR

Angulação da Agulha 90º


Consiste na introdução de líquido dentro da massa muscular.

Cuidados:
❑ Distância entre vasos e nervos importantes;
❑ Musculatura desenvolvida para absorver o medicamento
❑ Espessura do tecido adiposo
❑ Idade
❑ Atividade do paciente Efeitos Adversos Locais:
❑ Evento cicatricial
• Dor
• Desconforto
• Dano tecidual (lesão de nervos)
• Hematomas
• Abscessos
• Reações alérgicas

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013


BISEL LATERALIZADO
VIA INTRAMUSCULAR

A absorção depende do fluxo sanguíneo local e do grupo muscular utilizado (músculo


deltóide > velocidade de absorção.

Região Face ântero –


Região Região
Ventroglútea lateral da
Deltóide Dorsoglútea
(Hochsteter) coxa

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013


VIA INTRAMUSCULAR

Deltóide: traçar uma linha imaginária através da axila e outra a nível da borda inferior do
acrômio, entre 3 e 7 cm do acrômio.

Dorsoglútea: traçar uma linha imaginária que vai da espinha ilíaca póstero-superior até o
trocânter. Aplicar a injeção em qualquer ponto entre essa linha imaginária e a curva da
crista ilíaca.

Ventroglútea: colocar a palma da mão na porção lateral do glúteo e o dedo médio


estendendo-se até a crista ilíaca. A injeção é aplicada o centro do V formado pelos dedos
indicador e médio, direcionando-se a agulha discretamente para cima, na direção da crista
ilíaca.

O bisel da agulha deve ser posicionado de


forma lateral minimizando as agressões às
fibras musculares e a dor durante o
procedimento.

COREN SP, 2010


VIA INTRAMUSCULAR

Contraindicações - Deltóide:

❑ Parestesia no membro de aplicação;

❑ Mastectomia;

❑ Substâncias irritantes (benzetacil).

❑ Pacientes com pouca massa muscular.

PRADO, 2013
MATERIAL PARA ADMINISTRAÇÃO

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013


MATERIAL PARA ADMINISTRAÇÃO

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013


MATERIAL PARA ADMINISTRAÇÃO

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013


MATERIAL PARA ADMINISTRAÇÃO

Graduada e dividida em mm³.

Seringa de 10ml dividida de 1ml em 1ml


e fracionada com 0,2ml por ml.

Seringa 10 ml

Seringa de 20ml dividida de 5ml em


5ml e fracionada de 1ml em 1ml.

Seringa 20 ml

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013


MATERIAL PARA ADMINISTRAÇÃO

Graduada e dividida em mm³.

Seringa dividida de 1ml em 1ml e


fracionada em 0,2ml.

Seringa 5 ml

Seringa dividida de 0,5 em 0,5ml e


fracionada em 0,1ml.

Seringa 3 ml

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013


MATERIAL PARA ADMINISTRAÇÃO

Graduada e dividida em mm³.

Seringa de 1ml dividida em 100 ou 50


partes iguais e fracionada em 0,02ml ou
0,01 ml.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013


AGULHAS

Não esqueça: a agulha deve


sempre ser trocada após ser
utilizada para aspiração no frasco
ampola.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013


VIA SUBCUTÂNEA

É a administração de pequena quantidade de medicamento no tecido subcutâneo.

Realizar rodízio sistemático dos locais de Volume máximo: 2 ml, usualmente 1ml.

aplicação e que seja feita a alguns Ângulo de 30° (magros) / 45º (normais): agulhas 20x5,5;
centímetros (2,5 cm) da aplicação 20x5 e 20x6.
anterior.
Ângulo de 90º (obesos): agulhas 10x5; 10x6 e 13x4,5.

Aplicar em locais que apresentem


adequada circulação, que não tenham
cicatrizes, irritação, prurido ou lesão
tecidual.

Não aspirar para verificar acometimento


de vasos na administração de insulinas e
heparinas.

Realizar a aplicação com o bisel voltado para cima

PRADO, 2013
VIA SUBCUTÂNEA

Locais para Aplicação:

❑ Face externa anterior e posterior dos braços.


❑ Face lateral das coxas.
❑ Região glútea.
❑ Região abdominal (hipocôndrios D e E) afastado cerca de 5 cm da cicatriz umbilical.

Não friccionar o local


da aplicação.

Insulina: pode acelerar


a absorção

Heparina: risco de
hematoma

PRADO, 2013
VIA INTRADERMICA

Administração de pequena quantidade de líquido (0,1 – 0,5 ml) na camada dérmica,


utilizando seringa milimetrada e agulha hipodérmica. Via indicada para aplicação da vacina
BCG, testes alérgicos e tuberculínicos.

Área usada para aplicação: face interna do antebraço. Essa via tem pouca absorção sistêmica,
produz efeito principalmente local.

A área deve ter pouca pigmentação, poucos pelos, pouca vascularização superficial e ser de
fácil acesso para leitura dos resultados das reações aos alérgenos introduzidos.

PRADO, 2013
ÂNGULOS
Abrindo a embalagem da seringa
Apresentação da medicação injetável

Ampola Frasco-ampola

Diluente: Água para injeção


Abrindo a ampola
Faça a assepsia do gargalo da ampola, usando uma
bola de algodão embebido com álcool à 70%

Empurre para trás a parte superior da ampola


Aspirando
Frasco-ampola
Possíveis complicações

• Lesão de nervos acompanhada de dor;


• Ulceração ou necrose tecidual por
administração medicamentos
contra-indicados para essa via;
• Formação de nódulos em decorrência de
aplicações repetidas no local;

NUNCA REENCAPAR AGULHA!!!


Via endovenosa
O objetivo é promover a distribuição no
sistema circulatório de fluídos, componentes
sanguíneos e fármacos de ação intravenosa.

Necessidade de ação imediata do medicamento ou de


injetar grandes volumes (hidratação) ou de
substâncias irritantes aos tecidos.

Para realizar a IV, faz-se necessária a inserção de


um cateter em uma veia.
Como selecionar o local?

• Anatomia vascular periférica


• Condição da veia;
• Tipo de líquido ou medicação (volume)
• Tempo de permanência do CIP

Considerar a preferência do paciente para a seleção do membro para


inserção do cateter, incluindo a recomendação de utilizar sítios no membro
não dominante.
CRITÉRIO PARA SELEÇÃO

REGIÃO + DISTAL REGIÃO + PROXIMAL

Caso haja perda de acesso venoso periférico em determinada


região proximal ou medial não seja inviabilizado a punção no
mesmo vaso sanguíneo.

Mais
Mais visível
palpável
Região da mão Antebraço
Região do pé
Cateteres intravenosos

Agulhadas Terapia de curto prazo

Flexíveis Terapia de longo prazo


Cateter Intravenoso Periférico (CIP) de
curta permanência
Scalp ou Butterfly

INVERSAMENTE PROPORCIONAL
Cirurgias e infusão de soros e hemoderivados

Crianças, idosos e adultos


Partes do cateter periférico

(Mandril flexível)
• Agulha de aço só deve ser utilizada para coleta
de amostra sanguínea e administração de
medicamento em dose única, sem manter o
dispositivo no sítio.
Equipo
São estruturas destinados a introdução de
grandes volumes de líquido na circulação
sanguínea, com a finalidade de permitir a
ligação do dispositivos venoso periférico ao
recipiente que contém o líquido a ser
infundido.
Partes do equipo
• Regulador de fluxo: controlar o gotejamento
do líquido;
• Ponta perfurante: adapta o equipo ao frasco
de solução;
• Protetor: acessório que se adapta a
extremidade do equipo;
• Copinho: onde goteja o líquido infundido;
• Injetor lateral: acessório disponível para
permitir injeções.
PROTETOR
PONTA
PERFURANTE

COPINHO

INJETOR REGULADOR
LATERAL DE FLUXO
Regular o fluxo de gotejamento
• É necessário observar a posição do membro, a
altura em que se encontra o frasco de solução
e a inserção do dispositivo venoso.
Nº Microgotas/ por min= Volume (ml) x 60
Tempo (min)

Nº gotas/ por min= Volume (ml) x 20


Tempo (min)
Polifix (equipo conector de 2 vias)
Garrote

A finalidade de aplicar o garrote é dilatar a veia


Gravidade
• Posicionamento do membro no nível do
coração;
• Reduz o retorno sanguíneo, mantendo os
vasos dilatados;
As luvas devem ser calçadas
antes da punção venosa e
mantidas até que o risco de
exposição ao sangue tenha sido
eliminado.
Método de avaliação
Estimulação Superficial
Ordenha manual realizada no vaso -> sentido
contrário do fluxo sanguíneo.
Técnica de visualização
• Método que utiliza raios infravermelhos, que
escaneiam a pele para auxiliar a visualização
de vasos sanguíneos;
• Está indicado para neonatos, crianças em TIV
de longa permanência, idosos.
• Aparelho: Venoscópio
Possíveis complicações
• Infiltrações e hematomas;
• Flebite;
• Obstrução do fluxo.

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