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VIAS DE

ADMINISTRAÇÃO
DOS
MEDICAMENTOS
DOCENTE: ENF. JESSICA ALMEIDA
DISCIPLINA: SEMIOTÉCNICA
FINALIDADES DO MEDICAMENTO

 PREVENTIVA: evita o aparecimento de doenças ou diminui sua gravidade; Ex.:


vacinas
 PALIATIVA: quando alivia sintomas de uma doença; Ex.: analgésico
 CURATIVA: quando remove o agente causador da doença; Ex.: antibiótico
 SUBSTITUTIVA: quando repõe outra substância normalmente encontrada no
organismo, mas que por algum desequilíbrio encontra-se insuficiente ou ausente.
Ex.: insulina
VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via Oral Via Sublingual
Via Retal Via Inaratória
Via Nasal Via Ocular
Via Vaginal Via Auriular
Via Intradérmica (ID) Via Subcutânea (SC)
Via Intramuscular (IM) Via Enovenosa (EV)
Via Intra-arterial Via Intratecal
VIA ORAL

 Oferecer o medicamento que será deglutido;


 É de fácil administração;
 Baixo custo;
 Método não-invasivo;
 Paladar desagradável;
 Ação não é imediata;
 Dificuldade de fracionamento;
 Verificar se o paciente deglutiu.
 Não requer técnica estéril

Contraindicado: paciente inconsciente, dificuldade de


deglutição, vômito, jejum para cirurgia ou exames.
VIA SUBLINGUAL

 Administrar o medicamento diretamente sob a língua;


 A absorção será feita pela mucosa oral;
 Fácil aplicação;
 Rápida absorção;
 Não invasivo;
 Baixo custo;
 Número reduzido de medicamentos.
VIA RETAL

 O paciente não apresenta condições de deglutir;


 Ou necessário quando não tenha contato com a circulação
ou suco gástrico;
 Rápida absorção;
 Porém, absorção irregular e incompleta;
 Irritação da mucosa retal;
 Posição desconfortável.
VIA VAGINAL

 Administração diretamente no canal vaginal;


 Ação local;
 Cremes, óvulos e pomadas;

 Necessário: Incentivar a auto aplicação


Higienização
Esvaziamento da bexiga
Aguardar alguns minutos deitada
Não utilizar em cliente com hímen íntegro
VIA ENDOVENOSA ou
INTRAVENOSA
 Introdução de medicamentos diretamente na corrente sanguínea;
 A medicação deve ser CRISTALINA, NÃO OLEOSA, NÃO CONTER
FLOCOS EM SUSPENSÃO, NÃO PRODUZIR EMBOLIA OU TROMBOSE;
 A rede venosa deve ser examinada por PALPAÇÃO e INSPEÇÃO;
 Veia: firme, elástica, cheia e arredondada;
 O local não deve interferir na mobilidade do paciente;
 Evitar veias lesadas, hiperemiadas, edemaciadas, região de articulação, veias
pequenas, áreas no qual já teve punção recente.
LOCAIS
LOCAIS
A administração por medicamentos EV pode ser por
acesso periférico ou central
Scalps

 Aço inoxidável
 Não flexível
 Classificados com números ímpares
 Usados para terapias de curta duração
 Terapia de dose única
 IV em bolus
Cateter sob agulha

 Cânula de 2 a 5 cm;
 Números pares;
 Depois da punção, a agulha é retirada da veia e descartada;
 Cateter flexível fica no vaso.
VIA INTRAMUSCULAR

 Introdução de soluções medicamentosas no tecido muscular;


 Maior facilidade de absorção;
 Utiliza-se agulha mais calibrosa para atravessar o tecido subcutâneo e atingir o
muscular;
 O músculo é menos sensível a medicamentos irritantes e viscosos;
 O ângulo de inserção é de 90º;
 Volume depende do sítio de aplicação da injeção;
 Fácil visualização e acesso ao músculo;
 Método invasivo;
VIA INTRAMUSCULAR

 Complicações:
 Irritação local / Dor;
 Infecção / Abscesso no local da injeção;
 Punção arterial / Hematoma / sangramento;
 Fibrose e contratura do músculo esquelético;
 Paralisia;
 Lesão nervosa / neuropatia;
 Nódulos persistentes;
 Gangrena.
VIA INTRAMUSCULAR

 Como prevenir complicações:


 Selecionar o melhor local (músculo) para aplicação, de acordo com
características do paciente e do medicamento;
 Conhecer os marcos anatômicos para seleção do sítio de aplicação em cada
músculo;
 Promover relaxamento do paciente / músculo (posicionamento);
 Seguir rigorosamente a técnica preconizada;
 Rodiziar o local de aplicação, nos casos de múltiplas doses.
VIA INTRAMUSCULAR

 Escolha do local:
 Idade do paciente;
 Local livre de infecção, necrose, hematoma, abrasão, cicatriz;
 Condição da massa muscular (tônus, atrofia);
 Reconhecer a localização das estruturas anatômicas (ossos, nervos e vasos
sanguíneos) subjacentes;
 Considerar o volume que deverá ser administrado e as características do
medicamento;
 Conhecer as vantagens e desvantagens de cada local.
VIA INTRAMUSCULAR

 Sítios de aplicação:
VIA INTRAMUSCULAR

 Volume máximo a ser administrado:


DELTÓIDE VASTO VENTROGLÚT DORSOGLÚTE
LATERAL EO O

1 a 3 ml 4 ml 4 ml 5 ml

Angulação: 90º
Músculo deltóide

 É de fácil acesso com o paciente sentado, ereto e em decúbito dorsal, ventral ou


lateral;
 Utilizado usualmente para aplicação de vacinas;
 Número e volume das injeções são limitados;
 O paciente pode está com o braço relaxado ou posicionado na altura da cintura
para promover o relaxamento das fibras musculares.
Músculo deltóide
Região dorsoglútea

 Músculo glúteo máximo;


 Próximo a grandes vasos (artéria glútea) e nervos (ciático);
 Recoberto por grande camada de tecido adiposo.
Região dorsoglútea
Região dorsoglútea
Região ventroglútea

 Músculos glúteos médio e mínimo;


 Localização profunda;
 Distante de nervos e vasos sanguíneos importantes;
 Menor camada de tecido adiposo sobre o músculo, em comparação com o glúteo
máximo;
 Fácil acesso;
 As complicações são muito raras;
 Local mais seguro para injeções IM.
Região ventroglútea
Região ventroglútea
Região anterolateral da coxa

 Aplicação feita no músculo vasto-lateral;


 Contra indicado para pessoas com lesão de nervo femoral;
 Posição sentada;
 Local de escolha para lactentes;
 Local da aplicação no terço médio (um palmo do trocanter maior e um
palmo acima do joelho);
Região anterolateral da coxa
AGULHAS
VIA INTRAMUSCULAR
VIA INTRADÉRMICA

 Realizada entre a derme e a epiderme;


 Efeito lento;
 Pequenos volumes (0,1ml);

INDICAÇÕES: Testes de sensibilidade alérgica, aplicação de alguns anestésicos locais e


vacinas (BCG);

 Locais: face ventral do antebraço;


área escapular;
inserção inferior do deltóide (BCG);
face anterior externa da coxa;
região periumbilical.
Ângulo: 15°;
Volume: 0,001 a 0,5 ml;
Não aspirar;
Manter pele esticada.
VIA SUBCUTÂNEA

 Consiste na administração de medicamento no tecido subcutâneo;


 Permite a introdução de pequenas quantidades de medicamento, de fácil absorção e não
irritantes ao tecido;
 Administração de hormônios, insulina, adrenalina, anticoagulantes, vacinas;
 Absorção mais lenta que a IM;
 Locais: periumbilical
face anterior da coxa
face externa do braço
região escapular
dorso-glútea
VIA SUBCUTÂNEA

 Volume máximo suportado: 1,5 ml;


 Agulha 13x4,5 (preferível):
ângulo 90º;
Agulha 25x6mm ou 25x7mm:
ângulo 45º;
Possíveis complicações:

 Lesão de nervos;
 Embolia provocada por lesão de vasos;
 Ulceração ou necrose por adm. de medicamentos contraindicados por essa via;
 Formação de nódulos e hematomas em decorrência de aplicações repetidas no
mesmo local.
VIA TÓPICA

 Age diretamente no local no qual ocorrerá a ação


medicamentosa;
 Via dérmica: colocada na pele;
 Via transdérmica: o fármaco é liberado de forma programada
sob a pele;
VIA TÓPICA
 Administração oftálmica: consiste na administração de colírios e pomadas
na região ocular;
 Do canto interno para externo do olho;
 Verificar prazo de validade;
 Contato com mucosa;
 Se mais de um produto for
prescrito para o mesmo olho
– intervalo mínimo de 5 min;
 Manter cabeça
flexionada para trás.
VIA TÓPICA

 Via nasal: Instilação de medicamentos diretamente nas narinas;


 Efeito local;
 Cabeça para trás – 1 narina de cada vez – Manter posição após 1 minuto;
VIA INALATÓRIA
 Utiliza gases como meio de transporte para medicamentos;
 Age no sistema respiratório;
 Orientar o paciente a respirar normalmente enquanto faz nebulização;

BEROTEC – Bromidrato de Fenoterol


BRONCODILATADORES
VIA AURICULAR
 Consiste em aplicar o medicamento diretamente no ouvido;
 Utilizada: antibióticos, analgésicos e remoção de serume;
 Cabeça lateralizada
 ADULTO: tracionar pavilhão para cima e para trás
 CRIANÇA: para baixo e para trás
 Aguardar 5 min para posicionar a cabeça para o outro lado;
VENÓCLISE

 É a administração ENDOVENOSA de regular quantidade de líquido por


meio de gotejamento controlado num período de tempo pré-determinado;

 VANTAGENS: Rápida absorção;


Resultados mais seguros;
Absorção de grande volumes;
Tratamentos prolongados;
Administra drogas que seriam contraindicadas em outras vias.
VENÓCLISE

 DESVANTAGENS: Dor pela punção


Irritação local
Lesão no paciente (se falha)
Risco de infecção
Não pode aspirar após administração

 COMPLICAÇÕES: Necrose tecidual (subst. Irritantes)


Dor e edema (extravasamento)
Embolias (infusão de ar)
Flebite (inflamação da veia)
Tromboflebite (coágulo na veia inflamada)
Reações pirogênicas (com febre)
Hematoma (rompimento de veia)
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO –
2 TÉCNICAS
 Com necessidade de instalação de dispositivo venoso periférico;
 Com dispositivo venoso já instalado;
EQUIPO
Venóclise

 Retirar todo o ar do equipo de soro;


 Segurar o frasco de soro um pouco acima da altura da própria cabeça para que a
gravidade ajude a fluir o líquido contido no frasco;
 Levar o material até o quarto do cliente;
 Orientar o cliente para o procedimento;
 Instalar a venóclise;
 Controlar o gotejamento.
ERROS NA ADM DE
MEDICAMENTOS
 A análise dos erros, ocorridos nos Estados Unidos pela FDA (MedWatch Program) e USP-
ISMP (Medication Errors Reporting Errors), mostra que as causas dos erros são
multifatoriais.
 Dentre as principais causas estão:
• falta de conhecimento sobre os medicamentos;
• falta de informação sobre os pacientes;
• violação de regras, deslizes e lapsos de memória;
• erros de transcrição;
• falhas na interação com outros serviços;
• falhas na conferência das doses;
• problemas relacionados à bombas e dispositivos de infusão de medicamentos;
• inadequado monitoramento do paciente;
• erros de preparo e falta de padronização dos medicamentos
Para administrar a medicação com eficácia, você
necessita conhecer:

Terminologia dos medicamentos;

As vias de administração;

Os efeitos que os medicamentos produzem.


Quanto a sala de preparo:

Ser iluminada e bem ventilada;

As janelas devem ter tela de proteção contra


insetos;

Bancadas com gaveta, pia, lixo e coletores de


materiais perfuro cortantes;

Limpas com água e sabão/ álcool a 70%;

Local tranquilo.
Quanto a prescrição médica:

Nome, quarto e leito do paciente;

Data da prescrição;

Nome do medicamento, dose, via e


horário da administração;

Nome e registro profissional.


3 leituras certas:

Ao pegar o frasco ou
ampola confira o rótulo
pela 1ª vez

Ao aspirar a medicação
confira o rótulo pela 2ª vez

Ao desprezar o frasco leia o


rótulo pela 3ª vez
Aprazamento de medicamentos:

 Ato de colocar o horário no qual os medicamentos serão administrados


pela equipe de enfermagem;

 Horários padronizados/normas;

 Estado geral do paciente/horário de repouso/refeições.


11 certos da administração
segura 1 – Prescrição
Certa

11 – Registro certo 2 – Paciente Certo

3 – Medicação
10 – Técnica Certa
Certa

9 – Via Certa 4 – Validade Certa

8 – Vazão (Fluxo)
5 – Diluição Certa
Certo

7 – Hora Certa 6 – Dose Certa


Regras gerais

1. Todo medicamento requer prescrição médica;


2. Todo medicamento deve ter rótulo e prazo de validade;
3. Não administrar medicamento preparado por outro
profissional;
4. Informar-se sobre ação, dose e efeitos colaterais;
5. Na dúvida, não administre;
6. Manter os medicamentos em condições especiais para uso;
7. Armazená-los em local apropriado.
Atividade de fixação

Sobre as vias de administração de medicamentos, assinale a alternativa incorreta:


 As vias de administração parenterais diferem em relação ao tipo de tecido em que
o medicamento será administrado.
 A via intradérmica constitui uma alternativa parenteral para a administração de
medicamentos que precisam de uma lenta absorção.
 Na utilização da via subcutânea, a medicação é introduzida na hipoderme,
proporcionando uma absorção gradual e sistêmica.
 Na utilização da via intramuscular, o medicamento é introduzido no tecido
muscular, sendo apropriado para a administração o volume máximo até 0,5 mL.
 A via endovenosa permite a administração de grandes volumes de líquidos e,
também, de soluções que, por serem irritantes ou por sofrerem a ação dos sucos
digestivos, são contraindicadas pelas demais vias parenterais e pela via oral,
respectivamente.
Atividade de fixação

A técnica para administração de medicamentos por via intramuscular, que


deve ser colocada a mão não dominante no quadril contralateral do
paciente apoiando a extremidade do dedo indicador sobre a espinha ilíaca
anterossuperior e o dedo médio ao longo da crista ilíaca, espalmar a mão
sobre a base do grande trocânter do fêmur, formando um triangulo
invertido ou um “V”; e aplicar o medicamento no triângulo formado é
denominada:
 Ventroglútea
 Dorsoglútea
 Vasto lateral da coxa
 Deltóide
 Acromial
OBRIGADA!!

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