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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE

MEDICAMENTOS
JUSCELIO PIMENTEL

ABRIL
2014
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Dos pontos de vista legal, ético e prático, a


administração de medicamentos é muito mais que
um simples serviço de entrega e ato, trata-se de
conhecimento, habilidade e técnica.
Para administrar a medicação com eficácia,
você necessita conhecer:

 A terminologia dos medicamentos;

 As vias de administração dos medicamentos; e

 Os efeitos que os medicamentos produzem


depois que penetram no organismo.
CUIDADOS IMPORTANTES NO PREPARO E
ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS

Quanto a sala de preparo de medicamentos:

• Deve ser bem iluminada;

• Deve ter boa ventilação;

• As janelas devem ter telas de proteção contra


insetos;
• Deve ter bancadas com gavetas, pia, lixo e
coletores de materiais perfuro cortantes;

• As bancadas devem ser limpas com água e


sabão ou com álcool 70% a cada turno ou
sempre que se fizer necessário;

• O local deve ser tranquilo.


Quanto a prescrição médica:

• Nome do paciente com o número do quarto e


do leito;

• Data da prescrição;

• Nome do medicamento, dose a ser


administrada, via de administração e o horário;

• Nome de quem prescreveu – nº do CRM e


assinatura.
Quanto ao medicamento:

• Observar o aspecto da substância (cor,


turvação, depósitos e outros);

• Validade;

• Concentração do medicamento e a prescrição;

• Materiais e acessórios para seu preparo e


administração.

• Lavar as mãos;
• Nunca administrar medicamentos em dúvida,
que podem estar relacionadas a: letra ilegível,
dosagem, rótulo e nomes diferentes da
prescrição;

• Não retornar a medicação ao frasco se esta


não for utilizada;

• Não desprezar medicações em lugares


acessíveis a outras pessoas;
PRINCIPAIS VIAS CORPORAIS
DE ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS

Enteral – Envolve a administração de


medicamentos por via sublingual, via oral e via
retal.
VIA ORAL

 Via muito utilizada;

 Inicia-se na boca e a absorção ocorre no trato


intestinal, atingindo assim a circulação
sistêmica;

 É Contra indicada em pacientes com vômito e


diarréia;
VIA OCULAR

São aplicadas diretamente na via ocular.

VIA OTOLÓGICA

São aplicadas no orifício ou canal auditivo.

VIA NASAL
São aplicadas nas fossas nasais.

VIA INALATÓRIA

É absorvida pelas fossas nasais.


VIA VAGINAL

É realizada diretamente no canal vaginal.

VIA SUBLINGUAL

A medicação que é prescrita por via sublingual,


não deve ser engolida. Estas medicações agem
rapidamente devido à abundante vascularização
da mucosa oral.
Parenteral – Indica a administração de
medicamentos por qualquer via que não a oral e a
retal. As medicações por via parental são
administradas através de agulhas e como há risco
de infecções, é necessário o uso de materiais estéril,
bem como de soluções estéreis.
IMPORTANTE

A via parenteral tem a vantagem de uma absorção


mais rápida do que a oral. A desvantagem é que uma
vez ministrada, são absorvidas rapidamente,
podendo haver lesões consideráveis, se a
medicação for erroneamente administrada.
VIA INTRADÉRMICA

 A solução deve ser introduzida na derme;

 Deve ser administrando no máximo 0,5 ml,


sendo normalmente administrado 0,1ml.

 É usada para reações de hipersensibilidade,


como provas de PPD (Tuberculose) e
sensibilidade de algumas alergias.
 É utilizada para aplicação de BCG, sendo de
uso mundial a aplicação ao nível da inserção
inferior do músculo deltóide.

 Para as demais aplicações, em adultos, o local


mais apropriado é a face anterior do antebraço,
devido ser pobre em pelos, com pouca
pigmentação, pouca vascularização e de fácil
acesso para leitura.
 Utiliza-se seringa de 1ml, agulha para aspiração de
calibre superior, agulha para aplicação (13 x 4,5);

 O bisel da agulha deverá ser para cima, introduzida


suavemente da agulha usando um ângulo de 10 a
15º.
VIA SUBCUTÂNEA

 A solução é introduzida na tela subcutânea


(camada de gordura), também chamada de
tecido subcutâneo (hipoderme);

 O volume máximo para esta via é de 2ml,


usualmente 1 ml;
 Utiliza-se seringas de 1 ml ou de 3 ml,
 Agulhas (13x4,5mm ou 13x3,) com ângulo de
90 graus;

 Agulhas mais longas (25x5,5) com ângulo de


45 graus.
VIA INTRAMUSCULAR

 A via intramuscular é muito utilizada, pois a


velocidade de absorção da solução
administrada é rápida.

 A solução deve ser administrada no tecido


muscular, obedecendo rigorosamente a
técnica.
 O músculo escolhido deve ser bem
desenvolvido, ser de fácil acesso e não possuir
vasos de grosso calibre e nervos superficiais.

 O volume máximo que devemos administrar


pela Via Intramuscular deve ser compatível com
a estrutura muscular.

 Introduza a agulha, obedecendo em ângulo de


90º, na parte central;
ATENÇÃO:

Região do Deltóide – 2 ml;

Região da Coxa – 3 ml;

Região Glútea – 4 ml;

Região Ventroglútea – 5 ml.


DELTÓIDE

GLUTÉA

GLUTÉA
VASTO LATERAL DA COXA VENTRO GLUTÉA
ÂNGULOS DAS SERINGAS
VIA ENDOVENOSA

Aplicada diretamente na veia.


REFERÊNCIAS
PIMENTEL, P. O. Z. Ação Colaborativa da Enfermagem na
Administração de Medicamentos. Semiologia e
Semiotécnica. 2010

GIOVANI, A. M. M. Enfermagem cálculo e administração de


medicamentos; São Paulo: Scrinium, 2006.

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