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VIAS DE

ADMINISTRAÇÃO
Cap. 22 e 23
INTRODUÇÃO

01 02 03 04

O QUE SÃO VIAS AÇÃO LOCAL AÇÃO TIPOS DE VIAS


DE SISTÊMICA
ADMINISTRAÇÃO?
Age no local Precisa alcançar • Enterais
É a maneira que o onde é aplicado. a corrente • Parenterais
medicamento sanguínea para • Tópicas
entra em contato chegar no local
com o organismo de ação.
→ porta de
entrada
VIAS
ENTERAIS
VIAS ENTERAIS

• Enteral vem do grego


enteron (intestino)

• Por isso compreende as vias:


• Oral
• Sublingual
• Retal
VIA ORAL

Tem um efeito É uma via contraindicada


mais demorado para pessoas com
do que outras dificuldade de engolir ou
vias. desacordados.

Fácil acesso, Pode ter ação


seguro, local (trato
confortável e gastrointestinal)
econômico. ou ação
sistêmica.
VIA ORAL
VIA ORAL: PASSO A PASSO
1. Lavar as mãos;
2. Separar o material;
3. Se apresentar ao paciente, perguntar seu nome e explicar o
procedimento;
4. Colocar medicamento no copo e levar como com água potável;
5. Estar atento aos alimentos que podem interagir com o medicamento;
6. Lavar as mãos.

OBS: O profissional só coloca o medicamento na boca quando o cliente


estiver debilitado.
VIA SUBLINGUAL

Efeito sistêmico Pode apresentar sabor


muito mais desagradável.
rápico do que a
via oral.

O medicamento São utilizados em


pode ser um situações de
comprimido ou emergência
gotas. como em ataque
cardíaco.
VIA SUBLINGUAL
VIA SUBLINGUAL: PASSO A PASSO

1º Lavar as mãos;

2º Separar o material;

3º Se apresentar ao cliente, perguntar seu nome e explicar o


procedimento;

4º Colocar medicamento no copo e levar até o cliente;

5º Pedir para o cliente coloca-lo debaixo da língua;

6º Lavar as mãos.
RETAL

Os medicamentos Pode ter efeito


administratos por local ou
essa via são os sistêmico.
supositórios.

Seu uso é Não é uma via


justificado quando bem aceita pelos
a pessoa não pacientes.
consegue utilizar o
medicamento via
oral ou sublingual.
VIA RETAL: PASSO A PASSO

1º Lavar as mãos;

2º Separar o material;

3º Se apresentar, perguntar seu nome e orientar a mãe e o cliente sobre a


necessidade do medicamento retal;
4º Proporcionar privacidade;
5º Colocar o cliente em decúbito lateral esquerdo na posição de Sims.
VIA RETAL: PASSO A PASSO

6º Calçar as luvas;
7º Retirar o supositório da embalagem e umedecer o supositório com água potável;

8º Usando a mão não-dominante, levantar a nádega superior do cliente para expor


o ânus;

9º Orientar o cliente a respirar várias vezes pela boca para relaxar o esfíncter anal,
reduzir a ansiedade e o desconforto durante o procedimento;
10º Usando a mão dominante, introduzir a extremidade afilada do supositório no
reto do cliente;
VIA RETAL: PASSO A PASSO

11º Com o dedo indicador, direcionar o supositório através da parede retal por
cerca de 8 cm ou no comprimento do seu dedo, até ultrapassar o esfíncter anal
interno;
12º No caso de criança, introduzir o supositório apenas até a primeira articulação
do seu dedo;
13º Promover o conforto do cliente. Manter deitado tranquilamente, e orientar a
retê-lo por um período de tempo.
OBS: Um supositório administrado para aliviar a constipação intestinal deve ser
retido por pelo menos 20 minutos, para que seja eficaz.
VIAS
PARENTERAIS
VIAS PARENTERAIS

• Parenteral vem de para (ao lado), mais


enteron.

• É uma via que não é enteral, ou seja, não


passa pelo sistema digestivo.

• Compreende as vias:
• Intravenosa
• Intramuscular
• Subcutânea
• Respiratória
• Tópica
• Entre outras
LEGISLAÇÃO PARA APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS

Resolução RDC 4409/2018


NR 32 Norma
ANVISA – regulamenta e
“Profissional Regulamentado
328/1999 – autoriza ANVISA
legalmente ra para
Estabelece os e Res. 358/2005
habilitado para Segurança e
requisitos CONAMA Sobre
realização dos Saúde no
mínimos para a gerenciamento
procedimentos. Trabalho em
aplicação deste de Resíduos de
” Serviços de
serviço e dentre Serviços de
Saúde.
eles: Saúde.
PROFISSIONAL - Atendente

1. Apresentação pessoal;
2. Seguir todo e qualquer procedimento
conforme protocolo institucional de
segurança do seu local de trabalho;
3. Estar com atualizado quanto as imunizações,
vacinas contra Hepatite B e Tétano;
4. Seguir os protocolos de Biossegurança;
5. Atentar-se quanto a segurança do paciente.
ATENDIMENTO – Prescrição médica

ATENÇÃO – APÓS O ATENDIMENTO VERIFICAR


O PROTOCOLO DE REGISTRO E/OU ANOTAÇÃO
DO SERVIÇO DA SUA INSTITUIÇÃO.
SALA DE INJETÁVEIS
ATENÇÃO QUANTO AO RISCO BIOLÓGICO

TOTALMENTE PREVENÍVEL
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
NR 32 Regulamenta EPI’S e Segurança

Proibido:
1. O uso de adornos;
2. Consumir alimentos e bebidas no posto de
atendimento ou sala de injetáveis;
3. Calçado aberto;
4. Reencape de agulhas
Em caso de acidente:
1. Lavar com água e sabão e não
2. espremer o local.
3. Buscar atendimento médico
4. Registrar acidente CAT e SINAN
5. Orientar paciente
6. Centro de Referência acompanha o acidentado
CUIDADOS NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO
• Verificar SEMPRE se o medicamento está em bom estado de
armazenagem;
• Desprezar medicamentos sem rótulos, com rótulos manchados ou
rasgados;
• Fique ATENTO com a identificação e rótulos dos medicamentos;
• LER ATENTAMENTE a Prescrição Médica;
• O local de preparo de medicação deve estar sempre em ordem e limpo;
• Ao preparar mais de 2 medicações estar bem atento e organizar a
sequencia de administração.
• SEMPRE LAVAR AS MÃOS;
• O local deve estar bem iluminado;
• Mantenha-se concentrado no trabalho;
• Ler e conferir o rótulo três vezes: 1. ao pegar o medicamento; 2. durante o
preparo; 3. no descarte.
CUIDADOS NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO
CUIDADOS NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO

9 CERTOS DA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
SERINGAS PARA MEDICAÇÕES DE VIA PARENTEAL
MEDICAÇÕES DE VIA PARENTEAL
MEDICAÇÕES DE VIA PARENTEAL
MEDICAÇÕES DE VIA PARENTEAL
MEDICAÇÕES DE VIA PARENTEAL
VIA INTRAVENOSA

O medicamento é
inserido diretamente É uma via que
na corrente apresenta efeito
sanguínea, método mais rápido. Por
chamado de punção isso é utilizada
periférica. em emergências.

Os medicamentos Existem fármacos


podem ser que não
administrados conseguem ser
como única dose absorvidos pelo
ou podem ser de intestino.
infusão contínua.
VIA INTRAVENOSA
INDICAÇÕES
● Coleta de exame laboratorial;
● Terapia medicamentosa por via endovenosa

CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS
● Fístula arteriovenosa;
● Mastectomia;
● Veia esclerosada.

CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS
● Braço ou mão edemaciados;
● Comprometimento em membros;
● Queimaduras ou lesões de continuidade em
locais de punção;
● Plegia em membro a ser puncionado
VIA INTRAVENOSA: Materiais necessários
1. Bandeja;
2. Garrote;
3. Álcool à 70%
4. Bolas de algodão/gazes;
5. Cateter intravenoso periférico sobre agulha
apropriado ao calibre da veia e rede venosa do
paciente.
6. Fita adesiva estéril para fixação (Esparadrapo ou
micropore);
7. Luvas de procedimento;
8. Dispositivo a ser conectado ao cateter venoso
de acordo com o objetivo da punção
(torneirinha, tubo extensor, tubo em “Y”);
9. Material para permeabilização do cateter.
VIA INTRAVENOSA: Etapas do procedimento
1. Verificar na prescrição médica: nome do cliente, solução a ser
infundida, volume, data e horário.
2. Datar o equipo com o prazo de validade, conforme recomendação
de controle de infecções.
3. Identificar o cliente pelo nome completo.
4. Explicar o procedimento ao cliente e acompanhante.
5. Higienizar as mãos.
6. Calçar as luvas de procedimento.
7. Posicionar o cliente de maneira confortável e adequada à realização
do procedimento.
8. Expor a região a ser puncionada.
VIA INTRAVENOSA: Etapas do procedimento
9. Palpar a rede venosa para escolher
o local a ser puncionado, de
preferência vasos periféricos
superficiais de grosso calibre e
distante das articulações. Equipo
Indicadas: cefálica, basílica,
mediana, as do antebraço e as do
plexo venoso do dorso da mão;
sentido distal para proximal. Bolsa de soro
10. Escolher o cateter adequado ao
calibre do vaso periférico (cateter
de menor calibre e comprimento
de cânula)

Scalp Cateter Periférico (Jelco)


VIA INTRAVENOSA: Etapas do procedimento
11. Prender o garrote acima do local escolhido (não colocá-lo sobre as
articulações).
12. Pedir ao cliente para abrir e fechar a mão e, em seguida, mantê-la
fechada.
13. Fazer a antissepsia da área usando algodão/gaze embebido em
álcool 70%, com movimentos no sentido do retorno venoso ou
circular do centro para fora.
14. Não tocar o local de inserção do cateter após antissepsia. Aguardar a
secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção.
15. Limitar a duas tentativas de punção periférica por profissional e, no
máximo, quatro no total.
VIA INTRAVENOSA: Etapas do procedimento
16. Tracionar a pele do cliente (no sentido
da porção distal do membro) com a
mão não dominante, posicionando o
dedo polegar cerca de 2,5 cm abaixo
do local selecionado para a punção.
17. Informar ao cliente o momento da
punção, solicitando que faça uma
inspiração profunda.
18. Utilizar um novo cateter periférico a
cada tentativa de punção.
19. Inserir a agulha com o bisel voltado
para cima, até observar o refluxo do
sangue.
VIA INTRAVENOSA: Etapas do procedimento
20. Retirar o mandril quando puncionar com cateter sobre agulha,
fazendo pressão acima da ponta do cateter com o indicador da mão
não dominante.
21. Soltar o garrote e solicitar ao cliente para abrir a mão.
22. Adaptar a conexão de duas vias ao cateter.
23. Testar a permeabilidade do sistema. Observar se não há formação
de soroma local/infiltração na pele.
24. Fixar o cateter à pele do cliente, utilizando esparadrapo ou
micropore de maneira que fique firme, visualmente estético e que
não atrapalhe os movimentos
Punção com
Scalp
Punção com
cateter
Punção com
cateter
VIA INTRAMUSCULAR

O medicamento é É utilizada para


injetado tratamentos de
diretamente no aplicação única,
músculo. apresentando um
efeito prolongado.

Não apresenta Geralmente é


efeito tão imediato dolorosa e caso
quanto a via ocorra algum erro na
intravenosa. sua administração
podem haver danos
irreversíveis.
VIA INTRAMUSCULAR
VIA INTRAMUSCULAR - DELTÓIDE
VIA INTRAMUSCULAR - DELTÓIDE
ATENÇÃO
VIA INTRAMUSCULAR - DELTÓIDE
VIA INTRAMUSCULAR – VASTO LATERAL
VIA INTRAMUSCULAR – DORSO GLÚTEA
VIA INTRAMUSCULAR – DORSO GLÚTEA
VIA INTRAMUSCULAR – DORSO GLÚTEA
VIA INTRAMUSCULAR – VENTRO GLÚTEA
VIA INTRAMUSCULAR – TÉCNICA Z
VIA INTRAMUSCULAR – TÉCNICA Z
VIA SUBCUTÂNEA

Os medicamentos A absorção é lenta e


são aplicados constante. Só aceita
debaixo da pele → volumes pequenos, por
tecido subcutâneo. isso os locais de aplicação
devem ser alternados.

É uma via muito Os pacientes que


utilizada para mais fazem uso
administração de dessa via são
medicamentos os bebês e idosos,
contra trombose por dificuldade de
(heparina) e para punção em suas
diabetes (insulina). veias.
VIA SUBCUTÂNEA
VIA SUBCUTÂNEA
VIA SUBCUTÂNEA
VIA INTRADÉRMICA - É a via utilizada para os
testes de alergia.
- Só podem ser aplicados
pequenos volumes (0,1 a 0,5ml)

- São aplicadas rente à pele,


entre a derme e a epiderme, a
agulha não chega a camadas
profundas.
- Geralmente é aplicada no
músculo deltóide do braço. Um
exemplo clássico de vacina
intradérmica é a BCG.
VIA INTRADÉRMICA
VIA RESPIRATÓRIA

Os medicamentos Via utilizada para


administratos por tratar problemas
meio de nebulização respiratórios.
ou pó inalatório.

Pode ter efeito A via se inicia na


local ou sistêmico. mucosa nasal e
vai até os
pulmões. Sendo a
administração
feita pela boca.
VIA RESPIRATÓRIA
VIA TÓPICA

Via usada para


Devem ser
tratar a pele e
administrados
mucosas.
somente no local
da lesão.

Os medicamentos
podem se
apresentar na
forma de
pomadas, géis ou
cremes.
VIA TÓPICA
OUTRAS VIAS: AÇÃO LOCAL

VIA
VIA NASAL VIA
AURICULAR/OTOLÓGICA
OCULAR/OFTÁLMICA
Se apresentam na
Se apresentam na forma de solução. Medicamentos se
forma de solução. apresentam na forma
de pomadas e colírios.
VIA NASAL: PASSO A PASSO
1º Lavar as mãos;

2º Separar o material;

3º Se apresentar ao cliente, perguntar seu nome e explicar


o procedimento;

4º Orientar o cliente a deitar-se com a cabeça sobre o


travesseiro ou sentar-se, e hiperestender o pescoço para
trás, quando possível;

5º Destampar o frasco ou aspirar o medicamento no


conta-gotas;

6º Levantar suavemente a ponta do nariz com a mão não


dominante, para abrir bem a narina;

7º Posicionar o frasco ou conta-gotas na entrada da narina,


sem encostar, com a mão dominante.
Após gotejar, esperar
de 3 a 6min.
VIA AURICULAR/OTOLÓGICA:
PASSO A PASSO
1º Lavar as mãos;

2º Separar o material;

3º Se apresentar ao cliente, perguntar seu nome e explicar


o procedimento;

4º Colocar os EPI’s;

5º Se necessário, realizar limpeza antes de administrar o


medicamento com uma gaze;

6º Lateralizar o cliente;

7º Segurar lóbulo da orelha e puxar para cima e para trás,


gotejar e esperar 3 a 6 minutos para realizar no outro
ouvido;

8º Retirar os EPI’s e lavar as mãos.


VIA OFTÁLMICA: PASSO A PASSO
1º Lavar as mãos;

2º Separar o material;

3º Se apresentar ao cliente, perguntar seu nome e explicar o


procedimento;

4º Realizar limpeza antes de administrar o medicamento

5º Pedir para o cliente olhar para cima e então pingar as gotas na


bolsa ocular;

6º Pedir para o cliente fechar os olhos e movimentar o globo ocular;

7º Retirar os EPI’s e lavar as mãos.

OBS: Se o medicamento for em gel, deposito o gel na bolsa ocular e


faço um leve movimento com os olhos ainda fechados (massageando
a bolsa ocular).
VAMOS
PRATICAR!

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