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ADMINISTRAÇÃO DE

MEDICAMENTOS

Profª REGINETE
Uma das atribuições, merecedora de reflexão da
prática de enfermagem, é a administração de
medicamentos que envolve aspectos legais e
éticos de impacto sobre a prática profissional;
Uma falha pode ter consequências irreparáveis;
A administração de medicamentos é uma das
mais serias responsabilidades que pesam sobre a
enfermagem;
CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
 Todo medicamento deve ser prescrito pelo médico;
 Toda prescrição de medicação deve conter: data,
nome do paciente, registro, enfermaria, leito, nome
do medicamento, dosagem, via de administração,
frequência, assinatura e carimbo do médico;
 Ao preparar a bandeja de medicamentos, fazê-lo
atentamente e não conversar;
 Ter sempre a frente, enquanto prepara o
medicamento, a prescrição médica;
 Ler o rótulo do medicamento 3 vezes, comparando-o
com a prescrição:
1. Antes de tirar o recipiente do armário;
2. Antes de colocar o medicamento no recipiente para
administrar;
3. Antes de repor o recipiente no armário;
 Colocar a prescrição médica próximo ao recipiente
de medicamentos sempre juntos na bandeja;
 Nunca administrar medicamento sem rótulo, com
rótulo ilegível, ou medicamento vencido;
 Identificar a seringa ou frasco via oral: quarto, leito,
via, nome do medicamento;
 Não tocar com a mão em comprimidos, cápsulas,
drágeas, pastilhas;
 Identificar o paciente antes de administrar o
medicamento, solicitando nome e certificando-se da
exatidão do mesmo, pelo prontuário;
 Certificar-se das condições de conservação do
medicamento, verificar data de validade;
 Anotar qualquer alteração após a administração
(vômitos, diarréia, erupções, urticária, prurido);

Quem prepara administra. Não administrar


medicamentos preparados por outras pessoas;
 Em caso de dúvida, nunca administrar o medicamento,
até que a mesma seja esclarecida;
 Os antibióticos devem ser administrados no máximo 15
minutos antes ou depois do horário prescrito;
 Checar o horário da medicação somente após
administrá-la, assinar legivelmente o nome ao lado;
 Orientar o paciente quanto ao nome do medicamento,
ação da medicação, ao procedimento realizado e quanto
aos perigos da automedicação;
 Nunca anotar ou checar o medicamento antes de ser
administrado;
 Ao colocar o medicamento (líquido) no recipiente,
mantê-lo no nível dos olhos, certificando a graduação
correta;
11 CERTOS

1. PRESCRIÇÃO MÉDICA CERTA


2. PACIENTE CERTO
3. MEDICAÇÃO CERTA
4. DOSE CERTA
5. HORA CERTA
6. VALIDADE CERTA
7. DILUIÇÃO CERTA
8. VAZÃO (FLUXO) CERTO
9. VIA CERTA
10. TÉCNICA CERTA
11. REGISTRO CERTO
MATERIAL E PROCEDIMENTO
 Prescrição médica;
 Seringa ou copo descartável/Bandeja;

 Comprimido ou frasco de medicação;

 Lavar as mãos, colocar os medicamentos no recipiente,


diluindo-os se necessário;
 Identificar o recipiente com nome, leito, horário,
medicamento, dose;
 Identificar o paciente e explicar o que será realizado e as
possíveis reações adversas;
 Colocar a medicação na mão do paciente ou direto na boca
sem contaminar, oferecer água e conferir se engoliu;
 Recolher o material e checar na prescrição.
7. Introduzir o supositório no reto, delicadamente, e pedir ao
paciente que retenha por alguns minutos;
8. Recolher o material, tirar luvas, lavar as mãos e anotar no
prontuário do paciente;

OBSERVAÇÃO:
O paciente poderá colocar o supositório sem o auxilio da
enfermagem, desde que seja orientado;
Em caso de criança ou adulto incapacitado para retê-lo,
comprimir levemente as nádegas para evitar o retorno do
supositório;
É necessário colocar a comadre ou encaminhar ao banheiro.
VIA PARENTERAL
 Efeito sistêmico; recebe-se a
substância por outra forma que não
pelo trato digestivo.
Vantagens:

 Absorção mais rápida e completa.


 Maior precisão em determinar a dose desejada.
 Obtenção de resultados mais seguros.
 Possibilidade de administrar determinadas drogas que são
destruídas pelos sucos digestivos.
Desvantagens:
 Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação
da droga;
 Em casos de engano pode provocar lesão considerável;

 Devido ao rompimento da pele, pode ocorrer o risco de adquirir


infecção;
 Uma vez administrada a droga, impossível retirá-la.
Problemas que podem ocorrer:

 Infecções locais ou gerais; abscesso;


 Inflamação pirogênica, com infiltração e propagação para os
tecidos, caracterizando-se pela ulceração ou supuração;
 Fenômenos alérgicos ao produto usado para anti-sepsia ou às
drogas injetadas;
 Trauma psicológico (medo, tensão, choro, recusa do tratamento);
 Embolias (pode ser devido à falta de aspiração antes de injetar
uma droga, introdução inadvertida de ar, coágulo, substância
oleosa ou suspensões por via intravenosa, ou à aplicação de
pressão muito forte na injeção de drogas em suspensão ou
oleosas causando a rutura de capilares, com consequente
microembolias locais ou gerais).
 Trauma tissular (hemorragias, hematomas, equimoses, dor,
paresias, parestesias, paralisias, nódulos e necroses).
CUIDADOS GERAIS
 Lavar as mãos;
 Utilizar técnica asséptica no preparo a fim de
minimizar o perigo de injetar microrganismos
na corrente sanguínea ou nos tecidos;
 Fazer antíssepsia da pele;
 Manejar corretamente o material esterilizado;
 Explicar ao paciente quanto ao procedimento;
 Utilizar o método de administração
corretamente.
Os medicamentos administrados por via
injetável têm a vantagem de fornecer uma
via mais rápida, quando a via oral é
contra-indicada, favorecendo assim a
absorção mais rápida.
Para realizarmos esse procedimento, é
necessário entender sobre a seringa e sua
graduação e o calibre das agulhas
disponíveis.
SERINGAS
Aseringa é um recipiente utilizado para o preparo e
administração de medicamentos. Seus componentes
básicos são:

Êmbolo Corpo Bico


1 ml 3 ml 5 ml 10 ml 20 ml 60 ml
Para medicação ID seringa de 1ml;

Para medicação SC seringa de 1ml ou 3ml;

Para medicação IM seringa de 3ml ou 5 ml;

Para medicação EV seringa de 10ml ou


20 ml;
AGULHAS
A escolha da agulha deve ser realizada levando-se em
consideração a via de administração, o local a ser
administrado, o volume e a viscosidade do medicamento e
o próprio cliente, avaliando as condições da musculatura,
peso, da pele, etc.

Canhão Haste Bisel


Descrição do Procedimento
 Lavar as mãos;
 Proceder com atenção, a leitura da prescrição médica;
 Reunir o material necessário, conferindo-o;
 Conferir o medicamento, dose, paciente, via de
administração e horário da medicação;
 Preparar a medicação conforme a técnica: realizar
desinfecção do frasco/ampola, aspirar e retirar o ar da
seringa;
 Orientar o paciente e/ou familiar sobre o procedimento;
 Calçar as luvas de procedimento;
 Colocar o paciente sentado ou deitado com a região
escolhida exposta;
 Realizar antissepsia do local com álcool 70%;
 Distender a pele do local a ser aplicado segurando com
firmeza;
 Introduzir a agulha com um ângulo de 15 º com o bisel
voltado para cima;
 Introduzir o medicamento lentamente, não devendo

ultrapassar 0,5 ml, observando a formação de pápula


(elevação da pele);
 Retirar a agulha em um único movimento, rápido e firme;
 Colocar algodão no local; fazendo leve pressão por alguns

instantes;
 Acomodar o paciente;
 Retirar as luvas de procedimento e lavar as mãos;
 Manter o setor limpo e organizado;
 Checar a prescrição e registrar no prontuário.
VIA INTRADÉRMICA ID
VIA SUBCUTÂNEA - SC
É a administração de medicamentos por baixo da derme, no
tecido conjuntivo.
Objetivos:
- Administrar vacinas, adrenalina, insulina e anticoagulantes;
- Lentificar o tempo de absorção sistêmica do medicamento
administrado.
Indicação:
- Absorção lenta
- Efeito prolongado
Cuidados relacionados:
Administrar um volume máximo entre 0,5 mL e 1 ml (o tecido
subcutâneo é extremamente sensível à soluções irritantes e
grandes volumes de medicamento).
Descrição do Procedimento
 Fazer e colocar o rótulo de identificação do medicamento com: nome,
dose, horário, via de administração e paciente e identificar a seringa;
 Realizar a higienização das mãos;

 Reunir o material a ser utilizado na bandeja;

 Preparar o medicamento utilizando a agulha de aspiração e seringa1ml;

 Retirar a agulha de aspiração e inserir a agulha 13 x 4,5 na seringa;

 Levar a bandeja até a unidade do paciente;

 Informar e explicar o procedimento ao paciente;

 Conferir o rótulo com os dados do paciente;

 Posicionar o paciente de forma adequada ao procedimento;

 Calçar as luvas de procedimento;

 Fazer a antissepsia do local;

 Pinçar com os dedos a pele do local de administração (correta posição


das mãos no instante de aplicar a injeção: a seringa deve estar
posicionada entre polegar e indicador da mão dominante).
 Inserir em um único movimento a seringa em um ângulo de 90º;
 Injetar lentamente o medicamento com a mão oposta que segura a seringa
(soltar a prega do tecido);
 Retirar a agulha e a seringa em um movimento rápido;
 Aplicar leve compressão ao local com gaze;
 Recolher o material utilizado, deixando a unidade do paciente em ordem;
 Desprezar os resíduos;
 Descartar o material pérfuro cortante no Descarpax® (sem desconectar a
agulha da seringa e sem reencapá-la);
 Retirar a luva de procedimento;
 Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e realizar a
desinfecção com álcool a 70%;
 Realizar a higienização das mãos
 Checar o horário da administração do medicamento na prescrição médica;
 Fazer anotação de enfermagem, se houver intercorrências.
VIA INTRAMUSCULAR – IM
É uma via parenteral para administração de medicamentos,
com finalidade profilática ou terapêutica, na qual se realiza a
punção da pele com uma agulha acoplada a uma seringa para
que o medicamento seja administrado profundamente num
grande músculo.
 Complicações: Irritação local, Dor, Infecção, Abscesso no
local da injeção, Punção arterial, Hematoma, sangramento,
Fibrose e contratura do músculo esquelético, Paralisia,
Lesão nervosa / neuropatia, Nódulos persistentes,
Gangrena;
 Escolha do local: Idade do paciente; local livre de
infecção, necrose, hematoma, abrasão, cicatriz; condição
da massa muscular (tônus, atrofia); reconhecer a
localização das estruturas anatômicas (ossos, nervos e
vasos sanguíneos subjacentes); considerar o volume que
deverá ser administrado e as características do
medicamento; conhecer as vantagens e desvantagens de
cada local;

 Volume máximo a ser administrado (adultos)


Deltóide Ventrogluteo Dorsoglúteo Vasto Lateral

2 ml 4ml 4 ml 4 ml
Região Ventroglútea
 Músculos glúteos médio e mínimo;
 Localização profunda;

 Distante de nervos e vasos sanguíneos importantes;

 Menor camada de tecido adiposo sobre o músculo, em


comparação com o glúteo máximo;
 Fácil acesso (as complicações são muito raras);

 Local mais seguro para injeções IM - 1ª escolha,


especialmente para injeção de medicamentos em grandes
volumes, irritantes ou viscosos;
 Posicionamento do paciente:• DD – manter os joelhos
flexionados; • DV – apontar os dedos dos pés para dentro; •
DL – flexão do quadril e joelho da perna que está em cima
em pé; • Se não for possível deitar o paciente sentado;
Região Dorsoglútea

 Músculo glúteo máximo;


 Próximo a grandes vasos (artéria glútea) e nervos (ciático);

 Recoberto por grande camada de tecido adiposo;

 Absorção relativamente lenta do medicamento em


comparação com outros músculos;
 Associada à lesão do nervo ciático e da artéria glútea
superior;
 Posicionamento do paciente: • DV (melhor) – apontar os
dedos dos pés para dentro; • DL – flexão do quadril e joelho
da perna que está em cima;
Músculo Vasto Lateral da Coxa

 Localiza-se na região ântero-lateral da coxa;


 Fácil acesso;

 Grande massa muscular em pacientes não atrofiados;

 1ª escolha para crianças < 12 meses;

 Distante de vasos sanguíneos ou nervos importantes, porém


associada à lesão do nervo e da artéria femorais;
 Posicionamento do paciente: • Sentado; • DD – pedir ou
auxiliar o paciente a flexionar os joelhos;
Músculo Reto Femoral
 Localiza-se na região anterior da coxa;
 Fácil acesso;

 Músculo grande e bem desenvolvido;

 Absorção dos medicamentos é mais lenta do que no braço,


porém mais rápida do que no glúteo;
 Pode ser facilmente utilizado por pacientes para
autoadministração de medicamentos;
 Deve ser utilizado na presença de contraindicação de outros
locais para injeção IM;
 Borda medial fica muito próxima ao nervo ciático e vasos
sanguíneos importantes;
 As injeções nesse músculo podem causar desconforto
considerável;
Músculo Deltoide
 Porção média do deltoide;
 Pequena área muscular;

 Número e volume das injeções são limitados;

 Indicado, especialmente, para a administração de vacinas em


adultos;
 Antes de administrar o medicamento deve-se avaliar a
condição do músculo;
 Risco de lesão nervosa (axilar, braquial, radial e ulnar) por
irritação química ou ação mecânica direta da agulha; Lesão
vascular (artéria e veia braquiais);
 Posicionamento:O paciente pode estar com o braço relaxado
e com cotovelo flexionado ou com a mão na cintura;
•Sentado • Em pé • Deitado;
Descrição do Procedimento
 Conferir na prescrição: Data, nome do paciente, medicação,
dose, via de administração e horário;
 Preencher o Rótulo de medicação;
 Reunir o material;
 Lavar as mãos;
 Preparar o medicamento;
 Informar o procedimento para o paciente e/ou familiar;
 Calçar luvas de procedimento;
 Colocar o paciente sentado ou deitado com a região
escolhida exposta;
 Retirar o ar da seringa e agulha;
 Fazer anti-sepsia do local com álcool 70%
 Distender a pele do local escolhido a ser aplicado segurando
com firmeza;
 Segurar a seringa com a mão dominante e introduzir a
agulha firme e suavemente em movimento único;
 Aspirar suavemente o êmbolo para verificar se atingiu

algum vaso sanguíneo (caso aconteça, retirar agulha do


local, desprezar todo material e reiniciar o procedimento);
 Injetar o líquido lentamente;
 Retirar a seringa/agulha rapidamente, comprimindo o local

com algodão, observando presença de edema, hematoma ou


sangramento no local;
 Desprezar o material pérfuro-cortante em recipiente

apropriado (caixa ou frasco de resíduo pérfuro-cortante);


 Ajudar o paciente a assumir posição confortável;
 Recolher o material e organizar o local;
 Retirar as luvas de procedimento, lavar as mãos e checar a

medicação prescrita.
VIA ENDOVENOSA
A administração via endovenosa EV permite a aplicação
de medicações diretamente na corrente sanguínea através
de uma veia. A administração pode variar desde uma
única dose até uma infusão contínua (soroterapia).

Resultados esperados:
Promover acesso parenteral para administração de
medicamentos, soros, nutrições e hemoderivados, em
pequenas e/ou grandes quantidades de forma intermitente
ou contínua.
Atividades:
 Lavar as mãos e reunir o material necessário;
 Explicar o procedimento para o paciente e/ou familiar;
 Calçar as luvas de procedimento;
 Escolher a veia de aplicação, preferencialmente longe de
articulações;
 Preencher o perfusor com ABD/SF 0,9%, caso o material
usado seja jelco; caso o material seja scalp, preencher o
próprio com ABD/SF 0,9%;
 Observar presença de bolhas de ar no
dispositivo(equipo/perfusor);
 Fixar o garrote acima do local a ser puncionado;
 Aguardar o enchimento da veia;
 Realizar antissepsia do local com algodão embebido em álcool
70% (unidirecional, três vezes consecutivas);
 Abrir o dispositivo de punção;

 Puncionar a veia com o bisel do dispositivo voltado para cima;

 Retirar o garrote;

 Introduzir 2/3 do dispositivo na veia, terminar de introduzir a


parte plástica e retirar a parte metálica, se jelco;
 Conectar o perfusor no equipo, se jelco; se scalp, conectar o
mesmo;
 Fixar a tala no membro com micropore (crianças);

 Mobilizar o membro se houver necessidade;

 Identificar o acesso com: data, hora e nome do profissional que


realizou o procedimento;
 Retirar as luvas de procedimento;

 Lavar as mãos e registrar no prontuário.


Ações em caso de não conformidade:
 Caso haja contaminação do material, desprezar e solicitar
outro;
 Renovar o acesso venoso em qualquer sinal de irritação,
flebite, infiltração ou extravasamento.
 Na presença de sinais flogísticos no local da punção,
comunicar a enfermeira responsável pelo setor.
Salinizar o acesso venoso:
Materiais necessários:
 Bandeja;
 Algodão/Álcool 70%;
 Seringa de 3 ml ou 5 ml/Agulha 40 x 12;
 S,F 0,9%/ABD;
 Luvas de procedimento.
Atividades:
 Fazer desinfecção da ampola do diluente com algodão
embebido em álcool a 70%;
 Lavar as mãos e reunir o material necessário;

 Explicar o procedimento para o paciente e/ou familiar;

 Calçar as luvas de procedimento;

 Fazer a desinfecção com álcool 70% do dispositivo antes de


abri-lo;
 Abrir o dispositivo de punção;
 Preencher o perfusor/scalp/jelco com SF 0,9% sempre após a
administração de um medicamento, término de soroterapia e ou
após punção venosa;
 Fechar o dispositivo da punção

 Retirar as luvas de procedimento e lavar as mãos;

 Manter o setor limpo e organizado;

 Registrar no prontuário.

Preparo de Medicação/Materiais necessários:


 Prescrição médica/Rótulo de medicação.

 Medicação a ser administrada;

 ABD/SF0,9%;

 Seringa, conforme volume a ser aspirado/Agulha 40 x 12;

 Álcool 70%/Algodão;
 Atividades/Medicação em ampola:
 Ler a prescrição;
 Preencher o rótulo de medicação;

 Lavar as mãos e reunir os materiais necessários;

 Fazer desinfecção do gargalo da ampola com algodão embebido


em álcool 70%;
 Abrir a ampola na linha serrilhada marcada no gargalo;

 Conectar a agulha na seringa;

 Retirar a capa protetora da agulha;

 Colocar a agulha, conectada à seringa, dentro do frasco;

 Aspirar à quantidade indicada do medicamento;

 Diluir se necessário, a medicação com técnica asséptica e volume


prescrito;
 Proteger o êmbolo com o invólucro da seringa;
 Colar o rótulo de medicação no invólucro;
 Administrar a medicação conforme prescrição e técnica descrita
em POP;
 Recolher o material e organizar o local;

 Lavar as mãos e checar a medicação prescrita.

 Medicação em frasco que precisa ser diluída:

 Ler a prescrição;

 Preencher o rótulo de medicação;

 Lavar as mãos e reunir os materiais necessários;

 Fazer desinfecção da ampola do diluente com algodão


embebido em álcool a 70%;
 Abrir a ampola na linha serrilhada marcada no gargalo;

 Conectar a agulha na seringa;

 Retirar a capa protetora da agulha;


 Colocar a agulha, conectada à seringa, dentro do frasco;
 Aspirar à quantidade indicada do diluente para dentro da
seringa;
 Fazer desinfecção da borracha do frasco com algodão
umedecido em álcool 70%;
 Introduzir a agulha dentro do frasco pela borracha;

 Diluir a medicação com técnica asséptica;

 Aspirar à quantidade indicada do medicamento;

 Proteger o êmbolo com o invólucro da seringa;

 Colar rótulo de medicação no invólucro;

 Administrar a medicação conforme prescrição e técnica


descrita em POP;
 Recolher o material e organizar o local;

 Lavar as mãos e checar a medicação prescrita.


Materiais necessários:
 Prescrição médica;
 Solução/Medicação prescrita;
 Bandeja ou cuba rim;
 Seringa, conforme volume a ser aspirado/Agulha 40 x 12;
 Álcool 70%/Algodão;
 Equipo;
 Rótulo de soro .

 Atividades:

 Ler a prescrição;

 Preencher o rótulo de soro;

 Lavar as mãos;

 Reunir os materiais necessários;

 Fazer desinfecção da borracha do frasco de soro e da(s)


ampola(s) com algodão embebido em álcool 70% e abri-la(s);
 Conectar a agulha na seringa e retirar a capa protetora da
agulha;
 Colocar a agulha, conectada à seringa, dentro da ampola;

 Aspirar à quantidade prescrita de medicação e injetar no frasco


de soro;
 Abrir invólucro do equipo para soro;

 Fechar o equipo e conectá-lo ao frasco de soro;

 Fazer leve pressão no frasco de soro, para que encha a câmara


do equipo, para evitar entrada de ar;
 Abrir lentamente o equipo até que o mesmo fique totalmente
preenchido, observando se há bolhas de ar no mesmo e retirá-
las;
 Afixar o rótulo de soro e levá-lo na bandeja ou cuba rim até o
leito do paciente;
 Informar o procedimento para o paciente e/ou familiar;
 Conferir novamente a identificação do paciente;
 Adaptar o frasco e equipo de soro;

 Checar a permeabilidade do acesso venoso, observando se o


local apresenta sinais flogísticos;
 Calçar luvas;

 Fazer assepsia do perfusor ou tree-way com álcool a 70% e


conectar a ponta do equipo e iniciar infusão;
 Colocar o paciente em posição confortável;

 Desprezar o material utilizado em recipiente próprio;

 Recolher o material e organizar o local;

 Retirar as luvas de procedimento e lavar as mãos;

 Identificar o equipo com data, horário e nome do profissional;

 Checar horário de inicio de infusão na prescrição médica.


CUIDADOS GERAIS IMPORTANTES
 Antes de preparar a medicação, certificar-se da dieta,
jejum ou controle hídrico do paciente;
 Sempre lavar as mãos antes e após a administração do
medicamento;
 Homogeneizar os medicamentos em suspensão;
 Ter o cuidado de limpar com gaze os vidros de
medicamentos, antes de guardá-los;
 Dissolver os medicamentos para pacientes com disfagia;
 A fim de evitar desperdícios, acidentes, furtos e uso
abusivo, os medicamentos devem ser guardados em
local apropriado e controlado;
 Ao administrar mais de um medicamento a um paciente,
deve ser usada a seguinte ordem: comprimidos e drágeas
seguidos por água, depois administrar líquidos diluídos
com água, quando necessário;
 Xaropes são administrados, não diluídos e não são
seguidos por líquidos;
 Permanecer com o paciente até que toda a medicação
tenha sido deglutida;
 Não é aconselhável misturar medicamentos líquidos,
poderá ocorrer uma reação química, resultando em
crioprecipitado;
PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA

Naiara Gomes
CONCEITO
É a criação de um acesso venoso
periférico a fim de administrar
soluções ou drogas diretamente na
corrente sanguínea, para se obter uma
ação imediata do medicamento.
TÉCNICA
• Preparar o material:
1 – Garrote;
2 – Material para anti-sepsia (álcool 70%,
algodão);
3 – Cateter de escolha (scalp ou jelco);
4 – Luvas de procedimento;
5 – Seringa com 5 ou 10 ml de ABD ou SF 0,9%;
6 –material para fixação (esparadrapo, micropore,
tala rígida s/n);
7 – Soroterapia ou medicação se prescrito
TÉCNICA
A finalidade e o tempo previsto para
uso do acesso venoso vai influenciar
na escolha do tipo do vaso, tipo do
cateter, localização da punção e
processo de fixação.
TÉCNICA
• Lavar as mãos;
• Iniciar o procedimento:
• Explicar o procedimento ao paciente, quando lúcido;
• Calçar as luvas ;
• Deixar o equipo previamente completo com SF 0,9%
(quando prescrito soroterapia);
• Aplicar o garrote acima do local escolhido para
punção (o suficiente para impedir o fluxo venoso,
mas não a circulação arterial), solicitando ao paciente
para realizar movimento de abre e fecha das mãos.
 Realizar anti-sepsia do local;
 Inserir o cateter com o bisel voltado para cima
a um ângulo de 30° a 40° e após perfurar a veia
diminuir o ângulo até que se torne paralelo a
pele;
 Verifique o retorno de sangue no interior do
cateter;
 Solte o garrote;
 Conecte a seringa ou equipo conforme a
prescrição, injetando o líquido lentamente;
 Descartar o pérfuro em local apropriado.
COMPLICAÇÕES
• LOCAIS:
- INFILTRAÇÃO (deslocamento do cateter)

1. Sintomas: edema, frialdade, desconforto no local e


acentuada redução do fluxo de infusão.
2. Confirmando a infiltração: garroteamento logo
acima do local de infusão e observar se mantém o
fluxo da solução;
3. Tratamento: interromper a infusão, elevar o
membro e aplicar frio no local;
4. Como evitar: escolha correta do tipo e calibre do
cateter.
- FLEBITE (irritação química ou mecânica)
1. Sintomas: edema, calor, dor, sensibilidade e
rubor no local de inserção ou no trajeto da
veia;
2. Confirmando a flebite: visualmente e avaliando
as queixas do paciente;
3. Tratamento: interromper a infusão, aplicar
calor frio no local;
4. Como evitar: usar técnica asséptica no
momento da punção e manipulação do cateter.
- HEMATOMAS (extravasamento de sangue)
1. Sintomas: equimose e edema imediato no local
e extravasamento de sangue;
2. Confirmando o hematoma: visualmente e
avaliando as queixas do paciente;
3. Tratamento: interromper a infusão, aplicar
bolsa de gelo no local;
4. Como evitar: inserção cuidadosa da agulha no
momento da punção. Cuidados especiais com
pacientes portadores de distúrbios de
coagulação ou em uso de anticoagulantes.
- OBSTRUÇÃO DO FLUXO (dobramento ou
coágulos)
1. Sintomas: fim da solução em uso e retorno
sanguíneo para o interior do equipo;
2. Confirmando a obstrução: visualmente;
3. Tratamento: interromper a infusão e nunca
tentar desobstruir forçando a infusão com uma
seringa;
4. Como evitar: nunca deixar que o frasco da
solução se esvazie por completo, irrigar o
cateter após a administração de medicações
EV, manter fluxo adequado de infusão.
 SISTEMICAS
- Sobrecarga hídrica (alto fluxo de infusão)
1. Sintomas: aumento da PA, dispnéia, cianose, tosse,
edema palpebral;
2. Causas: infusão rápida da solução, ou doença
renal, hepática ou cardíaca;
3. Tratamento: reduzir o fluxo da infusão,
monitorização dos SSVV, avaliação dos ruídos
pulmonares, posicionar o paciente com o tronco
elevado;
4. Como evitar: controle rigoroso do fluxo da
indusão
- Embolia gasosa (infusão aérea)
1. Sintomas: dispnéia, cianose, hipotensão, pulso
rápido e fraco, perda da consciência, dor no
tórax, ombro e região inferior do dorso;
2. Causas: infusão de ar em veias centrais;
3. Tratamento: clampear o cateter, colocar o
paciente em DLE na posição de trendelenburg,
avaliar SSVV e ruídos pulmonares,
oxigenioterapia;
4. Como evitar: nunca deixar ar na cavidade do
dispositivo de infusão.
- Septicemia (complicações de contaminação)
1. Sintomas: elevação da temperatura logo após o
inicio da infusão, dor de cabeça, aumento da
frequência cardíaca e respiratórias, náuseas,
calafrios, tremores, mal estar geral;
2. Causas: contaminação do material usado por
substâncias pirogênicas ou falha na antisepsia;
3. Tratamento: interromper a infusão, retirar o
cateter, administrar os sintomas. Realizar
cultura da ponta do cateter;
ACIDENTES COM PÉRFURO-
CORTANTES
Causas:
1. Reencapamento de agulhas;
2. Descarte incorreto dos materiais;
3. Desobediência as normas de biosegurânça;
4. Não uso de EPIs;
 Principais riscos:

1. HIV
2. Hepatite B
3. Hepatite C
Condições predisponentes
1. Estrutura física imprópria;
2. Iluminação inadequada;
3. Falta de atenção;
4. Pressa;
5. Atuar em trabalho sem estar habilitado.

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