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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

LOCAL DE ESTÁGIO: HOSPITAL MUNICIPAL PADRE CRISARES SAMPAIO


COUTO.
ORIENTADOR(A): CLÁUDIA MIRANDA DE OLIVEIRA.
ESTAGIÁRIO(A): JOÃO LUCAS OLIVEIRA FERNANDES.
PERÍODO: 13/03 de 2023 a 04/04 de 2023.

APRESENTAÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DO HOSPITAL: A estrutura do


prédio hospitalar é composta de 3 andares divididos da seguinte forma: no
andar térreo está localizado a cozinha, a lavanderia, a farmácia, uma sala para
realização de exame raio X, uma capela e o necrotério. No segundo andar fica
a recepção do hospital local onde é feito o BPA (Boletim de Pronto
Atendimento), o consultório de triagem, a sala de estabilização, o laboratório
onde é feito o armazenamento de materiais para exames, dois consultórios
médicos, um consultório de assistência social, uma sala de observação adulta
e uma sala de observação infantil, também está localizada a Clínica Médica
local onde os pacientes ficam internados em quartos que são divididos em alas
masculina, feminina e infantil e duas enfermarias, em seguida está o Centro
Cirúrgico local onde são realizados partos cesárea e cirurgias de pequeno e
médio porte, é composto por duas salas de cirurgia e a CME (Central de
Materiais e Esterilização). No terceiro andar está localizado a Obstetrícia
composta por um berçário, uma enfermaria, três quartos de internação para
gestantes, uma sala para parto normal, um consultório obstetra, uma sala para
descanso médico, um auditório, o SAME (Serviço de Arquivo Médico e
Estatística) e a sala da direção geral do hospital. O hospital possui uma vasta
gama de funcionários como: médicos de diversas especialidades, enfermeiros,
técnicos em enfermagem, assistentes sociais, recepcionistas, maqueiros,
auxiliares de limpeza etc, todos esses funcionários em conjunto proporcionam
um atendimento qualificado a população.
Em primeiro momento a emergência foi apresentada pela orientadora bem
como todas as atividades desenvolvidas no setor, também fomos apresentados
aos profissionais do hospital.
DESINFECÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO SETOR: Ao adentrar o setor deve ser
realizada a desinfecção das macas, bancadas, bandejas, cadeiras e apoios de
braço com algodão embebido de álcool 70%, também os materiais utilizados no
ambiente devem ser descartados em local adequado tais iniciativas tem como
objetivo manter a higiene do ambiente e prevenir a proliferação de vírus e
bactérias que possam causar infecções e doenças aos pacientes e
profissionais do setor. Ao receber materiais e insumos na emergência faz-se
necessário organizá-los de forma correta na bancada a fim de ajudar os
profissionais no momento de realizar os procedimentos.
MEDICAÇÕES: São fármacos que agem no organismo dos seres vivos a fim
de auxiliar no tratamento, prevenção, diagnóstico e no controle de sinais e
sintomas das doenças, as medicações têm ação química que pode ser
profilática, curativa, paliativa e diagnóstica.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS:
VIA INTRAMUSCULAR (IM): A administração dos medicamentos é feita
diretamente no músculo, é uma via de absorção ideal para soluções aquosas e
oleosas, garantindo uma absorção a longo prazo. Os locais de aplicação
intramuscular são: glúteo máximo, região ventroglúteo, vasto lateral da coxa e
deltoide.
VIA ENDOVENOSA (EV): Na via de administração endovenosa ou intravenosa
o medicamento é injetado diretamente na veia diretamente na corrente
sanguínea através de uma punção, o scalp e o jelco são os cateteres mais
utilizados para realização de uma punção endovenosa, essa via é muito
indicada para situações de emergência.
VIA SUBCUTÂNEA (SC): A administração via subcutânea faz com que os
líquidos sejam absorvidos lentamente a partir do tecido subcutâneo,
prolongando assim seus efeitos, é uma via utilizada com frequência na
aplicação de medicamentos de longa duração. Os locais mais apropriados para
administração via subcutânea são: na região dorsal, periumbilical e na face
externa lateral do braço.
VIA ORAL (VO): A administração de medicamentos por via oral consiste em
oferecer o medicamento que será deglutido geralmente com auxílio de líquidos.
Nessa via as formas mais comuns para administração dos fármacos são:
comprimidos, cápsulas, drágeas e soluções, que são absorvidos principalmente
no estômago e intestino.
VIA SUBLINGUAL (SL): A via sublingual consiste em administrar o
medicamento sob a língua, o paciente deve deixar o medicamento sob a língua
até sua absorção total pela mucosa oral, essa via proporciona uma rápida
absorção do fármaco em um curto período de tempo.
TÉCNICA PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS INJETÁVEIS (VIA
INTRAMUSCULAR e SUBCUTÂNEA):
 Higienizar as mãos e calcar luvas de procedimento.
 Colocar em uma bandeja estéril os materiais utilizados que são: seringa,
agulha, algodão embebido de álcool 70%, e o frasco do medicamento.
 Abrir a embalagem da seringa, abrir a embalagem da agulha, conectar a
agulha na seringa, abrir a ampola do medicamento e aspirar a
medicação pra dentro da seringa.
 Trocar a agulha da seringa e retirar todo o ar da seringa.
 Identificar o local onde será feita a administração do fármaco.
 Realizar a assepsia do local de aplicação com algodão embebido em
álcool 70%.
 Introduzir a agulha com cuidado no local escolhido e administrar o
medicamento.
 Após administração do medicamento retirar a agulha, colocar um
algodão no local de aplicação para evitar vazamento de sangue.
 Pegar o material utilizado e descartar em local apropriado.
 Verificar o boletim de pronto atendimento do paciente e confirmar que a
medicação foi realizada.
TÉCNICA PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS INJETÁVEIS
(VIA ENDOVENOSA):
 Higienizar as mãos e calcar luvas de procedimento.
 Colocar em uma bandeja estéril os materiais utilizados que são: seringa,
scalp, agulha, algodão embebido de álcool 70%, frasco do
medicamento, soro fisiológico 0,9% e o garrote.
 Abrir a embalagem da seringa, abrir a embalagem da agulha, conectar a
agulha na seringa, abrir a ampola do medicamento e aspirar a
medicação pra dentro da seringa.
 Retirar todo ar da seringa e diluir a medicação dentro da seringa com
soro fisiológico 0,9 %.
 Trocar a agulha da seringa por um scalp, retirar o ar do scalp.
 Identificar a melhor veia para ser feita a administração do fármaco.
 Garrotear cerca de três dedos acima do local escolhido para
administração.
 Realizar a assepsia do local de aplicação com algodão embebido em
álcool 70%.
 Introduzir a agulha do scalp com cuidado na veia se houver retorno de
sangue é sinal que a agulha está na veia e a medicação pode ser
administrada, é importante durante a administração do medicamento na
veia sempre puxar o êmbolo da seringa para verificar se há o retorno de
sangue.
 Após administração do medicamento retirar a agulha do scalp, colocar
um algodão no local de aplicação para evitar vazamento de sangue.
 Pegar o material utilizado e descartar em local apropriado.
 Verificar o boletim de pronto atendimento do paciente e confirmar que a
medicação foi realizada.

TÉCNICA PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS NÃO-INJETÁVEIS


(VIA ORAL E SUBLINGUAL):
 Higienizar as mãos e calcar luvas de procedimento.
 Colocar o medicamento um recipiente.
 Dar a medicação para que paciente possa ingerir, caso seja necessário
para auxiliar na deglutição do medicamento dê ao paciente algum
líquido. Caso o medicamento seja sublingual líquidos devem ser
dispensados.
 Após a ingestão dos medicamentos, os matérias utilizados devem ser
descartados em local adequado.
 Verificar o boletim de pronto atendimento do paciente e confirmar que a
medicação foi realizada.

MEDICAÇÕES ADMINISTRADAS:
DIPIRNONA (VIA INTRAMUSCULAR e ENDOVENOSA): A dipirona é um
fármaco muito popular que tem potente ação antipirética, analgésica e
antiespasmódica sendo assim é uma excelente opção para o tratamento de
doenças que provocam febre, dores agudas e musculares e outras crises
dolorosas. Por via intramuscular o medicamento deve ser aspirado com uma
agulha 40×12 em uma seringa de 3mL, após isso a agulha de aspiração deve
ser trocada por uma agulha 25×7 desse modo a medicação pode ser
administrada. Por via endovenosa o medicamento deve ser aspirado com uma
agulha 40×12 e diluído com soro fisiológico 0,9% em seringa de 10mL, retira-se
a agulha de aspiração e coloca-se na seringa um scalp número 23, a
administração é realizada por meio de um acesso venoso.
PROMETASINA (VIA INTRAMUSCULAR): É um medicamento que pertence a
classe dos anti-histamínicos, esse fármaco é indicado para o tratamento de
reações anafiláticas e alérgicas, também por suas propriedades antieméticas
proporciona alívio de náuseas e vômitos. Por via intramuscular o medicamento
deve ser aspirado com uma agulha 40×12 em uma seringa de 3mL, após isso a
agulha de aspiração deve ser trocada por uma agulha 25×7 desse modo a
medicação pode ser administrada.
INSULINA (VIA SUBCUTÂNEA): É utilizada para o tratamento da diabetes, a
insulina funciona como uma chave abrindo as células do corpo para que a
glicose entre dentro dessas células é gere energia, desse modo a insulina tem
a capacidade de controlar os níveis de glicose no sangue. Por via subcutânea o
medicamento deve ser aspirado e administrado com uma agulha 13×4,5 em
uma seringa de 1mL.
PARACETAMOL (VIA ORAL): Também conhecido como acetaminofeno o
paracetamol é um fármaco com propriedades analgésicas e antipirética dessa
forma esse medicamente é muito indicado no combate de dores e febres. Por
via oral o medicamento deve ser colocado em um recipiente e entregue ao
paciente para que ele possa deglutir a medicação, se necessário dê ao
paciente algum líquido para auxiliá-lo na ingestão do fármaco.
BUSCOPAN (VIA ENDOVENOSA): É uma substância antiespasmódica que
inibe a contração de músculos lisos, esse fármaco tem uma eficaz ação no
trato gastrointestinal motivo pelo qual esse medicamento é muito útil no
tratamento de dores e cólicas intestinais. Por via endovenosa o medicamento
deve ser aspirado com uma agulha 40×12 e diluído com soro fisiológico 0,9%
em seringa de 20mL, retira-se a agulha de aspiração e coloca-se na seringa
um scalp número 23, a administração é realizada por meio de um acesso
venoso.
BENZILPENICILINA BENZATINA ( VIA INTRAMUSCULAR): Também
conhecida como Benzetacil é uma medicação indicada para tratamento de
infecções causadas por microorganismos sensíveis a penicilina G como:
infecções por Streptococcus do grupo A, infecções moderadas na pele e no
trato repertório superior, infecções venéreas entre outros. Por via intramuscular
o medicamento deve ser aspirado com uma agulha 40×12 em uma seringa de
5mL, após isso a agulha de aspiração deve ser trocada por uma agulha 25×8
desse modo a medicação pode ser administrada.
METOCLOPRAMIDA (VIA ENDOVENOSA): É um medicamento classificado
como antiemético desse modo esse medicamento é indicado para prevenção e
controle de vômitos e enjoos consequentes de diversas causas. Por via
endovenosa o medicamento deve ser aspirado com uma agulha 40×12 e
diluído com soro fisiológico 0,9% em seringa de 20mL, retira-se a agulha de
aspiração e coloca-se na seringa um scalp número 23, a administração é
realizada por meio de um acesso venoso.
SORO FISIOLÓGICO 0,9% (VIA ENDOVENOSA): É utilizado para
restabelecimento de fluidos e eletrólitos também é utilizado para diluição de
medicamentos. Por via endovenosa um equipo deve ser conectado no soro,
depois o acesso venoso deve ser feito com scalp 23, após isso o scalp deve
ser conectado no equipo do soro, assim a administração do medicamento pode
ser realizada.
DEXAMETASONA (VIA INTRAMUSCULAR): É um medicamento que
pertence a classe dos glicocorticoides e corticosteroides, pertence ao grupo
dos anti-inflamatórios e imunossupressores, é indicado para o tratamento
diversas doenças de origem reumática, imunológica, cutânea, ocular,
endocrinológica, pulmonar, sanguínea, gastrointestinal, neurológica e
neoplásica. Por via intramuscular o medicamento deve ser aspirado com uma
agulha 40×12 em uma seringa de 3mL, após isso a agulha de aspiração deve
ser trocada por uma agulha 25×7 desse modo a medicação pode ser
administrada.
HIDROCORTIZONA (VIA ENDOVENOSA): É um medicamento da classe dos
corticoides ou corticosteroides que possui uma ação anti-inflamatória e
imunossupressora, essa medicação pode ser utilizada em variadas condições
de saúde nas quais seja necessário o controle de inflamações e alterações no
sistema de defesa do corpo. Por via endovenosa o medicamento deve ser
aspirado com uma agulha 40×12 e diluído com soro fisiológico 0,9% em
seringa de 20mL, retira-se a agulha de aspiração e coloca-se na seringa um
scalp número 23, a administração é realizada por meio de um acesso venoso.
BROMOPRIDA (VIA ENDOVENOSA): É um fármaco que age estimulando a
motricidade gástrica e acelerando o esvaziamento do estômago, o que o torna
útil nos casos de reflexo gastresofágico e para casos de pacientes com quadro
de náuseas e vômitos. Por via endovenosa o medicamento deve ser aspirado
com uma agulha 40×12 e diluído com soro fisiológico 0,9% em seringa de
20mL, retira-se a agulha de aspiração e coloca-se na seringa um scalp número
23, a administração é realizada por meio de um acesso venoso.
DICLOFENACO (VIA INTRAMUSCULAR): Pertence ao grupo de fármacos
chamados anti-inflamatórios não esteroides que possuem propriedades
analgésicas e anti-inflamatórias, assim esse medicamento é indicado para
uma série de condições de origem inflamatória, tais como artrites, dor por
traumas, inflamações dentárias, pós-operatórios, etc. Por via intramuscular o
medicamento deve ser aspirado com uma agulha 40×12 em uma seringa de
3mL, após isso a agulha de aspiração deve ser trocada por uma agulha 25×7
desse modo a medicação pode ser administrada.
CETOPROFENO (VIA ENDOVENOSA): É uma medicação classificada como
anti-inflamatória não esteroide, apresentando propriedades analgésicas,
antitérmicas e anti-inflamatórias, esse fármaco é indicado para o tratamento
das dores de leve a moderada intensidade e que sejam de origem inflamatória.
Por via endovenosa o medicamento deve ser aspirado com uma agulha 40×12
e diluído com soro fisiológico 0,9% em seringa de 20mL, retira-se a agulha de
aspiração e coloca-se na seringa um scalp número 23, a administração é
realizada por meio de um acesso venoso.
ENALAPRIL (VIA SUBLINGUAL): É um fármaco que pertence à classe dos
inibidores da enzima de conversão da angiotensina. Além de anti-
hipertensivo, o enalapril também pode ser usado como parte do tratamento
da insuficiência cardíaca, da nefropatia diabética e da insuficiência renal
crônica. Por via sublingual o medicamento deve ser colocado em um
recipiente e entregue ao paciente, orientar ao paciente que coloque a
medicação embaixo da língua e aguardar até que o fármaco se dissolva
completamente.

ACESSO VENOSO COM SCALP:

MATERIAL UTILIZADO:
 Luvas de procedimento
 Algodão
 Álcool 70%
 Garrote
 Scalp 23
 Equipo
 Soro fisiológico 0,9%
 Esparadrapo

Calcar as luvas de procedimento, conectar o equipo no soro, retirar o ar do


equipo e pendurar o soro no suporte, localizar uma veia propícia para realizar o
acesso, garrotear a região perto do local onde será feito a punção, realizar a
assepsia do local com algodão embebido no álcool 70%, introduzir a agulha do
scalp na veia, encaixar o adaptador do scalp no equipo, estabilizar o acesso
colocando o esparadrapo em cima da punção venosa, abrir o controlador de
fluxo permitindo que o soro entre na veia, descartar o material utilizado em lixo
adequado.

ACESSO VENOSO COM JELCO:

MATERIAL UTILIZADO:
 Luvas de procedimento
 Algodão
 Álcool 70%
 Garrote
 Jelco 20
 Equipo
 Soro fisiológico 0,9%
 Esparadrapo
Calcar as luvas de procedimento, conectar o equipo no soro, retirar o ar do
equipo e pendurar o soro no suporte, localizar uma veia propícia para realizar o
acesso, garrotear a região perto do local onde será feito a punção, realizar a
assepsia do local com algodão embebido no álcool 70%, introduzir o bisel da
agulha na veia até a metade se tiver retorno de sangue retire o garrote,
empurre o cateter de silicone pra dentro da veia e retirar a agulha de dentro da
veia, conecte o equipo no jelco, estabilize o acesso colocando o esparadrapo
em cima da punção venosa, abra o controlador de fluxo permitindo que o soro
entre na veia, descartar o material utilizado em lixo adequado.

CURATIVOS: O curativo tem como objetivo proteger uma lesão ou ferida conta
a ação de agentes externos físicos, mecânicos ou biológicos, basicamente a
finalidade de um curativo é a prevenção contra contaminações e uma rápida
cicatrização.

CURATIVO EM LESÃO POR PRESSÃO NA REGIÃO CALCÂNEA DO


MEMBRO INFERIOR ESQUERDO:

MATERIAL UTILIZADO:

 Luvas de procedimento
 Gazes
 Soro fisiológico 0,9%
 Sulfadiazina de Prata
 Atadura
 Esparadrapo

Calcar as luvas de procedimento, retirar a atadura e as gazes do curativo.


anterior, lavar a ferida com soro fisiológico e secar com gazes, passar a
Sulfadiazina de Prata em cima do ferimento, colocar as gazes em cima da
lesão, enfaixar com atadura e adesivar com esparadrapo.

SALA DE TRIAGEM: É o local onde os pacientes são acolhidos e por meio


de uma consulta realizada por profissionais de enfermagem onde os sinais
vitais são verificados, dessa forma é possível determinar a prioridade de
atendimento e tratamento de pacientes.

SINAIS VITAIS VERIFICADOS:

AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL (PA): A pressão arterial é a força


exercida pelo sangue circulante sobre as paredes das artérias, sendo esta
relativa ao bombeamento do sangue exercido pelo coração. O valor da pressão
arterial é obtido por meio da pressão sistólica (máxima) e diastólica (mínima).

TÉCNICA: Colocar o manguito firmemente no braço do paciente cerca de 2 cm


a 3 cm acima da fossa antecubital, encontrar a artéria braquial por palpação e
centralizar a braçadeira sobre a mesma, encontrar o pulso braquial por
palpação, fechar a válvula de pressão e insuflar o bulbo até não sentir a
pulsação do pulso braquial, colocar o estetoscópio nos ouvidos e posicionar o
diafragma em cima da artéria braquial, deve sempre estar atento ao ponteiro do
manômetro e aos sons produzidos pela artéria braquial, abrir a válvula de
pressão vagarosamente, o primeiro som mais forte ouvido e o primeiro
movimento do ponteiro determina a pressão sistólica, o último som ouvido e o
último movimento do ponteiro determina a pressão diastólica, retire todo o ar da
braçadeira e depois tire-a do paciente.

GLICEMIA CAPILAR: É realizada com o objetivo de monitorar a quantidade de


glicose no sangue, esse monitoramento é uma das principais formas que os
portadores de diabetes utilizam para acompanhar o tratamento de sua doença.

TÉCNICA: Calcar luvas de procedimento, com um algodão é feita a assepsia


do local onde o sangue será coletado, encaixar a fita coletora no glicosímetro, o
local de coleta é contraído com uma lanceta para perfurar e coletar o sangue.
O sangue deve ser coletado e ser colocado na fita, após isso o aparelho irá
informar os níveis de açúcares na corrente sanguínea do paciente, pressionar o
local da coleta com o algodão para estancar o sangue e informar os valores ao
paciente.

TEMPERTUARA CORPORAL: Diz respeito a produção de calor e os


mecanismos de regulação e a manutenção da temperatura interna do
organismo que são essenciais para manter a estabilidade fisiológica.

TÉCNICA: Liga-se o termômetro e certificar-se que ele esta funcionando


corretamente, o termômetro deve ser colocado por baixo da axila do paciente,
aguarde o termômetro indicar por meio de um som que a temperatura está
verificada, retire o termômetro de axila do paciente e observe que no visor irá
informar o valor da temperatura.

OXIMETRIA DE PULSO: Tem a função de medir a quantidade de oxigênio


presente no sangue, esse teste consegue detectar alterações na maneira em
que o oxigênio é transportado na corrente sanguínea.

TÉCNICA: Ligar o oxímetro e colocar no dedo do paciente, aguardar o aparelho


realizar a verificação da saturação sanguínea, ao realizar a verificação os
valores mensurados serão apresentados no visor do oxímetro.

PROCEDIMENTOS OBSERVADOS:

PASSAGEM DE SONDA NASOGÁSTRICA: Esse procedimento é indicado


para pacientes que necessitam de suporte nutricional, que possuem dificuldade
em alimentar-se ou em deglutir, drenagem de conteúdos gástricos e
administração de medicamentos, etc. A sonda é colocada através de um tubo
que passa pelas fossas nasais e esôfago até chegar no estômago local onde
irá permanecer.

MATERIAL UTILIZADO:
 Luva de procedimento;
 Máscara descartável;
 Bandeja;
 Sonda Levine;
 Gel hidrossolúvel;
 Seringa 20ml;
 Gaze;
 Estetoscópio;
 Esparadrapo.

PROCEDIMENTO:
 Explicar o procedimento ao paciente, higienizar as mãos, reunir o
material.
 Colocar o usuário em posição de Fowler.
 Colocar máscara e luvas para procedimento.
 Se necessário higienizar a narina com soro fisiológico 0,9%.
 Colocar a máscara e luvas para procedimento;
 Mensurar a sonda, medindo do ápice do nariz ao lóbulo da orelha e
descer até o apêndice xifoide, observando a curvatura de nariz e
pescoço.
 Marcar a posição adequada com micropore;
 Posicionar o paciente com o pescoço em posição neutra e introduzir
delicadamente da sonda pela narina, direcionando-a para trás da
orelha;
 Após a introdução de aproximadamente 10 cm, fletir levemente o
pescoço em direção ao tórax do paciente, para auxiliar o processo, se
o paciente puder colaborar, peça para que realize movimentos de
deglutição;
 Continuar introduzindo a sonda até o ponto marcado com micropore.
Importante observar sintomas adversos como tosse, dispneia, cianose
e agitação. Nestes casos a sonda deve ser retirada.
 Testar o posicionamento da sonda injetando 20 a 30 ml de ar com
seringa e auscultar com estetoscópio a região epigástrica a fim de
ouvir os sons gerados pela infusão do ar.
 Fixar a sonda; na face, do mesmo lado da narina utilizada;
 Verificar o conforto do paciente e solicitar que ele permaneça com a
cabeceira da maca elevada a 30 ou 45 graus;
 Reunir todo o material e desprezá-lo em local apropriado. Higienizar a
bandeja, retirar as luvas para procedimento e a máscara descartável e
higienizar as mãos;

PASSAGEM DE SONDA VESICAL DE DEMORA (PACIENTE MASCULINO): Esse


procedimento permite o esvaziamento contínuo da bexiga pelo uso de sonda
vesical conectada a uma bolsa coletora de urina. Esse procedimento indicado
para pacientes com retenção urinária obstrutiva ou funcional; esvaziamento da
bexiga para facilitar procedimentos cirúrgicos e diminuir o risco de lesões;
pacientes com doenças na uretra, bexiga e da próstata; monitorização
contínua da diurese em pacientes graves; etc. Esse procedimento é feito por
meio de uma sonda que passa pelo canal da uretra e vai até a bexiga, essa
sonda se mantém fixa ao paciente e possui sistema de balão insuflado para
evitar seu deslocamento pela uretra.
MATERIAL UTILIZADO:
 Luvas estéreis;
 Óculos de proteção;
 Material para realização da higiene da região genital (gazes e frasco de
solução antisséptica);
 Gel anestésico e lubrificante;
 Sonda Foley;
 Bolsa coletora de sistema fechado;
 Duas seringas de 20 ml (uma para lubrificação e outra para insuflar o
balão);
 Agulha 40x12 mm para aspirar;
 Água destilada;
 Micropore para fixação do cateter.

PROCEDIMENTO:
 Lavar as mãos, preparar todo o material necessário, explicar o
procedimento ao paciente;
 Colocar o paciente na posição de decúbito dorsal com as pernas
afastadas;
 Calçar as luvas estéreis com técnica asséptica;
 Abrir com técnica asséptica o campo estéril posicionando-o entre as
pernas do paciente. Colocar sobre o campo as seringas, agulhas e
gazes; abrir o invólucro do cateter vesical e colocá-lo em cima do
campo estéril;
 Abrir a embalagem da bolsa coletora e colocá-la sobre o campo;
 Abrir a ampola de água destilada;
 Aspirar à água destilada com a seringa e agulha, e colocar a seringa
sobre o campo;
 Testar o balão e válvula do cateter introduzindo a seringa na sonda e
administrando a quantidade de água destilada recomendada pelo
fabricante;
 Conectar a extensão da bolsa coletora à sonda;
 Fazer antissepsia ampla da região genital e perianal com as gazes
embebidas em solução antisséptica. Deve-se usar uma gaze para cada
região e depois desprezá-la;
 Segurar o pênis com uma gaze, com a mão não dominante, mantendo-o
perpendicular ao abdome, afastar o prepúcio com o polegar e o
indicador da mão não dominante e proceder à antissepsia do pênis na
direção do meato uretral para o corpo do pênis, bolsa escrotal e região
anal.
 Injetar gel anestésico na uretra com seringa e pressionar a glande por
30 a 60 segundos, fechando o óstio uretral com o polegar, a fim de
evitar o refluxo do gel.
 Introduzir delicadamente a sonda com a mão dominante:
 Segurar o pênis perpendicularmente ao corpo retraindo o prepúcio com
a mão não dominante e introduzir suavemente o cateter até sua
bifurcação (18 a 20 cm) com movimentos circulares, mantendo o pênis
elevado perpendicularmente e baixá-lo lentamente facilitando a
passagem na uretra bulbar.
 Insuflar o balão com auxílio da seringa contendo água destilada e
tracionar gentilmente a sonda até encontrar a resistência;
 Apoiar o cateter ao paciente na região abdominal ou suprapúbica, fixar
o cateter com micropore;
 Sempre deixar uma folga para a movimentação a fim de evitar tensão
no cateter. A bolsa deve ficar sempre abaixo do nível da bexiga e nunca
no chão. Deve conter as informações de data, hora e profissional que
realizou o procedimento;
 Reunir o material utilizado e descartar em local adequado, realizar a
limpeza do ambiente.

ELETROCARDIOGRAMA: Eletrocardiograma (ECG) é um exame que registra


a atividade elétrica do coração. Esta medição é feita através de eletrodos que
são fixados na pele do paciente e se comunicam com o eletrocardiógrafo, que
é o aparelho que registra todos estes dados. O ECG é um exame importante
para a detecção e acompanhamento de diversas doenças cardiovasculares.

MATERIAL UTILIZADO:
 Luvas de procedimento;
 Eletrocardiógrafo;
 Papel milimetrado;
 Cardioclip;
 Eletrodo de sucção;
 Álcool a 70%;
 Algodão;
 Gel condutor;
 Papel Lençol;
 Lâmina (se necessário).

PROCEDIMENTO:
 Checar a prescrição;
 Organizar o material necessário para o procedimento;
 Higienizar as mãos e calcar luvas de procedimento;
 Apresentar-se ao cliente e explicar o procedimento que será realizado;
 Promover a privacidade do paciente;
 Checar o funcionamento do eletrocardiográfico;
 Solicitar a retirada de objetos metálicos e eletrônicos;
 Colocar papel lençol sobre a maca;
 Posicionar o cliente em decúbito dorsal sobre a maca, com membros
superiores e inferiores paralelos ao corpo e relaxados;
 Expor tornozelos, punhos e tórax do paciente;
 Inserir papel milimetrado no local indicado;
 Efetuar assepsia, com algodão embebido em álcool à 70%, nas faces
anteriores dos antebraços, na porção distal e das faces internas dos
tornozelos;
 Colocar cardioclip em membros superiores e membros inferiores,
usando gel condutor;
 Os cabos com cardioclips devem ser colocados no paciente da seguinte
forma:
1-Cabo vermelho (RA) em membro superior direito;
2- Cabo amarelo (LA) em membro superior esquerdo;
3- Cabo preto (RL) em membro inferior direito;
4- Cabo verde (LL) em membro inferior esquerdo.
 Colocar o eletrodos de sucção no tórax, utilizando gel condutor, os
eletrodos deves ser colocados da seguinte maneira:
(V1) em 4º espaço intercostal, à direita do esterno;
(V2) em 4º espaço intercostal, à esquerda do esterno;
(V3) em 5º espaço intercostal, diagonalmente entre V2 e V4;
(V4) em 5º espaço intercostal, na linha média clavicular;
(V5) em 5º espaço intercostal, na linha axilar anterior;
(V6) em 5º espaço intercostal, na linha axilar média.
OBS: Caso os locais onde os eletrodos serão colocados possuírem um
grande quantidade de pelos deverá ser realizado tricotomia com uma
lâmina;
 Solicitar ao cliente que permaneça em repouso, evite tossir ou
conversar, enquanto o ECG está sendo registrado;
 Ligar o eletrocardiógrafo para que o eletrocardiograma comece a ser
efetuado;
 Avaliar se o registro efetuado pelo equipamento é compatível com o
esperado para um traçado eletrocardiográfico;
 Aguardar o sinal sonoro, que indica o término da aquisição dos
potenciais elétricos;
 Retirar eletrodos e cardioclips;
 Realizar limpeza do tórax, membros superiores e membros inferiores
onde foi utilizado o gel condutor;
 Destacar folha do ECG;
 Identificar o ECG com: nome completo do cliente, idade, data de
nascimento, data e hora da realização;
 Descartar os materiais utilizados em local apropriado.

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