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CURSO: Medicina

MÓDULO: Procedimentos Básicos


SUBMÓDULO: Fundamentos Médicos

Administração de Medicação por via


parenteral :
ID, SC , IM e IV

Valéria Vaz
2019-1
“ Administração de medicamentos como um cuidado
humano requer RESPONSABILIDADE,
CONHECIMENTO, ATENÇÃO, zelo, respeito,
consideração, afeto e outras características...”

“ Deve ser realizada como um CUIDADO e não


como uma rotina emergente da terapêutica
médica...”
ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS

PROCESSO de preparo e introdução do


medicamento no organismo humano,
visando obter efeitos terapêuticos.
Medicamento:
Medicamento é todo produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou
elaborado dentro dos propósitos da ANVISA, que ao ser administrado
preencherá umas das finalidades:

profilática (vacinas)
curativa ( antibióticos/ anti-inflamatórios )
paliativa ( analgésicos/ insulina)
para fins de diagnóstico ( contrastes)
(Lei nº. 5.991/1973)
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: entrada
Auricular Endotraqueobrônquica INTRADERMICA
Bucal ou sublingual Epidural INTRAMUSCULAR
CUTÂNEA (ID E SC) Extra e intra-amniotica INTRAVENOSA
Dental Intrarterial Intravesical
Gastroentérico Intrarticular
Intra-uterina
Nasal Intracardíaca
Oral
Ocular Intradiscal
Retal
Vaginal Intrapleural
SUBCUTÂNEA
Endocervical Intratecal
Processo interdisciplinar
Médico
Farmácia
Enfermagem ( enfermeiros , TE e AE)

ERROS : aspectos éticos e legais


NEGLIGÊNCIA (deixar de fazer o procedimento ou o faz parcialmente)
IMPRUDÊNCIA (realizar procedimentos sem pensar na consequência)
IMPERÍCIA (inabilidade técnica)
Anuário da Assistência Hospitalar no Brasil :

•30 a 36% dos óbitos associados a assistência


Hospitalar eram evitáveis;
•Em 2017: erro médico somou 3 ações judiciais
por hora (70/dia) .
EFEITO
DOSE INTERAÇÃO

AÇÃO
NOÇÕES DE
PATOLOGIAS
VIAS
3º Desafio Mundial: medicação sem danos (2017)

visa otimizar a prescrição, distribuição e utilização


de medicamentos e cientificar sobre a ameaça do
uso incorreto.
espera reduzir globalmente os agravos dos
medicamentos em até 50% nos próximos cinco
anos.
 Atualmente, estima-se que todos os dias acontece
uma morte e 1,3 milhões de pessoas são acometidas
anualmente pelos erros de medicação nos EUA, tal
como a nível mundial US$ 42 bilhões/ano são os
gastos pertinentes a esses eventos
PORQUE UM DESAFIO ?
ERROS MAIS COMUNS – QUEIJO
SUIÇO
69% horário
51% falta administração
45% dose
18% diluição inadequada
18% paciente errado
Princípios de administração de medicamentos
Três verificações

medicamento, verifique seu rótulo em comparação com a


1- ANTES de prescrição
despejar, misturar ou prepararnome,
médica. Certifique-se um verifique
via, doseseu rótulo
e hora
em comparação com a prescrição médica. Certifique-se
nome, via, dose e hora.

preparar o medicamentoe antes de devolver o recipiente


2- DEPOIS no carrinho ou descartar algo, verifique rótulo novamente em
comparação a prescrição médica.

com o paciente, verifique o medicamento novamente


3- JUNTO antes de administra-lo
ATENÇÃO NOVE CERTOS DA MEDICAÇÃO

Atraso : meia hora antes e


depois do horário programado.
MEDICAÇÃO SEM DANO
Dupla conferência;
Dupla checagem ;
Medicamentos de alta vigilância : eletrólitos de alta concentração,
hipoglicemiantes, anticoagulantes, antibióticos, opioides, antineoplásicos
Preparo do medicamento a beira leito. Checagem do medicamento
com o código da pulseira do doente
Entre os erros podemos destacar a semelhança
entre o som e a grafia como:

Mantidan Marevan
(Tratamento de parkinsonismo) (Prevenção de trombose)

Floratil Foradil
(Antidiarréico) (Broncodilatador)

GANciclovir ACIclovir)
4 unidades
8 unidades
4 units
PRESCRIÇÃO
Resolução/ Cremesp 278 de 23/09/2015
CUIDADOS GERAIS NO
PREPARO DE MEDICAMENTOS

DOSE e PREPARO ADMINISTRAÇÃO


( local, prescrição, (vias)
medicamento ,
dispensação CONTROLE
INFECÇÃO
(técnicas
assépticas)
LOCAL DE PREPARO E ADMINISTRAÇÃO
Boa iluminação;
Ventilação adequada;
Tela proteção contra insetos;
Mobiliário e materiais: bancada com gavetas, pia, recipiente para lixo e
materiais perfuro cortantes;
Limpeza: as bancadas devem ser limpas com água e sabão ou álcool a
70% a cada turno ou sempre que se fizer necessário;
Local tranquilo e agradável
O QUE OBSERVAR NO
MEDICAMENTO

Observar o aspecto da substância (cor, turvação, depósitos etc)


Validade (data de fabricação e prescrição)
Concentração do medicamento e a prescrição
Materiais de acessórios para o seu preparo e administração
DURANTE A PREPARAÇÃO DO
MEDICAMENTO

SILÊN ATEN
ÇÃO
CIO CONC
ENTR
AÇÃO

ASSE
PSIA
ORGA
NIZAÇ
ÃO
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
TERMINOLOGIA
eliminação e destruição de MO em forma vegetativa,
que estejam presentes nos objetos inanimados
DESINFECÇÃO mediante a aplicação de agentes químicos
ou físicos (Brasil, 2001).

conjunto de medidas adotados para


impedir a penetração de microrganismo
ASSEPSIA em local que não os contenha (estéril).

ANTISSEPSIA
ANTISSEPSIA
Realizar antissepsia da região, utilizando uma bola de algodão com
álcool 70%.

Fazer movimentos, com a bola de algodão, em um único sentido, de


cima para baixo, virando a bola de algodão ou em movimentos circulares
começando no local da injeção e afastando –se dele

A finalidade da antissepsia é remover a flora bacteriana da pele que


durante o procedimento poderia ser introduzida , causando infecção.
Espere secar !!! SEM ASSOPRAR !!!
ERRO DE MEDICAÇÃO !

Deve-se aceitar a responsabilidade de


suas ações, reconhecendo o erro e
comunicando o mais rápido ao médico!!!
Nunca administrar medicação em dúvida ( letra ilegível, dosagem
duvidosas, rótulos da embalagem, rasuras, nome de medicamento
diferentes das prescrição)

Não retornar a medicação para o frasco se esta não for usada;

Não ministrar medicamentos preparados por outra pessoa;

Montar a seringa seguindo a técnica asséptica para abertura dos


materiais;
Manter seringas protegidas nas embalagens;

Fazer desinfecção no gargalo da ampola com álcool a 70% antes de


quebrá-la;

Aspirar primeiramente o solvente depois o soluto ;

Identificar a medicação com nome do cliente, quarto, leito, via, dose,


horário.
Manter a bandeja e o carrinho de medicações sempre a vista durante a
administração, NUNCA deixá-los junto ao cliente.

Esclarecer ao cliente sobre o medicamento

Efetuar o REGISTRO do medicamento e RUBRICAR

Não deixar medicamento em mesa de cabeceira, nem permitir que


terceiros administrem !!!

Respeitar o intervalo entre os medicamentos


ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL
Para administrarmos medicações através da via parenteral,
precisamos saber manusear muito bem as seringas.

E VOCÊ, SABE MANUSEAR COM SEGURANÇA


AS SERINGAS
QUE MAIS UTILIZAMOS?
SERINGAS
A seringa tem 3 partes: bico, corpo e êmbolo.
Apresentam 2 tipos de bico: o bico simples (luer slip) e o com rosca (luer
lock)
Seringas de vidro e de plástico.
Seringas: 1ml, 3ml, 5ml, 10ml, 20ml, 50ml e 60ml.
O tamanho da seringa é determinado pelo volume do medicamento a ser
injetado, o grau de precisão necessário para mediar a dose e o tipo de
medicamento a ser administrado.
SERINGAS
SERINGAS
Seringa 20 ml: dividida em 20 “risquinhos”, portanto
20:20=1 ou 1 ml.
Seringa de 10 ml: a seringa foi dividida (50 partes iguais),
portanto 10:50 = 0,2ml
Seringa de 5 ml: a seringa foi dividida (25 partes iguais),
portanto 5:25= 0,2ml
Seringa de 3 ml: a seringa foi dividida (30 partes iguais)
portanto 3:30= 0,1ml
SERINGAS
Seringa 1 ml:
dividida em 50 risquinhos-1:50=0,02ml
dividida em 50 unidades -100:50= 2UI

Utilizada para administrar insulina e


heparina.
AGULHA
Canhão da agulha

7 mm de diâmetro

25 mm de decímetro
de comprimento
Bisel da agulha
AGULHAS
O diâmetro da agulha se refere ao seu orifício interno. Quanto maior o
número, maior diâmetro.

Seleciona-se o diâmetro apropriado com base na viscosidade da


solução a ser injetada e no comprimento apropriado para injetar o
medicamento no local determinado

Agulhas: 13X4,5; 25X7; 25X8; 40X12 ...


ATENÇÃO
O descarte de agulhas deve ser feito em recipientes
apropriados , NUNCA DESPREZE AGULHAS NO
LIXO COMUM !
VIA INTRADÉRMICA

Por esta via, a agulha será


inserida na derme.
As soluções devem ser
cristalinas ou isotônicas.
VIA INTRADÉRMICA
A derme possui pouca
elasticidade, suportando um
volume máximo de 0,5 mL.
Normalmente, administramos de
0,1 a 0,5 mL.
VIA INTRADÉRMICA
A via ID, normalmente é utilizada nos testes de
hipersensibilidade ; prova de PPD (tuberculose) e Shick (difteria);
vacina (BCG); teste de dessensibilização (penicilina).

Local:
Face ventral do antebraço, proporcionando fácil acesso para
leitura do teste, poucos pêlos, pouca pigmentação, pouco
vascularizada.
Vacina BCG
(Bacilo Calmette-Guérin)

LOCAL: inserção inferior TESTE PPD- auxiliar no diagnóstico de Tb.


do músculo deltoide.
Técnica de administração ID
Lave as mãos
Confira a prescrição médica, lembre se dos 9 certos e das 3 leituras
Reúna o material: medicamento, seringa de 1 ml/ UI, agulha 25 x 7 para aspiração e
agulha 13x4,5/13x3,8 para aplicação, bolas de algodão embebidas em álcool a 70%
e cuba redonda/ rim
Aspire a medicação/ vacina, utilizando técnica asséptica
Oriente e posicione o paciente;
Calce as luvas de procedimento, para proteção do profissional
Técnica de administração ID
Distenda a pele do local com os dedos polegar e indicador de sua mão não
dominante.
A antissepsia da pele não será feita em testes de sensibilidade, reações
falso positiva.
O paciente deve ser orientado a lavar o local com água e sabão.
Com o bisel da agulha voltado para cima, introduzir a mesma na derme do
paciente.
Deverá ser introduzido 1/3 da agulha em ângulo de 10° a 15 °
Aspire certificando não ter puncionado vaso sanguíneo
Técnica de administração ID
É imprescindível a formação da pápula após a administração do conteúdo
Retire a agulha, sendo contraindicado massagear o local, comprima de maneira
suave com algodão seco em caso de sangramento
Não reencape agulha
Lave as mãos
Anotações no prontuário
Complicações da administração ID
A derme pode ser lesada quando a administração é realizada rapidamente

Pode provocar dor, prurido e desconforto após aplicação a nível local

Podemos ter reações locais provocadas pela antissepsia do local, por este
motivo, a mesma não é indicada. Pedir para lavar bem com água e sabão.

Úlceras com necrose de tecido podem ocorrer quando medicamentos


contraindicados para a via ID são administradas, causando erro de prescrição
e / ou administração
VIA SUBCUTÂNEA
ou HIPODÉRMICA

Medicações aplicadas na tela subcutânea


(hipoderme)
Absorção : lenta ( por capilares) , contínua
e segura
Volume máximo: 2 mL, normalmente 1 mL
Indicações:
vacinas (antirrábica, antissarampo, febre
amarela) , anticoagulantes (heparina ,
clexane) e hipoglicemiantes (Insulinas).
VIA SUBCUTÂNEA
Locais de aplicação: menor inervação,
acesso fácil, maior capacidade de
distensão local do tecido:

* região posterior dos braços;


* face anterior e lateral externas das
coxas;
* no abdome 5 cm de distância da cicatriz
umbilical;
* nos glúteos – Quadrante Superior
Externo.
VIA SC
Ângulo de aplicação: 90º com agulha Lave as mãos;
própria.
Agulhas para aspiração: 25x7 ou 25x8; Lembre-se dos “9 certos da
medicação” e dos “3 certos da
Agulhas: 13x4.5, 13x3.8, 10x5 e 8x3
leitura”;

Seringas de 1 ml ou 3 ml. Reúna os seguintes materiais em


uma bandeja

Aplicações repetidas: os locais deverão Oriente o paciente;


ser rodiziados
VIA SC
Escolha o local
Pince a pele do local selecionado entre os dedos.
Faça antissepsia ( prática hoje questionada em Saúde
Coletiva) .

Insira a agulha rapidamente em um ângulo de 90º (após antissepsia), solte a


prega, aspire .

Se aspirar sangue, retire a agulha e prepare o medicamento novamente (usando


outra seringa, agulha e nova dose de medicamento).
VIA SC – ÂNGULO DE
ADMINISTRAÇÃO
Sempre leve em consideração a quantidade de gordura de cada
paciente e o comprimento da agulha disponível.

Indivíduos magros: ângulo de 30º


Indivíduos normais: ângulo de 45º
Indivíduos obesos: ângulo de 90º
VIA SC – COMPLICAÇÕES
ADMINISTRAÇÃO

Infecções, abscessos, embolias, lesão de nervos, úlceras ou


necrose de tecidos.

Fenômeno de Arthus: formação de nódulos, provocados por


injeções repetidas em um mesmo local, podendo ocorrer necrose
no ponto de inoculação.
HIPODERMÓCLISE
É definida como a infusão de fluidos no tecido subcutâneo.

Consiste na administração lenta de soluções no espaço subcutâneo,


sendo o fluido transferido para a circulação sanguínea por ação
combinada entre difusão de fluidos e perfusão tecidual. ( ANVISA, 2017)
HIPODERMÓCLISE
Método simples que compreende a reposição de fluídos e administração de
medicamentos por via subcutânea, quando não há possibilidade de outra
via.

Trocar o local do acesso subcutâneo utilizado para soluções de hidratação


a cada 24-48 horas ou depois da infusão de 1,5 a 2 litros e conforme
clinicamente indicado com base nos resultados da avaliação do sítio de
inserção. ( ANVISA, 2017)
HIPODERMÓCLISE
INDICAÇÃO
oImpossibilidade de ingestão por via oral
oImpossibilidade de acesso venoso
CONTRAINDICAÇÃO
oFalência circulatória
oDesequilíbrio hidroeletrolítico severo
oSobrecarga de grande volume em curto período de tempo
oAnasarca grave
HIPODERMÓCLISE
VANTAGENS
oBaixo custo
oPossibilidade de alta precoce e permanência no domicílio
oMenor desconforto e/ ou complicação local
oMenor risco de complicação sistêmica
oFacilidade de execução da técnica
oMétodo simples
ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL:
VIA INTRAMUSCULAR (IM)
DEFINIÇÃO
É a introdução de medicamentos no tecido muscular. Via muito utilizada .
A velocidade de absorção por esta via é rápida.

INDICAÇÃO

Quando o medicamento é muito irritante para ser administrado por outra


via;
Quando o volume é superior a 1ml e inferior a 5 ml. USE O BOM SENSO !
Princípios de administração de
medicamentos IM:
-
VANTAGENS: algunsabsorção
fármacosrápida,
fazem mais
depósito
segura que a intravenosa,
no músculo promovendo terapêuticas
prolongadas (ex. Penicilina 3 a 4 semanas)

DESVANTAGENS: possibilidade de lesão de


nervos, tecidos ou vasos sanguíneos, dor,
desconforto, dano celular, hematoma, abscessos
e reações alérgicas
Princípios de administração de medicamentos
REGIÕES UTILIZADAS por ordem de PREFERÊNCIA:

1°- Região Ventroglútea (VG) – músculos glúteo


médio e mínimo.

2°- Região da Face Ântero Lateral da Coxa (FALC) –


músculo vasto lateral da coxa.

3°- Região Dorsoglútea (DG) – músculo glúteo máximo.

4°- Região Deltóidea – músculo deltoide.


ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL:
VIA INTRAMUSCULAR (IM)
O volume a ser administrado deve ser compatível
com a estrutura muscular, que varia com a região e
a idade do paciente. O músculo escolhido deve ser
bem desenvolvido, ter facilidade de acesso e não
ter vasos de grandes calibres e nervos superficiais.

Volume:

Deltoide: 2ml

Glúteos ( máximo e ventroglúteo) : 4ml

Vasto lateral: 3 ml
OBS: literaturas trazem 3 mL como volume máximo para este local por esta via
ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL: VIA
INTRAMUSCULAR (IM)
E qual o comprimento e calibre de agulhas devemos usar?
Faixa etária Espessura Solução Solução
subcutânea aquosa oleosa ou
suspensão
Adulto Magro 25X7 25X8
Normal 30X7 30X8
Obeso 40X7 40X8
Criança Magra 20X6 20X7
Normal 25X7 25X8
obesa 30X7 30X8

Ao escolher o comprimento da agulha considerar: a idade, se é


obeso ou não e a estrutura muscular.
OBSERVAÇÃO :
Ao escolher o calibre da agulha considerar: a solubilidade do
fármaco : oleoso, em suspensão ou aquoso.
PREGA MUSCULAR

INCORRETA CORRETA
Princípios de administração de medicamentos:
REGIÃO DELTOIDEA

Músculo deltóide
Risco de lesão do nervo radial e artéria braquial
 Oriente o paciente e peça sua colaboração no posicionamento,
Princípios de administração de medicamentos região deltoidea .

DESCRIÇÃO DA TECNICA
preferencialmente sentado.
Flexionar o braço do cliente ( antebraço sobre abdome).
Traçar uma linha aproximadamente 5cm (3 dedos) abaixo do
acrômio/
Traçar duas linhas em diagonal que se encontram na inserção
inferior do deltoide.
Faça antissepsia.
Aprisionar a maior parte possível da massa muscular (quatro
dedos abaixo da articulação do ombro).
Aplicar no centro do triângulo
O ângulo da agulha deve ser de 90 graus em relação à pele.
Princípios de administração de medicamentos região deltoidea.
DESCRIÇÃO DA TECNICA:
Solte o músculo e aspire para verificar se acidentalmente você não puncionou um
vaso. Caso aconteça de ter retornado sangue, retire a seringa, troque a agulha e faça o
procedimento no outro braço.
 Ao aspirar, se não retornar sangue, injete o medicamento em velocidade moderada
 Após remover a agulha, aplique uma leve pressão no local. A massagem pode
aumentar a dor se a massa muscular for estirada pela quantidade de medicamento
injetado.
Despreze a agulha e seringa em recipiente apropriado SEM REENCAPAR A AGULHA
e lave as mãos
VIA INTRAMUSCULAR REGIÃO DELTOIDE
Deve ser uma via de última escolha e se possível evitada !

Contra indicações:
Crianças de 0 -10 anos
Pacientes com pequeno desenvolvimento muscular local,
principalmente os idosos
Volume superior a 2ml e substâncias irritantes
Injeções consecutivas
 Vítimas de AVC com: parestesia, paresia ou plegia dos braços
Pacientes mastectomizadas
DORSOGLUTEA: posição
Paciente em decúbito ventral em superfície plana;
Os pés devem estar voltados para dentro
(relaxamento dos músculos glúteos).

Paciente em decúbito lateral : manter membro inferior


estendido e membro superior com joelho e articulação do
quadril flexionados.

Paciente em pé: posição menos indicada , devido


músculos manterem-se contraídos. Os pés devem estar voltados para
dentro
DORSOGLUTEA : técnica

Traçar uma linha imaginária em


diagonal, que sai da espinha ilíaca
postero superior e vai até o trocânter do
fêmur ;
Distender a pele com o polegar e
indicar e pinçar o músculo;
Aplicar acima da linha traçada (2,5 cm),
no ponto médio da mesma;
Importante:

O ângulo da agulha deve ser de 90 graus


em relação à pele;
Princípios de administração de medicamentos região
DORSOGLUTEA
Músculo glúteos ( máximo ) - ( sentar, andar, ficar de pé)
Traçar uma
Usorotineiro não recomendado (possibilidadede
linha
lesão do nervo ciático , grande camada de tecido
imaginária
adiposo local , várias artérias e veias, muitos nervos )
em
diagonal,
que sai da
espinha
ilíaca
postero
superior e
DORSOGLÚTEA : técnica
ÂNGULO ENTERNO DO QUADRANTE
SUPERIOR EXTERNO

Linha imaginária mediana paralela e do


sulco interglúteo .
Linha mediana horizontal dos glúteos
Localizar quadrante superior externo.
Ponto médio deste quadrante deverá ser o
ponto de inserção da agulha.
Princípios de administração de medicamentos região
DORSOGLUTEA
Traçar uma linha imaginária em diagonal, que sai da espinha ilíaca
postero superior e vai até o trocânter do fêmur Distender a pele com
o polegar e indicador e
pinçar o músculo
Aplicar acima da linha traçada (2,5 cm), no ponto médio da mesma
VIA INTRAMUSCULAR REGIÃO DORSOGLÚTEA

QUANDO NÃO DEVEMOS UTILIZAR A REGIÃO DORSOGLÚTEA?


Crianças menores de 2 anos, principalmente aquelas que ainda não
andam
Pessoas que possuem atrofia muscular
Pessoas que possuem parestesia ou paralisia dos MMII ( lesados
raquimedulares: paraplégicos, tetraplégicos)
Pessoas que possuem lesões vasculares dos MMII.
VIA INTRAMUSCULAR REGIÃO
DORSOGLÚTEA – TÉCNICA EM Z ( IM profunda)

Técnica demonstrada em 1929, Shaffer

Indicação: injeções profundas de medicamentos ou drogas irritantes ( ferro –


*Noripurum) , pacientes hemofílicos ;

Sua utilização permitirá, após a retirada da agulha, criar um caminho em


ziguezague, promovendo um tampão que ocluirá o ponto de introdução da
mesma no músculo, de modo que a solução não refluirá no tecido SC .
VIA INTRAMUSCULAR REGIÃO DORSOGLÚTEA –
TÉCNICA EM Z ( IM profunda)
O local de escolha: PREFERENCIALMENTE região dorsoglútea
Use agulha : 40x7 ( em adultos) ; 30x7 ( em crianças) - IM profunda
O ponto de aplicação é o mesmo da região dorsoglútea. Faça a antissepsia do
local em movimentos circulares.
Após ter certeza do local de aplicação, utilizando o polegar esquerdo,
puxar para a esquerda o tecido local onde será injetada a solução.
Tracione com firmeza.
Com a mão direita, introduza toda a agulha, utilizando um ângulo de 90º,
mantendo o tecido tracionado até terminar a aplicação.
Com os dedos indicador e médio da mão E, segurar a seringa ainda mantendo
o tecido tracionado, e aspirar o êmbolo utilizando a mão D.
Princípios de administração de medicamentos .
TÉCNICA EM Z
Princípios de administração de medicamentos
Região Ventroglútea (HOCHESTETTER)

Músculos glúteo médio e mínimo


Região mais segura e menos dolorosa
A mais indicada para adultos
Princípios de administração de medicamentos
Região Ventroglútea : DELIMITAÇÃO ESPECÍFICA DA REGIÃO

Colocar o dedo médio sobre a crista ilíaca.

Deixar a palma da mão cair naturalmente


sobre o trocanter.

Afastar o dedo indicador apontando-o para


a espinha ilíaca anterossuperior direita

Colocar o dedo médio sobre a crista ilíaca Aplicar no triângulo formado pelos dedos
médio e indicador.
Deixar a palma da mão cair naturalmente sobre o trocanter
Dirigir a punção com a agulha ligeiramente
voltada para
Afastar o dedo indicador apontando-o para a espinha a crista
ilíaca ânteroíliaca.
superior
Aplicar no triângulo formado pelos dedos médio e indicador
Princípios de administração de medicamentos
Região Ventroglútea : DELIMITAÇÃO ESPECÍFICA DA REGIÃO

Lado direito do paciente, utilizar a mão


esquerda e vice-versa

Introduzir a agulha levemente voltada


para a crista ilíaca
Princípios de administração de medicamentos
Região Ventroglútea
Princípios de administração de medicamentos
Região Ventroglútea
Princípios de administração de medicamentos Região da Face AnteroLateral
da Coxa- FALC-
(desde 1920)

Músculo vasto lateral da coxa;


Região muito utilizada para medicamentos em lactentes crianças e adultos, contraindicada para
RN menos 28 dias ( embora seja utilizada ao nascimento: vacina e kanakion) .
VIA INTRAMUSCULAR REGIÃO
ANTEROLATERAL DA COXA
DELIMITAÇÃO ESPECÍFICA DA REGIÃO

Oriente e posicione o paciente – decúbito dorsal ou


sentado (manter a perna fletida). A posição
proporciona maior conforto durante a aplicação.

Utilize o TERÇO MÉDIO do vasto lateral, 12 cm


acima da parte superior do joelho e 12 cm abaixo
da região inguinal ( articulação coxofemoral)

Faca a antissepsia obedecendo os movimentos


circulares
Faça a prega muscular para fazer a punção,
obedecendo um ângulo de 45º a 60º,
posicionando a agulha inclinada em direção
podálica (do pé).
Princípios de administração de medicamentos
Região da face ântero lateral da coxa
Complicações na administração IM deltoide

Abscesso Ulcerações necrose


Princípios de administração de medicamentos
Complicações na administração de medicamentos via IM

Após administração de 18 injeções Paniculite (doença inflamatória que se caracteriza pela


de Diclofenaco de Sódio formação de nódulos dolorosos no tecido subcutâneo)
Complicações pós-aplicação por inoculação de medicamento
de dezoito injeções de
Princípios de administração de medicamentos
Complicações na administração de medicamentos via IM

Administração de anabolizante
Fasceíte necrotizante após administração IM ( metoclopramida)

6 meses após enxerto


Administração por Via Intravenosa (EV)
Direto na corrente sanguínea , portanto, ação imediata.
Volume : variável
É indicada quando há necessidade da injeção de grandes quantidades de líquidos
Acontece por infusão DIRETA, INTERMITENTE OU CONTÍNUA
Através de catéteres :
 PERFÉRICOS: agulhas, dispositivos agulhados rígidos com asas ( scalp) e dispositivos flexíveis agulhados sem
asas ( abocath)
 CENTRAIS: intracath ( subclavia/ jugular) – 30 dias
 IMPLANTADOS : port-a-cath ( até 5 anos )
 SEMI-IMPLANTADOS: PICC, Shilley, Broviac,
Hickman, permcath.
 LONGA PERMANÊNCIA: 6 a 8 meses
 CURTA PERMANÊNCIA: ate 30 dias
VIA INTRAVENOSA
E quais as veias mais utilizadas para
administração parenteral?
ADULTOS : as veias de escolha para punção periférica
são as das superfícies dorsal e ventral dos antebraços.
Região dos membros superiores - braço (cefálica e
basílica) e antebraço (veia cefálica, cefálica acessória,
veia basílica, veia intermediária do antebraço)
PARA CRIANÇAS MENORES DE 03 (três anos) :
podem ser consideradas as veias da cabeça.
VIA ENDOVENOSA
Região da mão – marginal (basílica e cefálica) e rede do dorso da mão ( veias metacarpianas
dorsais.

OBS: As veias existentes nos MMII devem ser as de última escolha.


VIA ENDOVENOSA
Técnica de punção direta:
 Posicione o braço do paciente ( face anterior do antebraço virado para cima ) sobre
um suporte ou espaldar da cama .
 Escolha de preferência uma veia da articulação do cotovelo.
 Coloque as luvas de procedimento para sua proteção.
 Coloque o garrote próximo do local da punção (+ ou -) 4 dedos, para dilatar a veia e
facilitar a sua visualização
 Peça para o paciente fechar a mão (aumenta a distensão venosa) para facilitar a
visualização da veia, quando não for possível a sua visualização ou colocar o braço do
paciente em posição pendente
 Apalpe levemente a veia com seus dedos indicador ou médio. Se ela estiver rígida,
escolha outra.
VIA ENDOVENOSA
Técnica de punção direta

Antissepsia do local ;
 Tracionar a pele do paciente;
Faça a punção da veia, com bisel da agulha voltado para cima, utilizando um ângulo de
15º;
Peça para o paciente abrir a mão e introduza o medicamento lentamente;
Esperar 10 segundos antes de retirar a agulha;
Realizar leve compressão local sem massagear;
Descartar seringa e agulha em recipiente rígido, sem reencapar a agulha;
Complicações por Via Endovenosa (EV)
LOCAIS
Flebites ( mecânica, química, infecciosa ou bacteriana) – inflamação na veia, paciente
refere dor, sensibilidade ao toque.

Infiltração ou soroma : derramamento da medicação não vesicante do vaso para o


tecido circunvizinho.

Extravasamento: infiltração de solução vesicante ( que causa necrose).

Deslocamento do cateter

Oclusão/ obstrução : fluxo interrompido

Hematoma

Trombose: formação de trombos

Tromboflebite: trombos + inflamação

Danos em nervos, tendões ou ligamentos


Complicações por Via Endovenosa (EV)
SISTÊMICAS
Sobrecarga circulatória
Septicemia
Embolia gasosa
Reação alérgica
Choque circulatório
Tecnologia para visualização
das veias:

f
Rotina para troca da punção:
- Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado em um período inferior a 96
h.
- Sempre seguir os critérios :
•avaliação rotineira e frequente das condições do paciente
• sítio de inserção
• integridade da pele e do vaso
• duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade
do dispositivo,
•integridade da cobertura estéril ( TRANSPARENTE: 7 dias )
VIA ENDOVENOSA
DISPOSITIVO AGULHADO COM ASA

Scalp ou Butterfly

Indicação: só deve ser utilizada para coleta


de amostra sanguínea e administração de
medicamento em dose única, sem manter o
dispositivo no sítio ( ANVISA, 2017)

Números: 19, 21, 23, 25 e 27

Quanto maior o número, menor o calibre.


VIA ENDOVENOSA
DISPOSITIVO AGULHADO COM ASA

cânula

Asas plásticas
Adaptador plástico

agulha
VIA ENDOVENOSA
DISPOSITIVO AGULHADO COM ASA

Dê preferência ao membro superior,


escolhendo sempre aquele que o
paciente menos utiliza
Primeira escolha: dorso da mão
Segunda escolha: região interna do
antebraço (menos pêlos). Faça
tricotomia SN.
Em crianças e idosos coloque o garrote
sobre a pele.
VIA ENDOVENOSA
DISPOSITIVO DE CATETER SOBRE AGULHA
( gelco*, abocath*)

Dispositivo mais confortável para o


paciente e indicado nas terapias EV de
longo prazo. Capa
protetora

Adaptador
do cateter
Quanto maior o número, menor o calibre
Área
de escape
cateter
Numeração: 14 (fluxo médio 330mL/min), 16, 18,
20, 22 e 24 ( fluxo médio 20mL/min)

agulha
COMPARAÇÃO ENTRE ANGULOS DE INSERÇÃO
PARA INJEÇÕES : IM, SC E ID.
I G A D A
OB R

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