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A administração de medicamentos é uma das

mais sérias responsabilidades que incidem sobre toda a


classe da Enfermagem. A sua administração e sua
avaliação, são essenciais para a prática de toda a
equipe, por esse motivo, enquanto não tivermos
conhecimentos básicos de sua dosagem, ação, efeitos
colaterais e forma de administração, não estaremos
preparados, pois não teremos conhecimento daquilo
que é administrado aos nossos pacientes.

E neste momento, gostaria de fazer a você de


forma reflexiva as seguintes perguntas:

Você estar realmente preparado(a)?


Conhece a ação, os efeitos terapêuticos e os possíveis
efeitos colaterais ao administrar uma medicação?
Administra medicamentos com segurança em todas as
vias?
Faz cursos de atualização ou continua praticando aquilo
que aprendeu durante a sua formação?
Obedece a biossegurança ou você mesmo é a
segurança?

É nosso papel enquanto cuidadores refletirmos


sobre estas questões. Espero poder contribuir na sua
formação e capacitação com a elaboração deste
trabalho. É o que almejo de coração a você.

Um grande abraço e até breve!

Profa. Sandra Carvalho


E-BOOK: COMO ADMINISTRAR
MEDICAMENTOS INJETÁVEIS
COM SEGURANÇA.

Abreviaturas

 ACM = a critério médico


 AD = água destilada
 ID = Intradérmica
 SC = subcutânea
 IM = intramuscular
 EV = endovenosa
 IV = intravenosa
 U = unidade
 UI = Unidade Internacional
 SF = soro fisiológico
 SG = soro glicosado
 PM = prescrição médica

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MEDICAMENTOS INJETÁVEIS
COM SEGURANÇA.

Sumário

1. A legislação no preparo e administração dos


medicamentos – res. Cofen 311/2007................................ 05

2. Conceitos importantes......................................................... 09

3. Introdução a administração de medicamentos


injetáveis................................................................................. 13

4. Cuidados de enfermagem na leitura da prescrição


médica e no preparo dos medicamento........................ 18

5. Vias de administração de medicamentos........................ 28

6. Informações práticas............................................................ 37

Referências............................................................................ 40

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MEDICAMENTOS INJETÁVEIS
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A LEGISLAÇÃO
NO PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DOS
MEDICAMENTOS – RES. COFFEN 311/2007.
O código de Ética dos profissionais de Enfermagem
traz aspectos que diferenciam a atuação frente à
execução do preparo e da administração dos
medicamentos, de acordo com a resolução COFEN
311/2007.

Dos princípios fundamentais

Refere que a enfermagem é uma profissão


comprometida com a saúde e a qualidade de vida da
pessoa, família e coletividade.
O profissional de enfermagem atua na promoção,
prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com
autonomia e em consonância com os preceitos éticos e
legais.

SEÇÃO I
DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMILIA E
COLETIVIDADE.

DIREITOS

Art. 10 - Recusar-se a executar atividades que não sejam


de sua competência técnica, científica, ética e legal ou
que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa,
família e coletividade.

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Responsabilidades e deveres

Art. 12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade


assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de
imperícia, negligência ou imprudência.

Art. 13 - Avaliar criteriosamente sua competência técnica,


científica, ética e legal e somente aceitar encargos ou
atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si
e para outrem.

Art. 14 - Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos,


éticos e culturais, em benefício da pessoa, família e
coletividade e do desenvolvimento da profissão.

Art. 21 - Proteger a pessoa, família e coletividade contra


danos decorrentes de imperícia, negligência ou
imprudência por parte de qualquer membro da equipe de
saúde.

Art. 25 - Registrar no prontuário do paciente as


informações inerentes e indispensáveis ao processo
de cuidar.

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Proibições

Art. 30 - Administrar medicamentos sem conhecer a ação


da droga e sem certificar-se da possibilidade de riscos.

Art. 31 - Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico,


exceto nos casos previstos na legislação vigente e em
situação de emergência.

Art. 32 - Executar prescrições de qualquer natureza, que


comprometam a segurança da pessoa.

SEÇÃO II
DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM,
SAÚDE E OUTROS

DIREITOS
Art. 37 - Recusar-se a executar prescrição medicamentosa
e terapêutica, onde não conste a assinatura e o número
de registro do profissional, exceto em situações de
urgência e emergência.

Parágrafo único - O profissional de enfermagem poderá


recusar-se a executar prescrição medicamentosa e
terapêutica em caso de identificação de erro ou
ilegibilidade.

PROIBIÇÕES
Art. 42 - Assinar as ações de enfermagem que não
executou, bem como permitir que suas ações sejam
assinadas por outro profissional.

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SEÇÃO III
DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES DA CATEGORIA

RESPONSABILIDADES E DEVERES

Art. 48 - Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da


profissão.

A legislação que regulamenta o exercício da


profissão na enfermagem, assim como as normas da
instituição empregadora é dever de cada profissional
conhecer, uma vez que estes estão a frente realizando o
preparo e a administração de medicamentos conforme a
prescrição médica, podendo assim garantir aos pacientes
segurança e bem-estar.

Esta legislação você encontra na integra em


www.cofen.org.br

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CONCEITOS IMPORTANTES

Droga:
✓ é qualquer substância que,
administrada no organismo vivo, pode produzir
alterações somáticas (corpo) ou funcionais.

Medicamento:
✓ é toda substância ou
toda mistura de substâncias
empregadas para tratar ou para prevenir as doenças ou
distúrbios funcionais.
✓ é toda substância introduzida no organismo com a
finalidade preventiva, diagnóstica ou terapêutica.

Antissepsia:
✓ é o conjunto de métodos empregados para
combater os microrganismos patogênicos através da
destruição ou da inativação dos mesmos. (FAZER)

Anti-séptico:
✓ substâncias utilizadas para destruir microrganismos ou
inibir sua reprodução. (O QUE UTILIZAR)

Assepsia:
✓ é o conjunto de medidas que evita o contato de
germes com o doente, a ferida operatória, o ambiente e
a equipe cirúrgica. (COMO FAZER)

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Ação dos medicamentos:


✓ Ação local:
A medicação age no local onde é administrada, sem passar pela
corrente sanguínea.

Ex: Pomadas e colírios

✓ Ação sistêmica:
A medicação é primeiramente absorvida, depois entra na corrente
sanguínea para atuar no local de ação desejado.

Ex: Antibióticos.

Finalidade do medicamento:
✓ Profilática ou Preventiva:
ação preventiva contra as doenças.
Ex: Vacinas

✓ Curativa :
ação de poder curar as patologias.
Ex: Antibióticos

✓ Paliativo ou Sintomático:
ação de poder diminuir os sinais e sintomas da doença, mas
não promove a cura.
Ex: Analgésicos / Antitérmicos

✓ Substitutivos:
Ex: Hormônios / Eletrólitos / Vitaminas

✓ Diagnóstica:
auxilia no diagnostico, elucidando exames radiográficos.
Ex: Contrastes

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Efeito Terapêutico:
É a resposta fisiologia esperada ou previsível causada por
um medicamento. Permite orientar e avaliar precisamente
os efeitos desejados.

Ex: Nitroglicerina: A carga de trabalho cardíaco.

Aporte de oxigênio para o miocárdio.

Ex: Prednisona: O inchaço, inflamações, respostas alérgicas e


previne rejeição a órgãos transplantados.

Efeitos Colaterais:
São efeitos secundários e não evitáveis produzidos durante
a administração de doses terapêuticas usuais.

Ex: Hipertensivos: impotência masculina.

Efeitos Adversos:
.

São respostas graves não


pretendidas, indesejadas e
frequentemente imprevisíveis
à medicação.

São geralmente imediatos,


podendo também demorar
de semanas a meses para
aparecer.

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Efeito Idiossincrásico (idiossincrasia):


É a reação em excesso ou de forma
deficiente, ou diferente do norma
a um medicamento.

Ex: anti-histamínico
a criança pode ficar
extremante agitada ou
inquieta, ao invés de sonolenta. Anti-histamínico (inibe reação alérgica)

Reações Alérgicas:
Ex: Antibióticos

✓Reações alérgicas moderadas: ✓Reações anafiláticas ou graves:

Urticária: exantemas – erupções Constrição súbita dos músculos


cutâneas elevadas; bronquiolares;
Prurido: acompanhando a maior Edema de faringe e laringe;
parte dos exantemas; Sibilancia;
Rinite: inflamação da mucosa do nariz Respiração curta;
com edema e secreção aquosa clara. Taquicardia;
Hipotensão.

Medicamento Antagonista:

É um medicamento
cuja a ação se opõe à
de outro.

O antagonismo pode
diminuir ou anular o
efeito do agonista.

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INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS INJETÁVEIS

ADMINISTRAR MEDICAMENTOS

FUNÇÃO TODA EQUIPE DE ENFERMAGEM

EXIGÊNCIAS: ATENÇÃO / ASSEPSIA / HONESTIDADE

CABE A ENFERMAGEM:
# interpretar corretamente a PM;
# preparar;
# administrar;
# observar possíveis reações.

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Conhecendo por partes

Êmbolo/ Corpo / Bico Bisel/ Haste/ Canhão

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Tipos de bico
✓ Luer-lok
✓ Luer slip
✓ Luer slip lateral
✓ Cateter

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Tipos de bico

Seringas:
ID- seringa de 1 ou 3ml;
SC- seringa de 1 ou 3ml;
IM- seringa de 3 ou 5ml;
EV- seringa de 10 ou 20ml;

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Dimensões da agulha

❑ Agulhas: IM
➢ 25x7/8; 30x7/8 soluções aquosas / oleosas
pacientes obesos.

❑ Agulhas: IV ou EV
➢ 25x7/8; 30x7/8 depende do calibre da veia
do paciente.

❑ Agulhas: SC
➢ - 20x6/7; 25x7 soluções aquosas e suspensões não irritantes
➢ - 10x5/6/7; 13x4,5 (heparina / insulina/ vacinas)

❑ Agulhas: ID
➢ - 10x5; 15x5; 13x4,5 vacina BCG

Seringas:
ID- seringa de 1 ou 3ml;
SC- seringa de 1 ou 3ml;
IM- seringa de 3 ou 5ml;
EV- seringa de 10 ou 20ml;
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM
NA LEITUIRA DA PRESCRIÇÃO MÉDICA E NO
PREPARO DOS MEDICAMENTOS
A etapa de administração é a última barreira para
evitar um erro de medicação derivado dos processos de
prescrição e dispensação, aumentando, com isso, a
responsabilidade do profissional que administra os
medicamentos.

Modelo do Queijo Suíço de James Reason para os acidentes organizacionais,


mostrando as barreiras e salvaguardas ultrapassadas por um perigo latente, que
ocasiona o dano.

Segundo LEAPE et al.,1995, a enfermagem é capaz de impedir até 86%


dos erros de medicação, provenientes dos processos de prescrição,
transcrição, e de dispensação, porém apenas 2% dos erros de administração
conseguem ser impedidos.

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Checando os “certos” para uma administração


segura de medicamentos.

1-
PACIENTE
12- CERTO 2-
COMPATIBILIDADE MEDICAÇÃO
CERTA CERTA

11-
DIREITO DE 3-
RECUSA CERTO
VIA CERTA

10- 4-
MEDICAÇÃO HORA CERTA
VALIDADE CERTA
SEGURA

9- 5-
AÇÃO/ EFEITO DOSE CERTA
CERTO

8- 6-
FORMA REGISTRO
APRESENTAÇÃO CERTO
CERTA 7-
ORIENTAÇÃO
CERTA

PRESCRIÇÃO TEMPO DE
MEDICAMENTOSA ADMINISTRAÇÃO

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Cuidados na administração

Muitos instrumentos ao longo dos anos foram criados


para nos ajudar na segurança da administração de
medicamentos. Os “5 certos” foi o primeiro a ser criado e
correspondia a: Medicação certa, Paciente certo, Dose
certa, Via certa, Horário certo.

Ao passar do tempo, percebeu-se que além dos 5


certos, outros pontos eram imprescindíveis para se garantir a
administração segura de medicações.

Os “certos” não garantem que os erros de


administração não ocorrerão, mas segui-los pode prevenir
expressivamente parte desses eventos, melhorando a
segurança e a qualidade da assistência prestada ao
paciente durante o processo de administração de
medicamentos.

De acordo com o PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA


PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS,
do Ministério da Saúde, os 9 certos são:

1- Paciente certo
2- Medicamento certo
3- Via certa
4- Hora certa
5- Dose certa
6- Registro certo
7- Orientação certa
8- Forma certa
9- Ação/resposta certa

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1. PACIENTE CERTO

Importante:

✓ Perguntar sempre o nome completo do paciente.


✓ Cheque sempre o nome da pulseira, nome identificado no leito e
o nome do prontuário. (Utilizar no mínimo dois identificadores)
✓ Enfermarias diferentes, para pacientes com nomes iguais.

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2. MEDICAMENTO CERTO

– Conferir se o nome do
medicamento que tem em
mãos é o que está prescrito.

Atenção!

– Averiguar alergias.

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3. VIA CERTA

✓ Verificar se a via de administração prescrita é a via


tecnicamente recomendada para administrar determinado
medicamento.

✓ Verificar se o diluente (tipo e volume) foi prescrito.

✓ Analisar se o medicamento tem compatibilidade com a via


prescrita. Ver identificação da via na embalagem.

✓ Avaliar a compatibilidade do medicamento com os


produtos utilizados para sua administração (seringas, cateteres,
sondas, equipos, e outros).

✓ Esclarecer todas as dúvidas com a supervisão de enfermagem,


prescritor ou farmacêutico previamente à administração do
medicamento.

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4. HORA CERTA

✓ Administrar sempre na hora prescrita,


evitando atrasos.

✓ A medicação deve ser preparada na hora


da administração, de preferência à beira leito.

✓ Em caso de medicações administradas após algum tempo do


preparo devemos atentar para o período de estabilidade (como
quimioterápicos) e também para a forma de armazenamento.

✓ A antecipação ou o atraso da administração em relação ao


horário predefinido somente poderá ser feito com o
consentimento do enfermeiro e do prescritor.

5. DOSE CERTA

✓ Conferir atentamente a dose prescrita

✓ Atenção redobrada para doses escritas com “zero”, “vírgula” e


“ponto”, pois podem redundar em doses 10 ou 100 vezes
superiores à desejada.

✓ Verificar a unidade de medida utilizada na prescrição, em caso


de dúvida ou medidas imprecisas (colher de chá, colher de sopa,
ampola), consultar o prescritor e solicitar a prescrição de uma
unidade de medida do sistema métrico.

✓ Conferir a velocidade de gotejamento. Realizar dupla checagem


dos cálculos para o preparo e programação de bomba para
administração de medicamentos potencialmente perigosos ou
de alta vigilância.

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6. REGISTRO CERTO

Lembre-se, você não estará lá no próximo


turno para esclarecer dúvidas! Então anote
com atenção e clareza, detalhes importantes.

Registre:
✓ Na prescrição o horário da administração do
medicamento e cheque!
✓ Na anotação de enfermagem, registre o medicamento
administrado e justifique em casos de adiamentos,
cancelamentos, desabastecimento, recusa do paciente
e eventos adversos.

HEMOGLICOTESTE

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7. ORIENTAÇÃO CORRETA

✓ A orientação correta
refere-se tanto ao profissional
quanto ao paciente!
✓ Qualquer dúvida deve ser
esclarecida antes de
administrar a medicação.
✓ O paciente também é uma barreira para prevenir erros e
deve ser envolvido na segurança de sua assistência.
✓ Devemos informar o paciente sobre qual medicamento
está sendo administrado (nome), para que “serve”
(indicação), a dose e a frequência que será
administrado.

8. FORMA CERTA

✓ Checar se o medicamento a ser administrado possui a


forma farmacêutica e via de administração prescrita.

✓ Checar se forma farmacêutica e a via de administração


prescritas estão apropriadas à condição clínica do
paciente (por exemplo, se o nível de consciência permite
administração de medicação por via oral – V.O).

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9. RESPOSTA CERTA

✓ Observar cuidadosamente o paciente, para identificar se o


medicamento teve o efeito desejado.
✓ Registrar em prontuário e informar ao prescritor, todos os
efeitos diferentes (em intensidade e forma) do esperado
para o medicamento.
✓ Devemos considerar o que o paciente ou familiar relata e
nunca menosprezar ou desprezar as informações
concedidas.

10. VALIDADE CERTA

11. DIREITO DE RECUSA


✓ Refere-se ao direito que o paciente tem de não receber a
medicação.

12. COMPATIBILIDADE
✓ Analisar se o medicamento tem compatibilidade com a via
prescrita. Ver identificação da via na embalagem.

✓ Avaliar a compatibilidade do medicamento com os


produtos utilizados para sua administração (alimentação,
seringas, cateteres, sondas, equipos, e outros).

PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA
TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO

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Vias de Administração de
Medicamentos

Via Intracardíaca

Via Intraóssea , etc.

Somente médicos Via Intra-articular

especializados Via Intra-arterial

Via Endovenosa

Via Intramuscular
Enfermeiros, Técnicos e Via Subcutânea
Auxiliares de enfermagem
Via Intradérmica

Via Vaginal

Via Otológica

Via Ocular

Via Cutânea ou Tópica

Via Respiratória

Via Retal

Via Gástrica

Via Sublingual

Via Oral

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Vias de Administração de
Medicamentos
VIA PARENTERAL ( INJETÁVEIS)

✓ Via Intradérmica - ID
✓ Via Subcutânea (Hipodérmica) - SC
✓ Via Intramuscular - IM
✓ Via Endovenosa ou Intravenosa – EV ou IV

Em todas as vias usaremos a injeção – para introdução de um


medicamento no organismo por meio de uma punção.

Finalidade:
✓ Obter ação imediata de um medicamento;
✓ Fornecer medicamentos que não podem ser administrados por via
oral;

Vantagens:

✓ A disponibilidade é mais rápida e mais previsível no tratamento de


emergências.

Desvantagens:

✓ Pode ocorrer uma injeção intravascular acidental;


✓ Dor;
✓ Automedicação;
✓ Alto custos

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Via Parenteral

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Via Intradérmica - ID
 Via restrita:
✓ pequenos volumes – 0,1 a 0,5 ml
✓ pouca absorção sistêmica;
✓ efeito local (principal).

 Usadas em reações de
hipersensibilidade:

✓ Provas alérgicas;
✓ Aplicação de vacinas: BCG
✓ Provas de PPD:

0,1 ml – ID (72 horas)

5-9mm = inconclusivo
< 5mm = -
> ou igual 10mm = +

Local mais apropriado:


face anterior do antebraço
✓ Pobre em pelos;
✓ Possui pouca pigmentação;
✓ Possui pouca vascularização;
✓ Ter fácil acesso a leitura.

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Via Subcutânea - SC
 Absorção lenta, através de capilares, ocorre
de forma contínua e segura.

 O volume: 0,1 ml a 2ml

 Usada para administração


◦ Vacinas:
Febre amarela / Antirrábica
Sarampo / Rubéola

◦ Anticoagulante (heparina);

◦ Hipoglicemiantes (insulina).

Locais de aplicação / absorção

 Parede Abdominal;
 Face posterior externa do braço;
 Face anterior das coxas
 Ares escapulares das costas
 Regiões glúteas ventrais ou dorsais
superiores.

O local de aplicação deve ser revezado,


quando utilizado por período indeterminado.

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Via Subcutânea - SC
Ângulo da agulha

 90° C / 45° C

Regra:
 se você puder segurar 5cm do tecido
(2 polegadas) inserir agulha em um
ângulo de 90º.

 se você puder segurar 2,5cm do


tecido (1polegadas) inserir agulha em
um ângulo de 45º.

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Via Intramuscular - IM

Via muito utilizada,


devido a absorção rápida

 Músculo escolhido
✓ Deve ser bem desenvolvido
✓ Ter fácil acesso

 Volume injetado

✓ Região deltoide – 2 ml
✓ Região glútea – 5 ml
✓ Músculo da coxa – 4 ml
IM- deltoide

IM- técnica para aplicação em Z

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Via Intramuscular - IM

 Quando não devemos utilizar a


região glútea?

✓ Crianças < 2 anos


✓ Pacientes com atrofia da
musculatura
✓ Paralisia de membros inferiores

 Complicações
✓ Deve-se evitar o nervo ciático
✓ Infecções e abscessos

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Via Endovenosa- EV
 Via muito utilizada, com introdução de medicação
diretamente na veia.

 Local apropriado:
✓ Membros superiores
✓ Evitar articulações

 Indicações:
✓ Necessidade imediata de ação
✓ Grandes volumes – hidratação
✓ Coleta de sangue para exames

Cuidado risco de Flebite!


Flebite
✓ Dor;
✓ Eritema;
✓ Endurecimento do vaso ou presença de cordão
fibroso.
Flebite mecânica:
✓ Tamanho inapropriado do cateter;
✓ Fixação inadequada do cateter.
Flebite química:
Lembra?
✓ Substâncias irritantes;
✓ Diluídas ruim;
✓ pH baixo,
✓ Infusão muito rápida.
Flebite bacteriana:

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INFORMAÇÕES PRÁTICAS

JELCO / CATETER PERIFERICO

TAMANHOS

SCALPS

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INFORMAÇÕES PRÁTICAS

EQUIPO EQUIPO
MACROGOTAS MICROGOTAS

SF 0,9% - AD- ÁGUA DESTILADA


SISTEMA FECHADO

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INFORMAÇÕES PRÁTICAS

DOSE
VIA LOCAL ÂNGULO OBSERVAÇÕES
MÁXIMA

Face anterior do
Utilizar bisel p/ cima
ID 0,5 ml antebraço e região 10º à 15º
Não fazer anti-sepsia
subescapular

Parede abdominal/
Utilizar bisel p/ cima
face anterior do
Ângulo de 45º (25x7)
SC 2 ml antebraço e da 45º à 90º
Ângulo de 90º
coxa/ dorso
(13x4,5)
superior das costas

Deltóide/
dorsoglúteo /
Bisel p/ baixo ou
IM ventroglúteo e 90º
lateralizado
vasto lateral da
2 ml- deltóide
coxa
4 ml- coxa
5 ml- glúteo

Grandes Paralela
EV Veias superficiais Bisel p/ cima
Quantidades a veia

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REFERÊNCIAS
 Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Protocolo de segurança na prescrição, uso e
administração de medicamentos. [online]. Brasília (DF): Ministério
da Saúde. Disponível em
http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publ
icacoes/item/seguranca-na-prescricao-uso-e-administracao-de-
medicamentos.

 FIGUEIREDO, N. M. A. Administração de medicamentos: revisando


uma pratica de enfermagem. 8ª ed. São Caetano do Sul, SP:
Difusão Enfermagem, 2003.

 GIOVANI, A. M. M. Enfermagem, cálculo e administração de


medicamentos. 13ª ed. São Paulo: Rideel, 2011.

 LIMA, I. L. Manual do técnico e auxiliar de enfermagem. 6ª ed.


Goiânia: AB, 2006.

 PEIXOTO, C. C. M. Manual do auxiliar de enfermagem. Atheneu:


São Paulo, 2001.

 POTTER, P. A. Fundamentos de enfermagem. Tradução 7ª edição,


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