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TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS INJETÁVEIS
CUIABÁ - MT
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REDE SÃO LUCAS DE ENSINO
CURSO DE CAPACITAÇÃO
TÉCNICAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS INJETÁVEIS
SUMÁRIO
ANEXOS ...................................................................................................................... 66
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doenças, assim como hormônios, vitaminas, enzimas, e outros compostos orgânicos feitos
para corrigir deficiências orgânicas.
AUXÍLIO DIAGNÓSTICO: Aqui, os medicamentos são úteis no auxílio do diagnóstico de
doenças, sendo que alguns podem avaliar o funcionamento de órgãos. Ex.: contrastes
radiológicos.
No dia a dia, é muito comum notar pessoas ou meios de comunicação utilizando a palavra
REMÉDIO como sinônimo de MEDICAMENTO. No entanto, elas não significam a mesma coisa.
A ideia de remédio está associada a todo e qualquer tipo de cuidado utilizado para curar
ou aliviar doenças, sintomas, desconforto e mal-estar.
Alguns exemplos de remédio são: Banho quente ou massagem para diminuir as tensões;
chazinho caseiro e repouso em caso de resfriado; hábitos alimentares saudáveis e prática de
atividades físicas para evitar o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis;
medicamentos para curar doenças, entre outros.
Já os medicamentos são substâncias ou preparações elaboradas em farmácias
(medicamentos manipulados) ou indústrias (medicamentos industriais), que devem seguir
determinações legais de segurança, eficácia e qualidade.
Assim, um preparado caseiro com plantas medicinais pode ser um remédio, mas ainda
não é um medicamento. Para isso, deve atender uma série de exigências do Ministério da
Saúde, visando garantir a segurança dos consumidores.
Por isso, não se justifica o uso de um determinado medicamento que não apresente
benefício superior aos riscos. Na avaliação, também se deve ponderar sobre as consequências
do não-tratamento.
Os riscos de reações adversas aumentam com o emprego simultâneo de mais de um
medicamento, ou com o uso deles sem prescrição médica.
São exemplos de algumas reações
adversas graves: anafilaxia, dano hepático,
dano renal e redução dos glóbulos brancos
(leucócitos), que leva a um consequente
aumento do risco de infecções. Anemia,
úlcera péptica e hemorragia gástrica,
também são exemplos.
⁻ De 6 em 6 horas: 6-12-18-24h
⁻ De 8 em 8 horas: 6-14-22h ou
7-15-23h ou 8-16-24h
⁻ De 12 em 12 horas: 8-20h
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REGRAS GERAIS
• Todo medicamento requer prescrição médica.
• O ideal é que a prescrição seja feita por escrito. Prescrições por ordem verbal somente
devem ocorrer em situações de risco de morte.
• Todo medicamento deve ter rótulo.
• Todo medicamento deve estar dentro do prazo de validade.
• Não administrar medicamento preparado por outro profissional.
• Informar-se sobre ação, dose e efeitos colaterais dos medicamentos.
• Em situações duvidosas, não administrar o medicamento.
• Manter os medicamentos em condições especiais para uso, como refrigeração e fotos
sensibilidade.
• Os medicamentos devem ser armazenados em locais apropriados.
• Medicamentos controlados devem ser segregados.
A lavagem das mãos deve preceder todos os procedimentos envolvidos no preparo de
medicamentos;
Medicamentos incompatíveis não devem ser misturados entre si ou em solução, devendo
também ser evitada a administração simultânea no mesmo horário ou via;
Quando for necessária a administração simultânea de dois medicamentos injetáveis
verifique se eles são compatíveis. Caso não sejam, prepare cada um separadamente; entre a
administração do primeiro medicamento e do segundo, administre 10 a 20 ml de água
destilada e somente em seguida administre o outro medicamento;
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2. MEDICAMENTO CERTO
Esta etapa abrange:
Conferir se o nome do medicamento que tem em mãos é o que está prescrito. Antes de
administrar, deve-se conferir o nome do medicamento com a prescrição médica.
Averiguar alergias. Pacientes que tenham alergia a alguma medicação devem ser
identificados com pulseira e aviso no prontuário. Se houver associação de medicamentos
(buscopam composto= dipirona + escopolamina), deve-se certificar-se de que o paciente não
é alérgico a nenhum dos componentes.
3. VIA CERTA
Em relação a via certa, devemos:
Verificar se a via de administração prescrita é a via tecnicamente recomendada para
administrar determinado medicamento.
Verificar se o diluente (tipo e volume) foi prescrito.
Analisar se o medicamento tem compatibilidade com a via prescrita. Ver identificação da via
na embalagem.
Avaliar a compatibilidade do medicamento com os produtos utilizados para sua
administração (seringas, cateteres, sondas, equipos e outros).
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4. HORA CERTA
As medicações devem ser administradas sempre na hora prescrita, evitando atrasos.
Nesta etapa devemos lembrar que:
A medicação deve ser preparada na hora da administração, de preferência à beira leito.
Em caso de medicações administradas após algum tempo do preparo devemos atentar para
o período de estabilidade (como quimioterápicos) e também para a forma de
armazenamento.
A antecipação ou o atraso da administração em relação ao horário predefinido somente
poderá ser feito com o consentimento do enfermeiro e do prescritor.
5. DOSE CERTA
Esta etapa, assim como todas outras é crucial. Abrange:
Conferir atentamente a dose prescrita para o medicamento. Doses escritas com “zero”,
“vírgula” e “ponto” devem receber atenção redobrada, conferindo as dúvidas com o prescritor
sobre a dose desejada, pois podem redundar em doses 10 ou 100 vezes superiores à desejada.
Verificar a unidade de medida utilizada na prescrição, em caso de dúvida ou medidas
imprecisas (colher de chá, colher de sopa, ampola).
Conferir a velocidade de gotejamento.
Realizar dupla checagem dos cálculos para o preparo e programação de bomba para
administração de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância.
7. ORIENTAÇÃO CORRETA
A orientação correta refere-se tanto ao profissional quanto ao paciente!
Qualquer dúvida deve ser esclarecida antes de administrar a medicação De acordo com
os 10 passos para segurança do paciente, o paciente também é uma barreira para prevenir
erros e deve ser envolvido na segurança de sua assistência!
Devemos informar o paciente sobre qual medicamento está sendo administrado (nome),
para que “serve” (indicação), a dose e a frequência que será administrado.
8. FORMA CERTA
Esta etapa está relacionada com a forma farmacêutica do medicamento. Devemos:
Checar se o medicamento a ser administrado possui a forma farmacêutica e via de
administração prescrita.
Checar se forma farmacêutica e a via de administração prescritas estão apropriadas à
condição clínica do paciente (por exemplo, se o nível de consciência permite administração
de medicação por via oral – V.O).
9. RESPOSTA CERTA
Nessa última etapa devemos observar cuidadosamente o paciente, para identificar se o
medicamento teve o efeito desejado.
Registrar em prontuário e informar ao prescritor, todos os efeitos diferentes (em
intensidade e forma) do esperado para o medicamento.
Devemos considerar o que o paciente ou familiar relata e nunca menosprezar ou
desprezar as informações concedidas.
• Seguir critérios de segurança como os 5 Certos: medicamento certo, dose certa, paciente
certo, via certa e hora certa.
• Lavar as mãos antes e após o preparo do medicamento, a fim de minimizar os riscos de
contaminação.
• Checar a prescrição médica logo após a administração do medicamento.
• Anotar em prontuário qualquer alteração na administração de medicamento, como recusas,
reações alérgicas e efeitos colaterais.
• Seguir protocolos da instituição sobre diluição de medicamentos administrados por via oral
ou endovenosa.
• Não misturar na mesma administração medicamentos diferentes, com exceção dos casos
prescritos pelos médicos.
• Administrar os medicamentos por via oral com água, exceto em casos prescritos pelo
médico.
5. Lave as mãos com água e sabão e seque-as com papel-toalha, seguindo a técnica
recomendada;
6. Dilua um medicamento de cada vez;
7. Jamais coloque sobre a bancada de diluição mais de um produto, evitando dessa forma que
ocorram erros e troca de medicamentos;
8. Após a diluição, alguns medicamentos podem ser guardados para serem utilizados
posteriormente. Nestes casos, identifique corretamente o frasco do medicamento e
acondicione-o conforme a indicação do protocolo. Em caso de dúvida, consulte o
farmacêutico;
9. Jamais administre um medicamento previamente diluído sem certificar-se de que este ainda
está dentro do período de validade e que contém todas as informações sobre sua diluição
escritas na etiqueta de identificação;
10. Administre somente medicamento que esteja prescrito pelo médico assistente. Quando
você descumpre esta regra, está se responsabilizando integralmente por qualquer dano,
decorrente deste ato que, porventura, venha a ocorrer com o paciente;
11. ATENÇÃO: Nem todo medicamento pode ser diluído com soro fisiológico e nem todo
medicamento pode ser guardado na geladeira. Siga as orientações dos fabricantes.
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• VIA AURICULAR.
• VIA INTRATECAL: – Peridural; – Subaracnóidea.
• VIA INTRAPERITONEAL.
• VIA INTRA-ARTICULAR.
VIA PARENTERAL
PREPARO DA INJEÇÃO
Para preparar uma injeção, você
precisa escolher de maneira correta a
agulha e aspirar o medicamento líquido
de um frasco ou ampola. Pode ser preciso
reconstituir o medicamento ou combiná-
lo em uma única seringa.
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• Em seguida, volte para o frasco do medicamento. Enquanto segura a base para manter o
frasco em equilíbrio, injete o diluente dentro dele e retire a agulha;
• Agite o frasco ou role-o entre as mãos para homogeneizar por completo a mistura de
medicamento e diluente;
• Se o frasco do medicamento contiver seu próprio compartimento de diluente, retire a capa
de proteção e use o dedo para abaixar o embolo de borracha. Isso força o freio inferior a cair
no sentido do fundo do frasco, juntamente com o diluente;
• Quando precisar aspirar o medicamento por uma agulha com filtro , retire a agulha original
da seringa, prenda a agulha de filtro, e em seguida desencape-a. Se você não precisa de uma
agulha de filtro, apenas deixe a agulha original na seringa;
• Puxe para trás o embolo até que a parte vazia da seringa seja preenchida com volume de
medicamento a ser administrado;
• Puncione o diafragma do frasco de medicamento e injete o ar;
• Inverta o frasco e aspire a quantidade de medicamento a ser administrada;
• Retire a agulha da seringa e substitua-a por uma nova agulha esterilizada, pois, ao puncionar
o diafragma de borracha, torna a agulha romba, aumentando a dor da injeção, e também
porque o medicamento que ficou na parede externa da agulha usada pode irritar os tecidos do
paciente;
• Rotule a seringa cheia de medicamento para finalizar o preparo da administração.
A heparina e a insulina, por exemplo, são geralmente administradas via subcutânea. Para
os casos emergências de reação anafilática, pode-se administrar adrenalina 1:1000 pm via
subcutânea.
Os locais mais comuns de injeção subcutânea são a face externa da porção superior do
braço, face anterior da coxa, tecido frouxo do abdômen inferior, região glútea e dorso
superior.
A injeção é realizada através de uma agulha relativamente curta. Ela é contraindicada em
locais inflamados, edemaciados, cicatrizados ou cobertos por uma mancha, marca de
nascença ou outra lesão.
Elas também podem ser contraindicadas em pacientes com alteração nos mecanismos de
coagulação.
• Modo de Aplicação:
⁻ Segurando a seringa com a sua mão dominante , insira a bainha da agulha entre os dedos
anular e mínimo da sua outra mão enquanto agarra a pele ao redor do ponto de injeção. Puxe
para trás a seringa com a sua mão dominante para descobrir a agulha agarrando a seringa
como um lápis. Não toque a agulha;
⁻ Posicione a agulha com o bisel para cima;
⁻ Insira a agulha rapidamente em um único movimento. Libere a pele do paciente para evitar a
injeção da medicação em um tecido comprimido e irritar as fibras nervosas;
⁻ Após a injeção, remova a agulha delicadamente (mas de forma rápida) na mesma angulação
utilizada para a inserção;
⁻ Cubra o local com um chumaço de algodão com álcool e massageie delicadamente (a menos
que você tenha injetado uma medicação que contra indique a massagem, como a heparina e
a insulina) para distribuir a medicação e facilitar a absorção.
⁻ Agulhas indicadas :10 x 6 / 7 ; 20 x 6; 20 x 7.
⁻ Insira a agulha em ângulo de 45 ou 90 graus em relação a superfície epidérmica. Dependendo
do comprimento da agulha e da quantidade de tecido subcutâneo no local.
⁻ Limpe a superfície ventral do antebraço, com algodão embebido em álcool, e espere a pele
secar;
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⁻ Enquanto segura o antebraço do paciente em sua mão, puxe a pele esticando com seu polegar;
⁻ Com a sua mão livre, segure a agulha em um ângulo de 15 graus em relação ao antebraço do
paciente, com a bisel da agulha virado para cima;
⁻ Insira a agulha aproximadamente 0,3 abaixo da epiderme em locais a 5 cm de intervalo.
Interrompa quando o bisel da agulha estiver sob a pele e injete o antígeno lentamente. Você
deve encontrar alguma resistência a ao fazer isso e deve ocorrer a formação de um vergão
enquanto você injeta o antígeno;
⁻ Retire a agulha na mesma angulação em que tenha sido inserida.
Pelo fato de possuir uma ação rápida, esta via é utilizada em quadros de Reação
Anafilática, através da administração Intramuscular de Betametazona ou Dexametasona
(Disprospan R ou Decadron R), como conduta emergencial.
As injeções intramusculares são recomendadas para os pacientes não cooperativos ou
aqueles que não podem tomar a medicação via oral e para as medicações que são alteradas
pelo suco digestivo.
Os tecidos musculares possuem poucos nervos sensoriais, permitindo na injeção uma
administração menos dolorosa de medicações irritantes. O local de uma injeção intramuscular
deve ser escolhido cuidadosamente, levando em consideração o estado físico geral do
paciente e a proposta da injeção.
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⁻ Escolha um local adequado para a injeção. Os músculos glúteos são geralmente utilizados em
adultos sadios, embora o músculo deltoide possa ser utilizado para uma injeção de pequeno
volume (2ml ou menos). Para neonatos e crianças, o músculo vasto lateral da coxa é mais
utilizado porque é geralmente mais desenvolvido e não contém nervos grandes ou vasos
sanguíneos calibrosos, minimizando o risco de uma lesão grave. O músculo reto anterior
também pode ser utilizado em neonatos, mas geralmente é contraindicado em adultos.
⁻ Limpe a pele com algodão e álcool e aguarde a pele secar;
⁻ Com os dedos polegar e indicador da sua mão não dominante, agarre suavemente a pele do
local da injeção;
⁻ Posicione a seringa em um ângulo de 90 graus em relação à epiderme. Insira a agulha rápida
e firmemente através das camadas dérmicas, profundamente até o músculo;
⁻ Após a injeção, remova a agulha em um ângulo de 90 graus;
⁻ Massageie o músculo relaxado para ajudar a distribuir a medicação e ajudar a promover a
absorção.
⁻ Agulhas indicadas: 25 x 7/8; 30x 7/8
REGIÕES GLÚTEAS
• REGIÃO DORSO-GLÚTEA: Dividir mentalmente o glúteo em quatro partes e aplicar no
quadrante superior externo. O paciente deve ser colocado em decúbito ventral, com a cabeça
lateralizada para o lado do profissional, com os braços ao longo do corpo.
INJEÇÃO INTRAÓSSEA:
Quando for difícil ou impossível à infusão venosa rápida, a infusão intraóssea permite a
disposição de líquidos, medicações ou sangue total na medula óssea. Executada em neonatos
e crianças, esta técnica é utilizada em emergências como parada cardiopulmonar ou colapso
circulatório, hipopotassemia, provocada por lesão traumática ou desidratação, estado
epilético, estado asmático, queimaduras, pseudo afogamentos e septicemia opressiva .
INJEÇÃO INTRA-ARTICULAR:
Uma injeção intra-articular deposita as medicações diretamente na cavidade articular
para aliviar a dor, ajudar a preservar a função, prevenir contraturas e retardar a atrofia
muscular. As medicações geralmente administradas via intra-articular incluem
corticosteroide, anestésicos e lubrificantes.
É contraindicada em pacientes com infecção articular, fratura ou instabilidade articular
ou infecção fúngica sistêmica.
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⁻ Após o preparo da medicação, pedir ao paciente para abrir e fechar a mão diversas vezes, com
o braço voltado para baixo (para melhorar a visualização das veias);
⁻ Escolher a veia, garrotear sem compressão exagerada, acima do local escolhido;
⁻ Pedir ao paciente para fechar a mão e manter o braço imóvel;
⁻ Fazer uma antissepsia ampla no sentido de baixo para cima;
⁻ Expelir todo o ar da seringa; com a mão esquerda, esticar a pele, fixar a veia e segurar o
algodão embebido em álcool;
⁻ Colocar o bisel voltado para cima, segurar o canhão da agulha com o dedo indicador da mão
direita, e a seringa com os demais dedos;
⁻ Introduzir a agulha e após o refluxo de sangue na seringa, pedir para o paciente abrir a mão,
e com a mão esquerda retirar o garrote;
⁻ Administrar a medicação, retirar a agulha e comprimir com algodão embebido no álcool, sem
massagear.
• Observações importantes:
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⁻ A solução deve ser cristalina, não oleosa e não conter flocos em suspensão;
⁻ Retirar todo ar da seringa, para não deixar entrar ar na circulação;
⁻ Aplicar lentamente, observando as reações do paciente;
⁻ Verificar se a agulha permanece na veia durante a aplicação;
⁻ Retirar a agulha na presença de hematoma, infiltração ou dor. A nova picada deverá ser em
outro local, de preferência em outro membro.
PUNÇÃO VENOSA
MATERIAL:
• Bandeja para acondicionar o material.
• Luvas de procedimento.
• Dispositivo venoso adequado para a
rede venosa (considerar o tempo de
permanência necessário).
TÉCNICA:
• Higienizar as mãos.
• Separar o material necessário.
• Orientar o paciente sobre o procedimento a ser realizado.
• Higienizar as mãos e calçar as luvas.
•Avaliar as condições da rede venosa do paciente, identificando o melhor local a ser
puncionado.
• Garrotear o membro aproximadamente 5 cm acima do local a ser puncionado.
• Abrir o material com técnica asséptica.
• Pedir para o paciente abrir e fechar a mão diversas vezes, mantendo a mão fechada até a
obtenção do retorno venoso.
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• Fazer antissepsia ampla no local com compressa embebida em álcool a 70% com movimento
único de baixo para cima.
• Inserir o cateter na veia com a mão dominante com o bisel da agulha voltado para cima, em
ângulo de 30°, 1 cm abaixo do local da punção.
• Após a verificação do refluxo sanguíneo, pedir para o paciente abrir a mão, introduzir
delicadamente o corpo do cateter e retirar o mandril (cateter sobre agulha).
• Soltar o garrote.
• Adaptar conector de sistema fechado.
• Fixar o cateter com filme transparente.
• Reunir o material e deixar a unidade em ordem.
• Retirar as luvas.
• Higienizar as mãos
• Checar o procedimento em prescrição médica.
• Fazer anotação de enfermagem, relatando local da punção e dispositivo utilizado.
OBSERVAÇÃO:
É necessário retirar o ar do dispositivo antes de realizar a punção venosa. Isso pode ser
feito injetando-se soro fisiológico (SF) 0,9% antes da punção no dispositivo ou permitindo o
refluxo de sangue no momento da punção até o final do dispositivo.
VIA INTRA-ARTERIAL:
É raramente empregada, por dificuldades técnicas e riscos que oferece. A justificativa de
uso tem sido obter altas concentrações locais de fármacos, antes de ocorrer sua diluição por
toda circulação. Uma variante dessa é a via intracardíaca, hoje em desuso, desde que foi
substituída pela punção de grandes vasos venosos para administrar fármacos em reanimação
cardiorrespiratória.
•VIAS UTILIZADAS: Às vias mais comumente utilizadas para aplicação de medicamentos são:
A via intramuscular, intravenosa, subcutânea e intradérmica. A introdução de drogas por estas
vias pode visar uma ação local ou geral, porém, genericamente, os objetivos principais são a
rapidez da ação e eficiência da dosagem; além disso, constitui-se na única maneira de se
administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos digestivos, como é o caso da
insulina.
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• MATERIAL UTILIZADO:
Seringas e agulhas: As seringas são constituídas por duas peças: o corpo ou cilindro e o
embolo. Podem ser metálicas, de vidro ou plástico. O corpo, numa das extremidades termina
em tubo afilado, onde se encaixa a agulha, denominado bico.
As agulhas são, em geral, metálicas. Seus comprimentos
e calibres variam segundo as vias utilizadas. Cada agulha possui
duas partes: uma porção dilatada, que se encaixa na seringa, o
canhão, e a parte afilada, a haste, que termina em bizel; este
pode ser curto ou longo.
As agulhas têm suas medidas indicadas no canhão. Há
várias escalas como a inglesa, a americana e a francesa. As
agulhas fabricadas no Brasil, têm comprimento e calibre
indicados em milímetros; p. ex., a medida 25x8 significa 25 mm
de comprimento por 8/10 de milímetro de diâmetro.
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• CONDIÇÕES PARA USO: Para que a injeção surta efeito, é necessário que o material tenha as
seguintes características:
a) Seja absolutamente estéril (do princípio ao fim da aplicação devem ser mantidos livres de
contaminação as seguintes partes do material: a haste da agulha, interna e externamente, a
face interna do corpo da seringa e o bico interna e externamente e todo o corpo do embolo
em contato com a face interna do corpo da seringa);
b) Apresente encaixe perfeito dos componentes da seringa e, nela, da agulha;
c) Seja material íntegro, isento de rachaduras, de pedaços com reparos grosseiros e de hastes
tortas ou sinuosas das agulhas;
d) Apresente bizel afiado.
• MATERIAL ACESSÓRIO: Para serrarmos uma ampola podemos utilizar pequenas serras
metálicas, previamente desinfetadas com álcool ou água e sabão, ou serras de cartolina com
esmeril. Estas após o uso, devem ser guardadas em recipientes fechado.
O gargalo das ampolas será limpo antes de quebrado, para evitar que fragmentos do
esmeril caiam no seu interior, no ato da abertura. O algodão usado para a antissepsia da pele
deve ser hidrófilo e conservado em recipiente limpo e tampado. Para as endovenosas utiliza-
se garrote (tira elástica) que deve ser de borracha flexível, levemente áspera, a fim de que,
por atrito, se mantenha firme em contato com a pele. O comprimento ideal é de 35 a 45 cm.
tampo. Para a montagem da seringa, retiramos seu corpo com a pinça, mantendo-o na mão
livre; em seguida, retiramos o embolo, procurando com a própria pinça, introduzi-lo no corpo
da seringa; a seguir completamos o ajuste, se necessário, manualmente, tocando apenas na
cabeça do embolo. Por último, retiramos a agulha, montando-a no bico da seringa e utilizando,
se possível, a própria pinça para ajustá-la com firmeza.
— Material auto clavado: O material submetido a este processo, deve estar acondicionado
em pacotes de pano ou papel. No momento do uso devemos observar primeiramente se os
invólucros estão íntegros e secos, caso contrário, serão considerados contaminados: o pacote
deve ser aberto com cuidado, de acordo com as normas de assepsia cirúrgica e retirado o
corpo da seringa seguido logo após do embolo (seguro apenas pela cabeça); precedemos,
assim, à montagem.
—Agulhas em tubos de vidro: As agulhas ficam em pequenos tubos de ensaio individuais,
arrolhados com tampo de gaze ou algodão que, uma vez retirado, deve permanecer entre os
dedos mínimo e anular, evitando-se contaminá-lo. A seringa, já montada, deve ser introduzida
na abertura do tubo e o conjunto mantido em posição vertical, para permitir o encaixe da
agulha que, por gravidade, deslizará para o bico da seringa; seu ajuste definitivo poderá ser
feito com uma simples operação manual, quando se procurará fixá-la firmemente. O tampo
acima mencionado além de conferir proteção ao material pode servir se necessário, para o
teste do bizel da agulha, que consiste no roçar do bizel neste tampo; se alguns fios lhe
aderirem comprova-se a existência de rebarbas. Poderíamos ainda descrever outros tipos de
apresentação, mas o trabalho tornar-se-ia muito longo e fastidioso; o fundamental é aplicar-
se sempre os princípios básicos de assepsia no manejo do material utilizado.
—Aspiração: A aspiração do líquido de uma ampola se faz, simplesmente, através do princípio
físico: Os fluídos tendem a passar de meios de maior pressão para os de menor pressão. Assim
uma vez montada a seringa, quebramos o gargalo da ampola, mantendo-a entre os dedos
indicador e médio, com a abertura voltada para a palma da mão.
Com cuidado, introduzimos a agulha no seu interior, mantendo sempre, mão e material
em posição horizontal; com os demais dedos da mão na qual está a ampola, seguramos o
corpo da seringa, de modo a deixar a outra mão livre para a cabeça do embolo; à medida que
aspiramos, lenta e cuidadosamente, vamos girando mão e material até que, terminada a
aspiração, o conjunto e a ampola estejam em posição vertical.
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da droga que lhe será injetada (p. ex. menos ou mais dolorida), sobre a via indicada e a
possibilidade de reações secundárias ou alérgicas. Indagações deverão ser feitas ao cliente,
sobre suas possíveis suscetibilidades a fenômenos alérgicos. A preparação psicológica evita
traumas emocionais.
Postura: Além da postura indicada e específica para cada via utilizada, há algumas diretrizes
gerais: o cliente deverá estar sempre recostado, deitado ou sentado, em posição anatômica
que lhe permita o relaxamento muscular e a prevenção de acidentes.
Antissepsia: A antissepsia do local de aplicação é feita, em geral, com álcool, de preferência a
70%; pode-se ainda utilizar água e sabão ou álcool iodado (lembrar que há pessoas alérgicas
ao iodo). Segundo pesquisas realizadas na Inglaterra e Estados Unidos, concluiu-se ser
desnecessária a antissepsia da pele antes das aplicações. No entanto, devido à reduzida
amostragem utilizada nesses estudos, o que nos impossibilita uma generalização, temos por
válida ainda, a antissepsia como é feita atualmente.
Imobilização do local: O local escolhido para a aplicação deve ser imobilizado pela mão do
profissional; esta imobilização tem três objetivos:
a) transmitir segurança ao cliente;
b) distender a pele;
c) manter o local escolhido firme e sob controle.
PREPARO:
— Do cliente: Explicar o que lhe será injetado e onde receberá a injeção; mantê-lo em posição
confortável.
— Do profissional: Lavar as mãos; rever a prescrição; separar, selecionar e examinar o
material (em especial as condições do bizel da agulha); certificar-se de sua esterilidade; ler
três vezes o rótulo da droga.
— Do material: Reunir o material: seringa, agulha, algodão embebido em álcool a 70%, serra,
droga prescrita, recipiente para detritos; desinfetar a serra (se for metálica) e o gargalo da
ampola; serrar a ampola protegendo os dedos, onde ela estiver apoiada, com o próprio
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algodão que foi usado na desinfecção; montar seringa e agulha obedecendo às normas de
assepsia médica e cirúrgica; ajustar firmemente o canhão no bico da seringa.
— Da droga a ser injetada: Quebrar o gargalo da ampola aspirar seu conteúdo com a seringa
que, logo após, deverá ser mantida em posição vertical com a agulha voltada para cima, para
que o ar seja expulso, evitar a perda do medicamento tendo-se, para isso, os cuidados
necessários; manter a agulha protegida pela ampola vazia ou pelo protetor esterilizado.
APLICAÇÃO:
— Expor a área de aplicação.
— Fazer a antissepsia do local com algodão embebido em antisséptico; esta medida deve
abranger toda a área escolhida, com movimentos firmes e em sentido único.
— Manter o algodão entre os dedos mínimo e anular da mão que firmará o musculo.
— Distender a pele do local de aplicação com os dedos indicador e polegar ao mesmo tempo
em que se mantém firme o músculo selecionado.
— Empunhar a seringa conforme a figura e introduzir a agulha com rapidez e firmeza; na
intramuscular, o ângulo para a sua penetração é de 90.°, isto é, a agulha é inserida em direção
perpendicular à pele.
— Soltar o músculo e com a mão livre proceder à aspiração, puxando o embolo, para se
verificar a possibilidade de algum vaso ter introduzido em outro. Após a aspiração, voltar a
apoiar a mão sobre o músculo.
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— Injetar o líquido lenta, mas firmemente, observando as condições do cliente. Retirar seringa
e agulha com movimento único, rápido e firme, depois de apoiar um dedo no canhão da
agulha.
— Comprimir o local com algodão durante alguns segundos para permitir a hemostasia.
— Favorecer a absorção do medicamento com massagem de fricção, por mais alguns
segundos.
— Observar o cliente e mantê-lo, durante alguns minutos, em repouso.
CUIDADOS COM O MATERIAL:
— Lavar seringa e agulha com água e sabão, deixando escorrer bastante água para remover
restos da droga. Isto é conseguido, enchendo-se o corpo da seringa com água ensaboada,
montando-se o embolo e agulha, a seguir pela compressão do embolo deixar o líquido
escorrer pela agulha, depois repete-se o mesmo procedimento com água pura.
— Preparar o material para esterilização.
— Lavar as mãos
OBSERVAÇÕES:
Ao descrevermos uma técnica, não nos é possível detalhar todas as suas possíveis
variações. Por exemplo, dependendo de como a droga é apresentada alguns passos da técnica
de aplicação deverão ser alterados. A maioria das drogas usadas por via parenteral têm, como
embalagem, ampolas de vidro; os antibióticos e outros medicamentos podem estar em
frascos-ampolas com a droga pulverizada ou já diluída.
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— Frasco-ampola com droga diluída: Retirar a tampa metálica que protege o tampo de
borracha com todo o cuidado para não a contaminar; caso isto ocorra, deverá ele ser
desinfetado com algodão embebido em antisséptico. A seguir:
— Puxar o embolo, com a seringa montada, até a marca que indica o volume do medicamento
desejado.
—Introduzir, com firmeza, a ponta da agulha no tampo de borracha, o suficiente para
atravessar sua espessura, mantendo durante todo o processo, frasco-ampola e seringa em
posição horizontal.
— Passar agora o conjunto para a posição vertical, com a agulha voltada para baixo; injetar o
ar no interior do frasco-ampola. e a seguir inverter sua posição; sem esforço algum entrará,
na seringa, o volume de líquido desejado.
— Retirar a agulha do frasco-ampola e substituí-la por outra para a aplicação no cliente.
— Frasco-ampola com droga pulverizada: Preparar e serrar a ampola para a diluição da droga
(solução fisiológica de cloreto de sódio, água bidestilada, outros diluentes, como na técnica já
descrita.
— Remover o protetor metálico do tampo de borracha com os cuidados descritos acima.
— Montar a seringa com agulha, quebrar a ampola e aspirar seu conteúdo.
— Introduzir o diluente no frasco-ampola, mantendo o conjunto em posição vertical, com o
frasco em situação inferior à seringa. Proteger a agulha, terminada a operação, com a ampola
vazia.
— Agitar o frasco para diluir o pó.
PREPARO:
— Do cliente: Pedir ao cliente que informe ao profissional imediatamente, a qualquer
manifestação de dor no local da aplicação e, em caso de hemofobia, que desvie o olhar da
seringa. Deverá ele receber orientação prévia sobre as manobras de estase venosa.
— Do profissional: Idêntico ao exposto para a técnica intramuscular.
— Do material: Munir-se do material para injeções endovenosas.
— Da droga a ser injetada: Idêntico ao preparo da Intra muscular.
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APLICAÇÃO:
— Expor a área onde deverá ser feita a aplicação.
— Passar a tira elástica conforme a figura, a fim de se produzir uma estase na rede venosa
periférica. A compressão não deverá ser tão exagerada que interrompa a circulação arterial.
— Fazer o cliente abrir e fechar a mão várias vezes e conservá-la fechada até segunda ordem.
— Colocar o braço em hiperextensão.
— Fazer a antissepsia do local e do dedo com o qual se fará a palpação da veia.
— Expulsar todo o ar que se encontrar dentro da seringa, com a agulha voltada para cima.
— Esticar a pele, manter aveia fixa com o polegar de urna das mãos e com a outra introduzir
a agulha aproximadamente 1 cm aquém do local onde a veia deverá ser alcançada, segurando
a seringa conforme. A confirmação de que a agulha ganhou a luz do vaso se faz pela aspiração
de sangue para o interior da seringa, e pela sensação tátil.
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Por percussão: Através de tapinhas aplicados sobre o local. Ambos os tipos de massagem
concorrem para o aumento da volemia local favorecendo a evidenciação venosa.
Garrote: É o meio mais comumente usado e será mais eficiente na estase venosa se,
simultaneamente ao seu uso forem realizados movimentos de fechamento e abertura da mão.
Postura do braço:
Em hiperextensão: Evidencia e fixa a rede venosa.
Pendente: Com o membro superior voltado para baixo teremos, por gravidade, maior afluxo
sanguíneo.
— Fricção após a injeção: Para certos tipos de drogas como a insulina, não é conveniente a
massagem após a aplicação, justamente para se evitar a absorção rápida.
— Tamanho da agulha: Se utilizarmos agulhas de dimensões tais como 10x5 ou 10x6, em
indivíduos normais ou obesos, a introdução se dará perpendicularmente à pele como na
intramuscular.
— Aspecto após a injeção: Na injeção subcutânea bem aplicada, é frequente formar-se uma
elevação da pele que corresponde ao volume da droga injetada. Essa elevação será maior ou
menor dependendo da espessura da tela subcutânea.
OBSERVAÇÕES:
Dadas as condições anatômicas do córion não há necessidade de se aspirar após a introdução
da agulha. Além disto, a massagem local é contraindicada porque o objetivo é retardar a
absorção da droga que, quando injetada por esta via, pode produzir fenômenos alérgicos
graves, dependendo das condições do cliente. Verifica-se se a injeção foi realmente
intradérmica, se houver formação de pápula, caso isto não ocorra, conclui-se que a agulha
atingiu a tela subcutânea.
ACIDENTES
Vamos enumerar os acidentes comuns a todas as vias parenterais, deixando os específicos
para quando nos detivermos no estudo de cada via.
1. Infecções: Infecções locais ou gerais (abcessos, flegmões, septicemias) são o resultado da
contaminação do material, da droga ou consequência da condição específica do cliente
(ignorância de assepsia, mau estado geral, presença de focos infecciosos locais ou gerais, etc.)
2. Fenômenos alérgicos: A alergia às drogas injetadas (fenômeno de Arthus)* ou aos
antissépticos usados pode provocar reações locais ou mesmo o choque anafilático.
3. Má absorção das drogas: As drogas de difícil absorção injetadas em local inadequado podem
provocar a formação de nódulos ou de abcessos assépticos, além de não surtirem o efeito
esperado.
4. Embolias: São acidentes graves e relativamente frequentes, resultantes da introdução
acidental, direta ou indireta na circulação sanguínea, de ar, coágulos, cristais de drogas em
suspensão, etc. Podem estar relacionados à má técnica (falta de aspiração antes de se injetar
a droga), à introdução inadvertida das substâncias já citadas, a desconhecimentos de
farmacologia (p. ex. aplicação de drogas oleosas ou suspensões por via intravenosa), ou à
aplicação de pressão muito forte na injeção de drogas em suspensão ou oleosas, causando a
ruptura de capilares, com consequentes microembolias locais ou gerais.
5. Traumas: Podemos classificá-los em dois tipos fundamentais: o trauma psicológico e o
tissular. O trauma psicológico decorre muitas vezes da falta de preparo adequado do cliente
ou do seu estado de tensão; vai desde a demonstração de medo, choro até a lipotimia. Os
traumas tissulares são de natureza variável, podendo ocorrer lesões da pele (agulha romba ou
de calibre muito grande), da tela subcutânea, do músculo, do nervo, do periósteo, de osso, de
vasos. Como consequência dessas lesões, teremos ferimentos, hemorragias, hematomas,
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equimoses, dor, paresias, parestesias, paralisias, nódulos, necroses etc. Estes traumas podem
ocorrer em virtude da má técnica, os desconhecimentos de anatomia e farmacologia e de
variações anatômicas individuais.
VIA INTRAMUSCULAR (IM)
Quando o paciente está
hipotenso ou tem um aporte
sanguíneo deficiente para o músculo,
o medicamento administrado por via
intramuscular pode precipitar-se ou
não ser absorvido. Ocorre dor, no
caso da injeção IM, porque a pele e o
tecido subcutâneo são ricamente
inervados e os receptores da dor são
Fasceíte necrotizante após aplicação de injeção estimulados pela agulha, quando ela
intramuscular penetra e disseca o tecido conectivo.
O músculo é menos inervado, mas a infusão de solução no espaço intersticial pode ser
muito dolorosa, devido à irritação causada pela solução, ao pH ou à tonicidade alta para a
solução fisiológica. Quando não se emprega a técnica correta de administração, pode-se,
acidentalmente, injetar o medicamento na corrente sanguínea e causar uma reação adversa
ou overdose.
Podem ocorrer: Irritação tecidual local, dor, lesão óssea, punção de vasos sanguíneos
causando hematomas, endurecimento local, lesão de nervos, volume inadequado para o
músculo, rompimento de tecido muscular interferindo na mioglobina (marcador de IAM),
distrofias, abscessos, reações alérgicas no caso de sensibilidade ao fármaco e perda da
funcionalidade do membro.
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• FLEBITE
A flebite é definida como a inflamação de uma veia devido a uma irritação química e/ou
mecânica. Caracteriza-se por uma área avermelhada e quente ao redor do local de inserção,
ou ao longo do trajeto da veia, e edema. A seguir, há a especificação dos tipos de flebite
FLEBITE MECÂNICA
É uma irritação mecânica, causando uma flebite ou inflamação na veia; pode ser atribuída
ao uso de cateter de calibre grande inserido em Flebite Química. Muitos fatores contribuem
para o desenvolvimento de flebite química. Geralmente, é causada por administração de
medicações ou soluções irritantes, medicações diluídas ou misturadas impropriamente,
infusão muito rápida, presença de pequenas partículas na solução.
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FLEBITE BACTERIANA
É a inflamação da parede interna da veia associada com a infecção bacteriana. Fatores
que contribuem para o desenvolvimento de flebite bacteriana incluem técnicas assépticas
inadequadas de inserção do cateter, fixação ineficaz do cateter e falha na realização de
avaliação dos locais.
FLEBITE PÓS-INFUSÃO
Trata-se de uma inflamação da veia que se torna evidente em 48 a 72 horas. Fatores que
contribuem para seu desenvolvimento, são: Técnica de inserção do cateter, condição da veia
utilizada, tipo, compatibilidade e o pH da solução ou medicações infundidas, calibre, tamanho,
comprimento e material do cateter e tempo de permanência.
• TROMBOFLEBITE
É a presença de um processo inflamatório de um segmento de uma veia, geralmente de
localização superficial, com a formação de coágulos, na área afetada. Seus sinais são: dor
localizada, rubor, calor e edema ao redor da inserção ou ao longo do trajeto da veia.
• HEMATOMA
Surge o hematoma quando o sangue
extravasa para dentro dos teci- dos
circunvizinhos ao local da inserção EV. Ocorre em
decorrência da perfuração da parede vascular
oposta durante a punção venosa, do
deslizamento da agulha para fora da veia e da
pressão insuficiente aplicada ao local após a
retirada da agulha ou cânula.
Os sinais de hematoma incluem equimose, edema imediato e extravasamento de sangue
no local. O tratamento inclui a retirada da agulha ou cânula e a aplicação de pressão com um
curativo estéril, a utilização de bolsa de gelo durante as próximas 24 horas no local e, em
seguida, compressa quente para aumentar a absorção do sangue, além de avaliação do local.
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• COAGULAÇÃO E OBSTRUÇÃO
AGULHAS E SERINGAS
Para isso, os profissionais que realizam esse serviço precisam entender bem as
diferenças e aplicações das agulhas e seringas hipodérmicas para aplicação de injetáveis. É
importante conhecer esses materiais, saber identificar e diferenciá-los no momento da
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AGULHAS
AGULHA HIPODÉRMICA
ESTÉRIL DE USO ÚNICO 25X
7 MM
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Tipos de Bisel
As cores dos canhões das agulhas tem padrão mundial o que facilita a identificação do
calibre da agulha. (A tabela de medidas de agulhas representada aqui contém as agulhas
comercializadas no Brasil).
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Uma agulha pode possuir codificações diferentes. Tanto o sistema inglês (que usa as
unidades gauge e polegadas) como o sistema métrico (que usa as unidades milímetros x
milímetros) servem para identificar o calibre e o comprimento da agulha.
SERINGAS
São equipamentos usados por profissionais de saúde para inserir ou aspirar substâncias
liquidas por vias: intravenosa, intramuscular, intracardíaca, intratecal, subcutânea,
intradérmica e intramuscular. No passado já foram produzidas por diversos materiais, tais
como osso, prata e vidro. As seringas de vidro perduraram por muitos anos, sendo reutilizadas.
Na década de 70 surgiram as primeiras seringas descartáveis. Porém, a conversão de seringa
de vidro para a descartável foi lenta e encontrou grande resistência.
“Até o início dos anos 80, o conhecimento sobre transmissão de agentes patogênicos
através de materiais perfurantes e cortantes usados nos procedimentos era bastante vago. O
alarme para o perigo soou há cerca de 25 anos, com a divulgação da descoberta do HIV.”
STOPPER
SERINGA DE 1ML
Para converter mililitros (mL) em Unidades Internacionais (UI) basta multiplicar por 100.
Para converter Unidades Internacionais (UI) em mililitros (mL) basta dividir por 100.
SERINGA DE 3ML
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É dividida em subunidades de 0,1 mL. É graduada de 0,5 em 0,5 mL e cada 0,5 mL contêm
5 traços menores que correspondem a 0,1mL cada.
SERINGA DE 5ML
SERINGA DE 10ML
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SERINGA DE 20ML
SERINGA DE 60ML
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»Observações Importantes:
1 mL = 1 cm³ = 1 CC = 1000mm³
0,1 mL = 100mm³
1mm³ = 0,001Ml
TIPOS DE CATETER
Um cateter nada mais é que um tubo introduzido no organismo para medição, aplicação
de soros, remoção de líquidos que não foram eliminados naturalmente pelo organismo ou
monitoramento da função de algum órgão vital.
A espessura desses tubos varia, assim como suas formas de uso, sejam eles aplicados no
sistema respiratório, digestivo, nervoso ou circulatório.
CATETER JELCO INTRAVENOSO– utensílio médico básico composto por uma agulha e
invólucro flexível. Feito o acesso venoso, a agulha é retirada e o invólucro fixado na pele com
fita adesiva. Acesso utilizado para a introdução de medicamentos na corrente sanguínea,
evitando picadas frequentes em internações.
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CATETER DUPLO J – utilizado para fazer a drenagem da urina do rim até a bexiga. Uma das
extremidades do utensílio é ancorada na pelve renal, enquanto a outra extremidade se curva
no interior da bexiga. Alguns modelos desse cateter possuem um fio amarrado na
extremidade que permite sua retirada sem a necessidade de cistoscopia. Muito usado em pós
operatório de cirurgias urológicas, tumores renais, pedras no rim. entre outras causas.
CATETER NASAL – utilizado para administrar oxigênio de baixo fluxo em pacientes. Seu uso é
simples e permite que o paciente mantenha atividades diárias como falar e comer sem
dificuldades.
CATETER ARTERIAL PERIFÉRICO – Para uso de curta duração; normalmente utilizado para
monitorizar o estado hemodinâmico e análises gasométricas em pacientes críticos
CATETER VENOSO CENTRAL – Utensílio inserido em veias centrais (jugulares internas,
femorais ou subclávias); é o tipo de CVC mais utilizado. É de extrema importância que o
profissional esteja preparado para manipulação desse utensílio, uma vez que o uso
inadequado pode prejudicar a saúde do paciente. Além disso, a escolha do cateter deve ser
adequada à necessidade do quadro – para isso, conhecer a função de cada um dos tipos de
cateter é essencial.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
ATIVIDADE 01
1) Conceitue medicamentos.
6) Após a diluição, alguns medicamentos podem ser guardados para serem utilizados
posteriormente. Nestes casos, identifique corretamente o frasco do medicamento e
acondicione-o conforme a indicação do protocolo. Em caso de dúvida, consulte o:
A) Enfermeiro.
B) Médico.
C) Farmacêutico
ATIVIDADE 02
1) Defina via de administração de medicamentos.
ATIVIDADE 03
1) Em relação a aplicação de injetáveis na região glútea: Dividir mentalmente o glúteo em
e aplicar no quadrante superior externo. O paciente deve ser colocado em
decúbito ventral, com a cabeça lateralizada para o lado do profissional, com os braços ao
longo do corpo.
A) 4 partes.
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B) 3 partes.
C) 2 partes.
5) O que é Hypospay?
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6) A maioria das drogas usadas por via parenteral têm, como embalagem, ampolas de vidro;
os antibióticos e outros medicamentos podem estar em frascos-ampolas com a droga
pulverizada ou .
A) Não diluída.
B) Já diluída.
ATIVIDADE 04
1) O que é garrote?
4) Quais são as complicações mais comuns, após injeções no músculo vasto lateral da coxa?
ATIVIDADE 05
1) Conceitue seringas.
5) Defina cateter.