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PORTUGUÊS INSTRUMENTAL E

NORMAS TÉCNICAS

CUIABÁ - MT
CETC - CURSOS TÉCNICOS DE CUIABÁ
Rua 34, Quadra 36, n º 404, Bairro – CPA 3, Setor 3
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E-mail: cetc.cuiaba@hotmail.com
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ................................................................................... 4


2 COMUNICAÇÃO ............................................................................................................... 6
2.1 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO ............................................................................ 6

3 A IMPORTÂNCIA DA FRASE NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO ......................................... 8


3.1 FRASE ......................................................................................................................... 9
3.1.1 TIPOS DE FRASES ............................................................................................... 9

3.2 GRAMATICALIDADE E INTELIGIBILIDADE DA FRASE ............................................ 10


3.3 ESCREVENDO FRASE INTELIGÍVEL ....................................................................... 11
3.3.1 EVITAR TAUTOLOGIAS ..................................................................................... 11
3.3.2 EXCLUIR CONTRADIÇÕES................................................................................ 11
3.3.3 USAR AS PARTÍCULAS DE TRANSIÇÃO ADEQUADAMENTE ......................... 11
3.3.4 EMPREGAR APROPRIADAMENTE A PONTUAÇÃO ......................................... 12

3.4 ESTILÍSTICA DA FRASE – UMA QUESTÃO DE ESTILO, DE ESTÉTICA” ................ 13


3.4.1 FRASE ARRASTÃO ........................................................................................... 13
3.4.2 FRASE LADAINHA ............................................................................................. 14
3.4.3 FRASE LABIRÍNTICA ......................................................................................... 14
3.4.4 FRASE SEGMENTADA ...................................................................................... 15
3.4.5 FRASE TELEGRÁFICA ...................................................................................... 15
3.4.6 FRASE ENTRECORTADA ................................................................................. 16
4 PONTUAÇÃO .................................................................................................................. 17
4.1 PONTO FINAL ......................................................................................................... 17
4.2 VÍRGULA ................................................................................................................. 17
4.3 DOIS PONTOS ........................................................................................................ 19
4.4 PONTO E VÍRGULA ................................................................................................. 20
4.5 PONTO DE EXCLAMAÇÃO ..................................................................................... 21
4.6 PONTO DE INTERROGAÇÃO ................................................................................. 22
4.7 RETICÊNCIAS ......................................................................................................... 23
4.8 TRAVESSÃO ........................................................................................................... 24
4.9 ASPAS ..................................................................................................................... 25
4.10 PARÊNTESES ....................................................................................................... 26
4.11 ASTERISCO .......................................................................................................... 26
4. 12 COLCHETES ........................................................................................................ 27
4.13 CHAVE ................................................................................................................... 28
4.14 BARRA ................................................................................................................... 28
4.15 ACENTO AGUDO, CIRCUNFLEXO E TIL .............................................................. 29
4.16 CEDILHA ............................................................................................................... 30
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4.17 TREMA .................................................................................................................. 30
4.18 CRASE ................................................................................................................... 30

5 PARÁGRAFO COMO UNIDADE DE COMPOSIÇÃO ...................................................... 31


6 A NOÇÃO DE TEXTO ..................................................................................................... 33
6.1 A ESTRUTURA DE UMA REDAÇÃO ....................................................................... 33
6.2 TEXTO NARRATIVO ................................................................................................ 34
6.2.1 NARRAÇÃO COMERCIAL ............................................................................... 35
6.3 TEXTO DESCRITIVO ................................................................................................. 38
6.3.1 DESCRIÇÃO COMERCIAL .............................................................................. 39
6.4 TEXTO DISSERTATIVO ............................................................................................. 41
6.4.1 DISSERTAÇÃO COMERCIAL .......................................................................... 43
7 COESÃO E COERÊNCIA ................................................................................................ 45
7.1 COESÃO TEXTUAL ................................................................................................. 45
7.2 COERÊNCIA TEXTUAL ........................................................................................... 46

8 CONJUNÇÕES ................................................................................................................ 47
8.1 CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES ................................................................... 47

9 EMPREGO DOS PORQUÊS ........................................................................................... 48


9.1 POR QUE ................................................................................................................. 48
9.2 POR QUÊ ................................................................................................................. 49
9.3 PORQUE ................................................................................................................. 49
9.4 PORQUÊ ................................................................................................................. 49

10 TEXTOS TÉCNICOS E DE INSTRUÇÃO ...................................................................... 51


10.1 OFÍCIO ................................................................................................................... 52
10.2 MEMORANDO ....................................................................................................... 56
10.3 REQUERIMENTO .................................................................................................. 58
10.4 ATESTADO ............................................................................................................ 59
10.5 DECLARAÇÃO ...................................................................................................... 61
10.6 FAX ........................................................................................................................ 63
10.7 MENSAGEM ELETRÔNICA (E-MAIL) .................................................................... 65
10.8 CURRÍCULO .......................................................................................................... 67
10.9 RELATÓRIO .......................................................................................................... 69
10.10 ATA ...................................................................................................................... 72

11 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 75

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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Prezado estudante, seja bem-vindo(a) a Disciplina de Português


Instrumental e Normas Técnicas! É muito bom tê-lo(a) conosco!
Iniciamos mais um módulo letivo apresentando esta nova disciplina: Português
Instrumental e Normas Técnicas. E qual seria o propósito do trabalho que ora
iniciamos? Como o próprio nome já diz, pretendemos instrumentalizá-lo para a
produção de textos formais voltados aos mais diversos objetivos da vida profissional,
conforme disposto nas normas técnicas, as quais se baseiam em estudos
consolidados da ciência, tecnologia e experiência acumulada, visando à obtenção de
um grau ótimo de ordenação do comunicado formal, em um dado contexto de caráter
mais sério e técnico da educação profissional.
Pretendemos demonstrar que o ensino da Língua Portuguesa Instrumental é
de fundamental importância para compreender, analisar, criticar e relacionar os
múltiplos códigos que permeiam a realidade contemporânea e aos quais não podemos
ficar alheios, incorporando ao processo de aprendizagem as experiências já
acumulados do aluno(a), oportunizando-o no desenvolvimento de espírito crítico por
meio da leitura, aperfeiçoando a escrita, o vocabulário, a oralidade, entre outros
aspectos que levam à reflexão para com uma linguagem de caráter mais autêntico e
característico do ambiente de trabalho.
Dessa forma, ao longo dos estudos, você vai perceber que o objetivo não é
formar o indivíduo especialista no padrão da norma culta da língua, mas vai
compreender que interagir, considerando o nosso idioma como um produto social e
cultural, é de suma importância ao profissional, cujo sucesso na profissão também
depende do conhecimento do ensino da gramática e produções textuais na estrutura
formal da língua. Redigir e/ou discursar com clareza são fatores necessários para o
entendimento da mensagem, bem como para o sucesso e destaque do profissional
no mundo do trabalho e dos negócios.
Isso quer dizer que o estudo dessa área inclui não só as normas gramaticais,
mas também a redação, interpretação e compreensão textual.
Nós acreditamos em você!
Desejamos sucesso na sua formação profissional!

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Nenhuma língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda


num só local, apresenta um sem-número de diferenciações.(...) Mas
essas variedades de ordem geográfica, de ordem social e até
individual, pois cada um procura utilizar o sistema idiomático da
forma que melhor lhe exprime o gosto e o pensamento, não
prejudicam a unidade superior da língua, nem a consciência que têm
os que a falam diversamente de se servirem de um mesmo
instrumento de comunicação, de manifestação e de emoção.
Celso Cunha - em Uma política do idioma, 1968, p. 14.

Dizem que a vida é para quem sabe viver, mas ninguém nasce pronto.
A vida é para quem é corajoso o suficiente para se arriscar e
humilde o bastante para aprender.
Clarice Lispector

A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes.


O uso de uma língua varia de época para época, de região para
região, de classe social para classe social, e assim por diante. Nem
individualmente podemos afirmar que o uso seja uniforme.
Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes
variedades de uma só forma da língua.
Ricardo Peruchi, 2008 - Adaptado de "Gramática e
Política" de Sírio Possenti

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2. COMUNICAÇÃO
A comunicação faz parte de nosso dia a dia e é essencial tanto para nossa vida
pessoal quanto profissional. Logo, a comunicação faz parte de nossa vida. A todo
momento estamos nos comunicando, seja através da fala, da escrita, de gestos, de
um sorriso ou através da leitura de documentos, jornais e revistas. Portanto,
comunicação é o processo pelo qual os seres humanos trocam entre si informações.
Comunicar é uma atividade necessária na vida animal. Segundo Borba (1998),
é uma ‘necessidade de sobrevivência’. Observe que, ao nascermos, nos
comunicamos pelo choro, pelos movimentos e nos diferenciamos dos outros animais
porque somos dotados de linguagem1 articulada, a língua2 que se realiza na fala3. É
por meio da comunicação realizada pela linguagem que nos tornamos seres/sujeitos
dialógicos.
Comunicar-se é essencial para o estabelecimento e fortalecimento das
relações humanas. Se pararmos para pensar, observaremos que a comunicação está
na base de todas as áreas do conhecimento, logo necessitamos nos apropriar cada
vez mais da linguagem, para que o processo de comunicação ocorra de modo efetivo
e adequado ao contexto. Cada ser humano é único, com sentimentos, ideias próprias;
assim, necessitamos nos expressar, interagir com os outros, estarmos ligados a um
grupo social.
A comunicação é indispensável ao processo de interação e pode se realizar
mediante o uso de diferentes linguagens, produtos da sociedade e cultura humanas.

2.1 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

Segundo denominação de Roman Jakobson (2005), ao realizar qualquer ato


comunicativo, são necessários alguns elementos básicos.

1Capacidade específica à espécie humana de comunicar por meio de um sistema de signos vocais (ou língua),
que coloca em jogo uma técnica corporal complexa e supõe a existência de uma função simbólica e de centro
nervoso geneticamente especializado (DUBOIS, et al,1998, p. 387).
2 A língua aparece como uma totalidade uniforme, um sistema específico de signos com uma função social
predominante: a comunicação (BORBA, 1998, p. 45). É um sistema de signos, um conjunto organizado de
elementos representativos convencionados por indivíduos e utilizados por membros de um mesmo grupo social.
3
1. faculdade ou ação humana de emitir palavras; 2 modo de exprimir-se próprio de um povo, de uma área
geográfica; linguajar, linguagem, dialeto; 3 mensagem feita em público; discurso <a f. do ministro foi brilhante>; 4
cada trecho de um texto dito por um ator (HOUAISS, p. 331).

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Figura 1.1 – Modelo do processo de comunicação


Fonte: Adaptado de Wilson Teixeira Moutinho (Elementos da Comunicação, ?, p.01).

a) Emissor: é o responsável por elaborar o texto. O emissor é quem comunica,


solicita, expressa seu sentimento, desejo, opinião, enfim, é quem emite, codifica e
transmite a mensagem através da linguagem verbal e/ou da linguagem não-verbal.
Atenção: O emissor pode ser uma pessoa, uma empresa, um aparelho de televisão,
um livro, uma placa de trânsito, um cartaz colado no muro, entre outros;
b) Receptor: é aquele a quem a mensagem é endereçada, ou seja, é quem
recebe, decodifica a mensagem e, geralmente, dá uma resposta ao emissor;
c) Mensagem: é o conteúdo das informações que o EMISSOR procura
transmitir para o RECEPTOR. Portanto, é tudo aquilo que o remetente transmite ao
destinatário, é o objeto da comunicação;
d) Canal: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida/circulada do emissor
ao receptor. Portanto, o canal é responsável por veicular a mensagem. Atenção: O
canal pode ser o rádio, uma carta, um livro, jornal televisivo etc;
e) Código: é um conjunto de signos e suas eventuais regras de comunicação
utilizado na transmissão e recepção da mensagem. O código, normalmente é
constituído por elementos e regras comuns tanto ao emissor quanto ao receptor;
f) Referente: é o objeto ou o assunto a que a mensagem se refere, ou seja,
tudo aquilo que está relacionado a ela.

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Logo, como você teve oportunidade de perceber, conforme acima explicitado,


diferentes elementos se mesclam durante o processo de constituição da
comunicação. Portanto, aprender a se comunicar melhor significa criar condições de
aprender mais e se tornar melhor como pessoa e como trabalhador. Ao saber se
comunicar de maneira adequada dentro do ambiente que se encontra inserido, você
aprende de forma efetiva assuntos importantes para realizar seu trabalho diário em
uma fazenda, no escritório ou onde estiver, de forma competente e eficaz. É
justamente por meio da comunicação e da dedicação que nos tornamos profissionais
melhores.

3. A IMPORTÂNCIA DA FRASE NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO

Quando vimos diante de um desafio de escrever um texto, seja narrativo,


descritivo ou dissertativo, geralmente pensamos imediatamente que devemos
produzir uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão, seguindo uma
sequência lógica de começo, meio e fim.
Outro fator que nos leva a escrever um texto com pouca qualidade refere-se à
construção inadequada de frases e parágrafos. Um texto pode está repleto de frases
sem nexo, que ligadas umas às outras, formam parágrafos sem sentido.
Aliás, chamamos de texto uma produção cultural com a qual um interlocutor
pretende interagir, numa determinada situação. Essa produção cultural pode ser
verbal (por intermédio de palavras, expressas de forma oral ou escrita), ou não-verbal
(gestos, imagens, sons...).
Conforme Evangelista (1996, p. 10 - 11), uma produção cultural, para ser
considerada um texto, precisa fazer sentido. Em textos verbais, por exemplo, o autor
fala ou escreve a partir do seu conhecimento prévio, tentando propor significados ao
ouvinte ou leitor. O ouvinte/leitor tenta construir sentidos usando também o seu
conhecimento prévio. É nessa relação que se estabelecem possíveis sentidos.
Portanto, o sucesso na construção de um texto dá-se quando resulta em um
todo com significado, e não em um emaranhado de palavras ou frases sem conexão.
Logo, o texto deve ser um entrelaçamento de ideias que forma um todo coeso e
coerente.

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3.1 FRASE

Para Othon Garcia (2002, p.32), “Frase é todo enunciado suficiente por si
mesmo para estabelecer comunicação. Pode expressar um juízo, indicar uma ação,
estado ou fenômeno, transmitir um apelo, uma ordem ou exteriorizar emoções”.
A seu tempo, Rocha Lima (1994, p.232) conceitua que: “Frase é uma unidade
verbal com sentido completo e caracterizada por entoação típica: um todo significativo,
por intermédio do qual o homem exprime seu pensamento e/ou sentimento. Pode ser
brevíssima, constituída às vezes por uma só palavra, ou longa e acidentada,
englobando vários e complexos elementos”.
Como se percebe, definir o conceito de frase não é uma tarefa tão simples
como, a princípio parece, haja visto que das conceituações acima citadas, não há
unanimidade. Logo, a frase é medida pela entoação que marca o início e o final,
podendo apresentar em sua construção sujeito e predicado ou em alguns casos,
apenas predicado.
A frase, para Lygia Bojunga, não é somente um agrupamento verbal
significativo, mas também uma estrutura rítmica e sonora, diferente do modelo
tradicional, que só é possível pela sucessão das várias frases curtas, expressando um
maior vigor e dinamismo entoativos.
EXEMPLOS DE FRASES
As frases podem ser construídas por:
UMA só palavra VÁRIAS palavras (COM ou SEM verbo)
Socorro! Prestem-me socorro!
Pare! O tempo está nublado.
Vocês não imaginam quantos problemas tenho que
Cuidado.
resolver.
Saia. Mas que coisa terrível, hem?
Fogo! Que calor!
Atenção! Que alegria!

3.1.1 TIPOS DE FRASES

As frases podem ser classificadas em nominais e verbais. Em uma definição


simples e direta, a frase nominal não contém verbo na sua composição. Por sua vez,
a frase verbal é construída por um ou mais verbos.

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EXEMPLOS:
NOMINAL VERBAL
Carolina de Jesus, a sua irmã caiu da
Minha roupa de inverno: branca e limpa.
bicicleta.
Trabalho digno desse feirante. O dia amanheceu quente.
Este rádio velho foi vendido por mil e
Coisa estranha...
duzentos reais.
Uma vista encantadora, com altas
palmeiras, flores exuberantes e um Ele estava com os filhos no parque.
verde vibrante.
Amigos, amigos, negócios à parte. Você entendeu alguma coisa?
Nós compramos livros muito
Cada cabeça, uma sentença.
interessantes.
Quem foi o primeiro na fila do lanche? Eu não me sai bem naquela prova.

3.2 GRAMATICALIDADE E INTELIGIBILIDADE DA FRASE

Embora haja a liberdade própria da fala ou do discurso, a gramática impõe


limites para se construir uma frase. Segundo Othon Garcia, uma frase, para ser
compreensível, deve apresentar:
a) Gramaticalidade: a frase tem que ter uma articulação sintática para
estabelecer a comunicação. Isso significa que a frase deve apresentar sujeito e
predicado ou apenas o predicado. E que seus elementos têm que estar organizados
dentro de certos critérios que permitam a sua compreensão.
b) Inteligibilidade: quando uma frase não apresenta gramaticalidade ou
gramaticalidade precária, significa que a frase pode ser um enunciado
incompreensível, ou seja, um conjunto de palavras que, embora isoladamente tenham
sentido, no conjunto não fazem nenhuma significação.
Não obstante, um conjunto de palavras pode ter aparência de frase, por
apresentar certo grau de gramaticalidade e ser dificilmente inteligível por estar
desprovido da articulação sintática básica à construção frasal. Logo, as palavras se
atropelam, não fazem sentido e, quando não há nenhum sentido possível, não há
frase, mas apenas um ajuntamento de palavras. Sendo assim, esse agrupamento de
palavras, por ser totalmente caótico, isto é, completamente agramatical, é
absolutamente ininteligível.
Vejamos alguns exemplos:

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Frase sem gramaticalidade e sem Frase com gramaticalidade e com


inteligibilidade inteligibilidade
I. Todos os homens são iguais perante a
lei.
II. Perante a lei, são iguais todos os
Todos os perante iguais homens são a homens.
lei. III. São iguais todos os homens, perante
a lei.
IV. Perante a lei, todos os homens são
iguais.
1. Os jovens de maus instintos nunca se
sentem tranquilos.
De maus tranquilos se nunca instintos 2. Nunca se sentem tranquilos os jovens
os jovens sentem. de maus instintos.
3. De maus instintos, os jovens nunca se
sentem tranquilos.

3.3 ESCREVENDO FRASE INTELIGÍVEL

Para se ter uma frase inteligível podemos adotar certos procedimentos quanto
a sua produção. Observe!

3.3.1 Evitar tautologias: É um vício frequente que está relacionado à


linguagem, logo, ocorre quando a mesma coisa é falada com utilização
de termos diferentes. Portanto, deve-se livrar dessas repetições de uma
mesma ideia com diferentes palavras. Exemplos:
a. O cardiologista é mais competente que o médico do coração.
b. Bras Cubas teve uma hemorragia de sangue.
c. Emília subiu para cima e depois desceu para baixo.
3.3.2 Excluir contradições: Consiste em uma incompatibilidade lógica entre
duas ou mais proposições. As conclusões formam inversões lógicas,
geralmente oposta uma da outra. Exemplos:
a. A mesa é redonda e quadrada.
b. João Romão é bom, mas bate em criança.
c. Caridade é coisa do diabo.
3.3.3 Usar as partículas de transição adequadamente: Responsável pela
ligação harmonioso do texto. Portanto, são palavras que estabelecem
relações de sentido entre os enunciados. Exemplos:

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a. Não fui, mas estava chovendo.


b. Dividido em duas partes, o livro aborda, primeiramente, 22 maneiras
inteligentes de evitar o desperdício de água com a higiene pessoal, na
lavanderia, na cozinha, na alimentação e no jardim (Folha de S.Paulo,
06/07/2009).
c. Desta maneira, percebemos que muitas pessoas usam as palavras
muito pequenas em seu texto.
3.3.4 Empregar apropriadamente a pontuação: Os sinais de pontuação
servem para reproduzir, na escrita, nossas emoções, intenções e
anseios. Logo, marca o ritmo de um texto. Exemplos:
a. Sabe... eu queria te dizer que... esquece.
b. Meus amigos são poucos: Pedrito, Palito e Palhaço.
c. Dandara, esposa de Zumbi dos Palmares, foi a ganhadora única da
Mega Sena. Que pena!
Termos Exemplos
“Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.”
"O mar é azul porque reflete a cor do céu e o céu é azul por causa do mar."
"Tudo o que é demais sobra."
Tautologia há anos atrás / vereador da cidade quantia exata / certeza absoluta / encarar de frente
surpresa inesperada / demasiadamente excessivo / juntamente com / abertura inaugural
sintomas indicativos / em duas metades iguais / expressamente proibido / gritar bem alto
a seu critério pessoal / comparecer em pessoa / elo de ligação / acabamento final
“Não se pode dizer de algo que é e que não é no mesmo sentido e, ao mesmo tempo.”4
Mariam afirmou que tinha a visto depois disse que não a viu.
Contradição Ele é tão rico que chega a ser pobre.
Jalil fez isso, e falou aquilo.
Rashid, você não pode cair em contradição no depoimento.
Ideia de continuação: Ainda mais; Por outro lado; Do mesmo modo; Bem como;
Juntamente com...
Tempo: Frequentemente; Imediatamente; Ao mesmo tempo; Simultaneamente; Nesse
ínterim; Posteriormente; Logo depois...
Conclusão: Assim; Enfim; Definitivamente; Dessa forma; Em síntese; Logo; Em suma;
Partículas de
Em conclusão; Afinal; Portanto; Assim sendo; Por conseguinte; consequentemente;
Transição
Deste modo; Desta maneira; Em vista disso; Diante disso; Mediante o exposto...
Começo/Introdução: À primeira vista; Primeiramente; Antecipadamente; De antemão;
Antes de mais nada; A princípio; Desde já...
Semelhança/Conformidade: Da mesma forma; Sob o mesmo ponto de vista; De acordo
com; Igualmente; Assim também; Segundo...
Ponto ( . ) Lembro-me muito bem dele.
Fica comigo. Não vá embora.
Dois-pontos ( : ) Então o padre respondeu:
Pontuação
- Não vá agora.
Um dos mistérios do Natal é caberem nele tantas festas: a religiosa, a familiar, a
infantil, a popular...

4 Frase de Aristóteles.

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Reticências ( ... ) “Quando penso em você (...) menos a felicidade.”5


Eu estava pensando... Não sei se invisto o dinheiro em ações ou imóveis.
Parênteses ( ( ) ) Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas.
A Bertoleza (aquele personagem do romance naturalista “O Cortiço” do escritor
brasileiro Aluísio de Azevedo) fará aniversário hoje!
Ponto de Exclamação ( ! ) Cale-se!
Tenha paciência, João Romão!
Ponto de Interrogação ( ? ) Qual é o seu nome?
Quem ganhou na loteria?
Vírgula ( , ) O homem, que é um ser inteligente, também é passível de erro.
Precisa-se de médicos, enfermeiros, técnicos em radiologia e enfermagem.

3.4 ESTILÍSTICA DA FRASE - “Uma questão de estilo, de estética”

A clareza e a objetividade da nossa mensagem dependem da maneira pela


qual elaboramos o nosso discurso. Estilística da frase estuda o estilo da linguagem
(estuda a língua como manifestação da afetividade), ou seja, procura entender a
expressividade da língua em uso (oral e escrita).
Alguns indivíduos associam o estilo a uma ideia de deformação da norma
linguística, o que não é necessariamente uma verdade, visto que existe uma grande
diferença entre traço estilístico6 e erro gramatical7. Observe!

3.4.1 Frase Arrastão: Caracteriza-se pela repetição de conectivos


coordenativos (e, mas, aí, então, mas então) e advérbios unindo períodos curtos e
independentes. É uma construção primária muitas vezes repetindo os desleixos da
linguagem oral. É usada em situações simples, por isso é comum na língua falada
(principalmente linguagem infantil e linguagem de adolescentes). É comum sua
utilização no dia a dia por ter um caráter que exige pouco esforço mental no que se
refere à inter-relação das ideias e normalmente as orações se enfileiram na ordem da
sucessão dos fatos/acontecimentos. Alguns autores usam e abusam desta construção
como recurso estilístico, principalmente quando procuram reproduzir o linguajar
infantil.

Exemplos:.................................................................................................................
...................................................................................................................................
.........a. E aí, ela chegou. Então, bateu na porta e eu abri. Depois, ela entrou e

5 Trecho da música Canteiros de Raimundo Fagner.


6 Traço estilístico acontece quando há uma intenção estético-expressiva que justifique o desvio da norma
gramatical (recurso muito utilizado em diversos gêneros, como por exemplo, na linguagem poética e na linguagem
publicitária).
7 Erro gramatical não apresenta uma intenção estética, já que é sua configuração ocorre apenas por um
desconhecimento das regras.

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sentou e começamos a conversar. Mais tarde, ela resolveu ligar para sua amiga.
Mas não tinha ninguém em casa. Aí, ela resolveu ir embora.
b. Então, desisti de esperar e resolvi telefonar. Mas aí chegou o porteiro. Então,
ele abriu a porta e eu entrei. Mas o elevador estava parado. Então, subi pelas escadas.
Aí cheguei ao quarto andar. Mas não havia ninguém em casa. Então, eu escrevi um
bilhetinho e botei por baixo da porta. Mas aí chegou a empregada. Então, eu perguntei
a ela: d. Maria está? Aí ela respondeu: Não está, não senhor.

3.4.2 Frase de Ladainha: Apresenta um tom coloquial ameno e é abundante


o uso da conjunção coordenativa “e”. O primarismo sintático em sua construção é
característico, o que a torna monótono e cansativo. A frase de ladainha é muito comum
na Bíblia, principalmente no Velho Testamento. Exemplos:

a. “Os seus últimos dias foram uma longa e exaustiva luta com a morte; luta
que teria sido mais piedoso não prolongar; mas o pai, que era médico, receava; e a
mãe, que era simplesmente mãe, implorava; e Roland, que não tinha coragem de
deixar morrer o condenado, ia para o quarto dele e lutava; e Dolores (…)”.
b. “E ele encarará contra as ilhas, e tomará muitas delas; e fará deter o autor
do seu opróbio e o seu opróbrio virá a cair sobre ele.
E voltará o seu rosto para o império de sua terra, e tropeçará e cairá e não será
achado” (Daniel, XI, 18 – 19).

3.4.3 Frase Labiríntica: Constitui-se de uma sequência de orações


subordinadas mal conectadas, de modo que as ideias se atropelam, dificultando a
rápida compreensão do texto. As frases são confusas e precisam ser lidas e relidas
para serem compreendidas, porque os períodos são tensos, prolixos e cansativos e a
ideia principal fica perdida. Exemplos:

a. “Os ferimentos eram mortíferos para os Mouros, porque eles se contentavam


em os lavar na água do mar e diziam, numa maneira de provérbio ou de anexim de
seu país, que Deus, que lhos dera, lhos havia de tirar; isto menos pelo desprezo que
pela ignorância dos remédios, pois estimavam bastante um renegado, o seu único
cirurgião, a quem, por uma política excêntrica, a cada ferido de importância, que
morria entre suas mãos, davam primeiro um certo número de bordoadas, para os
castigar mais ou menos (…)”.
b. “Sem ter portanto a tradição oral do passado, senão alguns retratos em cuja
fidelidade não há que fiar muito, sobretudo porque não é de modo algum possível
separar o erudito do popular e que também o que de intencional se ajuntava nesses
textos, a ciência folclórica esbarra diante da ausência de documentos, através dos
quais seja possível reconstruir a tradição, que lhe parece, naquela incisa (sic)
mensagem de Carlyle, como uma enorme câmara escura amplificadora, na qual o
homem morto se torna dez vezes maior do que era em vida” (Almeida, 1957 – Livro:
Inteligência do folclore).

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No trecho anterior, o autor Renato Almeida, deixou escapar um período


labiríntico lamentável porque nele há um acumulo de informações, no qual o leitor fica
desorientado. Sendo assim, sua matéria daria para pelo menos dois períodos mais
claros, com ligeiras adaptações que em nada falseariam o pensamento original.
b1. Sem ter, portanto, a tradição oral do passado, a ciência folclórica esbarra
na ausência de documentos fidedignos, pois não é de modo algum possível separar
o erudito do popular nem o que de intencional se ajuntava nesses textos [Séc. XII e
XIII, em que se baseia a exegese da novelística popular]. A falta de tais documentos
impossibilita a reconstrução da tradição que é, para a ciência folclórica, na imagem
incisiva (?) de Carlyle, como uma enorme câmara escura amplificadora, na qual o
homem morto se torna dez vezes maior do que era em vida.

3.4.4 Frase de Segmentada: É um recurso estilístico que dá ritmo ao texto,


principalmente na crônica. Ocorre a quebra da linearidade da frase, porém a linha de
raciocínio permanece e dá ritmo ao texto. Normalmente as frases são separadas
incorretamente, pois o escritor imagina que o leitor seguirá a mesma linha de
raciocínio que o mesmo estava tendo no momento em que escreveu a frase.
Exemplos:

a. “Pareceu-lhe a morte agradável como o perfume da mirra, ou como estar-se


num dia de vento, ao abrigo de um toldo. Como o perfume do lótus. Como estar
sentado à margem da embriaguez. Como o fim da chuva, como a volta para casa,
depois de uma caminhada no ultramar. Como o céu que sai das nuvens. Como o
desejo de um homem de ver sua casa depois de anos sem fim de cativeiro. Assim lhe
pareceu a morte” (Cecília de Meireles).

b. Uma orquestra muito harmoniosa. No casamento da minha irmã ela ficou


melhor ainda!
Agora veja a frase do exemplo acima (orquestra harmoniosa) em outra
abordagem:
b1. Era uma orquestra muito harmoniosa e ficou mais ainda no casamento da
minha irmã.

b2. Penso que já era uma orquestra muito harmoniosa, mas no casamento da
minha irmã ficou mais ainda.

3.4.5 Frase Telegráfica: É a frase rápida, muito curta, despida de


superfluidade do período clássico. As unidades são breves e os pontos finais se
encontram em todo o período. Seu uso torna clara a ideia do autor, facilitando a
compreensão do texto. O discurso telegráfico é uma etapa importante no
desenvolvimento da linguagem, a maioria das crianças hão de praticá-lo em algum

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momento, independentemente do idioma em que estão aprendendo e também é


utilizado por adultos que estão a recuperar de uma lesão cerebral ou doença, tal como
um Acidente Vascular Cerebral (AVC). De acordo com MEDEIROS (1996), esse tipo
de frase é indicado para narrações, não para dissertações. Exemplos:

a. “Um faltou água em casa. Tive dia sede e recomendaram-me paciência. A


carga de ancoretas chegaria logo. Tardou, a ponte era distante – e fiquei horas numa
agonia, rondando o pote com brasas na língua (…)” (Graciliano Ramos).

b. “De repente. Uma variante trágica. Aproxima-se a seca"(Euclides da Cunha).

3.4.6 Frase Entrecortada: No estilo moderno é a brevidade da frase, ou seja,


é a frase curta e inteligível, incisiva, predominantemente coordenada. Desenvolta, veio
se acentuando, sobretudo dos escritores romancistas e cronistas, que surgiram entre
a eclosão da Semana da Arte Moderna (SP, fevereiro de 1922) e, praticamente, o
advento da geração dita “ de 45”, revelaram acentuada preferência por essa estrutura
de frase que ainda perdura nos tempos atuais – mas desbastada dos seus excessos
– como um dos grandes legados do nosso modernismo. Usada frequentemente em
narrações e descrições e o leitor aprende prontamente o enunciado de cada unidade
nas pausas que se intercalam. Exemplos:
a. “Irritou-se. Porque seria que aquele safado batia os dentes como um caititu?
Não via que ele era incapaz de vingar-se? Não via? Fechou a cara. A idéia do perigo
ia-se sumindo. Que perigo? Contra aquilo nem precisava facão, bastava as unhas.
(...) Fabiano pregou nele os olhos ensanguentados, meteu o facão na bainha. Podia
mata-lo com as unhas. Lembrou-se da surra que levara e da noite passada na cadeia.
Sim Senhor. Aquilo ganhava dinheiro para maltratar as criaturas inofensivas. Estava
certo? (Graciliano Ramos, Vidas Secas, p. 129).

b. “Cheguei em casa e perdi o sono. Li um pouco e depois fui deitar. Era mais
de meia-noite e eu ainda não havia dormido. Ouvi um barulho na rua. Uma pessoa
vinha meio cantando meio chorando. Parecia uma voz conhecida” (Érico Veríssimo,
1953: 161).

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4. PONTUAÇÃO
Use vírgulas para separar as experiências boas e más. Reticências para
quem lhe faltou em alguma situação. Salpique exclamações na sua vida.
Abuse das interjeições de felicidade. Faça uma revisão nos seus sonhos.
Tome decisões com letra maiúscula. E coloque ponto final na tristeza (Autor
desconhecido).

Os sinais de pontuação são recursos utilizados para representar os


movimentos rítmicos e melódicos da língua falada e reproduzem, na escrita, nossas
emoções, intenções e anseios. A pontuação funciona como uma espécie de
sinalização, guiando e organizando o texto a ser lido. Portanto, os sinais de pontuação
facilitam a leitura e ajuda à compreensão dos textos, ou seja, marca o ritmo de um
texto.
4.1 PONTO FINAL ( . )

• Usado para representar a pausa máxima com que se encerra uma frase, ou
seja, indicar uma pausa total. Exemplos:
a. Seja paciente na estrada para não ser paciente no hospital (Autoria
desconhecida).
b. Aprendam a creditar o trabalho de outra pessoa. Citem a fonte. Valorizem
quem fez. Isso vale para a vida, para o trabalho, para os estudos, para as pesquisas
e para as redes sociais (Autor Desconhecido).
c. Tente o novo todo dia. (...) A nova vida. Tente. Busque novos amigos. Tente
novos amores. Faça novas relações (Clarice Lispector).
d. Estimule seu filho a fazer interpretação de texto. Na escola. Em casa. Na
rua, na chuva, na fazenda ou na casinha de sape. Pede para interpretar o gibi, o
outdoor, o rótulo do shampoo. Interpretação de texto é a salvação das nossas crianças
(Autor desconhecido).
• O ponto também é empregado em abreviaturas: Exemplos: Sr., a. C., Ltda.,
num., adj., Srta., pág., pl., dic., INRI ou I.N.R.I.8, V.S.ª ou V.Sa., V.Ex.ª, S.Ex.ª, etc.

4.2 VÍRGULA ( , )

Indica uma pequena pausa na fala e, naturalmente, na escrita. E é considerada


um dos sinais mais importantes. Seu uso se dá nos seguintes casos:
• Separar termos que possuem mesma função sintática na oração.
a. Crianças, adolescentes, jovens e velhos manifestaram-se contra qualquer
tipo de violência.

8 Iesus Nazarenus, Rex Iudaeorum.

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b. Selecionaram para a Copa do mundo um atleta famoso, bem preparado,


forte, alto e habilidoso.
c. Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo
jeito, o novo prazer, o novo amor... (Clarice Lispector).

• Isolar o vocativo.
a. Vou lhes contar outro segredo, pessoal. e. Minha filha, arruma a casa.
Vou lhes contar outro segredo pessoal. Minha filha arruma a casa.
b. Você viu a boneca, Emília? f. Pedrinho, quer almoçar.
Você viu a boneca Emília? Pedrinho quer almoçar.
c. Ter dois namorados não, é errado. g. Ouça, Dona Benta!
Ter dois namorados não é errado. Ouça Dona Benta.
d Pedestre, atravessa na faixa de segurança. h. A vida, minha amada, é feita de escolhas.
Pedestre atravessa na faixa de segurança. A vida minha amada é feita de escolhas.

• Isolar o aposto.
a. Cuiabá, capital de Mato Grosso, encontra-se em dificuldades.
b. Tia Nastácia, aquela Senhora alegre, possuía uma vida infeliz.
c. Narizinho, a aluna destaque, passou no vestibular.

• Isolar nomes de lugares, quando se transcrevem datas.


a. Cuiabá, 24 de fevereiro de 2010.
b. Belo Horizonte, 25 de dezembro de 1994.

• Indicar a omissão de um termo.


a. As crianças preferem brincar; os adolescentes, namorar.
b. A igreja era grande e pobre. Os altares, humildes.
c. Todos estavam alegres; eu, muito triste.

• Depois do “SIM” ou do “NÃO”, usados como resposta, no início da frase.

a. Você gostou do jantar?


– Sim, eu adorei!

b. Você vai à escola?


– Sim, vou.
ou
– Não, vou ficar em casa.

• Separar palavras e expressões explicativas ou retificativas.

a. Eles foram à praia ontem, aliás, anteontem.


b. O churrasco de confraternização será partilhado, isto é, cada um contribuirá
com algo.
c. Voltaremos a nos encontrar na sexta-feira, ou melhor, no sábado.

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Atenção: Outras expressões desse tipo: a saber, quer dizer, por exemplo,
aliás, além disso, então, em suma, a propósito, isto é, vale dizer, ou seja, etc.
• Antes dos conectivos, “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”, “entretanto”, “no
entanto”, “logo”, “portanto”, “por isso”, “por conseguinte”, “então”.
a. Nenhum deles é estudioso, contudo tiram notas boas.
b. Ele sempre se dedicou à empresa, por isso será promovido.
c. Eu estudei matemática, logo posso lhe ajudar a entender os números.

• Quando houver repetição dos conectivos “e”, “nem” e “ou”.


a. Ninguém o cumprimentou, nem conhecidos, nem amigos, nem familiares.
b. Ou PUC, ou UFMT, mas com certeza em uma das duas farei o meu curso.
c. As ondas vão e vem, e vão, e são como o tempo. (Sereia – Lulu Santos).

4.3 DOIS PONTOS ( : )

São utilizados para marcar uma sensível suspensão da voz numa frase não
concluída. Emprega-se, geralmente para:
• Marcar falas em um diálogo.
a. "Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz:
– Podemos avisar sua tia, não?" (Graciliano Ramos)
b. Aquietei o receio da velha e reforcei a jura:
– Sou lá homem de quebrar promessa (...).

• Iniciar uma enumeração.


a. Os convidados da festa que já chegaram são: Marquês de Rabicó, o
rinoceronte Quindim, Visconde de Sabugosa e o burro Conselheiro.
b. Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não
brigue com seus colegas e não responda à professora.

• Anunciar uma citação.


a. Já dizia o ditado: filho de peixe, peixinho é.
b. O filósofo Descartes disse: “Penso, logo existo”.

• Invocação das correspondências.


a. Prezados Senhores:
Convidamos todos para a reunião deste mês...
b. Saudoso pai:
Então, como vai sua saúde? Por aqui, nós estamos bem...

• Esclarecer, resumir ou concluir algo já explicado.


a. Escute bem isto: só se vive bem quando se tem paz.
b. Em resumo: montei um negócio e hoje estou rico.

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4.4 PONTO E VÍRGULA ( ; )


Usado para marcar uma pausa intermediária entre o ponto final e a vírgula.
• Marca itens de uma enumeração, bem como, separa os itens de leis, decretos,
regulamentos, etc.
a. O portfólio conta com os seguintes documentos: memorandos;
requerimentos; declarações; ofícios.
b. A Matemática se divide em: geometria; álgebra; trigonometria; financeira.

c. Art. 1º9 A República Federativa do Brasil, d. Art. 12.10 O Técnico de Enfermagem


formada pela união indissolúvel dos Estados exerce atividade de nível médio,
e Municípios e do Distrito Federal, constitui- envolvendo orientação e acompanhamento
se em Estado Democrático de Direito e tem do trabalho de enfermagem em grau
como fundamentos: auxiliar, e participação no planejamento da
I - a soberania; assistência de enfermagem, cabendo-lhe
II - a cidadania; especialmente:
III - a dignidade da pessoa humana;
a) participar da programação da assistência
IV - os valores sociais do trabalho e da livre
de enfermagem;
iniciativa;
V - o pluralismo político.
b) executar ações assistenciais de
Parágrafo único. Todo o poder emana do
enfermagem, exceto as privativas do
povo, que o exerce por meio de
Enfermeiro, observado o disposto no
representantes eleitos ou diretamente, nos
parágrafo único do art. 11 desta lei;
termos desta Constituição.
c) participar da orientação e supervisão do
trabalho de enfermagem em grau auxiliar;
d) participar da equipe de saúde.

• Entre orações coordenadas, se uma delas já tiver vírgula ou quando o texto


é muito extenso.
a. Após a realização da prova, 35 alunos foram aprovados; 5 alunos, não.
b. Veio a velhice; com ela a aposentadoria.
c. As sete maravilhas do mundo moderno representam monumentos que fazem
parte da história da humanidade: o Coliseu, na Itália; a Chichén Itzá, no México; o
Machu Picchu, no Peru; o Cristo Redentor, no Brasil; a Muralha da China, na China;
as Ruínas de Petra, na Jordânia; o Taj Mahal, na Índia.

• Pode substituir a vírgula (Isso acontece antes das conjunções adversativas


“contudo”, “mas”, “porém”, “entretanto”, “todavia”).
a. Amanhã vou ao trabalho; entretanto, não terminei o relatório.
b. Todos acreditamos que tudo ficaria resolvido; contudo, não foi possível.
c. Amanhã é dia de prova; porém não comecei a estudar ainda.

9 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:


<http://www4.planalto.gov.br/legislacao>. Acesso em 03 mar. 2018.
10
BRASIL. Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7498.htm>. Acesso em: 04 abr. 2018.

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4.5 PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )


É característico para indicar surpresa, espanto, felicidade, súplica, indignação,
admiração, susto, raiva, ordem, piedade, exaltação, dentre outras sensações.
Portanto, exclamar é o ato de pronunciar em voz alta; bradar, clamar; gritar. É
empregado nas seguintes circunstâncias:
• Nas frases exclamativas.
a. Que bela noite de lua! e. Oh, Deus, ajude-me!
b. Que horror! Não esperava tal atitude. f. Seja rápido!
c. Por favor, não me deixe aqui! g. Iremos viajar!
d. Quem me dera ficar em primeiro lugar! h. Que rodovia horrorosa!

• Após verbo no imperativo.


a. Venha cá! Apague a luz! e. Foi você mesmo, garoto!
f. Chaves, cale-se, cale-se, cale-se,
b. Não faça isso!
senão você me deixa louco!
c. Deixe-me! g. Chiquinha, saia já do quarto!
d. Meninas, estudem para a prova! h. Vá embora!

• Depois de vocativo enfáticos.


a. Não coma tão depressa, Nhonho! e. Quico! Está na hora de dormir.
b. Tesouro! Vamos sair daqui... f. Dona Clotilde! Pare de ser abusada!
c. Senhor Barriga! Cuidado com os raios! g. Tenha paciência, Dona Florinda!
d. Professor Girafales! Está na hora do h. Ai, que burro! Dá zero pra ele,
café. professor!

• Depois das interjeições e após locuções interjetivas.


Interjeições Locuções Interjetivas
a. Ui! Que susto você me deu. a. Minha nossa!
b. Ai! Cortei meu dedo! b. Virgem Maria!
c. Viva! Ganhei o prêmio da loteria. c. Que pena!
d. Ah! Que bom você chegou papai! d. Que valha-me Deus! Nossa Senhora!
e. Silêncio! Estamos em oração. e. Ora bolas!
f. Psiu! Não acordem as crianças. f. Ô de casa!
g. Ufa! Quase que perdi o trem. g. Alto lá!
h. Coitado! Ficou sozinho novamente. h. Meu Deus!

Atenção*: Quando a intenção comunicativa expressar, ao mesmo tempo,


questionamento, surpresa e admiração, o uso dos pontos de interrogação e
exclamação é permitido. Exemplos:
a. Você não gosta mesmo de sorvete?!
b. O quê?! Como isso foi acontecer?!
c. Douglas foi bastante ferido. Como isso aconteceu?!

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Atenção**: Quando se deseja enfatizar e intensificar ainda mais o sentimento


que está sendo expresso, não há problema algum em duplicar ou triplicar o ponto de
exclamação. Exemplos:
a. Sim!!! Sim!!! – Gritaram as meninas, cheias de alegria.
b. Não!!! – gritou a mãe desesperada ao ver o filho em perigo.
c. Amei!! Contem comigo, que ideia genial!

Atenção***: Quando a finalidade é enfatizar o sentimento de incerteza o ponto


de exclamação vem junto com a reticências. Exemplos:
a. Hã? Clarinha, fez toda tarefa de casa!...
b. Nossa!... Que situação!...
c. Nossa! A viagem ao Canadá vai acontecer!...

4.6 PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )


É usado para interrogar, perguntar. Portanto, quando queremos fazer uma
pergunta ou tirar alguma dúvida é utilizado o ponto de interrogação. Cuidado, pois é
usado apenas em frases interrogativas diretas.
• Formular perguntas diretas.
a. Sabe a diferença entre frase interrogativa direta e indireta?
b. Senhorita, poderia me ajudar a atravessar a rua?
c. Por que o país não enxerga os miseráveis?
d. Você está compreendendo as aulas de português?

• Indicar surpresa, expressar indignação ou atitude de expectativa diante de


uma determinada situação.
a. Não esperava que fosse receber tantos elogios! Será que mereço tudo isso?
b. O quê? Não acredito que você tenha feito isso!
c. Eu?! Tem certeza?
d. Qual será a minha colocação no resultado do concurso? Será a mesma que
imagino?

Atenção*: Quando se pretender enfatizar uma pergunta ou indica surpresa e


indignação, o uso ponto de interrogação pode vir junto ao ponto de exclamação para
realçar a expressividade do discurso. Exemplos:
a. Mais uma vez você não fez o que pedi?!
b. O quê?! Como isso foi acontecer?!
c. Quem é que não gosta de chocolate?!?!?!

Atenção**: Quando o ponto de interrogação aparecer duplicado ou triplicado é


que se deseja enfatizar e intensificar o sentimento que está sendo expresso.
Exemplos:
a. O quê??? – perguntaram, cheios de espanto.
b. Posso?? Já é a terceira vez que peço isso!

Atenção***: Quando a pergunta indicar dúvida e incerteza, o ponto de


interrogação será utilizado com as reticências. Exemplos:

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a. Será que ele sabe o que está dizendo?...


b. E agora?... Que poderemos fazer?...
c. Ele chegou. O que faço agora?...

Atenção****: No caso da utilização simultânea do ponto de interrogação e


aspas, a ordem é indicativa de que uma pergunta está inserida na fala de outra pessoa
do discurso ou de um personagem. Exemplos:
a. “Por que a senhora tem uma boca tão grande?”, perguntou a Chapeuzinho
Vermelho à vovozinha.
b. Então, a professora perguntou: “Sentem-se preparados para a avaliação na
próxima semana?”.
c. Eu perguntei: “Quem vai ao supermercado para a mamãe?”.

Atenção*****: Nas frases interrogativas indiretas não se usa ponto de


interrogação, mas sim o ponto final. Exemplos:
a. Gostaria de saber se você sabe a diferença entre frase interrogativa direta e indireta.
b. Gostaria de saber quem ajudou Joaquina a atravessar a rua.
c. O patrão perguntou quais funcionários poderiam trabalhar no fim de semana.
d. Os novatos perguntaram em que dia seria a prova e quais assuntos teriam
que estudar.

4.7 RETICÊNCIAS ( ... )


São usadas para indicar que a frase foi interrompida, ou seja, houve uma
suspensão ou cessação no discurso. As reticências podem ser empregadas para:
• Indicar dúvida, hesitação ou a suspensão de um pensamento ou ideia, onde
fica a cargo do leitor complementar o que seria enunciado.
a. Não sei se devo aceitar o convite... Quero ir, mas...
b. Eu… eu não sei… não sei o que podemos fazer agora…
c. Não a quero ver… nem falar com ela… não… nunca mais…
d. Nada disso teria acontecido se... Você sabe... eu... eu quero muito bem ela.

• Cortar a frase de um personagem pelo interlocutor, nos diálogos.


a. “— A instrução é indispensável, a instrução é uma chave, a senhora não
concorda, dona Madalena?
— Quem se habitua aos livros…...
— É não habituar-se, interrompi.” (Graciliano Ramos)
b. — Passei pelo centro da cidade e fui…
— Ai, sim? E você viu se a loja de meu pai estava fechada?
— Não, não vi,… Fui rapidamente para o metrô.

• Em trechos suprimidos de um texto.


a. “… não existe texto incoerente em si, mas texto que pode ser incoerente
em/para determinada situação comunicativa…” (Ingedore Villaça – A coerência
textual).

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b. “… Dada a gravidade dos acontecimentos, em um último gesto, Collor


reivindicou que a população brasileira saísse às ruas com o rosto pintado de verde e
amarelo, em sinal de apoio ao seu governo. Em resposta, vários cidadãos,
principalmente estudantes, passaram a sair nas ruas com os rostos pintados. Além do
verde amarelo, utilizaram o preto em sinal de repúdio ao governo. Tal movimento ficou
conhecido como “Caras Pintadas”…” (Rainer Sousa – “O fim do governo Collor”).
c. “… povo heróico o brado retumbante,…
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,…” (Hino Nacional Brasileiro).

4.8 TRAVESSÃO ( — )
É um traço maior que o hífen e costuma ser empregado.
• Indicar a fala da personagem ou mudança de interlocutor em um diálogo.
a. “...
c. “...
— Estou preocupada, achando
— Adoro essa terra, mas tem
que você está zangado comigo.
dias em que me dá vontade de ir
Rashid suspirou.
embora — disse ele.
— Está?
— Para onde?
Ele a fitou.
— Para qualquer lugar em que
— Porque estaria? — indagou.
seja fácil esquecer. Acho que, primeiro
— Não sei, mas desde que o
para o Paquistão. Passar um ano lá,
bebê...
talvez dois, esperando que nossos
— Acha que sou esse tipo de
papéis fiquem prontos.
homem, mesmo depois de tudo que fiz
— E depois?
por você?
— Depois... bom, o mundo é
— Não. Claro que não.
muito grande, Laila. Quem sabe a
— Então, pare de me aborrecer!
América? Algum lugar perto do mar.
— Desculpe. Bebakhsh, Rashid.
Como a Califórnia...” (A Cidade do Sol,
Me desculpe...” (A Cidade do Sol, de
de Khaled Hosseini, 2007, p.133).
Khaled Hosseini, 2007, p.87).
b. — O que é isso, dinda? d. — Bom dia, Chaves. Como vai?
— É o seu presente de aniversário, — Bom dia, Chiquinha. Como vai sua
minha querida afilhada. tia? Tomando banho de bacia?!

• Isolar palavras ou frases explicativas, intercaladas ou em substituição à


vírgula.
a. A Chula — dança típica do Sul do Brasil — é acompanhada à sanfona ou
violão.
b. Não aja dessa forma — falou a mãe irritada — pois pode ser arriscado.
c. "E logo me apresentou à mulher, — uma estimável senhora — e à filha."
(Machado de Assis).
d. Michel Temer — Ex-Presidente da República — não pode se candidatar para
uma nova eleição!

• Colocar em evidência uma frase, expressão ou palavra.


a. Todos nós cometemos erros — erros, às vezes, injustificáveis.

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b. Gostaria de parabenizar a pessoa que está discursando — meu melhor


amigo.
c. O prêmio foi destinado ao melhor aluno da classe — uma pessoa bastante
esforçada.

4.9 ASPAS ( “ ” )
Emprega-se as aspas para isolar do contexto frases ou palavras alheias.
• No início e no fim de citações ou transcrições textuais.
a. “Deus, ó Deus! Onde estás que não me responde?” (Castro Alves).
b. “A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra um início firme. Ainda
na edição, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do Oportunity no
exterior” (Carta Capital on-line, 30/01/09).
c. Como disse Machado de Assis: "A melhor definição do amor não vale um
beijo de moça namorada."
d. Quando Machado diz: “Capitu tinha olhos de ressaca”, descreve o interior e
o exterior da personagem.

• Citar nome de uma obra, artigo, dissertações, teses, livros, revistas, jornais
filmes, dentre outros.
a. Camões escreveu "Os Lusíadas" no século XVI.
b. O livro “Dom Casmurro” de Machado de Assis é uma importante obra da
literatura brasileira.
c. Ontem assisti ao filme “Central do Brasil”.
d. A “Gioconda” é a obra mais famosa de Leonardo Da Vinci; O autor relata
em seu artigo intitulado “Memórias de um Soldado”, sua vida durante a guerra.

• Assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias, expressões populares, ironia.


a. A Cicarelli disse que “não rolou” as vendas de bilhetes.
b. Com a chegada da polícia, os três suspeitos "se mandaram" rapidamente.
c. “Um desses “oficiais” defensores da legalidade era o Capitão Virgulino
Ferreira, o Lampião.” (Rachel de Queiroz).
d. Que "maravilha": Felipe tirou zero na prova!
e. Nada pode com a propaganda de “outdoor”.
f. Esperamos o “feedback” da professora.

• Realçar uma palavra ou expressão.


a. Quem foi o "inteligente" que fez isso?
b. Meu irmão não é “isso” que dizem.
c. Mariana reagiu impulsivamente e lhe deu um "não".

Atenção*: Trechos que já estiverem entre aspas (duplas “”), se necessário


usá-las novamente, empregam-se aspas simples (‘’). Exemplos:
a. "Tinha-me lembrado da definição que José Dias dera deles, 'olhos de cigana
oblíqua e dissimulada'. Eu não sabia o que era oblíqua, mas dissimulada sabia, e

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queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar." (Machado de
Assis).
b. “A menina estava muito feliz no congresso em apresentar a ‘Nova Tese’
sobre o tema polêmico do aborto.”

4.10 PARÊNTESES ( ( ) )
Usados quando se quer dar explicações ou uma definição, fazer observações
acessórias, circunscrever uma reflexão ou incluir um comentário paralelo que não se
encaixa na ordem lógica da frase.
• Isolar palavras explicativas e frases intercaladas.
a. O Príncipe Felipe (aquele que fez aniversário nesta semana) perguntou
sobre você hoje!
b. Era um restaurante francês (tão francês que ficava na França) e perto da
nossa mesa almoçava, sozinho, um homem ruivo.” (Luis Fernando Veríssimo).
c. A Rainha Leah do reino inglês pediu aos habitantes do reino que
conservassem o castelo, e todos (menos Malévola) resolveram ajudar.
d. O senhor Irineu (que Deus o tenha!) era uma pessoa arrogante e mal-
humorada.

• Destacar datas e indicar nomes de autores, obras e capítulos relativos a


citações, bem como, indicar alternativas de palavras.
a. “Toda pessoa tem capacidade de ser criativa e cada pessoa tem uma
maneira diferente de expressar sua criatividade.” (Wechsler, 1998, p. 64).
b. Gregório de Matos (1633 - 1695) foi a maior expressão do Barroco Brasileiro.
c. “A imaginação é mais importante que o conhecimento.” (Albert Einstein).
d. Pedimos a compreensão de Vossa(s) Senhoria(s).
e. Caro(s) Senhor(es), agradecemos o contato.

• Indicações cênicas - quando o autor quer explicitar a ação tomada pela


personagem (peças de teatros, roteiros de TV, etc).
a. Personagem 1 (com voz trêmula) — Quem está aí?
Personagem 2 (rindo) — Não posso dizer. É surpresa!
b. (Entra Ivone desesperada)
– Onde, onde estão as crianças?
c. João – Onde você estava?
Maria – Na padaria. Fui comprar um sonho para você.
João – Hum...que delícia... mas meu maior sonho eu já tenho: você!
(Saem abraçados pela direita)

4.11 ASTERISCO ( * )
Utilizado para chamar atenção do leitor para alguma nota (observação), ou para
substituir um nome que não se quer mencionar. O asterisco é utilizado para:
• Remeter a uma palavra indicando que há uma nota de rodapé, uma remissão,
uma citação.

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a. Conceição Evaristo tem uma frase sua que diz: “Minha escrita é contaminada
pela condição de mulher negra” *11.

• Quando repetido três vezes (***) indica uma omissão ou lacuna em um texto.
a. O menor *** foi detido pois estava com porte ilegal de armas.
b. A testemunha*** preferiu permanecer anônima.

• Anteposto a uma palavra serve para indicar que ela é agramatical, ou seja,
não se encontra documentada, sendo, portanto, hipotética.
a. Poder, do latim vulgar *potere.
b. Eu não *truce o que me pediu. Saem abraçados pela direita)

4. 12 COLCHETES ( [ ] )
Os colchetes têm a mesma finalidade que os parênteses, porém seu uso é mais
restrito porque se limita aos escritos de linguagem científica e técnica, como textos
filológicos, linguísticos, matemáticos e didáticos.
• Em definições do dicionário, para fazer referência à etimologia das palavras.
a. " amor - (ô). [Do lat. amore.] 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar
o bem de outrem, ou de alguma coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico
de sua terra. (Novo Dicionário Aurélio).

• Intercalar palavras ou símbolos não pertencentes ao texto.


a. No momento em que a pessoa chega a um nível em que aprendeu as rotinas,
satura. Não surgem oportunidades. [breve silêncio] O serviço é muito rotineiro. Não
dá, não dá para fugir muito daqui.
b. O operador não sai desses comandos aqui, [ele] cumpre rotinas, talvez faça
uma coisa assim [faz um gesto circular].
c. Já disse Machado [de Assis]: “Não te irrites se te pagarem mal um benefício;
antes cair das nuvens que de um terceiro andar”.

• Inserir comentários e observações em textos já publicados.


a. Machado de Assis escreveu muitas cartas a Sílvio Dinarte. [pseudônimo de
Visconde de Taunay, autor de "Inocência"].
b. Passaremos então a estudar as poesias de Fernando Pessoa [um ilustre
poeta português].
b. Como afirmou Descartes: “Penso, logo [eu] existo”

11 * Maria da Conceição Evaristo de Brito (Belo Horizonte, 29 de novembro de 1946) é uma escritora brasileira.
Conceição nasceu em uma comunidade da zona sul de Belo Horizonte, vem de uma família muito pobre, com nove
irmãos e sua mãe, ela se mudou jovem para um lugar um pouco melhor e teve que conciliar os estudos trabalhando
como empregada doméstica, até concluir o curso normal, em 1971, já aos 25 anos. Mudou-se então para o Rio de
Janeiro, onde passou num concurso público para o magistério e estudou Letras na UFRJ. Uma das principais
obras de Conceição Evaristo é Ponciá Vivêncio, lançada em 2003. Outras obras memoráveis são Becos da
Memória (2006), Insubmissas Lágrimas de mulheres (2011) e Olhos d´Água (2011), esse último chegou à final do
Prêmio Jabuti em 2015, no qual Conceição foi vencedora na categoria “Contos e Crônicas”.

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• Indicar omissões de partes na transcrição de um texto.


a. "É homem de sessenta anos feitos [...] corpo antes cheio que magro, ameno
e risonho" (Machado de Assis).
b. Na citação por números, segundo Rey, "[...] facilita-se a leitura, faz-se
economia de espaço e de trabalho tipográfico".
c. "Houve momentos de alegria e de tristeza, havendo também […]
experiências inesquecíveis […]”.

4.13 CHAVE ( { ) ou CHAVES ( { } )


Sinais gráficos usados para indicar a reunião de diversos itens relacionados
que formam um grupo, bem como a reunião das diversas divisões de um assunto.
• São muito empregadas na matemática, onde agrupam diversos elementos de
uma operação, definindo sua ordem de resolução.
a. A = {x | x é múltiplo de 7} e 9 = {x 0 ù | 12 < x < 864}.
b. Múltiplos de 5: {0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, …}.

• Na linguística, as chaves são utilizadas para representar morfemas, ou seja,


pequenas unidades significativas que formam as palavras.
a. Morfemas que formam a palavra meninas: {menin-} + {-a-} + {-s}.
b. O radical da palavra menino é {menin-}.

4.14 BARRA ( / )
Não parece haver regras muito definidas sobre o uso da barra. Entretanto, seu
uso mais comum é para indicar disjunção e exclusão, ou seja, para separar elementos
que representem alternativas.
• Assinalar inclusão, quando utilizada na separação das conjunções e/ou.
a. Os acadêmicos poderão apresentar trabalhos orais e/ou escritos:
b. O gabarito pode ser preenchido com lápis e/ou caneta esferográfica.
c. As avaliações serão feitas com base nas notas dos testes e/ou trabalhos.

• Mostrar itens que possuem algum tipo de relação entre si.


a. A professora de português explicou a relação sinônimo/antônimo.
b. O que sinto num carro a 300 km/h? Emoção, prazer e desafio (Ayrton Senna).
c. A palavra será classificada quanto ao número (plural/singular).

• Assinalar que a palavra não foi escrita na sua totalidade, ou seja, em


abreviaturas e também serve para indicar fonemas, ou seja, os sons da língua.
a. s/ (sem); c/ (com); A/C (ao cuidado de); R/C (rés-do-chão).
b. /a/; /b/; /m/; /s/; /x/; /o/; /v/.

• Separar números, como o dia, mês e ano nas datas; a parte final de números
de telefone diferentes; o número do prédio e apartamento nos endereços; os dois anos
consecutivos em que ocorre algum evento.

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a. Nas datas: 31/03/1983 (dia/mês/ano).


b. Nos números de telefone: +351 234567890/91/92/93.
c. Nos endereços: Rua do Limoeiro, 165/232.
d. Na indicação de dois anos consecutivos: O evento de 2012/2013 foi um
sucesso.
e. Em regulamentos, diretivas, decretos, etc.: Lei n.º 7.498/86; Resolução
COFEN n.º 564/2017; Decreto n.º 94.406/87; Lei n.º 5.905/73.

• Separar os versos de poesias, quando escritos seguidamente na mesma


linha.
a. "Amor é um fogo que arde sem se ver/É ferida que dói, e não se sente/É um
contentamento descontente/É dor que desatina sem doer." (Luís de Camões).
b. "[…] De tanto olhar para longe,/não vejo o que passa perto,/meu peito é puro
deserto./Subo monte, desço monte.//Eu ando sozinha/ao longo da noite./Mas a estrela
é minha." (Cecília Meireles).

• Integra o símbolo das: percentagens, permilagens12 e separa a fração.


a. 1% (um por cento); 5% (cinco por cento); 10% (dez por cento); 120% (cento
e vinte por cento).
b. 12‰ (Taxas de natalidade e de mortalidade): Se no ano X a taxa de
natalidade foi de 12‰, significa que de 1 de janeiro do ano X a 1 de janeiro do ano
X+1 por cada mil habitantes nasceram 12 filhos.
c. 35‰ (Salinidade marinha): “a salinidade média é de 35‰".
d. 1/2 (um meio); 1/3 (um terço); 1/11 (um onze avos); 1/17 (um dezessete
avos); 1/60 (um sessenta avos); 1/100 (um cem avos); 1/10000 (um dez mil avos).

4.15 ACENTO AGUDO ( ´ ), CIRCUNFLEXO ( ^ ) ou TIL ( ~ )


• Acento Agudo ( ´ ): Em ortografia, é o sinal de acentuação gráfica com um
traço oblíquo para a direita. As palavras com acento agudo devem ser pronunciadas
de forma aberta porque indica onde está a sílaba tônica. Exemplos: Piauí, está,
jacarés, dominó, réptil, ímpar, tórax, público, líquido, célebre, plástico, etc.
• Acento Circunflexo ( ^ ): É representado graficamente pelo “chapeuzinho” e
indica que a sílaba é tônica. Indica também o timbre fechado na pronúncia. Exemplos:
metrô, bambolê, camelô, câncer, bônus, tênis, estômago, lâmpada, ângulo, gênero,
acadêmico, ambulância, etc.
• Til ( ~ ): Às vezes também nominado de acento nasal. Porém CUIDADO
porque o “til” é um sinal e não um acento. Na língua portuguesa o “til” aparece em
cima das vogais “a” e do “o”. Em outras línguas, pode aparecer em outras letras. O

12Na matemática, a expressão de um número por mil ou permilagem é uma maneira de o expressar
como uma fração de 1.000, ou como a décima parte de 1%.

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uso do “til” faz com que, ao lermos as palavras com esse sinal, elas tenham o som
nasal, que sai pelo nariz e pela boca. Exemplos: balão, corações, maçã, cãibra, anã,
camarão, mãos, botões, balões, órgão, bênçãos, capitães, limão, chorão, etc.

4.16 CEDILHA ( ¸ ): É um sinal diacrítico (sinais que se acrescentam às letras


para mudar-lhes a pronúncia) usado debaixo da letra C. Isso significa que a Ç não é
uma letra, mas a junção da letra C com o sinal diacrítico (distintivo) cedilha. Logo, a
cedilha é um sinal diacrítico que serve para mudar a sonoridade da letra C, indicando
que ela passa a ter som de [S]. Exemplos: caçula, açafrão, miçanga, paçoca,
muçulmano, extinção, correção, traição, eleição, açúcar, açougue, louça, açude,
tentação, fundação, preguiça, canção, carroça, Suíça, pança, doença, etc.

4.17 TREMA ( ¨ ): Sinal gráfico de dois pontos usado em cima do u para indicar
que essa letra, nos grupos que, qui, gue e gui, deva ser pronunciada. Cuidado, pois
com advento do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que passou a
vigorar em 2009, o uso do trema foi abolido. Porém, o trema continua mantido em
nomes estrangeiros e palavras deles derivadas. Exemplos: Müller - mülleriano,
Bündchen, Hübner – hübneriano, Schröder, Dürer, Staël, Hübner, etc.

4.18 CRASE ( ` ): Conhecido também como acento grave. É um sinal de


acentuação gráfica com um traço oblíquo para a esquerda. Cuidado, porque CRASE
NÃO É ACENTO, e sim uma fusão da preposição A + o artigo A = À. EXEMPLOS:
Em locuções adverbiais,
Diante de palavras Na indicação de prepositivas e conjuntivas
femininas horas de que acompanham
palavras femininas
Às três horas Locuções adverbiais: às
Fumar é prejudicial à saúde. começaremos a vezes, à tarde, à noite, às
estudar. pressas, à vontade...
Locuções prepositivas: à
Sempre vamos à praia no
Das 8h às 10h. frente, à espera de, à
verão.
procura de...
A partida de futebol Locuções conjuntivas: à
Refiro-me à revista. terá início às 17h. proporção que, à medida
que...
Foram dormir à meia- Às vezes, acompanho a
Estou à disposição.
noite. ordenha.

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5. PARÁGRAFO ( § ) COMO UNIDADE DE COMPOSIÇÃO


O que é um parágrafo? Como podemos produzir textos que nos permitam
desenvolver, de forma clara, sucinta, objetiva, uma determinada ideia? Sabemos que
uma boa redação pede planejamento e organização. Como você já pôde perceber,
escrever um texto não significa apenas preencher o papel com frases soltas. A ideia
e o texto devem seguir um processo de elaboração consistente e progressivo. E uma
das etapas desse processo é a estruturação do parágrafo.
Segundo Garcia (1986, p. 203), “O parágrafo é uma unidade de composição
constituída por um ou mais de um período, em que se desenvolve uma ideia central,
ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo
sentido e logicamente decorrentes dela”. Partindo deste pressuposto, temos a noção
de que é importante a estruturação dos parágrafos, obviamente que outros fatores
relacionados à competência linguística do emissor participam deste processo, entre
estes, a pontuação adequada, a utilização correta dos elementos coesivos de modo a
estabelecer uma relação harmônica entre uma ideia e outra, dentre outros elementos.
Esteticamente, o parágrafo se caracteriza como um sutil recuo em relação à
margem esquerda da folha, atribuído por um conjunto de períodos que representam
uma ideia central em consonância com outras secundárias, resultando num efetivo
entrelaçamento e formando um todo coeso. Esse sutil afastado da margem do papel,
facilita tanto ao escritor como ao leitor, percebê-lo de forma isolada para que de modo
analítico, capte as ideias principais do texto e posteriormente, sintetizá-las
compreendendo então o texto num todo.
Quanto à extensão, é bom que se diga que não se trata de uma receita pronta
e acabada, visto que, a habilidade do emissor determinará o momento de realizar a
transição entre um posicionamento e outro, permitindo que o discurso seja
compreendido em sua totalidade. No entanto, sugere-se que cada parágrafo tenha
entre 7 a 10 linhas, mas não há uma regra geral para determinar o seu tamanho, o
ideal é que se tenha bom-senso.
O parágrafo é um microtexto, deve, portanto, apresentar uma ordem
cronológica. Aliás, nos textos e também em redações, os parágrafos aparecem com
três estruturas fundamentais, que são introdução, desenvolvimento e conclusão.
Logo, os parágrafos como uma unidade de composição são estruturas que constrói

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um texto e podem ser: longos, médios e curtos, dependendo do tipo de produção


textual.
• Parágrafos Longos: Estão mais presentes em textos científicos, textos
acadêmicos, monografias, teses e artigos, os quais exigem uma explicação mais
complexa, com conceituações, definições e exemplificações. Exemplo: “Vale a pena
lembrar também, agora já falando sobre o relatório do WWF lançado ontem, que em
2015, quando foi assinado o Acordo de Pais, a União Europeia se comprometeu a
diminuir a emissão de gases de efeito estufa em, pelo menos, 40% abaixo dos níveis
de 1990, até 2030. Com o resultado do estudo da WWF, o que se percebe é que lá
também, pelo visto, os líderes europeus se esqueceram de combinar com o setor
industrial e com os cidadãos comuns. Em ambos os casos, o que assistimos é a uma
sequência de retórica inútil, de boas intenções que precisam muito mais para darem
bons resultados.”
• Parágrafos Médios: Normalmente encontrado nos meios de comunicação
como em revistas, jornais, livros. Esse tipo de parágrafo prende a atenção do leitor.
Exemplo: "O escritor e educador, Rubem Alves (80 anos), esteve internado desde 10
de julho em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI); nessa manhã, faleceu no
Hospital Centro Médico de Campinas-SP, com falência múltipla de órgãos".
• Parágrafos Curtos: Constituído por poucas palavras e no caso das
propagandas, uso de frases de destaque. Também estão presentes em chamada de
notícia, artigos, cartas sociais, editoriais, textos infantis, propagandas de publicidade.
Exemplo: “Não aceitamos cópias de documentos, apenas originais!".
Cuidado, pois parágrafos muito longos não são muito recomendados - a não
ser nos tipos de texto que necessitam de maiores detalhes - pois confundem e
dispersam a atenção do leitor. Em uma dissertação, por exemplo, o ideal é transmitir
um argumento de cada vez, de modo conciso e simples. O importante é visualizar se
no texto há uma coesão entre os parágrafos e se há coerência no que se diz, ou seja,
uma sequência de ideias que possuem sentido e caminham para uma conclusão.

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6. A NOÇÃO DE TEXTO
O texto é a expressão falada ou escrita com significado específico. Ele pode
estar presente em apenas um termo, expressão, período, parágrafo ou diversas
páginas de livros. Portanto, chamamos de texto uma produção cultural com a qual um
interlocutor pretende interagir, numa determinada situação.
Quanto aos tipos de textos, são classificados de acordo com sua estrutura,
objetivo e finalidade. De maneira geral, a tipologia textual é dividida em: Narrativo,
Descritivo e Dissertativo. Aliás, quando se trata de tipos textuais, as classificações
são fixas, posto que, os tipos textuais já estão definidos de acordo com as regras
gramaticais. Logo, definem e diferenciam o texto a partir da estrutura e dos aspectos
linguísticos e os tipos de textos são limitados a cinco tipos, os quais possuem
estruturas específicas: narrativo, descritivo, expositivo, dissertativo e injuntivo.
Cuidado para não confundir gêneros textuais com o tipo textual. Os gêneros
textuais são inúmeros, pois eles são flexíveis e passíveis de mudança e são textos
efetivamente produzidos em nosso cotidiano, uma vez que os gêneros textuais
exercem uma função social dentro de um processo de comunicação. São
classificações usadas para determinar os textos de acordo com suas características
em relação a um contexto, pois estão inseridos em algum contexto cultural. O gênero
textual é identificado com base no objetivo, na função e no contexto do texto.
Exemplos: romance, fábula, piada, lista de compras, cardápio, cartaz de procura-se,
monografia, ensaio, editorial, livro didático, enciclopédia, leis, regras...

6.1 A ESTRUTURA DE UMA REDAÇÃO


O leitor de uma redação deve poder detectar, claramente, três partes: a
introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Isto facilita o trabalho de quem se
habilita a escrever, especialmente em uma redação como a que é solicitada para
ingresso na universidade ou em qualquer concurso público. Além do mais, o leitor da
redação deve poder detectar, claramente, essas três partes no decorrer do texto.
A introdução, o desenvolvimento e a conclusão são itens fundamentais da
constituição da redação, esses elementos são primordiais para o trabalho inicial de
quem escreve. É partindo do conhecimento das partes que compõem o texto de uma
redação que se pode planejar aquilo que se vai escrever.

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Figura 2.1 – Representação gráfica das partes de uma redação


Fonte: Monteiro (2001, p. 13)

Não há receita infalível para escrever bem, e as dificuldades serão maiores se


o escritor não tiver como hábito a leitura atenta sobre a maioria dos assuntos e
facilidade para escrever. A propósito, o processo de planejamento começa com a
escolha do tema sobre o qual se vai escrever. Outro fator de sucesso para uma boa
redação é que se faça uma pesquisa sobre o assunto, lendo o maior número possível
de textos sobre o tema que será abordado no processo de uma nova escrita.
Garcia (1985) diz que aprender a escrever bem é, antes de tudo, aprender a
pensar. No fundo, quer dizer que o escritor deve aprender a organizar as ideias e a
planejar o que vai escrever, para que no momento da escrita as palavras obedeçam
a uma lógica e possam conduzir o leitor até o final do texto, com pleno entendimento
de tudo o que foi dito.
É importante lembrar que há três classificações fundamentais da redação:
narração, descrição e dissertação. Seja como for, a seguir estão algumas
orientações úteis referente a estes três tipos de textos de uma redação.

6.2 TEXTO NARRATIVO


A marca fundamental do texto narrativo é a existência de um enredo, do qual
se desenvolvem as ações das personagens, marcadas pelo tempo e pelo espaço.
Assim, a narração possui um narrador (quem apresenta a trama), as personagens
(principais e secundárias), o tempo (cronológico ou psicológico) e o espaço (local que
se desenvolve a história).
A estrutura básica do texto narrativo é: apresentação (parte do texto em que
são apresentados alguns personagens e expostas algumas circunstâncias da história,

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como o momento e o lugar onde a ação se desenvolverá), complicação (parte do texto


em que se inicia propriamente a ação. Encadeados, os episódios se sucedem,
conduzindo ao clímax), clímax (ponto da narrativa em que a ação atinge seu momento
crítico, tornando o desfecho inevitável) e desfecho (solução do conflito produzido pelas
ações dos personagens).
Não esquecer que os personagens têm muita importância na construção de um
texto narrativo, eles são elementos vitais. Além do mais, a redação da narração
equivale ao registro de uma história, de um causo, de uma anedota, de uma piada.
Logo, se você contar uma história (real ou fictícia), você estará fazendo uma narração.
Exemplo:

CASTIGO MERECIDO

Numa das suas viagens a São Paulo, o Juventino não pôde conseguir,
de forma alguma, um hotel ou pensão onde pudesse hospedar-se.
Percorreu a cidade toda, e nada! Tudo cheio, completamente lotado.
Finalmente, após longa e infrutífera caminhada, resolveu ir para a casa
de seu irmão, residente em bairro afastado do centro da grande metrópole. Pegou
a mala deixada na portaria de um dos hotéis em que havia procurado cômodo,
tomou um táxi e foi para a casa do parente, certo de ali encontrar o desejado
cantinho onde pudesse passar alguns dias.
Chegou e foi bem recebido. Como, porém, a casa era pequena, teve que
acomodar-se no mesmo quarto em que dormia um sobrinho de poucos meses. De
madrugada, acordou-se com a bexiga cheia, desesperado por esvaziá-la. Levantou-
se, procurou o vaso noturno por todos os cantos e não o encontrou. Para ir até o
banheiro, tinha de atravessar o quarto onde dormia o casal; precisaria acender as
luzes. Todo esse movimento poderia acordar o irmão e a cunhada.
Como fazer para sair daquela aflitiva situação?
Depois de muito pensar, pegou o garoto, passou-o para sua cama e
esvaziou a bexiga ali mesmo no colchãozinho do berço...
Aliviado, o Juventino, ao pegar o menino para pô-lo novamente no berço,
viu que o safadinho havia feito coisa muito pior em sua cama...

(VALENTE, Décio. Coisas que acontecem...1 ed. São Paulo: L. Oren, 1969, p. 66-7).

6.2.1 NARRAÇÃO COMERCIAL


É um relato organizado de acontecimentos empresariais que podem ser reais
ou apenas possíveis. Deve-se destacar o movimento dos fatos, mantendo ligado o

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interesse do leitor. Expor os acontecimentos com rapidez, relatando-se apenas fatos


significativo e relevante ao entendimento do que se é informado e/ou requerido.
Lembramos, ainda, que você deve considerar os componentes básicos da
narração, já comentados neste caderno, pois eles o auxiliarão a obter sucesso na
escrita de sua narrativa. Conforme estabelece Medeiros (2000, p. 137-8), será sempre
importante, que na narração comercial, seja possível aplicar os seguintes elementos:
a) O QUÊ? - conduz ao fato central; é o que se pode chamar de "o(s)
acontecimento(s) que determina(n) a história". É como se fosse a estrutura do enredo
(assunto). Na narração, poderíamos simplificar e dizer que se trata do conteúdo, ou
seja, o que se vai narrar;
b) QUEM? - a resposta a esta pergunta aponta o(s) personagem(s) da
narração (quem participou ou observou o ocorrido);
c) COMO? – é o enredo, ou seja, o modo como se desenvolveram os
acontecimentos (Como se originou/provocou o fato?);
d) ONDE? - marca o espaço, o lugar onde os fatos ocorreram ou estão
ocorrendo;
e) QUANDO? - é a época/momento da ocorrência dos acontecimentos, ou seja,
é o tempo em que em que se passam os fatos narrados;
f) POR QUÊ? – a(s) razão(s), o(s) motivo(s), a(s) causa(s) que determinou o
acontecimento que se está narrando.
Após definir os elementos da narrativa comercial, basta organizá-los para
elaborar uma narração excelente. Cuidado, pois nesse tipo de narração comercial,
deve-se evitar que os acontecimentos se amontoem, sem nenhum significado. É
importante selecionar fatos relevantes, evitando-se, quando possível, detalhes planos,
porque a tendência narrativa na concepção comercial, sintetiza um relato organizado
de acontecimentos – isto é, expõe apenas o seu significado como prática social.
Esse mesmo autor, Medeiros (2000), ensina algumas técnicas que facilitam o
processo de desenvolvimento da redação, bem como, serve para captar a atenção do
leitor:
• A escrita de parágrafos simples e curtos, sem muitos detalhes, conservando
presente o objetivo da narração;
• Uso de orações coordenadas, para ser bem exato (aditivas, adversativas,
alternativas, conclusivas, explicativas);

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• Estabelecer uma divisão no texto, com vistas a manter o leitor em suspense,


relatando as situações em sequência, até chegar ao clímax da narração;
• Escrever/falar somente do que se conhece bem, ou seja, apenas o que é
significativo a clareza dos fatos;
• Mais do que explicar o sucedido é sugerir, quando possível, soluções dos
acontecimentos.
Desta maneira, narrar é um relato organizado de fatos, acontecimentos, que
devem ser expostos de forma clara e objetiva, a fim de cumprir com a finalidade maior,
a compreensão do receptor/leitor/interlocutor/sujeito. Modelo (Carta Narrativa):

Cuiabá/MT, 26 de agosto de 2019.

Ao diretor Professor Girafales (Moradores da Vila e Cia. Ltda.)


Av. das Flores, n.° 10, Santo André, São Paulo – SP, 09.020-250

Senhor Diretor,

Tendo em vista nosso longo relacionamento, achamos por bem narrar lhe episódios
que vêm acontecendo ultimamente e que nos têm causado certa preocupação e receio
quanto à qualidade dos serviços prestado pelos senhores. Há três meses, mais
precisamente no dia 20 de maio do corrente ano, fomos surpreendidos com a troca do
representante comercial de sua empresa.

O novo colaborador, o Sr. Seu Madruga, não demonstrou interesse aos nos
apresentar as mercadorias costumeiras, negando-se, inclusive a fornecer detalhes técnicos
imprescindíveis para que pudéssemos efetivar a(s) compra(s) do(s) produto(s).

Salientamos que não é a primeira vez que mantemos contato com vossa senhoria.
Já o fizemos por telefone, e-mail e fax, explicando as dificuldades enfrentada com esse
novo colaborador, o qual, se quer gozou de simpatia junto ao nosso grupo. Diante dessa
situação, constrangedora e delicada, estamos lhe enviando essa correspondência, na qual
colocamos mais uma vez a situação detalhada e manifestamos nosso interesse em não
permanecer com esse colaborador.

Assim, gostaríamos de ter um contato pessoal com o Senhor Diretor para resolvemos
este assunto, bem como, solicitamos a substituição imediata do novo colaborador, o Sr.
Seu Madruga.

Atenciosamente,
Senhor Barriga
Gerente comercial

Empresa Fictícias Ltda – CNPJ: 00.888.999/0001-00


Rua dos Prazeres, n.° 71, Boa Esperança, Cuiabá – MT, 78.000-402
Telefone: (65) 3608-1808
E-mail: gerentecomercial@empresaficticias.com.br

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6.3 TEXTO DESCRITIVO

Quando assumimos a função de construir um texto descritivo, devemos nos


empenhar em redigir o que os nossos sentidos e consciência percebem, a partir da
observação de um dado objeto, de uma situação real, de alguma pessoa. Logo, no
texto descritivo expõe apreciações e observações, de modo que indica aspectos,
características, detalhes singulares e pormenores, seja de um objeto, lugar, pessoa
ou fato. Dessa maneira, alguns recursos linguísticos relevantes na estruturação dos
textos descritivos são: a utilização de adjetivos, verbos de ligações, metáforas e
comparações.
O importante da descrição é que quem escreve consiga fazer com que o leitor
entenda claramente aquilo que é descrito, posto que, o redator tem apenas que
descrever algo, sem tomar partido, porque a ênfase objetiva é a maior riqueza de
detalhe(s)/característica(s) do ser descrito, tais como, objetos, ambientes, imagens,
estado de espírito, pessoas, etc, ou seja, descrever da forma mais próxima possível
do real para, assim, o leitor ser capaz de reconstruir o que foi descrito. Dado que, é a
partir da ótica do emissor/produtor textual é que o leitor/receptor entenderá a
mensagem.
Não esquecer que a redação da descrição envolve uma sequência de aspectos:
forma, tamanho, cor, matiz, quantidade, etc. Equivale ao registro de uma imagem
fotográfica. Logo, se você descrever um objeto (real ou fictícia), você estará
produzindo um texto descritivo. Exemplo:

NHÔ RUFA

Chamava-se o Rufino o preto velho cuja carapinha em desalinho a neve


dos anos manchara de branco. Não sei a sua idade, mas meu avô dizia que “Nego
quando pinta tem três vezes trinta”. Talvez carregasse por noventa anos aquele
corpo magro e dolorido.
As pálpebras empapuçadas deixavam entrever, dos olhos, apenas um risco
preto que mirava com ódio a meninada que o acompanhava e divertia-se às suas
custas.
A pele preta era opaca e sem viço, próprio da idade avançada. Seu nariz
achatado parecia esborrachado. O lábio inferior, bem vermelho e grosso, pendia
desgovernado, dificultando a fala.

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Os pés grandes e descalços, sempre inchados, permitiam-lhe apenas um


caminhar trôpego, arrastado e cansado. Usava um velho capote de cor indefinida,
onde predominava o pó da estrada, e um chapéu de feltro, maltratado pelas
intempéries, tão deformado pela falta de forro a ponto de parecer uma tigela
desabada sobre os olhos.
Trazia a tiracolo um bodoque (que é um arco para atirar bolotas de barro)
e, no outro ombro, uma velha aljava de couro, velha e encardida, repleta das ditas
bolotas de barro seco, sua arma contra os meninos. Estes diziam que Nhô Rufa
tinha bicho-de-pé e gritavam de longe, em coro:
— Bichento! Bichento!

(FANCHIM, Dalva Ferreira. Piraí do Sul, sua gente e suas histórias. Curitiba, Imprensa da Assembleia
Legislativa do Paraná, 1984, p. 90).

6.3.1 DESCRIÇÃO COMERCIAL


Como podemos observar, o processo descritivo requer uma atenção
cuidadosa, pois o leitor deve capturar - descrever e sintetizar fotograficamente na
memória tudo ao seu redor com eficiência e eficácia. A descrição comercial deve ser
planejada, seguir um roteiro, de modo a resultar em um texto claro e sequenciado,
evitando repetições e circularidade. E para que a construção desse tipo de texto atinja
sua finalidade, algumas regras básicas devem ser levadas em consideração:
• O estilo deve ser rápido, vivo e claro;
• Os parágrafos devem ser sempre curtos, com o uso sobretudo da frase
nominal (frase sem verbo) e de orações coordenadas, procurando sempre captar a
atenção do leitor desde a primeira linha; para isso fuja de frases muito explicativas;
• As descrições devem ser rápidas e carregadas de informação, não se tolera
morosidade e lentidão. Portanto, evitar empregar muitas palavras quando uma só for
suficiente. Além disto, o carregamento de adjetivos é totalmente dispensável e não
serão bem aceitos na descrição comercial;
• É necessário preocupar-se em redigir o texto somente depois de observar o
objeto a ser descrito, encontrando nele uma característica que valha a pena ser
transmitida ao receptor/leitor, uma vez que, a impressão deve ser a mais direta e
concisa quanto for possível, para evitar múltiplas interpretações.
Tenha sempre em mente que na descrição comercial o texto precisa ter
algumas características singulares: clareza, o texto tem de ser objetivo; estética, o
texto tem de ser bem organizado, sem rasuras e dentro da estrutura, causando uma
boa impressão; linguagem, seja impessoal, passe as informações necessárias,
escreva com simplicidade dentro da norma culta da língua portuguesa. Aliás, o texto

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descritivo tem como característica principal a exatidão da comunicação, pois seu


objetivo é esclarecer e/ou informar e/ou comunicar e/ou requerer. Modelo (Carta
Comercial):

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Fone: (65)3646-0552 - ( 65)99917-5283
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Cuiabá/MT, 25 de agosto de 2015.

A Gerente de vendas Priscila Cruz


Rua dos Prazeres, 731 Rio de Janeiro - RJ

Prezada Senhora,

Confirmamos ter enviado um comprovante de depósito no valor três R$ 1.048,50 (hum


mil e quarenta e oito reais e cinquenta centavos), referente a compra de 15(quinze) unidades
de aparelho de pressão accumed velcro. Salientamos que, para não haver troca no envio dos
produtos, todas as unidades adquiridas são Esfigmomanômetro Premium, que é indicado para
a medição e acompanhamento da pressão arterial sanguínea no uso residencial ou clínico. É
livre de látex e com excelente durabilidade. Os dados técnicos dos produtos são: Marca:
Accumed; Dimensões do Aparelho: 7x17x11 cm; Tamanho da embalagem - estetoscópio:
2x20x10 cm; Garantia: 12 meses; Registro Anvisa: 80275310021 e são produtos aprovados
pelo INMETRO. Aliás, cada aparelho possui 02 itens inclusos: 01 Esfigmomanômetro e 01
Estetoscópio.

Informamos-lhe que o referido valor foi depositado no dia 1º de julho de 2015, na


agência 0003, conta corrente 3225, Banco dos empresários. Por favor, pedimos que a Sra.
verifique o extrato e nos comunique o efetivo pagamento, bem como, a dada do envio das
mercadorias. Pedimos escusas por não termos feito o depósito anteriormente, mas não
tínhamos ainda a nova conta bancária.

Nada mais havendo, reafirmamos os nossos protestos de elevada estima e


consideração.

Atenciosamente,

José Saramago
Diretor do CETC

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6.4 TEXTO DISSERTATIVO

Dissertar é um ato praticado pelas pessoas todos os dias. Elas procuram


justificativas para a elevação dos preços, para o aumento da violência nas cidades,
para a repressão dos pais. Por exemplo, é mundial a preocupação com a Floresta
Amazônica, a AIDS, a solidão, a poluição em casos de divergência de opiniões, cada
um defende seu ponto de vista em relação ao tema que está sendo discutido, como
por exemplo, o futebol, o cinema, a música. Agora pense em ARGUMENTAR e
CONVENCER.
Em todas essas situações e em muitas outras, utiliza-se a linguagem para
dissertar, ou seja, organizam-se palavras, frases, textos, a fim de, por meio da
apresentação de ideias, dados e conceitos, chegar a conclusões. A atividade
dissertadora desenvolve o gosto de pensar e escrever o que pensa, de questionar o
mundo, de procurar entender e transformar a realidade.
O texto dissertativo deve ser produzido de forma a satisfazer os objetivos que
o escritor se propôs a alcançar. Quanto a elaboração do texto dissertativo, sua
estrutura é consagrada com a divisão em três partes: a introdução, o desenvolvimento
e a conclusão.
• Introdução: É a parte do texto em que se coloca a ideia-chave, o assunto da
dissertação. Deve apresentar de maneira clara o assunto que será tratado e delimitar
as questões desse mesmo tema, que serão abordadas. A partir da ideia principal é
que se desenvolve o resto do texto, onde você pode justificar e apresentar fatos que
comprovem sua tese. Geralmente pode ser exposto em apenas um parágrafo. Se a
redação tiver trinta linhas, aconselha-se que o escritor use de quatro a seis, para a
parte introdutória.
• Desenvolvimento: É o corpo do texto, onde se organiza o pensamento; aqui
é onde os seus argumentos vão dar sustentação à tese apresentada na introdução. É
esse o momento de justificar, demonstrar, provar as declarações feitas na introdução.
Logo, é a parte do texto em que as ideias, pontos de vista, conceitos, informações de
que dispõe serão desenvolvidas; desenroladas e avaliadas progressivamente.
• Conclusão: É a parte final do texto. Mas é preciso que uma coisa fique clara:
concluir não é simplesmente “terminar” o texto. A conclusão é feita de comentários
que confirmam os aspectos desenvolvidos nos parágrafos anteriores. É o momento

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de oferecer uma solução ou demonstrar algum tipo de expectativa em relação à sua


tese e ao assunto como um todo. Se a redação está planejada para trinta linhas, a
parte da conclusão deve ter quatro a seis linhas.
É importante destacar que cada uma dessas partes do texto dissertativo se
relaciona umas com as outras, seja preparando-as ou retomando-as, portanto, não
são isoladas. Ademais, tenha em mente que a produção de textos dissertativos está
ligada à capacidade argumentativa daquele que se dispõe a esse tipo de construção
textual.
Sendo a dissertação uma série concatenada de ideias, opiniões ou juízos, ela
sempre será uma tomada de posição frente a um determinado assunto – queira você
ou não. Procura convencer o leitor de alguma coisa, explicar a ele o seu ponto de vista
a respeito de um assunto, ou simplesmente interpretar uma ideia, estará sempre
explanando as suas opiniões, retratando os seus conhecimentos, revelando a sua
intimidade. Portanto, é na dissertação, que você se revela, expõe os seus
sentimentos, pensamentos. Nesse ponto, tenha-se o máximo de cuidado com o
extremismo, pois tudo o que expuser, principalmente no campo político e religioso,
deve ser acompanhado de argumentações e provas fundamentais.
Cuidado, pois você (o redator/escritor) não pode "aparecer" na dissertação.
EXEMPLOS:
Frases em que você “aparece" em Frases de dissertação em que você
uma dissertação NÃO "aparece"
a. "Eu acho que o problema dos
a. "O problema dos escândalos na
escândalos na política só terá solução
política ..."
quando os partidos..."
b. "As pessoas, na minha opinião,
deveriam ser conscientizadas da b. "O autor tem razão quando afirma..."
participação social..."
c. "Eu penso que o autor tem razão c. “As pessoas deveriam ser
quando afirma..." conscientizadas..."

Assim, dissertar ou produzir um texto dissertativo é explicar, avaliar, classificar,


apresentar ideias sobre um determinado assunto, porém essas ideias devem estar
fundamentadas, por isso temos os textos dissertativo-argumentativos, que é a
modalidade solicitada na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
Exemplo (Tema da redação do Enem 2017: "Desafios para a formação
educacional de surdos no Brasil"):

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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, há 45 milhões de indivíduos


portadores de alguma deficiência no País. Apesar do amplo contingente populacional e dos
avanços nos direitos dessa camada da sociedade, esses brasileiros não dispõem de uma
inclusão educacional plena, sobretudo os surdos. Esse cenário desafiador demanda a adoção
de medidas mais eficientes por parte do Poder Público e de instituições formadoras de opinião
a fim de garantir uma melhor qualidade de vida aos deficientes auditivos.
De fato, o acesso à educação pelos indivíduos surdos é assegurado pela Constituição
de 1988 e pelo mais recente Estatuto da Pessoa com Deficiência. No Brasil, entretanto, há
uma discrepância entre o que é defendido por tais instrumentos jurídicos e a realidade
excludente vivida por essa população. Esses indivíduos sofrem, diariamente, com a escassez
de materiais didáticos adaptados e com a insuficiente formação de profissionais, que, muitas
vezes, são incapazes de oferecer uma educação em Libras. Além disso, grande parte dos
brasileiros desconhece tais legislações, o que dificulta a inclusão plena dos deficientes
auditivos e evidencia uma atuação negligente do Estado.
Ademais, de acordo com o pensador Vygotsky, o indivíduo é fortemente influenciado
pelo meio em que está inserido, o que ressalta a importância de certos setores da sociedade,
a exemplo de famílias e escolas, na formação cidadã dos brasileiros. Mesmo com essa ampla
relevância, diante da persistência de atos discriminatórios contra os surdos no âmbito escolar,
como a recusa de matrícula, a segregação em turmas especiais e o bullying, fica evidente o
desrespeito que tipifica como crime qualquer comportamento intolerante contra os portadores
de necessidades especiais, incluindo os surdos.
Portanto, a fim de garantir a devida formação educacional dos deficientes auditivos,
cabe ao Poder Público, por meio da destinação de mais recursos ao Instituto Nacional de
Educação de Surdos, garantir uma melhor capacitação dos professores e uma maior
disponibilização de materiais adaptados, além de promover informes educativos, mediante as
redes sociais, sobre a existência do Estatuto da Pessoa com Deficiência. Ademais, cabe às
escolas garantir, por meio de palestras para os pais de alunos, o devido incentivo de amplos
diálogos entre os membros do núcleo familiar, possibilitando uma reflexão quanto ao respeito
às diferenças no âmbito domiciliar desde a infância.

(GURGEL, Maria Fernanda. Enem 2017: confira redações nota 1.000. Ceará, 2017. Disponível em:
https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/enem/enem-2017-confira-redacoes-nota-1000/342332.html).

6.4.1 DISSERTAÇÃO COMERCIAL


A dissertação comercial, assim como os demais documentos oficiais, deve
caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza,
concisão, formalidade e uniformidade. Assim, temos sempre que ter um plano de
estrutura que determine o tema, com apresentação de ideias, analisá-las e
estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos, provando suas
opiniões, citando fatos, razões, justificativas, enfim, não deixa margem para dúvidas.
Posto que, os fatos por si só, nem sempre bastam.

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Dissertar é estabelecer relações de causa e efeito. Não basta expor, narrar e


nem descrever; é necessário explanar e explicar e convencer. O raciocínio é que deve
imperar nesse tipo de redação comercial, e quanto maior a fundamentação
argumentativa, mais brilhante será o desempenho em relação a reafirmação do tema
e/ou no que concerne a apresentação das possíveis soluções para o problema
apresentado. Modelo (Carta de Apresentação):

Cuiabá/MT, 01 de fevereiro de 2007.

Ao Senhor Carlos Drummond de Andrade


Diretor de Recursos Humanos
Hospital XPTO
Rua Direita, n.° 321, No Meio do Caminho, São Paulo – SP, 10.050-250

Caro Diretor Carlos Drummond de Andrade,

Com 6(seis) anos de experiência em Cuidados Intensivos (UTI) e em Urgência e


Emergência, e com duas pós-graduação: Enfermagem em Cuidados Intensivos (UTI) Adulto
e Neonatal e Enfermagem em Urgência e Emergência, acredito que a minha vivência possa
ser de grande valor para a Hospital XPTO, uma vez que estou em busca de novos desafios.
Ao ver publicado o anúncio para a vaga de Enfermeira no Jornal do Trabalho, tive a certeza
de que esta é a oportunidade que estou a procurar, além do mais, as minhas competências
são adequadas para o cargo.

Possuo atitude e boas habilidades de comunicação, o que ajuda no trato com o


paciente, sua família e com os médicos. Friso que sei trabalhar em ambientes desafiadores
com ritmo acelerado. Com o meu apurado senso de organização e disciplina sempre obtive
avaliações positivas dos pacientes que passaram pelos meus cuidados. Ao analisar o meu
currículo, o Sr. poderá notar que as minhas competências para monitoramento de pacientes,
em UTI e em Urgência e Emergência, estão bem desenvolvidas. Além disso, trabalhar no
Hospital XPTO é um antigo desejo meu e acredito que esta é a minha oportunidade de fazer
parte dessa equipe. Em meus trabalhos, sou comprometida com altos padrões de qualidade
de serviço ao paciente, bem como, a persistência apoiada por uma forte ética de trabalho,
estão entre as qualidades que possuo.

Aguardo pela oportunidade de ter uma entrevista pessoal, onde eu possa detalhar
mais a fundo a minha experiência profissional. Tenho certeza de que posso contribuir para
aumentar ainda mais o brilho e o prestígio do Hospital XPTO. Agradeço pela atenção
dispensada.

Atenciosamente,

Ciclana Fulano de Tal


(65) 999 111 222
ciclana@internet.com

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7. COESÃO E COERÊNCIA
Escrever, para muitos, nunca foi fácil, e isso é evidente quando somos
convidados a produzir um texto escrito. Redigir é dar sentido as ideias, organizando-
as. Mas como organizá-las de forma que a mensagem seja compreendida pelo
receptor? Sabemos que a produção textual não é um texto desordenado e sem
finalidade, e que para produzi-lo é necessário definirmos nossos objetivos em relação
à produção. Mas como produzir textos coeso e coerente?
Existem alguns mecanismos que nos ajudam a relacionar as ideias de forma
que elas sejam claras e objetivas. A coerência e a coesão são dois desses
mecanismos muito importantes na produção de texto. Sendo assim, vamos conhecer
sua importância para a produção escrita.

7.1 COESÃO TEXTUAL


Produzir um texto coeso significa organizar as ideias, de forma que haja
concordância, omitindo o desnecessário e prendendo-se às relações existentes entre
os diversos elementos que constituem um texto.
[...] A coesão, por estabelecer relações de sentido, diz respeito ao conjunto
de recursos semânticos por meio dos quais uma sentença se liga com a que
veio antes, aos recursos semânticos mobilizados com o propósito de criar
textos. [...] Para Beaugrande & Dressler (1981), a coesão concerne ao modo
como os componentes da superfície textual – isto é, as palavras e frases que
compõem um texto – encontram-se conectadas entre si numa sequência
linear, por meio de dependências de ordem gramatical (KOCH, 1991, p. 17-
18).
Portanto, produzir um texto coeso significa a capacidade de empregar
adequadamente as ideias, de forma que haja concordância, relação entre os diversos
elementos que constituem um texto. Dentre os mecanismos de coesão, podemos
citar: a concordância verbal e nominal, a utilização do vocabulário adequado, dos
pronomes corretos, dos conectivos (mas, porém, todavia, entretanto, portanto, uma
vez que, já que, logo, então, por sua vez, por conseguinte, mas também, apesar,
apesar disso, porque, pois, assim que, desde que, dessa forma, de forma que, assim
que, de maneira que, etc.) e de outros elementos gramaticais que são imprescindíveis
para manter a coesão textual. Assim, escrever de forma coesa é atentar aos detalhes
de um texto, articular as partes que o compõem, tornando-o compreensivo ao
receptor.

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7.2 COERÊNCIA TEXTUAL


A coerência significa, em definição primariamente apresentada, a ligação
perfeitamente inteligível das partes de um texto com o seu todo, podemos auferir que
esta consiste em ordenar e interligar as ideias de maneira clara, onde o texto coerente
é aquele que mantém uma lógica.
Coerência [...] é unidade do texto. Um texto coerente é um conjunto
harmônico, em que todas as partes se encaixam de maneira complementar,
de modo que não haja nada destoante, nada ilógico, nada contraditório, nada
desconexo. No texto coerente, não há nenhuma parte que não se solidarize
com as demais (PLATÃO & FIORIN, 1997, p. 261).
Sendo assim, a coerência significa a ligação lógica e harmoniosa da linguagem,
ou seja, o sentido do texto deve estar claro e ordenado. Logo, a coerência diz respeito,
então, à capacidade de relacionar fatos e argumentos e de organizá-los de forma a
extrair deles conclusões apropriadas, produzindo uma relação de sentido clara e
consistente entre as ideias. Portanto, as ideias, os argumentos utilizados em um texto
coerente, não podem se contradizer.
Observe os exemplos!
Frase e/ou Texto coeso Frase e/ou Texto coerente
I. Pedro trabalha na fazenda, mas não veio a. O Brasil apresenta diversos
hoje por estar doente.13 regionalismos, pois é um país muito
grande.14
II. Pedro trabalha na fazenda. Ele faltou hoje b. Trabalhar na fazenda é bom. O contato
por estar doente.15 com a natureza e com animais é ótimo. 16
III. As estimativas de que a temperatura c. A terapia com células-tronco pode ser
média do planeta subirá até 4 graus até considerada como o futuro da medicina
2100 são confiáveis?17 regenerativa. Entre as áreas mais
promissoras, está o tratamento para
Esse é o cenário mais pessimista projetado diabetes, doenças neuromusculares, como
pelos cientistas do Painel as distrofias musculares progressivas e a
Intergovernamental sobre Mudança doença de Parkinson. Com as células-
Climática (IPCC), que reúne as maiores tronco, também se poderá promover a
autoridades do mundo nesse ramo da regeneração de tecidos lesionados por

13 O termo "mas" é elemento coesivo, pois une a primeira e a segunda oração de forma adequada.
14Versão incoerente do texto: O Brasil apresenta diversos regionalismos, pois é um país muito
pequeno. (Sabemos que o Brasil é imenso!).
15 O termo "ele" é elemento coesivo, pois retoma a ideia de "Pedro".
16Versão incoerente do texto: Trabalhar na fazenda é bom. O contato com diversas indústrias e grandes
cidades é ótimo. (Normalmente, fazendas não estão ligadas a diversas indústrias e grandes cidades).
17A Revista Veja listou 50 perguntas e respostas sobre a questão ambiental contemporânea. O
exemplo, aqui exposto, é uma dessas perguntas e a resposta a ela dada.

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pesquisa. É um cenário catastrófico, mas ele causas não hereditárias, como acidentes, ou
só ocorrerá, na avaliação dos cientistas, se pelo câncer. O tratamento do diabetes é
nada for feito. A projeção mais otimista dá muito promissor porque depende da
conta de que o aumento projetado seria de regeneração específica de células que
1,8 graus. Isso exigiria um corte de até 70% produzem insulina, o que é mais fácil do que
nas emissões de gases até o ano 2050 regenerar por completo um órgão complexo.
(NOBRE et al., 2010). As células-tronco vão permitir que as
pessoas vivam muito mais e de forma
saudável. Uma pessoa que precise de um
transplante de coração ou de fígado, se tiver
a possibilidade de fazer uma terapia com
células-tronco em vez de esperar anos numa
fila por um órgão novo, terá uma qualidade
de vida muito melhor18 (ZATZ, 2010).

8. CONJUNÇÕES

É a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de


uma mesma oração. Portanto, é importante elemento de conexão/ligação entre as
orações. A exemplo das preposições (de, a, com, por, para, em, até, sobre), as
conjunções são conectivos.
Conjunção ligando termos de uma
Conjunção ligando orações
oração
Vi sua mãe e seu pai na feira. Estudei muito e aprendi a matéria.
Os alunos eficientes leem e escrevem
André e Felipe correm.
muito.

8.1 CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES


Tipos Conjunções Exemplos
também; e; nem; mas 1) Ele não só é o autor do livro
também; mas ainda; como também o editor.
Aditivas
bem com; não só... 2) Eu comi sorvete e bebi café.
Indica soma; adição.
como também; não 3) Gosta de chocolate, mas
só... mas também. também de vegetais.
1) Eu esperei por você, mas você
mas; porém; contudo; não veio.
Adversativas
entretanto; no 2) Não foram campeões, todavia
Transmite oposição;
entanto; todavia; não exibiram o melhor futebol.
contraste.
obstante. 3) Correu muito, no entanto não
consegui chegar.
Alternativas ou; ou...ou; já…já; 1) Ou você compra ou você
Expressa alternância; ora...ora; quer...quer; aluga.
escolha. seja...seja; talvez... 2) Não ouvia ou fingia não ouvir.

18 A bióloga Mayana Zatz discorreu a respeito da terapia com células-tronco em entrevista à Revista Veja.

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talvez. 3) Ora age com calma, ora trata


a todos com muita aspereza.
4) Estarei lá, quer você permita,
quer você não permita.
1) Marta estava bem preparada
logo; pois; portanto;
para o teste, portanto não ficou
assim; por isso; por
Conclusivas nervosa.
consequência; por
Exprime conclusão ou 2) Farei todos os exercícios, logo
conseguinte; então;
consequência. terei bom desempenho.
de modo que; em
3) Já fiz todas as tarefas, por
vista disso.
isso vou descansar.
1) Venci porque sou a melhor
Explicativas cozinheira.
que; porque;
Indica justificativa; 2) O avião atrasou, pois estava
porquanto; pois; isto
razão; motivo ou chovendo.
é.
explicação. 3) Venha a minha casa hoje à
noite, que estará lá o meu irmão.

9. EMPREGO DOS PORQUÊS

Em tempos de crise, feliz é o porquê que tem quatro empregos.

9.1 POR QUE


Usado em perguntas, no início ou no meio da frase. O por que pode
ser substituído com o sentido de "por qual” ou "pelo qual".
"Por que", separado e sem acento, é Quando usado no meio das frases, "por
usado no início das frases interrogativas que" tem a função de pronome relativo.

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diretas ou no meio, no caso de frasesPode ser substituído por "por qual” e


interrogativas indiretas. "pelo qual".
1) O local por que passei é muito bonito.
1) Por que ele não voltou mais?
(O local por qual passei é muito bonito.)
2) A razão por que sobra sempre para
2) Por que isto é tão caro? mim, eu não sei. (A razão pela qual sobra
sempre para mim, eu não sei).
3) Não sei o motivo por que as pessoas
3) Queria saber por que você não me
têm dúvidas. (Não sei o motivo pelo qual
telefonou ontem.
as pessoas têm dúvidas).
4) Por que você está lendo esse 4) Quero saber por que você gosta tanto
conteúdo? de café.

9.2 POR QUÊ


O uso adequado do por quê, separado e com acento circunflexo, é no
fim das frases (antes de um ponto final, de interrogação ou de exclamação), e também
pode ser substituído quando tiver o significado de “por qual motivo”. Exemplos:
1) Você se atrasou e eu quero saber por quê.
2) Você chegou tarde, por quê?
3) Fui admoestado e não sei por quê.
4) Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?
5) Percebo que você continua lendo esse conteúdo. Por quê?
6) Você toma muito café. Gostaria de saber por quê?

9.3 PORQUE
Quando corresponder a uma causa, motivo, justificativa ou explicação.
Logo, é usado para dar uma resposta. Também pode ser substituído por
palavras como, “pois” (justificativa, explicação) ou pelas expressões “para que”
e “uma vez que” (causa, motivo). Exemplos:

1) Não fui ao estádio ontem porque estava chovendo.


2) Porque estava com pressa, esqueci a janela aberta.
3) Não preciso de mais exemplos, porque já entendi.
4) Vou ao supermercado porque não temos mais frutas.
5) Estou lendo esse conteúdo porque quero aprender.
6) Maria gosta de café porque lhe dá energia.

9.4 PORQUÊ
O porquê, grafado junto e com acento circunflexo, é empregado quando
é substantivado e substitui “motivo” ou “razão”. Aparece nas sentenças precedido de

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artigo, pronome, advérbio ou numeral com objetivo de explicar o motivo/razão dentro


da frase. Exemplos:
1) O relatório discrimina os porquês da queda de desempenho no setor de
vendas.
2) Existem muitos porquês para justificar sua atitude.
3) Você pode me explicar o porquê de tanta gente complicar algo fácil?
4) Você não vai a festa? Diga-me ao menos um porquê.
5) Agora eu entendo o porquê de você está lendo esse conteúdo.
6) Posso saber o porquê de tanta alegria ao tomar um café?
7) Fale logo seus porquês e vamos acabar com isso.
8) Diga-me os porquês de sua revolta.
9) Ninguém entendeu aquele porquê.
10) Este porquê é substantivo.

Outros exemplos:

POR QUE POR QUÊ


Por que você não veio? Você não veio. Por quê?
Gostaria de saber por que você não Você quer saber por quê?
veio. Você não veio e eu quero saber por quê.
Por que você estuda tanto? Você não estuda por quê?
Por que você abriu a janela? Você abriu a janela por quê?
Alguém abriu a janela e eu quero saber
Quero saber por que você abriu a janela.
por quê.
A tempestade por que passamos foi a Abrir a janela por quê, se ainda não
mais forte dos últimos 50 anos. parou de chover? Não sei por quê?
PORQUE PORQUÊ
Você se atrasou e eu quero saber o
Não vim porque o trem enguiçou.
porquê.
Peguei o trem porque achei que O engarrafamento foi apenas um dos
chegaria mais rápido. porquês.
Porque queria chegar mais rápido
A vida tem os seus porquês.
peguei o trem.
Porque eu quero passar. Não entendi o porquê dessa pergunta.
Você quer me dizer o porquê de ter
Abri a janela porque, parou de chover.
aberto a janela?
Porque estava com pressa, deixei a Quero saber o porquê de abrir a janela
janela aberta. agora.

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10. TEXTOS TÉCNICOS E DE INSTRUÇÃO

O objetivo da língua é comunicar, seja pela fala ou escrita. Porém, já vimos que
todo e qualquer ato de comunicação tem uma finalidade. Logo, a definição do que são
textos técnicos e de instrução se faz necessário, uma vez que você, ao longo de sua
vida profissional, deverá diferenciar e produzir textos técnicos, os quais são sempre
produzidos de acordo com o objetivo e a finalidade de cada um.
Os textos técnicos e de instrução, também nominados de comunicação
empresarial e oficial, são textos que seguem determinadas normas que devem se
respeitar, uma vez que há características específicas de cada tipo de expediente.
Assim, vamos conhecer alguns dos textos técnicos que você, futuro(a) técnico(a),
certamente utilizará ao longo de sua vida profissional.
Porém, antes de abordamos cada textos técnicos em suas peculiaridades,
tenha consciência que:
a) A redação oficial não é necessariamente árida e contrária à evolução da
língua. É que sua finalidade básica – comunicar com objetividade e máxima clareza –
impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da
literatura, do texto jornalístico, da correspondência particular etc.
b) A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e nos
expedientes oficiais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e
comunicações; de outro, de sua finalidade. Cuja finalidade precípua é a de informar
com clareza e objetividade.
c) As características fundamentais da redação oficial são:
• clareza e precisão;
• objetividade;
• concisão;
• coesão e coerência;
• impessoalidade;
• formalidade e padronização; e
• uso da norma padrão da língua portuguesa.

Fundamentalmente, em algum momento da sua vida, você terá que elaborar


algum(s) tipo(s) de texto da comunicação empresarial e oficial, em razão de ser
utilizado nas escolas, nas universidades, nos estágios, na procura de emprego e nos
locais de trabalho, razão pela qual a importância de conhecer e produzir textos
técnicos, os quais, garantem a formalidade e a eficiência da comunicação técnica
pública e empresarial.

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10.1 OFÍCIO

Ofício é um tipo de documento oficial, uma vez que é a correspondência oficial


para o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si
e também com particulares. Trata-se de documento emitido por Prefeituras, suas
secretarias e órgãos, ou por Tribunais e outros entes do Estado. Normalmente essa
correspondência oficial é destinado a instituições e autoridade públicas. Por se tratar
de um documento oficial, deve ser redigido em papel timbrado. O conteúdo do ofício
é matéria administrativa, mas pode vincular também matéria de caráter social, oriunda
do relacionamento da autoridade em virtude de seu cargo ou função.
Contudo, por não haver restrições quanto ao seu uso em empresa/instituição
particular (porque utilizam a carta comercial para se comunicarem com outras
empresas ou com a administração pública), geralmente só ocorre em situações em
que será enviado para a Administração Pública ou por autoridades que fazem parte
dela. Logo, podemos concluir que o ofício serve para enviar comunicações oficiais em
que uma das partes (ou as duas) envolvam a entes públicos.

• FORMATAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO PADRÃO OFÍCIO

1. Timbre: No alto da folha. Deve conter o símbolo do órgão, o nome do órgão e do


setor, o endereço para correspondência, o telefone, o fax e o e-mail.

2. Tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede, com


alinhamento à esquerda e sem ponto final.

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3. Local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita, ponto
final e sem o número zero antes do dia.

4. Destinatário: O nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação, com


alinhamento à esquerda.

5. Assunto: Resumo do teor do documento, em negrito, e com alinhamento à


esquerda. Sem ponto final.

6. Texto: Introdução / Desenvolvimento / Conclusão.

7. Fecho: 2,5 cm de distância da margem à esquerda.

8. Assinatura do autor da comunicação e identificação do signatário: Centralizado.

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Modelo 1:

[Nome do Ministério]
[Secretaria/Diretoria]
[Departamento/Setor/Entidade]

OFÍCIO Nº 10.457/2018/MDH

Brasília, 3 de março de 2018.

A Sua Excelência o Senhor


[Nome]
Ministro de Estado
Esplanada dos Ministérios, Bloco X
70064-900 Brasília/DF

Assunto: Debates sobre o Plano Nacional da Pessoa com Deficiência.

Senhor Ministro,

Convido Vossa Excelência a participar do lançamento


do Ciclo de Debates sobre a Execução do Plano Nacional da Pessoa com
Deficiência, a ser realizado em 15 de março de 2018, às 9 horas, no
Auditório da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), no Setor
de Áreas Isoladas Sul, em Brasília.

O debate inicial faz parte de uma sequência de cinco


encontros, com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento das
diversas ações contidas no referido Plano.

Atenciosamente,

(espaço para assinatura)

[NOME DO SIGNATÁRIO]
[Ministro de Estado]

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Modelo 2:

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

OFÍCIO Nº 197/2018/SAJ/CC

Brasília, 8 de agosto de 2018.

Ao Senhor
[Nome]
Chefe de Gabinete
Ministério dos Transportes
Esplanada dos Ministérios, Bloco R
70044-902 Brasília/DF

Assunto: Apresentação de novas funcionalidades do Sidof - Módulo I.

Senhor Chefe de Gabinete,

1...................... A Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da


Presidência da República aprimorou o Sistema de Geração e
Tramitação de Documentos Oficiais – Sidof, com a inserção de novas
funcionalidades. Os novos recursos do sistema serão apresentados aos
servidores em módulos organizados por esta subchefia.

2...................... Convido os servidores do [nome do Ministério] para


assistir à apresentação do primeiro módulo, a ser realizada em 10 de
setembro de 2018, às 9h30, no Auditório desta Subchefia.

3...................... Para assegurar o credenciamento, solicito a esse órgão


a indicação dos servidores que trabalham com o Sidof, até 28 de agosto
de 2018, por meio do endereço eletrônico [endereço eletrônico]:

a) nome completo do servidor;

b) número de Cadastro de Pessoa Física;

c) e-mail institucional, unidade/órgão em que atua; e

d) login no Sidof (caso esteja cadastrado no Sistema).

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4...................... Caso o servidor ainda não seja cadastrado no Sistema,


será necessário o envio de autorização da chefia imediata. O envio das
informações solicitadas acima é fundamental para garantir a inscrição
do servidor no evento.

Atenciosamente,

(espaço para assinatura)

[NOME DO SIGNATÁRIO]
[Ministro de Estado]

10.2 MEMORANDO

É um documento oficial que objetiva a transmissão de informações, de forma


rápida e desburocratizada (objetiva), entre setores ou departamentos das unidades
administrativas de uma mesma instituição/empresa.
Em termos conceituais, o memorando constitui um instrumento normativo, de
comunicação eminentemente interna, estabelecida entre as unidades administrativas
de um mesmo órgão e que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em
níveis diferentes. A celeridade da comunicação é uma característica dessa redação,
pois sua escrita é de maneira direta, clara e coesa, com textos curtos, a fim de facilitar
seu entendimento.
A sua divulgação pode ser física, quando são divulgados através de
correspondência ou divulgações internas (publicado em murais de informações), ou
eletrônica, através do envio de e-mail no correio eletrônico. Vale destacar que, este
documento possui validade jurídica e é endereçado a funcionários, e não a
autoridades, como é o caso da carta comercial e do ofício.

• ESTRUTURA DO MEMORANDO:
a) Timbre da Instituição;
b) Número do memorando;
c) Local e Data (de Criação do Memorando);

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d) Nome e cargo do emissor;


e) Destinatário, sendo este mencionado pelo cargo que ocupa;
f) Indicação do assunto;
g) Pronome de tratamento;
h) Corpo da mensagem, ou seja, o próprio texto;
i) Despedida;
j) Assinatura e Cargo do remetente.
Modelo:

[Nome da Empresa]
[Secretaria/Diretoria]
[Departamento/Setor/Entidade]

MEM. N.º 24/2018/COMPRAS/HC-XPTO

Cuiabá, 1 de maio de 2017.

De: Departamento de Gerência

Para: Ao Senhor Graciliano Ramos


Chefe do Departamento de vendas

Assunto: Aquisição de material cirúrgico.

Prezado Supervisor,

Tendo em vista o baixa no estoque de materiais de


cirúrgicos, a saber, Tesoura para Bandagem - MD - Romba/Romba Black
Edition 19cm; Dilatador Vela de Hegar 21cm Nº 13; Pinça Kelly Curva
14cm e Martelo Taylor - MD - 19cm; sendo que o acervo atual é
suficiente apenas para abastecer o consumo por cerca de duas
semanas, solicitamos a tomada de orçamentos para posterior aquisição
de tais materiais.

Respeitosamente,

(espaço para assinatura)


Monteiro Lobato
Gerente

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10.3 REQUERIMENTO

O requerimento deriva-se do verbo “requerer”, que tem em seu sentido


denotativo o significado de solicitar, pedir, estar em busca de algo e principalmente,
que o pedido seja aprovado. Assim sendo, é um documento produzido com a
finalidade de requerer algo dentro de uma mesma instituição pública ou privada. É tipo
de correspondência oficial utilizado para requerer a uma autoridade administrativa um
direito do qual uma pessoa qualquer se julga detentora, como por exemplo, tomemos
a solicitação, via requerimento, da licença-maternidade. Portanto, é elaborado quando
se tem a presunção de que a solicitação tem amparo legal, específico para fazer um
pedido ou solicitação a uma autoridade competente.
O requerimento também pertence aos documentos de redação técnica. Dessa
forma, pode-se fazer um requerimento para um órgão público/privado, um colégio,
uma faculdade, dentre outros inúmeros destinatários.

• ESTRUTURA DO REQUERIMENTO:
a) Vocativo (Título da autoridade - a quem o texto será dirigido), com a
indicação de cargo ou função e nome do destinatário;
b) Texto, que deve conter – nome do requerente e sua qualificação:
nacionalidade, estado civil, profissão, documento de identidade, idade (se
for maior de 60 anos, para fins de preferência na tramitação de processos)
e domicílio. Após esse preâmbulo, faz-se a exposição do pedido (Pede a
V.S.ª; Solicita a V.S.ª; Requer a V.S.ª). O texto deve ser escrito em 3ª
pessoa;
c) Fecho: Utiliza-se a forma normativa:
Nestes termos,
Pede deferimento.
Ou: Pede a aguardar deferimento; Termos em que pede deferimento;
Espera deferimento; Aguarda deferimento.
d) Local e data;
e) Assinatura (Se for servidor, função ou cargo).

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Modelo:

ILMO SR. CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Diretor do Departamento de Pessoal do Centro Universitário SABER

Guimarães Rosa, brasileiro, casado, professor, portador da CI nº 348217 e


inscrito no CIC sob nº 90834723-00, domiciliado à rua José Faquetti, 37, Colatina, ES,
requer a V. Sª certidão do tempo de serviço prestado a esse estabelecimento de
ensino para fins de regularização de documentos visando ao pedido de aposentadoria
por tempo de serviço.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Colatina, 15 de dezembro de 2010
(espaço para assinatura)
Guimarães Rosa

10.4 ATESTADO

É um documento em que se confirma ou assegura a existência ou inexistência


de uma situação de direito, de que temos conhecimento, referente a alguém, ou sobre
um fato e situação. É dizer por escrito, afirmando ou negando, que determinada coisa
ou algum fato referente a alguém corresponde à verdade e assim responsabilizar-se,
ao assinar o documento.
O atestado costuma ser escrito em atendimento à solicitação do interessado e
é fornecido por alguém que exerce posição de cargo superior ou igual ao da pessoa
que está pedindo. Para que cumpra sua função de comprovar uma situação, o
atestado deve estar assinado, datado e carimbado pela pessoa ou entidade que o
expediu. Além do mais, é preferível que o papel deste documento contenha carimbo
ou timbre da entidade que o expede. Exemplos de ATESTADO: de óbito, de pobreza,
de aptidão física, etc.

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• ESTRUTURA DO ATESTADO:
a) Timbre (Se houver);
b) Título, ou seja, a palavra ATESTADO em maiúsculas;
c) Nome e identificação da pessoa solicitante;
d) Texto, sempre resumido, claro e preciso, contendo o que se está
confirmando ou negando;
e) Fecho: local e data;
f) Assinatura e cargo ou função (da pessoa que emite/atesta - com carimbo
do profissional/empresa).

Modelo 1:

ATESTADO

Atesto para os devidos fins, a pedido, que o(a) Sr(a). Falcão Neto, inscrito(a)
no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, paciente sob meus cuidados, foi atendido(a) no dia
25/12/2003 às 09h30min, apresentando sinais de desidratação e hipotensão postural, com
necessidade de avaliação em ambiente hospitalar, bem como, necessita de 05 (cinco) dias
de repouso.

Salvador, 25 de dezembro de 2003.

_______________________________
Clarice Lispector
CRM-BA 2538

Modelo 2:

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ATESTADO

Cecília Meireles, médico(a), portador(a) do CRM-BA 8325, atesta por sua


honra que João Grilo, portador/a do CPF: 000.000.000-00, emitido pelo Arquivo de
Identificação Civil tem, na presente data, aptidão física e psíquica para efetuar os exames de
aptidão previsto no Edital nº 55/2014 – DGP/DPF, de 25 de setembro de 2002, do concurso
público para provimento de vagas no cargo de Agente de Polícia Federal.
Por ser verdade, atesto,

Salvador, 15 de fevereiro de 2003.

_______________________________
Cecília Meireles
CRM-BA 8325

10.5 DECLARAÇÃO

É um documento em que se declara, conceitua, ou explica algo a alguém. Na


declaração há uma exposição clara de uma determinada situação ou fato. Este
documento é elaborado por escrito e constitui prova de compromisso perante uma
terceira pessoa ou entidade, pois o declarante compromete-se relativamente ao
conteúdo da sua declaração. Exemplos de declaração: de residência, de trabalho,
de imposto de renda, de união estável, declaração escolar (vínculo, matrícula,
transferência) etc.

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• ESTRUTURA DA DECLARAÇÃO:
a) Timbre (Se tiver);
b) Abertura: identificação da entidade/pessoa declarante;
c) Encadeamento: identificação da pessoa que enuncia a declaração e do fim
a que se destina;
d) Fecho: local e data;
e) Assinatura do declarante (Se possível, função/cargo, com carimbo do
profissional/empresa).

Modelo 1:

DECLARAÇÃO

Declaramos para fins de credenciamento para realizar Transplante de


Coração, que o Hospital XPTO, ficará à disposição do Sistema Nacional de Transplantes
(SNT) e da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos do Estado
de Santa Catarina (CNCDO-GO), para quaisquer tipos de Fiscalização e Controle relativos
aos procedimentos de Transplante de Coração.

Rio de Janeiro/RJ, 30 de abril de 2014.

_______________________________
Clarice Lispector - Diretora do Hospital XPTO

Modelo 2:

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DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Eu, Dr(a). Ariano Suassuna, médico(a) inscrito(a) neste Conselho, sob o


número 2919, declaro ser o(a) responsável técnico(a) pela elaboração do PLANO DE
GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE (PGRS) do
estabelecimento Hospital XPTO, Registro - CNPJ. 70.888.999/0001-01, situado a Rua X, nº.
0000, em Rio de Janeiro (RJ) – CEP nº 11222-33.

Solicito a Certidão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de acordo


com a exigência da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU)

Rio de Janeiro/RJ, 03 de setembro de 2014.

_______________________________
Ariano Suassuna
Médico CRM-RJ 2919

10.6 FAX

Denomina-se fax (fac simile) ao envio de um documento ou imagem através de


uma linha telefônica. Por consequência, o dispositivo utilizado para este processo
recebe o mesmo nome e consiste em um telefone e uma espécie de copiadora. Seu
uso se dá para a transmissão de mensagens urgentes e para o envio antecipado de
informações sobre documentos, quando não há condições de envio por meio
eletrônico. Cuidado, pois o fax não substitui o documento original e quando necessário
for, o original segue posteriormente pela via e na forma usual. Em se tratando do

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arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo
papel, em certos modelos, se deteriora rapidamente.
Outro fator é que em princípio não é necessário acusar a recepção, que é feita
automaticamente. Também se recomenda que não se deve mandar parabéns ou
agradecimento; menos ainda, não devem conter mensagens confidenciais ou íntimas,
uma vez que não se sabe quantas pessoas terão acesso ao número de fax do seu
interlocutor. Não se esquecer de que o Fax deve manter a forma e estrutura que lhe
são inerentes, tal como conter a folha de rosto, isto é, de pequeno formulário com os
dados de identificação da mensagem a ser enviada.

Modelo 1:

[Seu endereço, Cidade, Estado CEP do Evento]

Transmissão de fax
Para: [Nome] Fax: [Número de Fax]

De: Coordenação Data: [Selecionar data]

Res: [Assunto] Páginas: [Número de Páginas]

Cc: [Nome]

☐ Urgente ☐ Para revisão ☐ Comente ☐ Responda ☐ Recicle

[Inicie o texto aqui.]

Modelo 2:

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TRASMISSÃO DE FAX

Destinatário: ___________________________________________
Remetente: ___________________________________________
Setor: _______________________________________________
Nº do fax de destino: __________________________ Data: ___/___/____
Tel. p/contato: Fax/correio/eletrônico: _____________________________
Nº de páginas: esta + __________ Tipo: _______ Nº do documento: ______

10.7 MENSAGEM ELETRÔNICA (E-MAIL)

O correio eletrônico (e-mail), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se


na principal forma de comunicação para transmissão de informações e documentos.
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é seu baixo custo e
flexibilidade, e quanto a sua circulação requer cuidados quando utilizadas para fins
profissionais.
O emissor da mensagem deve atentar para sua clareza, coerência e coesão,
não se esquecendo do uso de uma linguagem padrão, formal, uma vez que nas
mensagens eletrônicas institucionais e profissionais não cabem abreviaturas, gírias,
linguagem coloquial, tal qual usamos em mensagens eletrônicas pessoais.

• CURIOSIDADES ÚTEIS SOBRE O E-MAIL:


a) @ (arroba) – símbolo que identifica o endereço de e-mail e significa que o
endereço está hospedado;
b) Outlook; Hotmail; Live; Gmail; Yahoo – nome do provedor de e-mail;

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c) .com – Tipo de usuário. É necessário que haja um ponto final (.) entre o provedor
e o tipo;
d) .com – fins comerciais;
e) .org – organizações sem fins lucrativos;
f) .edu – organizações educacionais (universidades, escolas etc.);
g) .gov – governamental;
h) Em alguns casos você poderá encontrar e-mails com a sigla do país do provedor
(.br – Brasil; .pt – Portugal; .uk – Inglaterra). Ex: ...@yahoo.com.br
i) Endereços na Internet levam em consideração letras maiúsculas e minúsculas. EX:
jcsouza@hotmail.com diferente de JCSOUZA@hotmail.com por sua vez é
diferente de JCsouza@hotmail.com

• ESTRUTURA DA MENSAGEM ELETRÔNICA:


a) À (destinatário = Para => Cc e Cco);
b) Assunto (tema da mensagem);
c) Data: (localidade), (dia) de (mês) de (ano);
d) Vocativo e o cargo que do destinatário (seguida de vírgula ou dois-pontos)
Senhor(a) Presidente,
Prezado Reitor da UFMT:
Excelentíssimo Senhor Senador João,
e) Texto, sempre resumido. Logo, evite frases vazias, como “venho por meio
desta” ou “é por meio deste”, por serem justamente óbvias. Portanto, é
necessário a impessoalidade, como “sabe-se”, “considera-se”, “informa-se”.
Como sugestão, a seguinte introdução: “Em função da última reunião,
recomenda-se que o uso da biblioteca será..”.
f) Despedida;
g) Identificação do remetente e/ou Empresa, com nome, cargo, telefone e
e-mail.

Modelo:

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(localidade), (dia) de (mês) de (ao).

Atenção a (pessoa ou departamento)

Assunto (tema da mensagem)

Prezados(as) Senhores(as),

Em relação à reunião marcada para o próximo dia 20 de dezembro, informo


que será necessário remarcar a data diante da impossibilidade de comparecimento
de boa parte dos interessados, que se encontrará em viagem.
Dessa forma, agendaremos a reunião para outra oportunidade na data mais
próxima disponível, onde a maioria dos interessados possam estar presentes.
Qualquer questão, não hesite em contactar-nos.
Sem qualquer outro assunto me despeço.

Atenciosamente,

(empresa)
(nome do responsável)
(cargo)
(telefone)
(e-mail)

10.8 CURRÍCULO (CV)

Curriculum vitae que significa currículo, em português, é um termo


proveniente do latim, e significa trajetória de vida. É um documento de tipo histórico,
que relata a trajetória educacional e/ou acadêmica e as experiências profissionais de
uma pessoa, como forma de demonstrar suas habilidades e competências.

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O CV tem como objetivo fornecer o perfil da pessoa para as empresas, podendo


também ser usado como instrumento de apoio em situações acadêmicas. O
curriculum é uma síntese de qualificações e aptidões, na qual o candidato a alguma
vaga de emprego descreve suas experiências profissionais, formação acadêmica, e
outros dados pessoas.
Não existe um modelo específico de curriculum vitae, no entanto, há três
grandes tipos de currículo no que diz respeito à forma como são organizados os
dados: o cronológico (ordena a informação laboral desde a função desempenhada
mais antiga à mais recente; não é recomendado para aqueles que tenham tendência
a mudar de emprego com alguma frequência), o invertido (destaca a experiência
laboral mais recente, ideal para quem procura um novo posto de trabalho que tenha
uma relação com o atual) e o funcional (organiza a informação por bloques temáticos,
sendo esta uma opção útil para quem tenha experiencia em áreas muito diversas).

• ESTRUTURA DO CURRÍCULO:
a) Dados pessoais: Nome, idade, estado civil, endereço, telefones e e-mail.
Se necessário telefone de recado, especifique o nome da pessoa
responsável.
b) Objetivos: Especifique seus objetivos no cargo pretendido.
c) Qualificações: Neste espaço você coloca suas qualificações, suas
qualidades profissionais, dê em média 5 exemplos (habilidade com
pessoas, excelente escrita, boa comunicação verbal, etc.).
d) Escolaridade: Formação Acadêmica: coloque somente a última formação.
(Ex: superior incompleto em Ciências Econômicas, período, ano de
conclusão). Caso tenha pós-graduação, especifique-a.
e) Cursos de aperfeiçoamento: Seminários, palestras, simpósios, etc.
(desde que tenha certificado). Coloque só os dois últimos ou o que o
ajudaria no emprego almejado.
f) Idiomas e Informática: Neste local, só especifique o seu nível de inglês.
Se for só o básico, é melhor não colocar. No caso da Informática, indique
os cursos que fez ou que domina.

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• ERROS MAIS COMUNS NO CURRÍCULO


• Incluir uma foto sua ou outros dados desnecessários;
• Erros de digitação e/ou gramática;
• Esquecer de incluir alguma coisa relevante;
• Omitir/mentir informações;
• Cuidado nas redes sociais: Se você é ligado nas redes sociais, mesmo em
redes pessoais como Facebook, Twitter e Instagram associados ao seu nome são
parte da triagem profissional com frequência cada vez maior, então é preciso estar
atento às mensagens que transmitem, pois opiniões fortes, notícias falsas,
informações confidenciais de outras empresas, fotos não profissionais… Tudo isso
pode influenciar um avaliador.
• Por fim, uma ótima DICA: alinhe seu currículo novo com a versão online do
LinkedIn. O LinkedIn é a maior plataforma de networking (rede de contatos)
profissional do mundo, cujas conexões visam contribuir com os seus planos de
carreira é uma rede social para profissionais, portanto é preciso ter isso em mente
desde o cadastro, porque é fundamental que o perfil tenha qualidade, já que ele será
uma parte importante da sua marca pessoal.

10.9 RELATÓRIO

O uso O relatório é um dos mais utilizados textos da redação técnica, seja ela
empresarial ou científica. Consiste em “exposição escrita na qual se descrevem fatos
verificados mediante pesquisas ou se história a execução de serviços ou de
experiências. É geralmente acompanhado de documentos demonstrativos, tais como
tabelas, gráficos, estatísticas e outros” (BARROS, 2010).
Saiba que existe inúmeros modelos de relatório, como aqueles minuciosamente
detalhados, como por exemplo o Relatório administrativo, pois sua estrutura
organizacional consiste em introdução do assunto, desenvolvimento minucioso das
ideias/fatos/ocorrências elencadas na introdução e conclusão do que foi exposto, com
possíveis recomendações, porém também há relatórios mais simplificados, como
aqueles que fazemos depois de uma visita técnica, de uma viagem, de uma inspeção
qualquer.

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• ESTRUTURA DO RELATÓRIO:
a) Título: RELATÓRIO ou RELATÓRIO DE...
b) Texto: Registro das atividades desenvolvidas, em tópicos ou não. Tabelas,
fotos, quadros estatísticos podem ser apresentados em anexo, ou no corpo
do relatório. Faz-se, também, a análise desses dados ou fatos.
c) Local e data (Na saúde é comum e usual vir local/data após o Título);
d) Assinatura e função ou cargo do relator (ou relatores) com carimbo.

Modelo 1:

RELATÓRIO DE ENFERMAGEM I

19/8/2012 – 17h. Paciente de 60 anos encaminhada para a sala de emergência


da clínica médica com sudorese fria, cianose de extremidade, e ausência de resposta aos
estímulos táteis. Apresenta desconforto respiratório importante, hipotensão (90 x 55 mmHg),
perfusão periférica insuficiente, mantém cateter venoso periférico na face interna do antebraço
recebendo soroterapia e medicação. Às 17h15 foi instalada expansão com soro fisiológico
CPM. Por piora do estado geral, às 17h30 iniciou-se intubação traqueal pelo plantonista Dr.
Marcelo Mazzo. Recebeu sedação intravenosa CPM. Às 17h45 foi intubado com sucesso com
cânula orotraqueal n. 7,5 com cuff e mantido em ventilação mecânica. Às 18h foi passada
SNG n. 14 em narina esquerda e mantida aberta com débito verde-escuro. Às 18h45, foi
passada SVD n. 16 por solicitação e prescrição do Dr. Marcelo, procedimento realizado pela
enfermeira, sem intercorrência; apresenta 150 ml de débito amarelo-escuro. Às 19h30,
material preparado para passagem de cateter venoso central duplo lúmen pelo Dr. Marcelo.
_______________________________
Assinatura e carimbo.

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Modelo 2:

RELATÓRIO DE ENFERMAGEM II

28/08/2012 – 12h30. Paciente de 65 anos foi admitida na observação do PS e


acompanhada por familiares, sendo encaminhado para maca e mantido a pressão bem
elevada. Apresenta desconforto respiratório moderado em máscara de oxigênio a 10 1/min e
está hipocorado. Família orientada sobre as rotinas na observação: a esposa, dona Carla,
permanecerá como acompanhante. Às 13h foi puncionado acesso venoso em dorso da mão
direita após quatro tentativas, coletado sangue para exame e instalada soroterapia controlada
por bomba de infusão. Às 13h40 foi encaminhada amostra de sangue para o laboratório.
_______________________________
Assinatura e carimbo.

Modelo 3:

RELATÓRIO DAS AULAS

Nas aulas dos dias 08 e 22 de setembro de 2008, nosso grupo aplicou com as
crianças algumas atividades sobre o Meio Ambiente, que pudessem servir de conscientização
e de incentivo à preservação do mesmo. Assim sendo, na aula do dia 08, mostramos aos
alunos um vídeo com imagens variadas do Meio Ambiente, contamos uma história “O incêndio
na floresta”, comentou que cada um deve fazer a sua parte e mostramos a nossa Wiki, com o
objetivo de que eles se interessem mais do assunto sobre o qual iríamos tratar.
Logo após, dividimos os alunos em pequenos grupos, para cada computador,
e solicitamos que eles criassem uma historinha em quadrinhos, sobre o Meio Ambiente no
programa HagáQuê. Os alunos puseram em prática sua criatividade e criaram historinhas
simples, mas bem interessantes, já que alguns alunos não tinham contato com o computador
e sabiam muito pouco.
Ao final da aula, a maioria dos grupos não havia concluído o trabalho. Então,
deixamos para concluí-lo na aula do dia 22. Nesta aula, os alunos concluíram tudo e puderam
brincar num jogo na internet, cujo nome era “A Casa Eficiente”, que tratava dos cuidados que
precisamos ter dentro de nossa casa para não consumir muita energia elétrica, não

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desperdiçar água e separar o lixo corretamente, preservando assim, de uma forma simples e
segura, o nosso Meio Ambiente. Os alunos adoraram o jogo e não se contentaram em jogar
apenas uma vez. Com certeza, os alunos irão aplicar as instruções que viram no jogo em suas
casas.
Resumindo, os alunos participaram efetivamente das atividades propostas,
fazendo alguns comentários relevantes quando contamos a história. Foi comentado com os
alunos que cada um deve fazer a sua parte na proteção ao Meio Ambiente, quando vários
alunos disseram: “Por que a gente precisa fazer a nossa parte se tem um monte de gente que
não faz a sua? Se ‘ele’ joga lixo no chão, eu também vou jogar!”.
Reafirmamos que cada um deve fazer sua parte e usar suas atitudes como
exemplo, para que as outras pessoas vejam e façam o mesmo. Cada um de nós é parte
fundamental na luta pela preservação ambiental, por isso fizemos questão de que as crianças
assimilassem bem isso.
Ao final do nosso trabalho, sentimos que fizemos a nossa parte, ainda que bem
pequena, na conscientização dos alunos, de que o mundo precisa de cuidados urgentes, do
contrário não teremos um futuro saudável para nossas vidas devidos fins, a pedido, que o(a)
Sr(a). Falcão Neto, inscrito(a) no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, paciente sob meus
cuidados, foi atendido(a) no dia 25/12/2003 às 09h30min, apresentando sinais de
desidratação e hipotensão postural, com necessidade de avaliação em ambiente hospitalar,
bem como, necessita de 05 (cinco) dias de repouso.

Salvador/BA, 25 de dezembro de 2003.

_______________________________
Assinatura e carimbo.

10.10 ATA

Registro resumido e claro de fatos, ocorrências, resoluções e decisões de


assembleias numa sessão de corpo deliberativo ou consultivo, conselhos,
congregações, ou outras entidades semelhantes, de pessoas reunidas para
determinado fim. A Ata é documento de valor jurídico. Por essa razão, deve ser
lavrada de tal maneira que não possam introduzir modificações posteriores. Para se

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evitar fraudes, é possível fazer o registro das atas no Cartório de Títulos e


Documentos.
Não se fazem parágrafos ou alíneas: escreve-se tudo seguidamente, para
evitar que, nos espaços em branco, se façam acréscimos. E não se admitem rasuras.
Como a ata deve ser um registro fiel dos fatos ocorridos em determinada reunião, sua
linguagem deve ser simples, clara e concisa.
Em geral, a pessoa encarregada de escrever (lavrar) a ata é escolhida pelos
participantes da reunião ou alguém previamente indicado para isso. Essa pessoa
redige a ata durante a realização da reunião e lê para os participantes ao seu final.
Pode ainda tomar notas e redigir, posteriormente, submetendo à aprovação dos
participantes na reunião seguinte.
Assinam a ata, geralmente, todas as pessoas presentes à reunião ou é
assinada somente pelas pessoas que presidiram a sessão (presidente e secretário),
e seu conteúdo é dado à publicidade, para conhecimento dos interessados ou para
fins de legalização. A ata de uma reunião será lida e aprovada na reunião seguinte.

• ESTRUTURA DA ATA:
a) Título: denominação do documento (Ata) seguida do número da reunião e
nome a Diretoria ou Coordenação;
b) Abertura: registra a natureza da reunião, a data e o local de sua realização
(data, local, horário de início e fim da reunião), informando o nome dos
participantes (quando, onde, quem presidiu, secretarariou e dela participou).
Nesta parte do documento os números devem ser escritos por extenso;
c) Contexto: leitura e aprovação da ata anterior, a ordem/pauta do dia,
deliberações, resoluções, outros assuntos - o Registro das decisões
(para saber o que de fato foi acordado entre os participantes) e o
Compromissos (onde são registrados os prazos para execução de tarefas e
é estabelecido o dia, horário, local e participantes da próxima reunião) -,
encerramento, ou seja, onde se faz o relato dos principais acontecimentos
e das decisões tomadas. Deve ser escrito em um único bloco sem espaço
entre as linhas, sem a utilização de parágrafos;

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d) Fecho: quase inalterável: “nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente


declarou encerrada a sessão, de que eu, (nome), Secretário, lavrei a
presente ata, a qual assino com o senhor Presidente”.
e) Assinatura: do Diretor-geral e demais Diretores presentes.

Modelo:

ATA DA QUINTQ REUNIÃO DO XXXXX

(Data, horário, local e objetivos) Aos vinte e dois dias do mês de janeiro de dois mil e dez,
com início às vinte horas, na sala de reuniões da Biblioteca José de Alencar, situada à Rua
Botelho de Oliveira, número dezenove, Colatina, ES, realizou-se uma reunião administrativa
dos funcionários da biblioteca, com o objetivo de preparar o calendário de atividades para o
ano de dois mil e dez. (O presidente, a secretária da reunião e as pessoas presentes) A
reunião foi presidida pela bibliotecária Josiana Darós, tendo como secretária a auxiliar de
biblioteconomia Suiana da Silva. Contou com a participação de mais sete funcionários, a
saber: Pedro Sonado, José de Abreu, Maria Spagnol, Maria Contadini, Fernanda Schwab,
Pedro Veronese, Bianca Piacentini. (Relato da reunião propriamente dita) Inicialmente, a srª.
Josiana Darós solicitou à secretária de eventos da biblioteca, sra. Maria Spagnol, que
apresentasse o calendário elaborado para que os presentes dele tivessem conhecimento.
Esclareceu-se que a meta do ano em curso é divulgar por todos os meios a importância da
leitura, tanto em atividades internas como externas. Ouvidas variadas sugestões, a presidenta
da reunião solicitou fosse votado o calendário apresentado, submetido às sugestões
oferecidas, para que se chegasse a um consenso, o qual seria, posteriormente, divulgado na
própria biblioteca, bem como no Jornal O Colatinista, mantido pelo órgão de comunicação da
Prefeitura Municipal de Colatina. Debatidas as sugestões apresentadas, obteve-se,
democraticamente, uma conclusão, considerada excelente. (Encerramento) Nada mais
havendo a tratar, foi lavrada a presente ata, que assinada foi por mim, Suiana da Silva,
secretária, pela presidenta da reunião e pelos demais presentes. (Assinaturas) Suiana da
Silva, Josiana Darós, Pedro Sonado, José de Abreu, Maria Spagnol, Maria Contadini,
Fernanda Schwab, Pedro Veronese, Bianca Piacentini.

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11. REFERÊNCIAS

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Manual de redação da Presidência


da República/Casa Civil, Subchefia de Assuntos Jurídicos; coordenação de Gilmar
Ferreira Mendes, Nestor José Forster Júnior [et al.]. – 3. ed., rev., atual. e ampl. –
Brasília: Presidência da República, 2018. Disponível em
<http://www4.planalto.gov.br/centrodeestudos/assuntos/manual-de-redacao-da-
presidencia-da-republica/manual-de-redacao.pdf>. Acesso em 30 set. 2018.

BOJUNGA, Lygia. A bolsa amarela. Rio de Janeiro: Agir, 1976.

BORBA, Francisco da Silva. Introdução aos estudos linguísticos. 12 ed. Campinas:


Pontes, 1998.

DUBOIS, Jean et alii. Dicionário de linguística. 10 ed. Tradutores Frederico Pessoa


de Barros et al. São Paulo: Cultrix, 1998.

EVANGELISTA, Aracy Alves Martins. Literatura Infantil e Textualidade. In: Literatura


Infantil na Escola: Leitores e Textos em Construção. Cadernos CEALE volume II,
ano I, mai. 1996.

GARCIA, Othon Moacir. Comunicação em prosa moderna. 17 ed. Rio de Janeiro:


Editora FGV, 2002.

_______, Othon M. Comunicação em Prosa Moderna. 13. ed. Rio de Janeiro:


Fundação Getúlio Vargas, 1986

HOUAISS, Antônio. Minidicionário Houaiss da Língua portuguesa. 2 ed. rev. e


aum. Organizado pelo Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da
Língua Portuguesa S/C Ltda. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.

JAKOBSON, Roman. Linguística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 2005.

KOCH, Ingedore Villaça. A Coesão Textual. 4 ed. São Paulo: Contexto, 1991.

PLATÃO & FIORIN. Para entender o texto: Leitura e Redação. 5 ed. São Paulo:
Ática, 1997.

ROCHA LIMA, Carlos Henrique da. Gramática normativa de Língua Portuguesa.


32 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1994.

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ANEXOS

ATIVIDADE 1

1- Ao que corresponde o processo de COMUNICAÇÃO?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

2- Por que podemos afirmar que a comunicação é importante para o ser humano?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3- Indique a opção que apresenta uma definição incorreta sobre a comunicação.


a) A comunicação nos permite trocar informações.
b) A comunicação nos permite aprender cada vez mais.
c) A comunicação nos permite entender o que os outros dizem.
d) A boa comunicação é importante para o trabalho.
e) A comunicação não tem importância para a aprendizagem profissional.

4- A comunicação pode ser feita de várias formas. Indique a opção que não
apresenta uma forma possível de comunicação.
a) Por meio de palavras.
b) Por meio de gestos.
c) Por meio de desenhos.
d) Por meio do silêncio.
e) Por meio de expressões corporais.

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5- Você consegue imaginar como seria sua vida sem comunicação? Explique
como seria.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

6- Explique o que significa cada um dos ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO:


a) Emissor:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

b) Receptor:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

c) Mensagem:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

d) Canal:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

e) Código:

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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

f) Referente:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

7- Pedro acaba de chegar ao novo trabalho na fazenda e escreve para sua mãe:

Mãe,
Cheguei ontem à Fazenda Boa Esperança e comecei a trabalhar hoje. A
viagem foi boa e estou gostando muito daqui. Pode ficar tranquila que está
tudo bem e eu estou feliz.
Dê um abraço em todos!
Sempre que puder, telefono para a senhora. Um beijo do seu filho Pedro.

Identifique os seis elementos da comunicação na carta de Pedro.


Emissor:__________________________________________
Receptor: __________________________________________
Mensagem: __________________________________________
Código: __________________________________________
Canal: __________________________________________
Referente: __________________________________________

8- Observe a placa de trânsito a seguir e identifique os elementos da


comunicação.

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Emissor:__________________________________________
Receptor: __________________________________________
Mensagem: __________________________________________
Código: __________________________________________
Canal: __________________________________________
Referente: __________________________________________

9- Como se dá o sucesso na construção de um texto?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

10- Uma FRASE é...


a) Uma produção cultural com a qual um interlocutor pretende interagir, numa
determinada situação. Essa produção cultural pode ser verbal (por intermédio de
palavras, expressas de forma oral ou escrita), ou não-verbal (gestos, imagens, sons...)
b) Todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer comunicação. Pode
expressar um juízo, indicar uma ação, estado ou fenômeno, transmitir um apelo, uma
ordem ou exteriorizar emoções.

11- Diferencie e cite exemplos de:


a) Frase nominal:

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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

b) Frase verbal:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

12- O que deve apresentar uma frase, para que a mesma se torne compreensível?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

13- O que é GRAMATICALIDADE?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

14- Defina INTELIGIBILIDADE:


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

15- Para se ter uma frase inteligível podemos adotar certos procedimentos
quanto a sua produção. Cite cada um destes procedimentos:

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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

16- Complete as frases a seguir:


a) A _________________ e a __________________ da nossa mensagem dependem
da maneira pela qual elaboramos o nosso discurso.
b) _____________________ da frase estuda o estilo da linguagem (estuda a língua
como manifestação da afetividade), ou seja, procura entender a expressividade da
língua em uso (oral e escrita).
c) Alguns indivíduos associam o ___________________ a uma ideia de deformação
da norma linguística, o que não é necessariamente uma verdade, visto que existe uma
grande diferença entre traço estilístico e erro gramatical.

17- Conceitue os TIPOS DE FRASES a seguir:


a) Frase Arrastão:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

b) Frase de Ladainha:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

c) Frase Labiríntica:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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d) Frase de Segmentada:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

e) Frase Telegráfica:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

f) Frase Entrecortada:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

ATIVIDADE 2

1- Os sinais de pontuação são...?


a) A brevidade da frase, ou seja, é curto e inteligível, incisivo, predominantemente
coordenado.
b) Recursos utilizados para representar os movimentos rítmicos e melódicos da língua
falada e reproduzem, na escrita, nossas emoções, intenções e anseios.

2- Explique para que serve:


a) PONTO FINAL ( . )
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

b) VÍRGULA ( , )
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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c) DOIS PONTOS ( : )
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

d) PONTO E VÍRGULA ( ; )
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

e) PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

f) PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

g) RETICÊNCIAS ( ... )
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

h) TRAVESSÃO ( — )
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

i) ASPAS ( “ ” )

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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

j) PARÊNTESES ( ( ) )
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

k) ASTERISCO ( * )
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

l) COLCHETES ( [ ] )
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

m) CHAVE ( { ) ou CHAVES ( { } )
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

n) BARRA ( / )
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

o) ACENTO AGUDO ( ´ ), CIRCUNFLEXO ( ^ ) ou TIL ( ~ )

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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

p) CEDILHA ( ¸ ):
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

q) TREMA ( ¨ ):
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

r) CRASE ( ` ):
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3- O que é um parágrafo?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

4- Esteticamente, o parágrafo se caracteriza como...?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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5- Explique o que são:


a) Parágrafos Longos:
b) Parágrafos Médios:
c) Parágrafos Curtos:

ATIVIDADE 3

1- O que é o TEXTO?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

2- Quanto aos tipos de textos, são classificados de acordo com sua


_________________, __________________ e _____________________.

3- De maneira geral, a tipologia textual é dividida em: _________________,


__________________ e ___________________.

4- Diferencie GÊNEROS TEXTUAIS de TIPO TEXTUAL:


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

5- O leitor de uma redação deve poder detectar, claramente, três partes. Quais
são estas partes?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

6- Quais são os itens fundamentais da constituição de uma redação?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

7- Qual é a marca fundamental do TEXTO NARRATIVO?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

8- Ao que corresponde a NARRAÇÃO COMERCIAL? Quais são os seus


principais elementos?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

9- Que fatores são importantes quando escrevemos um TEXTO DESCRITIVO?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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10- Ao que corresponde uma DESCRIÇÃO COMERCIAL?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

11- O que é um TEXTO DISSERTATIVO?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

12- No TEXTO DISSERTATIVO, ao que correspondem as seguintes partes;


a) Introdução:
b) Desenvolvimento:
c) Conclusão:

13- Defina DISSERTAÇÃO COMERCIAL:


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

14- A partir dos conteúdos estudados anteriormente, narre algum


acontecimento recente de sua vida, de maneira objetiva, considerando a
estrutura de um texto narrativo.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

15- Elabore uma descrição (poderá ser fictícia) a partir de uma dada situação
profissional como futuro(a) técnico(a) em sua respectiva área.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

16- Elabore um parágrafo dissertativo-argumentativo abordando algum tema de


sua preferência. (Ex. drogas, corrupção, liberdade, religião etc.)
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

ATIVIDADE 4

1- O que significa produzir um texto coeso?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

2- Defina COERÊNCIA TEXTUAL:


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3- Ao que correspondem as CONJUNÇÕES?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

4- Diferencie as CONJUNÇÕES ADITIVAS, ADVERSATIVAS, ALTERNATIVAS,


CONCLUSIVAS e EXPLICATIVAS.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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5- Explique, citando um exemplo, de como devem ser utilizados os seguintes


termos:
a) POR QUE
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

b) POR QUÊ
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

c) PORQUE
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

d) PORQUÊ
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

ATIVIDADE 5

1- O que são TEXTOS TÉCNICOS?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

2- Quais são as características fundamentais da redação oficial?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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3- Conceitue:
a) OFÍCIO
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

b) MEMORANDO
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

c) REQUERIMENTO
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

d) ATESTADO
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

e) DECLARAÇÃO
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

f) FAX
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

g) MENSAGEM ELETRÔNICA (E-MAIL)


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

h) CURRÍCULO (CV)
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

i) RELATÓRIO
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

j) ATA

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