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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL

(1° SEGMENTO)

CUIABÁ - MT
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

SUMÁRIO

1. ÁREA DE LINGUAGENS .......................................................................................... 03


1.1 LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................................................... 04
2. ÁREA MATEMÁTICA .............................................................................................. 35
2.1 MATEMÁTICA................................................................................................................. 36
3. ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA ........................................................................ 61
3.1 CIÊNCIAS ........................................................................................................................ 62
4. ÁREA DAS CIÊNCIAS HUMANAS ............................................................................ 83
4.1 ESTUDOS SOCIAIS ........................................................................................................... 84
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1. ÁREA DE LINGUAGENS
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1. ÁREA DE LINGUAGENS

1.1 LÍNGUA PORTUGUESA

UM HERÓI INVENCÍVEL
Você conhece algum herói grego? Provavelmente você já viu algum desenho animado ou
filme, ou até mesmo jogou um videogame ou leu quadrinhos com os heróis da mitologia grega.
Um deles é Hércules, um grego que já nasceu destinado a ser herói, por sua força física e
inteligência.
Seu pai era Zeus, o deus dos deuses, e sua mãe, a mortal Alcmena. Hera, esposa legítima
do Senhor do Olimpo, perseguiu Hércules desde a infância. Enviou serpentes para matá-lo
quando bebê, mas Hércules as estrangulou. Já adulto e pai de dois filhos, Hércules foi
envolvido por Hera em uma cilada, o que fez com que matasse a própria mulher e as duas
crianças.
Como punição pelo crime, teve de executar doze trabalhos dificílimos, encomendados
pelo rei de Micenas, seu primo Euristeu.
Leia como foi o quinto trabalho de Hércules, recontado por Leonardo Chianca.

OS ESTÁBULOS DO REI AUGIAS


Limpar os estábulos de Augias, rei de Élis, uma cidade vizinha a Micenas, era o quinto
trabalho, ingrato e humilhante, que Hércules teria de realizar para Euristeu. Augias havia
recebido do pai magníficos estábulos repletos de admiráveis animais, centenas deles, entre
cavalos, touros negros com pernas brancas, touros vermelhos e touros brancos.
Como não precisava se preocupar com adubo para suas férteis terras, Augias deixou
acumular montes e montes de esterco fétido nos pátios dos estábulos, formando torres tão
altas que nenhum homem seria capaz de deslocá-las. Nem que todos os habitantes de Élis
trabalhassem noite e dia, durante anos, seriam capazes de remover tamanha imundície.
Hércules estava incumbido dessa tarefa.
Após examinar os estábulos, pôs-se a pensar
em uma solução para o problema. Não seria
apenas uma questão de força. Aos poucos,
um plano começou a se formar em sua
mente. Correu até o topo do terreno elevado
que circundava o rio das terras de Augias.
Dali avistou dois rios que cruzavam a
planície: um à esquerda e outro à direita,
como duas enormes serpentes brilhantes
correndo para o horizonte. Por coincidência,
o que havia no meio deles? Os estábulos!
Hércules desceu a colina e foi imediatamente
procurar o rei de Élis: – Sou Hércules, filho de
Alcmena.
Tenho a incumbência de limpar seus estábulos. – E você trouxe trabalhadores suficientes?
– perguntou o rei, com ironia. – Não preciso de mais ninguém, vou limpá-los sozinho –
anunciou o herói. – Se você fizer essa tarefa sozinho, prometo-lhe um décimo de todos os
meus rebanhos – jurou Augias, incrédulo, tendo seu filho Fileu como testemunha.
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Fileu fez Hércules prometer que os


estábulos estariam limpos em um dia de
trabalho, da aurora ao anoitecer. E assim foi. No
dia seguinte, quando o Sol já estava alto, pai e
filho foram aos estábulos ver como andava a
limpeza. Não se surpreenderam ao encontrar
tudo como sempre esteve, e sequer viram
Hércules por lá. Com os narizes tapados, Augias e
Fileu foram avisados de que o herói estava emum
dos rios, atirando pedras e terra na água.
No início da tarde, quando massas de água
começaram a subir atrás desses diques, Hércules
correu até os estábulos e fez duas grandes
aberturas nos muros que os cercavam. Em
seguida, subiu novamente no topo do terreno em
volta. E esperou. As águas desviadas dos rios
invadiram os estábulos pelos buracos dos muros
e arrastaram as montanhas de excrementos,
limpando tudo o que encontravam pelo caminho.
Os estábulos foram lavados como nunca antes
havia sido feito. Logo depois,Hércules retornou
aos rios e demoliu os doisdiques, fazendo com
que seus cursos de água retornassem ao caminho
natural.
Daí voltou aos estábulos e consertou os muros. Sua tarefa estava realmente terminada.
Ao entardecer, o herói foi encontrar Áugias. O ingrato rei, em vez de mostrar-se satisfeito pelo
benefício prestado, esbravejava por ter de entregar-lhe um décimo de seu rebanho.
Decepcionado, Hércules deixou Élis para trás, pois ainda tinha muitos trabalhos a realizar.
CHIANCA, Leonardo. Os doze trabalhos de Hércules. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2014. p. 23-25.
(Série Reencontro Infantil).
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FIQUE SABENDO!!!
OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES
Você sabe quais foram os outros onze trabalhos de Hércules? Além de limpar os
estábulos do rei Augias, Hércules:
• Estrangulou um leão gigante que assustava a região de Nemeia;
• Matou uma serpente com nove cabeças que dominava a cidade de Lerna;
• Aprisionou um javali que aterrorizava o monte Erimanto;
• Capturou uma corça com chifres de ouro e pés de bronze no monte Cerineu;
• Matou as aves que destruíam a colheita às margens do lago Estínfale;
• Aprisionou um touro enorme da ilha de Creta;
• Dominou quatro éguas ferozes e famintas na Trácia e alimentou-as com seu
dono;
• Apoderou-se do cinto de Hipólita, a rainha das amazonas;
• Matou um gigante de três cabeças na ilha de Erítia;
• Encontrou quatro maçãs de ouro que estavam perdidas;
• Capturou um cão de três cabeças e cauda em forma de serpente no mundo
inferior de Hades.
HÉRCULES FOI OU NÃO UM HERÓI?

NOSSA LÍNGUA
1. Observe as palavras destacadas no boxe a seguir. Algumas estão destacadas em azul,
outras, em vermelho.
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 As palavras destacadas em azul são SUBSTANTIVOS. Para que servem os SUBSTANTIVOS?


Os substantivos servem para nomear os seres, designá-los.

 As palavras destacadas em vermelho são ADJETIVOS. Para que servem os ADJETIVOS?


Os adjetivos servem para exprimir qualidades e caracterizar os seres.

SUBSTANTIVOS
Os substantivos são palavras que servem para nomear seres (imaginários ou não), coisas,
lugares, pessoas, animais, sentimentos, ações, estados, ideias, fenômenos da natureza.
Veja alguns exemplos:

Quando nomeiam seres genericamente, são chamados de SUBSTANTIVOS COMUNS.


Quando nomeiam determinados seres em particular, são chamados de SUBSTANTIVOS
PRÓPRIOS. Observe estes exemplos:
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Note que os substantivos próprios sempre são iniciados com letra


maiúscula. Quando nomeiam seres que têm existência própria, são
chamados de SUBSTANTIVOS CONCRETOS.
Quando nomeiam algo que precisa de outros para se manifestar, são chamados de
SUBSTANTIVOS ABSTRATOS. Por exemplo, um sentimento só se manifesta em um ser: “A
raiva invadiu o coração do rei”. Raiva é um substantivo abstrato porque só pode existir em
alguém.
Veja: SUBSTANTIVOS CONCRETOS

SUBSTANTIVO ABSTRATO

ADJETIVOS
Os adjetivos são palavras que servem para caracterizar os substantivos. Veja os exemplos
e observe como as palavras em azul caracterizam as palavras destacadas:

LOCUÇÕES ADJETIVAS
As locuções adjetivas são expressões formadas por mais de uma palavra que servem para
caracterizar seres – locais, pessoas, objetos etc. Veja alguns exemplos:
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VERBOS
Os verbos são as palavras que expressam ação, estado ou fenômenos da
natureza. Leia:

COMO PROCURAR PALAVRAS NO DICIONÁRIO?

PRODUÇÃO DE TEXTO
Um herói costuma ser um sujeito inteligente, honrado, forte e corajoso. Porém, mais do
que um herói qualquer, Hércules possui capacidades sobre-humanas e não demonstra medo
e outras fraquezas. Em outras palavras, ele é um herói invencível.
Você consegue imaginar outro herói ou heroína assim? Crie um herói invencível
totalmente novo. Ao final desta atividade, você poderá mostrar o herói novo para o professor,
por meio da exposição de um desenho e um pequeno perfil com as características dele no
mural da sala. É hora de soltar a imaginação!

PLANEJAMENTO

Para criar sua personagem, siga o roteiro:


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As perguntas são apenas um guia para você não esquecer as informações principais sobre
o seu herói ou heroína. Fique atento para não escrever como se estivesse respondendo
diretamente a cada uma das perguntas, pois, se fizer isso, o texto vai ficar estranho
DESENVOLVIMENTO
Agora que você já sabe como será seu herói ou heroína, monte o perfil dele(a) seguindo
estes passos:
1. Faça um desenho bem criativo dele(a), que demonstre algumas de suas características.
2. Crie um nome para ele(a) e sua origem (local de nascimento ou onde reside).
3. Descreva as características físicas e psicológicas dele(a), usando adjetivos.
4. Relate a aventura marcante em que ele(a) demonstrou suas qualidades e narre como
foi usando adjetivos.
5. Deixe claros os seus principais atributos, transformando alguns dos adjetivos
referentes ao herói ou heroína em substantivos abstratos. Por exemplo, se a heroína (ou o
herói) é descrita como sendo corajosa, em algum momento, use o substantivo relativo
coragem.
6. Organize a sua escrita em parágrafos, iniciando cada frase com letra maiúscula e
finalizando com ponto final.
7. Durante a escrita do perfil de seu herói, verifique se todas as palavras que escreveu
estão com a grafia correta. Caso tenha dúvida sobre a grafia de uma palavra, consulte o
dicionário. Leia um exemplo, construído para a personagem Hércules:
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USE ESTE ESPAÇO PARA ESCREVER O SEU TEXTO!!!


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ELEMENTOS DA NARRATIVA
Uma narrativa geralmente possui personagens, é contada por alguém e ocorre em um
determinado tempo e lugar.
→PERSONAGENS: As personagens são os seres que fazem as ações da história. Podem ser
classificadas em:
• PRINCIPAIS OU PROTAGONISTAS – Personagens centrais da história; são elas que vivenciam
os acontecimentos na maior parte do tempo.
• SECUNDÁRIAS – Personagens de importância menor; embora presentes, não desempenham
as ações mais importantes. A construção das personagens é muito importante em uma
narrativa. É preciso saber como cada uma é: quais são suas características físicas (por exemplo,
estatura, cor de cabelos, olhos etc.) e psicológicas (por exemplo, coragem, alegria, medo,
inteligência, inveja etc.).
Muitas vezes, essas características vão influenciar como se darão os acontecimentos, pois
elas revelam como as personagens interagem com o mundo e enfrentam as situações.
→TEMPO: O tempo é o momento em que a narrativa acontece. O narrador pode contá-la na
ordem em que os fatos acontecem ou aconteceram ou partir de fatos da atualidade e voltar
para o passado. Também é possível que a narrativa seja contada de acordo com as lembranças
das memórias da personagem.
→ESPAÇO: O espaço é o lugar onde as ações da narrativa acontecem. Algumas vezes, ela pode
se passar em mais de um lugar. A construção do espaço é mais do que a localização de onde
ela acontece: em qual país, em qual cidade, numa rua, numa floresta...
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O espaço envolve também a descrição do cenário e de tudo o que se


encontra na cena narrada: objetos, iluminação, cores etc. A descrição do
espaço ajuda a deixar a narrativa mais romântica, mais assustadora, mais fantasiosa, mais
parecida com a realidade.
Em “Rangi e Papa”, essa descrição faz com que o leitor possa imaginar como é o mundo
criado pelos filhos-deuses, que vivem insatisfeitos com um mundo de escuridão. Veja um
exemplo:

→NARRADOR: O narrador é aquele que conta a narrativa. Ele pode ser classificado em:
• NARRADOR-PERSONAGEM – Aquele que não só conta, mas participa da história;
• NARRADOR-OBSERVADOR – Aquele que conta a história como se apenas observasse os
fatos acontecendo;
• NARRADOR-ONISCIENTE – Aquele que não só observa os fatos acontecendo, mas sabe o
que as personagens estão sentindo e pensando.
PRONOMES
Pronomes são palavras que servem para se referir a pessoas, objetos, animais e seres em
geral. Veja alguns exemplos: Eu, tu, ele, nós, ela, você, o, a, os, as, eles, elas, vocês, me, mim,
comigo. Os pronomes podem evitar a repetição desnecessária de palavras nos textos.
Ele pode vir depois do nome a que se refere, como no caso anterior. Ele também pode vir
antes, e só podemos saber a que se refere ao continuarmos a leitura do texto. Quando
precisamos substituir um nome por um pronome em um texto, muitas vezes podemos ocultá-
lo, de maneira que somente os verbos já são capazes de nos revelar a quem se referem.
Os pronomes também representam as pessoas do discurso, necessárias para que a
comunicação e a interação aconteçam. Eles podem se referir:
• à pessoa que fala (1a pessoa),
• à pessoa com quem se fala (2a pessoa) e
• à pessoa de quem se fala (3a pessoa).
Quando indicam as pessoas do discurso, são chamados de PRONOMES PESSOAIS DO
CASO RETO. Veja:
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Existem ainda os PRONOMES PESSOAIS DE TRATAMENTO, alternativas


mais formais ou respeitosas para nos dirigirmos à 2a pessoa. O pronome de
tratamento mais popular é VOCÊ. No Brasil, conforme a região, as pessoas usam TU (pronome
pessoal do caso reto) ou VOCÊ (pronome pessoal de tratamento) para se dirigirem às outras.
Há vários pronomes de tratamento, além de VOCÊ.
Veja três exemplos:
• Vossa Senhoria (V.S.a) – Usado para nos dirigirmos a autoridades em geral;
• Vossa Excelência (V.Ex.a) – Usado para nos dirigirmos ao Presidente da República, aos
senadores, ministros, governadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, embaixadores
e cônsules;
• Vossa Majestade (V.M.) – Usado para nos dirigirmos a reis e rainhas.
PRONOMES PESSOAIS DO CASO OBLÍQUO: Além dos pronomes pessoais do caso reto, temos
também os pronomes pessoais do caso oblíquo:

Quando não são precedidos por preposição, são chamados de PRONOMES OBLÍQUOS
ÁTONOS. Por exemplo:

Quando são precedidos por preposição, são chamados de PRONOMES OBLÍQUOS


TÔNICOS. Por exemplo:

PRONOME OBLÍQUO ÁTONO E HÍFEN


Quando um pronome oblíquo átono vem depois do verbo, utiliza-se um HÍFEN (-)
para separá-los. Veja um exemplo:
– Trate-o sempre bem!
Em situações formais, a norma padrão recomenda não iniciar frase com pronome
oblíquo átono. Portanto, nesses casos, ele sempre deve aparecer depois do verbo. No
entanto, no dia a dia, no português falado no Brasil, esse uso não é muito comum, como
em “te amo” ou “me ajude”.
Alguns usos desse tipo já se tornaram tão comuns que são encontrados até mesmo
em situações formais de uso da linguagem, como em alguns romances, letras de
canções, jornais e revistas.
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INTERJEIÇÃO
As palavras que exprimem estados emocionais e sensações são
chamadas de INTERJEIÇÕES. Geralmente são empregadas com o ponto de exclamação (!). Por
exemplo:

Veja outros exemplos de interjeição e as emoções que normalmente expressam. Observe


que uma mesma interjeição pode expressar diferentes sentimentos, de acordo com cada
situação:
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Nas histórias em quadrinhos são usados diferentes tipos de balão. Cada um deles indica
um tipo de ação da personagem à qual o balão está ligado. Veja alguns deles:
 BALÃO DE FALA: Construído com linha contínua e sem ondulações ou ângulos. O
prolongamento que se dirige à personagem que fala é uma continuação dele.
 BALÃO DE PENSAMENTO: Construído com linha contínua, mas ondulado, como uma
nuvem. O prolongamento que se dirige à personagem que fala é feito de várias
bolinhas que diminuem de tamanho até chegarem à personagem.
 BALÃO DE GRITO: Construído com linha contínua, mas serrilhado. O prolongamento
que se dirige à personagem que fala é uma continuação do balão.
 BALÃO DE SUSSURRO OU COCHICHO: Construído com linha pontilhada. O
prolongamento que se dirige à personagem que fala é uma continuação do balão.

ONOMATOPEIAS
Certos ruídos, gritos, cantos de animais, sons da natureza, barulhos de máquinas podem
ser aproximadamente representados por palavras ou repetição de letras: são as
ONOMATOPEIAS. Por exemplo:

Nesse caso, “Tchu! Tchu! Tchu!” representa o som que o equipamento especial de super-
herói faria. Veja outros exemplos de onomatopeias:
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CHAMADAS E MANCHETES
Estampadas nas primeiras páginas de jornais e revistas e também na
página de abertura de sites de jornal, podemos observar o que denominamos chamadas,
espécie de frases-título que chamam a atenção para as matérias (notícias, reportagens etc.)
que estão no interior do periódico.
Nos jornais e revistas impressos, as chamadas indicam em que página cada matéria se
encontra e, quando publicados na internet, servem como links de acesso para as matérias.
Essas chamadas podem ou não vir acompanhadas de pequenos textos, que costumam trazer
informações sintéticas sobre do quê ou de quem trata a notícia, além de informações sobre
lugar, data, horário específico do ocorrido etc. As chamadas mais relevantes em cada edição
ou exemplar vêm com um destaque maior e são chamadas de manchetes. Geralmente,
primeira página de jornal ou revista, impressa ou digital, traz uma ou duas manchetes.

JORNAIS DIGITAIS
Hoje, os jornais de grande circulação possuem um portal com sua versão digital na
internet, que não necessariamente é idêntica à impressa, oferecendo outros tipos de
conteúdo e novos recursos, como vídeos.
Além disso, há portais de notícias que são somente digitais, sem apresentar uma versão
impressa. Os jornais digitais também apresentam cadernos, porém, diferentemente dos
impressos, eles são acessáveis via links.
No impresso, precisamos procurar pelas páginas, enquanto, no digital, basta clicarmos no
link do que queremos para acessar o conteúdo.
Duas funcionalidades foram adicionadas aos jornais digitais:
1) Possibilidade de compartilhamento de notícias por e-mail e nas redes sociais;
2) Possibilidade de busca de conteúdo, facilitando o acesso a notícias específicas;
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JORNAL MURAL
O jornal mural é um tipo de jornal muito utilizado em comunidades locais,
como empresas, escolas, associações de bairro, sindicatos etc., pois facilita a circulação de
notícias de interesse dos integrantes da comunidade.
Diferentemente de outros jornais impressos, o jornal mural fica afixado em local de
grande circulação dos interessados: paredes ou painéis em corredores, entradas de prédios
etc. Para facilitar sua atualização constante, podem-se deixar fixos o nome do jornal e os
títulos dos cadernos e trocar apenas as notícias, conforme é feita uma nova edição. Para isso,
as notícias podem ser confeccionadas em papéis soltos e afixadas no mural com tachas.

APOSTO
O aposto é o termo composto por uma ou mais palavras que serve para explicar ou
especificar algum substantivo em uma oração. Por exemplo:

PLURAL DE PALAVRAS TERMINADAS EM -ÃO


As palavras terminadas em -ão podem ir para o plural com as terminações -ãos, -ães ou -
ões.

FATO × OPINIÃO × ARGUMENTO


O FATO é um acontecimento que não pode ser contestado, pois sua existência pode ser
verificada por meio de diversas fontes, sejam elas jornalísticas ou científicas.
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Por exemplo: Há animais em extinção.


A OPINIÃO é o que alguém pensa sobre determinado assunto.
Por exemplo: Precisamos preservar os animais selvagens.
O ARGUMENTO é uma opinião embasada em dados, como estatísticas, fala de
especialistas e pesquisas científicas. Pelos argumentos, busca-se convencer outras pessoas a
concordarem com uma certa afirmação.
Por exemplo: Precisamos preservar os animais selvagens, pois, segundo a fundação
WWF (World Wildlife Fund), mais da metade das espécies desapareceu da Terra nos últimos
40 anos.
NOTÍCIA
Toda notícia tem como objetivo informar aos leitores os principais acontecimentos do
mundo, do país e da cidade. Ela costuma ser organizada da seguinte maneira:
• TÍTULO: Frase curta que tem como objetivo situar o leitor sobre o assunto e ao mesmo
tempo deixá-lo curioso para ler a notícia completa.
• LIDE: Um pequeno resumo da notícia, que informa qual é o fato, quem está envolvido, onde
e quando aconteceu.
• CORPO DA NOTÍCIA: Trecho que oferece maior detalhes e explicações. É comum que se
apresentem fotos relacionadas ao fato, acompanhadas de legendas, que têm como objetivo
explicar brevemente as imagens selecionadas.

TEMPOS VERBAIS
Os TEMPOS VERBAIS são as variações que os verbos sofrem para indicar o momento em
que uma ação, estado ou fenômeno ocorre. O PRESENTE indica ações que acontecem no
momento atual ou ações habituais, atemporais ou permanentes. Por exemplo:

O PASSADO (ou PRETÉRITO) indica ações que aconteceram em outro tempo. Por
exemplo:

O FUTURO indica ações que acontecerão. Por exemplo:

É comum, na linguagem informal e cotidiana, utilizar o verbo ir no presente + verbo no


infinitivo para indicar ações no futuro:
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Em situações mais formais de comunicação, seria mais adequado flexionar os verbos no


futuro e dizer ou escrever:

Há mais de um tipo de passado: O PRETÉRITO PERFEITO indica ações no passado que já


foram finalizadas. Por exemplo:

O PRETÉRITO IMPERFEITO indica ações no passado que eram habituais ou não foram
completamente finalizadas ou concretizadas. Por exemplo:

O PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO indica ações que ocorreram antes de outra ação


também no passado. Por exemplo:

Há mais de um tipo de futuro: O FUTURO DO PRESENTE indica ações que certamente


serão realizadas no futuro. Por exemplo:

O FUTURO DO PRETÉRITO indica ações que podem vir a acontecer no futuro, mas ainda
não são certas. Por exemplo:
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EXEMPLOS:

É preciso tomar cuidado com a diferença entre as terminações -am e -ão. Na fala, podem
soar semelhantes, mas na escrita são bem diferentes: -am indica uma ação no passado e -ão,
uma ação no futuro. Por exemplo: As geleiras derreteram. (pretérito perfeito) As geleiras
derreterão. (futuro do presente)

CARTA DE RECLAMAÇÃO E SOLICITAÇÃO


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CARTA DE RECLAMAÇÃO E OU SOLICITAÇÃO é um gênero textual no


qual a pessoa (REMETENTE) envia carta a alguém ou instituição
(DESTINATÁRIO) que tem plenos poderes para resolver o problema ou responder ao emissor.
Apresenta os seguintes elementos:
 LOCAL;
 DATA;
 REMETENTE,
 DESTINATÁRIO;
 ASSUNTO;
 SAUDAÇÃO INICIAL;
 RECLAMAÇÃO OU SOLICITAÇÃO;
 JUSTIFICATIVA (ARGUMENTOS);
 SAUDAÇÃO FINAL E ASSINATURA.
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS E ADJETIVOS
→MASCULINO E FEMININO
Os substantivos e os adjetivos podem ser considerados de acordo com o gênero: masculino
e feminino. Mas esse é apenas o gênero gramatical; não é o mesmo que o gênero das pessoas.
Uma palavra feminina nem sempre designa um ser feminino. Por exemplo, gata é um
substantivo feminino que está relacionado a um ser feminino, porém mesa também é um
substantivo feminino, mas é um objeto.
Há também alguns substantivos que podem se
referir tanto a seres masculinos quanto a seres
femininos, como criança. Além disso, há
substantivos que somente saberemos a quem se
referem pelo artigo que os antecede, por exemplo:
o motorista / a motorista, o colega / a colega, o
líder / a líder, entre outros.
Os adjetivos também podem ser femininos ou
masculinos, de acordo com o substantivo a que se
referem.
Por exemplo, na expressão macaco solidário, a palavra solidário acompanha o gênero
masculino do substantivo macaco. Isto é, o adjetivo solidário concorda com o gênero do
substantivo a que se refere, macaco. De forma parecida com os substantivos, há certos
adjetivos que servem tanto para o masculino quanto para o feminino. Por exemplo: floresta
quente e deserto quente.
→SINGULAR E PLURAL
Os substantivos e os adjetivos também podem ser considerados de acordo com o número:
singular e plural. A regra geral para fazer o plural em nossa língua é acrescentar -s ao final. No
entanto, há algumas outras regras para formar o plural dos substantivos. Além da regra dos
substantivos terminados em -ão, que aprendemos anteriormente, nos substantivos simples
terminados em:
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Nos substantivos compostos, como regra geral,


todas as palavras vão para o plural, como micos-
leões-dourados. Em alguns casos especiais, porém,
só a primeira palavra vai para o plural. Isso acontece
quando a segunda palavra é um adjetivo que tem
como objetivo indicar uma forma, espécie ou
finalidade da primeira. Nas palavras bichos-
preguiça e canetas-tinteiro, é como se falássemos
bichos do tipo preguiça e canetas do tipo tinteiro.
Em outros casos especiais, só a segunda palavra vai para o plural. Isso ocorre quando a
primeira palavra for um verbo, como beija-flores. Os adjetivos simples seguem as mesmas
regras dos substantivos simples. Nos adjetivos compostos, apenas a última palavra vai para o
plural, como verde-claros e mal-educados.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Em geral, os substantivos vão sempre concordar com os artigos e adjetivos a que se
referem, em gênero e número. Se um substantivo é feminino e está no plural, o artigo e o
adjetivo correspondente também estarão no feminino e no plural.
Por exemplo: As mudanças climáticas estão alterando a temperatura na Amazônia.
EXEMPLOS DE SUBSTANTIVOS

CONCORDÂNCIA VERBAL
Em geral, o verbo deve concordar com os substantivos que estão relacionados a ele.
Costumamos chamar o termo que concorda com o verbo de SUJEITO.
Assim, se o sujeito é simples, isto é, apresenta apenas um núcleo, o verbo ficará no
singular.
Se o sujeito é composto, isto é, apresenta mais de um núcleo, o verbo ficará no plural.
Por exemplo: A floresta está ameaçada. As plantas e os animais estão em perigo.
C OU Ç
Podemos usar c e ç para representar o som de /s/, como cebola ou caçarola. Como regra
geral, empregamos ç apenas antes das vogais a, o e u, e empregamos c antes das vogais e e i.
Além disso, nunca iniciamos uma palavra com ç. SC
Além de c e ç, também podemos usar sc para representar o som de /s/. O sc é usado em
muitos verbos.
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Veja alguns exemplos: O desmatamento cresce na Amazônia. Paraevitar


o desmatamento, é preciso que as pessoas se conscientizem. Muitas
árvores nascem na floresta.
A LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO
Além do Brasil e de Moçambique, o português também é a língua oficial dos seguintes
países: Angola, Cabo Verde, Guiné, Guiné-Bissau, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Em Macau, que fica na China (ver marcação em laranja), também há falantes de português,
mas ela não é a língua oficial da região. No Brasil, por exemplo, a língua oficial é a Língua
Portuguesa, mas os povos indígenas têm suas próprias línguas nativas.

FORMALIDADE E INFORMALIDADE
Cada situação de comunicação exige um nível de formalidade, tanto na escrita quanto na
fala. Em uma conversa entre amigos, podemos ser informais, utilizando até mesmo gírias e
expressões afetivas, dizendo algo como “E aí, brô!”, “Desculpaí, me enrolei porque o busão
miô!”.
Já em outras situações, como no trabalho ou em uma apresentação escolar, devemos ser
formais. Por exemplo, a mesma frase dita para o professor seria adequadamente adaptada
para: “Bom dia, professor! Desculpe-me, cheguei atrasado porque o ônibus não passou a
tempo”
O TEXTO DRAMÁTICO E A ENCENAÇÃO
A encenação de uma peça de teatro envolve o
trabalho de muitos profissionais, como os
cenógrafos, que criam os cenários; os
figurinistas, que criam as vestimentas usadas
pelos atores; e os iluminadores, que escolhem os
tipos de iluminação, a cor da luz a ser usada em
cada cena.
Uma peça teatral é um texto dramático. Veja
algumas características dos textos dramáticos:
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• São criados para serem encenados.


• São estruturados em diálogos; quando há apenas uma personagem que
fala, dizemos que é um monólogo.
• São divididos em atos, que podem ser subdivididos em cenas, com o objetivo de marcar os
diferentes tempos da peça. Em cada ato ou cena, pode-se alterar ou não o cenário, isto é, o
espaço em que ocorrem as ações.
• Há a presença de rubricas (textos entre parênteses), que indicam as ações e os sentimentos
das personagens, orientando sobre os gestos, expressões faciais, entonação de voz e outros
movimentos que devem ser feitos pelos atores.
GRAUS DO ADJETIVO
Os adjetivos podem expressar a intensidade de uma característica por meio do grau em
que estejam. Quando há a comparação de uma característica entre dois ou mais seres e
objetos, temos o grau comparativo, que pode expressar superioridade, igualdade ou
inferioridade. Por exemplo:

Quando a característica é apresentada em seu grau mais intenso, temos o grau


SUPERLATIVO, que pode ser expresso de duas formas:

PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!)


A palavra exclamação vem de exclamar, que significa “pronunciar em voz alta”. O ponto
de exclamação é utilizado para exprimir surpresa, indignação, susto, admiração, felicidade.
Pode também indicar um grito, um pedido, uma expressão de dor, um chamamento, um aviso.
25
EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

• Ufa! Pensei que não viesse mais!! (surpresa)


• Pluft, saia logo daí! Eles estão vindo! (chamamento)
• SOCORRO!!! (pedido)
• Que dia lindo! (admiração)
• Ué! Parece que todo mundo sumiu! (surpresa, espanto)
Às vezes, o ponto de exclamação é utilizado com um ponto de interrogação, para indicar
questionamento, dúvida e também espanto, admiração, surpresa etc.
• Mário, vem cá! Não ouviu que eu chamei?!
• Quem, eu?!
PONTO DE INTERROGAÇÃO (?)
A palavra interrogação vem de interrogar: ato de perguntar, questionar.

RETICÊNCIAS (...)
As reticências (...) servem para marcar uma interrupção na fala, podendo indicar:
• continuidade de uma ação: E assim a história continua...
• suspensão momentânea do pensamento: Não posso acreditar que...
• hesitações da fala: Ele quer pegar... digo, roubar... o tesouro.
• algo que não está implícito e que deve ser imaginado pelo leitor: O Perna de Pau vai me
levar para o mar...
VÍRGULA ( , )
Alguns casos em que se usa vírgula:
• Em orações adverbiais, isto é, que indicam alguma circunstância: Quando ele chegou, o
tesouro já tinha sido roubado. (oração que indica tempo)
• Em apostos explicativos: Maribel, a neta do Capitão Bonança, era muito corajosa.
• Em vocativos: Cadê você, Pluft? O vocativo serve para chamar ou invocar alguém.
SENTIDOS LITERAL E FIGURADO
Quando utilizamos uma palavra em seu sentido comum, dizemos que esse é seu sentido
literal. Quando utilizamos a mesma palavra em um sentido diferente do usual, atribuindo
novos significados a ela, dizemos que esse é seu sentido figurado.
 Pluft retirou uma teia de aranha do móvel velho. (sentido literal);

 O coração de Tio Gerúndio está virando teia de aranha. (sentido


figurado);
METÁFORA
Quando utilizamos um sentido figurado para fazer uma comparação direta, sem usar a
palavra como, dizemos que é uma metáfora.
 Maribel derramou o mar pelos olhos. (metáfora);

 Maribel chorou como se derramasse o mar pelos olhos. (comparação);


26
EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

CRÔNICAS
As crônicas são textos narrativos curtos publicados em revistas, jornais
ou livros, que têm como objetivo explorar acontecimentos da vida cotidiana, quer de maneira
humorística, crítica ou reflexiva.
As situações retratadas são tão comuns que, em muitas delas, as personagens sequer
chegam a ser nomeadas, sendo chamadas apenas de “o pai”, “o garoto”, “o vendedor”, “o
amigo”, “o vizinho”, entre outros. Por retratarem cenas cotidianas, é comum o uso de
expressões informais e diálogos.
DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO
Nos textos narrativos, chamamos a transcrição exata da fala das personagens de discurso
direto. Quando o narrador utiliza suas próprias palavras para relatar o que as personagens
disseram, temos o discurso indireto. O mesmo vale para outros textos, como entrevistas e
reportagens, por exemplo. Quando há a transcrição da fala de entrevistados, temos o discurso
direto. Quando o repórter relata o que o convidado disse, temos o discurso indireto.
SÍLABA TÔNICA
A sílaba tônica de uma palavra é aquela que pronunciamos com maior intensidade. Aquelas
que são pronunciadas com menor intensidade são as sílabas átonas. Observe:

PROPAROXÍTONAS
Chamamos de proparoxítonas as palavras que têm como tônica a antepenúltima sílaba.
Na língua portuguesa, todas as proparoxítonas são acentuadas.
MONOSSÍLABOS
Quando uma palavra apresenta apenas uma sílaba, é chamada de monossílaba. Os
monossílabos podem ser tônicos ou átonos, dependendo da forma como são pronunciados.
SÍLABA TÔNICA
Certas palavras de nossa língua são grafadas com sinais de acentuação, que marcam a
sílaba tônica. Para identificar a sílaba tônica, você deve prestar atenção na forma como
pronuncia a palavra. A sílaba tônica é a mais forte e pode ser acentuada ou não. Cada palavra
apresenta uma só sílaba tônica; portanto, as outras são átonas, pronunciadas de forma mais
fraca. Observe:
27
EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Existem palavras que apresentam apenas uma sílaba e, por isso, são
chamadas de monossílabas (mono = um). Exemplos: má, mau, lá, cá, um, dois,
que, três, é, e, vez, mês, no, nó.
Dependendo da posição da sílaba tônica, as palavras se classificam em:
• OXÍTONAS – A sílaba tônica é a última;
• PAROXÍTONAS – A sílaba tônica é a penúltima;
• PROPAROXÍTONAS – A sílaba tônica é a antepenúltima.
Lembre-se: para saber se uma sílaba é penúltima ou antepenúltima, é preciso sempre
contar as sílabas do final para o começo.
VACINA
• Última sílaba: NA
• Penúltima sílaba: CI
• Antepenúltima sílaba: VA
ACENTO AGUDO (´)

Pode ser usado sobre qualquer vogal e indica


som aberto.
Exemplos: sabiá, médico, juízo, sólido, baú.

ACENTO CIRCUNFLEXO (^)

Indica som fechado e é usado apenas sobre as


vogais a, e e o.
Exemplos: âncora, mês, inglês, fôlego, esôfago.

ACENTUAÇÃO DAS OXÍTONAS


As palavras oxítonas são acentuadas quando terminam em:
• a, e, o, as, es, os;
• ei, eu, oi, eis, eus, ois (com pronúncia aberta);
• em, ens.

Exemplos: sofá, café, cipó, atrás, através, avós, japonês, dominó,


bibelô, buquê, chapéu, herói, pastéis, troféu, parabéns, ninguém.

Se não apresentarem essas terminações, as oxítonas não são acentuadas.


Exemplos: invalidez, lucidez, urubu, Itu, animal, milharal, pincel, anel. Observe:
• levar + a = levá-la • usar + os = usá-los
• esquecer + o = esquecê-lo • trazer + os = trazê-los
• estudar + a = estudá-la • repor + o = repô-lo
• pegar + os = pegá-los
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Formas verbais terminadas em a, e e o também são acentuadas (com


acento agudo ou circunflexo) quando ligadas aos pronomes oblíquos o, a, os
e as (lo, la, los, las), porque perdem a terminação -r, tornando-se palavras oxítonas terminadas
em a, e e o.
Veja:
 Tenho um gato chamado Carvão.
Irei vacinar Carvão amanhã.
 Tenho um gato chamado Carvão.
Irei vaciná-lo amanhã.

DERIVAÇÃO

Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada de derivada, a
partir de outra já existente, chamada de primitiva.

De quais palavras primitivas as derivadas acima se originaram? Originaram-se de mamar


e de terra.

DERIVAÇÃO PREFIXAL E DERIVAÇÃO SUFIXAL

Dois tipos comuns de derivação na língua portuguesa são a derivação prefixal e a


derivação sufixal. Quando acrescentamos algo no início de uma palavra para criar outra, temos
a DERIVAÇÃO PREFIXAL, em que são adicionados PREFIXOS às palavras primitivas. Veja o
sentido de alguns deles:

Quando acrescentamos algo no fim de uma palavra para criar outra, temos a DERIVAÇÃO
SUFIXAL, em que são adicionados SUFIXOS às palavras primitivas. Veja o sentido de alguns
deles:
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Usa-se o sufixo -IZAR quando a palavra primitiva não tem “S” na última sílaba, como por
exemplo: canalizar (derivada de canal), hospitalizar (derivada de hospital), utilizar (derivada
de útil).
Usa-se o sufixo -ISAR quando a palavra primitiva tem “S” na última sílaba, como por
exemplo: pesquisar (derivada de pesquisa), avisar (derivada de aviso), precisar (preciso).

PARCIAL OU IMPARCIAL?
Nas revistas e jornais, há textos que buscam informar o leitor com certa “imparcialidade”,
pois não trazem a opinião sobre o fato, e há aqueles que têm como objetivo retratar diversas
opiniões e visões a respeito do mundo e da sociedade. A REPORTAGEM é um desses textos
jornalísticos, pois, diferentemente da notícia, o repórter pode expressar, no texto, seus pontos
de vista, comentários e conhecimentos sobre o tema.
Mais do que apresentar um fato, o repórter busca explicá-lo ao leitor, a partir de seu
ponto de vista. De acordo com a revista ou jornal, a reportagem pode apresentar diversas
finalidades. Na revista Ciência hoje das crianças, por exemplo, as reportagens têm como
objetivo explicar determinados fatos científicos para crianças, a partir de certos temas, como
se faz na coluna “Fundo do mar”.
CAMPOS PARA COMENTÁRIOS
Nos dias de hoje, muitas páginas da internet, como sites de revistas e jornais, redes sociais,
blogs, entre outros, apresentam campos para que as pessoas façam comentários. Existem
comentários que têm como finalidade apenas a interação pessoal entre amigos e familiares,
como, dizer que a foto da viagem de um amigo ficou bonita.
Há também outros tipos de comentários, que têm como objetivo expressar uma opinião
a respeito de uma notícia, um artigo ou uma reportagem lida. Nesses casos, é importante
justificar seu ponto de vista, dizendo mais do que bacana ou chato, por exemplo.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Como vimos anteriormente, é possível utilizar pronomes para evitar a repetição excessiva
de uma mesma palavra em um texto. Para fazer isso, além dos pronomes pessoais, podemos
30
EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

usar também os PRONOMES DEMONSTRATIVOS. Em geral, utilizamos


esse(s) ou essa(s) para retomar ou antecipar uma palavra do texto. Por
exemplo:

“Os golfinhos são muito carismáticos, esses animais são adorados pelas crianças.
Esses animais são especiais, os golfinhos conseguem realmente cativar as crianças.”

Nesses casos, não há dúvidas de que a palavra esses se refere a golfinhos. No entanto,
algumas vezes, precisamos indicar por meio de pronomes demonstrativos se estamos
retomando uma palavra mais próxima ou mais distante no texto. Veja um exemplo:

“Os tubarões e os golfinhos são animais oceânicos, porém, estes são amados,
enquanto aqueles são temidos.”

Nesse caso, a palavra estes se refere a golfinhos, pois é o elemento mais próximo no texto,
enquanto aqueles se refere a tubarões, pois é o elemento mais distante.

EMPREGO DE S OU Z
Em muitas palavras, o som de /z/ pode ser representado tanto pela letra s quanto pela
letra z. Para saber quando usar uma ou outra, algumas regras podem ajudar!
• Usa-se s para palavras que já possuem s na palavra primitiva, na parte que é mantida.
Por exemplo:
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Em outros casos, é preciso memorizar o uso de s ou z em algumas palavras. Vejaexemplos:

Alguns nomes próprios podem ser escritos com s ou z. Por exemplo:

EMPREGO DE H
A letra h no início das palavras não tem um som próprio, portanto, pronunciamos apenas
a vogal que aparece em seguida. Leia as palavras abaixo em voz alta e veja como funciona:

Então, por que iniciamos algumas palavras assim? Como já sabemos, a maneira como
falamos e escrevemos muda de acordo com uma série de fatores: a situação em que estamos,
o tempo em que vivemos, a região em que moramos, entre outros. Em suas origens gregas ou
latinas, algumas palavras começavam com a letra h, e isso foi mantido na escrita ao longo do
tempo.
Veja alguns exemplos:
 herói (do latim heros)
 hipopótamo (do grego hippopótamos)
 hipótese (do grego hypóthesis)
 homem (do latim homˇinem)
 hoje (do latim hodˇie)
ACENTUAÇÃO DAS PAROXÍTONAS
Como você já viu, quando a penúltima sílaba de uma palavra é a tônica, temos uma
palavra PAROXÍTONA. Na língua portuguesa, a maioria das palavras é paroxítona. Como será
a acentuação das paroxítonas?
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

EXEMPLOS DE PALAVRAS PAROXÍTONAS...

DITONGO é o encontro de dois sons vocálicos na mesma sílaba. Observe outros exemplos
de palavras paroxítonas terminadas por ditongo:

INFOGRÁFICOS
Um infográfico é caracterizado por ilustrações explicativas sobre um tema ou assunto.
Infográfico é a junção das palavras info (informação) e gráfico (desenho, imagem,
representação visual), ou seja, um infográfico é um desenho ou imagem que, com o auxílio de
um texto, explica ou informa sobre um assunto que não seria muito bem compreendido
somente com um texto. Os infográficos são muito utilizados em jornais, mapas, manuais
técnicos, educativos e científicos, e também em sites.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

GRÁFICOS
Os gráficos são instrumentos importantes para representar comparações
de maneira visual. Para criar um gráfico, é necessário ter as quantidades ou valores que se
deseja comparar, todos em uma mesma medida, por exemplo, quilogramas, centímetros ou
anos. Em seguida, é necessário criar duas retas – os eixos –, que representarão,
respectivamente, duas categorias (por exemplo, “peso” na vertical e espécie de pinguim na
horizontal). No eixo “peso”, atribuímos uma escala, por exemplo, de 5 em 5 quilogramas. No
eixo espécie, indicamos o nome de cada uma delas. Feito isso, é só indicar a quantidade de
quilogramas correspondente ao “peso” de cada espécie. Os exemplos usados são de gráfico
de barras.
As barras são posicionadas para cada espécie, na
horizontal, e seu tamanho corresponde ao “peso”. A barra que
indica 5 quilogramas termina na faixa vertical, no número 5.
Existem diversos tipos de gráficos, para diferentes finalidades.
O gráfico que aprendemos é o gráfico de barras. Note que elas
podem ser representadas tanto na vertical quanto na
horizontal.

A ENQUETE é uma pesquisa de opinião pessoal sobre qualquer assunto. As respostas


registradas podem ser transformadas em dados numéricos, que geram gráficos.

DITONGOS CRESCENTES E DECRESCENTES


Como você aprendeu, os ditongos acontecem quando há duas vogais na mesma sílaba. Se
a segunda vogal é a mais forte na pronúncia, temos um ditongo crescente. Se a primeira vogal
é a mais forte, temos um ditongo decrescente.

ELEMENTOS NÃO PROPORCIONAIS ENTRE SI.


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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Veja mais exemplos no quadro abaixo:

Você lembra que as paroxítonas são acentuadas quando terminadas em ditongos? Esses
DITONGOS são os CRESCENTES.
DITONGOS NASAIS
Os ditongos -ão, -ãe e -õe são chamados de ditongos nasais. Por exemplo:

HIATO
Quando há duas vogais em sequência na mesma palavra, mas elas não ficam juntas ao
separarmos as sílabas, temos um hiato. Por exemplo:

Observe que são acentuados os hiatos de i e u quando ficam sozinhos em qualquer


localização da sílaba.
EMPREGO DE X OU CH
Muitas vezes, o x e o ch apresentam o mesmo som. Em geral, utilizamos o ch na maioria
das palavras. Já o x usamos nos seguintes casos:
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

2. ÁREA MATEMÁTICA
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

2. ÁREA MATEMÁTICA

2.1 MATEMÁTICA

OS NÚMEROS AO NOSSO REDOR


Os números estão presentes no dia a dia e, mesmo que você não perceba, são utilizados
em quase todos os momentos.
UTILIZAÇÃO DOS NÚMEROS
Neste momento, você vai estudar os diferentes significados e usos dos números.
Perceberá, ainda, quando e por que se utilizam números para contagem, cálculo e medição.
Você já deve ter percebido como é importante ler os textos que se encontram em li vros,
revistas, jornais, outdoors, folhetos de supermercados, internet e muitos outros
veículos de comunicação. Também deve ter notado que, nos tempos atuais, estar alfabetizado
exige mais do que apenas reconhecer o que está sendo comunicado por meio da leitura e da
escrita de letras, palavras e frases.
“Ler o mundo” exige de todos conhecer outros códigos e sinais, como os símbolos
matemáticos que representam números, operações e relações.
Observe as placas seguintes, que são exemplos de identificação de códigos e sinais.

O QUE OS NÚMEROS INFORMAM?

Pense sobre a quantidade de informações que são transmitidas por meio de números
diariamente. Agora, imagine como seria difícil comunicar-se no mundo sem usar a linguagem
matemática.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Pense também em como seria receber uma conta de luz cujo consumo
não estivesse assinalado em números, ir a um supermercado e os produtos
não terem indicação de preço, ler um jornal sem a apresentação de gráficos ou números em
suas reportagens...
Por exemplo, leia este anúncio de refrigerador:

Você o compraria assim, sem ter todas as informações?

NÚMEROS PARA CONTAR


Dentre os vários significados atribuídos aos números, um dos principais refere-se à
contagem. A determinação de uma quantidade, que responde à pergunta “Quantos?”, é
representada pelos NÚMEROS CARDINAIS.
Eles expressam a quantidade absoluta, ou seja, a quantidade total, e
permitem indicar o número de pessoas, de objetos de uma coleção
etc.
É possível determinar a quantidade de objetos de um conjunto de
várias maneiras: visualizando, contando ou utilizando estratégias
aritméticas.
Os seres humanos têm a capacidade de perceber visualmente até seis
unidades e, em alguns casos, não é mesmo necessário fazer uma
contagem para determinar se há mais objetos em um conjunto do
que em outro.
Por exemplo, ao observar a figura a seguir, é possível saber se há mais porcas ou
parafusos. Para isso, basta fazer a correspondência visual entre as porcas e os parafusos.

Usa-se a percepção visual para determinar onde há mais ou menos elementos em um


conjunto ou grupo, por exemplo, em uma sala de aula, na qual todos os estudantes estão
sentados e pode-se perceber que algumas cadeiras estão vazias.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Quando a quantidade de um conjunto ou grupo é grande, utilizam-se


outras estratégias, como algumas apresentadas adiante.

NÚMEROS PARA ORDENAR


Os números ordinais são aqueles usados para ordenar, ou seja, sua finalidade é indicar a
posição de algo em uma sequência ordenada: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto,
sexto etc.
Os números ordinais podem ser empregados para indicar:

Veja, nas imagens a seguir, algumas situações em que são utilizados os números ordinais.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

NÚMEROS PARA LOCALIZAR


No Brasil, a maior parte de moradias, edifícios públicos e privados,
fábricas etc. pode ser localizada por meio de um endereço, em geral composto pelo nome de
um logradouro (rua, praça, avenida etc.), pelo seu número e pelo Código de Endereçamento
Postal (CEP).
NÚMEROS PARA CODIFICAR
Agora você estudará os números que são códigos, ou seja, aqueles que não são usados
para determinar quantidades nem medidas e, por esse motivo, diferentemente dos vistos até
o momento, não é habitual fazer contas com eles.
Você já observou os números nas placas dos carros. Será que
faz sentido compará-los ou fazer contas
com eles?
Os números nas placas dos automóveis fazem parte de um
sistema de códigos utilizado pelo departamento de trânsito de
cada Estado.

A PRESENÇA DOS CÓDIGOS NO DIA A DIA


Os números usados como códigos estão presentes em placas de veículos, CEP anotado em
correspondências, códigos de barras de produtos, entre outros.

CEP
Os números que compõem um endereço
postal fornecem informações, por exemplo,
ao carteiro. Cada dígito tem um significado
no Código de Endereçamento Postal (CEP).
O CEP está estruturado segundo o
sistema decimal e é composto por região,
sub-região, setor, subsetor, divisor de
subsetor e sufixos (identificadores de
distribuição), conforme demonstrado ao
lado:

A MATEMÁTICA DOS CÓDIGOS DE BARRAS

Os códigos de barras estão impressos nas embalagens dos


produtos que são comprados em lojas e supermercados.
Veja como funciona:
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

A sequência numérica do código de barras geralmente é composta por 13 dígitos, que


carregam informações do produto:
 Os três primeiros dígitos identificam o país em que o produto foi cadastrado, e não onde ele
foi fabricado necessariamente (por exemplo, o código de todos os produtos cadastrados no
Brasil começa com a sequência 789);
 Os quatro dígitos seguintes identificam o fabricante do produto;
 Os próximos cinco dígitos identificam o produto em si;
 O último algarismo é o dígito de controle, também chamado de dígito verificador.

Por exemplo, veja a composição do código 7897123884012 de determinado produto:

O dígito de controle é usado em muitas situações que envolvem algum tipo de


identificação. Você pode observá-lo também nos números de documentos ou de contas
bancárias. Em geral, é o último (ou os dois últimos) algarismo(s) escrito(s) após um hífen ou
uma barra.

O CÁLCULO NAS ATIVIDADES COTIDIANAS

No dia a dia, você é desafiado a operar com quantidades quase o tempo todo. Este é o
tema desta Unidade: o cálculo e as diversas formas de calcular que são usados habitualmente.
41
EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Para ampliar sua autonomia em relação ao raciocínio matemático, você


irá realizar atividades que vão ajudá-lo a perceber as propriedades das
operações e os procedimentos de cálculo.

AS MODALIDADES DE CÁLCULO NA ESCOLA, EM CASA E NO TRABALHO

O cálculo faz parte da vida das pessoas;


assim, seria muito difícil viver no mundo
atual sem ter de fazer contas.
Neste momento, você terá a
oportunidade de perceber que os
procedimentos de cálculo são justificados
por propriedades das operações, pelas
regras do sistema de numeração decimal e
por questões práticas.
Reflita um pouco sobre o que você tem feito nos últimos tempos.
 Alguma de suas atividades cotidianas ou profissionais envolve a realização de
cálculos?
 Qual foi a última vez que precisou fazer uma conta?
 Em que situações é necessário efetuar cálculos?
 Você consegue imaginar alguma profissão em que o cálculo é desnecessário?

MODALIDADES DE CÁLCULO
O cálculo está presente em praticamente todas as atividades
profissionais: do pedreiro, do marceneiro, do engenheiro, do
bancário, do contador, do economista, entre outras. Todos fazem
cálculos, de um modo ou de outro.
As atividades que exigem rapidez e precisão na realização de
cálculos utilizam ferramentas como calculadoras e softwares
(programas de computador).
Entretanto, na maior parte das situações do cotidiano, os
cálculos não precisam ser exatos. Quando você vai à feira, se já sabe
o que pretende comprar, não é necessário levar o dinheiro contado,
até mesmo porque os preços podem ter variado. Contudo, é
importante ter uma noção do que vai gastar, e, para isso, basta saber
o valor aproximado. É assim também em outras atividades. O
alfaiate, por exemplo, tem uma ideia aproximada de quantos metros
de tecido vai precisar para confeccionar uma roupa – ele sabe que
haverá retalhos e que existem casos em que remendos não poderão
ser feitos.
Na vida prática, na maioria das vezes, os cálculos são efetuados
de quatro modos diferentes:
 cálculo mental;
 cálculo escrito no papel;
 por estimativa;
 na calculadora ou no computador.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

A seguir, você vai explorar alguns procedimentos de cálculo mental e


aprofundar seu conhecimento sobre o cálculo escrito, buscando
compreender o porquê de cada uma de suas etapas.

ATIVIDADE 1 CÁLCULOS
Muitas vezes não se percebe como a Matemática está presente no cotidiano das pessoas.
Nesta atividade, você vai realizar cálculos mentais para perceber esse fato.
43
EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

ATIVIDADE 2 PRATIQUE RESOLVENDO PROBLEMAS

ATIVIDADE 3 PROBLEMAS DE TROCO


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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

ATIVIDADE 4 AJUDANDO NO TROCO


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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO: MÉTODOS E ESTRATÉGIAS


O objetivo de estudo deste tema é rever a multiplicação e a divisão, porém não da forma
convencional, ou seja, aquela que você está habituado a realizar, mas sim de modo mais
intuitivo, fazendo uso do raciocínio lógico e do cálculo mental.

Os algoritmos dessas operações são


apresentados por meio de esquemas e
situações-problema, buscando o
entendimento do que é feito em cada
uma das operações, que, assim, deixam
de ser uma repetição mecânica e sem
sentido.

Mesmo não sendo um profissional da construção civil, você já deve ter se deparado com
uma situação prática desse setor, como o cálculo dos tijolos necessários para levantar uma
parede ou o de lajotas requeridas para cobrir o piso de um cômodo.
Você já percebeu que existem diversos procedimentos para realizar esse tipo de cálculo?
Pois é, isso ocorre porque é possível se chegar à solução usando o raciocínio lógico, que, muitas
vezes, difere de pessoa para pessoa. Assim, a forma como você calcularia o número de lajotas
citado anteriormente pode ser diferente do modo que outra pessoa faria isso, mas,
provavelmente, os dois chegariam ao mesmo número se utilizassem estratégias corretas.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

PROCEDIMENTOS DE MULTIPLICAÇÃO
Seu Raimundo trabalha na construção civil. Ele faz muitas coisas para
colocar uma casa em pé. Por exemplo, na etapa de construção, assenta tijolos para construir
uma parede e, na etapa de acabamento, coloca ladrilhos e lajotas.

● Como poderia ser feito o cálculo para saber quantos tijolos e lajotas seu Raimundo precisa
para erguer a parede e forrar o piso?
A multiplicação é uma das operações mais utilizadas na construção civil. Pedreiros e mestres
de obra usam a multiplicação para calcular o número de tijolos, lajotas ou ladrilhos que usam
nas construções.
Há várias maneiras de multiplicar. A forma mais comum, rápida e simples é usar uma
calculadora. Mas, mesmo usando-a, é importante saber o que se está fazendo para poder
realizar melhor a operação. É por isso que você vai se aprofundar nas várias maneiras de fazer
uma multiplicação, mas compreendendo o processo realizado.
O papel quadriculado é um bom recurso para ajudar a entender as etapas da multiplicação.

Como você pôde ver nas atividades realizadas pelo pedreiro, são
comuns situações que envolvem o cálculo da área de um retângulo
como o que segue ao lado.

● Qual é a área desse retângulo?


Veja as etapas apresentadas a seguir e aprenda a calcular a área de uma figura geométrica
usando o papel quadriculado.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Acompanhe, agora, algumas estratégias que mostram as etapas que você


pode utilizar para calcular, por exemplo, a multiplicação 146 × 3.

ATIVIDADE 1 CÉLULAS “VAZIAS”


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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

A DIVISÃO
Há muitas maneiras de fazer uma divisão. Quando a conta é muito simples,
pode-se realizá-la mentalmente ou no papel. Por exemplo, se você sabe a tabuada do 7 de
cabeça, pode resolver a divisão de 42 por 7 facilmente: 42 ÷ 7 = 6, em que 6 é o quociente da
divisão.
Também pode-se usar o papel para resolver a divisão 91 ÷ 7:

No entanto, nas atividades do dia a dia (e do mundo do trabalho), como já foi dito no caso
da multiplicação, é mais simples e rápido usar a calculadora. Mas, mesmo ao usar uma
calculadora, é importante entender a divisão que é feita para se evitar erros, seja na hora de
digitar os números, seja na leitura e interpretação do resultado.
Você lembra como se faz uma divisão sem o auxílio de uma calculadora?
Por exemplo, determine o quociente e o resto da divisão de 885 por 7 usando lápis e papel.
Para compreender melhor as etapas de como fazer uma divisão com lápis e papel, veja a
descrição da solução do problema a seguir.
DISTRIBUINDO A GORJETA
Depois de um fim de semana de muito movimento, 7 garçons fizeram a divisão, em partes
iguais, da gorjeta arrecadada em três dias de trabalho. Para tanto, eles adotaram as etapas a
seguir:
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Lembre-se de que o DIVIDENDO (D) é a quantidade que tem


de ser dividida pelo DIVISOR (D), e o resultado é o
QUOCIENTE (Q). Se o RESTO (R) é zero, diz-se que a divisão
é exata, e o dividendo é múltiplo do divisor.
O resto sempre deve ser menor que o divisor.

ATIVIDADE 2 EXERCITANDO A OPERAÇÃO DE DIVISÃO


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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

DIVISÕES, ADIÇÕES E SUBTRAÇÕES NAS COMPRAS COM DESCONTO OU A PRAZO


O objetivo deste tema é explorar um assunto muito presente no cotidiano: o desconto nas
compras à vista ou o acréscimo, em forma de juros, nas compras a prazo, discutindo as formas
usadas para o cálculo desses valores.
A venda de produtos em várias prestações com ou sem juros é uma prática muito usada
atualmente. Procure atentar para estas situações:
● Um produto oferecido em várias prestações que podem ser iguais e sem juros no cartão
de crédito ou com um pequeno acréscimo, financiado pela própria loja;
● Lugares que oferecem um desconto no valor gasto se o pagamento for feito a vista, de
preferência em dinheiro.
Certamente você reconhece uma delas, ou as duas, não?
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

A DIVISÃO E A MULTIPLICAÇÃO NAS COMPRAS À VISTA E A PRAZO

Na loja Compretudo, todos os produtos estão sendo


vendidos com descontos de 10%, que equivale à
décima parte do preço inicial.

Nos cartazes acima, estão registrados os preços dos produtos sem o desconto. Calcule
quanto será pago por cada produto com o desconto de 10%.

Veja, ao lado, como um cliente calculou


o preço do liquidificador com o desconto.
O cálculo está certo? Explique por quê.

Em algumas situações de compra e venda, o cliente tem de pagar um acréscimo ao preço


da compra na forma de juros.
Suponha um tipo de oferta em que um produto pode ser pago à vista com desconto ou
após certo período.
Na loja Compreaqui, as mesmas mercadorias podem ser pagas no ato da compra, com 10%
de desconto, ou depois de três meses, com um acréscimo de 10% sobre o preço sem desconto.

Calcule quanto será pago por cada produto com o acréscimo de 10%.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Veja, ao lado, como um cliente calculou o


preço do liquidificador com o acréscimo de
10%. O cálculo está certo? Explique por
quê.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

ATIVIDADE 1 EXERCITANDO OS CÁLCULOS EM COMPRAS À VISTA E A


PRAZO
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

AS FORMAS AO SEU REDOR

Nesta Unidade, você vai explorar as formas geométricas presentes no dia a dia e também
nas atividades profissionais, pois assim poderá perceber a aplicação de mais esse ramo da
Matemática em sua vida.

GEOMETRIA E ARTE NAS FORMAS DA CIDADE E NO COTIDIANO


As pessoas vivem rodeadas por muitas formas, que são vistas e sentidas com frequência,
pois estão por todos os lados: em casa, nos veículos, na rua, no bairro, no trabalho.
● Ao estudá-las, você perceberá que essas noções geométricas são um ótimo exercício para
o desenvolvimento do raciocínio.
● Quais são as formas geométricas que você conhece? Liste ou desenhe as que lembrou
mesmo que não saiba o nome delas.
● Observe o ambiente ao seu redor. O que você vê mais: formas retas ou curvas?
● Quais objetos com formas retangulares você conhece? E quais com formas curvas?
● Na natureza, aparecem mais formas retas ou curvas?
● Por que você acha que o formato da maioria dos pratos e da borda dos copos é circular?
E por que, em sua opinião, a maioria das mesas, portas e janelas têm forma retangular?
● Em geral, cadeiras e mesas têm quatro pés. Tente explicar o porquê disso.

COMO A GEOMETRIA ESTÁ PRESENTE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO


Nas grandes cidades do mundo contemporâneo, a arte geométrica pode ser apreciada em
museus e em espaços públicos como ruas, praças, metrôs etc.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Na cidade de São Paulo, por exemplo, a geometria pode ser apreciada na arquitetura dos
edifícios, no traçado de ruas e avenidas, nas formas artísticas dos espaços públicos e em obras
de arte.
Observe as formas geométricas presentes na figura a seguir:

● Você identifica alguma forma familiar ao olhar essas figuras?


● Que formas você vê? Descreva-as.

As formas coloridas que aparecem nessa imagem são


denominadas POLÍGONOS. Você pode observar que eles
diferem em diversos aspectos além da cor, mas têm
características comuns relacionadas à forma: são todos
planos, fechados e formados por segmentos de reta, que,
ao se encontrarem, formam ângulos. Observe que o
polígono amarelo, a seguir, tem 6 lados e uma reentrância;
as figuras azul e vermelha têm 4 lados.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

A figura azul da imagem anterior, é conhecida de todos, trata-se de um retângulo.

O RETÂNGULO é um quadrilátero que


tem todos os ângulos de mesma medida,
e seus lados são paralelos dois a dois.
Cada um dos 4 ângulos internos do
retângulo são ângulos retos, ou seja,
medem 90°.

ATIVIDADE 1 FORMAS GEOMÉTRICAS NO COTIDIANO


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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

AS FORMAS GEOMÉTRICAS PRESENTES NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS

A geometria está presente em praticamente todas as profissões, porém, em algumas, ela é


mais usada do que em outras. A marcenaria é uma das atividades profissionais que mais faz
uso dos conhecimentos geométricos. Para construir uma simples mesa, o marceneiro tem de
fazer o corte da madeira empregando formas geométricas.
Se o tampo da mesa é retangular, o
marceneiro tem de cortá-lo de modo que os
lados sejam paralelos e que os ângulos dos
cantos da mesa sejam ângulos retos. Depois,
precisa cortar os pés de modo que tenham a
mesma medida, para que a mesa fique
equilibrada e estável.
O corte de uma porta, apesar da
simplicidade da forma retangular, tem de ser
bem preciso, para que ela possa encaixar no
batente. Seus lados opostos devem estar
paralelos
Como evocê
todos os ângulos devem ser retos.
pode observar, a forma retangular é especial. Veja que se pode imaginá-la
dividida ao meio de dois modos, como indicado na figura a seguir. Essa é uma propriedade das
figuras simétricas, que serão estudadas mais adiante. Por isso, muitos marceneiros testamsua
produção encaixando a porta de vários modos.

ATIVIDADE 2 AS FORMAS GEOMÉTRICAS DENTRO DE CASA


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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

3. ÁREA DE CIÊNCIAS DA
NATUREZA
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

3. ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA


3.1 CIÊNCIAS

TERRA E UNIVERSO

Vamos começar seus estudos de Ciências conhecendo o céu e o planeta Terra, procurando
compreender como a Terra se movimenta no espaço. Em seguida, discutiremos como os
movimentos aparentes do Sol e da Lua servem para explicar a sucessão dos dias e das noites
e como o movimento do planeta em torno do Sol está relacionado às diferentes estações do
ano.
Mas a Terra, o Sol e a Lua não são os únicos corpos que existem no céu. Reconhecer a
existência de outros elementos, no interior e fora do Sistema Solar, e saber nomeá-los também
serão assuntos tratados nesta Unidade.

OS MOVIMENTOS DA TERRA: ROTAÇÃO E TRANSLAÇÃO


Neste momento, você vai estudar os movimentos de rotação e translação do planeta Terra e
como eles definem as estações do ano e influenciam o clima nas diferentes regiões.
Observe a imagem da Terra vista do espaço.
Agora, pense sobre as questões que seguem.
● O que representam as áreas azuis? E as áreas
brancas? E as áreas verdes e marrons? E o que
são os pontinhos brancos espalhados ao fundo?
● A esfera pequena ao fundo, o que é?
● Por que uma face da Terra está mais clara e a
outra face mais escura?
● Considerando a imagem, de que lado da Terra
estaria o Sol?
● Você já observou que a posição do Sol no céu
muda ao longo do dia?
● Ao observar esse movimento, você diria que a
Terra gira em torno do Sol ou que é o Sol que
gira em torno da Terra?
Faça anotações para cada uma das questões, para que você possa, depois de concluir este
estudo, conferir suas hipóteses com o que aprendeu.
MOVIMENTO DE ROTAÇÃO
Pela manhã, o Sol surge no horizonte, depois vai ficando cada vez mais alto em relação ao
solo, até aproximadamente o horário do almoço. Passado o meio-dia, ele começa a “descer”
do lado oposto ao que “subiu”. Você já reparou que o mesmo acontece com a Lua e com as
estrelas?
Somente olhando para o céu e pensando na sucessão de dias e noites já é possível perceber
muitas coisas sobre os movimentos da Terra e dos astros.
Ao longo de nossa história, muitas pessoas se interessaram por esses movimentos. Alguns
cientistas construíram explicações sobre eles apoiando-se em observações, experimentos e
deduções lógicas. Veja o que a ciência conta a respeito desses fenômenos.
63
EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Observe a ilustração a seguir, que representa um modelo do Sistema


Terra-Sol. Nela você pode ver o globo terrestre, que representa a Terra, e
uma lâmpada que representa a luz do Sol.

Nessa ilustração, observe que a América


está recebendo a luz do Sol. Veja que, ao
mesmo tempo, do lado oposto do globo
encontram-se os continentes que não estão
recebendo a luz do Sol.
De acordo com o modelo, se a Terra
permanecesse o tempo todo nesta mesma
posição, no Continente Americano seria
As alternâncias entre dias e noites (ou
sempre dia e no Continente Asiático e na
ciclos dia-noite) acontecem porque a Terra
Oceania somente haveria noites.
faz um movimento de rotação em torno de
Mas você já sabe que isso não acontece.
seu próprio eixo – o eixo de rotação.
E agora vai saber o porquê.

O movimento de rotação acontece de Oeste para Leste, no sentido anti-horário, e explica


o movimento aparente do Sol e das estrelas ao longo de um dia. Além disso, ele explica
também a sucessão dos dias e das noites.
No movimento de rotação, a Terra leva aproximadamente 24 horas para dar uma volta
completa em torno de seu eixo, o que define a duração de um dia.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO
Além do movimento de rotação, a Terra faz outro movimento: o de
translação. Esse é o movimento que a Terra realiza em torno do Sol, seguindo uma trajetória
fixa, a órbita da Terra.
Como você pode observar na ilustração a seguir, nesse movimento os centros da Terra e do
Sol estão alinhados em um mesmo plano. Além disso, o eixo de rotação da Terra – a linha
imaginária que acaba de ser mencionada – está inclinado em relação a esse plano.

Na figura a seguir, vê-se o plano formado pela trajetória da Terra em torno do Sol, chamado
de plano da órbita da Terra.

Assim, além de girar em torno do próprio eixo, a Terra também se movimenta ao redor do
Sol, descrevendo uma órbita praticamente circular. É esse movimento que recebe o nome de
translação. Para dar uma volta completa em torno do Sol, a Terra leva aproximadamente 365
dias e seis horas. Esse período é chamado de ano.
A RELAÇÃO ENTRE OS MOVIMENTOS DA TERRA E AS ESTAÇÕES DO ANO
A translação da Terra define a duração do ano e, junto com a inclinação do eixo de rotação
em relação ao plano de sua órbita, explica a existência do ciclo das estações ao longo do ano.
Em razão da inclinação do eixo de rotação da Terra, a quantidade de luz do Sol que chega ao
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

planeta não é a mesma em toda a sua superfície. Para entender melhor esses
fenômenos, observe a figura a seguir.
Além disso, durante o
movimento de
translação da Terra, a
posição de um dado
hemisfério em relação
ao Sol se altera. Dessa
forma, também se
altera a quantidade de
luz e calor que esse
hemisfério recebe do
Sol durante o ano.
Quando ele recebe mais
luz do Sol, torna-se
mais quente e, por isso,
diz-se que nele está
ocorrendo o verão.
Cerca de seis meses
depois, esse mesmo
hemisfério receberá
menos luz e calor, e
então será inverno.

VARIAÇÕES CLIMÁTICAS
As estações do ano se caracterizam
por variações climáticas que, junto com
outros fatores, influem na fauna, na flora
e no ambiente em geral, determinando
os tipos de vegetação e clima de todas as
regiões da Terra. Por isso, estão
diretamente relacionadas ao
desenvolvimento de atividades humanas,
como a agricultura e a pecuária.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Uma região apresentará maior ou menor variação climática ao longo do


ano dependendo de sua distância em relação ao Equador e ao polo. No Brasil,
por causa de sua extensão, essas mudanças são mais evidentes em algumas partes e menos
em outras.
Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, há pouca variação de temperatura ao longo do ano.
Na região amazônica e no Nordeste, o termo inverno é associado ao período mais chuvoso.
Na Amazônia esse período se estende de outubro a abril, enquanto no litoral do Nordeste vai
de maio a agosto. Na região Centro-Oeste também há duas épocas bem demarcadas, a
chuvosa e a seca. O período chuvoso coincide com a floração e frutificação das plantas. No
caso da região Sudeste, parte considerável apresenta variações climáticas semelhantes à
região Centro-Oeste. No entanto, nas áreas litorâneas onde há predominância de Mata
Atlântica, encontram-se plantas com floração e frutificação ao longo de todo o ano. No sul do
Estado de São Paulo e nos Estados da região Sul do País (PR, SC e RS) observam-se variações
climáticas mais acentuadas ao longo do ano, com um período mais frio, que coincide com o
INVERNO, e outro mais quente e úmido, que é o VERÃO. OUTONO e PRIMAVERA têm
temperaturas amenas.

Em muitos locais, o VERÃO é uma


época em que o clima, em geral, torna-se
mais quente, provocando mais
evaporação de água, o que gera chuvas
fortes e intensas, porém de curta
duração, principalmente no período da
tarde. É nessa época que acontece a
maior parte das enchentes e
deslizamentos de terra na região
Sudeste, em cidades como São Paulo e
Rio de Janeiro. Na região Sul, entre os
meses de junho a agosto, ocorre um
inverno mais rigoroso. Nessa região,
chove de maneira mais uniforme ao
longo do ano.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Durante o OUTONO, quando os dias se tornam mais curtos e as


temperaturas começam a diminuir, ocorrem rápidas variações climáticas e
mais casos de nevoeiros e geadas, principalmente nas serras das regiões Sul e Sudeste.
O outono é a época de colheita abundante de vários produtos agrícolas, inclusive do café.

O início da estação mais fria de todas – o INVERNO – é marcado pela noite mais longa do
ano. Apesar de os dias serem mais curtos, o céu é mais limpo permitindo enxergar mais
estrelas à noite.
Nesse período, a menor umidade do ar, associada ao acúmulo de poluentes atmosféricos,
cria em muitas cidades condições que prejudicam a saúde. Muitas crianças têm problemas
respiratórios e o número de internações e procura por pronto atendimento aumenta
consideravelmente.
OS MOVIMENTOS DA LUA
Assim como você estudou os movimentos da Terra, o objetivo agora é conhecer os
movimentos da Lua.
● Você já observou que a Lua aparece para nós com diferentes formatos? Que formatos são
esses? Por que isso acontece?
● Você diria que os diferentes formatos da Lua têm relação com a posição dela em relação
ao Sol? Por quê?
MOVIMENTOS DA LUA
Assim como a Terra, a Lua apresenta movimentos de rotação e translação. O tempo que a
Lua leva para dar uma volta em torno do seu próprio eixo é o mesmo que ela demora para
completar uma volta em torno da Terra, isto é, aproximadamente 27 dias e 7 horas. Como o
tempo de rotação da Lua é exatamente o mesmo tempo da sua translação, vemos sempre a
mesma face da Lua voltada para a Terra.
O movimento de translação da Lua ao redor da Terra tem grande influência nas nossas
vidas. Ele é responsável, por exemplo, pelas fases da Lua (cheia, minguante, crescente, nova)
e pelas marés. Além disso, também serve de base para a contagem do tempo, já que foi com
base na translação da Lua que se estabeleceu a ideia de mês.
A unidade fundamental de qualquer calendário nasceu da sucessão constante entre a
luminosidade do período diurno e o período noturno, ciclo que corresponde ao dia. A
periodicidade das fases lunares sugeriu a ideia de mês, e a repetição alternada das épocas de
cheia e de seca dos rios deu origem ao conceito de ano, relacionado às necessidades da
agricultura.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Observe a ilustração a seguir. Utilizando uma luminária, um globo


terrestre e uma esfera branca de isopor, é possível montar um modelo que
reproduz o posicionamento e a movimentação da Lua.
A luminária representa o Sol, o globo terrestre, a Terra, e a bola de isopor simula a Lua.

A Lua se movimenta em volta da Terra, fazendo uma trajetória circular.


Quando a Lua está na direção oposta ao Sol (situação A), ela fica mais alta em relação ao
plano de órbita da Terra. Já quando ela está entre o Sol e a Terra (situação B), fica mais baixa
em relação a esse plano.
Ao se movimentar, a Lua reflete a luz do Sol de diferentes formas e, por essa razão, ela
aparece para nós, que estamos na Terra, com diferentes formatos: CHEIA, MINGUANTE,
NOVA E CRESCENTE.
ASTROS ILUMINADOS E ASTROS LUMINOSOS
De todos os astros brilhantes que vemos
à noite no céu, o mais brilhante de todos é a
Lua, nosso vizinho mais próximo no espaço
sideral. Depois da Lua, o ponto mais
brilhante do céu noturno é Vênus, também
conhecido como estrela-d’alva.
Vênus é o planeta mais próximo da Terra e, também por isso, apresenta um brilho tão
intenso. Mesmo sendo dois dos astros mais brilhantes, Lua e Vênus não produzem luz como
as estrelas.
A Lua, assim como os planetas, é um astro iluminado, ou seja, apenas reflete a luz solar. Já
as estrelas são astros luminosos, pois produzem sua própria luz.
O CÉU NOTURNO E O SISTEMA SOLAR
Você já estudou nesta Unidade: a Terra e a Lua, seus movimentos de rotação e de
translação, o Sol e a presença de astros luminosos e iluminados no céu.
Neste momento, o objetivo é falar da presença de outros elementos que existem no céu e
do Sistema Solar.
Observando o céu no período da noite, você já deve ter percebido vários pontos luminosos.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

● Todos esses pontos são iguais?


● Em que eles diferem? Cor, tamanho, brilho, movimento?
● O que significam essas diferenças?
ESTRELAS: PONTOS LUMINOSOS
A quantidade de pontos luminosos que pode ser observada no céu depende da época do
ano e também de outros fatores, como a presença de nuvens, a poluição do ar (quanto mais
poluído, menor a visibilidade dos pontos luminosos), a quantidade de luz no ambiente (quanto
mais claro o ambiente, menos estrelas serão visíveis) etc. Os pontos que cintilam (piscam) com
brilho variado são as estrelas, que podem estar sozinhas ou agrupadas. Em uma noite de Lua
nova, sem nuvens, sem poluição e com pouca iluminação, pode-se ver a olho nu (sem o uso
de lunetas e telescópios) cerca de 5 mil estrelas no céu. As estrelas são grandes massas de
gases que se encontram em altas temperaturas. Em seu interior, ocorrem reações nucleares
que emitem enorme quantidade de energia, principalmente na forma de luz e calor.

Mesmo sendo imensas e muito brilhantes, como estão bem longe de nós, as estrelas
parecem pequenas e com pouca luz. A luz do Sol, em razão de seu brilho e de sua proximidade
do nosso planeta, é tão intensa que ofusca a visão das demais estrelas. Portanto, durante o
dia, as estrelas estão no céu, mas a claridade do Sol é tão grande que não permite que elas
sejam vistas da Terra.
ESTRELAS E GALÁXIAS
As galáxias são agrupamentos de bilhões de
estrelas, planetas, rochas, gases e poeira que
giram em torno de um centro comum. Elas
também formam grupos, e assim se constitui a
trama do Universo. Com base em observações
e muitos estudos, os astrônomos estimam que
haja cerca de 100 bilhões de galáxias no
Universo. A galáxia na qual o Sol está localizado
chama-se Via Láctea. Seu formato lembra um
disco achatado com braços espiralados, onde
há maior concentração de gás e poeira.
70
EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

ESTRELAS E CONSTELAÇÕES
Ao longo do ano, a posição das estrelas no céu vai se modificando. Assim,
a cada mês, vemos agrupamentos diferentes de estrelas no céu ou o mesmo agrupamento em
posição diferente em relação ao que estava no mês anterior.
Esses grupos de estrelas formam as constelações. Assim, constelação é um setor do céu
onde o agrupamento aparente de estrelas ligadas por linhas imaginárias formam um desenho.

As constelações mais conhecidas são, em


sua maioria, de origem grega ou árabe, mas
outros povos também criaram suas próprias
constelações. A figura ao lado, por exemplo,
mostra a constelação da Ema (Guyra Nhandu)
e foi criada por povos indígenas brasileiros.
Seu surgimento no céu indica a chegada do
inverno para os tupis-guaranis e do tempo de
seca para as tribos da Amazônia.

O SISTEMA SOLAR E OS PLANETAS


Embora as estrelas que vemos à noite não sejam sempre as mesmas ao longo do ano, a
posição de uma estrela em relação às outras não muda. Alguns pontos brilhantes vistos no
céu, entretanto, alteram sua posição em relação a essas estrelas com o passar do tempo. Esses
pontos são chamados de planetas (palavra que em grego quer dizer “errante, que se
movimenta”). Planetas são corpos celestes com formato esférico, que giram em torno de uma
estrela.
No caso da estrela Sol, além da Terra, há outros planetas e outros objetos que também
transladam (circulam) ao seu redor. Todos eles juntos constituem o Sistema Solar. No Sistema
Solar há oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. A
maioria dos planetas que podemos ver a olho nu nos parece mais brilhante do que a maior
parte das estrelas. Apenas Netuno e Urano parecem menos brilhantes do que as estrelas mais
brilhantes do céu.
De acordo com suas características, os planetas do Sistema Solar podem ser divididos em
dois grandes grupos: TERRESTRES (OU ROCHOSOS) e JOVIANOS (OU GASOSOS).
Semelhantes à Terra, os PLANETAS TERRESTRES (Mercúrio, Vênus e Marte) são
constituídos principalmente de rochas e minerais, como o ferro. Já os PLANETAS JOVIANOS
(Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) são compostos, sobretudo, por gases, e são muito maiores
que os planetas terrestres.
Os planetas orbitam o Sol, isto é, giram ao seu redor em trajetórias aproximadamente
circulares chamadas elipses. Esse movimento, como já foi estudado no caso da Terra, recebe
o nome de translação, e o tempo que um planeta leva para dar uma volta completa em torno
do Sol define o período de translação ou o ano para aquele planeta.
Como o movimento de um pião, os planetas também giram em torno de seu eixo. A esse
movimento chamamos ROTAÇÃO, como foi visto anteriormente no caso da Terra. E o intervalo
que o planeta leva para dar uma volta completa em torno de si mesmo define o período de
rotação ou dia para aquele planeta.
71
EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

OUTROS ELEMENTOS DO SISTEMA SOLAR


No Sistema Solar, há outros tipos de astros além dos planetas. São os chamados satélites
(ou luas), asteroides, planetas-anões e cometas. Conheça alguns deles:
→ASTEROIDES
Os asteroides são pequenas rochas. Eles não são considerados planetas, pois não têm a
forma arredondada e são bem menores do que os planetas.
→SATÉLITES NATURAIS E ARTIFICIAIS
Os satélites naturais, geralmente chamados luas, são corpos celestes rochosos que giram
ao redor dos planetas. Dos oito planetas do Sistema Solar, seis deles têm satélites. Apenas
Mercúrio e Vênus não possuem luas
Os satélites artificiais são artefatos tecnológicos criados pelos cientistas. Eles são enviados
ao espaço com fins de estudo, de comunicação, para obter informações sobre o tempo e o
clima na Terra, entre outras funções.
→METEOROIDES
Meteoroides são fragmentos rochosos que vagueiam pelo espaço sideral. Algumas vezes,
os meteoroides são atraídos pela Terra ou por outro astro. Quando entram na atmosfera
terrestre, incendeiam-se por causa do atrito com o ar e passam a se chamar meteoros. São
também conhecidos popularmente como estrelas cadentes.
Quando uma parte do meteoroide atravessa a atmosfera sem se desintegrar totalmente e
atinge o solo é chamada de meteorito
O SOLO TERRESTRE
Na Unidade anterior você viu que a Terra é um dos corpos celestes que fazem parte do
Universo, estudando como são os movimentos desse planeta. Pôde também conhecer mais a
respeito do Sol, da Lua, das estrelas, dos planetas e de outros corpos que compõem o Sistema
Solar e o Universo.
72
EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Nesta Unidade, você vai estudar um aspecto particular da Terra: O solo.


Como se forma o solo? Quais são os elementos que o compõem? Quais são
suas funções e importância para a vida na Terra?
Você também vai observar como a água está presente na Terra: as águas doce e salgada,
como elas estão distribuídas, como a água tem relação com o solo. E, ao final, discutirá como
se pode melhorar o solo e como ele deve ser preparado para abrigar diferentes plantas,
aprimorando, assim, a agricultura e a produção de alimentos.
No início da nossa história, o ser humano não se fixava em um único lugar, ou seja, era
nômade. As pessoas viviam em locais onde havia alimentos e, quando os alimentos se
esgotavam, elas simplesmente se mudavam para outro local. Há cerca de 20 mil anos, os seres
humanos passaram a fixar moradia, cultivar alimentos e criar animais.
Para melhorar a estrutura do local em que moravam e aumentar a produção de alimentos,
eles passaram a organizar e aprimorar seus conhecimentos sobre o solo. Como resultado desse
longo processo, a humanidade percebeu que o solo é um recurso fundamental para a vida na
Terra. Assim como o ar e a água, o solo é algo tão familiar que muitas vezes nem nos damos
conta de sua importância e de sua fragilidade.
ATIVIDADE 1 - USO INADEQUADO DO SOLO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
● Reflita sobre a seguinte afirmação: “Muitos problemas que enfrentamos hoje são
consequência do uso inadequado do solo”. Pense sobre o que você já ouviu ou leu acerca
desses problemas. Liste, a seguir, alguns deles e como você considera que eles poderiam ser
resolvidos.

PROBLEMA SOLUÇÃO

ORIGEM DO SOLO
O solo, a água e o ar são os elementos fundamentais para a composição de um ambiente.
Quando o planeta Terra se formou, ele
era uma mistura de materiais muitoquentes.
Nessa mistura havia muitas substâncias,
como minerais, metais, gases etc. Com o
passar do tempo, a parte mais externa dessa
mistura de materiais foi se resfriando e
endurecendo, ou seja, se solidificando, o que
deu origem à parte sólida da Terra, chamada
litosfera.
A parte mais externa da litosfera é a
crosta, essa “casquinha” que recobre a
Terra. É a partir dela que se forma o solo.
Veja a figura ao lado.
73
EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

A FORMAÇÃO DO SOLO
Desde sua origem, a crosta terrestre vem sendo constantemente
modificada pela ação do clima (ventos, chuvas etc.) e de outros fenômenos naturais, o que
chamamos de INTEMPERISMO.
Com o passar do tempo, as rochas se fragmentaram e se desintegraram, fenômeno que
acontece ainda nos dias de hoje. Isso faz que elas diminuam de tamanho, se misturando, e
provoquem reações químicas entre seus constituintes, até que se transformem em um
material relativamente solto e macio.
A ação de organismos vivos (como
fungos, bactérias, animais, vegetais e o
próprio ser humano) também contribui para
a formação e a transformação do solo. Os
animais que vivem no solo se alimentam de
nutrientes que ali se encontram. Já as
plantas dependem da retirada de nutrientes
e de água do solo para produzir seu próprio
alimento.
Ao morrer, todos esses organismos se
decompõem e se degradam, e seus
componentes químicos passam a fazer parte
do solo, novamente.
74
EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Portanto, foi por meio da ação transformadora de fenômenos naturais e,


mais recentemente, também de fenômenos artificiais (explosões,
escavações, ocupações humanas, irrigação, adubação etc.) que de forma lenta o solo se
formou e tem se remodelado continuamente.

O solo é um elemento dinâmico, está em constante transformação. Você já observou que


o solo não é maciço? Ele apresenta poros, pequenos espaços entre grãos, nos quais ficam
armazenados a água e o ar utilizados pelas plantas e por outros organismos para que se
hidratem e respirem. Veja a figura a seguir.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

ATIVIDADE 2 - O SOLO EM SUA VIDA


● O solo é importante para a sobrevivência dos seres vivos. Pense no seu dia
a dia e identifique as diversas utilidades do solo para sua vida. Registre a seguir pelo menos
três delas.

SOLO: UM AMBIENTE REPLETO DE VIDA


Embora pareça sem movimento e sem vida, isto é, inerte, o solo está repleto de seres vivos.
Os organismos presentes nele incluem uma diversa fauna, formada por animais que vivem em
tocas, como ratos e tatus, além de outros menores (minhocas, larvas de insetos, lesmas,
formigas etc.), e mesmo seres microscópicos (principalmente vermes, fungos, protozoários e
bactérias).

Todos esses organismos participam do processo de transformação da matéria orgânica em


minerais, que é chamado decomposição da matéria orgânica. Esse processo se inicia pelos
animais maiores até chegar aos organismos impossíveis de serem vistos “a olho nu”, isto é, os
organismos microscópicos.
Por exemplo, os ratos e outros animais maiores, além de se alimentarem de animais
menores, espalham restos de alimentos pelo solo. As formigas, as baratas, os besouros e
outros insetos se alimentam desses restos e do que sobrou das plantas, fragmentando ainda
mais o material orgânico. Durante sua movimentação, além de possibilitarem que o ar entre
no solo, as minhocas ingerem a terra, aproveitando todo material orgânico, e eliminam
compostos orgânicos ainda menores. As bactérias e os fungos que vivem no solo realizam a
decomposição, transformando o que ingerem em substâncias ainda mais simples.
76
EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Assim, os materiais orgânicos presentes em animais e plantas mortos são


decompostos. O produto desse processo de decomposição é conhecido como
HÚMUS (Matéria orgânica depositada no solo, que é resultado da modificação que as plantas
e animais mortos sofrem. Esse material pode ser produzido em larga escala e vendido na forma
de adubo orgânico).
O solo apresenta, então, uma atividade de ciclagem de nutrientes: seres menores
decompõem os maiores, sucessivamente, até transformá-los em minerais, que serão
absorvidos pelas plantas. Essas, por sua vez, servirão de alimento a outros animais, e assim
sucessivamente. Esse ciclo é conhecido como CICLAGEM DO SOLO ( Chama-se ciclagem do
solo ao processo de transformação e fragmentação de moléculas orgânicas, relativamente
grandes e compostas de carbono, hidrogênio e outros elementos em moléculas menores que
são incorporadas ao solo, servindo de nutrientes para as plantas).

ATIVIDADE 3 - DECOMPOSIÇÃO DO LIXO NA NATUREZA: TEMPOS DIFERENTES


O quadro da próxima página mostra o tempo de decomposição de alguns materiais na
natureza. Você observou que alguns desses materiais se decompõem mais rapidamente do
que os outros? Por que você acha que isso acontece?
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

A ÁGUA E O SOLO
Você estudou a origem e a formação do solo e viu como ele é um ambiente
com muita vida. Agora, você vai estudar outro componente fundamental para a vida na Terra:
a água.
Você já ouviu falar que 70% do nosso corpo é composto por água? E a Terra, quanto você
imagina que tenha de água nela?
● Onde está essa água? Onde ela pode ser vista?
● O que aconteceria com a vida humana se a água da Terra deixasse de existir?
Anote suas respostas e avalie se há necessidade de alterá-las após este estudo.

A ÁGUA NA TERRA
A água é um elemento fundamental para a vida e é uma das substâncias mais abundantes
em nosso planeta.
Praticamente 75% da superfície do nosso planeta é coberta por água. Ela se encontra em
forma de mares, oceanos, geleiras (água sólida, principalmente nos polos e no topo das
montanhas mais altas), rios, lagos, entre outras.
Apesar de existir em grande quantidade na Terra, nem toda água é POTÁVEL (A palavra
vem do latim e significa “que pode ser bebido”.
Costuma-se usar esse termo para se referir à água que pode ser consumida, sem risco de
contaminação, pelos seres vivos). Como se pode ver no gráfico a seguir, a maior parte dela é
salgada e está acumulada nos oceanos e nos mares. Essa água salgada não é potável, e a
retirada de sal (a dessalinização) em larga escala é um processo muito caro, o que dificulta sua
utilização.
Apenas 3% de toda a água disponível na Terra é doce, e a maior parte dela – 2% – se
encontra congelada nas geleiras polares, o que também a torna indisponível. Do restante,
grande parte está localizada sob o solo ou na atmosfera.

Parte do ciclo da água está associada ao solo. Depois EVAPORAÇÃO: Processo de mudança
de evaporar e condensar, ou seja, formar nuvens, boa de estado físico da água (ou outro
parte da água cai de novo sobre o solo na forma de líquido) do estado líquido para o
chuva. Observe na imagem a seguir como uma parte estado gasoso.
CONDENSAÇÃO: Processo inverso à
dessa água que cai evapora novamente, e outra é
evaporação, com a mudança de
absorvida pelas plantas e pelos animais que vivem no
estado físico da água do estado
solo. A água que atinge o solo se infiltra e atravessa o gasoso para o estado líquido.
subsolo, juntando-se às águas subterrâneas.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

As águas subterrâneas constituem a maior reserva de água doce do planeta. Cerca de 95%
de toda a água doce disponível para o uso da humanidade encontra-se no subsolo, na forma
de água subterrânea.
A água passa da superfície para o interior do solo por meio da infiltração. Nesse fenômeno,
a água alcança as regiões mais profundas, através dos espaços vazios entre as partículas do
solo, até atingir uma camada impermeável que a retém, formando, assim, um reservatório de
águas subterrâneas.
Durante a infiltração, a água dissolve minerais do solo, que, em seguida, são absorvidos
pelas plantas e incorporados por animais na sua alimentação. Ao morrer, plantas e animais se
decompõem, e esses minerais voltam ao solo.
A infiltração é a passagem da água da superfície para o interior do solo, e a permeabilidade
é a propriedade do solo que determina a facilidade com que a água o atravessa. Essa passagem
da água depende das características de cada tipo de solo. Qual tipo de solo favorece a
infiltração?

Para responder a essa pergunta, pense em diferentes tipos de solo: terra, areia ou uma
mistura dos dois.
SOLO, SAÚDE E SANEAMENTO
Neste Tema, você vai estudar o que os governos fazem para diminuir o processo de
degradação do meio ambiente e o risco de doenças que são transmitidas para as pessoas por
meio da água e do solo contaminados.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

● Você já viu alguma reportagem falando sobre o perigo da transmissão de


doenças em regiões em que acontecem enchentes e o lixo se acumula nas
ruas, depois de ser arrastado pelas águas?
● E sobre o risco de adoecer das pessoas que moram próximas a locais onde a coleta de lixo
não é adequada?
● Você conhece alguém que precisou procurar um médico depois de passar por alguma
dessas situações?
● Que tipo de doenças são essas? Elas são comuns no Brasil?
● O que, na sua opinião, pode ser feito para evitar essas doenças?
Registre suas repostas e reveja-as depois de terminar de estudar este Tema

SANEAMENTO BÁSICO
O saneamento básico é um conjunto de ações ou procedimentos adotados em determinada
região a fim de mantê-la limpa e proporcionar saúde e bem-estar à comunidadeque vive nela.
Esses procedimentos incluem a coleta e o tratamento do lixo, o tratamento e adistribuição de
água, e a eliminação segura de urina e fezes humanas com a canalização e o tratamento de
esgotos.
Um bom saneamento básico pode diminuir a taxa TAXA DE MORTALIDADE
de mortalidade infantil, aumentar a expectativa de vida INFANTIL: Número de crianças
das pessoas e evitar doenças. O saneamento básico que morreram antes de
tem custo elevado, pois exige a construção de linhas de completar 1 ano dividido pelo
esgoto, tratamento e distribuição de água, coleta e número total de crianças
destino adequado do lixo, entre outros. Por isso, ainda nascidas no mesmo período e
que o investimento feito em saneamento básico lugar. O número resultante é
diminua muito os gastos com a saúde, ele ainda não é multiplicado por 1000, porque o
acessível a boa parte da população mundial, entre elas, cálculo da mortalidade é feito
a do Brasil. considerando cada mil nascidos
Dados do Sistema Nacional de Informações sobre vivos. EXPECTATIVA (OU
Saneamento (SNIS) indicam que, em 2011, mais da ESPERANÇA) DE VIDA AO
metade da população brasileira não tinha acesso a NASCER: Número médio de
redes de esgoto. anos que se espera que um
recém-nascido viva.
SANEAMENTO BÁSICO E DOENÇAS
Mais do que contaminar o solo, a falta de saneamento básico favorece a proliferação de
muitos parasitas que causam graves distúrbios de saúde, podendo mesmo levar pessoas à
morte. Daí a importância de exigir do poder público a implementação de saneamento básico.
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

Ainda assim, conhecer as principais doenças geradas pela falta de


saneamento básico pode ajudar você a se proteger e a proteger sua
comunidade.
AMARELÃO
A ancilostomíase, popularmente conhecida como amarelão, é uma doença parasitária
intestinal provocada por vermes do tipo Ancylostoma duodenale ou Necator americanus. O
verme parasita se fixa na parede do intestino e se alimenta do sangue das pessoas, causando
diarreia moderada e dor abdominal. Com isso, a pessoa enfraquece, fica anêmica e com a pele
amarelada. Daí o nome popular dessa doença ser amarelão.

PREVENÇÃO: Manter o ambiente limpo de fezes humanas e de animais e evitar o contato


da pele com a terra, utilizando calçados e luvas de proteção.

BICHO-GEOGRÁFICO
O bicho-geográfico é um verme encontrado em fezes de cães e gatos. Os humanos se
contaminam ao entrar em contato com elas em locais onde os animais domésticos costumam
defecar, como gramados, tanques de areia, parques e praias. Ao pisar ou se sentar num local
infectado, as larvas podem penetrar nas camadas exteriores da pele e se movimentar,
deixando os típicos caminhos que dão o nome popular da doença.

Esse verme causa erupção vermelha com coceira


intensa, possibilitando infecção secundária por
bactérias. Em alguns casos, pode chegar aos órgãos
internos ou aos olhos, provocando lesões mais
graves.
Prevenção: evitar andar descalço e orientar as
crianças a não brincar em locais frequentados por
cães e gatos. Evitar levar animais às praias ou deixá-
los soltos em parques e jardins, onde haja tanques de
areia, além de recolher suas fezes.
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BICHO-DE-PÉ
O bicho-de-pé é uma minúscula pulga
(Tunga penetrans) que vive no solo e na areia
à espera de um hospedeiro para se alimentar
de seu sangue e no qual pôr seus ovos. Ela
penetra principalmente na sola dos pés ou
entre os dedos (daí seu nome popular), mas
também pode penetrar em qualquer outro
local do corpo. Em geral, provoca coceira e
inchaços dolorosos ao redor de onde
penetrou, podendo ainda abrir brechas para
doenças mais graves e agudas, como o tétano,
e até causar gangrena.
PREVENÇÃO: Não andar descalço, tratar os
animais domésticos e higienizar o ambiente.
TÉTANO
O tétano é causado por uma bactéria encontrada no solo e em objetos contaminados por
fezes humanas ou de outros animais, como restos de vidro, pregos ou latas. A infecção se dá
pela entrada dessa bactéria por qualquer tipo de ferimento na pele, como cortes, arranhões
e mordidas de animais.
Os sintomas são dificuldade para abrir a boca, irritabilidade, dor de cabeça, febre e
espasmos musculares, que podem causar a morte por asfixia. Dados do Ministério da Saúde
(Secretaria de Vigilância em Saúde, 2006) mostram que, no Brasil, mais de mil pessoas morrem
por ano vítimas de tétano.
PREVENÇÃO: Tomar vacina antitetânica, evitar andar descalço ou manipular objetos sujos.
ATIVIDADE - DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO SOLO
1- Comparando os mecanismos de prevenção das doenças estudadas, além do
saneamento básico, quais cuidados são comuns para prevenir todas elas?

2- Complete o quadro a seguir:


DOENÇAS SINTOMAS PREVENÇÃO
AMARELÃO

BICHO-GEOGRÁFICO

BICHO-DE-PÉ

TÉTANO
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4. ÁREA DAS CIÊNCIAS


HUMANAS
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EJA – ENSINO FUNDAMENTAL (1° SEGMENTO)

4. ÁREA DAS CIÊNCIAS HUMANAS


4.1 ESTUDOS SOCIAIS
EXPERIÊNCIAS HUMANAS: MORADIAS DE NOSSA CIDADE
Ha algumas diferenças na cidade em que vivemos. As diferentes moradias refletem isso. A
moradia se constitui em um espaço muito importante para os seres humanos. Significa
proteção e segurança. Ao longo dos tempos, muitos tipos de moradias foram sendo
construídas. Vejamos alguns exemplos.

VOCÊ SABIA QUE EXISTEM DIFERENTES TIPOS DE MORADIAS?


Temos moradias construídas de acordo com os saberes próprios de cada sociedade e de
acordo com o seu tempo histérico. Mas não importa onde a nossa moradia esteja localizada
ou como ela é. Ela é o nosso lar e ocupa um espaço muito importante em nossas vidas. Nela
estamos com nossa família.
A FAMILIA € 0 primeiro GRUPO SOCIAL a que pertencemos. Na família aprendemos as
primeiras noções de deveres e direitos e fortalecemos nossos vínculos afetivos. Um grupo
social representa uma união de pessoas que buscam os mesmos objetivos e possuem
afinidades entre si.
Toda e qualquer experiência vivida, ocorre em um lugar (espaço) e em um tempo.
LOCALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO TEMPO
Além de nos localizarmos no espaço, ou seja, no mundo em que vivemos, os homens
também se localizam no TEMPO em que vivem. A contagem do tempo é muito utilizada por
todas as sociedades, para localizar acontecimentos vividos e para compreender a SUCESSÃO
DOS ACONTECIMENTOS.
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A sucessão organiza os acontecimentos em uma ordem que pode ser linear


ou cíclica. Na ordem cíclica, os acontecimentos ou fatos se repetem
após determinado período. Na ordem linear isso não acontece. Uma forma que temos para
localizar e organizar a sucessão dos acontecimentos é através de uma linha do tempo. Veja o
exemplo abaixo:

SOBRE O TEMPO...
O termo duração se refere ao tempo em que determinado fato ou acontecimento ocorre.
Qual a duração de uma partida de futebol?
Quantas horas há em um dia? E em uma semana, há quantos dias? Quantos dias dura o
carnaval? Ha quantos anos você está na escola?
Todos os acontecimentos vividos pelo homem têm uma duração.
Costumamos dar nomes as diferentes durações do tempo. Dia é o nome que damos a um
período (ou duração) de 24 horas. Que nome damos a um período de 7 dias?
Os anos têm a duração de 365 dias. De 4 em 4 anos, temos um dia a mais nessa contagem.
São os anos bissextos, que possuem 366 dias. O dia a mais corresponde ao dia 29 de fevereiro.
O movimento de translação da Terra, em torno do Sol, leva 365 dias e 6 horas. A cada 4
anos, essas 6 horas, não são consideradas, somam 24 horas, isto é, um dia. Por isso, de 4 em
4 anos se inclui um dia a mais no calendário e temos um ano bissexto (366 dias).
Os anos agrupados em períodos de 10 anos são chamados de décadas. Quando falamos de
períodos de 100 anos, usamos o termo século.
AINDA SOBRE O TEMPO...
Ha outra dimensão do tempo, a que chamamos de SIMULTANEIDADE. Você e seus colegas,
deste modo, estão estudando... Ha pessoas que estão trabalhando...outras, jogando bola,
compondo canções e escrevendo poemas. Muitas, preparando refeições. Assim também se
constitui a história: Enquanto povos vivenciam determinadas experiências e eventos, outros
povos vivenciam acontecimentos e experiências diversas.
Quando ACONTECIMENTOS OCORREM AO MESMO TEMPO, EM UM MESMO LUGAR OU
EM LUGARES DIFERENTES, dizemos que ocorrem SIMULTANEAMENTE.
Para demonstrar a simultaneidade dos acontecimentos, utilizamos “enquanto isso” e “ao
mesmo tempo”.
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OS CALENDÁRIOS E A ORGANIZAÇÃO DO TEMPO


Para que serve um calendário? O calendário é uma forma de organização
do tempo. No entanto, nem todos os povos e culturas do mundo seguem o mesmo calendário.
Afinal, o calendário é uma construção cultural, que tem relação com acontecimentos que
diferenciam uma Sociedade de outra, sociedades que possuem referenciais diferentes.
O nosso calendário foi organizado tendo, como referência, o nascimento de Jesus Cristo.
Como esse calendário foi oficializado pelo Papa Gregório XIll, ele é chamado de calendário
gregoriano. Em outras culturas, outros eventos determinam os seus calendários.
O calendário judaico, por exemplo, se iniciou com a criação do mundo. Por isso, em 25 de
setembro de 2014 (no nosso calendário), os judeus iniciam o ano 5775. Já os muçulmanos,
estão no ano 1436, pois seu calendário se iniciou com a hégira, a migração do profeta Maomé,
da cidade de Meca para a cidade de latreb, que depois passou a ser chamada de Medina.

A VIDA EM SOCIEDADE: A FAMÍLIA E AS RELAÇÕES SOCIAIS


Você já aprendeu que a família é o primeiro grupo social do qual participamos. Os membros
de uma família mantém entre si RELAÇÕES DE PARENTESCO. As relações de parentesco são
um exemplo de RELAÇÃO SOCIAL, isto é, um tipo de relação que as pessoas mantém entre si,
em sua vida em sociedade. Você sabia que, em tempos muito antigos, as famílias eram
compostas por muitos indivíduos? Eles formavam o que chamamos de CLÃS. De um clã
participavam todos aqueles que acreditavam ser descendentes de um mesmo ancestral
(antepassado).
A VIDA EM SOCIEDADE: OUTROS TIPOS DE FAMÍLIA
As famílias de hoje são bem diferentes daquelas que existiam na época de nossos bisavós.
Hoje, em sua maioria, homens e mulheres trabalham igualmente no sentido de prover suas
famílias das necessidades básicas para a sua existência. E mais que isso: em muitos lares, são
as mulheres que chefiam as famílias, como você pode ver na notícia de jornal abaixo, coisa
muito rara de ser vista há 100 anos, por exemplo. E há também aquelas famílias que
comportam outras formas de relacionamento, diferentes das formas de casamento
tradicional, mas que existem e não devem ser alvo de nosso preconceito. A família, como
vimos, é formada por um grupo de pessoas com laços de parentesco.
E, por sociedade, devemos entender que é formada por um grupo de indivíduos, que vive
num território, sob as mesmas regras, normas e leis, compartilhando valores e crenças, e
tendo direito a igualdade e, também, de cada indivíduo ser diferente do outro.
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SOCIEDADE E CULTURA

A CAPACIDADE HUMANA DE CONTAR HISTORIAS


Quem não gosta de ouvir histórias? Quem não gosta de contar histórias?
As histórias, em geral, são criadas pela imaginação humana e podem ser, muitas vezes,
baseadas nas tradições da cultura popular.
As histórias podem nos divertir, entristecer, emocionar e nos ensinar várias coisas.
Como podemos contar uma história? De diversas maneiras: por escrito, falando
(oralmente), por meio de uma música, de um filme... Aquele que conta a história, num texto,
é chamado de NARRADOR.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 ANTUNES, R. A. et al. 6.° ANO EXPERIMENTAL HISTÓRIA E GEOGRAFIA.


Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal De Educação -
EDIOURO Gráfica e Editora LTDA. 2014.

 CAMPEDELLI, S. MEU LIVRO DE LÍNGUA PORTUGUESA, 4º ANO – ENSINO


FUNDAMENTAL. Editora AJS, 2ª- edição, São Paulo 2019.

 CIÊNCIAS : CADERNO DO ESTUDANTE. São Paulo: Secretaria de


Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) :
Secretaria da Educação (SEE), 2014. il. - (Educação de Jovens e Adultos (EJA) :
Mundo do Trabalho modalidade semipresencial, v. 1).

 MATEMÁTICA : CADERNO DO ESTUDANTE. São Paulo: Secretaria de


Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) :
Secretaria da Educação (SEE), 2014. il. - (Educação de Jovens e Adultos (EJA) :
Mundo do Trabalho modalidade semipresencial, v. 1).

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