Você está na página 1de 15

BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist

TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points

TOXINA
BOTULÍNICA
HANDS ON COURSE
Finger points
Dr. Bruno caique
BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist
TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points
BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist
TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points

A toxina botulínica é um agente protéico paralisante que age bloqueando a


condução neuromuscular inibindo a liberação de acetilcolina de forma
reversível. Conhecida pela sigla TBA, a toxina botulínica é produzida pela
cepa bacteriana clostridiumbotulinum, existindo 07 sorotipos diferente
denominados de A - G6, sendo a tipo A é a mais potente e comumente
utilizada. Seu mecanismo de ação já está bem elucidado e suas
complicações também. A ação ocorre no receptor específico (SNAP-25) e
os efeitos sistêmicos quase inexistente.

BREVE CRONOLOGIA DA TBA

1822 Justino Kerner descreve a doença botulismo. Estudos citam ser a


anidrose sintoma de botulismo além da paralização de musculaturas
importantes como o diafragma.
1973 Alan Scott faz experimentos em macacos com TB5 e publica o
primeiro artigo defendendo a eficácia da toxina botulínica para tratamento
do estrabismo.
1989 FDA aprova a toxina botulínica como tratamento do estrabismo,
blefaroespasmo e espamos faciais.
1991 Jean e Alastair Carruthers demonstram a segurança e a eficácia do
tratamento das rugas glabelares de expressão. Botox® é aprovado para
tratamento das rugas dinâmicas no Brasil.
2003 Dysport® é aprovado para tratamento das rugas dinâmicas no Brasil.

INDICAÇÕES DERMATOLÓGICAS

Rugas do 1/3 sup da face (pés de galinha, hiperidrose localizada, linhas


frontais, levantamento de sobrancelhas), lifting facial, hipertrofia orbicular,
“bunny-lines”, linhas supra labiais, “peau d’orange” mentoniano, linhas
cervicais, bandas platismais, assimetrias faciais.

RUGAS DINÂMICAS

São causadas pelas persistentes contrações musculares - incluem as linhas


frontais, glabelares, periorbiculares, nasais, periorais e bandas platismais.
BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist
TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points

CONTRA INDICAÇÕES

Doenças neuromusculares • Gestantes e lactantes • Alérgicos aos


componentes do produto • Evitar em pacientes fazendo uso de
aminoglicosídeos, antinflamatórios, anticoagulantes. • Evitar em pacientes
que fazem uso de drogas que atuam na junção neuromuscular. Não
recomenda-se em pacientes que possuem hipersensibilidade à ovoalbumina
e em uso de antibióticos aminoglicosídeos.

EFEITOS COLATERAIS

A aplicação de toxina botulínica para todas indicações é considerada


segura, com poucas complicações e efeitos colaterais até a data de hoje.
Não há relatos de ocorrência de efeitos adversos letais, tendo sido seguidas
as regras de preparação. As complicações são técnico dependentes, como
por exemplo: ptose palpebral, leve náusea, edema, hematoma local, cefaleia

FARMACOLOGIATBA - compostas por duas cadeias de polipeptídios.


Uma cadeia pesada de 100 KDa e uma leve de 50 KDa, unidas por ponte
dissulfeto.

APRESENTAÇÃO COMERCIAL

BOTULIFT® toxina botulínica A APRESENTAÇÕES Pó liofilizado 100


U em embalagens com 1 frasco-ampola USO INTRAMUSCULAR USO
ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS COMPOSIÇÃO Cada
frasco-ampola contém: 100 U toxina botulínica A - 100 U* excipientes:
albumina humana sérica, cloreto de sódio e água para
injetáveis.................................................... q.s. *Uma Unidade (U) de
BOTULIFT corresponde à dose letal intraperitoneal média (DL50)
calculada em ratos.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 1.
INDICAÇÕES Este medicamento é destinado ao tratamento de
blefaroespasmo, espasmo hemifacial, da deformidade do pé equino devido
à espasticidade em pacientes pediátricos com paralisia cerebral e linhas
faciais hipercinéticas.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA Blefaroespasmo Um estudo
comparativo, duplo-cego e randomizado entre BOTULIFT e outra toxina
botulínica disponível no mercado (grupo controle) foi realizado para
BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist
TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points

comprovar a eficácia de BOTULIFT. A melhora na gravidade do espasmo


observada após quatro semanas no grupo que fazia uso de BOTULIFT foi
de 90,3% enquanto o grupo controle apresentou uma melhora de 86,2%.
Espasmo hemifacial Um estudo comparativo, duplo-cego e randomizado
entre BOTULIFT e outra toxina botulínica disponível no mercado (grupo
controle) foi realizado para comprovar a eficácia de BOTULIFT. A
melhora no alívio dos sintomas após quatro semanas foi de 95,29% no
grupo tratado com BOTULIFT enquanto que o grupo controle apresentou
uma melhora no alívio dos sintomas em 92,05%. Espasticidade Um estudo
comparativo, duplo-cego e randomizado entre BOTULIFT e outra toxina
botulínica disponível no mercado (grupo controle) foi realizado para
comprovar a segurança e eficácia de BOTULIFT no tratamento da
espasticidade na deformidade do pé equino em pacientes pediátricos (2-10
anos de idade) com paralisia cerebral.
A taxa de respondedores – aqueles que apresentaram aumento de 2 pontos
ou mais no escore da avaliação da marcha PRS (Physician’s Rating Scale)
com relação ao valor basal na 12ª semana – foi de 55,77% para os pacientes
tratados com BOTULIFT e 54,72% para os pacientes do grupo controle.
Linhas faciais hipercinéticas Um estudo multicêntrico, duplo-cego,
randomizado e comparativo entre BOTULIFT e outra toxina botulínica
disponível no mercado (grupo controle), envolvendo 299 pacientes foi
realizado para comprovar a eficácia e a segurança do BOTULIFT. O
desfecho primário de eficácia foi avaliado em pacientes com a linha
glabelar contraída. Em quatro semanas, a melhora na intensidade das linhas
glabelares foi de 93,75% no grupo testado com BOTULIFT e 94,56% no
grupo controle. Desta forma, não há uma diferença estatisticamente
significante entre os dois grupos. De acordo com a avaliação dos pacientes,
a melhora na intensidade da linha glabelar em quatro semanas foi de
85,42% no grupo testado com BOTULIFT e 89,90% no grupo controle.
Um estudo clínico randomizado, paralelo, prospectivo, duplo cego e
comparativo entre BOTULIFT e outra toxina botulínica disponível no
mercado (grupo controle) foi realizado para avaliar a redução de linhas
faciais hipercinéticas (região frontal, periocular e glabelar). Os dois grupos,
BOTULIFT e grupo controle, mostraram-se homogêneos quanto às
variáveis basais e os resultados obtidos indicam que o medicamento
BOTULIFT é seguro e não inferior ao grupo controle, na melhora de linhas
faciais hipercinéticas

IMUNOLOGIA Prováveis causas da formação de anticorpos:

A TXB é capaz de induzir anticorpos neutralizantes, que diminuem os


BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist
TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points

efeitos terapêuticos do tratamento. Prováveis causas da formação de


anticorpos: Doses 150 a 200 U por sessão, com intervalos frequentes (mais
observado em pacientes neurológicos). Uso cosmético, dose 50 – 100 U por
sessão, intervalos 4 a 6 meses.Novas aplicações com intervalos menores do
que 15 dias a um mês.ATUALIZAÇÃO1997 – Houve diminuição da carga
protéica 2.5 ng para 4.8 ng – diminuição da formação de anticorpos
neutralizantes.

CONTRA-INDICAÇÕES

Hipersensibilidade à albumina (clara de ovo), miastenia gravis, distúrbios


da coagulação sanguínea, doenças auto-imune (relativa). Uso de alguns
medicamentos: aminoglicosídeos, anticoagulantes, cloroquina,
ciclosporina, D-penicilamina, tubocurarinas e succinilcolina.

DILUIÇÃO O diluente a ser usado é a solução salina estéril a 0,9%.

Diluição: 2ml para cada 50 ui


Injeta-se com agulha de canhão cinza com bisel tocando a parede interna
do frasco. Agarra-se o êmbolo para evitar sucção pelo vácuo da ampola e
borbulhar do pó liofilizado no momento da diluição.

TÉCNICA - APLICAÇÃO Injetar IM exceto em algumas áreas


(intradérmica).

A TXB atua em raio de 1 cm a 2 cm do ponto de aplicação. Pode-se fazer


uso de anestésico tópico ou gelo antes do procedimento. Posição do
paciente a 45 graus.

ATUALIZAÇÕES NO TRATAMENTO

Não há “fórmulas mágicas” ou “receita de bolo”. INDIVIDUALIZAÇÃO


para cada paciente, com base no volume, massa muscular e atividade do
músculo. Alívio das rugas, preservando ao máximo sua expressão e
mobilidade. Não paralisar e sim relaxar a muscular. A tendência atual é um
subtratamento com diminuição de pontos de aplicação na região frontal,
para preservar os movimentos e portanto diminuição da dose total. E
aumento na dose na região glabelar e orbicular dos olhos.
BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist
TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points

Como Individualizar o Tratamento

Precisa olhar e escutar o paciente. Expectativas, desejo e objetivo com o


tratamento. Considerar a idade, sexo e tipo de pele. Observar assimetrias,
força do músculo, posição e extensão das rugas. Usar de um espelho.
Registro fotográfico em repouso e movimento. Pedir aos pacientes que
façam expressões faciais para visualizar o músculo a força e a extensão das
rugas. Dominar a técnica, conhecer a anatomia e posicionamento de cada
músculo.

REGIÃO FRONTAL Músculo frontal

Sua contração produz as rugas transversais na fronte e eleva os supercílios.


Frontal 2,5 unidades por ponto com intervalos de 1 a 2 cm.

REGIÃO FRONTAL É responsável pela elevação das sobrancelhas.

Aplicação deve ser na área de contração e linhas formadas, na porção mais


alta do músculo para evitar pseudo ptose (2 cm acima da sobrancelha).
Atualmente não tratar a unidade funcional e sim acima dela. Tratar toda a
extensão do frontal para não elevar as sobrancelhas. Maior massa = > maior
dose.

REGIÃO GLABELAR São dois feixes de fibras musculares.

Quando contraídos, tracionam os supercílios para baixo, produzindo as


rugas verticais da glabela. A Glabela é responsável pelo formato das
sobrancelhas.

REGIÃO GLABELAR Músculo prócero

Sua contração gera a formação de rugas transversais que cruzam a raiz do


nariz. A ação conjunta com os músculos corrugadores determinam a
formação das rugas da glabela. Maior massa muscular maior dose.
BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist
TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points

Bunny - Line 2,5 ui unidades de cada lado do nariz (superficial).

Quando tratar as rugas do nariz, não tratar depressor do septo nasal. Se


persistirem, tratar com 2 unidades no canto interno do olho – infra-orbitário
(superficial).

REGIÃO PERI-ORBITÁRIA

Músculo orbicular dos olhos. É esfíncter fino, plano e elíptico que circunda
o orifício da órbita. Sua contração, com o fechamento forçado dos olhos ou
com o sorriso, dá origem as rugas peri-orbitárias (famosos “pés de
galinha”).

REGIÃO PERI-ORAL Promove os movimentos de beijo, sucção.

Orbicular da boca é um esfíncter constituído por fibras de outros músculos


faciais e fibras próprias dos lábios. Promove os movimentos de beijo,
sucção. Nele se insere três grupos musculares que podem tracioná-lo para
cima, para baixo ou para os lados. As doses foram diminuindo ao longo do
tempo, diminuição dos efeitos colaterais.

REGIÃO PERI-ORAL Músculo depressor do ângulo da boca

Traciona o ângulo da boca para baixo e lateralmente como na expressão de


tristeza (marionete). Linha imaginária do sulco nasogeniano até a inserção
da mandíbula. 2 a 4 U na borda inferior da mandíbula.Lateralizar o ponto
para evitar efusão. MENTONIANO Queixo largo e quadrado 3 a 5 U ao
lado da linha média – borda mandíbula.Queixo estreito ou arredondado 3 a
5 U no centro.

PESCOÇO Músculo platisma

É um músculo muito fino que está na área ventral do pescoço. Origina-se


da fascia superior do peitoral da borda da mandíbula até a pele perto do
lábio. Para rugas horizontais e flacidez. Só em envelhecimento leve.
Intradérmica – 2 U – 2 cm – colar de pérolas. Total 30 U (> que 30 disfagia
BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist
TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points

e flacidez). Novos pontos – mandibular ou infra-mandibular, 15 U de cada


lado – 3 pontos de 5 U – efeito lifting.
Orientações Básicas Após a aplicação, evitar abaixar a cabeça por 4 horas,
além de evitar a manipulação do local. Os efeitos iniciais - visíveis entre 48
e 72h após a aplicação. Os efeitos máximos - alcançados em 1 a 2 semanas.
O efeito do tratamento dura, em média, de 3 a 6 meses. Atualizações: Os
cuidados pós aplicação foram reduzidos: exercícios físicos, viagens, deitar-
se – Não foi observado evidência do aumento de complicações.

COMPLICAÇÕES Eritema É sempre transitório. Dor local


Também transitório, pode ser minimizado utilizando-se volumes menores,
agulhas de fino calibre, e velocidade de injeção lenta. Cefaléia e náuseas.
Tratar com analgésicos comuns, como dipirona e paracetamol. O médico
deve advertir o paciente quanto a esse risco, e orientá-lo imediatamente
após a aplicação.

COMPLICAÇÕES Ptose palpebral

Ocorre por ação da toxina sobre o músculo elevador da pálpebra, por


difusão no septo orbitário. Assimetrias. Equimoses. Xeroftalmia, diplopia.
Fraqueza muscular do pescoço, disfagia. PTOSE PALPEBRAL

TRATAMENTO Tentar hiper-estimular o músculo (inervação


simpática).

Utilizam-se drogas simpaticomiméticas: Apraclonidina (Iodopidine) colírio


- 1 gota de 1 em 1 hora, ou 2 gotas de 8/8h. Claril (nafazolina e feniramina)
colírio - 1 gota 3-6x ao dia até 8 vezes ao dia.
BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist
TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points
BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist
TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points

MARCAÇÕES
BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist
TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points
BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist
TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points
BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist
TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points
BRUNO CAIQUE - Cosmetoclinic & PMU Artist
TOXINA BOTULÍNICA - HANDS ON COURSE - Finger points

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS I. ALMEIDA SANTOS E - Toxina Botulínica e Força


Muscular Isométrica. Tese de Doutorado. Ribeirão Preto, 1993. 2. ALMEIDA SANTOS E -
Tratamento farmacológico. Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Souza-Dias C. & Almeida H.
eds. São Paulo, Roca, 1993, P.105-111. 3. HEDGES T. R. III; JONES A.; STARK L.; Hoyt W.
F. - BotulinOphthalmoplegia. Clinicai andoculographobservations. Arch. Ophthalmology, 101-
211,1983. 4. SOUZA-DIAS C. & PRIETO-DIAZ - Estrabismo. Tratamiento Farmacológico dei
Estrabismo. Souza-Dias C. & Prieto-Diaz. Ed. 1996 .. P.547- 552. 5. SCOTT A. B.;
ROSENBAUM A. & COLLINS C. C. - Pharmacologicweakening extraocular museles. Reports
Invest. Ophthalmogy 12: 924, 1973. 6. SCOTT A. B.
Changeofeyemuselesarcomeresaccordingtoeye position. J.P. OphthalmologyandStrabismus,
3(2): 85, 1994.

Você também pode gostar