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Workshop

Toxina
Botulínica
Toxina Botulínica

Minha história na odontologia:

Dra Maria Carolina Grossi de Sousa –


CROSP 101.843
Toxina Botulínica

- Introdução - Materiais e técnicas de aplicação


- História toxina botulínica - Estratégia e planejamento de aplicação
- Fatores de envelhecimento - Indicações e contra indicações
- Fisiopatologia - Casos clínicos
- Anatomia da face - Prática em manequim
- As diferentes toxinas e sua utilização - Prática em paciente
- Documentação e fotografia
Introdução
A toxina botulínica é uma potente neurotoxina e tem sido uma
ferramenta terapêutica para diversas aplicações como no tratamento de
distúrbios oculares, dores, distúrbios neuromusculares. O
envelhecimento da população brasileira é um importante estimulador de
procedimentos que ajudam a manter a aparência jovem. Uma motivação
comum dos pacientes que buscam tratamento.
História Toxina Botulínica
Existem 7 sorotipos de
Clostridium botulinum: A,B, C,
D, E, F e G
Sorotipo mais explorado
comercialmente é o A
Contração
Com o estímulo nervoso ocorre a liberação de cálcio
O cálcio liga-se a proteína troponina (actina)
Esse cálcio ligado a troponina possibilita uma ligação forte

muscular entre a actina e a miosina.


A contração ocorre enquanto houver energia disponível e
cálcio livre para se ligar a troponina
O relaxamento muscular é retomado quando a tropomiosina
move-se e cobre os locais ativos de actina após o cácio ser
removido do sarcoplasma e bombeado para o interior do
retículo sarcoplasmatico pela bomba de calcio.
Fisiopatologia O envelhecimento é decorrente de fatores químicos, físicos e biológicos.
Um dos principais causadores do processo de envelhecimento é a perda de
colágeno e elastina oriundos da diminuição de fibras elásticas;

Morfo-anatomia do músculo Fatores do envelhecimento

• Fatores genéticos - pele branca (europeus);

• Foto envelhecimento - exposição ao sol e outras fontes de radiação;

• Hábitos de vida - tabagismo, alterações climáticas e poluição;

• Alterações hormonais - redução de estrogênio (menopausa);

• Glicação de proteínas - ingestão de açucares como frutose e glicose como


fator de redução de elasticidade;

• Radicais livres - excesso ou ausência de antioxidantes como fator de


aceleração do envelhecimento natural;
Fisiopatologia
Morfo-anatomia da pele

. A pele é o maior órgão do corpo humano e está dividido duas


camadas: Epiderme e a derme;
.
Epiderme: Queratinócitos (queratina), sua
espessura varia de 0,04mm ate 1,6 mm.
.
Derme: Elementos fibrilares (colageno e elastina). Nessa camada se
encontra os vasos sanguíneos que nutrem a epiderme, vasos
linfáticos e também os nervos e os órgãos sensoriais a eles
associados.
A pele tem como função a termoregulação, defesa, percepção e a
proteção.
Classificação da pele

COLORAÇÃO E PIGMENTAÇÃO
GRAU DE HIDRATAÇÃO
LUBRIFICAÇÃO DA PELE
GRAU DE ENVELHECIMENTO
COLORAÇÃO E PIGMENTAÇÃO

FOTOTIPO COR DESCRIÇÃO SENSIBILIDADE

Queima com
I BRANCA facilidade/Nunca Muito sensível
bronzeia
COLORAÇÃO E PIGMENTAÇÃO

FOTOTIPO COR DESCRIÇÃO SENSIBILIDADE

Queima com
II BRANCA facilidade/Bronzei Sensível
a muito pouco
COLORAÇÃO E PIGMENTAÇÃO

FOTOTIPO COR DESCRIÇÃO SENSIBILIDADE

Queima e bronzeia
III MORENA CLARA normal
moderadamente
COLORAÇÃO E PIGMENTAÇÃO

FOTOTIPO COR DESCRIÇÃO SENSIBILIDADE

Queima pouco e
IV MORENA MODERADA bronzeia com normal
facilidade
COLORAÇÃO E PIGMENTAÇÃO

FOTOTIPO COR DESCRIÇÃO SENSIBILIDADE

Queima raramente
V MORENA ESCURA Pouco sensível
e bronzeia bastante
COLORAÇÃO E PIGMENTAÇÃO

FOTOTIPO COR DESCRIÇÃO SENSIBILIDADE

Nunca queima
VI NEGRA Insensível
(pigmentação)
Grau de hidratação
e lubrificação da
pele
Devido à atividade das glândulas sebáceas há uma
tendencia à oleosidade ou ressecamento da pele.
A diferenciação dos tipos de pele de acordo com a
oleosidade é considerada apenas para face e após a
puberdade, fase na qual haverá uma intensificação
normal da oleosidade por fatores hormonais.
Tipos de pele
A atividade das glândulas sebáceas, juntamente com
a capacidade da derme de reter água, é o que
determina os tipos de pele.
Por conta disso, é possível identificar os diferentes
tipos de pele observando as características mais
presentes.
Pele seca
A pele seca é caracterizada por uma menor atividade das glândulas
sebáceas e também pela tendência à perda de água da derme. Com
isso, suas principais características incluem:
•tendência à descamação;
•textura mais áspera;
•sem poros aparentes;
•tendência a problemas de sensibilidade.

Cuidados para a pele seca!

limpeza + hidratação + proteção solar SEMPRE


Pele seca, na qual há deficiência de sebo e água, a recomendação é
investir em produtos específicos para esse tipo de pele, que são
mais hidratantes.
Assim, o sabonete facial, por exemplo, não vai agredir a barreira de
gordura, que já é sensível. Os ativos emolientes, que repõem a
camada lipídica e retêm água, são os mais recomendados, assim
como os umectantes, que atraem água.
Nesse caso, talvez seja importante investir em um hidratante com
uma textura mais espessa e finalizar o skincare noturno com um
óleo.
Cuidados como a esfoliação devem ser mais espaçados, evitando
remover excessivamente os sebos e deixar a derme mais ressecada.
Pele normal
A pele normal é aquela que apresenta equilíbrio entre a
produção de sebo e a retenção de água. Isso significa
que a pele tem maior tendência a ser aveludada, sem
poros aparentes e com viço saudável.
Mesmo sendo uma pele com a hidratação balanceada,
não significa que cuidados não são necessários.

Cuidados para a pele normal!

A pele normal não demanda menos cuidados, sendo


importante incorporar a rotina básica de limpeza,
hidratação e proteção solar.
Pele mista
A pele mista é muito comum e caracterizada por uma região mais oleosa, a zona T, que inclui testa, nariz
e queixo, e restante da face de outro tipo de pele, podendo ser normal ou mesmo seca. Alguns indicativos
da pele mista são:
•excesso de brilho e oleosidade na zona T;
•tendência à descamação no restante da face;
•poros dilatados na zona T;
•textura irregular;
•problemas com acne.
Muitas pessoas com pele mista têm dúvidas de como cuidar de forma apropriada da pele.

Cuidados para a pele mista!


Muitos dos cuidados com a pele mista são compartilhados com quem tem pele oleosa. A principal dica
aqui é investir em limpeza.
O sabonete facial escolhido deve ser capaz de remover o excesso de oleosidade, sem causar ressecamento
– o que também é indicado para as peles oleosas.
A etapa seguinte é a hidratação, sendo recomendado optar por gel ou sérum que tenha uma textura mais
leve e melhor absorção.
Para proteção solar, a orientação é investir em produtos com alta tecnologia, que garantam toque seco e
controle da oleosidade
Pele oleosa
A pele oleosa é caracterizada pelo funcionamento
excessivo das glândulas sebáceas, resultando em uma
aparência pegajosa, excesso de brilho, tendência à acne
e poros dilatados.

Cuidados para a pele oleosa

A pele oleosa é uma das mais comuns no Brasil e a


dica de ouro para o equilíbrio dérmico é investir em
uma rotina saudável de limpeza, lavando o rosto, no
máximo, duas vezes ao dia para evitar o efeito rebote.
Também é recomendado evitar água quente e sabonetes
que removem excessivamente os óleos, pois eles
ressecam a pele e também vão causar o aumento na
produção de sebo.
A etapa de hidratação também é fundamental para
peles oleosas, pois evita que haja o aumento da
produção de sebo.
Graus de envelhecimento Perda de homeostase
hidrolipídica

Ressecamento da
pele

Alteração de
espessura e
pigmentação da
pele

Diminuição do fluxo
sanguíneo Flacidez
muscular e
tecidual
Graus de envelhecimento
Fotoenvelhecimento

Consiste nas mudanças na


aparência e nas funções da pele
como resultado direto da
exposição à radiação ultravioleta
do sol ao longo da vida.
Graus de envelhecimento

Perda de gordura

Flacidez da pele
Graus de envelhecimento

Flacidez muscular

Reabsorção óssea
Cronologia do envelhecimento
Grupo Classificação Faixa Etária Típica Descrição Característica da pele
I Leve 28 a 35 Sem rugas Alterações pigmentares suaves (manchas de pele), sem queratose
(aquelas manchas mais avermelhadas e ásperas), sem rugas

II Moderado 35 a 50 Rugas de movimento ou Manchas marrons visiveis, pele aspera, e palpaveis não visiveis,
expressão linhas pardelas ao sorriso, inclusive o "bigode chinés" e " pés de
galinha" começam a aparecer

III Avançado 50 a 65 Rugas em repouso, Manchas escuras, avermelhadas, as vezes algumas esbranquiçadas
mesmo sem expressão e ásperas (queratose) visíveis, relangi ectasias(vasinhos na face,
principalmente em torno do nariz); os "pés de galinha" e as linhas
e sulcos aparecem mesmo em repousa ou seja, mesmo sem
expressão facial as rugas são visíveis

IV Grave 60 a 75 Apenas rugas e extrema Manchas escuras, brancas e vermelhas podem coexistir.
flacidez de pele Neoplasias cutáneas (cáncer de pele) prévias, rugas por todo o
rosto, maior parte da face sem pele normal, flacidez pela falta de
colágeno Não é possivel usar maquiagem, porque ela borra e
forma grumos grossos
Linhas de expressão

ESTÁTICAS

DINÂMICAS
• Decorrem da acentuação permanente das pregas normais da face, que aparecem por causa do movimento
contínuo dos músculos faciais da expressão.

• Podem ocorrer na testa, glabela, canto do olho e da boca. Essas rugas aparecem mais em pessoas com grande
expressividade facial.

DINÂMICAS
Fotoenvelhecimento/Flacidez muscular

• São determinadas pelo fotoenvelhecimento da pele ao longo dos anos e pela flacidez tissular;
• Seu aparecimento é independente da movimentação muscular como no sulco nasogeniano.

ESTÁTICAS
Anatomia da da
Anatomia face
face
Orbicular da boca

Origem: -

Inserção: lábio superior e inferior

Ação: Aproxima e projeta os lábios


Bucinador

Origem: sup – processo alveolar da maxila


inf- mandíbula

Inserção: ângulo da boca

Ação: Tracionamento do ângulo da boca para fora e


atras
Abaixador lábio inferior

Origem: base da mandíbula

Inserção: lábio inferior

Ação: Traciona lábio inferior lateralmente


Depressor do ângulo da boca

Origem: base da mandíbula

Inserção: ângulo da boca

Ação: Tracionamento do ângulo da boca


inferiormente
Levantador ângulo da boca

Origem: maxila (fossa canina)

Inserção: ângulo da boca

Ação: Eleva o ângulo da boca


Levantador do lábio superior e asa do nariz

Origem: Maxila/Osso Zigomático

Inserção:Asa do nariz e lábio superior

Ação: Eleva e everte o lábio superior e dilata a narina


Zigomático Menor

Origem: Osso Zigomático

Inserção: Lábio superior

Ação: Eleva o lábio superior


Zigomático Maior

Origem: Osso Zigomático

Inserção: ângulo da boca

Ação: Traciona o ângulo da boca para


cima e lateralmente
Risório

Origem: Tec. Celular subcutâneo parotideana

Inserção: comissura labial

Ação: Estira as comissuras labiais no plano horizontal


Mentual

Origem: Fossa incisiva da mandíbula

Inserção: Pele do mento

Ação: Eleva e protrai lábio inferior


Prócero

Origem: Osso Nasal

Inserção: Entre os supercílios

Ação: Traciona para baixo a pele na região


dos supercílios
Nasal

Origem: Maxila

Inserção: Asa do nariz

Ação: Dilata e comprime o nariz


Abaixador do septo nasal

Origem: Eminência alveolar do Incisico


central

Inserção: Septo Nasal

Ação: Movimento das narinas


Orbicular do olho

Origem: -

Inserção: -

Ação: Aproxima as pálpebras


Corrugador do Supercílio

Origem: Extremidade medial do arco superciliar

Inserção: cútis do supercílio

Ação: Traciona o supercílio para baixo medialmente


Occiptofrontal
Ventre occiptal

Origem: Linha Nucal Suprema

Inserção: Aponeurose epicraniana

Ação: Fixa a aponeurose para ação frontal


Platisma

Origem: Regiao esternoclavicular

Inserção: Base da mandíbula

Ação: Distende a pele do pescoço e


traciona ângulo da boca posteriormente
Masseter

Origem: Arco Zigomático

Inserção: Fáscia lateral do ramo da


mandíbula

Ação: Elevação da mandíbula (fechamento)


Temporal

Origem: Fossa Temporal e tubérculo


esfenoidal

Inserção: Processo coronóide/crista


temporal da mandíbula

Ação: Elevação e retrusão da mandíbula


As
diferentes
toxinas e
sua
utilização
Nome comercial Botox®

Fabricante Allergan
Apresentação 50U/100U/200U
Armazenamento -5ºC / 2 a 8ºC
Durabilidade pós diluição 3 dias
Nome comercial Botulim®

Fabricante Blau
Apresentação 50U/100U/200U
Armazenamento 2 a 8ºC
Durabilidade pós diluição 24 horas
Nome comercial Botulift®

Fabricante Medutox
Apresentação 100U/200U
Armazenamento 2 a 8ºC
Durabilidade pós 7 dias
diluição
Nome comercial NABOTA®

Fabricante Daewong
Apresentação 100U
Armazenamento -5ºC / 2 a 8ºC
Durabilidade pós diluição 24 horas
Nome comercial Dysport®

Fabricante Ipsen
Apresentação 300Ue/500Ue
Armazenamento 2 a 8ºC
Durabilidade pós diluição 3 dias
Nome comercial Presigne®

Fabricante Lanzou
Apresentação 50U/100U
Armazenamento 2 a 8ºC
Durabilidade pós diluição 4 horas
Nome comercial Xeomin® (|Ziumin|)

Fabricante Allergan
Apresentação 100U
Armazenamento 15 a 30ºC
Durabilidade pós diluição 24 horas
Documentação e fotografia

Os requisitos e regras são basicamente os mesmos para todos procedimentos estéticos, segue abaixo um guia completo
importante para nos ajudar nos tratamentos com indicações da TB:

• Documentação;

• Prontuário;

• Espelho;

• Marcador de pele;
Documentação

Todos os dados do tratamento tem que ser


documentados para fins legais ou de
faturamento;
Prontuário
Deve constar dados pessoais do paciente,
idade, histórico de doenças, ingestão atual de
medicamentos e procedimentos estéticos
anteriores (anamnese). É importante que o
profissional descreva em texto ou por imagem
as áreas a serem tratadas. Neste caso os
pontos de injeção e unidades a serem
utilizadas;
Espelho
Fundamental para que o profissional
ofereça e indique a técnica ao paciente,
isso
assegura que ambos estejam falando das
mesmas áreas a serem tratadas;
Marcador pele
Pode ser utilizados um lápis branco para marcar os pontos de
injeção e reduzir assimetria.
Documentação e fotografia

Fotografia: As fotografias devem ser de


preferencia padronizadas e constar o
antes e depois do paciente;

Frontal em repouso
Documentação e fotografia

Frontal elevação da sobrancelha


Documentação e fotografia

Enjoada frontal
Documentação e fotografia

Sorriso forte frontal


Documentação e fotografia

Sorriso forte lateral


Documentação e fotografia

Planejamento realizado para aplicação


MATERIAIS
Materiais: Seringas e agulhas
As seringas de insulina BD ultra-fine estão
disponíveis em 3 versões de capacidade e 3
opções de agulha:

• Capacidade: 30, 50 e 100U

• Tamanho das agulhas:


-6mmx0,25mm (31G)
-8mmx0,3mm (30G)
-12,7mm x0,33mm (29G) essa utilizadas em
músculos grandes, como o masseter.
Materiais anestésicos
Entre os anestésicos tópicos locais mais utilizados (EMLA):

• EMLA (Astra Zeneca) Lidocaína e Prilocaína 2,5%;


• Medicaína (Cristália);
• Dermomax(aché) cuja composição é Lidocaína 4%

Ação satisfatória requer aplicação com 1h de antecedência;

Compressas de gelo também pode ser utilizado como recurso para alívio da dor.
Método e técnica de aplicação
PREPARO E PRECAUÇÕES

1. Lavar o rosto do paciente


com água e sabonete líquido;

2. Assepsia feita com álcool


70% ou solução
hidroalcóolica de
clorexidina;

3. Aplicar anestésico tópico na


região eleita para preencher e
deixar agir por 5 ou 10 min;
Método e técnica de aplicação
1. Posição
Segurar como uma caneta (polegar e indicador) perto da agulha para maior sustentação;

2. Perfuração
Introduzir a agulha perpendicular, fazendo uma pega no músculo;

3. Sustentação
Travar o canhão juntamente com a pele e o músculo do paciente com a mão oposta;

4. Injeção
Segura-se a seringa com polegar indicador, empurrando o embolo devagar.
Estratégia e planejamento de aplicação
Divisão da face em 3 setores:

-Superior: Músculo occiptofrontal;

-Médio: Corrugadores, prócero,


Superior
nasal e orbicular dos olhos;

-Inferior: Depressor do septo nasal,


músculos levantadores dos lábios e
comissuras, orbicular da boca,
abaixadores do lábio e comissura
mental Médio

Inferior
Superior
Occiptofrontal
Região: Musculo occiptofrontal;

Objetivo: Diminuir as rugas da fronte; elevação sobrancelha.

Técnica: Traçar uma linha de referencia bipupilar a fim de facilitar


o diagnostico e planejamento da região. Essa marcação permitira a
separação da porção interna e externa do M. occciptofrontal.

Planejamento: Realizar 4 a 6 pontos na área frontal, aplicar media


de 2 unidades por cada ponto.
Complicação: Ptose sobrancelha, se caso realizar vários pontos ao x x
longo das sobrancelha.
Médio

Corrugador/prócero

Região: Corrugador, prócero (Glabela)


Objetivo: Reduzir as linhas verticais, assim como as
horizontais, da glabela.

Técnica: Distanciar da região dos olhos entre 1 e 1,5cm para


evitar artéria e nervo supra orbital.
Planejamento: Realizar 2 pontos de aplicação na area glabelas,
média de 2 unidades por cada músculo corrugador, de 2 a 3
unidades no prócero.

Complicação :Ptose de pálpebra, pode ocorrer através da


difusão de grande quantidade de toxina ao m. levantador da
pálpebra, lembrando que a toxina tem uma área de difusão de 2
cm.
Médio

Músculo nasal
Região: Musculo nasal ("Bunny Lines"; "nariz de
coelho")

Objetivo: Reduzir as linhas de expressão do nariz.


Técnica: Fazer três pontos de aplicação, sendo o primeiro na
contração da parte central no dorso do nariz e outros dois
pontos na lateral do nariz. A aplicação devem ser feito
superficial, pois a pele neste nível é muito fina.

Planejamento: Media de 2 unidades no dorso e 1


unidade em cada ponto lateral.
Complicação: Hematoma e equimoses.
Médio

Orbicular dos olhos

Região: Orbicular dos olhos (*Pés-de-galinha)


Objetivo: Redução das marcas de expressão

Técnica: Marcação de 3 pontos com distância média 1,5cm dos


olhos. Nessa região serão marcados 3 pontos, podendo ser o
primeiro acima na linha da comissura.

Planejamento: Média de 2-4 unidades nos dois pontos


superiores e o terceiro ponto (inferior) com apenas 1-2
unidades.

Complicações: Hematomas e equimoses se realizado injeções


profundas.
Inferior

Depressor do septo nasal


Região: Depressor do septo nasal.
Objetivo: Elevar a ponta do nariz em repouso e
evitar sua caida durante o sorriso.

Tecnica: Penetrar agulha 45° entre a boca e o nariz


com profundidade aproximada de 5mm.

Planejamento: Ponto unico, cerca de 2 unidades.

Complicações: A dor é o efeito colateral mais


relatado.
Inferior

Sorriso gengival

Região: Levantador lábio superior e asa do nariz


(LLSAN).

Classificação: O sorriso gengival tipo l: 1-2mm de


exposição.

Técnica: Aplicar no LLSAN em apenas dois pontos.

Planejamento: Média de 2 a 4 unidades por ponto


marcado.

Possibilidade de resultados: Sorriso gengival.


Inferior

Sorriso gengival

Região: Levantador labio superior e asa do nariz


(LLSAN)

Classificação: Sorriso gengival tipo Il: acima de 3mm

Técnica: Aplicar no Levantador do labio superior (LLS),


distante 1 cm da asa do nariz.

Planejamento: Média de 2 a 4 unidades por ponto marcado.

Possibilidade de resultados: Sorriso gengival.


Inferior
Sorriso gengival
Região: Levantador do lábio superior (LLS).

Classificação: Sorriso gengival tipo II: maior que


3mm com exposição do corredor bucal.
Tecnica: Aplicar no LLS, distante 1 cm da asa do
nariz com profundidade superior ao caso anterior,
praticamente atingindo a região da maxila.

Planejamento: Média de 2 a 5 unidades por ponto


marcado.

Possibilidade de resultados: Sorriso gengival.


Interior
Orbicular da boca

Região: Orbicular da boca (Codigo de barra)

Tecnica: Os pontos de aplicação devem respeitar a


simetria da linha media do paciente. Realizando
aplicação superficial, ou seja, somente o bisel da
agulha (1mm). Agulha em direção ao musculo e
não ao lábio

Planejamento: Média de 0,5 - 1 unidades por ponto


marcado.

Possibilidade de resultados: Controle da força e


redução da formação de marca de expressão
orbicular da boca.
Inferior
Orbicular da boca e abaixador
do ângulo da boca

Região: Orbicular da boca

Técnica: Solicitar ao paciente para elevar o


lábio inferior, ficando evidente o abaixador do
lábio inferior.
região em que devemos marcar dois pontos
bilaterais

Planejamento: Média de 2-3 unidades por


ponto marcado.

Possibilidade de resultados: Amenizar a caída


da comissura bucal e alguns casos diminuir os
sintomas de queilite angular. Redução da força
de expressão causadora das marcas de
marionete.
Inferior

Mentual
Região: Mentual

Técnica: Traçar uma linha media no mento para aplicação


bilateral a 1 cm de distância da linha
referência.

Planejamento: Média de 2 unidades por ponto marcado.

Possibilidade de resultados: Controle da força e redução da


formação de marca de expressão orbicular da boca.
Masseter
Região: Músculos de mastigação

Técnica: Passar uma linha entre a estrutura do tragus e


comissura da boca. Abaixo dessa linha selecionamos os pontos
de aplicação.

Planejamento: Média de 10-12 unidades por ponto marcado.


Aplicação profunda (agulha 6mm)

Possibilidade de resultados: Controle da força e redução da


formação de marca de expressão orbicular
da boca.
Indicações e contra indicações
Indicações:

• Distonia muscular;
• Hipertrofia do masseter e temporal;
• Apertamento, Bruxismo, DTMs (Disfunções temporomandibular);
• Sorriso gengival;
• Perda de suporte de lábios, Queilite angular,
• Cefaleia tensionais;
• Linhas hipercinéticas;
Indicações e contra indicações

Contra indicações absolutas: Contra indicações relativas:

• Hipersensibilidade a substancia • Distúrbios de coagulação;


ativa;
• Uso de anticoagulante (AAS);
• Doença do nervo periférico motor
ou disfunção neuromuscular; • Paciente em estado de imunossupressão;

• Presença de infecção no local da • Paciente não colaborativo, expectativa nao-realista;


aplicação;

• Gestação ou amamentação;
Insucessos
• Utilização de pomadas para acelerar reabsorção de hematomas (Hirudoid, Arnica,...) utilizadas 3 a
5 vezes ao dia;

• Relaxamento demasiado de músculos (Ptoses e até dificuldade de expressão facial)


• Podem ser corrigidos com estímulo muscular regional, com fisioterapia, choques elétricos e laser
terapêutico infravermelho.
Reações alérgicas

• Medicar com antialérgico (Fenergan 25mg) a cada 6 horas por período de 3-5 dias;

• Predinisona (20mg) a cada 12h, durante 5 dias;


Evitando as zonas de risco
• Prócero e corrugador: ptose do M.orbicular, causado caso a injeção da agulha seja
inclinada, diminui-se o risco quando a injeção for no ventre do músculo.

• Frontal: músculo antagonista do orbicular dos olhos e levantador da pálpebra,


causando ptose palpebral, evita-se se marcar o ponto 1cm acima da borda orbital
superior

• Orbicular dos olhos: respeitar a distancia de 1,5cm da borda orbital lateral


Evitando as zonas de risco
• Nasal: injetar medialmente a linha naso facial, evitando acometer o músculo
levantador do lábio superior e da asa do nariz, com consequente ptose labial;

• Sorriso gengival: iniciar com doses menores, e se necessário fazer retoque;

• Masseter: doses excessivas podem comprometer a mastigação;

• Orbicular da boca: evitar injeção profunda, pois o músculo é bem superficial


mesmo em doses pequenas isso pode acontecer, causando desconforto ao
paciente (dificuldade de sugar, assoprar, bochechar e articular alguns fonemas)
Duração de ação

Os efeitos podem ser sentidos entre o terceiro e o décimo dia apos aplicação e duram em
média de 3 a 6 meses. Pico máximo efeito 15 dias
Intervalo entre os tratamentos
A imunogenicidade está relacionada com a frequência das aplicações.
Todas as toxinas criam anticorpos se você fizer por muito tempo, a única
marca que isso não acontece é a Xeomin.
Xeomin não é imunogênica (não possui proteínas ligantes, por isso não
cria a imunogenicidade).
Intervalo de 6 meses para toxinas normais, Xeomin 4 meses.
Paciente que já está com imunogenicidade presente precisa ser feita o
desmame da toxina, ficar 2 anos sem uso.
INTERAÇOES
MEDICAMENTOS
AS
Medicamentos Interação com toxina botulínica
Antibióticos (aminoglicosídeos, polimixinas e lincosamidas) Potencializam a ação da toxina botulínica

Inibidores de acetilcolinsterase (donapezila, galantamina, Antagonistas da ação da toxina botulínica


rivastigmina, edrofônio neostigmina, pridostigmina e
fisostigmina) – (medicamentos Alzheimer)

Succinilcolina (adjuvante da anestesia geral, proporciona Potencializam a ação da toxina botulínica


relaxamento do músculo esquelético para facilitar intubação
traqueal)
Curare e curare like (bloqueadores neuromusculares Potencializam a ação da toxina botulínica
utilizados em procedimentos de emergência)

Sulfato de magnésio (sulfato de magnésio) Potencializam a ação da toxina botulínica

Quinina (malária) Potencializam a ação da toxina botulínica

Ciclosporina (transplante) Potencializam a ação da toxina botulínica

Paronômio, rocurônio, vercurônio e galamina (relaxante Potencializam a ação da toxina botulínica


muscular)
Penicilamina (doença de Wilson) Potencializam a ação da toxina botulínica
Recomendações após aplicação
• Evitar massagear a área tratada, evitando a disseminação do produto
• Não deitar por um período de 2-4 horas (não disseminar para outro musculo).
• Evitar compressas de gelo (migração da toxina)
• Evitar atividade física por 24 horas
• Evitar fazer as expressões faciais
• Efeitos começam a surgir 3-7 dias após aplicação, e o melhor resultado entre
• 15-21 dias.
• Retorno em 15 dias para verificar o efeito e se necessário a correção de algum efeito adverso (antes
dessa data não é indicado)
• Para ter continuidade do efeito, deve-se aplicar 2-3 vezes ao ano
• Evitar viagem aérea no dia da aplicação (pressão dentro da aeronave pode promover difusão da
toxina)
• Fotografar o antes e depois SEMPRE
Obrigada pela atenção

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