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2ª Edição - 2021

• SPEAKER MEDBEAUTY • SPEAKER SINCLAIR PHARMA & SKYMEDIC

• PROFESSIONAL EXPERIENCE • PROFESSIONAL EXPERIENCE SINCE 2005;


SINCE 2008;
• MASTER OF AESTHETIC MEDICINE (UCO)
• POS GRATUATED SBME (RS) SPAIN;
BRAZIL;
• SPEAKER FOR DIFFERENT LABORATORIES
• PHD SURGEON AND AESTHETIC IN EUROPE SINCE 2009
MEDICINE;
• PROFESSOR IN CONGRESSES, MEETINGS
• PROFESSOR IN CONGRESSES, AND WORKSHOPS IN SPAIN, PORTUGAL
MEETINGS AND WORKSHOPS AND BRAZIL

• PROFESSOR AT ISBRAE (COURSE IN


AESTHETIC MEDICINE POSTGRADUATE)
ÍNDICE
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
ORIENTAÇÕES INICIAIS

Este E-book apresenta as principais complicações


com o uso de Fios de Sustentação e Fios PDO.
O aumento na utilização das técnicas com fios
nos consultórios fez com que o número de
complicações também aumentassem.
Observamos que a maioria das complicações
podem ser evitadas se seguirmos protocolos adequados
de aplicação, indicarmos corretamente o tratamento e
também utilizarmos o material apropriado para cada
caso.
A boa prática no caso dos fios é essencial para
que as complicações não ocorram.
Neste e-book relacionamos as principais
complicações, como evitá-las e também como
solucionar de forma correta para que possa trabalhar
com segurança.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
ORIENTAÇÕES INICIAIS

O índice de complicações com fios é baixo, menos


do 0,5%.
Sabemos que a maioria das complicações está
relacionada a prática inadequada das técnicas e não ao
produto em si.
As principais complicações relatadas com Fios de
Sustentação e Fios PDO são:

❑ Hematomas ❑ Fio Palpável


❑ Assimetrias ❑ Dor Crônica
❑ Extrusão ❑ Parestesias
❑ Retrações ❑ Migração
❑ Granuloma ❑ Acesso
❑ Infecção ❑ Ausência de Resultados
❑ Fio Visível
GUIA PRÁTICO DE
COMPLICAÇÕES EM FIOS
1. SISTEMA IMUNE
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
1. SISTEMA IMUNE

É importante lembrar que o fio é um corpo estranho


e como tal provoca mobilização do nosso sistema imune.
Por isso uma das contraindicações para tratamentos
estéticos, incluindo fios , são pacientes com doenças auto–
imunes.

ATIVAÇÃO REAÇÃO
DO SISTEMA ANTÍGENO -
IMUNE ANTICORPO
GUIA PRÁTICO DE
COMPLICAÇÕES EM FIOS
2. CURVA DE APRENDIZAGEM
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
2. CURVA DE APRENDIZADO

A curva de aprendizado é outro determinante nas


complicações com fios, como em qualquer técnica.
A boa prática diminui o risco de complicações e
melhora os resultados.
Com fios, especificamente, existem detalhes que
uma boa sistemática na hora do procedimento evita a
maioria das complicações.
GUIA PRÁTICO DE
COMPLICAÇÕES EM FIOS
3. INDICAÇÃO CORRETA
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
3. INDICAÇÃO CORRETA

Outro fator determinante nas complicações é


indicação correta do procedimento. Pacientes com certas
características devem ser evitados como: pacientes com
face muito pesada, pacientes com muito excesso de pele ou
aqueles com pele muito fina ou subcutâneo insuficiente.

Os pacientes candidatos a esse tratamento são:


❑ Consistência dérmica preservada
❑ Flacidez leve a moderada
❑ Tecido subcutâneo suficiente
❑ Trofismo muscular preservado
❑ Pacientes que não querem ou não podem fazer cirurgia
❑ Expectativas reais

Sabemos que os Fios de Sustentação promovem um


lifting de até 2cm , variando conforme cada caso.
GUIA PRÁTICO DE
COMPLICAÇÕES EM FIOS
4. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
4. AVALIAÇÃO DO PACIENTE

Uma avaliação minuciosa do paciente é importante


para que possamos identificar fatores de risco, medicações
em uso e alinhar as expectativas do nosso paciente.

Pacientes em que devemos evitar de realizar o


procedimento:
❖ Pacientes com história de quelóide
❖ Doenças Auto Imune
❖ Infecções Ativas na área de tratamento
❖ Expectativa do paciente

Insistimos na expectativa pois é importante lembrar


que os fios não trazem resultados cirúrgicos. O paciente
deve ser bem informado dos possíveis resultados e
durabilidade do tratamento.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
4. AVALIAÇÃO DO PACIENTE

E tem uma classe de pacientes que devemos ter cuidados,


mas podem realizar o procedimento.
Estão neste grupo:

1. Alérgicos: pacientes com muita atopia ,neste caso


pode se fazer uso de antialérgicos via oral antes do
procedimento. No geral não há problemas ou
intercorrências relatadas.

2. Doenças Sistêmicas: as doenças como diabetes e HAS


devem estar controladas. Pacientes com glicemia aletrada
tem mais risco de granuloma com fios de tração.

3. Tabagistas: pacientes tabagistas pesados também


tem maior risco de granuloma com fios de tração.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
4. AVALIAÇÃO DO PACIENTE

4. Pele Envelhecida ou Subcutâneo Insuficiente:


nestes caso devemos cuidar pois o fio pode ficar visível.
Aconselhamos bioestimular previamente com
equipamentos ou injetáveis.

5. Anti-agregante Plaquetário: pode ser


interrompido ou não. Como o procedimento geralmente
não causa grandes sangramentos não há necessidade de
interrupção do mesmo.

6. Herpes: pacientes com histórico de herpes e que


vamos trabalhar próximo a região de lábios, é
aconselhável profilaxia .
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
4. AVALIAÇÃO DO PACIENTE

O QUE FAZER EM CADA SITUAÇÃO:

TABAGISTAS E
ALÉRGICOS: PREDSIM
DIABÉTICOS: TRAUMEEL
20MG , 30 MINUTOS
ANTES OU NO DIA DO
ANTES
PROCEDIMENTO

FOTOENVELHECIMENTO:
HERPES : PROFILAXIA
LASER,
VALACICLOVIR 500MG
RADIOFREQUÊNCIA,
12/12 H - 07 DIAS
PEELINGS

ANTIAGREGANTE: PODE QUELÓIDE: TRAUMEEL


PARAR 2 A 3 DIAS ANTES OU GLICIRRIZA GLABRA
GUIA PRÁTICO DE
COMPLICAÇÕES EM FIOS
5. MEDICAMENTOS
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
5. MEDICAMENTOS
TRAUMEEL
Utilizado em processos inflamatórios, edema pós -traumático. Em
edemas em geral.
Dose: 1 comprimido ou 10 gotas de 8/8 horas por 10 dias.

GLICIRRIZA GLABRA
Antibacteriana , anti-inflamatória.
Dose: 150mg 2x ao dia. Iniciar 10 dias antes e continuar 30 dias
depois.
Pela dificuldade de adesão ao tratamento com esse esquema, acredito
que por segurança devemos evitar fazer fios de tração/ sustentação
nos pacientes.

ANTIBIÓTICOS PARA PELE


Cefadroxila 500mg 12/12h x 7 días indicação de qualquer pós
operatório
Ciprofloxacino 500mg 12/12 + Clindamicina 100mg 6/6h para infecções
graves de pele e multirresistente (úlcera, erisipela, pé DBT) x tempo
indeterminado (até fechar) com protetor gástrico CARO!
Cefalexina 500mg 6/6h x 7 dias infecções mais leves
Doxicilina 100mg 12/12h x 7 dias infecções leves a moderadas
GUIA PRÁTICO DE
COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.1 – EQUIMOSES/HEMATOMAS
Equimoses são mais comuns e geralmente são
provocadas por trauma da agulha ou da cânula, por isso o
refinamento das técnicas através de treinamentos
constantes é essencial para evitar esse efeito adverso.

Tratamento:

• Gelo
• Hirudoid ou Trombofob gel 3x ao dia por 10 dias.
• Drenagem se necessário
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.2 - EXTRUSÃO

A extrusão com fios ocorre mais comumente nas


seguintes situações:

❑ PDO Corporal em área de contato e movimento;


❑ PDO em área de movimento, como glabela e sulcos;
❑ Fio Silhouette mal cortado;
❑ Fio Double Needle mal cortado;
❑ Fios Espiculados mal cortados;
❑ Manipulação excessiva da face;

Nos casos , retiramos o fio que está extruindo pois ele


causa reação inflamatória, consequente granuloma e
infecção.
No terço superior o uso de toxina evita essa
complicação.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.2 - EXTRUSÃO

Extrusão de PDO bumbum. Áreas corporais pelo


contato e movimento tem maior índice de extrusão.
O fio deve ser retirado, pois ela causa reação
inflamatória no local e pode ser repassado em média em 15
dias.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.2 - EXTRUSÃO

Fio que migrou e extruiu pela manipulação excessiva


da face, paciente retirou o curativo e foi submetida a
manipulação da face.
Neste caso o fio foi retirado sem prejuízo.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.2 - EXTRUSÃO
No terço superior da face o uso de fios deve ser
associado `a toxina botulínica para que o fio não extrua.
No caso de Fox Eyes a manutenção da toxina deve ser
feita a cada 3 -4 meses para que os resultados sejam
duradouros.
A toxina pode ser feita de 7 a 15 dias antes dos fios,
tanto de sustentação como PDO. Nestes casos a retirada do
fio é indicada ou processos que acelerem a hidrólise do fio.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.3 – FIO VISÍVEL

Ocorre quando o fio é implantado no plano errado ou


quando a indicação é incorreta.
No caso de fios de sustentação pode realizar uma
subcisão para descolar a derme ou em alguns casos uma
massagem vigorosa também pode ser feita.
No caso de Fios PDO, o fio deve ser retirado. Caso não
consiga extrair o uso de tratamentos que provoquem
hidrólise podem ser utilizados como tecnologias, ácido
hialurônico baixa reticulação, solução fisiológica local.

COMO EVITAR??
Os fios devem ser implantados em
subcutâneo superficial, para evitar essa situação.
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6. COMPLICAÇÕES

6.3 – FIO VISÍVEL

Fio espiculado em área de movimento, implantado


superficialmente e sem toxina para paralisação da
musculatura.
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6. COMPLICAÇÕES

6.3 – FIO VISÍVEL

Neste caso o uso de tecnologias pode ser utilizado , foi como


resolvemos , com sessões de radiofrêquencia e aplicação de
toxina botulínica.
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6. COMPLICAÇÕES

6.3 – FIO VISÍVEL/SUPERFICIAL


Fio em área de movimento ligamentar.
Neste caso deve-se fazer um botão anestésico e retirar
o fio. Para evitar esse tipo de intercorrência os fios devem
ser implantados lateralmente com ponto de entrada na
altura do epicanto lateral.
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6. COMPLICAÇÕES

6.3 – FIO VISÍVEL/SUPERFICIAL


Técnica: marca a área do fio, faz um botão anestésico, abre
com agulha rosa e retira com uma pinça delicada ou agulha
de crochê.
Caso tenha insucesso, pode fazer aplicações de 0,2 ml de
solução fisiológia com Lidocaína, sessões a cada 7 dias.
O fio pode levar até 45 dias para sofrer hidrólise.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.3 – FIO VISÍVEL/SUPERFICIAL


Outras situações podem acontecer são superficialização de
pontas e trajetos , que geralmente por manipulação ou
movimentação excessiva.
Por isso o uso do curativo e os cuidados dos pacientes são de
extrema importância.
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6. COMPLICAÇÕES

6.3 – FIO VISÍVEL/SUPERFICIAL


Neste caso foram feitas aplicações de uma solução com um
0,5ml de soro fisiológico e 0,5ml de lido sem vasoconstritor
para acelerar a hidrólise do fio.
A lidocaína serve para diminuir o desconforto. Paciente após
15 dias da aplicação.
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6. COMPLICAÇÕES

6.3 – FIO VISÍVEL/SUPERFICIAL


Nestes casos onde a ponta do fio está visível , podemos
tentar retirar com abertura com lâmina 11 e cortar a porção
final do fio.
Caso não consiga , se for fio de PDO , técnicas que acelerem
a hidrólise.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.3 – FIO VISÍVEL/SUPERFICIAL

O fio passado em plano dérmico , fazendo retração do


trajeto. Na grande maioria dos casos não há necessidade de
intervir, pois em média 15 dias ocorre a acomodação.
Após 15 dias , massagem vigorosa pode ser feita se
não houver melhora e subcisão dos pontos de maior
retração.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.4 – RETRAÇÕES E IRREGULARIDADES

As retrações e irregularidades podem ser tratadas com:


❑ Subcisão pontos de entrada e saída
❑ Preenchimento
❑ Microagulhamento
❑ Soltar nós ou cones

COMO EVITAR??

Alargar bem pontos de entrada do fio.


GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.4 – RETRAÇÕES E IRREGULARIDADES


Neste caso como foi feita uma técnica com Double
Needle de retorno com o fio, técnicas que estão em desuso.
Neste caso devemos cortar o fio e ainda realizar subcisão dos
pontos de retração na pele.
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6. COMPLICAÇÕES

6.4 – RETRAÇÕES E IRREGULARIDADES

Em casos mais leves podem ser resolvidos com


massagem circular nos pontos.
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6. COMPLICAÇÕES

6.4 – RETRAÇÕES E IRREGULARIDADES

Neste caso houve uma retração no ponto de entrada


que deve ser resolvida com subcisão.
SUBCISÃO
▪ Botão anestésico com anestésico com
vasoconstritor que pode ser lidocaína ou solução de
Klein ( ponto preto)
▪ Com uma agulha 18G faz o pertuito em direção
ao ponto de retração e como movimentos
semicirculares realiza o descolamento do ponto de
retração.
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6. COMPLICAÇÕES

6.4 – RETRAÇÕES E IRREGULARIDADES

Evitamos essa complicação ao abrir adequadamente o


ponto de entrada.

Técnicas como microagulhamento e preenchimento


utilizamos se mesmo após a subcisão o paciente ainda
apresentar alguma retração no local.
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6. COMPLICAÇÕES

6.5 – GRANULOMA

O granuloma pode estar relacionado :

1. REAÇÃO DO PACIENTE : paciente faz uma


reação inflamatória ao material do fio gerando um
granuloma. Situação mais difícil de ocorrer, mas em alguns
casos pode acontecer;
2. TÉCNICA: erro na técnica ou técnica inadequada
ficando fio em contato com a derme.
O uso de nós pode gerar granuloma , visto que as
pontas do fio podem ficar em contato com a derme.
O corte adequado da porção do fio que fica externo é
muito importante.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.5 – GRANULOMA

Geralmente se formam por uma reação inflamatória


devido ao contato do fio com a derme do paciente .
Alguns pacientes tem maior propensão a granulomas
mesmo sem existir esse contato com a pele. Pacientes com
diabetes descontrolada e pacientes tabagistas.
Ao longo de 8 anos, apenas dois casos de granuloma
de trajeto, onde não havia contato da derme com o fio. Uma
das pacientes era diabética e outra tabagista pesada ( > 10
cigarros / dia).
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.5 – GRANULOMA
O grande problema do granuloma não tratado é que
ele evolui com infecção.
Por isso deve ser tratado precocemente com
antibiótico e terapia infiltrativa para granuloma.
❑ Triancil intralasional – 2 a 3 aplicações, 1 vez na
semana
❑ Cefadroxil 500mg, 1 comprimido de 12/12 horas por
10 dias.
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6. COMPLICAÇÕES

6.2 - EXTRUSÃO
Nos casos de Fios de Sustentação, deve fazer
um botão anestésico, abre com lâmina número 11 e corta o
fio excedente.
Neste caso o fio foi mal cortado, faz reação
inflamatória e granuloma.
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6. COMPLICAÇÕES

6.5 – GRANULOMA

Granuloma provocado por Fio PDO Espiculado.


Neste caso já com início de infecção, devemos intervir
com antibiótico e retirada do fio.
❑ Cefadroxil 500mg, 1 comprimido de 12/12 horas
por 10 dias.
Após resolução do processo infeccioso, tratar o
granuloma com aplicações intralesionais de triancinolona.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.5 – GRANULOMA

ESQUEMA DE TRATAMENTO:

❑ TRIANCIL 0,2 a 0,3 ml intralesional – aplicar


semanal – 3 a aplicações.
❑ TRAUMEEL INJETTÁVEL: opção para o Triancil, para
evitar atrofia de pele.
Pode ser injetado 0,2 a 0,3 ml intralesional, 2x
semana.
❑ CEFADROXIL 500 MG – 1 comprimido de 12/12
horas por 10 dias.
Deve ser iniciado imediatamente, se já houver
processo infeccioso as aplicações de Triancil ou Traumeel
devem ser adiadas.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.6 – REJEIÇÃO
A rejeição é uma reação incomum mas pode
ocorrer em alguns pacientes. Estes casos com Double
Needle.
Um dos principais motivos de rejeição é fios no
mesmo trajeto. Em técnicas onde retornamos com os fios,
no caso do double needle, devemos evitar retornos pelo
mesmo trajeto.

Sintomas: É diagnosticado quando o paciente


apresenta hiperemia ao longo do trajeto do fio. Essa
hiperemia pode ocorrer em alguns trajetos ou em todos.
Essa reação pode levar a formação de granuloma e
infecção.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.6 – REJEIÇÃO
Tratamento: nestes casos o antibiótico deve ser
iniciado preventivamente e o fio deve ser retirado
cirurgicamente.
O antibiótico utilizado é o Cefadroxil 500 mg de
12/12h por 7 dias.
Por isso, hoje utilizamos técnicas mais modernas onde
evitamos fios no mesmo trajeto.
No curso Master em Fios ensino técnicas
adequadas das quais desenvolvi para evitar a formação
de granuloma e dicas de como evitar este tipo
de complicação.
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6. COMPLICAÇÕES

6.7 – INFECÇÃO

As infecções ocorrem por contaminação no


procedimento ou no pós procedimento.
O uso de material estéril durante o procedimento
e cuidados com assepsia evitam esse tipo de
complicação.
No pós procedimento o uso de curativo por 4 dias
é aconselhado e as orientações dos cuidados com
higiene e não manipulação do local devem ser
reforçados para o paciente.
Sintomas: hiperemia, calor , dor e a presença ou
não de secreção purulenta.
Tratamento: nos casos de infecção o antibiótico
deve ser iniciado precocemente para que o quadro não
evolua para uma celulite ou abcesso e o fio deve ser
retirado.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.7 – INFECÇÃO

CEFADROXIL 500MG – 1G DE 12/12H POR 7 DIAS.

Paciente 24h após o início de antibiótico.


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6. COMPLICAÇÕES

6.8 – CELULITE E ABCESSO


A não intervenção precoce nos casos de infecção pode
levar à complicações como celulite e abcesso.
Além disso, o uso de tratamentos inadequados
também leva a complicações.
Em casos de complicações como celulite e abcesso,
além do uso de antibióticos , a retirada do fio e a drenagem
devem ser feitas.
Sintomas: hiperemia, calor local, dor e febre.
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
6. COMPLICAÇÕES

6.8 – CELULITE E ABCESSO

❑ CEFADROXIL 500MG, 1G DE 12/12H POR 10 DIAS


❑ DOXICICLINA 100MG DE 12/12 H POR 7 DIAS.
❑ RETIRADA DO FIO
❑ DRENAGEM SE NECESSÁRIO
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6. COMPLICAÇÕES

6.8 – CELULITE E ABCESSO

❑ Caso com Silhouete Soft que evoluiu para abcesso por


uso de antibiótico inadequado.
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6. COMPLICAÇÕES

6.8 – CELULITE E ABCESSO

❑ Caso com Double Needle que evoluiu para abcesso por


falta de intervenção precoce.

❑ Em casos de
abcesso , internação
e uso de antibiótico EV
podem ser necessários.
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6.9 – PLANO INCORRETO

Não somente a superficialização provoca complicações,


mas o aprofundamento do fio pode levar à lesão de nervo ,
artérias e veias.
Por isso o treinamento e uso de técnicas adequadas é
muito importante, além do conhecimento da anatomia facial.
No terço superior precisamos ter uma atenção especial
pois os planos são muito finos o que aumenta o risco de
aprofundar o fio.
Anestesiar o trajeto do fio com cânula 25G é uma das
formas de criar o plano , facilitando a inserção .
A quantidade de anestésico deve ser mínima para não
dificultar a aderência das garras no tecido.
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6. COMPLICAÇÕES

6.9 – PLANO INCORRETO

Casos com Fios de PDO agulhado em técnica terço


superior onde o aprofundamento da agulha transfixou a
artéria temporal superficial formando um pseudoaneurisma.
Esses casos são muito raros.
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6. COMPLICAÇÕES

6.10 – INDICAÇÕES INADEQUADAS

A complicação mais comum é a falta de resultados ou


resultados ruins por indicações incorretas

ALGUNS PACIENTES DEVEMOS EVITAR DE FAZER FIOS


DE SUSTENTAÇÃO COMO:

❑ Pacientes com face hipertrófica


❑ Pacientes com muita flacidez
❑ Pacientes com expectativas irreais
❑ Pacientes com faces hipotróficas, subcutâneo
insuficiente;
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6. COMPLICAÇÕES

6.11 – DOR CRÔNICA E PARESTESIAS

Dor crônica e parestesias são complicações raras


porém relatadas.
Nestes casos devemos tratar com:
❑ Analgesia
❑ Corticoíde oral
❑ Vitamina B12 VO ou IM
❑ Gabapentina 300MG 2x ao dia.
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6. COMPLICAÇÕES

6.12 – MIGRAÇÃO

É uma complicação rara. Está relacionada à


manipulação inadequada no local da implantação do fios ou
ao uso de técnicas e /ou material inadequado.
O curativo e orientações claras e rígidas para o
paciente são extremamente importantes.
Neste caso abaixo a manipulação inadequada da face
provocou a migração do fio.
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6. COMPLICAÇÕES

6.12 – MIGRAÇÃO

O uso de técnicas inadequadas e /ou a escolha incorreta do fio


para o tratamento também pode gerar essa complicação. Neste caso o
fio implantado por baixo fica em contato com a movimentação do
músculo orbicular e migra.

No caso abaixo uma técnica incorreta de Fox Eyes com um fio


não adequado para este procedimento provocou migração do fio e
consequente extrusão do mesmo.

Em todos os casos a retirada do fio cirurgicamente é


recomendada para resolução do problema.
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6. COMPLICAÇÕES

6.12 – MIGRAÇÃO

Migração por manipulação da paciente.


A conduta foi microporar com micropore 3M da
Nexcare por 7 dias para reposicionar os fios.
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6. COMPLICAÇÕES

6.12 – MIGRAÇÃO

Paciente 7 dias após.


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6. COMPLICAÇÕES

6.13 – ATRITO/ REJEIÇÃO

Fio realizado em terço superior, com rejeição após


atrito por uso de capacete. Neste caso utilizamos antibiótico,
porém a retirada do trajeto do fio foi necessária.
Por isso tenho orientado os pacientes a não usar bonés
ou capacetes por 10 dias.

.
GUIA PRÁTICO DE
COMPLICAÇÕES EM FIOS
7. CONCLUSÃO
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
7. CONCLUSÃO

Os fios são um tratamento seguro, porém


precisamos ter técnicas adequadas , conhecer a
anatomia e o material que estamos trabalhando.
O treinamento contínuo é essencial, pois, ao
trabalhar com fios, pequenos detalhes e cuidados fazem
a diferença.
Sabemos que a maioria das complicações está
relacionada a erros de técnica e /ou uma indicação
incorreta.
Nos nossos cursos online e presenciais ensinamos
as técnicas adequadas, além de dicas valiosas, para que
possa trabalhar com segurança em seu consultório.
“TRABALHAR COM FIOS
REQUER TÉCNICA E
TREINAMENTO PARA
EVITAR COMPLICAÇÕES E
TER BONS RESULTADOS!”
GUIA PRÁTICO DE COMPLICAÇÕES EM FIOS
ORIENTAÇÕES FINAIS

O conteúdo deste livro é baseado em literatura


científica e principalmente na nossa experiência de
mais de 8 anos com Fios.

Ao longo da nossa carreira tivemos complicações


com fios e isso nos inspirou a escrever esse guia para
ajudar os colegas, contribuir na resolução e
principalmente na prevenção das complicações.

Todas fotos postadas são referentes a casos nossos


ou de colegas, onde estivemos envolvidas para
ajudar na resolução dos mesmos.

As fotos foram autorizadas apenas para uso


educacional não sendo permitida a replicação das
mesmas.

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