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CARBOXTERAPIA, ENDERMOLOGIA,

MICROAGULHAMENTO E CRIOLIPÓLISE
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 3

INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA INFUSÃO CONTROLADA DE CO2 ............... 4

DIÓXIDO DE CARBONO ................................................................................... 6

EFEITOS FISIOLÓGICOS - ESTIMULO CIRCULATÓRIO SANGUÍNEO ......... 7

EFEITO BOHR ................................................................................................... 8

AÇÃO BIOQUÍMICA ........................................................................................... 8

CARBOLIPÓLISE............................................................................................... 9

AÇÃO NO TECIDO CONJUNTIVO .................................................................. 10

APLICAÇÕES CLÍNICAS ................................................................................. 11

AUXILIAR PARA EXAMES COMPLEMENTARES .......................................... 12

ARTERIOPATIAS............................................................................................. 12

PÓS-CIRURGIA PLÁSTICA ............................................................................. 13

GORDURA LOCALIZADA ................................................................................ 14

ESTRIAS E FLACIDEZ CUTÂNEA .................................................................. 15

OUTRAS APLICAÇÕES .................................................................................. 17

CARBOXITERAPIA .......................................................................................... 19

Como funciona a carboxiterapia ................................................................... 20

Celulites .......................................................................................................... 21

Gordura localizada ......................................................................................... 21

Perda de cabelo .............................................................................................. 21

Flacidez ........................................................................................................... 21

Olheiras ........................................................................................................... 22

Estrias ............................................................................................................. 22

A carboxiterapia é um tratamento que requer cuidados ............................ 22

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Riscos da carboxiterapia ............................................................................... 22

ENDERMOTERAPIA ........................................................................................ 25

MICROAGULHAMENTO .................................................................................. 29

CRIOLIPÓLISE ................................................................................................ 40

BIOMEDICINA NA ESTÉTICA ......................................................................... 48

ENFERMAGEM NA ESTÉTICA ....................................................................... 50

ESTETICISTA NA ESTÉTICA .......................................................................... 51

FARMÁCIA NA ESTÉTICA .............................................................................. 52

FISIOTERAPIA NA ESTÉTICA ........................................................................ 55

ODONTOLOGIA NA ESTÉTICA ...................................................................... 57

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 59

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criada a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA INFUSÃO CONTROLADA DE


CO2
Segundo alguns autores a Carboxiterapia constitui-se de uma técnica
onde se utiliza o gás carbônico medicinal (Dióxido de Carbono ou CO2) injetado
no tecido subcutâneo, estimulando assim efeitos fisiológicos como melhora da
circulação e oxigenação tecidual.
O CO2 é um gás inodoro, incolor e atóxico, é o produto endógeno natural
do metabolismo das reações oxidativas celulares, produzido no organismo
diariamente em grandes quantidades e eliminado pelos pulmões durante a
respiração.
A história do uso terapêutico do gás carbônico teve início em 1932, na
Estação Termal do Spy de Royat, na França, em pacientes que sofriam de
arteriopatias periféricas. Seu uso era feito de forma transcutânea através de
banhos secos ou submersão em água carbonada.
O dióxido de carbono foi descoberto em 1648, porém a partir da década
de 30 surgiram os primeiros trabalhos sobre o tema, como o do cardiologista
Jean Baptiste Romuef que teve sua publicação em 1953, após 20 anos de
experiência utilizando em seus tratamentos injeções subcutâneas de CO2.
Outro trabalho importante foi publicado em 1956, em que 2400 casos de
arteriopatia crônica obstrutiva e gangrena foram tratados com CO2 injetável com
bons resultados.
Ainda atuando sobre patologias vasculares, em 2002, Toryama mostrou
uma excelente melhora da circulação periférica em pacientes com isquemia
crítica, com redução de 83% dos casos de amputação.
O gás carbônico é o gás mais utilizado nas cirurgias de videolaparoscopia,
para a insuflação da cavidade abdominal (pneumoperitôneo), histeroscopias e
como contraste em arteriografias e ventriculopatias.
Devido ao seu alto poder de difusão, este gás é rapidamente absorvido e
eliminado, ficando apenas o efeito vasodilatador o que reduz o risco de embolia
gasosa fatal.
Com o desenvolvimento de um equipamento capaz de controlar o fluxo
injetado por minuto, e o volume total injetado possibilitou a aplicação da

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carboxiterapia e seu reconhecimento terapêutico nos países da Europa,


principalmente Itália e França, onde é reconhecida para uso em Saúde Pública.
Controlar o fluxo injetado por minuto, é possível usar esse procedimento
em vários tipos de tratamentos terapêuticos e até mesmo estéticos, como, por
exemplo, no tratamento de estrias, cicatrizes, celulite, gordura localizada,
flacidez cutânea, rugas, olheiras, feridas, calvície, psoríase, dentre vários outros
(MARSILI, 2006).
Tudo isso fez com que seu conhecimento terapêutico fosse disseminado
não só na França, mas também na Itália e vários outros países da Europa e de
outros continentes, como o Brasil. Na Itália já se trabalha com a técnica há dez
nos tratamentos de FEG e adiposidade localizada (FRASCA, 2002; MARSILI,
2006).
A infusão controlada de CO , conhecida popularmente como
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carboxiterapia, é uma técnica que trabalha com injeção do dióxido de carbono –
CO no tecido subcutâneo.
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É uma prática que tem proporcionado melhora fisiológica, com melhor
irrigação sanguínea do local e, consequentemente, melhor oxigenação do tecido
(ABRAMO, 2010).
O gás carbônico é o mais utilizado em cirurgias de videolaparoscopia para
ainsuflação da cavidade abdominal, histeroscopia e como contraste em
arteriografia e ventriculopatia (ABRAMO, 2010).
O CO tem um poder de difusão muito forte, por esse motivo não oferece
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riscos ao paciente.
Ele é atóxico e é eliminado facilmente do tecido, sendo assim, os riscos
de embolia gasosa fatal nesse tratamento são mínimos (BRANDI, 2001).
Um dos principais produtos do metabolismo celular é o ácido carbônico
(H CO ), excretado pelos pulmões sob a forma de gás carbônico (CO ).
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Portanto é totalmente inócuo para nosso organismo (GUIRRO; GUIRRO,
2002). O CO é 20 vezes mais difundido que o O , portanto, o aumento de
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volume que ocorre após a aplicação é rapidamente absorvido e eliminado,

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ficando somente o efeito vasodilatador que irá promover os benefícios locais


(BRANDI, 2004).

DIÓXIDO DE CARBONO
Um dos principais produtos do metabolismo celular é o ácido carbônico
(H2CO3) excretado através dos pulmões sob a forma de gás carbônico (CO2).
A quantidade de gás carbônico transportada no sangue venoso até os
pulmões é cerca de 200 ml/min no adulto em repouso, mas pode aumentar em
10 vezes durante o exercício físico.
No interior do eritrócito, o CO2 passa por um processo de hidratação
formando o ácido carbônico (H2CO3) com a ajuda de uma enzima catalisadora
denominada anidrase carbônica.
Em seguida a dissociação iônica do ácido carbônico é rápida e
espontânea, sem a necessidade de enzima, formando íons de hidrogênio (H+) e
o bicarbonato (HCO3).
Quando a concentração desses íons se eleva dentro do eritrócito, o
bicarbonato e uma pequena quantidade de hidrogênio difundem-se para fora. O
hidrogênio liberado liga-se a hemoglobina (Hb), formando hemoglobina reduzida
(HHb+) e oxigênio (O2).
Logo, aumenta-se a acessibilidade da molécula de O2 para as reações
químicas como o carreamento de gás carbônico nos capilares periféricos e seu
descarreamento nos capilares pulmonares.
A presença de hemoglobina (Hb) reduzida no sangue periférico ajuda no
carreamento de CO2, enquanto a oxigenação que ocorre no capilar pulmonar
ajuda no descarreamento.
O fato de a desoxigenação do sangue aumentar a sua capacidade de
transportar CO2 é conhecido como Efeito Haldane. Os compostos carbamino
(gás carbônico e proteínas) são formados pela combinação de CO2 com
grupamentos amina terminais nas proteínas no sangue, formando carbamino-
hemoglobina.
Assim novamente, o descarreamento de O2 nos capilares periféricos
facilita o carreamento de CO2 20.

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O gás carbônico comumente utilizado na carboxiterapia no Brasil possui


cerca de 99,9% de pureza, portanto, próprio para uso terapêutico, e além de seu
uso nesta técnica, também é empregado em videolaparoscopia para insulflação
a fim de facilitar manipulações de estruturas intra-abdominais, para controle de
pH em incubadoras, para formação de atmosfera controlada em estufa, nas
técnicas ginecológicas de criocauterização do colo uterino, etc.

EFEITOS FISIOLÓGICOS - ESTIMULO CIRCULATÓRIO


SANGUÍNEO
A resposta inflamatória diante uma “agressão” física é imediata e atua no
sentido de destruir, diluir ou bloquear o agente agressor, mas, por sua vez,
desencadeia uma série de eventos no tecido conjuntivo vascularizado, inclusive
no plasma, nas células circulantes, nos vasos sanguíneos e nos componentes
extravasculares do tecido conjuntivo, com o objetivo de cicatrizar e reconstituir o
tecido lesado.
Aspectos histológicos no processo de reparação mostraram a proliferação
de pequenos vasos sanguíneos neoformados e de fibroblastos, contudo
segundo Robbins et al há também alterações no calibre vascular, que conduzem
ao aumento do fluxo sanguíneo, alterações estruturais na microcirculação e
emigração dos leucócitos da microcirculação e seu acúmulo nos focos de
agressão.
O CO2 atua, sobretudo na microcirculação vascular do tecido conjuntivo,
promovendo uma vasodilatação e um aumento da drenagem veno-linfática.
A carboxiterapia, através da infusão de CO2, permite uma vasodilatação
persistente identificada por videolaparoscopia e um aumento significativo da
concentração de oxigênio (O2) local.
Estudos demonstraram a ação da carboxiterapia na melhora do fluxo
sanguíneo, verificado através da dopllerfluxometria. Toryama et al relataram que
o efeito da carboxiterapia sobre a vasodilatação arterial pôde ser observado em
dados experimentais, onde pacientes com arteriopatia periférica com isquemia
crítica foram submetidos à terapia com gás carbônico em que foi possível evitar
a amputação em 83% dos casos. Segundo os pesquisadores isto pode ser

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reflexo do aumento da atividade parassimpática e a diminuição da atividade


simpática nesses tecidos.
Além disso, a persistência da melhora clínica ou “cura temporal” de
afecções vasculares pode ser explicada pela neoangiogênese devido à
formação de fatores angiogênicos, de crescimento vascular e endotelial e de
crescimento de fibroblastos desencadeados pela hipercapnia tecidual.

EFEITO BOHR
A afinidade da hemoglobina pelo oxigênio depende do pH do meio, a
acidez estimula a liberação de oxigênio diminuindo assim esta afinidade. Além
disso, o aumento da concentração de dióxido de carbono (CO2) no meio também
abaixa a afinidade por oxigênio.
A presença de níveis mais altos de CO2 e prótons (H+) nos capilares de
tecidos em metabolismo ativo promove a liberação de O2 da hemoglobina, o
efeito recíproco ocorre nos capilares dos alvéolos do pulmão, a alta
concentração de O2 libera CO2 e H+ da hemoglobina.
Essas relações são conhecidas como efeito Bohr. Há um consenso entre
autores de que há um aumento significativo da concentração de oxigênio (O2)
local após a infusão subcutânea de CO2, consequentemente há um aumento da
pressão parcial de O2.
Os autores relataram ainda que há diminuição da afinidade da
hemoglobina pelo O2 na presença de gás carbônico disponibilizando mais
oxigênio às células, o que favoreceria o metabolismo dos tecidos da região
tratada (potencialização do efeito Bohr).

AÇÃO BIOQUÍMICA
O CO2 é um potente vasodilatador, ocasionando aumento do fluxo
sanguíneo no local de sua aplicação. Com a infusão do gás, ocorre uma
distensão tecidual, com um importante aumento da concentração de oxigênio
local. Além disso, provoca ativação de barorreceptores, corpúsculos de Golgi e
Paccini devido a esta distensão tecidual e consequente liberação de substâncias

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“alógenas” quais sejam a bradicinina, catecolamina, histamina e serotonina. De


acordo com alguns relatos, essas substâncias atuam em receptores beta-
adrenérgicos ativando a Adenilciclase, promovendo assim aumento do AMPc
tissular e consequente quebra dos triglicérides.

CARBOLIPÓLISE
A gordura localizada vem sendo tratada de várias formas, e a
carboxiterapia vem se constituindo num recurso de valor para a redução de
medidas ocasionadas por acumulo de adiposidades. Lembramos que o tecido
adiposo é constituído basicamente por lipídeos e que contém ou são derivados
de ácidos graxos sob a forma de triglicerídeos, onde cada triglicerídeo é
constituído por moléculas de ácidos graxos esterificados em glicerol.
O adipócito recebe os ácidos graxos que foram acondicionados em
quilomícrons. Estes quilomícrons entram na circulação venosa e são eliminados
na periferia pela hidrólise do triacilglicerol catalisado pela enzima lipoproteína
lípase (LPL).
A hidrólise do triacilglicerol armazenado é ativada pelos hormônios
lipolíticos (Adrenalina e Noradrenalina) que por sua vez ativam a Adenil-ciclase,
para formar AMP cíclico (AMPc) que irá ativar a lípase-hormônio-sensível na
hidrólise do triacilglicerol para então liberar ácidos graxos livres e glicerol do
adipócito e caírem na circulação capilar.
Baseando-se nesta fisiologia, Legrand et al relataram que o aumento do
AMPc por meio da ação do CO2, ativando a Adenilciclase, resulta numa ação
lítica sobre o tecido adiposo. Através de dados obtidos experimentalmente em
um amplo estudo, Brandi et al demonstraram aumento da perfusão tecidual,
aumento da pressão parcial de oxigênio e redução da circunferência das áreas
tratadas.
Além disso, os autores demonstraram também, através de estudo
histológico, cortes com rupturas de membranas de adipócitos pela passagem do
gás, reforçando o efeito lipolítico da carboxiterapia.
A prática de carboxiterapia no tratamento de gordura localizada também
envolve a injeção de soro fisiológico no local a ser tratado antes da injeção do

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gás. O soro fisiológico em contato com o gás carbônico forma uma reação
química (CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3), com liberação de íons H+,
proporcionando um meio ácido no local da aplicação. Essa acidez tecidual
confere um aumento da oxidação lipídica através da ativação das lipoproteínas
lípases (LPL), potencializando o poder de queima da gordura.

AÇÃO NO TECIDO CONJUNTIVO


Após a ação mecânica ocorrida na carboxiterapia, provocada pelo
“trauma” da agulha e pela introdução do gás, há a produção de um processo
inflamatório e consequente migração de fibroblastos para a região da agressão
e sua posterior proliferação estimulando a síntese de colágeno e de outras
moléculas do tecido conjuntivo, como a fibronectina, glicoproteína encontrada no
sangue, associada a vários processos biológicos como adesão e diferenciação
celular, reparação de tecidos, servindo como substrato para enzimas
fibrinolíticas e da coagulação .
Estudo histológico com a Carboxiterapia comprovou um aumento da
espessura da derme, evidenciando estímulo à neocolagenase, bem como
preservação total do tecido conjuntivo, incluindo estruturas vasculares e
nervosas, ou seja, um evidente rearranjo das fibras colágenas.
Em estudo piloto com ratos jovens (3 meses) e ratos mais velhos (14
meses), realizou-se biópsia da pele antes e após a injeção subcutânea e
intradérmica de gás carbônico.
Verificou-se que de fato, após a injeção do gás carbônico, o arranjo das
fibras de colágeno dos ratos mais velhos era similar ao dos ratos mais jovens.
Além disso, houve um aumento da quantidade de fibras de colágeno na área
tratada, sendo mais pronunciadas com as injeções intradérmicas.

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APLICAÇÕES CLÍNICAS
Na carboxiterapia, o fluxo e o volume total de gás infiltrado são
controlados com equipamentos apropriados. O aparelho Italiano chamado
Carbomed® foi elaborado para administração subcutânea do CO2, com total
controle sob a velocidade e volume de gás infiltrado. Tem aprovação nas
normativas da Comunidade Europeia desde 2002 (CE 0051). É descrito como
dispositivo médico, classe IIb, apresenta padrões de qualidade e segurança e
tem aprovação de comercialização e uso pelo FDA americano como
equipamento de uso médico ambulatorial.
No Brasil, atualmente, existem diversas marcas e modelos de aparelhos,
registrados pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e sua
aplicação oferece conforto e segurança. O aparelho liga-se a um cilindro de ferro
por meio de um regulador de pressão de gás carbônico e é injetado por via de
um equipo (sonda) com uma agulha pequena (agulha insulina- 30 G1/2)
diretamente através da pele do paciente.
Autores relataram que o fluxo de CO2 normalmente infundido durante
tratamentos com carboxiterapia encontra-se entre parâmetros de 20 e 80 ml/min.
Porém há equipamentos que disponibilizam fluxos até 150 ml/min. Com relação
ao volume total administrado, este gira em torno de 600 ml a 1000 ml, podendo
atingir 3000 ml nos casos de grandes depósitos de gordura.
Outros autores mencionaram infusão de um volume total de 2000 ml em
aplicação para gordura localizada.
Como consequência da evolução dos estudos a respeito da técnica, a
medicina estética, e também a medicina convencional, assim como a
Fisioterapia Dermato-funcional, têm procurado investir na comprovação
científica dos métodos para o tratamento de diversas afecções.

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AUXILIAR PARA EXAMES COMPLEMENTARES


Há relatos de que o CO2 foi utilizado em Medicina, em cirurgias
videolaparoscópicas (para criar um pneumoperitôneo), nas histeroscopias e em
contraste em angiografias.
Segundo pesquisadores esses dados justificam a segurança para o uso
deste tipo de gás neste procedimento terapêutico, demonstrando que o mesmo
não e passível de promover embolia. Segundo Vilos & Vilos o CO2 pode ser
usado para promover pneumoperitoneo em cirurgias endoscópicas. Os autores
relataram ainda que fluxos de até 1000 ml/min podem ser utilizados com
segurança e que volumes totais podem até ultrapassar 10 litros, sem que haja
efeitos sistêmicos significativos.
Relatos ainda dão conta de que são usados nestes procedimentos
injeções intravasculares em "bolo" de até 100 ml e fluxos contínuos entre 20 e
30 ml/segundo, sem reações adversas.

ARTERIOPATIAS
Sabe-se que a carboxiterapia, tornou-se terapêutica frequente na Europa,
principalmente na Itália e na França, inicialmente para arteriopatias periféricas.
Observando que o distúrbio fisiológico fundamental nas várias afecções
circulatórias é a limitação obstrutiva do fluxo sanguíneo, com consequente
isquemia dos tecidos irrigados pela inadequada oxigenação, algumas das
principais indicações da carboxiterapia em afecções vasculares são: arteriopatia
periférica, síndrome acrocianotica, e outras patologias que apresentam
alterações do microcírculo vascular, como insuficiências venosas e ulceras dos
membros inferiores.

Fabry et al relataram que cerca de 20.000 (vinte mil) pacientes acometidos


de arteriopatias periferias foram atendidos utilizando terapia com dióxido de
carbono, confirmando assim a eficiência terapêutica desta técnica. Atualmente,
encontramos vários profissionais que, em sua prática clínica, utilizam a
carboxiterapia em telangiectasia em membros inferiores com bons resultados
estéticos.

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Segundo Weimann, no tecido celulítico há um mau funcionamento dos


adipócitos, que retém um maior teor de lipídios, diferentes e alternados e que
estimulam a retenção de líquidos, levando assim ao aumento de volume da
célula, gerando compressão dos vasos e comprometendo a circulação
sanguínea.
Sabe-se que o gás carbônico no tecido subcutâneo atua na
microcirculação, na curva de dissociação da hemoglobina e está ligado a ação
lipolítica oxidativa, o que nos faz pensar na histologia do tecido celulítico que
apresenta uma alteração bioquímica do interstício (aumento da viscosidade),
estase vênulo-capilar, com hipo-oxigenação, até um estágio de fibrose cicatricial,
atrófica, irreversível.
Por sua virtude de melhorar a microcirculação arterial da pele e
subcutâneo, por aumentar a perfusão tecidual e a pressão parcial de oxigênio
(PO2), a carboxiterapia é indicada para o tratamento da lipodistrofia ginóide,
tratando principalmente o tecido celular subcutâneo que se encontra
congestionado por retenção de líquido e toxinas não eliminadas por
comprometimento da microcirculação periférica.
Pesquisadores investigaram o uso da terapia com gás carbônico no
tratamento da paniculopatia edemato fibroesclerótica, observando uma
vasodilatação importante e aumento significativo do fluxo vascular,
demonstrando importante resultado da técnica da carboxiterapia neste tipo de
afecção. Corroborando com estes autores, Corrêa et al mostraram que a técnica
é indicada para este tipo de afecção, em estudo feito em mulheres acometidas
de graus variados de celulite na região glútea, pois após 10 sessões de
carboxiterapia, houve uma redução de 40,47% no grau da celulite e 33,78% no
quadro álgico.

PÓS-CIRURGIA PLÁSTICA
No ramo da cirurgia-plástica, a carboxiterapia tem sido empregada para
correção de irregularidades pós lipoaspiração, ou mesmo, no pré-operatório para
melhorar a vascularização de retalhos cirúrgicos.

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No estudo de Brandi et al (2001), foi verificada uma melhora


estatisticamente significativa no que diz respeito à elasticidade da pele e as
irregularidades cutâneas pós lipoaspiração. Com isso, podemos esperar efeitos
positivos da terapia com CO2 sobre a adiposidade localizada e elasticidade
cutânea da pele em pacientes que realizaram lipoaspiração. A cicatriz
caracteriza-se por uma lesão na camada dérmica.
Após uma incisão da pele, dá-se início ao processo de reparo, o que se
faz à custa da proliferação do tecido conjuntivo. Segundo Carvalho et al (2005),
o descolamento da pele provocado pelo gás, leva a perda da integridade tecidual
e a exposição do colágeno, com consequente ativação do processo de
cicatrização. Os autores relataram ainda que a Carboxiterapia também pode ser
indicada para o tratamento de cicatrizes aderentes após o transcurso do
processo cicatricial. Isto se justifica pela ação mecânica do gás ao promover um
“descolamento” das estruturas aderidas durante o processo de reparo tecidual,
proporcionando efeitos benéficos à aderência cicatricial.

GORDURA LOCALIZADA
A Carboxiterapia tem larga utilização em algumas das principais queixas
da estética, trata-se da gordura localizada e da celulite. O tecido adiposo é uma
forma especializada do tecido conjuntivo, formado por células chamadas de
adipócitos. O excedente das reservas nutricionais resultante de uma ausência
de equilíbrio entre a ingestão de nutrientes e a necessidade diária de nutrientes
fica contido no interior dos adipócitos sob a forma de triglicerídeos. Sabe-se que
o tecido adiposo não é apenas um depósito de gordura, também funciona como
órgão secretor, já que foi demonstrado que o tecido sintetiza e libera lipoproteína
lípase (LPL). Pode não parecer, mas o tecido adiposo é altamente
vascularizado59, com isso a troca gasosa entre as células adiposas e a corrente
sanguínea é intensa, contribuindo para isso a rica vascularização do tecido
conjuntivo.
Além disso, há trabalhos demonstrando que a quantidade de sangue que
circula na hipoderme é inversamente proporcional ao índice de massa corpórea.

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Este dado é importante já que dentre os mecanismos de mobilização dos ácidos


graxos, o aumento do fluxo sanguíneo é o mais importante. Contudo, a infusão
de gás carbônico leva ao aumento da concentração de oxigênio tecidual
promovendo uma vasodilatação e consequente melhora da circulação
sanguínea da pele e com isso ocorre à ativação do metabolismo local.
Baseado no fato de que o metabolismo ativado favorece a lipólise, a
Carboxiterapia se mostra um recurso terapêutico importante para o tratamento
das adiposidades localizadas, a Carbolipólise.
Resultados semelhantes foram demonstrados por Brandi et al através de
injeção de gás carbônico, pois mostrou-se um aumento da perfusão tecidual,
aumento da pressão parcial de oxigênio (PO2) e a redução da circunferência das
áreas tratadas. Além disso, relataram aumento da espessura da pele, fratura da
membrana do adipócito e preservação total do tecido conjuntivo, incluindo
estruturas vasculares e nervosas.
Como foi dito, o soro fisiológico pode potencializar o efeito lipolítico da
carboxiterapia, por proporcionar um meio mais ácido pela formação de íons de
hidrogênio (H+). Em contato com o gás carbônico, o soro forma uma reação
química com a liberação de íons hidrogênio, responsável pela acidez do meio,
aumentando o poder de queima na região.
Segundo Carvalho (2005) após a demarcação da área a ser tratada, e
com o auxílio de uma seringa, injeta-se em torno de 1 ml de soro fisiológico por
ponto, distribuídos por toda a área aleatoriamente e em seguida aplica-se o gás
carbônico.

ESTRIAS E FLACIDEZ CUTÂNEA


As estrias caracterizam-se por afecções dermatológicas que no início
apresentam um processo inflamatório, com elastólise e desgranulação de
mastócitos, seguidos de afluxo de macrófagos em torno das fibras elásticas.
A estimulação fibroblástica tem importante papel no processo
regenerativo da atrofia tecidual na estria.
O eletrolifting, terapia utilizada no tratamento das estrias, através de
estímulo elétrico de baixa intensidade, provoca uma inflamação aguda na estria

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com um leve edema e hiperemia a fim de aumentar a capacidade de replicação


dos fibroblastos e produção de fibras colágenas na pele estriada. Além disso, o
peeling químico é um procedimento bastante utilizado no tratamento das estrias,
tendo como princípio provocar um processo inflamatório, e a partir daí iniciar o
processo de reparo do tecido lesado.
Processo semelhante ocorre com a Dermotonia, onde sua aplicabilidade
visa a reconstrução das fibras de colágeno e elásticas. Baseado no fato de que
a flacidez cutânea é caracterizada por uma atrofia da pele e perda da
elasticidade, devido à diminuição da capacidade de produção de colágeno que
dá sustentação a pele, a terapia com gás carbônico torna-se um recurso viável
para seu “tratamento” tendo em vista estimular a produção de novas fibras de
colágeno e com isso prover maior sustentabilidade à pele flácida. Isto é
justificado por Brandi et al, pois através de estudos histológicos com a
Carboxiterapia comprovaram um aumento da espessura da derme, evidenciando
estímulo a neocolagenase, bem com um evidente rearranjo das fibras colágenas.
Portanto, a carboxiterapia ao estimular a formação de colágeno, se torna
um recurso valioso para o tratamento de estrias e da flacidez cutânea. A pele
sofre modificações facilmente reconhecidas com o avançar da idade. As rugas
são sinais evidentes caracterizado por sulcos ou pregas na pele. A causa do
enrrugamento, da atrofia, do aparecimento de sulcos, ptose e frouxidão são as
alterações progressivas nas fibras de colágeno e elastina.
Oria et al já haviam demonstrado em estudo realizado com cadáveres que
o envelhecimento causa desorganização e rompimento das fibras de colágeno e
elastina quando comparadas à pele jovem. Dessa forma, a carboxiterapia no
tratamento facial, proporcionando maior velocidade de troca (aumento fluxo
sanguíneo) e melhora da oxigenação tecidual, é indicada na diminuição das
rugas e melhora parcial das bolsas de gordura.
Segundo Ferreira et al. (2017) houve acentuado aumento do colágeno
após infusão de gás carbônico na pele de ratos. Relataram também que as
injeções intradérmicas são mais eficientes que as subcutâneas na redução de
rugas e sulcos.
Analisando o fato de que as rugas apresentam dano nas propriedades
mecânicas do colágeno e um dos efeitos fisiológicos da carboxiterapia é a

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produção e reorganização das fibras colágenas, pode-se considerar, baseado


na literatura e em nossa prática clínica como sendo um método eficaz para
suavizar e promover firmeza nos locais onde havia rugas.

OUTRAS APLICAÇÕES
De acordo com Carvalho (2005), outras indicações da carboxiterapia que
apresentam bons resultados são: queimados, ulcerações em membros
inferiores, psoríase e calvície, ou seja, patologias que se beneficiam com o
incremento da circulação.
Outro estudo recente avaliou a reação de pacientes portadores do
fenômeno de Raynauld com uso de dopplerfluxometria após aplicação
percutânea de gás carbônico. Foram 18 dias de tratamento e no final observou-
se que os pacientes adaptaram mais fácil à exposição ao frio. Além disso,
Wollina et al durante um período de 4 anos, trataram de 86 pacientes com feridas
crônicas (úlcera venosa crônica, úlceras neuropáticas, escaras, úlceras
reumáticas) com aplicação transdérmica de CO2. Os achados apontam para
uma mudança positiva na microcirculação e subsequente melhoria no tecido de
granulação (quer cicatrização completa ou significativa diminuição da
inflamação, dor e odor).
Bons resultados também apareceram nas áreas de reumatologia (artrite
autoimune, osteoartrite degenerativa, atrite aguda: epicondilite, periartrite),
urologia (disfunção erétil associada à microangiopatias) e dermatologia
(psoríase, úlceras associadas à microangiopatias). Efeitos positivos foram
apresentados por 109 pacientes com artrite psoriática submetidos a banhos
acrescidos de gás carbônico.
Os pacientes apresentaram melhora do comprometimento articular, no
aspecto da pele e na circulação sanguínea. Com base na literatura, a
carboxiterapia pode ser considerada um tratamento seguro, sem efeitos
adversos ou complicações importantes, tanto locais, como sistêmicas.
Como mencionado anteriormente, o gás carbônico é um metabólico
presente na circulação sanguínea, e a quantidade de gás injetado durante o
tratamento está abaixo do volume produzido pelo organismo. Além disso,

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pacientes submetidos a injeções subcutâneas de CO2 não mostraram nenhum


dano em seu tecido conectivo, vascular e estrutura nervosa. Contudo, a
utilização de injeções intravasculares em “bolo” de até 100 ml e fluxos contínuos
entre 20 e 30 ml/segundo foram realizados como contraste em angiografia,
assegurando de que o dióxido de carbono não provoca embolia, nem reações
adversas. Portanto, pode-se dizer que os efeitos secundários apresentados pela
carboxiterapia se limitam em dor no local da aplicação, pequenos hematomas ou
equimoses devido às várias punturas e sensação de crepitação devido à
formação de um enfisema local que desaparece em no máximo 30 minutos.
Verificamos na pratica clínica, relatos de aumento da temperatura no local
da aplicação do gás, hiperemia, dor localizada no momento e após a aplicação
do gás de curta duração.
Há também sensação de ardor e peso/fadiga no membro onde foi
infundido o gás carbônico logo após sua aplicação.
Segundo Goldman et al (2006) este efeito está relacionado com a
velocidade do fluxo e limiar do paciente. Com o intuito de minimizar a dor do
paciente durante a aplicação da carboxiterapia, aparelhos mais novos utilizam
dispositivos eletroeletrônicos localizados durante o transcurso do gás para
aquecerem-no antes que ele seja injetado no segmento corpóreo.
O objetivo é de aliviar o desconforto do paciente, permitindo assim infundir
o gás numa velocidade maior, tornando a terapia mais rápida. Porém não se
sabe se o aquecimento do gás altera sua eficácia e resultados, pois faltam
estudos conclusivos sobre este aspecto.
Além disso, na prática clínica, verificamos que há pacientes que não
relatam maior conforto durante a terapia com o uso do aquecedor do gás.

Contra indicações
Como foi dito, a carboxiterapia é considerada uma técnica segura, mas
devemos atentar para algumas contraindicações citadas por alguns autores:
infarto agudo do miocárdio, angina instável, insuficiência cardíaca, hipertensão
arterial, tromboflebite aguda, gangrena, infecções localizadas, epilepsia,
insuficiência respiratória, insuficiência renal, gravidez, distúrbios psiquiátricos.

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CARBOXITERAPIA
Hoje em dia muitas pessoas desejam acabar com a gordura localizada,
as celulites, a pele flácida e outras imperfeições, o procedimento
de carboxiterapia pode ser a solução para esses problemas.
Esse processo consiste resumidamente na injeção de gás carbônico
sobre a pele com o objetivo de ajudar na circulação e na oxigenação dos tecidos,
desta forma, faz com que a pele forme o colágeno e também as fibras elásticas.
Ao buscar o que as pessoas acreditam ser o corpo perfeito, muitos
procuram por algum procedimento estético que prometa algum milagre ou até
mesmo mudanças radicais.
Existem diversos outros tratamentos que transformam a aparência de um
dia para o outro.
Atualmente um dos produtos mais vendidos e comercializados dentro do
mundo da beleza é a carboxiterapia.
Carboxiterapia é o processo de aplicar gás carbônico medicinal utilizando
agulhas finas é conhecido como carboxiterapia e isso é o suficiente para reduzir
estrias, gorduras localizadas, celulites e cicatrizes na pele.
A carboxiterapia é um tratamento derivado de uma técnica cuja origem é
de 1932, onde o tecido subcutâneo recebia a aplicação de gás carbônico para
os tratamentos médicos.
Já nos dias atuais, esse procedimento recebeu destaque pela sua
variedade de uso, principalmente pelos baixos riscos e efeitos colaterais, mas
principalmente por proporcionar um bom resultado.
Se trata de um procedimento que deve ser feito por um profissional
especializado e dentro de uma clínica ou consultório, pois, a carboxiterapia é
realizada com algumas injeções em pequena quantidade de gás carbônico nas
diversas camadas do corpo.
A profundidade da injeção depende do propósito do tratamento, já que:
Para reduzir medidas o tratamento é entre a camada de gordura e camada da
pele; Já se for para conseguir se livrar de estrias, esse procedimento é
precisamente na cicatriz.

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O uso do gás é para promover a circulação do sangue na região, para


estimular a produção do colágeno e para ajudar a eliminação das células com
gordura.
Pode ser que seja necessário de 10 a 15 sessões, porém, o paciente
consegue sentir os resultados após a primeira sessão.

Como funciona a carboxiterapia

O CO2 é aplicado sob a pele com o uso de uma agulha esterilizada, se


trata de uma agulha similar à agulha da insulina.
Através do aparelho que está conectado à agulha é possível regularizar a
velocidade do fluxo do gás, assim como também a dose e o tempo de aplicação.
Essa introdução sob a pele é completada com uma massagem manual,
cujo objetivo é auxiliar a dispersão do gás e fazer com ele possa circular.
É necessário entender que terá um aparelho acoplado no cilindro de gás
carbônico medicinal.
Será esse equipamento responsável por regular a vazão do gás, que não
pode atingir mais de 80ml de gás a cada minuto, para uma seringa cuja agulha
seja de calibre mínimo.
Como já mencionado, a profundidade da agulha para cada aplicação
varia.
Os profissionais especializados nesse procedimento garantem que não
há efeito secundário, apenas uma dor muito forte e passageira na área em que
o gás é aplicado.
No entanto, alguns pacientes podem relatar algum efeito colateral. É
indicado que sejam feitas apenas duas ou três sessões por semana, o total de
sessões deve ser de 10 a 15 para concluir o tratamento, cada sessão dura cerca
de 30 minutos.

Existem diversas regiões do nosso corpo que podem passar pelo


procedimento de carboxiterapia, mas algumas são mais procuradas do que
outras.
Sendo assim, são vários tipos de carboxiterapia, as mais buscadas são:

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 Carboxiterapia para estrias;


 Carboxiterapia para celulite;
 Carboxiterapia para flacidez;
 Carboxiterapia para fibrose pós-lipo;
 Carboxiterapia para olheiras;
 Carboxiterapia para gordura localizada;
 Carboxiterapia para o bigode chinês;
 Carboxiterapia para papada;
 Carboxiterapia para o abdômen.

Cada tipo de carboxiterapia é mais profunda do que a outra e pode haver


modificação nesse processo, portanto, é possível combinar a carboxiterapia com
ultrassom, carboxiterapia com gás aquecido e a carboxiterapia
com Eletrolipólise.

Celulites

A carboxiterapia na celulite elimina a gordura localizada da região, pois,


lesiona os adipócitos e isso favorece a sua queima, além é claro de aumentar a
circulação do sangue e a drenagem linfática feita no local.
Gordura localizada

Ao realizar esse procedimento nas gorduras localizadas ocorre uma lesão


nas células de gordura, isso promove a sua retirada e também a melhoria da
circulação sanguínea onde a injeção foi feita.

Perda de cabelo

A carboxiterapia também pode ser um tratamento capilar, já que favorece


no crescimento de novos fios de cabelo e também aumenta o fluxo sanguíneo
na região do couro cabeludo.

Flacidez

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Quando a carboxiterapia é feita para flacidez, o paciente passa a produzir


mais fibras de colágeno que são responsáveis pela sustentação da pele.

Olheiras

A carboxiterapia nas olheiras é responsável pela redução de inchaço, pelo


fortalecimento de vasos sanguíneos e pelo clareamento da pele.

Estrias

O processo de carboxiterapia em estrias vai alongar os tecidos desse local


e preencher a região com o gás carbônico medicinal, estimulando o corpo a
produzir o colágeno.

A carboxiterapia é um tratamento que requer cuidados

As principais recomendações antes de uma sessão é que o paciente não


use creme, óleos ou algum produto que seja possível penetrar a pele.
É importante também estar vestindo uma roupa confortável e que não
comprima o local onde a aplicação será feita.
Quando o procedimento for realizado, é essencial usar o protetor solar de
alto fator e evitar a exposição ao sol.
Mantenha a atenção no local que foi feito a aplicação, portanto, não coce
ou arranhe a região tratada.
Se o paciente desejar é possível e até mesmo indicado que a rotina de
exercícios físicos seja mantida, ou até mesmo sessões de drenagem linfática, de
acordo com o que o profissional responsável oriente.

Riscos da carboxiterapia

Os profissionais especializados sempre apontam alguns riscos e efeitos


possíveis, como:

 Dormência;
 Ruptura de vasos sanguíneos pequenos;
 Sangramento;
 Dor;

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 Ardência durante o tratamento.

Alguns sintomas são raros, porém possíveis, mas de forma geral, os


hematomas, que são roxos, sumirem em poucos dias, porém, em alguns
cenários, existem as chances da região tratada ficar um pouco mais escura e
manchada.
Vale ressaltar que de acordo com uma nota do Conselho Federal de
Medicina, a carboxiterapia ainda é um método experimental, mesmo que seja
uma técnica usada a muitos anos.
Terapias com propósito estético que usam o gás carbônico não tem aval
científico por isso ainda são colocadas nessa categoria.
Ademais, como esse processo consiste na perfuração da pele, mesmo
que seja superficial, existem riscos de infecções quando não há a higienização
correta.
Desta maneira, mesmo que existam poucos riscos que já foram
associados e descritos, o conhecimento da eficácia dessa técnica e as
consequências do tratamento ainda não tem um estabelecimento científico.
O mercado na área de estética tem se mostrado muito promissor. Com o
setor aquecido, várias profissões na estética foram se ligando, e seus
tratamentos inseridos em nichos similares. Como é o caso da odontolgia, fisio
dermatocunfional, entre outras.

Após a leitura do conteúdo deste tópico, assista aos vídeos


disponiblizados abaixo, que irão lhe oferecer mais conhecimento teórico e
prático.

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Vídeo de Apoio1: Palestra “Carboxiterapia em tratamentos estéticos”


- Dr. Rodrigo Jahara

Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=_e6H88qsLtQ>

Sinopse: Dr. Rodrigo Jahara foi um dos palestrantes do II Encontro


Brasileiro Multidisciplinar Eletroestética Avançada HTM, o "2º Meeting HTM",
evento paralelo da Estética In SP 2017.

Vídeo de Apoio 2: Ares Ibramed Carboxiterapia - Treinamento

Disponiblizado em:< https://www.youtube.com/watch?v=vNHXfxd1npw>

Sinopse: o aparelho para carboxiterapia Ares Ibramed é padrão-ouro na


estética para o tratamento de olheiras, estrias, gordura localizada, flacidez e outros
tratamentos avançados na estética. O ARES é mais confortável, pois possui
tecnologia exclusiva de aquecimento do gás, causando maior conforto na hora da
aplicação.

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2
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ENDERMOTERAPIA

Antes de iniciar a leitura deste tópico da apostila, assista ao vídeo abaixo


selecionado, que muito agregará no conhecimento prático.

Vídeo de Apoio 3: ENDERMOLOGIA: COMO TRATAR GORDURA,


FLACIDEZ, CELULITE E PÓS OPERATÓRIO

Disponiblizado em:< https://www.youtube.com/watch?v=aYIwA3cKdhM>

Sinopse: Nesta aula você vai entender como tratar as disfunções que podem
ser aplicadas a Endermologia Este recurso da Eletroterapia que pode trazer
resultados espetaculares para a sua clínica.

O excesso de peso alcança valores relevantes e atinge todas as classes


sócioeconômicas, estando diretamente relacionado com o índice de morbidade,
incluindo hipertensão, diabetes mellitus tipo II e moléstias cardiovasculares. O
aumento do percentual de gordura é consequência da elevação da ingestão
calórica em detrimento da demanda energética (GRAVENNA, 2005;
MARCANT, 2007; BELONI, 2010).

A gordura localizada, apresenta-se como um desenvolvimento irregular


do tecido conjuntivo subcutâneo. Neste caso, os adipócitos apresentam-se
aumentados em regiões específicas com irregularidade do tecido e aparência
ondulada, conforme afirma Cardoso (2002 apud PRAVATTO, 2007).

Sua distribuição é classificada de acordo com a localização anatômica,


sendo três tipos: andróide ou central, quando é predominante em abdome, mais
comum nos homens; ginóide ou periférica, quando esse acúmulo predomina em
coxas e quadris, mais comum em mulheres; e mista, quando ocorre uma
associação dos dois tipos [...]

[...] Pode existir mesmo em indivíduos sem sobrepeso, justificando sua


presença em pessoas aparentemente magras, principalmente em

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mulheres após a adolescência. Essas, muitas vezes apresentam


problemas psicológicos e sociais por estarem fora do padrão de beleza
imposto pela sociedade (PALMA et al., 2012).

Existem inúmeros recursos fisioterapêuticos utilizados na área de dermato


funcional, destacando‐se a endermologia, que se trata de uma técnica que
engloba equipamentos específicos, atuando nos planos cutâneos e
subcutâneos, especificamente no tecido conjuntivo, tecido adiposo e estruturas
vasculares e linfáticas [...]
[...] Promove aumento na circulação local, rompe nódulos fibrosos,
estimula e transforma a gordura em glicerol (substância absorvida pela
circulação e eliminada pelo organismo), aumenta a extensibilidade do
colágeno, melhorando o trofismo tissular e restaura a qualidade do
tecido cutâneo, proporcionando um desfibrosamento profundo e um
aplanamento da epiderme. Por meio desta técnica, normaliza‐se a
vascularização cutânea eliminando as toxinas estagnadas,
melhorando o aporte de substâncias e os elementos nutritivos que
agem sobre o tecido conjuntivo (PALMA et al., 2012).

A endermoterapia foi desenvolvida primeiramente pelo engenheiro


francês Louis Paul Guitay, em 1970, quando este buscava desenvolver uma
técnica que diminuísse cicatrizes oriundas de acidentes de carro [...]

Ele criou um mecanismo que pudesse auxiliar os terapeutas, um


aparelho portátil com um cabeçote massageador, que, aplicado sobre
a área a ser tratada, fazia sucções e rolamentos sobre o tecido
subjacente. Inicialmente o aparelho foi utilizado na recuperação de
queimados, mas, descobriu-se ser também eficaz para o tratamento de
celulite (MATTIA, 2011).

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Figura 1: Aparelho de endermoterapia

Fonte: http://www.patricinhaesperta.com.br/cirurgia-plastica-2/abdominoplastia

A endermoterapia é um recurso da área de Dermato-Funcional, de origem


francesa, onde se realiza uma sucção sobre a pele através de ventosas que tem
formas e diâmetros diferentes podendo ser utilizadas em diversos tipos de
tratamentos estéticos, porém ainda é considerada uma novidade nesta área,
pois é um procedimento seguro que não utiliza nem agulhas e nem injeções
(MATTIA, 2011). Utiliza o vácuo, que atua na pele, camada adiposa e
musculatura, promovendo melhora circulatória e drenagem linfática. (PETIT,
1997; BORELLI, 2004).

O tratamento com endermoterapia consiste na aplicação de um


equipamento que cria um vácuo (pressão negativa) (MCDANIEL et al., 1998),
sendo um recurso o qual engloba equipamentos específicos baseados na
sucção (GUIRRO e GUIRRO, 2002), recuperando a pele, promovendo melhora
na circulação, maior oxigenação, nutrição e eliminação de toxinas do tecido
(TOGNI, 2006). Considerado como um procedimento seguro, sem agulhas ou
injeções, que age através da massagem profunda associada ao vácuo o qual é
promovido pelo aparelho atuando na pele, camada adiposa e muscular,
estimulando a circulação e a drenagem linfática (BIER et al., 1999; PETIT, 1997).
O equipamento é composto por dois rolinhos que deslizam sobre a pele e
realizam uma tração no corpo, aumentando em até três vezes a drenagem
linfática e a produção de colágeno (substância responsável pela elasticidade da

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pele). A ação desses efeitos permanece até seis horas após o término da sessão
(MIRANDA, 1991).

Figura 2: Tratamento com endermoterapia

Fonte: http://www.patricinhaesperta.com.br/cirurgia-plastica-2/abdominoplastia

A endermoterapia se trata de uma técnica que engloba equipamentos


específicos, atuando nos planos cutâneos e subcutâneos, especificamente no
tecido conjuntivo, tecido adiposo e estruturas vasculares e linfáticas [...]

[...] Promove aumento na circulação local, rompe nódulos fibrosos,


estimula e transforma a gordura em glicerol (substância absorvida pela
circulação e eliminada pelo organismo), aumenta a extensibilidade do
colágeno, melhorando o trofismo tissular e restaura a qualidade do
tecido cutâneo, proporcionando um desfibrosamento profundo e um
aplanamento da epiderme. Por meio desta técnica, normaliza‐se a
vascularização cutânea eliminando as toxinas estagnadas,
melhorando o aporte de substâncias e os elementos nutritivos que
agem sobre o tecido conjuntivo (FILIPPO E SALOMÃO, 2012).

É também um recurso que massageia o corpo, promovendo a drenagem


linfática, onde auxilia no retorno venoso, eliminação de toxinas e combatendo à
celulite e gordura localizada (LEDUC, 2000). A Endermoterapia esta vem sendo
apresentada como um Método Dermato-funcional onde realiza uma sucção
sobre a pele, através de ventosas. Este é formado por uma bomba a vácuo que
aspira o ar no tubo e na ventosa, a sucção pode ser regulada pelo potenciômetro.
Inicialmente na França associava-se este método a drenagem linfática e
massoterapia, utilizando rolos monitorados, que realizam uma massagem de
pressão negativa.

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De acordo com Vaz (2008), os feitos fisiológicos que ocorrem na


endermoterapia são: Efeitos fisiológicos são a vasodilatação; a melhora de
oxigenação e nutrição tecidual; a melhora do sistema linfático; e Auxilia na
eliminação de toxina.

É indicado para tratamento de Edemas; Descompactação de tecidos


fibrosos; Diminuição de aderência e retrações cicatriciais; na melhora o tônus
tissular; na Gordura Localizada; HDLG; Pré e pós- operatórios e a Flacidez
Tissular.

E como em todo procedimentoo cuidado com a saúde do paciente é


primordial, justificando assim, uma anamnese bem feita pelo profissional.
Mesmo não sendo procedimento invasido há contra indicações do seu uso como
em Processos inflamatórios ou infecciosos; hipertensão e hipotensão
descompensadas; Diabetes descompensado; Gestante (em Abdome); Lesões
cutâneas (no local); Pós-operatório imediato; Flacidez tissular (em demasia);-
Neoplasias; Alterações vasculares.

MICROAGULHAMENTO
A técnica teve início na década de 90, como nome de “subcisão”.
Primeiramente apresentada por Orentreich, sua finalidade era induzir a produção
de colágeno no tratamento de cicatrizes cutâneas e rugas. Devido a técnica
envolver lesão, foi denominada como TIC – Terapia de Indução de Colágeno
(CIT – Colagen Induction Therapy). Na mesma década, o Congresso de Cirurgia
Plástica e Reconstrutora em Madri, na Espanha e o Congresso Internacional de
Cirurgia Plástica e Estética em Paris, na França, aceitaram e aderiram à técnica.

Na ocasião, o cirurgião plástico Camirand (1997), descreveu resultados


em punturações feitas com uma pistola de tatuagem em duas pacientes que
apresentavam cicatrizes faciais hipercrômicas, causadas após um procedimento
cirúrgico na face (facelifting). O objetivo foi de camuflar com tatuagem a cicatriz,
com pigmentos da cor da pele. No entanto notou-se que a lesão causada pelas
finas agulhas, desencadearam uma nova síntese de colágeno saudável. Mas

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somente em meados de 2000 que o cirurgião plástico sul-africano Dermond


Fernands criou um aparelho apropriado para a indução de colágeno, constituído
por um cilindro rolante cravejado de microagulhas. O novo designer permitia uma
perfuração uniforme e rápida, além de permitir trabalhar em áreas maiores e com
profundidades diferenciadas para cada região. Desta forma foi criado o
Dermaroller, marca registrada e mais conhecida nos tratamentos de
microagulhamento. A injúria provocada pelo microagulhamento, desencadeia
através da perda da integridade do tecido, uma nova produção de fibras
colágenas afim de reparar as fibras danificadas, a dissociação dos
queratinócitos, a liberação de citocinas ativadas pelo sistema imune, geram uma
vasodilatação no local da injúria, fazendo com que queratinócitos migrem para a
região e reestabeleçam o tecido lesionado (Figura 2).Além da resposta
fisiológica, as micropunturas facilitam a permeação de ativos no tecido (LIMA et
al, 2013; DALBONE et al, 2014). Segundo Oliveira (2012) e Lima et al (2013),
após a lesão, inicia-se a fase mais importante do tratamento, a cicatrização, que
pode ser dividida em três fases:

1 – Fase inflamatória (1 a 3 dias): ocorre imediatamente após a lesão,


formando coágulos para proteger de contaminação, liberando histamina e
serotonina, promovendo a vasodilatação e fazendo a quimiotaxia de neutrófilos
e monócitos, responsáveis pela liberação de queratinócitos. O novo tecido
depende de fatores de crescimento (MDGF – Fatores de Crescimento Derivados
de Macrófagos), que incluem os fatores derivados de plaquetas (PDGF), os
fatores transformadores alfa, beta, os interleucina-1 e fator de necrose tumoral.
Após 72 horas, os linfócitos T liberal a interleucina -1, reguladora da colagenase
e as linfocinas. Estas são responsáveis pela resposta imunológica
(SETTERFIELD, 2010).

2 – Fase proliferativa (3 a 5 dias): a ferida é fechada pelos processos de


epitelização, angiogênese, fibroplasia e depósito de colágeno. Nestas etapas, a
membrana da camada basal restaura os tecidos, a angiogênese (formação de
novos vasos sanguíneos) promove nutrição e oxigênio, a fibroplasia se inicia de
3 a 5 dias após a lesão e pode perdurar por 14 dias, ativando os fibroblastos e a
produção de colágeno tipo I e formação de matriz extracelular (CAMPOS et al,

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2007). Segundo Setterfield (2010), o aumento de queratinócitos na presença dos


fatores de crescimento epidérmicos é 8 vezes maior. Daí a importância de se
fazer associação de ativos durante o tratamento com microagulhamento. Até o
20º dia do procedimento, a inflamação tende a diminuir para permitir a formação
de um novo tecido.

3 – Fase de remodelamento (28 dias a 2 anos): nesta fase há o aumento


da resistência tecidual. Tazima et al, (2008), afirma que nesta fase de
remodelamento o colágeno tipo I passa para o tipo III , aumentando a força
tensora do tecido em até 80%.

O colágeno é a principal proteína da matriz extracelular. Sua estrutura


rígida e helicoidal tripla de cadeia longa se assemelha a uma corda. Durante o
processo de maturação, ela pode crescer de maneira desordenada, criando a
cicatriz. A perfuração ordenada do roller no entanto, faz a orientação cicatricial
de forma saudável. Esse processo pode levar até 2 anos, mas a recuperação da
força de tração original na área lesionada pode chegar a 80% (SETTERFIELD,
2010).

Figura 3: Representação esquemática do aumento na produção de colágeno


decorrente do Microagulhamento no tecido cutâneo.

Fonte: http://clinicalegerrj.com.br/images/dermaroller-cicatriz.jpg.

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O microagulhamento tem sido usado frequentemente no tratamento de


cicatrizes de acnes, estrias, alopécias e para o rejuvenescimento facial. Trata-se
de uma terapia indutora de colágeno, realizada através de um instrumento
conhecido como roller. (GARCIA, 2013)

Este utensílio de uso estético e dermatológico tem como ação induzir a


produção de colágeno via percutânea, ou seja, através de microlesões
provocadas na pele, gera-se um processo inflamatório local, aumentando a
proliferação celular (principalmente dos fibroblastos), fazendo com que aumente
o metabolismo celular deste tecido (derme e epiderme), aumentando assim, a
síntese de colágeno, elastina e outras substâncias presentes no tecido,
restituindo a integridade da pele. (KLAYN; LIMANA; MOARES, 2013)

A indução percutânea de colágeno (IPC) ou microagulhamento, como foi


denominada recentemente, inicia-se com a perda da integridade da barreira
cutânea, tendo como alvo a dissociação dos queratinócitos, que resulta na
liberação de citocinas como a interleucina -1α, predominantemente, além da
interleucina-8, interleucina-6, TNF-α e GM-CSF, resultando em vasodilatação
dérmica e migração de queratinócitos para restaurar o dano epidérmico. Três
fases do processo de cicatrização, seguindo o trauma com as agulhas, podem
ser bem delineadas, didaticamente: na primeira, a de injúria, ocorre liberação de
plaquetas e neutrófilos responsáveis pela liberação de fatores de crescimento
com ação sobre os queratinócitos e os fibroblastos como os fatores de
crescimento de transformação α e β (TGF-α e TGF-β), o fator de crescimento
derivado das plaquetas (PDGF), a proteína III ativadora do tecido conjuntivo e o
fator de crescimento do tecido conjuntivo. (LIMA; LIMA; TAKANO, 2013)

As microagulhas podem variar de 0,5 a 3 mm de diâmetro e se dispõe ao


redor de um cilindro, o roller também possui uma haste para manuseio. Dessa
forma, ele é passado sobre a pele em várias direções e cria micro orifícios ou
escoriações que cicatrizam em poucos dias. (GARCIA, 2013)

A pressão vertical exercida sobre o roller, não deve ultrapassar 6N, pois
força superior pode levar danos a estruturas anatômicas mais profundas e mais
dor que o esperado ao paciente. Recomenda-se posicionar o aparelho entre os

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dedos indicador e polegar como se estivesse segurando um “háshi” e controlar


a força exercida com o polegar. Os movimentos de vai e vem devem guiar-se
por padrão uniforme de petéquias em toda a área tratada. Para isso, entre 10 a
15 passadas em uma mesma direção e pelo menos 4 cruzamentos na área de
rolagem são suficientes. Teoricamente 15 passadas provocam danos de 250-
300 punturas/cm3 .(MOREN, 2010, ) (Figura 4)

Figura 4: Desenho de tratamento com microagulhas.

Fonte:LIMA; LIMA; TAKANO, 2013

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VARIAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PERFURAÇÃO

Embora o roller seja o instrumento mais conhecido para realização do


microagulhamento, existem outros modelos com a mesma finalidade. Mesmo
entre os rollers conhecidos, hoje há uma grande quantidade de modelos e
material utilizados na fabricação dos mesmos. O roller tradicional e é constituído
por um cilindro repleto de agulhas em aço inoxidável, dispostas ordeiramente em
quantidade (de 190 a 1.080 agulhas), distâncias, espessura e comprimento (de
0,20mm a 3,00mm) diferentes (Figura 3). Essa disposição está relacionada ao
tipo de tratamento e área de aplicação do roller. Seu cabo é de polietileno,
impedindo que o equipamento seja autoclavado. Após o uso , é necessário que
se faça o descarte juntamente com o material perfuro cortante. Há também
rollers totalmente feitos em materiais esterilizáveis como aço inox e ouro,
permitindo a reutilização do equipamento, contudo após um período, é
necessário a troca destes, visto que as agulhas perdem o corte podem se
deformar.

Figura 5: Aparelho para realização do Microagulhamento: Dermorroler e suas


diferentes profundidades de penetração na pele humana

Fonte:https://www.ebay.com/itm/Titanium-540-0-25mm-2-5mm-Microneedle-
Derma-Roller-Dermaroller-MicroNeedle-/281794295249.

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Além da variação de material, os rollers também podem vir associados à


outras terapias como a cromoterapia, LED e com efeito vibratório. Todas tem
como objetivo potencializar a técnica e efeitos desejados no tratamento.Outro
equipamento bastante utilizado no procedimento de microagulhamento são as
canetas ou dispositivo manual de microagulhamento, também conhecidas com
Dermapen, que podem ser manuais ou elétricas (Figura 4). Estas funcionam com
refis descartáveis, sua regulagem manual permite realizar microagulhamento de
0,25mm até 2,00mm. A quantidade de agulhas em cada refil pode se de 2, 3, 7,
12 ou 36 agulhas, bem inferior a quantidade de agulhas do roller convencional.
A aplicação da caneta manual se diferencia do roller por exigir maior destreza do
profissional que fará a aplicação. Mesmo em aparelhos elétricos, onde não será
necessária a pressão manual, o controle e direcionamento do agulhamento é
feito pelo profissional. Alguns modelos ainda possuem inclinação automática da
ponteira. Todos estes ajustes são para evitar cortes irregulares na pele. A caneta
permite uma aplicação pontual, sendo ideal para pequenas áreas, áreas de difícil
acesso e região capilar (Figura 6) (ARORA, S.; GUPTA, B.P.,2012).

Figura 6: Aparelho de microagulhamento ou micropuntura, conhecido como


Dermapen.

Fonte:https://http2.mlstatic.com/dermapen-caneta-025-a-25-mm-3-cartuchos.

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3
6

INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES DA TÉCNICA

O microagulhamento é uma técnica que trabalha com dois objetivos. O


primeiro é o estímulo à produção de colágeno como nos casos de
rejuvenescimento melhorando os aspectos de textura, cor e brilho da pele; nos
tratamentos de flacidez tissular e amenização de rugas e linhas de expressão,
aumentando o volume da área tratada; e nos tratamentos de estrias, cicatrizes
de acne e cicatrizes hipertróficas pós queimaduras (DODDABALLAPUR, 2009;
KALIL et al., 2015a; LIMA; LIMA; TAKANO, 2013; MOETAZ EL-DOMYATI et al.,
2015; NEGRÃO, 2015). O segundo objetivo do microagulhamento é o aumento
da permeação de ativos, também conhecido como “drug delivery”, veiculando
ativos como a vitamina C e o retinol (LIMA; LIMA; TAKANO, 2013; NEGRÃO,
2015).

Outras indicações da técnica são pele desvitalizada e desnutrida,


alopécias não cicatriciais, melasma e hidrolipodistrofia ginóide (HLDG). Essa
última ainda não há comprovação através de pesquisas cientificas, mas há
indicações de alguns autores (NEGRÃO, 2015).

Como contraindicações têm-se: câncer de pele, ceratose solar, verrugas,


infecções de pele, pacientes em uso de anticoagulantes, quimioterapia,
radioterapia ou corticoterapia, diabetes mellitus não controlada, rosácea e acne
nas fases ativas, uso de isotretinoína oral com pausa menor de seis meses e
pele queimada de sol. O quelóide não é uma contraindicação absoluta, porém
faltam ensaios clínicos nesse tipo de disfunção inestética. O que se sabe é que
o fator de crescimento transformador TGF-β3 coordena a produção de TGF-β1
e TGF-β2 melhorando, assim, o colágeno que será depositado. Além disso, há
aumento de liberação do fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF)
atraindo os monócitos e liberação de interleucina-10 a qual é anti-inflamatória e
melhora o aspecto do quelóide. (NEGRÃO, 2015).

No que se diz respeito ao “drug delivery”, a definição do ativo bem como


sua formulação é de extrema importância uma vez que suas características
determinam a permeação, absorção e potencial de irritação da pele. O veículo

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3
7

ideal é aquele que não provoca ardência ou outro desconforto para o cliente,
além de ser um fator decisivo para o alcance de bons resultados. O uso de
cosmecêuticos associados com sistemas de liberação também é de grande
valia, pois, estes últimos permitem maior disponibilidade do ativo e segurança
além de redução de irritação cutânea devido à veiculação de menor quantidade
do ativo (KALIL et al., 2015a).

A administração transdérmica de drogas possui muitos benefícios, visto


que reduz a possibilidade de a droga ter baixa absorção, ou que aconteça uma
degradação enzimática no trato gastrointestinal, ou que ela sofra os primeiros
efeitos pela administração oral, e até mesmo evita a dor de uma administração
via intravenosa ou intramuscular (BADRAN; KUNTSCHE; FAHR, 2009;
PRAUSNITZ, 2004).

A autora Hansen (2013) em seu trabalho diz que o microagulhamento tem


potencial de ser uma tecnologia de transformação na entrega de vários ativos,
fármacos e até mesmo vacinas, pois, o sistema de entrega de drogas da técnica
permite um tratamento melhor com administração de níveis mais baixos das
drogas para atingir os mesmos objetivos terapêuticos. Afirma ainda que muitos
estudos com o intuito de determinar o potencial da entrega intradérmica a fim de
melhorar a eficácia de determinados fármacos têm sido realizados desde o início
da década de 30, e que desde então estes estudos revelaram que a entrega
intradérmica permite uma absorção mais rápida, níveis sanguíneos de pico mais
elevado e aumento de biodisponibilidade de algumas terapias quando
comparados às vias de administração convencionais.

Prausnitz (2004) relata que as microagulhas fornecem um meio


minimamente invasivo para o transporte de moléculas na pele. As microagulhas
rompem a estrutura do estrato córneo e criam orifícios para passagem de
moléculas. Acredita-se que os tamanhos desses orifícios são de escala
nanométrica o que evita danos com significância clínica, mas suficientes para o
transporte de ativos pequenos e até mesmo macromoléculas. Além disso, expõe
que estudos em seres humanos revelaram que as microagulhas são indolores
mesmo atingindo a derme superficial em consequência do tamanho das agulhas

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3
8

que provavelmente não alcançam os nervos ou são incapazes de estimular uma


sensação dolorosa. Visto isso, sugere que o uso das microagulhas representa
uma tecnologia promissora para administração de compostos terapêuticos
através da pele.

Schoellhammer, Blankschtein, Langer (2014) confirma a afirmação de


Prausnitz, ao mencionar que o comprimento das agulhas não penetra
profundamente o suficiente para gerar estímulos dolorosos, tornando a técnica
com microagulhas indolor. Além disso, a duração pela qual os ativos se difundem
pela pele após o microagulhamento depende do tempo de vida da abertura dos
poros criados que reduz significativamente em 15 minutos.

Kalluri, Kolli e Banga (2011) estudaram a formação bem como o


fechamento dos microcanais gerados pelas microagulhas. Os autores utilizaram
nos experimentos dois tamanhos de microagulhas (370 e 770 µm) de uma marca
de roller e observaram através de experimentos, a formação de 16
microcanais/cm² após a ruptura do estrato córneo. O número de microcanais
aumentou em função do número de passadas e as microagulhas penetraram
além do estrato córneo. O diâmetro médio dos microcanais também foi avaliado
e eles diminuíram à medida que aumentava a profundidade de penetração. A
avaliação da TEWL revelou que o aumento dos valores se deu em função do
aumento do número de passadas o que indica o aumento da ruptura do estrato
córneo da pele. O tamanho das microagulhas não interferiu no tempo que a pele
levou para reestabelecer sua função de barreira (após 4h do tratamento, o valor
da TEWL retornou aos seus valores normais), contudo, o tempo de fechamento
dos poros foi menor nas agulhas mais curtas (12h) comparado às agulhas
maiores (18h). Este último dado é importante uma vez que afeta diretamente a
entrega das drogas.

Park et al. (2010) desenvolveram um rolo de microagulhas de polímero


que foi capaz de perfurar a pele e aumentar a permeabilidade da mesma. A
quantidade de droga administrada na pele foi determinada pelo número de
orifícios criados pelas microagulhas bem como a concentração e formulação da
droga, entre outros fatores. A distribuição uniforme da droga no interior da pele,

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devido à lenta taxa de difusão lateral, exige que as microagulhas tenham um


espaçamento maior ou que se faça múltiplas passagens do rolo de microagulhas
sobre a pele para aumentar a densidade do orifício. A pesquisa sugere que o
rolo de microagulhas criado permite o aumento da permeabilidade da pele para
aplicação médica e cosmética.

Chawla (2014) realizou um estudo comparativo inicialmente com 30


pacientes onde realizava a técnica de microagulhamento com plasma rico em
plaquetas (PRP) com concentração plaquetária de 8-9 lakhs/μl de um lado da
face e com vitamina C a 15% do outro lado. Dos 30 pacientes, 23 tiveram
redução das cicatrizes em 1 ou 2 graus na escala de classificação, porém os
resultados com microagulhamento associado ao PRP foram mais satisfatórios
em alguns tipos de cicatrizes que o microagulhamento associado a vitamina C.
A vitamina C se mostrou mais eficaz no tratamento de hiperpigmentação pós
inflamatória secundária à acne, além de melhorar os aspectos de firmeza e
suavidade da pele.

Moetaz El-Domyati et al. (2015) avaliaram a eficácia do microagulhamento


em diferentes tipos de cicatrizes atróficas pós acne através de fotografias e
biópsias da pele, além de histometria para espessura da epiderme e avaliação
quantitativa de elastina total, tropoelastina recém-sintetizada, colágeno tipo I, III
e IV, e colágeno recém-sintetizado antes do tratamento e após um e três meses
a partir do início do tratamento. Os resultados revelaram um aumento
signiticativo na média dos colágenos tipos I, III e IV e colágeno e tropoelastina
recém-sintetizados, contudo, a elastina total diminuiu de forma significativa no
final do tratamento.

O número de sessões e o intervalo entre as sessões são dois fatores


muito questionáveis e até mesmo controversos. Na verdade, eles dependerão
do que será feito, se existe um plano de tratamento pós-procedimento e quais
recursos serão associados. O roller cosmético, por exemplo, pode ser utilizado
todos os dias para a permeação de ativos. Para o tratamento de alopécias, as
sessões podem ser quinzenais uma vez que é preciso lançar mão de recursos
que reduzem o processo inflamatório para não prejudicar o folículo e agravar o

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quadro. O que se observa mais na literatura é um intervalo de no mínimo trinta


dias para produção, depósito e remodelamento do colágeno (NEGRÃO, 2015).

Assim como no item anterior um vídeo sobre o assunto foi selecionado e


disponiblizado abaixo que irá agregar mais conhecimento prático no seu
desenvolvimento acadêmico.

Vídeo de Apoio 5: Descomplique Estética: Microagulhamento

Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=Njy4yltZ1BM>

Sinopse: No vídeo o Famoso Rafael Ferreira explica de forma clara


o que pode ser chamado de microagulhamento, assim como realizar
procedimentos adequadamente na estética.

CRIOLIPÓLISE

A criolipólise é uma técnica não-invasiva para o tratamento da redução de


tecido gorduroso localizado, está técnica utiliza do resfriamento da pele e do
tecido adiposo adjacente por temperatura variada entre -5 a -15ºC, o que causa
paniculite fria e consequentemente na morte adipocitária causadas por apoptose
(BERNARDES, 2015).

Segundo Oliveira (2011), para o sucesso do tratamento faz-se necessário


que o profissional tenha grandes conhecimento da etiologia, sintomas,
fisiopatologias e recursos adequados para a sua abordagem.

Para Avram et al. (2009), as novidades existentes no mercado para a


redução da adiposidade localizada estão se tornando cada vez menos invasivas,
o que proporciona ao usuário do tratamento uma recuperação rápida, sem
intervenções de medicamentos e pós-operatório.

Segundo Bernardes (2015), há relatos de edema, hematoma, eritema e


neuralgia transitória, que podem ser resolvidos em duas semanas.

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Amaral (2015) afirma que a busca em ter um corpo impecável tem-se


tornado prioridade para a maior parte das pessoas, pois o modelo de bela
aparência e saúde que a cultura mostra, são pessoas magras, com silhuetas
bem definidas. Na busca incessante do corpo perfeito, as pessoas se sujeitam a
procedimentos estéticos, dietas, cirurgias plástica, medicamentos, exercícios
para se desfazerem das gorduras localizadas indesejadas.

A gordura localizada é aquilo tudo que permanece ao emagrecimento


ligado as particularidades familiares. As conservas de gordura são fragmentadas
em duas, depósito geral (perde-se fácil) e depósito hereditário (resiste ao
emagrecimento). O metabolismo é demorado nesses depósitos, mesmo se tiver
perda de peso, a divisão da gordura é alterada a cada efeito sanfona (RIBEIRO,
C. J, 2010).

Os lugares do corpo onde se encontra mais gorduras localizadas são:


quadril, abdômen, pré-axilar, coxas, e subescapular, conforme exemplificado na
figura, podendo ser surgir em pessoas que têm uma vida de alimentação
saudável seguindo uma dieta e exercícios físicos diariamente, sendo um
desconforto para os que buscam sempre estar satisfeito com seu corpo. (AGNE,
J. E, 2016).

Figura 7: Partes do corpo com mais gordura localizada

Fonte: Google

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2

O desenvolvimento dos adipócitos começa desde a vida intrauterina e vai


até a puberdade através do crescimento de partes de células adiposas. Quando
chega à fase adulta, essas células não se multiplicam, mas aumenta de
tamanho. A adiposidade é considerada uma abundância de tecido adiposo,
podendo estar em maior ou em menor quantidade, sendo encontrada em
diferentes partes do corpo, e sempre dependendo da genética do indivíduo
(BARNES, D, 2017).

Limonta et al. (2017) revelam em seu trabalho que os pesquisadores nos


anos 70 investigaram crianças que nos seus primeiros anos de vidas tomaram
muitos picolés e houve um decrescimento da gordura nas bochechas, uma coisa
que foi estimulada pelo frio que receberam no local. Este é mais um jeito que os
pesquisadores usaram para investigar o metabolismo das células de gorduras.
Eles concluíram que os adipócitos podiam ser mais vulneráveis ao frio do que
calor.

Os estudos do Ferreira e Medrado (2017) falam das abordagens de


protocolos e técnicas feitas para uma técnica mais segura e produtiva. No
momento em que a criolipólise é efetuada, é feita uma sucção para amparar o
tecido alvo em um aplicador que tem o formato de copo. Enquanto a pessoa está
no procedimento, o resfriamento proporcionado pela máquina danifica somente
o tecido adiposo, não produzindo nenhuma destruição biológica aos tecidos aos
redores.

Tagliolatto et al (2017) falam da membrana anticongelante que deixa o


procedimento seguro, essa membrana é uma combinação de líquido crioprotetor
que é composta por um manto umedecido em gel que protege a pele nos
tratamentos estéticos que envolvam a criolipólise, mantendo intacto o material
biológico. O tecido adiposo, simultaneamente com seu conteúdo intracelular,
será descartado por meio da resposta inflamatória ali fixada, não há dever de
metabolização hepática da gordura, ou do deslocamento por intermédio da
corrente sanguínea, garantindo assim os níveis séricos de triglicerídeos e
colesterol encontra-se sem alterações, do mesmo jeito a desempenho do fígado.

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Borges e Scorza (2014) dizem que quando acontece a atenuação da


temperatura corporal o organismo eleva a produção de calor, permitindo um
acrescentamento na taxa metabólica que usará as conservas energéticas
armazenadas nos adipócitos diminuindo as células de gordura. O tratamento de
criolipólise, na primeira sessão do tratamento a camada de gordura pode reduzir
de 25 a 30%, mas vale lembrar que tem que se levar em conta o metabolismo
da pessoa, tipo e localização da gordura.

A dificuldade em eliminar a gordura localizada se dá pela necessidade do


organismo em gerar energia, o qual ele irá buscar na glicose existente na
corrente sanguínea, sendo que após a utilização desta, ocorre a queima do
glicogênio existente no fígado e em seguida utiliza-se das quebras de proteínas
existentes nos músculos, para então assim, chegar nas células de gorduras
existentes no tecido adiposo.

Bueno (2012) expressa que a Criolipólise não é aconselhável para


pessoas com sobrepeso ou obesas, sendo esta técnica apropriada apenas para
eliminar gorduras localizadas nos indivíduos em que estejam no peso ideal e
pretendem definir as linhas do corpo. Este procedimento também não é
recomendada a pessoas que tenham hipersensibilidade ao frio, pessoas com
feridas no local da aplicação e aquelas pessoas com diabetes descontroladas e
até mesmo a gestantes.

Bueno (2012) complementa que a técnica terá efeito somente na região


selecionada onde o resfriamento durante a sessão escolhida pode chegar por
volta de -10ºC no período de 1 (uma) hora, em que a pele estará coberta por
uma manta protetora com camadas de gel.

O aparelho que realiza a Criolipólise é composto por ponteiras que se


acoplam em diversas áreas do corpo, esta realiza um vácuo que propiciará a
sucção da pele e do montante de gordura localizada no local, seguida pelo
resfriamento intenso e o controle da porção sugada (FELICIANO, 2014). A figura
1é da marca Advice, chamado de Crio Top Body Redux.

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Figura 8: Aparelho Crio Top Body Redux.

Fonte: SILVA e MERCADO (2015).

A sessão da criolipólise observada na figura 2 é constituída por colocar o


paciente em uma posição considerada confortável, em seguida aplica-se as
ponteiras e a realização da sucção na porção selecionada, podendo durar até
uma hora (ROCHA, 2013).

Figura 2: Procedimento de Criolipólise com aparelho Crio Top Body Redux.

Fonte: SILVA e MERCADO (2015)

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A Criolipólise pode ser realizada em algumas regiões do corpo, em razão


das ponteiras não se adaptarem a qualquer tipo de estrutura.

Feliciano (2014) ainda completa que no início da sessão podem surgir


pequenos desconfortos no momento que a ponteira realiza a sucção da pele,
logo após esta ser seccionada inicia-se o congelamento da gordura o que leva a
uma anestesia momentânea, aliviando assim o desconforto.

INDICAÇÕES E CONTRA INDICAÇÕES

A criolipólise é um procedimento terapêutico que vem sendo divulgado e


popularizado por vários profissionais de estética. Essa técnica corresponde a
procedimentos de cirúrgicos e com resultados aceitável e eficaz na redução da
adiposidade localizada (AMARAL, E. E, 32 2015).

A criolipólise é apropriada para pessoas que tem gordura localizada,


contudo tem que estar com o peso ideal, determinado pela altura e idade.
Entende-se que o tratamento não é adequado para pessoas obesas. Além do
mais, é de suma importância que tenha certa elasticidade no tecido cutâneo, o
que permite a produção da prega que será separada e tratada (LIMOTA et al,
2017; SILVEIRA, I; STAFFOQUER, S, 2016).

Araujo e Mejia (2015) deixam claro que as importantes contraindicações


para o procedimento de criolipólise são pessoas com doenças raras, como a
crioglobulinemia paroxística ao frio, hemoglobinúria (doença autoimune),
sensibilidade ao frio, urticária ao frio, dermatites ou pruridos, cicatriz, cirurgias
recentes, feridas abertas ou hérnia nas regiões que serão tratadas. O
procedimento de criolipólise é permitido a partir dos 18 anos e não é permitida
em mulheres gestantes ou lactantes.

As queimaduras são risco em relação à saúde, podendo danificar a pele


total ou parcialmente, são assustadoramente graves e com consequências

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psicológicas significantes, conforme sua localização, área queimada e


profundidade. Queimaduras são lesões na pele causadas quase sempre pelo
calor, entretanto podendo ser causado pelo frio, por radiação, eletricidade,
fricção e até por produtos químicos (CARNEVALLI, N. R, et al. 2018).

Ribeiro (2010) traz que conforme sua localização da queimadura área e


profundidade, ela pode atingir desde pelos, músculos e ossos. As queimaduras
de 1° grau (lesa a epiderme) são caracterizadas pela vermelhidão e o ardor, as
de 2° grau (lesa a epiderme e derme) deixam dor e bolhas que podem conter
linfa ou podem ser secas e brancas podendo causar cicatrizes e as queimaduras
de 3° grau (lesa todas as camadas da pele) indolor e pode causar 20
deformidades.

Em relação as complicações após o procedimento, podem ocorrer:


alterações provisórias na função sensorial sem leões a longo prazo, eritema
imediatamente após a aplicação desaparecendo 30 minutos depois da sessão
e alterações nos níveis lipídeos dentro dos parâmetros normais (ROCHA, 2013).

Aqui ressalta-se a necessidade de integrar a prática ao conhecimento


acadêmico, sendo assim, para encerrar este tópico da apostila, o vídeo abaixo
deverá será assistido, uma vez que fará a integração do conhecimento.

Vídeo de Apoio 6: Crilipólise funciona? Entenda o processo e o


tratamento – Doutor Beleza

Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=XmFeTsCly4g>

Sinopse: no vídeo Rafael Ferreira, o Dr. Beleza, fala sobre o


procedimento estético Crilipólise na prática, como funciona e os resultados
obtidos.

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Vídeo de Apoio 7: Criolipólise funciona? | Carla Leone

Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=L2OuvJHUaQA>

Sinopse: neste vídeo a Profª Carla Leone, Fisioterapeuta


Dermatofuncional, CREFITO 214866-F, fala sobre os procedimentos e a
importância dos cuidados com a aplicação do terapia.

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BIOMEDICINA NA ESTÉTICA

Dentro das principais profissões na estética, destacamos


a biomedicina, que têm se tornado uma das profissões mais promissoras na
área da saúde. Esse curso tem um diferencial, forma profissionais que são
capazes de se adaptar ao futuro devido à variedade de áreas de atuação de um
biomédico e da necessidade que a medicina tem de obter respostas para o
diagnóstico e tratamento das doenças.
Com tudo, os biomédicos compõem o grupo de profissionais da área da
saúde que podem atuar no âmbito da estética.
A partir dos conhecimentos adquiridos durante a graduação, esses
profissionais estão aptos à serem pesquisadores, a identificar doenças e
desenvolver novos diagnósticos. Os biomédicos são profissionais que transitam
entre a biologia e a medicina.
São técnicos que apresentam amplo conhecimento das estruturas e
funcionamento do corpo humano. Percepção, que é essencial para aqueles que
desejam ingressar no setor da estética e se destacar nos procedimentos
inovadores e utilização de dermocosméticos.
A Biomedicina Estética é uma Especialidade reconhecida pelo Conselho
Federal de Biomedicina (CFBM). Segundo a Sociedade Brasileira de
Biomedicina Estética (SBBME) (https://sbbme.org.br/biomedicina-estetica/), a
Biomedicina Estética é uma nova área da Biomedicina, onde o especialista está
apto a realizar os seguintes procedimentos:

 Avaliação e Acompanhamento;
 Eletroterapia e Eletroestimulação;
 Laserterapia;
 Epilação a Laser;
 Fototerapia e LED;
 Lasers Fracionados não-ablativos;

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 Luz Intensa Pulsada;


 Remoção de Tatuagem e Maquiagem Definitiva;
 Microagulhamento;
 Peelings;
 Químicos;
 Superficial;
 Médio;
 Profundo;
 Mecânicos;
 Hidrodermobrasão;
 Microdermobrasão;
 Cristal;
 Diamante;
 Biotecnologias;
 Radiofrequência;
 Ultra cavitação;
 Ultrassom dissipado;
 Ultrassom focalizado;
 Endermologia;
 Criolipólise;
 Procedimentos Injetáveis, Escarifacantes, Perfurocortantes e Medicamentosos;
 Carboxiterapia;
 Intradermoterapia capilar, corporal e facial;
 Intramuscular capilar, corporal e facial;
 Preenchimentos injetáveis;
 Toxina Botulínica;
 Cosmetologia avançada.

A SBBM nasceu em 10 de outubro de 2010, data histórica, pois foi a


primeira vez que o Conselho Federal de Biomedicina declarou oficialmente o
surgimento da Biomedicina Estética no Brasil.
Posteriormente, a Resolução n°197 de 21 de novembro de 2011 foi
implementada, cuja a qual dispõe sobre as atribuições do

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profissional Biomédico no Exercício da Saúde Estética e como Responsável


Técnico de Empresas que executam Atividades para fins Estéticos.
A partir desse momento, o biomédico esteta passou a ser devidamente
reconhecido e autorizado pelo Conselho, mediante cumprimento dos critérios
necessários para obter habilitação em Biomedicina Estética.
Os biomédicos estetas também podem realizar procedimentos estéticos
como botox, peelings, enzimas, preenchimentos e lasers. Tratamentos que são
reconhecidos pela SBBME e autorizados pelo CFBM.

ENFERMAGEM NA ESTÉTICA
A arte da estética tem sido resgatada na enfermagem, especialmente
devido ao surgimento de estudos sobre o cuidado alternativo ou complementar,
dando uma nova roupagem, um novo brilho e desvelando a sensibilidade.
A percepção da estética na enfermagem não é somente a busca pela
beleza, pela perfeição, e sim reafirmar que a estética é um princípio de
autonomia e de trabalho em saúde, onde a ética, a saúde e o bem-estar estão
reunidos harmoniosamente.
Segundo Kahlow e Oliveira (2012) a atuação do enfermeiro especialista em
estética não se limita ao tratamento estético do indivíduo saudável, livre de
doenças, mas sim, daquele sujeito que apresenta patologias, restrições,
necessidades de orientação, cuidados, entre outras situações.
O princípio desses profissionais está centrado no resgate das
necessidades humanas básicas, do bem-estar, da qualidade de vida e
da beleza. Sempre considerando a condição de saúde, o uso de
medicações/suplementos/vitaminas e seus efeitos, estilo de vida, as alterações,
os desequilíbrios e as expectativas do cliente.
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) destaca que
profissionais enfermeiros estetas devem ser especialistas, com pós-graduação
lato sensu em estética, de acordo com a legislação estabelecida pelo Ministério
da Educação, com no mínimo de 100 horas de aulas práticas).
A Resolução do Cofen n° 529/2016 regulamenta as normas
do enfermeiro na área de estética.

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Os seguintes procedimentos podem ser realizados pelos enfermeiros


estetas:

 Carboxiterapia;
 Criolipólise;
 Dermo pigmentação;
 Depilação à laser;
 Eletroterapia;
 Escleroterapia;
 Mesotarepia;
 Laserterapia;
 Terapia combinada de Ultrassom e Micro correntes;
 Micro pigmentação;
 Peeling superficiais;
 Ultrassom cavitacional;
A atuação da enfermagem esteta ganha destaque no ano de 2018. A
atividade da Enfermagem como profissão liberal ganha força com a publicação
da Resolução n°568 de 20 de fevereiro, 2018.
Esta norma regulamenta o funcionamento dos consultórios e clínicas de
enfermagem, o que pode alavancar o trabalho dos enfermeiros que querem
seguir no setor da estética.

ESTETICISTA NA ESTÉTICA
Atualmente, a demanda de uma importante área está em grande
ascensão: a estética e cosmética.
O curso tecnólogo de estética e cosmética, com duração de
aproximadamente 3 anos, se efetiva na formação de profissionais com um perfil
diferenciado, que substitui o profissional autodidata por um profissional de alto
nível, capaz de aperfeiçoar os dons naturais das pessoas atuantes nessa área.
Esse profissional é especialista em tratamentos de beleza e saúde. O
esteticista busca oferecer para seus clientes a manutenção da beleza, da saúde
e do bem-estar, por meio de cosméticos e aparelhos de alta tecnologia.

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A Lei n° 13.643/2018 regulamenta a profissão de Esteticista, que


compreende o esteticista e cosmetólogo. De acordo com a lei, passa a ser
considerado técnico em estética o profissional habilitado em curso técnico com
concentração em estética, oferecido por uma instituição regular de ensino.
A partir dessa Lei sancionada recentemente pelo presidente Michel
Temer, novos passos podem ser iniciados como a criação do Conselho da
Classe dos Esteticistas, o que possibilita abrir um leque de novas oportunidades.
A Federação Brasileira dos Profissionais Esteticistas (FEBRAPE)
representa os profissionais regulamentados e reconhecidos legalmente.
Também estabelece normas éticas e valores morais da classe para uma correta
conduta da profissão.
Segundo a Lei n° 13.643/2018, compete ao técnico em estética:
 Executar procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares, utilizando
como recursos de trabalho produtos cosméticos, técnicas e equipamentos
com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA);
 A responsabilidade técnica pelos centros de estética que executam e
aplicam recursos estéticos, observado o disposto nesta Lei;
 Observar a prescrição médica ou fisioterápica apresentada pelo cliente,
ou solicitar, após exame da situação, avaliação médica ou fisioterápica;
 Solicitar, quando julgar necessário, parecer de outro profissional que
complemente a avaliação estética.
Com o avanço da dermatologia e cirurgia estética, novos horizontes foram
traçados para a atuação do esteticista, incorporando cuidados estéticos e
embelezamento da pele.
Com isso, os profissionais de estética também se tornaram
indispensáveis nas clínicas dermatológicas e de medicina estética. Atualmente,
o esteticista exerce muitos procedimentos corporais e capilares não invasivos,
tratamentos faciais, aliando técnicas, produtos cosméticos e alta tecnologia.
Esse profissional pode atuar nos mais variados espaços, como: salões de
beleza, clínicas, hotéis, academias e SPAs.

FARMÁCIA NA ESTÉTICA

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3

A atuação dos farmacêuticos na área de estética vem ganhando força.


Profissionais com especialização na área, estão habilitados a trabalhar nesse
tipo de atividade.
O Farmacêutico começou a se interessar com a área da estética, quando
percebeu que existiam disciplinas comuns entre as profissões que atuam na
estética, na manipulação de medicamentos, cosméticos, insumos farmacêuticos
e mecanismos de ação farmacológica. Foi a partir disso que o Conselho da
classe começou a lutar em busca da legalização da responsabilidade técnica
como farmacêutico esteta.
A Resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) n° 573 de 22 de
maio de 2013, dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no exercício da
saúde estética e da responsabilidade técnica por estabelecimentos que
executam atividades afins.
Essa Resolução reconhece a atuação do farmacêutico na estética. O
qual poderá ser responsável técnico por estabelecimentos que utilizam
técnicas de natureza estética e recursos terapêuticos para fins estéticos, desde
que não haja prática de intervenções de cirurgia plástica. Devendo o profissional,
estar regularmente inscrito no Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição.
Os farmacêuticos podem executar as seguintes técnicas de natureza
estética:

Tratamentos faciais
Indicações: Rejuvenescimento, clareamento de manchas, melasmas, acne,
rugas olheiras, flacidez facial.

Tratamentos:
 Luz Intensa Pulsada;
 Peelings;
 Microagulhamento;
 Radiofrequência;
 Carboxiterapia;
 Laserterapia, Iontoforese e Led.

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5
4

Tratamentos corporais
Indicações: Gordura localizada, Flacidez Tissular e Muscular, Celulite e Estrias.

Tratamentos:
 Criolipólise;
 Ultrassom;
 Radiofrequência;
 Microagulhamento;
 Laserterapia, Laserlipólise;
 Carboxiterapia;
 Endermologia, Corrente Russa e Led.

Tratamentos capilares
Indicações: Queda de cabelo, alopecia e seborreia.

Tratamentos:
 Alta Frequência;
 Carboxiterapia, Mesoterapia;
 Microagulhamento e Led.

A Resolução do CFF n°645, de 27 de julho de 2017, mais atual, define os


requisitos técnicos para o exercício do farmacêutico ampliando o rol
das técnicas de natureza estética e recursos terapêuticos utilizados pelo
farmacêutico em estabelecimento de saúde.
Alguns tratamentos minimamente invasivos podem ser realizados
pelos farmacêuticos estetas, como: toxina botulínica, preenchimento dérmico,
procedimento estético injetável para microvasos, intradermoterapia e Fios Lifting.
Para o farmacêutico poder exercer atividades estéticas ele precisa
preencher os seguintes requisitos:

1. Ser egresso de programa de pós-graduação lato sensu reconhecido pelo


Ministério da Educação, na área de saúde estética;

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5
5

2. Ser egresso de curso livre de formação profissional em saúde estética


reconhecido pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), de acordo com os
referenciais mínimos definidos em nota técnica específica, disponível no sítio
eletrônico do CFF (www.cff.org.br). Conforme a edição estabelecida na
Resolução nº 645/17.

FISIOTERAPIA NA ESTÉTICA

Em 2009, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional


(COFFITO) publicou a Resolução n°362/2009. O fisioterapeuta é um dos cargos
de maior destaque dentro das profissões na estética. Esta especialidade atua na
prevenção, recuperação e promoção da saúde da pele. Seu foco está centrado
no tratamento estético e de doenças dermatológicas.
O fisioterapeuta dermatofuncional é um profissional capaz de
compreender de maneira abrangente os determinantes sociais do processo
saúde-doença.
O fisioterapeuta apresenta conhecimentos de anatomia, fisiologia,
cinesiologia, farmacologia, patologia, massoterapia e eletrotermofototerapia.
Esse entendimento, facilita a escolha do procedimento mais apropriado para
cada caso, oferecendo benefícios e bons resultados no eixo da fisioterapia
dermatofuncional.
Todos os profissionais formados em fisioterapia e que desejam trabalhar
no ramo da estética, devem se especializar. A especialização em fisioterapia
dermatofuncional é uma boa opção.
Após o curso o profissional fisioterapeuta estará apto a tratar dos
seguintes casos:

 Flacidez da pele;
 Gordura localiza;
 Estrias;
A fisioterapia dermatofuncional apresenta habilidades para trabalhar de
maneira multidisciplinar, ou seja, atuando em conjunto com outros profissionais
da área da saúde. Proporcionando assim, associar tratamentos da fisioterapia

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6

dermatofuncional com outras técnicas e consequentemente obter resultados


satisfatórios e seguros para os pacientes.
Os fisioterapeutas dermatofuncionais podem associar seus tratamentos
com nutricionistas, profissionais de educação física, endocrinologistas,
dermatologistas, angiologistas e cirurgiões plásticos.
O segmento deste setor é bem amplo, além das funções descritas a cima
o profissional que se especializa em fisioterapia dermatofuncional está
habilitado a trabalhar com os seguintes tratamentos:

 Pré e Pós-cirurgia plástica;


 Fibro Edema Gelóide;
 Drenagem linfática manual;
 Massagem do tecido conjuntivo e reflexa;
 Estrias;
 Queimaduras;
 Envelhecimento facial da pele;
 Úlceras de pressão;
 Ultrassom;
 Eletroterapia;
 Endermologia;
 Radiofrequência;
 Laserterapia;

A Associação Brasileira de Fisioterapia


Dermatofuncional (BRAFIDEF), recentemente, tem atuado fortemente
na legitimidade do fisioterapeuta para a realização de procedimentos
estéticos, dentre eles: Criolipólise (Parecer BRAFIDEF n°01/2016), aplicação de
toxina botulínica (Parecer BRAFIDEF n°166/2015), produtos específicos para
peelings (Parecer BRAFIDEF 2015) e Laser fracionado não ablativos de alta
potência (Parecer BRAFIDEF n°03/2016).

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ODONTOLOGIA NA ESTÉTICA

Outra categoria quando abordamos profissões na estética, é a


Odontologia. Os profissionais da odontologia também têm aderido aos
procedimentos estéticos.
O dentista moderno tem ampliado sua visão orofacial, visando uma
harmonia facial de seus pacientes.
O uso da Toxina Botulínica pelos dentistas é permitido desde 2011, de
acordo com Resolução do Conselho Federal de Odontologia (CFO) 112/2011.
Antes disso, os profissionais podiam utilizar somente para fins
funcionais como Bruxismo, Migrânia Crônica (dor de cabeça e na Cervical),
Nevralgia do Trigêmio e Blefaroespasmos (“Tique nervoso”).
A Toxina Botulínica gera relaxamento do músculo o qual a substância
foi aplicada, impedindo que a musculatura se contraia. O resultado do Botox
pode ser observado em média 7 dias após a aplicação, seu efeito é passageio e
duram entre 4 a 6 meses.
Após esse período é necessária nova aplicação. Ele pode ser aplicado
para corrigir problemas de assimetria facial e sorriso gengival, assim
como, rugas dinâmicas, aquelas que aparecem quando fizemos mímica facial.
A partir da Resolução 112/2011, os dentistas também podem
utilizar Ácido Hialurônico para preenchimento labial. Essa técnica permite
remodelar o contorno perdido e ainda remodela os pontos específicos do lábio,
superior ou ambos.
O preenchimento facial também pode ser realizado. Com o
envelhecimento é normal desenvolvermos sulcos e rugas mais profundas. É um
processo natural da nossa pele, mas que prejudicam a estética do sorriso e do
rosto como um todo.
Para suavizar as rugas profundas, deixar o rosto mais harmônico ou dar
volume, a substância Ácido Hialurônico é utilizada para preenchimento. Ela é
totalmente absorvida pelo organismo e seus efeitos duram entre 8 e 18 meses.

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Outro procedimento associado à estética e que o profissional da


odontologia pode fazer é a Bichectomia. É uma técnica cirúrgica que tem a
finalidade de reduzir o tamanho das bochechas, deixando o rosto mais fino.
O procedimento é rápido, onde o dentista faz um corte na parte interior da
boca e retira as bolas de gordura, conhecidas como Bolas de Bichat. A incisão
varia entre 1 a 2 centímetros e é realizada sob anestesia local.

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