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GUIA
DE
MEDICAMENTOS
LILIAN RIBEIRO
FOP - UPE 106B
SUMÁRIO
1. Antibioticoterapia em odontologia;
2. Quimioterapia das infecções bacterianas;
3. Profilaxia da Endocardite bacteriana;
4. Quimioterapia das infecções virais;
5. Quimioterapia das infecções fúngicas;
6. Antissépticos e desinfetantes.
1. A N T I B I O T I C O T E R A P I A
EM ODONTOLOGIA
PENICILINAS
Antibiótico tempo-dependente;
EPA prolongado (para gram+);
Bactericidas;
Naturais: Mal absorvidas por via oral, portanto
possui uso restrito a via intramuscular no ambiente
hospitalar;
Semissintéticas: Não são inativadas pelo sulco
gástrico;
Usadas em infecções de origem endodôntica ou
periodontal.
Penicilina V
Possui espectro reduzido, mas agem bem
contra estreptococcus gram+ que iniciam as
infecções bucais. O intervalo entre doses deve ser no
máximo 6h.
Ampicilina e Amoxicilina
Menos ativas em gram+, mas atinge cocos e
bacilos gram-. A Amoxicilina é derivada da
ampicilina, porém é mais bem absorvida via oral
(carca de 90%), permitindo melhor conforto
terapêutico (intervalo 8h entre doses) - A Ampicilina
deve ter seu intervalo entre doses de 6h.
@LILI.NRIBEIRO
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1. A N T I B I O T I C O T E R A P I A
EM ODONTOLOGIA
PENICILINAS
Inativadores de betalactamases
Sulbactam, Tazobactam;
Clavulanato de Potássio.
O clavulanato de potássio é associado com
penicilinas por inativar as betalactamases, tornando
as bactérias que possuem o anel betalactâmico
novamente sensíveis às penicilinas. É o inativador de
betalactamases mais usado na odontologia.
A amoxicilina com inibidores de betalactamases
deve ser usada em pacientes que não responderam
ao tratamento.
1. A N T I B I O T I C O T E R A P I A
EM ODONTOLOGIA
PENICILINAS
Interações medicamentosas:
PENICILINAS V
Anticoncepcionais orais: Redução da eficácia do
ACO;
Omeprazol, Exenetadina, Cloroquina: Prejudica
absorção da penicilina;
Bupropiona, Tramadol: Provoca convulsões;
Metotrexato: Diminui excreção do metotrexato;
Micofelonato mofetil: Redução dos níveis séricos de
MMF;
Probenecida: Diminui excreção da penicilina;
Tetraciclinas: Reduz efeito terapêutico da
penicilina.
AMPICILINA e AMOXICILINA
Alopurinol: Desenvolvimento de erupções cutêaneas
e aumento do efeito da amoxicilina;
Anticoncepcionais orais: Falha do ACO;
Probenecida: Diminui excreção da ampicilina;
Diclofenaco: Diminui absorção da amoxicilina;
Metronidazol.
Deve-se evitar ingestão de ampicilina com alimentos.
AMOXICILINA + CLAVULANATO DE POTÁSSIO
Dissulfiram.
Varfarina (anticoagulantes): Prolongamento do
tempo de sangramento e do tempo de protrombina
(apenas para amoxicilina + clavulanato de potássio
injetável);
@LILI.NRIBEIRO
ACO: Falha do ACO. 4
1. R E G I M E TERAPÊUTICO
PENICILINAS
Referênci
Antibiótico Apresentação Doses
a
- Aché
Suspensões (125mg/5ml,
6/6 horas -
Comprimidos/cápsulas (500mg)
1h antes ou
2 depois da
Suspensão (250mg/5ml)
refeição
Ampicilina Binotal
Comprimido 325mg
Pen-Ve-
Penicilina V
6/6 horas
Oral
Suspensão oral 250mg/5ml
Comprimidos (500mg+125mg,
875mg+125mg)
Clavulanato
Suspensão (125mg+31,25mg/5ml,
de K + Clavulin 8/8 horas
200mg+28,5/5ml,
Amoxicilina
250mg+62,5/5ml,
400mg+57mg/5ml,
600mg+42,9mg/5ml) 2
CEFALOSPORINAS
Antibiótico tempo-dependente;
EPA prolongado (para gram+);
Bactericidas;
Possuem espectro de ação um pouco mais
aumentado em relação às penicilinas;
Menos sensíveis às betalactamases;
Usadas em profilaxia cirúrgica em cirurgias
ortognáticas e tratamento de infecções graves de
cabeça e pescoço.
Espectro de ação contra bacilos gram-negativos
aumenta de acordo com as gerações (maior na
4ª):
1ª geração: Cefadroxil, Cefalexina,
Cefazolina;
2ª geração: Cefaclor, Cefuroxima, Cefexitina;
3ª geração: Ceftriaxona, Ceftazifima;
4ª geração: Cefepima, Cefpiroma.
@LILI.NRIBEIRO
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1. A N T I B I O T I C O T E R A P I A
EM ODONTOLOGIA
CEFALOSPORINAS
Interações medicamentosas:
CEFALEXINA
Metformina: Aumento dos níveis plasmáticos da
merformina (doses únicas de cefalexina e
metformina);
Probenecida: Diminui excreção renal da cefalexina.
CEFTRIAXONA
Gentamicina, Tobramicina, Amicacina, Neomicina
(aminoglicosídeos no geral): Aumento da toxicidade
renal dos amicoglicosídeos;
Varfarina: Aumenta o risco de sangramento.
1. R E G I M E TERAPÊUTICO
CEFALOSPORINAS
Comprimidos (500mg)
500mg a
2g - 4/4
Cefalotina Ceflen Frasco ampola de 1g IM ou EV
horas ou
6/6 horas
1g a 4g -
Ceftriaxona Rocefim Frasco ampola de 1g EV 20/20
horas
@LILI.NRIBEIRO
1. A N T I B I O T I C O T E R A P I A
EM ODONTOLOGIA
MACROLÍDEOS
Antibiótico tempo-dependente;
EPA curto (eritromicina) ou prolongado
(azitromicina);
Bacteriostáticos;
Espectro similar às penicilinas;
Ótima absorção e biodisponibilidade via oral;
A eritromicina é usada em casos de infecções
bacterianas leves a moderadas, enquanto a
Claritromicina e Azitromicina em casos de
abscessos periodontais agudos.
São eles: Eritromicina (Claritromicina e
Roxitromicina são relacionados com a
eritromicina), Espiramicina, Azitromicina*.
*Azitromicina: Pertence aos azalídeos, classe
parecida com macrolídeos, possui uma vida
plasmática de 2-4 dias e se concentram de
forma elevada em tecidos infectados
(neutrófilos).
Efeitos adversos: Apresentam baixa toxicidade,
porém o estolato de eritromicina pode causar
icterícia colestática, portanto a recomendação é
que seja usado o estearato de eritromicina.
1. A N T I B I O T I C O T E R A P I A
EM ODONTOLOGIA
MACROLÍDEOS
Interações medicamentosas:
ERITROMICINA - Injetável 1g
Cloranfenicol, Clindamicina, Lincomicina, Colistina,
Estreptomicina: Diminuição da eficácia de ambos
os fármacos;
Teofilina, Carbamazepina, Fenitoina, Ácido
Valpróico: Elevação da concentração plasmáticas
desses fármacos;
Terfenadina, Astemizol, Cisaprida, Pimozida:
Causam distúrbios cardíacos;
Alfentanila, Bromocriptina, Felodipina, Quinidina,
Diisopropilamina, Metrilprednisolona, Midazolam,
Triazolam, Tracolimo, Zoplicona: Têm a excreção
reduzida.
Diidrogoertamina: Contração dos vasos sanguíneos
e doenças circulatórias.
Digoxina: Aumento da concentração de digoxina
ERITROMICINA - Comprimido/Drágea
500mg, Suspensão oral 250mg/5mL
Probenicida: Diminui excreção da eritromicina;
Teofilina, Digoxina, Triazolam, Midazolam,
Carbamazepina, Ciclosporina, Hexobarbital,
Fenitoína, Sinvastatina, Lovastatina, Bromocriptina,
Disopiramida: Aumento dos níveis séricos desses
fármacos.
@LILI.NRIBEIRO
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1. A N T I B I O T I C O T E R A P I A
EM ODONTOLOGIA
MACROLÍDEOS
Interações medicamentosas:
AZITROMICINA
Omeprazol: Diminuição da concentração
plasmática do azitromicina;
Digoxina, Colchicina e Zidovudina: Aumento dos
níveis séricos desses fármacos;
CLARITROMICINA
Cisaprida, Pimozida, Astemizole, Terfenadina:
Arritmias cardíacas;
Ergotamina, Diidroergotamina: Vasoespamos e
isquemia das extremidades de outros tecidos;
Midazolam: Aumento da concentração do
midazolam em 7x;
Lovastatina e Sinvastatina: Aumenta a concentração
plasmática das estatinas, causando miopatia e
rabdomiólise;
Rifampicina, Fenitoína, Carbamazepina,
Fenobarbital: Diminui o efeito da claritromicina.
1. R E G I M E TERAPÊUTICO
MACROLÍDEOS
Suspensão (250mg/5ml)
Cápsula ou comprimido
Azitromicina Zitromax
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@LILI.NRIBEIRO
1. A N T I B I O T I C O T E R A P I A
EM ODONTOLOGIA
LINCOSAMINAS
Antibiótico tempo-dependente;
EPA curto;
Bacteriostáticos;
Clindamicina: Usada no tratamento de infecções
graves ou profilaxia da endocardite - PADRÃO
OURO;
Espectro similar às penicilinas, porém atingem o
Staphylococcus aureus e atuam contra gram-;
Bem absorvida via oral e atravessa facilmente
barreiras teciduais: Penetra em macrófados e
leucócitos polimorfonucleares (bem concentrado
em absessos);
Administrado cautelosamente em pacientes com
alterações das funções hepáticas e biliares.
Efeitos adversos: Diarréia, que pode evoluir para
colite pseudomembranosa após tratamentos
prolongados, pois a bactéria Clostridium difficile,
resistente à clindamicina, pode ser selecionada.
Interações medicamentosas:
CLINDAMICINA
Besilato de atracúrio, Brometo de pancurônio,
Cloreto de sucametônio, Metilsufato de
neostigmina: Têm o efeito de bloqueio
neuromuscular potencializado;
Rifampicina: Diminui eficácia da clindamicina;
1. R E G I M E TERAPÊUTICO
LINCOSAMINAS
A dose diária da clindamicina não deve ser menor que 900mg e nem maior que
1800mg.
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@LILI.NRIBEIRO
1. A N T I B I O T I C O T E R A P I A
EM ODONTOLOGIA
TETRACICLINAS
Antibiótico tempo-dependente;
EPA prolongado;
Bacteriostáticos;
Espectro mais amplo que penicilinas e
macrolídeos;
Ótima absorção e biodisponibilidade via oral;
Doxiciclina e Minociclina: Usadas em
periodontites agressivas ou crônicas.
Efeitos adversos: Anorexia, náuseas, vômitos,
diarreia, ulcerações da boca e irritação da
região perianal, podem causar fotossensibilidade
(resultando em queimaduras pelo sol). Causam
manchas marrons e hipoplasia em esmalte dental
(não podem ser administradas na gravidez e
evitadas em crianças no desenvolvimento ósseo e
dental). Devem ser empregadas com precaução
em pacientes com histórico de doença hepática
ou renal (hepatotóxicas e nefrotóxicas).
1. A N T I B I O T I C O T E R A P I A
EM ODONTOLOGIA
TETRACICLINAS
Interações medicamentosas:
DOXICICLINA e MINOCICLINA
Varfarina: Aumento do tempo de protrombina;
Penicilina: Interfere na ação da penicilina;
Hidróxido de alumínio, Carbonato de magnésio: A
absorção da doxiciclina/minociclina é
prejudicada;
Carbamazepina e Fenitoína: Diminui o tempo de
meia-vida da doxiciclina/minociclina;
Metoxiflurano: Toxicidade renal fatal;
ACO: O ACO pode se tornar menos eficaz;
Isotretinoína: Não ser usado antes, durante ou logo
após tratamento com minociclina - causa
pseudotumor cerebral.
@LILI.NRIBEIRO
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1. R E G I M E TERAPÊUTICO
TETRACICLINAS
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METRONIDAZOL
Antibiótico concentração-dependente;
EPA prolongado;
Bactericida;
Espectro contra bactérias anaeróbias gram-;
Ótima absorção e biodisponibilidade via oral:
atravessa barreiras teciduais, distribuindo-se na
saliva e no fluido sulco gengival;
Metabolismo hepático e excreção renal;
Usado em tratamento de infecções agudas como
pericoronarites, abscessos periapicais, gengivite
ulcerativa necrosante, periodontite crônica que
não respondem à instrumentação mecânica.
Efeitos adversos: Gosto metálico, dor estomacal,
náuseas e vômitos. Neuropatia periférica em altas
doses e tempo prolongado.
Interações medicamentosas:
Dissulfiram: Reações psicóticas;
Varfarina: Potencialização do efeito do
anticoagulante e risco hemorrágico;
Ciclosporina, Bussulfano: Aumento dos níveis
plasmáticos dos fármacos;
Fenitoína ou Fenobarbital: Diminui os níveis
plasmáticos do metronidazol
Fluoruracila: Diminui excreção do fluoruracila.
@LILI.NRIBEIRO
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1. R E G I M E TERAPÊUTICO
METRONIDAZOL
Comprimidos (250mg,
Metronidazol Flagyl 8/8 horas
400mg, 500mg)
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@LILI.NRIBEIRO
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2. 1
TIPOS DE ESQUEMAS
TERAPÊUTICOS
ESQUEMA EMPÍRICO
Menos específico, baseado nas bactérias que mais
acometem a cavidade bucal, principalmente porque as
infecções odontológicas possuem 4 ou 5 cepas diferentes.
ESQUEMA ESPECÍFICO
Específico é utilizado quanto há falha no empírico,
depende do resultado do exame de cultura. Não se deve
utilizar o esquema específico em todos os casos porque as
infecções possuem evolução rápida, de forma que durante a
espera do resultado do exame a infecção pode se tornar
grave.
2. 2
CÁLCULO DE
DOSES PEDIÁTRICAS
1 kg -------------------------------------------- DMR
kg do paciente -------------------------- X
DMR:
Amoxicilina: 40mg/kg/dia
Clindamicina: 30mg/kg/dia
Cefalexina: 40mg/kg/dia
Metronidazol: 7,5mg/kg/dia
@LILI.NRIBEIRO
22
2. 2
DMR:
Azitromicina (Suspensão oral):
200mg (5mL)
300mg (7,5mL) 400mg (10mL)
10mg/kg no 1º no 1º dia, em
no 1ª dia, em no 1º dia, em
dia, seguido seguida
Regime seguida 150mg seguida
de por 5mg/kg 100mg
(3,75mL) 200mg (5mL)
5 dias durante 4 (2,5mL)
durante 4 dias, durante 4 dias,
dias, em dose durante 4 dias,
em dose única em dose única
única diária em dose única
diária diária
diária
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DOSE TERAPÊUTICA
Dose habitual.
DOSE DE ATAQUE
Dobro da dose habitual, utilizada em infecções agudas
para chegar a Concentração Inibitória Mínima (CIM) mais
rapidamente.
DOSE PROFILÁTICA
Quatro vezes a dose habitual, utilizada para combater
bacteremia transitória:
Procedimentos com alto risco de infecção;
Pacientes imunodeprimidos ou diabéticos
descompensados;
Procedimentos cirúrgicos ou demorados;
Condições de moderado ou alto risco de endocardite.
@LILI.NRIBEIRO
24
2. 4
FATORES
DIFICULTANTES
Vascularização local;
Presença de pus (abaixa o pH e,
consequentemente, a difusibilidade da droga no
tecido);
Grau de ligação a proteínas plasmáticas;
Interações medicamentosas;
Alterações fisiológicas do paciente.
2. 5
PRINICIPAIS
INTERAÇÕES
@LILI.NRIBEIRO
26
3. P R O F I L A X I A
DA
ENDOCARDITE
O que é endocardite?
Endocardite infecciosa é uma doença causada a
partir de deformidades nas válvulas cardíacas, na
qual há infecção da superfície do endocárdio. Os
dados mostram que de 14% a 20% dos casos de
endocardite são ligados a fatores bucais, devido à
bacteremia transitória concentrada durante
tratamentos prolongados.
BACTEREMIA TRANSITÓRIA
ADESÃO BACTERIANA
FORMAÇÃO DE VEGETAÇÃO
3. P R O F I L A X I A
DA
ENDOCARDITE
Sintomas principais:
Lesões retinianas (Mancha de Roth);
Lesões de Janeway (hemorragias plantares e
palmares);
Nódulos de Osler (nódulos dolorosos nas polpas
dos dentes das mãos e pés).
Sintomas secundários:
Febre alta;
Calafrios;
Fadiga intensa;
Dor nos músculos, articulações e peito;
Perda de peso e inapetência.
@LILI.NRIBEIRO
28
3. P R O F I L A X I A
DA
ENDOCARDITE
3. P R O F I L A X I A
DA
ENDOCARDITE
Regime profilático
A anti-sepsia pré-operatória reduz o volume de
bacteremia indesejada, com potencial de eliminar as
bactérias mais patogênicas. Deve ser feita em dose única
30 a 60 minutos antes do procedimento.
Posologia: Posologia:
Regime Antibiótico adultos crianças
Ampicilina 2g IM ou IV
ou
50 mg/kg
Incapazes de via
Cefazolina/ 2g IM ou IV IM ou IV
oral
Ceftriaxone para ambos
Alérgicos a
penicilinas e Cefazolina/ 50 mg/kg
incapazes de via 1g IM ou IV
Ceftriaxone IM ou IV
oral
@LILI.NRIBEIRO
4. Q U I M I O T E R A P I A
DE
INFECÇÕES VIRAIS
4. Q U I M I O T E R A P I A
DE
INFECÇÕES VIRAIS
Regime terapêutico
O uso após do aparecimento das lesões permite
que o tempo da lesão diminua em 2 dias, enquanto o
uso precoce pode inibir totalmente a manifestação
da fase clínica ou reduzir 9o tamanho da água
comprometida.
Tópico: Placebos e protetores oclusivos locais;
Sistêmico: uso a cada novo episódio, com no
mínimo de 10 dias (em pacientes com
apresentações recorrentes e em
imunocomprometidos).
32
@LILI.NRIBEIRO
4. Q U I M I O T E R A P I A
DE
INFECÇÕES VIRAIS
Efeitos adversos
Náuseas;
Hipersensibilidade (erupções, prurido);
Dor abdominal.
Interações medicamentosas
Evitar uso Aciclovir e Cloridrato de valaciclovir com
probenecida e cimetidina
(Aumento a concencração plasmática de aciclovir e
cloridrato de valaciclovir);
5. Q U I M I O T E R A P I A
DE
INFECÇÕES FÚNGICAS
CANDIDOSE
Infecção fúngica oportunista que mais afeta a
mucosa bucal. A Candida albicans pode ser
classificada em três tipos principais:
pseudomembranosa, eritematosa e hiperplásica
(além disso, outras lesões porem estar associadas,
como estomatite protética, queilite angular e glossite
romboidal mediana).
A parte principal do tratamento é a orientação
para aprimoramento de higiene bucal, redução do
hábito de fumar. Os antifúngicos são potencialmente
tóxicos, por isso os antifúngicos tópicos devem ser
usados quando as medidas locais não solucionaram o
problema.
Em casos de candidose associados a condições
sistêmicas (HIV, diabetes, hipossalivação), o
tratamento deve ser com antifúngicos sistêmicos.
@LILI.NRIBEIRO
34
5. Q U I M I O T E R A P I A
DE
INFECÇÕES FÚNGICAS
Regime terapêutico
A Nistatina é considerada a primeira escolha
para tratamento das candidoses orais. Deve ser
utilizada de forma tópica (apresenta risco B
sistêmico e baixa absorção no TGI) associado
com desinfetante e antisséptico.
Antifúngicos azólicos (Miconazol, Cetoconazol,
Fluconazol, Itraconazol) são bem absorvidos pelo
TGI. O Fluconazol tem efeito potencializado em
candidoses orais.
5. Q U I M I O T E R A P I A
DE
INFECÇÕES FÚNGICAS
Regime terapêutico
Apresentação Modo de uso
Cetoconazol Comprimidos
1 comprimido ao dia, por 21 dias.
(sistêmico) 200mg
Itraconazol
Cápsulas 100mg 1 cápsula ao dia, por 14 dias.
(sistêmico)
36
@LILI.NRIBEIRO
5. Q U I M I O T E R A P I A
DE
INFECÇÕES FÚNGICAS
Interações medicamentosas
6. A N T I S S É P T I C O S E
DESINFETANTES
DESINFECÇÃO x ASSEPSIA
Desinfecção é em matéria inanimada, enquanto
assepsia é no organismo vivo.
DESINFETANTES
Desinfecção de baixo nível (materiais não
críticos) - Álcool 70%: Deve ser friccionado por 10
segundos, para a remoção do risco de
contaminação;
Desinfecção de médio nível (materiais em
contato com contaminados) - Hipoclorito de
sódio 1%;
Desinfecção de alto nível (materiais
contaminados) - Ácido peracético.
ANTISSÉPTICOS BUCAIS
O uso de antissépticos deve ser em caso de
dificuldade de higienização bucal efetiva, com 2
escovações diárias + fio dental.
O antisséptico só deve ser usado durante o
tratamento do paciente, sendo a clorexidina a 0,12%
a primeira opção. Caso o tratamento seja
prolongado para 2 meses ou mais, deve-se trocar o
antisséptico. Ao fim do tratamento, não deve mais ser
recomendada a administração.
@LILI.NRIBEIRO
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6. A N T I S S É P T I C O S E
DESINFETANTES
Bochecho
Óleos
6/6 ou 8/8h Enxaguatórios
essenciais
Escovação
Quaternário
Bochecho 6/6h Enxaguatórios 0,05 ou 0,1%
de amônio
Efeitos adversos
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