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CURSO DE MEDICINA
Dentre eles estão os fios de seda, algodão, nylon, poliéster, polipropileno e aço
inoxidável.
2.4- Métodos de ligação dos vasos: uma ligadura é um feixe de material de sutura usado para
circundar e fechar a luz de um vaso para se obter hemostasia, fechar uma estrutura ou evitar o
extravasamento. Pode ser feita com um fio de comprimento longo em carretel, ou pode vir na
forma de fios soltos pré- cortados.
Ligação com clips: são dispositivos pequenos em forma de V, semelhantes a
grampos, que são colocados ao redor da luz de um vaso ou de uma estrutura para
fechá-lo. É um método rápido de promover a hemostasia.
Grampos de pele: é um método freqüentemente usado para o fechamento de pele,
diminui o tempo de cirurgia, permitindo uma tensão uniforme ao longo da linha de
sutura e menos distorsão decorrente da sutura manual. São grampos inseridos na pele
com aplicadores, semelhantes a grampeadores.
Fitas adesivas de pele: a escolha da fita cirúrgica para fechamento de pele se baseia
na capacidade adesiva, força tensiva e porosidade da fita. A mesma deve ser aplicada
sobre a pele seca, com um facilitador de adesão (tintura de benjoim), perpendicular à
borda da ferida, primeiramente de um lado e depois de outro, de modo que possa ser
puxada uma de encontro à outra.
3- AGULHAS CIRÚRGICAS
As agulhas cirúrgicas variam consideravelmente quanto à forma, tamanho, tipo de ponta e
diâmetro. São feitas de aço inoxidável ou aço de carbono. Existem três partes básicas na
agulha sendo o olho, corpo e ponta. Sendo as agulhas com olho (1) tem de ser transpassadas
por um fio de sutura, e dois fios de sutura têm de ser passados através do tecido; de mola(2)
ou agulhas de olho Francesa, nos quais o fio deve ser encaixado através da mola e agulhas
sem olho (3), uma combinação de olho-sutura na qual uma agulha é fixada constantemente
numa ou ambas as extremidades do material de sutura.
A linha primária da sutura traduz as suturas que fecham o espaço morto evitando que o soro
se acumule na ferida e fixa as bordas em aproximação até que ocorra a cicatrização. A linha
secundária de sutura se refere às suturas que suplementam a linha primária. Estas ajudam a
eliminar a tensão sobre a linha primária, reduzem o risco de evisceração ou deiscência.
Uma sutura interrompida é feita em tecidos e vasos, de forma que cada ponto é amarrado
individualmente. As várias técnicas utilizadas para a feitura das suturas interrompidas são
destinadas a alterar o ângulo da puxada e a relação das bordas da ferida uma com a outra.
Uma sutura contínua é uma série de pontos onde somente o primeiro e o último são
amarrados. Com esse tipo de sutura, uma quebra em qualquer ponto significa a destruição de
toda linha de sutura.É mais usada no peritônio e nos vasos sanguíneos. A retenção de suturas
colocadas a uma distância da linha primária fornece uma linha de sutura secundária, alivia
uma tensão indevida e oblitera o espaço morto.A suturas subcuticulares são aquelas
colocadas completamente debaixo da camada epidérmica da pele. Uma sutura em bolsa é
uma sutura circular contínua, colocada ao redor de uma abertura numa estrutura que faz com
que ela se feche. É usada ao redor do apêndice, ceco, cólon, vesícula biliar ou bexiga.
5- INSTRUMENTAIS
Os primeiros instrumentos cirúrgicos datam de 2.500 anos a.C, sendo que eram pedras
pontiagudas e pequenos dentes de animais. Os instrumentos antigos gregos, egípcios e hindus
são impressionantes quanto à sua semelhança com os instrumentos contemporâneos. Os
cirurgiões normalmente empregavam ferreiros, amoladores de agulhas e artesãos para a
confecção dos seus instrumentos. Nos meados de 1800 as principais ferramentas dos
cirurgiões eram seus olhos e ouvidos e as facas de cozinha, canivetes, as serras de carpinteiros
e os garfos de mesa faziam o trabalho.
Na maior parte das salas de cirurgia os instrumentos são dispostos sobre a mesa de Mayo e
suportes, de maneira padronizada, organizada e funcional. Todo objeto usado pela
instrumentadora deve ter o seu lugar próprio sobre a mesa.
A rotina inicia quando a instrumentadora se paramenta, forra as mesas com panos estéreis e
distribui os instrumentos de uma forma padrão.
Cuidados e manuseio de instrumentos: Um cuidado elementar é que o instrumento
deve ser usado somente para a finalidade que ele foi feito. O uso correto prolonga a
sua vida útil e protegem sua finalidade. As tesouras para tecidos não devem ser usadas
para cortar gazes ou suturas. As pinças hemostáticas não devem ser usadas como
prendedores ou para pinçar tubos de sucção. Durante o procedimento o instrumento
deve ser limpo com uma compressa úmida, ou colocado dentro de uma bacia com
água destilada estéril para evitar que o sangue seque. O soro fisiológico nunca deve
ser utilizado, pois o seu conteúdo de sal é corrosivo. No tempo previsto durante o
procedimento, a instrumentadora deve lavar e secar os instrumentos usados e recolocá-
los sobre a mesa para facilitar a recontagem.
Ao final da cirurgia os instrumentais devem ser separados das roupas, encaminhados
ao expurgo e colocados imersos em água. As roupas cirúrgicas são colocadas no
hampers e encaminhadas a lavanderia.
Todos os instrumentais devem ser inspecionados quanto a sua funcionalidade.
A maioria das instituições realiza contagem dos instrumentais que é feito pela
instrumentadora e circulante.
Durante muitos anos a prática de utilizar escovas para o preparo pré operatório das mãos e
complementação com produto iodado e álcool foi uma recomendação aceita. Além disto os trabalhos
descreviam qual o número de vezes que cada superfície dos dedos palmas , dorso das mãos etc.
deveria ser escovado. À medida em que os conhecimentos foram evoluindo, e sendo realizadas novas
pesquisas as indicações se tornaram mais comprovadas. Hoje, as recomendações para este
procedimento são as seguintes [2] :
1º TEMPO
7a 7b 7c
7º Passo
Fricção rotacional do punho, seguido do antebraço até 2 dedos acima do cotovelo
2º TEMPO
Repetir todos os passos até metade do antebraço (do 1º passo até ao 7b)
3º TEMPO
Repetir todos os passos até ao punho, friccionando até a pele ficar completamente seca
(do 1º passo até 7a).
⇒ é fundamental lavar as mãos com água e sabão antes de manusear o material esterilizado;
⇒ utilizar material com embalagem íntegra, seca, sem manchas, com identificação (tipo de
material e data da esterilização);
⇒ trabalhar de frente para o material;
⇒ manipular o material ao nível da cintura para cima;
⇒ evitar tossir, espirrar, falar sobre o material exposto;
⇒ não fazer movimentos sobre a área esterilizada;
⇒ certificar-se da validade e adequação da embalagem;
⇒ trabalhar em ambiente limpo, calmo, seco e sem corrente de ar;
⇒ manter certa distância entre o corpo e o material a ser manipulado;
⇒ obedecer os demais princípios de assepsia.
a) Pacote
- abri-lo, iniciando-se pela extremidade oposta ao manipulador;
- proteger o material exposto com o campo esterilizado que o envolvia;
- tocar com as mãos somente na parte externa do pacote;
- não guardar como material esterilizado um pacote aberto anteriormente;
b) Seringa de vidro
- abrir o pacote conforme explicação anterior;
- manter estéril a parte interna do êmbolo, a parte interna do cilindro e aponta da seringa;
- pegar a seringa pela parte externa do cilindro e encaixar o êmbolo, segurando-o pela parte
terminal.
c) Seringa descartável
- rasgar os invólucros no local onde se encontra a parte terminal do êmbolo;
- manter estéril a parte interna do êmbolo, a parte interna do cilindro e a ponta da seringa.
d) Agulha descartável:
- abrir o invólucro no sentido canhão-bisel ou rasgar lateralmente próximo ao canhão;
- fixá-la à ponta da seringa através do canhão;
- manter a agulha protegida até o momento do seu uso.
8. PRECAUÇÕES UNIVERSAIS.
Tendo em vista que não é possível obter todos os dados clínicos necessários para o
diagnóstico de doenças transmissíveis em uma única abordagem e, levando-se em
consideração a ocorrência de portadores assintomáticos de infecções transmissíveis,
recomenda-se que um sistema de precauções universais seja adotado por todos os
profissionais de saúde, na assistência a todos os pacientes atendidos em instituições de saúde,
independente da doença inicialmente diagnosticada. Deve-se considerar todos como
potenciais portadores do vírus de hepatite B (VHB), vírus da hepatite C (VHC),
citomegalovírus (CMV), vírus da imunodeficiência adquirida (H IV) entre outras doenças
transmissíveis pelo contato com sangue e outros fluidos corporais.
As recomendações de precauções universais são um conjunto de técnicas que devem
ser adotadas para o atendimento de todos os pacientes em qualquer unidade assistência à
saúde (quartos, enfermarias. centro cirúrgico. pronto-socorro. unidades de terapia intensiva.
centros de saúde).
Um dos itens mais importantes nas precauções universais são as medidas de controle de
inoculações com objetos perfurocortantes contaminados com sangue. Objetos
perfurocortantes contaminados precisam ser manipulados cuidadosamente e desprezados com
segurança. A. utilização correta de luvas não protege eficazmente de acidentes com
inoculações. Recomenda-se, além do uso de luvas, cuidado criterioso com a técnica de
utilização dos objetos perfurocortantes utilizados na assistência ao paciente. Progresso
tecnológico em novas versões de modelos seguros desses equipamentos e descarte em
recipientes adequados faz-se necessário para melhor prevenção desses acidentes.
1 - Lavar as mãos com água e sabão líquido, secar e fazer a anti-sepsia com álcool a
70% glicerinado entre os procedimentos e sempre que houver contato com sangue e outros
fluidos corporais. Realizar este procedimento sempre após a retirada de luvas.
2 - As luvas devem ser utilizadas para a manipulação de sangue e outros fluidos
corporais, membranas mucosas ou pele não íntegra de todos os pacientes para procedimentos
em equipamentos ou superfícies contaminados com sangue ou outros fluidos corporais, para
venopunção e outros procedimentos de acesso vascular. Sempre após a retirada das luvas
realizar o procedimento anterior. As luvas devem ser trocadas após o contato com cada
paciente. Equipes cirúrgicas devem utilizar dois pares de luvas, este procedimento previne os
riscos de contaminação determinados pelo elevado índice de perfuração de luvas durante o ato
operatório.
3 - Utilizar avental fechado sobre as roupas de uso comum ou uniforme de mangas
longas quando houver contato direto com o paciente principalmente em procedimentos com
risco de contaminação com sangue ou outros fluidos corporais. Com exceção de algumas
poucas doenças que exigem isolamento respiratório (uso de avental e máscara para todas as
pessoas que entrem no quarto do paciente), tais como difteria faringeana febres virais
hemorrágicas (febre de Lassa), varicela e herpes zoster disseminado ou portadores de
Staphylococcus aureus resistente a meticilina, (MARSA), os aventais de proteção só devem
ser utilizados quando for prevista a contaminação com sangue ou outro tipo de matéria
orgânica.
Se estiver sendo manipulados grande quantidade de sangue ou outros líquidos corporais
(líquido amniótico, por exemplo), deve ser utilizado um avental impermeável, bem como,
proteção para as pernas e pés ( em procedimento obstétrico principalmente).