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ELETROTERAPIA NA

ESTÉTICA:
Aplicada aos injetáveis
Ft. Ma. Karina Franco Vieira
Email: karina.f@terra.com.br
Instagram: @karinafranco.vieira
Eletroterapia
 A eletroterapia esta fundamentada em uma longa trajetória do
emprego da corrente elétrica com fins terapêuticos.
 O termo eletroterapia é oriundo da corrente elétrica que poderá ser
utilizada de forma direta ou indireta, podendo ser transformada em
outros agentes físicos terapêuticos como o ultrassom,
radiofrequência e laser, onde a base da estimulação ou formação da
nova energia será sempre a corrente elétrica.
 Portanto pode-se definir a ELETROTERAPIA “como sendo a forma
direta ou previamente transformada, a fim de estimular diferentes
órgãos ou sistemas com distintos objetivos” (AGNE,2018).
ELETROTERAPIA

AGENTES FÍSICOS GERADORES DE ENERGIA

 As energias produzidas e emitidas pelos equipamentos de


um modo geral e as mais utilizadas no campo da estética
são classificadas em térmicas, mecânicas e
eletromagnéticas, e na mais nova classificação as
terapias luminosas (AGNE, 2018).
ELETROTERAPIA
CLASSIFICAÇÃO DAS CORRENTES
 Corrente Contínua: ou polarizada, ocorre quando a carga se
move sempre na mesma direção, a corrente circula sempre no
sentindo, sendo esta unidericional e conserva seus valores
constantes. Circula do P+ em direção ao P-. Ex. Correntes
Galvânicas (Ionização; Desencrust; Eletrolifting); MENS*.
 Corrente Alternada: é uma corrente pulsada, despolarizada,
onde a corrente flui primeiramente em uma direção e depois em
outra, podendo se apresentar na forma polar ou apolar. A forma
polar(despolarizada) se caracteriza por inverter a sua direção em
intervalos regulares de tempo. Ex. Correntes excitomotoras (CR,
Aussie, FES, interferencial); TENS; Eletrolipólise; MENS*
Microcorrentes
Definição
➢ MENS – neuroestimuladores elétricos de microcorrente (do
inglês Micro Electro Neuro Stimulation);
➢ MES - estimulador elétrico de microcorrente;
➢ LIS - estimulação de baixa intensidade (do inglês low-
intensity stimulator);
➢ MICROCORRENTE
➢ É uma eletroestimulação que trabalha com níveis baixos de
intensidade de corrente na faixa do microampere (a
intensidade do estímulo está limitada a 1.000 μA (1mA).
➢ É mil vezes menos intensa que as eletroterapias
convencionais.
Principais Características

➢ A corrente pode ser contínua, pulsátil ou alternada com


frequência muito baixa.
➢ Microamperes µA
➢ Trabalha com nível subsensorial
➢ Não há sensação de formigamento
➢ Sem desconforto ao cliente
Efeitos da MENS nos tecidos

➢ Favorece o restabelecimento da bioeletricidade tecidual.


➢ A terapia por microcorrentes produz sinais elétricos similares
àqueles que ocorrem naturalmente quando o corpo está
reparando os tecidos danificados.
➢ Aumenta a capacidade do organismo de transportar nutrientes às
células da área afetada (BECKER,1995; CRAFT, 1998;
CHENG,1982)
➢ Aumento da síntese de ATP (adenosina trifosfato);
Efeitos da MENS nos tecidos

➢ O aumento na concentração de ATP celular local pode chegar


a 500% (CHENG, 1982)
➢ Transporte de aminoácidos, glicose, sais minerais (íons);
➢ Ativa o metabolismo celular;
➢ Maior oxigenação local;
➢ Estímulo da produção de colágeno e elastina.
Efeitos da MENS nos tecidos

➢ Aumento do transporte
de proteínas do
interstício → capilares
linfáticos
➢ Circulação linfática
→proteínas carregadas
entram em movimento
➢ Intensa migração destas
moléculas para os
capilares linfáticos.
Efeitos da MENS nos tecidos

➢ A maior parte da literatura sobre microcorrentes e


subsequentemente sobre estimuladores subsensoriais tem
sido criada por pesquisadores interessados na estimulação
do processo de consolidação em fraturas e feridas
cutâneas.
Efeitos da MENS nos tecidos

➢ Polaridade Bifásica (alternada) promove uma


micromassagem pela alternância de polaridade.
➢ Alguns pesquisadores, após experimento em animais,
sugerem a utilização de correntes bipolares como sendo
melhor para cura de feridas e estimulação da síntese de
colágeno e elastina.
Efeitos Terapêuticos

➢ Analgesia

➢ Aceleração do processo de reparação


tecidual
➢ Reparação de fraturas
➢ Antiinflamatório

➢ Bactericida

➢ Edema

➢ Relaxamento muscular
Principais Indicações

➢ Reparação tecidual (resposta máxima dos fibroblastos – síntese


de colágeno e realinhamento das fibras)
➢ Estímulo consolidação fraturas
➢ Revitalização cutânea
➢ Flacidez Tissular
➢ Edema
➢ HLDG edematosa e flácida
➢ Estrias rubras (alternada), estrias albas (contínua)
➢ Intercorrências de injetáveis
Contra- indicações

➢ Gestante;
➢ Portadores de marca-passo;
➢ Tumores;
➢ Epilepsia;
➢ Paciente em tratamento com anticoagulantes;
➢ Imunodeprimidos;
➢ Cardiopatas descompensados;
➢ Hipertireodismo descompensados;
➢ Após a aplicação de Botox;
Frequência (Hz)

Quanto maior a frequência, menor a profundidade

➢ 0,1 a 5Hz- tecido ósseo


➢ 10- 50Hz- tecido muscular
➢ 100 a 200Hz- tecido dérmico
➢ 300Hz- tecido epidérmico
➢ 500Hz- camada córnea
Intensidade (µA)

“ Pequenas cargas elétricas auxiliam na perpetuação


das reações eletroquímicas no processo de
estimulação.”
NORDENSTRON, 1984

“ Intensidades altas promovem a inibição das


reações dos tecidos.”
PLESTICAR, 1994; SERSA, 1992
Intensidade (µA)

➢ 750 µA- bioinibição;


➢ 500 µA- normalização;
➢ 300 µA- mobilização de líquidos (sangue, linfa, edema),
nutrição e absorção do edema;
➢ 150 a 50 µA- estimulação.
Eletrodos
Formas de aplicação corporal

 Forma quadripolar/ interferencial-Aumento da área de


atuação da corrente.
Formas de aplicação corporal
Formas de aplicação feridas
Formas de aplicação facial
ELETROESTIMULAÇÃO
ELETROESTIMULAÇÃO
 Técnica que se utiliza de correntes que promovam a
contração muscular através da excitação do conjunto
neuromuscular que determina a contração da
musculatura estriada.

 Tônus- Enrijecimento
 Hipertrofia- Aumento de volume
 Força

 Torque- Velocidade de contração


Outros tipos de correntes no mercado
Corrente russa
❖ Porcentagem do ciclo - É quantidade de corrente dentro da
rajada. Pode ser de 20% - 30% - 50% (Ex.: 20% = 20% de
corrente (rajada) e 80% de intervalo (sem corrente)

➢10 a 20% hipotrofia severa


➢30% hipotrofia moderada
➢50% hipotrofia leve
Corrente russa

❖ Intensidade - Normalmente vai de 0 a 150 mA, podendo


variar até 200 mA (de acordo com o fabricante).

❖ Frequência de modulação - é a frequência de ciclos ou


bursts por segundo. É a corrente de baixa frequência que
será utilizada para a estimulação muscular.
 Normalmente vai de 0 a 150 Hz
 Alguns aparelhos podem trazer um parâmetro fixo de 50 Hz
(como proposto anteriormente por Kots).
Fibras musculares

KARINA VIEIRA
Sistema muscular - Fibras

Fibras lentas / Tônicas / Vermelhas / Tipo I

• Altos níveis de mioglobina e mitocôndrias volumosas


• < velocidade de contração
• Metabolismo aeróbico
• Mais resistentes à fadiga
• Provas de resistência
• Frequência de eletroestimulação ~ 10 a 40 Hz
• Indivíduos com predominância, emagrecem mais rápido
Sistema muscular - Fibras

Fibras rápidas / Fásicas / Brancas / Tipo II

• Contrações rápidas e vigorosas


• Alto nível de liberação e captação de cálcio
• Fadigam rapidamente
• Movimentos de força intensa
• Metabolismo anaeróbico
• Maior grau de flexibilidade
• Frequência de eletroestimulação ~ 80 a 150 Hz
• Raramente utilizadas em atividades do cotidiano
Correntes Excitomotoras

❖ Tempo de repouso ( T OFF) - Quando não há contração.


 Não passa corrente.
 Normalmente vai de 0 a 30s.

❖ Tempo de contração (T ON) - É a sustentação da estimulação.


Normalmente vai de 0 a 30s.
Correntes Excitomotoras

❖ Rampas de subida (Rise) e descida (Decay) de corrente.


Correntes Excitomotoras

❖ Em alguns aparelhos é possível encontrar um Timer, para


o controle do tempo total de estimulação

 Inicio de tratamento ou descondicionado : 10 a 15 min

 Tratamento tardio ou condicionado: mínimo 40min


Correntes Excitomotoras
 Regime de emissão de corrente nos canais:

a) Modo sincronizado (Musc isolados ou musc bilaterais para


contração silmutânea)
A corrente é emitida em todos os canais ao mesmo tempo (durante
o tempo ON) e em seguida encerra sua emissão em todos eles ao
mesmo tempo (tempo OFF).
Correntes Excitomotoras
b) Modo recíproco ou alternado (Musc ago/antago ou musc bilaterais
para contração alternada). A corrente é emitida num grupo de canais
(normalmente na metade do número de canais), enquanto o restante
fica inoperante. Em seguida aqueles que estavam inoperantes
começam a emitir a corrente e os canais anteriormente operantes
encerram a emissão de corrente.
Correntes Excitomotoras

c) Modo sequencial: A corrente é emitida de forma sequencial por


todos os canais. Normalmente é utilizado para drenagem de
líquidos.
Correntes Excitomotoras

d) Modo contínuo: A corrente é emitida em todos os canais ao


mesmo tempo de forma ininterrupta. Normalmente é utilizada
para analgesia.
Correntes Excitomotoras: Aplicações
Correntes Excitomotoras: Aplicações

Ilustrações: Borges, 2010


Correntes Excitomotoras: Aplicações
Correntes Excitomotoras: Aplicações
Correntes Excitomotoras: Aplicações
Correntes Excitomotoras: Aplicações
Correntes Excitomotoras: Aplicações
Correntes Excitomotoras: Aplicações
Correntes Excitomotoras: Aplicações

Ilustrações: Borges, 2010; Bioset,


2008.
Correntes Excitomotoras: Aplicações
ELETROLIPÓLISE /
ELETROLIPOFORESE
Definição

 É uma técnica caracterizada pela


aplicação de microcorrente específica de
baixa frequência (ao redor de 25 Hz) que
atua diretamente nos adipócitos e lipídios
acumulados, produzindo sua destruição e
favorecendo sua posterior eliminação
(Soriano et al., 2000).

 É uma técnica destinada ao tratamento


das adiposidades localizadas e celulite
(Soriano et al., 2000, Parienti, 2001).
Definição

 Ela tem como objetivos aumentar da


atividade celular, a lipólise dos tecidos,
aumentar da circulação sanguínea,
linfática e otimizar o metabolismo
(Azevedo, 2008).

 O tratamento das adiposidades e acúmulo


de ácidos graxos localizados são
conseguidos devido à geração de campo
elétrico entre os eletrodos, que produz
uma série de modificações fisiológicas
responsáveis pelo fenômeno da
eletrolipólise.
Efeitos Fisiológicos

• Efeito Joule: a corrente elétrica produz calor capaz de


promover vasodilatação com aumento de fluxo sanguíneo
local, não atingindo tecidos orgânicos. Assim, ocorre
estímulo do metabolismo celular local, facilitando a queima
calórica e melhorando o trofismo celular.

• Efeito eletrolítico: ocorre um movimento iônico por ação


da corrente que altera / modifica a polaridade da membrana
celular, estimulando o consumo de energia a nível celular.
Efeitos Fisiológicos
• Efeito circulatório: com a vasodilatação, ocorre ativação da
microcirculação, melhorando alterações circulatórias e congestivas. Foi
demonstrado que a frequência de 25 Hz é mais eficaz para tratar
alterações circulatórias e congestivas (Silva, 1995; Soriano et al.,
2000).

• Efeito neuro-hormonal: estimulação do sistema simpático para


liberar catecolaminas e assim realizar a hidrólise dos triglicerídeos.
Mecanismo de Ação

• Segundo Azevedo (2008), a ação da eletrolipoforese na lipólise


estimula o Sistema Nervoso Autonômico Simpático promovendo
a liberação de catecolaminas (Noradrenalina e Adrenalina), que
ativam os receptores adrenérgicos, levando à liberação de
adenilciclase, ocorrendo a conversão intracelular de ATP em
AMP cíclico (mensageiro químico para dizer que a célula foi
estimulada por um hormônio) levando à lipólise.
Mecanismo de Ação
Eletrolipoforese
+ LIPÓLISE

SNSimpático RECEPTOR β

Liberação de Catecolaminas

Adenilciclase
transforma

ATP AMPc

Triglicerídeos Ácido Graxo e


Glicerol
Indicações

• Lipodistrofia Localizada

• HLDG

• Edema

• Pós- operatório de Lipoaspiração (complemento à cirurgia), ptose


abdominal e das nádegas

• Melhora circulatória local e da troficidade da pele


Técnica de Aplicação
• Com agulhas

• Sem agulhas
Polo +

Polo -

Agulhas

Pele

Estimulo Elétrico Tecido Adiposo


Posição das Agulhas
• Na “zona” de tratamento devem ser introduzidos pares de agulhas de
forma paralela, de acordo com a saída dos cabos no aparelho
(Zaragoza & Rodrigo, 1995).
Agulhas inseridas
paralelamente

Pele

Tecido Adiposo
Distribuição homogênea de
corrente entre as agulhas
Agulhas
inseridas
obliquamente

Pele

Tecido Adiposo
Distribuição irregular de
corrente entre as agulhas
Agulhas inseridas Agulhas inseridas para
para tratamento tratamento de celulite
de gordura
localizada

Pele

Tecido Adiposo
Frequência
ENDERMOLOGIA
ENDERMOLOGIA
 É uma técnica de tratamento com aparelhos que utilizam
sucção negativa e mobilização tecidual efetuada por rolos
motorizados, ou não, localizados no cabeçote. O método
produz uma mobilização profunda da pele e tela
subcutânea, permitindo um aumento da circulação
sanguínea superficial.

Utiliza-se como
unidade de medida -
mmHg (milímetros de
mercúrio).
ENDERMOLOGIA
ENDERMOLOGIA
EFEITOS FISIOLÓGICOS: Hipervascularização
 Proporcionado pela sucção dos tecidos, onde há
vasodilatação pela pressão negativa e promoção de
mobilização intensa dos tecidos.
ENDERMOLOGIA
EFEITOS FISIOLÓGICOS: Desfibrosagem
 Ruptura mecânica das traves de fibroses e aderências
fibrosas dos tecidos, reduzindo os relevos e depressões.
 Indicada em casos de HLDG, retrações decorrentes de
traumas (injeção), retrações cicatriciais e fibroses.
ENDERMOLOGIA

EFEITOS FISIOLÓGICOS: Tonificação Tissular


 Estímulo leve de tração na pele, estimulando síntese de
elastina e colágeno, por reação a tal tração.
 Os movimentos devem ser rápidos, leves e precisos.
ENDERMOLOGIA

EFEITOS FISIOLÓGICOS: Modelagem Corporal


 Deslocamento de líquidos corporais.
ENDERMOLOGIA
 EFEITOS FISIOLÓGICOS: Extração de comedões
 Através da ventova de vidro “ bico de beija-flor”,
realiza extração de comedões principalmente abertos
através da pressão máxima.
ENDERMOLOGIA

INDICAÇÕES:
 Tratamento da HLDG e fibroses;
 Tratamento da gordura localizada;
 Flacidez tissular;
 Modelagem corporal;
 Extração comedões.
ENDERMOLOGIA

CONTRA-INDICAÇÕES:
 Processo inflamatório agudo
 Lesões cutâneas
 Tumores malignos
 Processos infecciosos
 Telangectasias ou fragilidade capilar
 Trombose e flebite
 Neoplasias
ULTRASSOM: APLICABILIDADE
CLÍNICA NA ESTÉTICA
Ultrassom

É um recurso terapêutico que utiliza ondas


ultrassônicas (mecânicas) que em contato com o
tecido promove efeitos biofísicos (térmicos e
mecânicos).
Efeitos Biofísicos da Aplicação de Ultrassom

❖ Efeitos não-térmicos: alterações dentro dos tecidos,


resultantes do efeito mecânico da energia ultrassônica;
❖ Efeitos térmicos: alterações dentro dos tecidos, como um
resultado direto da elevação da temperatura do tecido,
provocada pelo ultrassom.
Efeitos mecânicos: efeitos não térmicos

❖ Aumento da permeabilidade da membrana celular;


❖ Aumento da permeabilidade vascular;
❖ Aumento do fluxo sanguíneo;
❖ Aumento da atividade fibroblástica: síntese de proteína – colágeno
❖ Estimulação da fagocitose;
❖ Redução de edema;
❖ Regeneração de tecido.
Efeitos Térmicos
❖ Aumento da extensibilidade das estruturas ricas em
colágeno;
❖ Aumento da deposição de colágeno;
❖ Aumento do fluxo sanguíneo;
❖ Aumento da atividade dos macrófagos;
❖ Melhora da adesão dos leucócitos a células
endoteliais danificadas.
Ação Coloidoquímica ou Tixotrópico

 Transformação de géis coloidais em líquidos

❖ Diminuição da hiperpolimerização da substância


fundamental intersticial;
❖ Inibição do extravasamento de serum para o meio
extravascular;
❖ Diminuição do edema intersticial;
❖ Diminuição da compressão vascular;
❖ Ativação da circulação;
❖ Remoção dos detritos metabólicos que irritam o tecido
conjuntivo → minimizando o processo de fibrose.
Cavitação

Cavitação é um fenômeno
físico que ocorre quando uma
energia mecânica interage com
fluidos em ondas de
compressão e descompressão
produzindo bolhas de gás.
A dimensão dessas bolhas
varia de acordo com a
intensidade de energia
aplicada e com a viscosidade
do meio no qual é aplicada.
Tipos de Cavitação
❖ Estável- não há ruptura das
bolhas de gás, apenas leve
agitação, produzindo calor.
❖ Instável- há ruptura das
bolhas de gás, elevando em
demasia a temperatura,
podendo romper a
membrana das células,
levando a apoptose (morte
programada).
Cavitação Estável Cavitação Instável

❖ Ação fibrinolítica: lise, quebras


❖ Redução da adiposidade
das proteínas depositadas em
excesso no tecido e rearranjo e
localizada pela morte dos
modulação da deposição de adipócitos.
fibras de colágeno no tecido
conjuntivo subcutâneo.

❖ Produção de calor
Fonoforese
A energia ultrassônica pode ser
utilizada para liberar ativos
cosméticos nos tecidos pelo
processo de fonoforese.
A teoria da fonoforese é
semelhante à da iontoforese,
mas essa técnica não necessita
que o produto seja eletricamente
carregada.
Porém, o produto deve conter
moléculas de tamanho pequeno
e baixo peso molecular, diluídos
em base hidrossolúvel, ou seja,
gel.
Parâmetros para terapia do ultrassom

A energia ultrassônica é uma energia do tipo mecânica,


cuja a aplicação terapêutica depende dos parâmetros
de frequência (1Mhz ou 3MhZ), modo de emissão
(Contínuo ou Pulsado), intensidade e tempo de
aplicação (Soriano et al., 2000).
Frequência

 Quanto maior for a frequência, menor é a


capacidade de penetração, então o
ultrassom de 3MHz se atenua nas
estruturas superficiais, enquanto as
frequências menores de 1MHz são
usadas para estruturas mais profundas
(Soriano et al., 2000).
Modo de Emissão: Contínuo

 Na emissão contínua predomina o efeito térmico, para


aplicação quando se deseja um aquecimento localizada
(Soriano et al., 2000).
Modo de Emissão: Pulsado

 Quando se aplica na emissão pulsada, entre um impulso


e outro há um tempo que facilita a dispersão do calor,
por isto o efeito térmico é menor, potencializando o efeito
mecânico (Soriano et al., 2000).
Ciclo de pulso ou Porcentagem de pulso

INTENSIDADE

 25%

25ms 75ms 25ms 75ms 25ms TEMPO

INTENSIDADE

 50%

50ms 50ms 50ms 50ms 50ms TEMPO

75%
INTENSIDADE

75ms 25ms 75ms 25ms 75ms TEMPO


Intensidade
 A intensidade é a taxa na qual a energia é
liberada em área por unidade, e é expressa em
unidades de watts por centímetro quadrado
(W/cm2); (Ziskin et al., 1996).

 A intensidade utilizada na estética varia de 0,1


até 3,0W/cm2.
Intensidade

 Instantânea  Média
KARINA VIEIRA
Cálculo de Intensidade

Para cada 5cm de tecido adiposo usa-se até 3W/cm2:

5,0 cm = 3W/cm2
cm tec adiposo = x

Exemplo: paciente com 2cm2 de prega adiposa

5x = 2x3
5x= 6
X=6/5
X=1,2W/cm2
Tempo

 Estima aplicação do tempo, sendo 1 minuto por área do cabeçote.

 Numa área de 10 cm2, teremos 4 áreas do cabeçote, ou seja, 4


minutos .

 A literatura sugere que não ultrapasse 20 minutos por área de


tratamento, para que não haja lesão e produção de radicais livres.

= 4 minutos
Indicações na Estética

❖ Hidrolipodistrofia Ginóide
❖ Fibrose
❖ Fibrose pós lipo, pós injetáveis
❖ Gordura localizada
❖ Quando se deseja a penetração de
algum princípio ativo, respeitando as
contra-indicações.
❖ Feridas
❖ Tecido cicatricial.
Cuidados e Contra-indicações

❖ Sobre o tórax de cardiopatas ou portadores


de marcapasso cardíaco;
❖ Gestantes;
❖ Sobre as gônadas (ovários e testículos);
❖ Sobre os olhos;
❖ Sobre epífises de crescimento em crianças e
jovens;
❖ Sobre regiões corporais previamente
expostas a radiação.
ULTRASSOM CAVITACIONAL E
ULTRASSOM FOCALIZADO
CLASSIFICAÇÃO DO ULTRASSOM

Frequência Pulso Onda Propagada

Baixa: KHz Contínuo Ondas Livres


Alta: MHz Pulsado ( infinitas)
Ondas Focadas
( Finitas) H.I.F.U
CAVITACÃO
Fenômeno físico, As variações de
que se manifesta pressão, agem
após a variação sobre as
no interior de um microbolhas de
líquido, provocada gás presentes nos
por uma fonte líquidos e tecidos
sonora. orgânicos.

As microbolhas de gás, submetidas a


contínuas variações de pressão das ondas
acústicas, aumentam as próprias dimensões,
e quando chegam ao limite, dependendo da
espessura de suas paredes, colapsam,
implodindo.
FORMAS DE CAVITAÇÃO
ESTÁVEL INSTÁVEL ↑ de temperatura,
rompimento de ligações
Bolhas oscilam de Volume da bolha se moleculares, produção de
um lado a outro, ↑ e altera rapidamente, radicais e livres, liberação
↓ de tamanho sem implodem causando de H+ (hidrogênio) e OH-
alterar a forma das pressão, (hidroxila), levando a
mesmas - bolhas danos teciduais
intactas.

Ondas estacionárias,
intensidades ↑,
hidrolipoclasia us

(Low e Reed, 2001; Starkey, 2001; Ter Har, 1998)


CAVITAÇÃO NO TECIDO ADIPOSO

As células do tecido
adiposo têm uma
membrana muito delicada
para a pressão criada pelas
microbolhas.

Com a cavitação, ocorre


microrupturas na membrana
celular e fragmentação do
conteúdo intracelular.
ULTRASSOM CAVITACIONAL
CARACTERÍSTICAS DO US CAVITACIONAL

Frequência baixa e
pressão deve ser alta: de
20 a 70KHz

Frequência maior que 200KHz:


risco de hemólise, aumento de
temperatura, trombose

Cavitação destrói a membrana


adipocitária de modo irreversível.

Libera TG (aproximadamente 300g no


sangue): dieta 1 dia antes, no dia e 1
dia após

Sente a região flácida ⇒ indicação104


de RF
MECANISMO DE AÇÃO

ruptura da
liberação de captação fagocitose
↑ da membrana
TG no pelo sistema pelos
pressão celular do
interstício linfático macrófagos
adipócito

Pode haver retorno ao fígado para


formação das lipoproteinas, em caso de não ** Importância de
metabolização. exercícios aérobicos.
Efeito de implosão da microbolha
cavitacional sobre o tecido adiposo.
Tecido gorduroso humano da área
abdominal, antes de começar o
processo de cavitação.

Formação das primeiras


microbolhas cavitacionais depois
de 20 segundos do inicio do
tratamento.
Aumento do número e volume das
bolhas; este fato se produz
aproximadamente depois de 40
segundos do início do tratamento.

Após 1 minuto, pode observar-se


um aumento esponencial do
número de bolhas. A flexa azul
mostra a formação de um líquido
“pastoso”, resultado da emulsão
de gordura.
Depois de 2 minutos de
tratamento, devido à confluência
de um grande número de
implosões, inicia-se a destruição dos
adipócitos.

Após 3 minutos, observa-se como


continua aumentando a área de
destruição do tecido gorduroso.
Observa-se a seletividade do
tratamento: destruição adipocitária
e os capilares sanguíneos
completamente intactos.

Após 4 minutos, emulsão e ruptura


dos TG contidos nos adipócitos
explodem ao máximo.
INDICAÇÕES CONTRA-INDICAÇÕES

 Disfunções hepáticas
 Adiposidade localizada
 Ateriosclerose
 Lipoma
 Níveis elevados de TG no
 Complementar a sangue
procediments cirúrgicos
 Diabetes tipo I
 Gestantes e Lactentes
 Prótese Metálica
 Patologias Auditivas
 Marcapasso
 Sobre Lesões
Áreas de aplicação

Abdomem Flancos

Joelhos Coxa Glúteos

Panturri-
Braços
lhas

Culote
Cuidados e orientações
• Anamnese , Medidas: adipometria, bioimpedância, perimetria,
documentação fotográfica
• Exames complementares: hemograma completo, glicose, hemoglobina
glicada, colesterol total, HDL e LDL colesterol, triglicerídeos
• Intervalos: a cada 7 dias (paciente mais jovem)
• Usar luva
• Dividir por quadrante, realizar prega cutânea e arrastar o cabeçote
lateralmente à prega. ********
• DLM após e intercalada, e atividade física
• 3 a 4 cm em 5 ou 6 sessões
• Pacientes referem zumbido no ouvido
Antes 8 sessões
Antes 1 sessão 10 sessões
Antes 1 sessão 10 sessões
ULTRASSOM
FOCALIZADO
ULTRASSOM FOCALIZADO

Modo de emissão focalizada: transdutores


planares com emissão colimada, com
distância focal (f) controlada.
HIFU = High Intensity Focused Ultrasound

Distância Focal (f)

Mapeamento de campo acústico, mostrando a


concentração de ondas em região geometricamente
definida pelo encontro das frentes de onda oriundas de
transdutor focalizado (1, 2 ou 3 cm profundidade TCSC).
Crédito: BIOSET®
US Focalizado
Ultrassom focalizado de alta O foco emite energia suficiente
intensidade (HIFU) é um para promover micro-rupturas na
procedimento de alta precisão membrana celular com
que utiliza uma energia focada consequente extravazamento do
para aquecer e destruir o tecido meio intra para o meio
adiposo. extracelular.
Características e Ação
 Cristal piezoelétrico com formato côncavo⇒ conversão em um único ponto =
alto poder de “destruição” de adipócitos / sem lesão de estruturas adjacentes.
 Frequências variáveis de 0,2MHz a 4MHz.
 Temperaturas de 65 a 85°C.
 Cavitação adipocitária - difusão do conteúdo lipídico do adipócito (TG) para o
interstício, gerando uma emulsão lipídica junto a matriz extracelular.
 Os triglicerídeos dispersos no fluido intersticial são transportados através dos
sistemas linfático/venoso ao fígado (metabolização).
 Macrófagos são atraídos para a área tratada para fagocitose dos
fragmentos celulares restantes.

 O tecido da área tratada (TCSC) sofre realocação com o tempo


(redimensionamento), resultando em redução do volume.

120
Plano de
emissão
1
cm 2
cm 3
cm

Crédito: BIOSET®
DRENAGEM ESTEREODINÂMICA

Crédito: BIOSET®

A combinação de 3 distâncias focais permite que o campo ultrassônico opere em 3


profundidades diferentes, sendo ainda movimentado pelo operador.
HIFU

Mesmas indicações e contra- CONTRA-INDICAÇÕES


indicações.
 Disfunções hepáticas
*espessura camada adiposa
 Ateriosclerose
 Níveis elevados de TG no sangue
INDICAÇÕES
 Diabetes tipo I
 Adiposidade localizada  Gestantes e Lactentes
 Lipoma  Prótese Metálica
 Complementar a  Patologias Auditivas
procedimentos cirúrgicos
 Marcapasso
 Sobre Lesões
Comparativos Lipofocus Sonofocus Kavix

Frequência 1 Mhz 1,8 Mhz 950 Khz

Feixe Focado Focado Colimada

Aplicador 4 aplicadores 1 aplicador côncavo 1 aplicador

Camada adiposa 0,5 à 3,5 cm 1 à 1,5 cm Acima de 4 cm

Tempo de disparo 1 a 5 segundos 1 a 10 segundos Não tem disparos

Potência 8 w/cm 2 a 30 w 60 W

ULTRAFOCUS- HTM
O aplicador corporal possui 36W de potência, frequência de 1,9Mhz e atinge diferentes
profundidades: 1,0 / 1,5 / 2,0 cm de tecido adiposo.
- O aplicador facial possui 20W de potência, frequência de 3,3Mhz e atinge diferentes
profundidades: 1,5 / 3,0 / 4,5 mm.
Cuidados e orientações
• Anamnese , Medidas: adipometria, bioimpedância, perimetria,
documentação fotográfica
• Exames complementares: hemograma completo, glicose,
hemoglobina glicada, colesterol total, HDL e LDL colesterol,
triglicerídeos
• Fazer a demarcação da área de acordo com o fabricante
• Profundidade de acordo com fabricante
• Intervalos: a cada 7 dias (paciente mais jovem)
• DLM após e intercalada, e atividade física
• 3 a 4 cm em 5 ou 6 sessões
Procedimento
Resultados

Fotos cedidas pela Ft. Carolina Magon /


BIOSET
Fotos cedidas pela Ft. Carolina Magon /
BIOSET

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