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Farmacologia

Dra. Daniela Leal


A pele – princípios básicos de anatomia e
fisiologia
• Destaca-se, ainda, como um órgão imunológico, em virtude dos elementos celulares que
nela estão contidos: queratinócitos, mastócitos e células dendríticas, que agem como
proteção contra os agentes agressores internos e externos, protegendo o organismo
contra injúrias teciduais.
• A pele representa o órgão de maior peso corporal, tendo, em média, 15% do valor total
do peso do indivíduo, com área em torno de 1,5 m2 no adulto médio normal.
• Amplamente desenvolvida e com característica dinâmica, apresenta alterações
constantes em suas células com o passar dos anos e desempenha funções de regulação
no organismo, como a de barreira mecânica, a de recepção sensorial e sexual, a de
temperatura, a de imunidade cutânea e função social, além de cumprir outras funções,
como a de percepção de estímulos dolorosos, mecânicos e pressóricos.
PRINCIPIOS
ANATÔMICOS
Na anatomia cutânea, duas camadas são
reconhecidas: a epiderme, que é a mais externa;
e a derme, subjacente a ela, a mais profunda.
Contidos nessas estruturas, encontram-se vasos,
nervos, terminações nervosas e os anexos
cutâneos (pelos, glândulas e unhas), que
constituem o sistema tegumentar ou tegumento.
O epitélio da pele apresenta espessura variável e
distingue-se em pele fina e espessa. A pele
espessa é encontrada nas palmas das mãos, na
planta dos pés e em algumas articulações, como
joelhos e cotovelos. O restante do corpo humano
é protegido por pele fina; já nas pálpebras, ela é
muito fina.
A epiderme é formada por um tecido epitelial do
tipo estratificado pavimentoso queratinizado , que
representa a camada contínua estendida por toda a
superfície do corpo humano, Não possui suprimento
sanguíneo próprio; depende da vascularização
situada na derme. Altamente queratinizada
responsável pela constante renovação (descamação)
da pele.
EPIDERME Outros constituintes celulares que compõem a
epiderme são:
Células de Langerhans pertencentes ao sistema
imunológico
Células de Merkel que funcionam como um tipo de
receptor tátil
Melanócitos- responsáveis pela produção do
pigmento melanina
DERME
• Sobretudo, essa camada é constituída
por células denominadas fibroblastos
(responsáveis pela produção de fibras
de colágeno e elastina), por enzimas
como colagenase e estromelisina, bem
como de matriz extracelular. Outras
células diferenciadas que compõem a
derme são os macrófagos, os linfócitos
e os mastócitos, que desempenham a
defesa imunológica dessa estrutura
intermediária.
Esquematização
das espessuras da
pele
HIPODERME
A unidade anatomofuncional existente na
interface entre a derme e a hipoderme
denomina-se junção dermo-hipodérmica .
Esquematização da união entre a derme e
a hipoderme. Portanto, a hipoderme, ou
panículo adiposo, é uma camada
profunda, localizada abaixo da derme e
acima da aponeurose muscular,
constituída por um agrupamento de
células adiposas que armazenam gordura
e estão separadas por finos septos
conjuntivos (tecido conjuntivo frouxo),
onde se encontram os vasos e os nervos.
POTENCIAL DE HIDROGENAÇÃO
• POTENCIAL DE HIDROGENAÇÃO (PH) O
potencial de hidrogenação (pH) nos dá uma
visão da acidez do meio, em que de 0 a 5 é
considerado pH ácido; de 6 a 7, pH neutro; e
de 8 em diante, pH alcalino. O pH da pele
varia de 5 a 6 (Figura 5.10). Quanto ao ácido,
se seu pH estiver abaixo de 5, maior será o
seu poder de lesão; já as substâncias com pH
igual ou maior que 5 não causam nenhum
tipo de lesão dérmica 11,12 ou proporcionam
mínima irritabilidade. FIGURA 5.10 – Escala do
pH. Tendo em vista o pH fisiológico da pele, se
estiver abaixo de 5, é tida como uma pele
seca; acima de 6, como uma pele oleosa.
• Antes de se iniciar qualquer tratamento facial, é necessário
identificar o tipo de pele, pois o resultado do tratamento
dependerá dessa classificação.
• Classificação 1 • Pele alípica: tem pouca produção de sebo. É
frágil, fina, descamativa, apresentando pH mais ácido, tendendo à
formação de rugas.
• Classificação 2 • Pele lipídica ou oleosa: tem a produção de sebo
aumentada, apresentando poros dilatados. Envelhece mais
lentamente, conta com pH tendendo para alcalino, com presença

Cosmetologia de comedões (pequenas protuberâncias pretas ou da cor da pele,


não inflamadas, que dão à pele uma textura áspera, característica
da acne). A pele é espessa e brilhosa.
• Classificação 3 • Pele eudérmica ou normal: apresenta-se lisa, não
brilhante, com o pH tendendo para neutro. Seu teor hídrico é
abundante, sem poros dilatados. É uma pele sedosa e aveludada
ao tato. Esse tipo de pele é mais comum em crianças até 8 anos.
• Classificação 4 • Pele mista ou combinada: caracterizada pela
zona T (nariz, queixo e testa), que apresenta abundante produção
de sebo e poros dilatados. A parte lateral da face pode ser normal
ou alípica.
As outras classificações encontradas são consideradas subclassificações, ou
condições transitórias desses quatro tipos.

1 São elas: • Pele sensível: há presença de telangiectasia (dilatação anormal dos


vasos sanguíneos associada com uma grande variedade de doenças). Seu aspecto é
frágil, fino, avermelhado e normalmente reage mais ao cosmético.

• Pele acneica: tem as mesmas características da pele oleosa, só que apresenta


comedões, pápulas, pústulas, cistos e cicatrizes.
OUTRAS
CLASSIFICAÇÕES • Pele desidratada: tem espessura fina, hipotônica, com desequilíbrio na camada
córnea, descamativa. É de cor opaca, áspera ao tato e com rugas superficiais.

• Pele espessa: opaca, sem viço e com aparência grosseira.

• Pele desvitalizada: sem viço, opaca e com flacidez.


CONCEITOS
IMPORTANTES

Para trabalhar de forma adequada • Cosmetologia: é o estudo da


com o fármaco , precisamos fabricação de um cosmético, desde
entender alguns conceitos básicos sua matéria-prima até sua
como cosmetologia, cosmético e composição final e a aplicação do
cosmecêutico: produto elaborado.

• Cosmético: é o produto destinado


a embelezar a pele e seus anexos,
sem afetar sua estrutura ou função.
•Os cosmecêuticos também podem ser
chamados de dermocosméticos. Por
exemplo: produtos utilizados para os
tratamentos em cabine, como hidratantes,
esfoliantes e máscaras.
Os cosméticos geralmente são compostos por
princípio ativo, veículo, corante, fragrância,
corretivos e conservantes.
• VEÍCULOS
• Emulsão
COMPOSIÇÃO Esse tipo é muito emoliente e é o veículo ideal para
cosméticos demaquilantes, cremes de limpeza e
DE UM cremes de massagem. É indicada para peles secas e
normais.
COSMÉTICO • GEL
O veículo em gel não apresenta boa permeabilidade
na pele. Após a evaporação da parte líquida, ele
forma uma película que mantém o princípio ativo na
pele. A penetração do ativo vai depender de suas
características.
• Inibem o crescimento de microrganismos no
produto, preservando-o de deteriorações
provocadas por bactérias, fungos e leveduras.
Existem pesquisas relatando o prejuízo que
alguns conservantes podem trazer a saúde e ao
meio ambiente. Os parabenos por exemplo,
CONSERVANTES podem desencadear alergias, irritações,
sensibilidade cutânea, melanoma, afetar a
fertilidade e seu acúmulo no organismo
também pode gerar doenças como câncer de
mama e de pele. Porém, hoje há conservantes
naturais inofensivos, como é o caso do sal, alho,
mel, limão, vinagre, etc.
CORANTE

• Tem a função de colorir a preparação e


podem ser de origem natural ou
sintética. Devem ser quimicamente
estáveis na presença de outros
adjuvantes da formulação, não podem
interferir na estabilidade desses
adjuvantes e devem, também, ser
fotoestáveis.
• Exemplos de corantes naturais: carmim,
urucum, páprica.
FRAGÂNCIA

• As essências ou fragrâncias em cosméticos são responsáveis pelo perfume que se


deseja dar para um produto, são essenciais para a aceitação do cosmético pelo
cliente, sendo preciso encontrar opções de fragrâncias não irritantes para a pele.
Devem ser estáveis e compatíveis com a formulação. Podem ser de origem
sintética ou natural como, por exemplo, óleos essenciais.
• O hidratante pode agir de duas formas.
• Na oclusão, produtos à base de silicone,
vaselina e outros elementos, formam uma
espécie de barreira, diminuindo a perda de
água da pele.
• Já na umectação, os produtos ajudam a pele
na captação da umidade e sua base é
geralmente formada por glicerina. No entanto,
não é pela base em si que os hidratantes se
diferenciam, mas sim por sua textura.
• .

• Creme hidratante

• Um creme hidratante geralmente pode ser utilizado por


todos os tipos de pele e é muito bom para os dias mais
frios. Sua textura é semi-sólida e por ser espesso, a
absorção acaba sendo mais lenta.

• Ele pode conter corantes, fragrâncias e conservantes, e


ajuda na reposição de água e gordura perdidas pela pele.

• Óleo

• O óleo é ideal para quem tem pele seca, já que a amacia e


não deixa que ela perca água.

• É indicado que seja usado durante ou após o banho,


principalmente no inverno, para penetrar melhor nos
poros. Quando usado em dias mais quentes pode deixar a
pele oleosa em demasia.
• Loção

• A loção é menos encorpada e menos oleosa que o


hidratante. Sua textura é líquida e leitosa, por isso é
importante agitá-la antes de usar. Ela ajuda a reter a água do
corpo, evitando seu ressecamento. Também é indicada para
dias de intenso calor, pois tem a capacidade de hidratar a
pele sem deixá-la com o aspecto “pegajoso”.

• Gel

• Existem dois tipos: o gel e o gel-creme. O primeiro possui


uma textura mais leve e é indicado para peles mais secas. É
insolúvel em água, mas hidrata mesmo assim.

• Já o gel-creme hidrata intensamente, sem aumentar a


oleosidade, possui uma concentração de água maior do que
a de óleo e é indicada para as peles mais oleosas
A escolha correta do veículo e sua indicação de
acordo com o tipo de pele.

– Formas de apresentação dos cosméticos e indicação para cada tipo de pele


Veículo Indicação
Cremes, leites,
emulsões. Normalmente indicado para peles normais e secas

Líquido e loções Normalmente indicado para peles oleosas, mistas e acneicas


Gel aquoso,
gel-creme
sérum, fluidos Normalmente indicado para peles oleosas, mistas e acneicas
Óleos Normalmente indicado para peles secas e normais Sticks
A indicação do tipo de pele dependerá dos componentes da fórmula
Aerossol A indicação do tipo de pele dependerá dos componentes da fórmula
• Pela escala de pH, que oscila de 0 a 14, são considerados meios
Escala do PH ácidos aqueles com valores inferiores a 7; meios de pH 7 são
neutros; e acima desse valor, os meios são considerados alcalinos.
Tudo o que você
precisa saber sobre
creme de massagem.

• Seja para relaxar ou mesmo para


fins estéticos, o creme de
massagem é fundamental nesse
processo. É através da sua
fórmula e princípios ativos que
os resultados se potencializam.
Quais os diferentes tipos
de creme de massagem?

• O creme de massagem pode ser


categorizado de acordo com o objetivo
da técnica. Existem, por exemplo,
cremes para relaxar, outros para atuar
na redução de medidas ou ainda
promover esfoliação corporal.
• O que difere esses cremes é a
formulação. Ou seja, cada um deles
possui princípios ativos que vão agir de
acordo com o objetivo.
Creme modelador /
Creme relaxante Creme esfoliante
redutor

Acelera metabolismo
celular devido a
Promover Remove células mortas,
elevação da
relaxamento, alívio renovando a pele e
Objetivo temperatura. Quando é
de tensão e dores deixando-a mais
redutor de medidas,
corporais saudável
age nas camadas mais
profundas da pele

Pimenta negra, cafeína,


Capim-limão, Café, argila, jojoba,
Exemplos de arnica, gengibre,
lavanda, mentol e murumuru e semente
princípios ativos mentol e castanha-da-
aloe-vera de uva
índia
• O creme de massagem faz toda diferença para melhor eficácia da
técnica terapêutica. A massagem, também chamada de massoterapia,
Quais os tem objetivos específicos, como vimos acima, e é o creme certo que
leva boa parte do mérito.
benefícios de • De nada adianta usar um hidratante qualquer para quem quer reduzir
as medidas. Os ativos do creme de massagem vão atuar na pele,
usar um promovendo os benefícios desejados. Essa é a maior vantagem de
investir no creme ideal.
creme de • Do ponto de vista técnico para reduzir medidas, por exemplo, é o
creme de massagem que vai ativar a circulação sanguínea e linfática,
massagem graças ao seu efeito vasodilatador, assim, esse cosmético reduz o
inchaço. Ainda, por ser antifibrótico, ele atua na redução da celulite.

para a técnica. • Os benefícios não acabam por aí. O creme ainda pode ajudar a
quebrar a molécula de gordura, reduzindo medidas. Algo que não
será conquistado sem o uso do produto certo.
• Em resumo, cada tipo de creme tem um benefício específico, que
jamais será alcançado com um hidratante comum.
Creme de massagem
ou óleo corporal?

• O creme de massagem e o óleo corporal são


produtos distintos. Embora ambos possam ser usados
na massagem, eles oferecem resultados diferentes. A
maior similaridade entre os produtos é que ambos
ajudam a deslizar as mãos pelo corpo. Mesmo assim,
promovem sensações diferentes, sendo o óleo mais
pegajoso e de difícil remoção.
• Em termos de eficiência, basicamente, o óleo de
massagem é mais usado para fins de relaxamento. Já
o creme costuma ter objetivos estéticos, como vimos
ao longo desse guia.
• Esses cremes têm princípios ativos que atuam nas
camadas da pele trazendo resultados mais profundos.
Indicado para tratamento de dor, redução de medidas
ou drenagem.
• Agora, quem deseja hidratar e relaxar, pode
apostar no óleo sem medo. Por ser vegetal, ele evita a
perda de água corporal e hidrata a pele. Sua grande
vantagem é que a composição é totalmente natural
O primeiro passo é decidir qual o objetivo da
massagem, isso porque existem muitas
opções no mercado que agem de forma
diferente, trazendo resultados específicos.

Objetivo
Um creme de massagem para relaxar não vai
alcançar os efeitos do cosmético produzido
para redução de medidas, por isso é tão
importante começar por esse critério.
PRINCIPIOS ATIVOS DOS CREMES
Mesmo definindo o objetivo, você pode encontrar cremes de
massagem com diferentes princípios ativos, e conhecê-los é a melhor
forma de não errar na escolha. Esses ativos te guiam para encontrar o
creme certo dentro daquilo que você deseja alcançar. Confira a lista
com alguns deles:
1. Mentol: Esse ativo reduz a temperatura do local e reduz a gordura.
Também é relaxante;
2. Cafeína: É lipolítico, reduzindo a reserva de gordura, também
melhora a circulação;
3. Guaraná: Rico em cafeína, ele é diurético e aumenta a circulação
do sangue;
4. Centelha asiática: Ativa a circulação sanguínea e reduz células de
gordura, sendo ótimo para redução de medidas;
5. Castanha-da-índia: É anti-inflamatório e atua no tratamento da
celulite;
6. Pimenta preta: É termogênica, tonifica e promove a elasticidade
da pele.
AROMA

• Não é novidade que o aroma também ajuda na


sensação de bem-estar. Existe até mesmo uma
técnica terapêutica que trabalha com os
cheiros através do uso de óleos essenciais,
chamada aromaterapia. Portanto, escolha bem
o aroma do creme de acordo com o objetivo
da massagem. A lavanda, por exemplo, é ótima
para ajudar no relaxamento.
• Dica: É sempre bom ter a versão do creme de
massagem neutro, ou seja, sem perfume.
Algumas pessoas podem preferir por não
gostar de certos cheiros ou mesmo por conta
de alguma doença alérgica respiratória, como
rinite.
A seguir, exemplificamos uma ficha de avaliação que pode ser usada no atendimento de massagem
1 - Identificação pessoa
Nome: _____________________________________________________
Endereço: __________________________________________________
Bairro: _____________________________________________________ Cidade: _________________________________UF: ________ CEP: _________ Fone Res.: _____________________________
Com.:____________________________ Cel.: _____________________________ E-mail: ___________________________________________________________________Profissão:______________________
Estado Civil: ____________________________________ Indicadopor:_________________________________________________
Queixa principal: _______________________________________________________________________________________
2 - Antecedentes pessoais e familiares ....................................................Pessoais....................
Familiares Cardiocirculatório ( ) ( ) Diabetes ( ) ( ) Digestivos ( ) ( ) Endocrinológico ( ) ( ) Pressão arterial ( ) ( ) Neoplasia ( ) ( ) Obesidade ( ) ( ) Alergias ( ) ( )
Qual(is):______________________________________________________________________________________
Usa DIU: ( ) sim ( ) não Gravidez: ( ) sim ( ) não Menopausa: ____________________ Nº de gestações: ____________________
Menstruação regular: ( ) sim ( ) não
Uso de medicamentos: ( ) sim ( ) não Quais: _____________________________________________________________________
3 - Hábitos Atividade física: ( ) sim ( ) não Frequência: ____________________ Sono (nº de horas de sono): ____________________
Álcool: ( ) muito ( ) moderado ( ) não
Fumo: ( ) sim ( ) não Toma sol: ( ) às vezes ( ) não ( ) diariamente Roupas apertadas: ( ) sim ( ) não
Alimentação: ( ) gordura ( ) doce ( ) condimentada ( ) verdura ( ) dieta ( ) fibra Apetite : ( ) pouco ( ) muito
Intestino: ( ) normal ( ) preso
Água: ( ) abundante ( ) moderada Urina: ( ) normal ( ) pouco
4 - Inspeção: Cor da pele: ( ) branca ( ) negra ( ) parda ( ) amarela
Tipo: ( ) androide ( ) ginoide ( ) normolínea
Presença de: ( ) manchas ( ) cicatrizes hipertróficas ( ) cicatrizes atróficas ( ) lesões elementares ( ) varizes ( ) telangiectasias ( ) edemas
( ) estrias brancas ( ) estrias vermelhas Extremidades: ( ) frias ( ) temperatura local
FEG: ( ) grau I ( ) grau II ( ) grau III ( ) grau IV ( ) edematosa ( ) túrgida ( ) flácida
Tecido com: ( ) flacidez muscular ( ) flacidez tissular ( ) com sensibilidade ( ) aderência
5 - Medidas Peso: __________ Altura: __________ Idade: __________ IMC: __________ Áreas: Abdome: Infraumbilical: __________ Supraumbilical: __________ Braço D: __________ Braço E: _______
Antebraço D: __________ Antebraço E: __________ Coxa D: __________ Coxa E: __________ Panturrilha D: __________ Panturilha E: __________
Obs.: Informações complementares não fazem parte do questionário acima ________________________________________________________________________________ _______________________________
Declaro que estou de acordo com o exposto e concordo com o tratamento proposto pelo(a) profissional (nome):__________________________________________________________________________
Assinatura do(a) cliente:_______________________________________________________________
• OBJETIVO O presente capítulo tem por objetivo apresentar as normas da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com relação aos estabelecimentos que
oferecem atendimento na área da estética. Buscaremos esclarecer ao leitor normas
Normas da vigentes para a boa prática no que se refere às instalações físicas, controle de
produtos, medidas de higiene e limpeza, e esterilização de materiais nos serviços

Anvisa ofertados pelos centros de estética. Ressalta-se, também, a importância de conhecer


os equipamentos, materiais e instrumentos que fazem parte do dia a dia do
profissional da área de estética como agente promotor da saúde e bem-estar.

aplicáveis aos • INTRODUÇÃO Prevenir doenças e promover a saúde e o bem-estar são deveres de
todos os órgãos de saúde pública, assim como dos fabricantes, empresários e
prestadores de serviços de embelezamento. Baseada nisso, a Anvisa criou normas de
centros de vigilância e de boas práticas no que se refere às instalações físicas, controle de
produtos, medidas de higiene e limpeza, e esterilização de materiais. Ressaltamos a

atendimento crescente importância da Vigilância Sanitária, pois suas ações constituem atividades
múltiplas na área da saúde e também são instrumentos da organização econômica da
sociedade, inclusive no aspecto internacional. 1 Ademais, o crescimento da indústria
na área de dos serviços na área de estética aumenta as ações da Anvisa frente à regulamentação e
à fiscalização dos serviços oferecidos. Dessa forma, há necessidade dos profissionais
da área de embelezamento de conhecer as normas que irão assegurar a segurança dos
estética usuários. Este capítulo foi desenvolvido para proporcionar aos profissionais da área de
estética (esteticistas, tecnólogos, fisioterapeutas e médicos) conhecimentos a respeito
dessas normas nos centros de estética, visando garantir a qualidade e a segurança na
prestação de serviços de embelezamento.
A formação dos esteticistas no Brasil já foi motivo de polêmica. Atualmente,
os cursos superiores e de nível médio em estética são obrigados a
contemplar, além das disciplinas de assepsia, esterilização e cosmetologia, os
trâmites de regulamentação na Anvisa. Alguns estados vão além: o diploma
O
dos profissionais deve receber o aval da Secretaria Estadual de Saúde, o que
proporciona maior integração com a Vigilância Sanitária Estadual Somados a
CONHECIMENTO
essa área de atuação profissional, encontramos no mercado o fisioterapeuta
especializado em dermatofuncional e os médicos que, por também
DAS NORMAS DA
empreenderem consultórios e clínicas de atendimento em estética, também
estão sujeitos às normas e regras reguladas pela Anvisa. ANVISA COMPLETA
As ações em vigilância sanitária relacionadas à área da beleza estão, em geral,
inseridas nas ações de saúde e devem avaliar os riscos de contaminação e
A FORMAÇÃO DO
epidemiológicos, seguindo o determinado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A observação das medidas relacionadas à biossegurança deve fazer parte do
PROFISSIONAL DA
currículo de formação do profissional da área de estética e beleza, consistindo em
um diferencial para esses profissionais, pois assegura a prática correta de suas ÁREA DA ESTÉTICA
atividades, minimizando os riscos químicos, físicos, de acidentes, ergonômicos e de
contaminação biológica tão comuns às atividades desenvolvidas no campo da
estética.
E BELEZA
A correta utilização da nomenclatura (centro de estética) faz-se
Com o crescimento do mercado, tornaram-se necessárias algumas necessária para que se possa esclarecer como a Anvisa deve se
mudanças. A abolição do termo “clínica” foi uma delas, pois posicionar em relação aos serviços de estética nos quais seus
designa o ambiente que lança mão de recursos usados para tratar gestores, os profissionais da área (técnico em estética e tecnólogo
patologias. Por isso, para a Anvisa, as clínicas de estética em estética), aguardam sua regulamentação para obter, quem
diferenciam-se dos centros de estética porque exigem profissionais sabe, algum tipo de autonomia relacionado a isso. Nesse contexto,
técnicos responsáveis (usualmente médicos), além de registro em encontramos no mercado os fisioterapeutas que trabalham na
órgão específico, uma vez que nesse tipo de negócio realizam-se área da estética e ainda utilizam o termo “clínica” em virtude de
cirurgias plásticas, entre outros procedimentos orientados por um regulamentação própria que os ampara ao exercício profissional
profissional médico. de forma autônoma, sem a dependência dos médicos como
responsável técnico.
• Normas e as condutas de segurança estão bem estabelecidas para os ambientes hospitalares,
consultórios médicos e odontológicos, laboratórios e outros, porém, não existem normas de
fiscalização especificamente para centros de estética.

DECRETOS E • Mesmo assim, o profissional de estética deve ter a preocupação com a legalidade de suas ações.
A própria Constituição Federal estabelece isso. Por essa razão, a vigilância sanitária utiliza na
fiscalização da área da beleza todas as informações e diretrizes criadas para fiscalizar as empresas
LEIS FEDERAIS da área da saúde em geral.
• A Constituição Federal estabelece no inciso XIII, Art. 5o, que é “livre o exercício de qualquer
trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”
QUE • . A lei no 8080/90, Lei Orgânica da Saúde, definiu a Vigilância Sanitária como o “conjunto de
ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas

NORMATIZAM sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de


serviços de interesse da saúde”.
• O modelo adotado pelo Brasil está fundado no “Poder de Polícia”, limitando as liberdades

AS AÇÕES DA individuais e as condicionando aos interesses coletivos. Ao Poder Judiciário, em princípio, não cabe
formular políticas públicas, nem é ele o primeiro obrigado a atuar na saúde. Desse modo, não lhe
cabe licenciar ou liberar produtos.

VIGILANCIA •

Para isso, os interessados devem se submeter às autoridades sanitárias.
O Decreto Federal no 77.052, de 19 de janeiro de 1976, em seu inciso VII, Art. 3o, normatiza a

SANITÁRIA fiscalização das condições de exercício de profissões e ocupações técnicas e auxiliares.


• Dessa maneira, os institutos de esteticismo e consultórios de terapias holísticas são objetos de
fiscalização sanitária para verificação das disposições definidas pelo decreto. Ainda, em seu Art. 2o,
define que as autoridades sanitárias no desempenho de suas ações devem observar algumas
condições para o exercício da profissão, que são obrigatórias, citadas no quadro
DECRETOS E LEIS FEDERAIS QUE NORMATIZAM
AS AÇÕES DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA
• As normas e as condutas de segurança estão bem estabelecidas para os ambientes hospitalares, consultórios médicos e
odontológicos, laboratórios e outros, porém, não existem normas de fiscalização especificamente para centros de estética. Mesmo
assim, o profissional de estética deve ter a preocupação com a legalidade de suas ações. A própria Constituição Federal estabelece
isso. Por essa razão, a vigilância sanitária utiliza na fiscalização da área da beleza todas as informações e diretrizes criadas para
fiscalizar as empresas da área da saúde em geral. A Constituição Federal estabelece no inciso XIII, Art. 5o, que é “livre o exercício de
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”.
• A lei no 8080/90, Lei Orgânica da Saúde, definiu a Vigilância Sanitária como o “conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou
prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da
prestação de serviços de interesse da saúde”. 5 O modelo adotado pelo Brasil está fundado no “Poder de Polícia”, limitando as
liberdades individuais e as condicionando aos interesses coletivos. Ao Poder Judiciário, em princípio, não cabe formular políticas
públicas, nem é ele o primeiro obrigado a atuar na saúde. Desse modo, não lhe cabe licenciar ou liberar produtos. Para isso, os
interessados devem se submeter às autoridades sanitárias. 6 O Decreto Federal no 77.052, de 19 de janeiro de 1976, em seu inciso
VII, Art. 3o, normatiza a fiscalização das condições de exercício de profissões e ocupações técnicas e auxiliares. Dessa maneira, os
institutos de esteticismo e consultórios de terapias holísticas são objetos de fiscalização sanitária para verificação das disposições
definidas pelo decreto. 7 Ainda, em seu Art. 2o, define que as autoridades sanitárias no desempenho de suas ações devem observar
algumas condições para o exercício da profissão, que são obrigatórias, citadas.
Principais condições de exercício de profissão, observadas pela Anvisa, segundo Decreto Federal no 77.052
I ‒ Capacidade legal do agente, através do exame dos documentos de habilitação inerentes ao seu âmbito profissional ou
ocupacional, compreendendo as formalidades intrínsecas e extrínsecas do diploma ou certificado respectivo.
II ‒ Adequação das condições do ambiente onde se processa a atividade profissional, para a prática das ações que visem à
promoção, proteção e recuperação da saúde.
III ‒ Existência de instalações, equipamentos e aparelhagem indispensáveis e condizentes com as suas finalidades, e em
perfeito estado de funcionamento.
IV ‒ Meios de proteção capazes de evitar efeitos nocivos à saúde dos agentes, clientes, pacientes, e dos circunstantes.
V ‒ Métodos ou processos de tratamento dos pacientes, de acordo com critérios científicos e não vedados por lei, e técnicas de
utilização dos equipamentos. A legalização, além de expor as condições de exercício da profissão, também elencou as
penalidades para os profissionais que não respeitassem as normatizações.
O inciso III do Art. 10, da Lei Federal no 6.437 de 20 de agosto de 1977 declara que “instalar ou manter em funcionamento
consultórios médicos, odontológicos e de pesquisas clínicas, clínicas de hemodiálise, bancos de sangue, de leite humano, de
olhos, e estabelecimentos de atividades afins, institutos de esteticismo, ginástica, fisioterapia e de recuperação, [...] com a
participação de agentes que exerçam profissões ou ocupações técnicas e auxiliares relacionadas com a saúde, sem licença do
órgão sanitário competente ou contrariando o disposto nas demais normas legais e regulamentares pertinentes: Pena ‒
advertência, intervenção, interdição, cancelamento da licença e/ou multa”.8 Por meio dessa lei, vimos que o profissional de
estética, empresário, deve obedecer a todas as regras para funcionamento de sua empresa. Caso contrário, corre o risco de
perder a Licença de Funcionamento e/ou pagar multas. Ainda, a Lei Federal no 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de
Defesa do Consumidor), determina que “todas as empresas que prestam serviços à população devem possuir um profissional
técnico responsável, capacitado para a função, assumindo a responsabilidade por danos que venham a provocar ao usuário”
Essa lei esclarece a obrigatoriedade da existência de um profissional que seja o Responsável Técnico do local, que, além de
outras responsabilidades, vai responder por todos e quaisquer problemas que ocorram com clientes dentro do
estabelecimento..
PROTEÇÃO E SEGURANÇA À SAÚDE DOS PROFISSIONAIS
DOS SERVIÇOS DE ESTÉTICA
• Um estabelecimento de esteticismo deverá contemplar as seguintes características arquitetônicas e estruturais:
• • O piso deverá ser liso, impermeável, lavável e resistente, com o menor número de juntas possíveis.
• • As paredes deverão ser revestidas de material liso, resistente, impermeável e lavável.
• • O estabelecimento como um todo deve ser bem iluminado e ventilado, com janelas amplas.
• A iluminação e a ventilação naturais podem ser substituídas ou complementadas por artificiais.
• • O sistema de eletricidade deve ser planejado para suprir a demanda de equipamentos a serem instalados.
• Cada equipamento deve estar ligado a uma tomada com o devido aterramento.
• Os fios elétricos dos equipamentos e das luminárias devem estar em perfeito estado de conservação e não
atrapalhar a circulação de pessoas, estando perfeitamente embutidos.
• OS SANITÁRIOS, . • É RECOMENDADA A SE NÃO HOUVER PIA EM • DEVE HAVER LOCAL • É RECOMENDÁVEL QUE
DISTINTOS PARA PACIENTES INSTALAÇÃO DE PIA COM CADA SALA DE APROPRIADO PARA EXISTA LOCAL APROPRIADO
E FUNCIONÁRIOS, DEVERÃO ÁGUA CORRENTE, ATENDIMENTO, DEVE LIMPEZA, DESINFECÇÃO OU PARA MANUSEIO DE
CONTER LIXEIRA COM SABONETE LÍQUIDO, HAVER PELO MENOS UM ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS, PRODUTOS QUÍMICOS. ESSE
TAMPA E PEDAL, PIA COM TOALHA DESCARTÁVEL E LOCAL ESTRATÉGICO E PROVIDO DE PIA EXCLUSIVA AMBIENTE DEVE SER BEM
ÁGUA CORRENTE, SABÃO LIXEIRA COM PEDAL EM ADEQUADO PARA A E EQUIPAMENTO PARA VENTILADO E ILUMINADO. •
LÍQUIDO E TOALHA BOM ESTADO DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS ESTERILIZAÇÃO (ESTUFA OU DEVE HAVER LOCAIS
DESCARTÁVEL – EM BOM CONSERVAÇÃO, DOS PROFISSIONAIS. AUTOCLAVE). ] ESPECÍFICOS PARA
ESTADO DE CONSERVAÇÃO, ORGANIZAÇÃO E LIMPEZA ALOCAÇÃO DAS LIXEIRAS
ORGANIZAÇÃO E LIMPEZA EM TODAS AS SALAS DE IDENTIFICADAS COM OS
PROCEDIMENTOS (ESTÉTICA RESÍDUOS GERADOS NOS
FACIAL, CORPORAL, DIVERSOS SETORES DO
SERVIÇOS DE MANICURE, ESTABELECIMENTO.
CABELO, DEPILAÇÃO E
OUTROS) PARA A
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
DO PROFISSIONAL ANTES E
APÓS O ATENDIMENTO AO
CLIENTE.
Também deve haver um local adequado para o armazenamento intermediário dos resíduos especiais (químicos, biológicos e
perfurocortantes), enquanto aguardam a coleta por órgão competente.
• É recomendável que haja local exclusivo para guarda dos pertences pessoais dos funcionários, com armários restritos
(chaveados).
• Deve haver uma área exclusiva para o armazenamento e manuseio de material de limpeza, contendo tanque e armário (para
guardar baldes, vassouras, produtos de limpeza etc.).
• O estabelecimento deve ser provido de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs). A instalação de extintores de incêndio é
obrigatória, mediante avaliação do corpo de bombeiros com relação aos locais apropriados, quantidade e tipos.
• O estabelecimento deve ser sinalizado, ou seja, é necessário que existam meios de identificação dos setores, como, por
exemplo, “estética facial”, “depilação” etc., a fim de facilitar a circulação de clientes e profissionais. Dentro das normas de
adequação dos estabelecimentos de estética, é necessário verificar também:10
• Iluminação natural ou artificial adequada que permita a realização de procedimentos com segurança e boa condição
visual. • Instalação elétrica suficiente para o número de equipamentos. Não utilize extensões ou benjamins (que seriam
sobrecarga). É proibido ter fiação exposta, para evitar curto-circuito.
• Ventilação natural ou artificial adequada que garanta um ambiente arejado.
• Ralos devem ter condições de fechamento ou com tela milimétrica.
• Água encanada potável.
• Ligação na rede de esgoto.
• Mobiliários devem ter superfície lisa, não porosa.
• Pia exclusiva para limpeza de material como: alicates, espátulas de metal para unhas, escovas de cabelo, pentes, bacias,
cubas e outros.
• Equipamentos adequados para a esterilização de material de metal como alicates, espátulas de metal para unhas e outros.
• Tanques para lavar os panos de limpeza e higienização.
• Quando em centros comerciais, pode ser utilizado o sanitário destinado ao público, desde que esteja localizado nas
proximidades.
• Organização do lixo comum em saco plástico, separando-o de material reciclável. Os campos compreendidos pela
biossegurança e pela gestão da qualidade estão unidos um ao outro pelos conceitos de boas práticas, que constituem, de
uma forma geral, o conjunto de ações que permitem materializar no cotidiano o sistema de qualidade de um serviço
prestado. Essas práticas compreendem, de um lado, o cumprimento das diretrizes e normas para controle dos processos; de
outro, as condutas, por partes de todos, para o alcance da segurança diante dos riscos identificados envolvendo o
profissional, o cliente e o meio ambiente.

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