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GORDURA LOCALIZADA

E OBESIDADE
Profª: MsC. Daniela Messias
Gordura localizada
O termo correto para a
popularmente conhecida gordura
localizada é lipodistrofia
localizada. Trata-se do acúmulo de
gordura em determinadas regiões
do corpo de forma localizada, e não
generalizada ou global.
Gordura localizada
• As células de gordura (denominadas adipócitos) aparecem
aumentadas, isto é, com uma quantidade de gordura (triglicerídeos)
maior que a de outras regiões;
Triglicerídeos e triglicérides são a
mesma coisa, com nomes distintos.
São as principais gorduras
• No entanto, não existem sinais de escleroses ou fibroses no local;
presentes em nosso organismo,
responsáveis pela produção de
energia.

• Vale ressaltar ainda que essa afecção pode acometer qualquer


indivíduo, mesmo que ele apresente um índice de massa corporal
(IMC) considerado normal.
Gordura localizada
• A lipodistrofia localizada pode ter causa genética ou ser produzida por
alterações posturais ou circulatórias, sedentarismo e ingestão de alimentos
calóricos;

• Dessa maneira, entre as abordagens indicadas, destacam-se as atividades


físicas e as mudanças alimentares;

• De forma cirúrgica, muitas pessoas buscam a lipoaspiração;

• Obviamente, o profissional esteticista também conta com várias


possibilidades de abordagem.
Queimando o estoque
Queimando o estoque
• Após a alimentação, a lipase lipoproteica entra
em ação para quebrar os triglicérides. Essa
enzima está na superfície dos vasos sanguíneos
do tecido adiposo e muscular.

• A lipase lipoproteica capta os triglicérides das


lipoproteínas que estão passando por aqueles
tecidos e quebra as ligações ésteres, liberando
glicerol e ácidos graxos livres, para que eles
entrem nos tecidos periféricos ou extra-hepáticos
para que sejam utilizados ou armazenados.
Tratamentos estéticos indicados:

É muito indicada no caso da lipodistrofia localizada para remodelagem corporal. Obviamente, não
Massagem conseguimos quebrar, absorver, explodir e queimar as células de gordura, nem mesmo fazer com
que elas desapareçam. No entanto, a massagem diminui o espaço entre os adipócitos, que, em um
Modeladora primeiro momento, encontram-se espaçados. A massagem modeladora aproxima essas células,
promovendo a remodelagem corporal e a consequente perda das medidas indesejadas

Drenagem É um tratamento propício em quase todas as situações – e, para redução de medidas, não seria
Linfática diferente. A drenagem linfática manual promove a diminuição da retenção de líquidos e a
desintoxicação do organismo.
Manual
Tratamentos estéticos indicados:

A utilização de cosméticos adequados para essa afecção, com ativos específicos


Cosméticos como cafeína e centelha asiática, é uma excelente forma de potencializar o
tratamento.

A associação de eletroterapia no tratamento de lipodistrofia localizada, apesar de


não ser o foco da nossa disciplina, também se mostra uma ótima abordagem. Entre
Eletroterapia os aparelhos para esse fim, podemos citar o ultrassom/fonoforese, a termoterapia, a
corrente russa e/ou aussie, a radiofrequência, a criolipólise, criofrequência e a
intradermoterapia.
OBESIDADE

“Excesso de gordura corporal, que compromete a saúde,


devido ao desequilíbrio permanente e prolongado entre a
ingestão calórica e o gasto energético,onde o acúmulo de
calorias se armazena como tecido adiposo”.
OBESIDADE
• A obesidade é uma doença grave
que pode acarretar diversas outras.
Além da aparência estética, que traz
muitas consequências psicológicas,
ela é capaz de gerar muito prejuízo
para a saúde do indivíduo.
OBSIDADE
• O corpo aumenta a sua quantidade de tecido adiposo de duas
maneiras: pelo alargamento ou enchimento da célula gordurosa
provocado por mais gordura (hipertrofia) e pelo aumento no número
total de células adiposas (hiperplasia);

• Além disso, as duas maneiras podem ocorrer de forma associada.


Por exemplo: no caso da gordura localizada, as células sofrem
hipertrofia; a obesidade, por outro lado, acumula as duas.
No passado
• Ganho de peso + grandes
depósitos de gordura= saúde e
prosperidade.
• Séculos de privação e carência
calórico-protéica.
• Muito trabalho físico para obtenção
e preparo dos alimentos.
• Desnutrição era o problema.
Atualmente
• Facilidade na obtenção dos alimentos;

• Fartura (superávit calórico);

• Sedentarismo.
OBSIDADE
• Considerada uma das enfermidades coletivas próprias da
superalimentação, a prevalência da obesidade, no Brasil, concentra-
se nas classes média e baixa;

• Pior que o problema estético é o transtorno fisiológico, pois o obeso


está sujeito a graves distúrbios orgânicos, como: diabetes,
arteriosclerose, transtornos cardiocirculatórios, entre outras doenças,
sem contar os problemas psicológicos possivelmente associados.
Fatores predisponentes
• 1) Patrimônio genético
- Mais de 400 genes isolados
- 1 pai obeso- 40% de risco
- 2 pais obesos- 80% de risco
- Obesos- gastam menos energia, comem mais e mais
rápido
CAUSAS DA OBSIDADE
• Fatores genéticos: Podem ser de origem
familiar. Exemplo: pais e filhos obesos.
Fisiologicamente, são observadas alterações
em alguns genes que comandam a sensação
de fome e saciedade;

• Fatores emocionais: Muitas pessoas ganham


grande quantidade de peso após situações de
estresse. O abalo emocional gera uma fuga
que é feita por meio da alimentação.
CAUSAS DA OBSIDADE
• Fatores recorrentes do não balanceamento
energético: O gasto de energia no controle da
obesidade é tão importante quanto a restrição
alimentar. A única maneira eficaz de aumentar
o gasto de energia é a atividade física;

• Fatores metabólicos: Quando ocorre um


excesso de ingestão calórica, ele é estocado
na forma de gordura, carboidratos e proteínas.
Porém, se o consumo energético exceder a
ingestão, a gordura estocada auxilia nesse
déficit.
ENDÓGENA X EXÓGENA
• Obesidade endógena: Corresponde a 5% dos casos de obesidade. Está
relacionada a causas hormonais e síndromes genéticas;

• Obesidade exógena: Reflete um aumento de ingestão de alimentos com


pequeno gasto calórico, o que pode ser explicado por alterações emocionais e
culturais. Corresponde a 95% dos casos de obesidade.
Abordagens Terapêuticas

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Fibro edema geloide (FEG)
• É o termo correto para a popularmente conhecida “celulite”. Trata-se de uma
infiltração edematosa do tecido conjuntivo subcutâneo com polimerização da
substância fundamental amorfa, que, ao se infiltrar nas tramas, produz uma
reação fibrótica consecutiva;

• De forma mais simples, essa alteração é considerada uma retenção de água


localizada entre a musculatura, deixando a pele flácida e ondulada;

• Ela ocorre devido a uma desordem nas trocas metabólicas do tecido


adiposo em decorrência de uma deficiência circulatória. Apesar de não ter
cura, há meios de controlar o FEB.
Fibro edema geloide (FEG)
Pele com celulite Pele sem celulite
Fibro edema geloide (FEG)
• A denominação "celulite" foi criada na década
de 1920 para indicar uma alteração estética
da superfície cutânea;

• No entanto, nos dias atuais, esse termo é


usado popularmente, já que, na área da
saúde, o sufixo “-ite” é indicativo de doença
ou inflamação de órgão ou estrutura
anatômica;

• Porém, a FEB não é uma inflamação, e sim


uma infiltração edematosa no tecido.
Fibro edema geloide (FEG)
Fibro edema geloide é considerada a mais adequada para descrever o quadro,
entendido como um distúrbio metabólico no tecido subcutâneo que altera a forma do
corpo, sendo caracterizado por um aspecto semelhante ao de uma “casca laranja”.
Fibro edema geloide (FEG)
Como sua causa é multifatorial, acaba sendo impossível separar cada fator desencadeante capaz
de gerar o FEG. Os principais fatores responsáveis por sua predisposição são:

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A probabilidade de sua ocorrência aumenta quando esses fatores são associados a fumo, maus
hábitos alimentares, sedentarismo e estresse. A partir desse quadro, geram-se perturbações
hemodinâmicas locais que aumentam a pressão capilar, dificultam a reabsorção linfática e
favorecem a transudação linfática nos espaços intersticiais
CLASSIFICAÇÃO (FEG)

Assintomático, não possui As depressões começam Estando em pé ou na Apresenta muita ondulação


sensibilidade a dor e não é a ficar visíveis, havendo uma posição de decúbito, o FEG da pele, pois há fibrose e
visível. Neste grau, o FEG alteração da sensibilidade. torna-se evidente. Há um esclerose no tecido,
só é notado após a No entanto, no grau 2, as comprometimento maior do ocasionando uma tração de
contração voluntária dos respostas terapêuticas são tecido. A sensibilidade, todas as camadas. O
músculos ou ao se extremamente satisfatórias. porém, é mais atenuada que comprometimento
comprimir o tecido na área O edema pode apresentar-se a do grau anterior devido a circulatório encontra-se
acometida. Existe somente mais fluido ou gelificado, uma maior compressão das exacerbado, ocasionando
a presença de edema além de haver uma maior terminações nervosas, e flacidez, dor, cansaço e
alteração microcirculatória. nódulos duros.
fluido. edema constante.
Abordagens terapêuticas

• Cosméticos que atuam na microcirculação; uso de abrasivos


Abordagens para produção de aquecimento local e melhora da circulação
(além de favorecer a penetração de ativos); drenagem
estéticas linfática manual; aparelhos eletroestéticos.

• Mesoterapia ou intradermoterapia (associa fármacos


Abordagens injetáveis para indução da lipólise); subcisão (agulhas
estimulam a formação de um novo tecido conjuntivo);
lipoaspiração (retirada da gordura); carboxiterapia (injeção de
médicas dióxido de carbono sob a pele para melhorar a circulação
celular e oxigenação dos tecidos).
ELETROTÉRAPIA

Ultrassom Radiofrequência Luz intensa pulsada

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