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CRIO DE

PLACAS
o que você precisa saber!

Por Livia Rosa


LIVIA ROSA
ESTETICISTA & PROFESSORA

Bacharel em estética, especialista em


docência do ensino superior e em
raciocínio clínico, quero ajudar você
profissional da estética.
Entregando conteúdos gratuitos sobre
os temas que abordo em meus cursos.
• CRIOLIPÓLISE DE PLACAS
Antes de iniciar os estudos sobre criolipólise, é importante entender o
significado do termo que dá nome a essa técnica: “crio” vem do grego – kryos –
e significa “gelo”; “lipo”, também do grego, lípios remete à gordura; por fim
“lise”, “lúsis” em grego, significa dissolução, separação. Sendo assim, podemos
entender, inicialmente, que se trata da dissolução da gordura pelo frio.

De acordo com Tagliolatto et. al. (2017), estudos sobre essa técnica começaram
a surgir em 1997, a partir de relatos de casos clínicos que relacionavam a
possibilidade de diminuição da camada de gordura à submissão a baixas
temperaturas. O primeiro relato evidenciou a redução de gordura localizada
na região das bochechas de crianças que tomavam picolé, enquanto o
segundo demonstrou efeito semelhante nas coxas de indivíduos que
cavalgavam a temperaturas baixíssimas. Isso motivou estudos ligados à morte
de células de gordura quando submetidas a baixas temperaturas.

Somente em 2012 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) liberou


a realização da criolipólise no Brasil, seguindo as mesmas normas de tempo e
temperatura e o mesmo método de aplicação já determinados anteriormente.
Os pesquisadores responsáveis pela técnica, Dr. Dieter Manstein e Dr. Rox
Anderson, cientistas do curso de Medicina em Harvard, sentiram-se motivados
a desenvolver tal procedimento após tomarem conhecimento de episódios de
inflamação no tecido adiposo relatados na literatura da área, como o já
mencionado episódio do picolé. Casos como esse sugeriram que a camada
mais profunda da pele seria mais sensível aos efeitos do frio do que a derme e
epiderme, o que serviu de incentivo para estudos sobre o tratamento de
criolipólise. (MOHR; SIMIONATO; WINKELMANN, 2013).

Desde que foi liberada para uso comercial, a criolipólise vem se tornando, em
vários países, um dos recursos mais eficazes para o tratamento de gordura
subcutânea localizada.

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JÁ SABEMOS QUE A
CRIOLIPOLISE É
TOTALMENTE EFICAZ PARA O
TRATAMENTO DE GORDURA
LOCALIZADA, MAS E AGORA?
VOCÊ, PROFISSIONAL DA
SAÚDE E ESTÉTICA, CONHECE
A FISIOLOGIA DO TECIDO
ADIPOSO?

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. TECIDO ADIPOSO

De acordo com Lehringer (1995), o tecido adiposo tem como principal


função o armazenamento de lipídios, que é uma substância que atua
primordialmente como reserva energética, e tem como função secundária
o isolamento térmico. Esse tecido está localizado entre a pele e os órgãos
internos, e as células que o compõem são chamadas de adipócitos; elas
são responsáveis por cerca de 20 a 25% do peso corporal feminino e
aproximadamente 15 a 20% do corpo masculino.

A disposição das células adiposas no corpo de homens e mulheres é


diferente, e um dos principais motivos é a predisposição genética: no
corpo de uma pessoa nascida com sexo masculino, os adipócidos
geralmente se acumulam na região abdominal; já no de uma pessoa
nascida com sexo feminino, as principais regiões em há acúmulo de
células de gordura são as pernas e o quadril. (AGNE, 2008; KEDE, SERRA,
CEZIMBRA, 2010).

O crescimento do tecido adiposo ocorre a partir do aumento da


quantidade de adipócitos no organismo, que se inicia na vida embrionária
e se estende até a puberdade. Depois, a quantidade de células adiposas se
estabiliza e o que ocorre é o aumento no tamanho dessas células.
(AZULAY, AZULAY, 2004).

Há dois tipos de tecido adiposo: o unilocular (bege) e o multilocular


(marrom), e cada um deles desempenha funções específicas no
organismo.

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. MECANISMO DE AÇÃO

Como mencionado na Introdução dessa apostila, a tecnologia


utilizada no aparelho de criolipólise resfria a área de aplicação,
chegando à intensidade de até -8oC por um período de até 60
minutos por região.

Tal procedimento não é invasivo e não requer anestesia, sendo


considerado seguro e eficaz – dentro dos padrões estabelecidos
– para a função a qual se destina no mercado da Estética.
(AVRAM et al., 2009).

Para a realização do procedimento, são acopladas placas com


auxílio de faixas e com utilização de manta anticongelante.

Durante a aplicação, a criolipólise resfria e provoca lesão apenas


no tecido adiposo, não interferindo nos demais tecidos da
região.

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Resultados comprovados
cientificamente

Fonte: BRAZ, A. E. M. et.al. Efeito da criolipólise na região abdominal. Fisioterapia Brasil 2017;18(3):339-344
• Indicação e contra indicação

A criolipólise é indicada para pessoas a partir dos 18 anos que possuam gordura
localizada e que estejam dentro do peso ideal de acordo com a altura e a idade,
uma vez que a técnica busca reduzir a gordura de regiões específicas, e não do
corpo como um todo.

Por outro lado, a técnica é contraindicada para pessoas com dermatites ou


pruridos (coceiras), feridas abertas e/ou infectadas, cicatrizes ou hérnia na região
a ser tratada e pessoas com doenças raras, como a crioglobulinemia paroxística
ao frio, hemoglobinúria e urticária ao frio, que envolvem certa sensibilidade ao
resfriamento. Ademais, o tratamento deve ser evitado em caso de gravidez ou
lactação e de cirurgia realizada pouco tempo antes do período em que se
pretende iniciar a criolipólise (ZELICKSON et al., 2009; AVRAM et al., 2009; AGNE,
2016).

Há poucos efeitos adversos quando a técnica é executada de forma adequada e


respeitando as contraindicações. Os mais comuns são dor leve e alterações
sensoriais na região, que podem permanecer por duas ou três semanas; leve
hematoma decorrente da sucção ponteira do aparelho e edema na região de
aplicação, que pode durar até quatro semanas.

Vários estudos destacam que, mesmo sendo uma técnica segura, a criolipólise
pode ser realizada apenas por profissionais qualificados e treinados, seguindo as
recomendações e utilizando sempre material de qualidade e com a devida
manutenção. (BRAZ, 2017; BORGES, 2014).

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