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Olá! Sejam todos muito bem-vindos à aula prática de criolipólise. Vamos iniciar com a
aplicação da criolipólise de placas.
A nossa paciente não apresenta prega adiposa suficiente para a sucção e, por isso,
optamos por esse aparelho. Delimitamos a região de queixa, e higienizamos o local. A
abertura da membrana anticongelante deve ser feita sempre na frente do paciente,
principalmente porque ela não pode ser recortada nem reutilizada.
Coloque a manta na região que irá ser feita a aplicação. Nesta paciente, vamos
trabalhar apenas na região infraumbilical. O recorte menor de membrana é para
posicionar na cicatriz umbilical, protegendo-a durante o tratamento.
Lembre de tirar as bolhas de ar que ficam ao colocar a membrana, e a coloque em
contato com todo tecido. Às vezes resta um pouco de gel no pacote, então, retire o
máximo de conteúdo possível. Feito isso, iniciamos a parametrização do equipamento.
Aqui temos a opção de criolipólise de contraste e de criolipólise de placas sem
contraste.
Ao contrário do aparelho de sucção, nós temos somente uma placa plana. Este
equipamento tem uma placa maior e uma placa menor; a escolha depende do tamanho
da área em que será acoplada.
Já estamos com -4 °C, e a temperatura segue diminuindo cada vez mais até os 45
minutos de aplicação finalizem.
Finalizando a aplicação, o aparelho emite um sinal de fim de ciclo, que é quando
podemos retirar a manopla e finalizar o procedimento. Removemos a faixa, a placa e,
então, a manta anticongelante. A manta deve ser direcionada para o lixo contaminado.
No pós-procedimento, a pele da paciente fica vermelha.
Removemos o excesso de gel. Perceba que a aplicação atingiu a região umbilical, mas
não há problema, porque colocamos a manta anticongelante no local. Essa proteção é
fundamental especialmente quando utilizamos aparelhos a vácuo por conta da
irrigação sanguínea do coto umbilical.
💡 Dica: se a sua máquina vier com mais placas, é possível que você otimize as
aplicações e atenda mais de um paciente ao mesmo tempo (sempre na mesma sala,
claro).
No caso da paciente, o centro da região de aplicação é o único lugar que segue gelado.
Então, é preciso iniciar com movimentos mais extensos. Seguimos com os movimentos
até percebermos que a temperatura normal do tecido retornou.
Lembre que não há qualquer efeito no organismo logo após a retirada da manopla. A
inflamação inicia a partir de 24h, com pico inflamatório no 15º dia. Deixe claro ao
paciente que os efeitos do procedimento são de longo prazo.
Vamos, agora, para a prática de criolipólise de sucção. Para isso, o paciente precisa ter
prega adiposa suficiente, e neste caso, iremos trabalhar também na região
infraumbilical.
Abra a manta anticongelante na frente do paciente, e garanta que não faltará produto,
principalmente porque teremos a sucção do vácuo. Lembre de colocar o pedaço menor
de manta na região umbilical para protegê-la.
Retiramos o restante do gel que permanece no fundo do produto e aplicamos sobre a
manta. Ligamos o aparelho, optamos pela criolipólise e escolhemos “aspiração”,
trabalho de 60%, intensidade de 25 Pa (pressão de vácuo). O aparelho em questão
permite até 50 Pa, mas lembre-se de não utilizar o máximo de pressão de vácuo ou, se
utilizar, diminuir após um tempo, porque o excesso de vácuo pode gerar
intercorrências. Elencamos um tempo de 50 minutos. Iniciamos com uma pressão de
30 para que a prega adiposa adentre o copo, mas, depois, esse parâmetro deve ser
diminuído.
Em manípulos transparentes, preste atenção quanto à pele que adentra o copo; afinal,
em caso de vácuo excessivo, ela pode tocar na região demonstrada abaixo. Nesse caso,
corremos o risco de gerar uma falta de oxigenação exacerbada e, consequentemente,
resultar em intercorrências. Então, o tecido não pode chegar ao máximo do topo do
manípulo.
Como, neste equipamento, não conseguimos visualizar a prega adiposa, é preciso
elencar uma pressão de vácuo menor. Para que o manípulo não dê uma leve inclinada e
cause mais pressão, indico posicionar uma toalha abaixo dele.
Feito isso, removemos a manta anticongelante. Percebe-se o efeito picolé, com uma
região bem gelada e, no caso de alguns pacientes, a formação de “blocos” no local.
Apenas lembre-se de não utilizar pressões de vácuo excessivas por conta do risco de
lesão.
Como vimos na aula teórica, pode-se realizar associações com outras condutas
pós-criolipólise. Porém, no dia da aplicação da criolipólise, finalize o procedimento
apenas com a massagem de reperfusão. O objetivo das associações é acelerar os
processos gerados pela criolipólise, porque trata-se de uma técnica com resultados
demorados (resultados finais em 120 dias), uma vez que atua por meio da apoptose.
Avalie muito bem cada caso, especialmente quando utilizar outras condutas em
associação.
Faça a massagem de reperfusão até que a temperatura do tecido retorne. Perceba que,
no caso da paciente, o eritema praticamente não é mais visível. Quando há queimadura,
já podemos a visualizar logo após a aplicação (não é o caso).
Agora, a paciente é liberada, mantendo contato no pós-atendimento para verificar se
ocorreu tudo conforme esperado.
Temos um filtro de segurança para que o tecido não atinja o topo do manípulo.
Aqui temos as placas, que sofrem o resfriamento.
Caso a pele do paciente atinja apenas estas laterais, não haverá efeito da criolipólise,
uma vez que são apenas as placas que resfriam. O que entra em contato com as placas
sofre apoptose.