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PROCEDIMENTO

OPERACIONAL
PADRÃO

Data de elaboração: 21/09/2020 Área: Saúde/Enfermagem
Data de vigência: Responsáveis: Gustavo A. C. de Lara;
Karolynne S. Florêncio
Aprovado por: Profª Dra. Aleksandra Rosendo dos Santos Ramos

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA INTRAMUSCULAR

1.Campo de Aplicação:

Este instrumento aplica-se aos alunos dos cursos da Faculdade de Ciências


da Saúde (FACIS), durante a realização dos procedimentos em laboratório.
Elaborado pelo projeto de ensino Monitoria Acadêmica em Semiologia e
Semiotécnica para Aperfeiçoamento (MASSA), da Universidade do Estado de
Mato Grosso (UNEMAT).

2.Definição:

Método utilizado para administração de medicamentos no tecido muscular.

3.Objetivos:

Administrar medicamentos com ação sistêmica e absorção rápida de doses


relativamente grandes (máximo 5 ml em local adequado), devido à maior
vascularização do músculo. Além do mais, é possível injetar medicamentos que
causam irritação, uma vez que o musculo possui poucos nervos sensitivos.

4.Indicação:

Quando há necessidade de administrar medicamentos irritantes e viscosos


que não sejam bem absorvidos em outras vias.

5.Contra-Indicação:

Locais da pele com lesões; Medicamentos que não podem ser


administrados por esta via.

6. Profissionais habilitados para o procedimento:

Profissionais da área da saúde.

7. Locais de Aplicação
Os locais de aplicação devem considerar o volume da medicação,
espessura do tecido adiposo, idade do paciente e irritabilidade da droga. São eles:
deltóide, dorso glúteo, vasto lateral da coxa e ventro glúteo.

Deltóide: Aplicar volume máximo de 2ml em um ângulo de 90º. O


paciente pode permanecer em pé, sentado ou em decúbito lateral.

Dorso glúteo: Aplicar volume máximo de 5ml em cada administração em


um ângulo de 90º. O paciente deve ser posicionado em decúbito ventral, lateral ou
em pé.

Vasto lateral da coxa: Aplicar volume máximo de 5ml em cada


administração em um ângulo de 90º. O paciente pode permanecer em pé ou em
decúbito dorsal.

Ventro glúteo: Aplicar volume máximo de 5ml em cada administração em


um ângulo de 90º. O paciente deve estar posicionado em decúbito lateral, ventral
ou dorsal.

8. Materiais necessários:

 EPI (luva de procedimento, máscara e óculos de proteção);


 Bandeja;
 Seringa (conforme indicação do volume);
 Agulha adequada (25x7, 25x8, 30x7 ou 30mmx8mm);
 Algodão;
 Álcool 70%;
 Fita para rótulo de medicação;
 Medicamento prescrito.

8.Descrição do procedimento:

A) Pré procedimento:

1. Verificar prescrição médica;


2. Higienizar as mãos;
3. Higienizar bandeja;
4. Reunir os materiais necessários;
5. Checar a medicação prescrita (paciente, data, hora, dose, via e validade do
medicamento);
6. Avaliar possíveis alergias do paciente ao medicamento;
7. Realizar cálculo da medicação;
8. Fazer rotulação do medicamento;
9. Colocar os EPIs;
10. Conectar a agulha para aspirar a medicação na seringa;
11. Fazer a antissepsia na ampola ou frascos com álcool 70%;
12. Quebrar o gargalo da ampola, utilizando uma bola de algodão seco. (Caso seja
frasco-ampola com fechamento em metal remover o lacre metálico central ou
a tampa plástica protetora do frasco);
13. Aspirar a dose prescrita do medicamento e diluir conforme protocolo da
instituição ou prescrição médica;
14. Retire o ar da seringa/agulha;
15. Fixar o rótulo na seringa;
16. Desprezar ampola/frasco ampola no descarpck;

B) Durante o procedimento:

1. Certificar-se que os dados no leito do paciente estão de acordo com o do


rótulo do medicamento;
2. Orientar o paciente a respeito do procedimento;
3. Selecionar a região apropriada para injeção usando pontos anatômicos,
verificar a presença de equimose, inflamação ou edema e posicionar o
paciente de forma adequada;
4. Posicionar o paciente de forma adequada;
5. Higienizar o local com álcool 70% (de cima para baixo);
6. Pinçar o músculo com a mão não dominante (soltar após introduzir a agulha);
7. Segurar uma bola de algodão entre o terceiro e o quarto dedo da mão
dominante;
8. Segure a seringa em forma de caneta entre o polegar e o indicador, sempre
com a mão dominante;
9. Introduzir a agulha com ângulo adequado à escolha do músculo (90º), com
bisel lateralizado;
10. Puxar lentamente o êmbolo da seringa para certificar-se de que não há retorno
sanguíneo (se houver sangue, não administre o medicamento e reinicie todo o
procedimento);
11. Injete lentamente o conteúdo da seringa empurrando o êmbolo;
12. Retire a seringa/agulha com um único movimento e coloque sobre a bandeja
(sem reencapar a agulha);
13. Fazer leve compressão com algodão no local de inserção;

C) Após o procedimento:

1. Desprezar materiais contaminados e perfuro-cortantes em local adequado;


2. Higienizar a bandeja;
3. Retirar EPIs e higienizar as mãos;
4. Registrar o procedimento no prontuário do paciente (data, hora e responsável)
e assinar/carimbar.

9. Etiqueta de medicação:
O rótulo da medicação é de extrema importância para garantir a segurança
do paciente durante a realização do procedimento. Deve conter: nome do
paciente, nome do medicamento, dose, via, data/hora e profissional responsável
pela administração.

Figura 1 – Modelo de etiqueta de medicação via IM.


Fonte – Autoria própria.

10.Observação:

 Não reencapar a agulha após aplicação;


 O posicionamento adequado do paciente para o procedimento dependerá da
região escolhida (ex: sentado, deitado, de lado, ou pronado);
 Observe a integridade e o tamanho do músculo e palpe à procura de dor ou
endurecimento. Evite estas áreas. Quando as injeções forem administradas
com frequência, alterne os locais. Use a região ventro-glútea se possível;
 A injeção na região anatômica correta evita injúrias a nervos, ossos e vasos
sanguíneos;
 Injeções intramusculares não devem ser administradas em locais inflamados,
edemaciados ou irritados, nem em locais que contenham verrugas, sinais
congênitos, cicatrizes ou outras lesões.

11.Referências:

COORDENADORIA DE URGÊNCIA/SESAU. Procedimento Operacional


Padrão ENF-URG Nº63. Preparo e administração de medicamento IM. 2017.
Disponível em:
<http://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/wp-content/uploads/sites/30/2017/12/
POP-ENF-URG-N%C2%BA-63-ADM-DE-MED-IM.pdf>
COREN SÃO PAULO. Uso seguro de medicamentos: guia de preparo,
administração, monitoramento. 2017. Disponível em: <https://portal.coren-
sp.gov.br/wpcontent/uploads/2018/05/Uso-seguro-de-medicamentos-Handout-
29.11.2017-web.pdf>
EBSERH. Procedimento Operacional Padrão. Administração de medicamentos
por via intramuscular. 2016. Disponível em:
<http://www2.ebserh.gov.br/documents/1132789/1132848/POP+1.11_ADMINIS
TRA
%C3%87%C3%83O+DE+MEDICAMENTOS+POR+VIA+INTRAMUSCULAR
.pdf/6f02cc8c-3a83-4791-97da-57bc1765ba75>
UFTM. Administração de medicamentos. 2011. Disponível em:
<http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/395574/SEE_Aula_sobre_Admin
istracao_de_Medicamentos.pdf>
UNIMED TERESINA. Procedimento Operacional Padrão. Administração de
medicamentos por via intramuscular. 2018. Disponível em:
<http://uniweb.unimedteresina.com.br/public/uploads/rh/ZGRWYmt1cnFOdXNS
Ujl0Q2xWbE0zeUZNeUtJWnJlQzVSSWF6dVhubVR2YUtZd25FSXpzcERzM
msyb2o0RHc3U1g1WW1sV3VnQy9BTGdRM3pNYzVJenc9PQ==30bbb8.pdf>
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Procedimento
Operacional Padrão. Administração de Medicação por via Intramuscular em
Adultos. Disponível em:
<http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/enfermagem/pop_33_administrac
ao_de_medicacao_por_via_intramuscular_em_adultos.pdf>

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