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INTRODUÇÃO
Área nova da veterinária, envolve medicina veterinária preventiva, Saúde coletiva, saúde
pública, maus tratos, controle populacional etc. essa área veio para preencher uma lacuna que
existia entre saúde pública e bem-estar animal. Dentro da área teremos:
Necessário trabalhar em conjunto com outras áreas: saúde, educação, meio ambiente,
assistência social, polícia civil (maus tratos), ministério publico e organizações não
governamentais (ONGs).
Abordagem de saúde única tanto para pessoas quanto animais. Medicina veterinária
comunitária.
HISTÓRICO
Século XIX início do alojamento de cães para controle da raiva, na época existia
superpopulação de animais. As técnicas de controle afetavam o bem-estar desses animais
(envenenamento, afogamento, eletrocussão, câmara de gás). No brasil, houve a carrocinha.
2005 A ONU se posicionou sobre isso em 2005 dizendo não haver evidências de que isso
contribuiu para a densidade de raiva e que a população de cães que ficou se reproduziu ainda
mais, e a remoção de animais é inaceitável perante a sociedade. A partir de 2006 vários
estados proibiram a carrocinha. Mudança de paradigma respeito a vida. Porém, houve
impactos negativos os abrigos de animais sofreram com superlotação, aumento de tempo de
permanência dos animais, aumento da transmissão de doenças, brigas, ectoparasitas, animais
abandonados medrosos e agressivos, em condições ruins de saúde e nutricional, estado
sanitário precário, falta de recursos do local, falta de necessidades básicas, gatil sem
verticalização, estruturas inadequadas, sem área de quarentena.
A partir disso, houve necessidade do conhecimento para cuidar dos animais em coletivo e
aumentar a qualidade de vida. Clínica médica individual clínica médica coletiva. Cuidados
básicos, prevenção de doenças, diminuir o tempo de permanência, destinar adequadamente
(adoção), compreender aspectos comportamentais e psicológicos.
MPCG: manejo populacional de cães e gatos
A medicina de abrigo engloba toda a política interna doa abrigos mas que tem relação direta e
sofrem as consequências das politicas externas de MPCG e deve incluir conhecimentos
técnicos para que os animais sejam reintroduzidos na sociedade.
OBJETIVOS
ABRIGOS
Podem ser:
PLANEJAMENTO
espécie
Número de animais
Bem-estar
Porcentagem que devem ser separadas no abrigo para cada uma das áreas
Fluxo de animais
PROTOCOLO DE VACINAÇÃO/VERMIFUGAÇÃO
Deve acontecer independente da saúde/ condição corporal (prenhas, animais doentes etc.
devido o risco de ter doença e contaminar pode ser maior do que o risco de baixar um pouco a
imunidade do anima).
Fornecimento de água
Necessidades comportamentais
Eutanásia ??, é proibida, mas é uma porta de saída para abrigos dos estados unidos em
animais que não serão adotados (comportamentos inadotáveis).
Portaria 1.138/2014 definiu quais animais são de relevância para a saúde pública, incluindo
animais com risco de transmissão zoonótica, peçonhentos e venenosos e que eles podem ser
recolhidos pelas unidades de vigilância de zoonoses. Essas unidades estão alocadas nas
secretárias de saúde.
Abrigo é a solução?
O abrigo trata a consequência do abandono, mas não a causa do abandono. É uma solução
temporária.
Lares temporários
Espaços domésticos onde o animal ficará e posteriormente será encaminhado para adoção.
Para solucionar essa questão é necessário implantar um programa de manejo população nos
municípios. Mantendo-os em bom nível de bem-estar, minimizar riscos para saúde humana etc
a medicina de abrigos pode funcionar como estratégia dentro dos programas de manejo
população, mas sozinha ela não resolve influencia diretamente os abrigos (superlotados).
PROBLEMÁTICA
Controle reprodutivo
Manejo populacional de C/G: O manejo populacional e reprodutivo de cães e gatos foi definido
como um conjunto de estratégias desenvolvidas para prevenir a falta de controle e o abandono
animal, promovendo a guarda responsável, facilitando a promoção da saúde da comunidade, o
bem-estar animal e o equilíbrio ambiental.
OBJETIVOS
ETAPAS
Dinâmica populacional entender e conhecer essa dinâmica e o vínculo com os animais,
causas do problema, atitudes comportamentais dos humanos daquela população, de onde vem
os animais, número de animais nas ruas, o ambiente permite a sobrevivência? Quais
problemas eles enfrentam?
Fazer levantamento e definir indicadores que serão utilizados para monitoramento e avaliação
do programa número de animais nas ruas, taxa de mortalidade, morbidade, natalidade,
interações humano-animal, indicadores relativos ao serviço público, e relativos a zoonoses.
Registro e identificação diferencia animais com e sem dono, essa etapa permite rápida
devolução dos animais perdidos, reconhecer o abandono- aplicar legislação, fomenta a cultura
de guarda responsável, não existe banco de dados unificado nacionalmente, dificilmente
consegue-se cruzar informações. Estratégias: permanentes (microchip ou tatuagem) ou visual
(plaquinha na coleira)
Conscientização
Empoderamento da comunidade
Guarda responsável é o conjunto de regras básicas que deve ser seguido pela família que
decide ter um animal de estimação a fim de garantir a saúde física e mental, ambiental, a
segurança e o bem-estar do novo membro da família.
Prevenção do abandono
Envolvimento da comunidade
Controle reprodutivo
Evita abandono, acesso a pessoas de baixa renda, acesso geográfico (pessoas que tem
impossibilidade de levar), tem mais eficiencia em femeas em idade reprodutiva, melhor
tecnica é a do gancho, em 4- 5 anos se observa o impacto do controle reprodutivo.
Art. 4º Os Programas com a finalidade de controle populacional deverão ter por base a
Educação em Saúde e Guarda Responsável, e não apenas o fluxo de esterilizações.
Manejo ambiental controle de residuos do habitat de coisas que mantem o animal na rua
(agua, abrigo, acasalamento, alimento)
Legislação
Art. 1º O controle de natalidade de cães e gatos em todo o território nacional será regido de
acordo com o estabelecido nesta Lei, mediante esterilização permanente por cirurgia, ou por
outro procedimento que garanta eficiência, segurança e bem-estar ao animal.
art. 2º A esterilização de animais de que trata o art. 1º desta Lei será executada mediante
programa em que seja levado em conta:
III - o tratamento prioritário aos animais pertencentes ou localizados nas comunidades de baixa
renda.
Art. 8º Todo Programa deve contemplar o projeto elaborado pelo Responsável Técnico, a ser
apresentado ao CRMV da jurisdição com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias do início
da execução. Parágrafo único. O projeto de execução deve contemplar, no mínimo, os seguintes
itens:
IV - Equipe de trabalho;
VI - Sistema de triagem;
responsabilidade
Resumindo
MAUS TRATOS
Constituição federal/88
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
(Regulamento)
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos este artigo deixa amplo, não especifica quais situações
são considerados maus tratos.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo,
ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos
§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste
artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda.
Devido a falta de clareza do artigo 32 foram criadas leis estaduais e municipais que especificam
os maus tratos. E o CFMV também tem uma resolução.
Resolução CFMV Nº 1236 DE 26/10/2018
Negligência: ato de omissão que significa falta de cuidado, falha em fornecer as necessidades
físicas e emocionais, como água, comida, sombra, medicamentos, cuidados veterinários,
compaixão e afeição.
Abuso: qualquer ato intencional, comissivo ou omissivo, que implique no uso despropositado,
indevido, excessivo, demasiado, incorreto de animais, causando prejuízos de ordem física ou
psicológica, incluindo os atos caracterizados como abuso sexual.
Maus tratos as ocorrências podem ser tratadas em esfera administrativas, civil e criminal.
5 liberdades do BEA
TEORIA DO ELO
Crianças que sofrem de violência doméstica ou que não são corrigidas ao maltratar animais,
tendem a reproduzir comportamentos violentos contra animais e se tornarem potenciais
agressores ou criminosos quando adultos.
Crianças que possuíam histórico familiar de violência ou presenciaram maus tratos aos
animais, como negligência ou abandono, tendem a maltratar animais de companhia.
A violência doméstica contra mulheres, deve ser detectada pelo profissional de saúde e
atualmente tem sido encarada como problema de saúde pública. Mulheres vítimas dessas
violências relatam que frequentemente os animais de companhia eram maltratados,
ameaçados, feridos, sofriam violência sexual ou eram mortos. Essa violência acontecia como
forma de controlar psicologicamente a vítima/disciplinar/. Em residências onde se tem
violência contra mulher tanto os animais como as crianças correm maior riscos de serem
violentados.
Quando pessoas são abusadas animais estão em risco, e quando animais estão em risco as
pessoas também.
Dilema
Acumulação de animais situação de maus tratos aos animais, mas se trata de transtorno
mental associado a angústia da pessoa não querer se desfazer dos animais. Desorganização
doméstica e acumulação de multas.
Multiprofissional GTI
Criação de vínculo
Encaminhamentos em consenso
Política pública
ZOONOSES
Tríade epidemiologica:
Balões amarelos fatores que influenciam na infecção, deve haver convergência desses
fatores relacionados ao agente, hospedeiro e ambiente para que a doença aconteça ou não
em determinada comunidade de animais ou pessoas.
História natural das doenças transmissíveis:
Cadeia epidemiológica: uma série de eventos necessários para que a doença ocorra em um
indivíduo, a identificação desses mecanismos torna possível a adoção de medidas sanitárias
capazes de impedir a disseminação de doenças.
Agente infeccioso: pode ser um MO, uma forma de radiação ou uma substância química.
Podem ser biológicos ou não biológicos.
Agentes zoonóticos
Modo de transmissão:
Indireto- por meio de veículos (qualquer elemento que transporte o agente infeccioso) ou
vetores (biológicos- o agente desenvolve parte do seu ciclo reprodutivo- ou mecânicos-
apenas carreadores e não sofrem modificação biológica, ex: moscas-). Tendo intervalo maior
entre a eliminação e a penetração do agente.
Hospedeiro: é um organismo que abriga outro em seu interior ou o carrega sobre si, seja este
um parasita, um comensal ou um mutualista
Acidental: alberga o agente, porém não transmite a outros animais, não faz parte da cadeia
de transmissão obrigatoriamente
Zoonoses direta: o agente pode persistir com passagens sucessivas por uma única espécie do
animal vertebrado. Ex: raiva
Metazoonoses: o agente necessita passar por hospedeiro invertebrado para que o seu ciclo
se complete. Exemplos, Febre Maculosa, doença de chagas, febre amarela.
Zooantroponoses: Agentes de doenças que são perpetuados pela transmissão entre seres
humanos, porém que podem eventualmente acometer animais. Exemplo: Tuberculose em
animais pelo Mycobacterium tuberculosis, bacilo do tipo humano.
Anfixenoses: Agentes de doenças que se transmite com igual intensidade entre animais,
entre os seres humanos e entre animais e seres humanos. Exemplo: COVID-19,
Estafilococose.
Art. 3º São consideradas ações e serviços públicos de saúde voltados para a vigilância, a
prevenção e o controle de zoonoses e de acidentes causados por animais peçonhentos e
venenosos, de relevância para a saúde pública:
III - coordenação, execução e avaliação das ações de vacinação animal contra zoonoses de
relevância para a saúde pública, normatizadas pelo Ministério da Saúde, bem como
notificação e investigação de eventos adversos temporalmente associados a essas
vacinações;
§2º Fica definido que as UVZs são estabelecimentos de saúde exclusivos da esfera pública.
Portaria de consolidação número 4- dentro dessa portaria tem a Portaria 1.061 de 2020 –
QUESTÕES COMENTADAS
ZOONOSES- RAIVA
Antropozoonose
Transmitida para o homem através de secreções pela inoculação do vírus. Principalmente por
mordedura e lambedura.
Agente etiológico: RNA vírus, família rhabidoviridae, se multiplica pelos neurônios, aspecto
de projétil, tropismo pelas células do SNC.
4 e 6- morcegos insetívoros
Adultos- 45 dias
Herbívoros- 25-90
Morcegos- não foi muito bem estabelecido, mas pode ser maior
Período de transmissibilidade
Cães e gatos- 2 a 5 dias antes dos sinais clínicos e pode persistir durante toda a evolução da
doença, a morte pode ser após 7 dias dos aparecimentos dos sintomas,
Susceptibilidade e imunidade
Manifestações clínicas
Bovinos
Diagnóstico laboratorial
Raiva humana-
Imunofluorescência direta
Tratamento- quase sempre fatal
Prevenção- vacinação.
Características epidemiológicas-
a distribuição da raiva não é uniforme, podendo haver áreas livres e outras de alta ou baixa
endemicidade, apresentando, em alguns momentos, formas epizoóticas.
Até 2005, dezenas de casos de raiva humana eram registrados anualmente no país
A partir de 2006, o número de casos caiu para 1 dígito e vem se mantendo nessa faixa
De 2010 a 2020 foram registrados 38 casos de raiva humana, sendo que, em 2014 não
houve caso.
20 casos- morcego
9 casos -cão
4 casos- primatas
4 casos- felinos
Casos de raiva em animais no brasil em 2010-2019: 1047, foi reduzindo com o passar dos
anos.
Vacina inativada-
Soro heterólogo: solução concentrada de anticorpos proveniente dos equinos feito na local
da lesão, impede disseminação para terminações nervosas, aplicado até 7 dias após aplicação
da primeira dose da vacina. Não é necessário se a pessoa recebeu pré-exposição.
Recebem 3 doses, nos dias 0, 7 e 28, após 14 dias se faz a titulação. E deve ser refeita a cada
6 meses em profissionais com alto risco.
Definir animal:
Cão ou gato sem suspeita da raiva no momento da agressão- observar animal durante 10 dias
após exposição, se permaneceu sadio encerrar caso. Se o animal morreu, desapareceu ou se
tornou raivoso administrar 4 doses da vacina nos dias 0, 3, 7 e 14.
Cão ou gato clinicamente suspeito de raiva no momento da agressão- iniciar esquema com 2
doses no dia 0 e 3 e observar animal 10 dias. Se permaneceu sadio encerrar caso, se morreu,
desapareceu ou se tornou raivoso, completar esquema com mais 2 doses no dia 7 e 14.
Definir animal:
Cão ou gato sem suspeita de raiva no momento da agressão- iniciar esquema profilático com
duas doses, uma no dia 0 outra no dia 3. Observar o animal durante 10 dias após exposição,
Se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso. • Se o animal
morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, dar continuidade ao esquema profilático,
administrando o soro3, 4 e completando o esquema até 5 (cinco) doses. Aplicar uma dose
entre o 7º e o 10º dia e uma dose nos dias 14 e 28
Nas agressões por morcegos ou qualquer mamífero silvestre, deve-se inciar sorovacinação
independente da gravidade da lesão.
Podem ser dispensadas do esquema profilático pessoas agredidas por animais que não tem
risco de contrair a raiva como:
Animais que vivem dentro de casa, não tem contato com animais desconhecidos, só saem
acompanhados, vive em área de raiva controlada.
medidas de prevenção e controle- bloqueio de foco, quando for identificado casos de raiva
canina
QUESTÕES COMENTADAS
A detecção dos corpúsculos de Négri estão nas células do cerebelo do animal afetado pela
raiva e são patognomonicas, porém a ausência dos corpúsculos não invalida o diagnóstico.
Por isso não é recomendação oficial.
- A raiva é uma zoonose viral que se caracteriza por encefalite progressiva aguda e letalidade
de aproximadamente 100%, considerando casos raros de cura. Com relação a essa zoonose
de grande relevância para a saúde pública, assinale a alternativa correta.
a) A eliminação do vírus pela saliva de cães, morcegos e gambás infectados ocorre entre dois
e cinco dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da
doença.
b) A morte do animal infectado ocorre, em média, entre dez a quinze dias após a
apresentação dos sintomas, com exceção dos quirópteros, os quais podem albergar o vírus
por longo período.
►c) O vírus da raiva (RABV) apresenta sete características antigênicas (AgV) distintas no
Brasil, sendo duas encontradas principalmente em cães, três em morcegos e outras duas em
reservatórios silvestres.
Transmissão vetorial
Leishmania (Viannia) guyanensis – limitada ao norte acre, amapa, Roraima, amazonas e para
Leishmania (Viannia) Braziliensis – mais importante no brasil e américa latina com ampla
distribuição desde a américa central até a norte da argentina
Agente etiológico.
forma amastigota- sem flagelos e sem mobilidade encontrada nos tecidos dos hospedeiros
vertebrados.
Hospedeiros e reservatórios
Infecções por leishmania que causam a LTA foram descritas em várias espécies:
Animais silvestres
Sinantrópicos
Domésticos (em canídeos o papel na manutenção d parasita ainda não foi esclarecido).
são considerados hospedeiros acidentais, a LTA nesses animais se apresenta como doença
crônica com manifestações parecidas com a LT humana (úlcera cutânea em orelhas, focinho,
bolsa escrotal). Sendo diagnósticos diferencial neoplasias, piodermites e nos gatos
sporotricose,
Vetores
Conhecidos como mosquito palha de corpo e asa peludas, cor marrom encontrados em
regiões tropicais. Se alimentam de sangue durante a noite. As larvas se desenvolvem em
áreas silvestres ou peri-domiciliadas.
Modo de transmissão
picada da femea
Manifestações clínicas
Forma cutânea – lesões indolores, redondas ou ovaladas com base eritematosa, consistência
firme, bordas elevadas, com granulações
Forma muco cutânea- lesões destrutivas na mucosa das vias aéreas superiores, edema nasal
ou edema nasal com áreas de ulceração e edema em lábio superior.
Diagnostico laboratorial
Molecular- PCR
Tratamento
Medicamentos leishmanicidas
Características epidemiológicas
Antigamente era uma doença estrita de animais silvestres que acometia ocasionalmente as
pessoas em contato com florestas, mas começou a ocorrer em regiões peri-urbanas.
Controle
A indicação do controle químico deve ser avaliada com levantamento de dados, vigilância
entomológica.
Prevenção
Vetores
Mosquito palha
Reservatórios
Modo de transmissão
Incubação
Manifestações nas pessoas- é uma doença crônica com repercussão em órgãos internos,
como fígado, baço, gânglios e medula óssea hepatoesplenomegalia em crianças. Febre de
longa duração, emagrecimento, anemia, hemorragias, imunodeficiências, óbito em 90% dos
casos se não tratado
Molecular- PCR
Tratamento
Características epidemiológicas
Na américa latina, 90% dos casos acontecem no brasil sendo maioria na região nordeste.
Vigilância entomológica
Vigilância nos cães- em primeiro caso canino, realizar busca ativa de cães sintomáticos até
100 metros e testa-los
ELISA confirmatório
Todo caso suspeito de LV canina deve ser atendido pelo MV e notificado ao SMS, a
confirmação deve ser por laboratórios públicos ou privados credenciados.
Sacrifício recomendado para todos os sacrifícios, a não ser que proprietário arque com
tratamento e responsabilidade. E ele deve assinar termo de recusa de sacrifício.
Inseticida nas paredes e anexos em áreas com elevado número de casos/ municípios com
surto
Nos cães o tratamento pode curar sintomas, mas continuar sendo fontes de infecção para
vetor constituindo risco para humanos. O tratamento gera risco para saúde pública/ cepas
resistentes.
Os medicamentos disponíveis hoje para LV não eliminam por completo o parasita nas
pessoas também, mas o homem não tem importância como reservatório
Nota técnica número 001/ 2016 MAPA/MS autoriza registro do milteforan da virbac
indicado para tratamento da LVC, a miltefosina é o princípio ativo e não é usada para
tratamento em humanos. Ele proporciona melhora clínica com redução da carga parasitária,
porém os animais precisam ser reavaliados a cada 4 meses e pode ser indicado novo ciclo de
tratamento.
Nota técnica 11/2016 reforça a necessidade de cumprir o tratamento correto, e que não é
medida de saúde pública é somente escolha do proprietário. O CFMV defende cumprimento
da portaria interministerial.
Prevenção
Controle da população canina errante, realizar exame sorológico antes de ações, utilizar telas
em canis, coleiras com deltrametrina 4%, vacinação (não confere 100% de proteção, só pode
ser vacinados animais sem sinais clínicos e com teste sorológico negativo, não existem
estudos que comprovem proteção aos humanos, somente aos cães).
QUESTÕES COMENTADAS
TOXOPLASMOSE
Doença provocada pelo protozoário Toxoplasma gondii, é transmitida aos seres humanos
através das fezes de diversos animais contaminados pelo agente transmissor.
Distribuição mundial
Prevalência em imunossuprimidos
Agente etiológico
bradizoitos (cistos teciduais- presentes nos tecidos humanos e de todos os animais infectados
sobre a forma de cistos
esporozoitos (estão dentro dos oocistos que são liberados no ambiente).- forma de
resistência do parasito no meio ambiente, formado no intestino dos felinos, permanecendo
por ate 18 meses na agua e solo quente (se estiverem esporulados) não sobrevivem bem em
climas frios.os esporozoítos estão presentes dentro dos oocitos,
Esporulação- demora de 1 a 5 dias. Para que aconteça precisa de alta umidade temperatura.
Os gatos são assintomáticos, porém sinais clínicos podem acontecer se estiverem sendo
submetidos a tratamento com corticoide e em animais com fiv/felv, se os sintomas aparecem
são inespecíficos mais relacionados ao sistema respiratório, digestório, uveíte, anorexia,
febre, dispneia.
Hospedeiros intermediários
grande parte dos animais domésticos criados no brasil apresentam anticorpos para o t. gondii
Dentre as carnes dos HI a suína é a principal fonte de infecção de t.gondii para humanos.
Modo de transmissão
Via oral ingestão de oocistos esporulados no ambiente, solo, água, areia. Cistos teciduais
na carne
O contato com gatos não causa a doença. O perigo está em contato com fezes, agua
contaminada, carnes mal cozidas, solo etc.
Ciclo epidemiológico
Oocistos eliminados nas fezes dos gatos, se tornando infectantes após esporulação (1-5 dias),
gatos também podem ser reinfectados ao consumir alimentos infectados com oocistos.
Outros animais podem consumir esses oocistos, e pouco depois eles liberam os taquizoitos
que são as formas que podem se locomover e se disseminam pelo corpo do animal e formam
cistos com bradizoitos no tecido nervoso e muscular. Os gatos podem ser infectados após
comer animais com cistos teciduais e pessoas também podem ao consumir essas carnes mal-
passadas. Em casos raros são infectadas ao fazer transfusão sanguínea transplante e mãe-
feto.
Nas pessoas os parasitos formam cistos teciduais também principalmente nos olhos,
músculo, coração e cérebro. As pessoas podem ficar sem sintomas ou se os cistos se
tornarem ativos pode ter sintomas (geralmente em imunossuprimidos).
São variáveis e associados ao estágio, geralmente leves febre, dor muscular, mal-estar,
linfoadenomegalia, lesões oculares, coriorretinite cegueira.
85% dos casos não apresentam sinais ao nascimento, porém alguns sinais indicam infecção
restrição do crescimento, prematuridade, anormalidades visuais e neurológicas
oculares 80%
auditivos 40%
nos primeiros meses de vida sintomas são mais graves, as vezes os sintomas aparecem
apenas na adolescência ou idade adulta.
No primeiro trimestre a transmissão é mais difícil, porém com sintomas mais graves ao feto
Nos últimos meses infecção mais fácil, porém sintomas menos graves ao feto
Diagnostico
Tratamento
Esquema tríplice indicado para gestantes com diagnósticos a partir das 18 semanas.
Características epidemiológicas
Jardinagem no solo
Gênero masculino
Maioridade
Investigação epidemiológica
Medidas de higiene
Alimentar os gatos com ração ou carne bem cozida, bem alimentados para que ele não caçe
Limpar caixas de areia diariamente (gestantes não devem realizar essa tarefa)
QUESTÕES COMENTADAS
Na carne crua não existe oocistos e sim cistos teciduais contendo bradizoítos.
Primo-infecção- infecção nos primeiros trimestres
LEPTOSPIROSE
Doença infeciosa de caráter febril, início rápido, bactéria aeróbica e aspecto clínico variável
podendo levar a IRA
Agente etiológico
não patogênicas (saprófitas)- essas espécies não causam doença, a espécie mais relevante é a
leptospira biflexa.
Os ratos reservatórios não têm sinais clínicos/ não desenvolvem doença e alojam a leptospira
nos rins eliminando-a viva no ambiente.
Ciclo de transmissão
Roedores eliminam urina (eles podem eliminar a leptospira durante toda sua vida ou meses),
contamina água ou solo (risco maior em locais com enchente, esportes aquáticos, sem
saneamento básico, outros animais reservatórios podem também eliminar a leptospira em
órgãos então abatedouros são locais de risco).
Imunidade pós infecção sorovar específica, então pode pegar doença de novo por outro
sorovar
Fase tardia, ocorre em cerca de 10% a 15% dos pacientes com leptospirose - se iniciam após
a primeira semana de doença.
Fase da convalescença
Por ocasião da alta do paciente, astenia e anemia podem ser observadas. A eliminação de
leptospiras pela urina (leptospirúria) pode continuar por uma semana ou, mais raramente,
por vários meses após o desaparecimento dos sintomas. A icterícia desaparece lentamente,
podendo durar dias ou semanas. Os níveis de anticorpos, detectados pelos testes
sorológicos, diminuem progressivamente, mas, em alguns casos, permanecem elevados por
vários meses.
Diagnostico
Fase precoce- leptospiras visualizadas no sangue por exame direto, cultura, inoculação em
ratos, PCR
Fase tardia- leptospiras encontradas na urina, como a cultura demora os métodos sorológicos
são mais escolhidos ELISA, MAT. (microaglutinação, padrão ouro reação de aglutinação
das leptospiras presente no sangue e antígeno O) outra amostra deve ser coleta a partir do
dia 7 após início dos sintomas, o resultado negativo de qualquer exame sorológico realizado
antes do sétimo dia após o início dos sintomas não descarta a doença.
Tratamento
Indicados: doxiciclina, amoxilina (pode ser usado em crianças com menos de 9 anos e
mulheres grávidas).
Características epidemiológicas
Distribuição universal
Doença endêmica no brasil
Sexo masculino entre 20 e 49 anos mais atingidos, mas não existe predisposição de gênero
para atrair infecção, essas pessoas se expõem mais aos fatores de risco
Profissões de risco
Destinação adequada dos cadáveres, limpeza de canis, não deixar alimentos dos animais
expostos por longos períodos
QUESTÕES COMENTADAS
FEBRE AMARELA
Agente etiológico
Hospedeiros
Uma vez que insetos estão infectados permanecem toda a vida e com capacidades de
transmitir, as fêmeas que têm essa capacidade e pode ocorrer de forma vertical nos
mosquitos transmitindo para sua prole. Isso favorece a manutenção do vírus e não há
necessidade de entrar em contato com primata ou humano infectado para se infectar
Vetores principais
transmissão
picada das fêmeas infectadas, sem transmissão direta de pessoa para pessoa na FAS e na
FAU.
Ciclo silvestre
No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais
hospedeiros e amplificadores do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente
silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina.
Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata.
No ciclo urbano
Período de transmissibilidade
Sinais clínicos
3 períodos distintos
Infecção primeiros 3 dias, sintomas inespecíficos como febre súbita, calafrios, dor de
cabeça, dor nas costas, dor no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza.
Toxêmico febre reaparece, sinal de faget bem característico (pulso lento e temperatura
elevada), diarreia, vomito borra de café, insuficiência hepatorenal, sangramento, prostração,
apatia, comprometimento sensorial, tribulação mental podendo evoluir para coma e óbito.
Diagnostico laboratorial
PCR
Tratamento
Vigilância epidemiológicas
A partir de 1999, com a observação da morte de macacos por febre amarela silvestre e o
subsequente aparecimento da doença na população, tais eventos passaram a ser vistos como
sinalizadores de eventual risco de casos humanos de febre amarela silvestre.
Definição de caso epizootia- qualquer primata não humano encontrado morto ou doente em
qualquer lugar do território nacional.
Todo caso suspeito de epizootia deve ser notificado utilizando ficha de notificação de
epizootia
Quando há notificação de epizootias, as amostras de tecidos devem ser coletadas in loco até
24h da morte do animal. Após esse período a coleta pode ser feita se o animal não estiver
em estado avançado de decomposição. Coleta feita pelo MV necropsista. Obs.: o animal não
é removido do local.
Além disso, coletar informações da área e entorno do local que o animal foi encontrado
Vigilância entomológica
Objetivos:
Fazer isolamento do vírus em amostras de vetores coletadas nas áreas de ocorrências dos
eventos suspeitos, a partir desse isolamento podemos confirmar vínculo epidemiológico
entre caso suspeito e vetor que foi coletado naquele local.
Casos humanos ou epizootias em primatas em que não foi possível coleta da amostra
Quando não houve coleta oportuna de amostra, quando há resultado laboratorial não
conclusivo para febre amarela.
Características epidemiológicas
Casos na população humana tem sido prescindido das epizootias em primatas não humanos
Ente 200 e 2008 observou-se uma expansão viral na direção leste e sul do país em áreas
silenciosas, o caráter dinâmico da doença tem exigido uma avaliação periódica das áreas de
risco
Maior índice pluviométrico densidade vetorial elevada, época de maior atividade agrícola.
No período de 2016/2017 ocorreu em áreas onde o vírus não era registrado a décadas. Foi
registrado um dos eventos mais expressivos da história da FA no Brasil. Com 1.412 epizootias,
777 casos humanos, 261 óbitos humanos.
A FA acomete mais:
Sexo masculino, idade +15 anos (faixa etária economicamente ativa), pessoas não vacinadas
e que residem próximas aos ambientes silvestres, turistas e imigrantes que adentram esses
ambientes sem estar imunizados
Vacina disponível no SUS previne epidemias, vírus vivo atenuado, anticorpos protetores
aparecem no sétimo ao décimo dia de aplicação da vacina. Recomendado ocorrer 10 dias
antes da pessoa entrar em área de risco
No brasil desde 2017 é adotado o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda sua
vida, antes de 2017 se repetia a dose em 10 anos.
Controle vetorial evitar o acesso dos mosquitos urbanos ou silvestres a pessoa confirmada
com FA mediante utilização de tela no seu local de permanência, pois ela pode se constituir
um potencial fonte de infecção aos vetores
QUESTÕES COMENTADAS
14- A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida por vetores
artrópodes, que têm dois ciclos epidemiológicos distintos. Possui importância epidemiológica
por sua gravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas urbanas. Quanto a
essa patologia, sabe-se que, na febre amarela silvestre:
(C) os primatas não humanos são os principais hospedeiros do vírus, e a transmissão ocorre a
partir de vetores silvestres, em que o homem participa como um hospedeiro acidental.
(D) a transmissão ocorre pela picada do Aedes aegypti e, embora de forma rara, pode ser
transmitida de uma pessoa a outra, no período de três a cinco dias, após o início da doença
44. A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, febril, não contagiosa, de curta duração
e de gravidade variável. Recentemente, no Brasil, ampliou-se a frequência de notificação de
epizootias de primatas e, em diversas circunstâncias, foi detectada a circulação do vírus da
febre amarela na população de símios, precedente à ocorrência de casos humanos. Nesse
contexto, é correto afirmar:
C) no ciclo silvestre, a febre amarela é uma zoonose transmitida por mosquitos de dois
gêneros, Haemagogus spp e Culex spp, tendo como principal fonte de infecção primatas não
humanos, os macacos. X gênero errado.
II A transmissão do vírus dá-se, geralmente, pelo ciclo silvestre, que envolve primatas não
humanos e mosquitos do gênero Anopheles. X o gênero está errado, anopheles é o mosquito
envolvido no ciclo da malária.
III Os primatas desenvolvem viremia no período de uma semana a 15 dias após a picada do
mosquito infectado, apresentando febre e apatia. X a viremia humana acontece em torno de
7 dias, 24 a 48h antes do início dos sintomas e dura até 3 a 5 dias após início dos sintomas. A
viremia nos primatas acontece de forma similar.
B) II e III.
C) I e II.
D) I e IV.
FEBRE MACULOSA
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode
variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de
letalidade.
Agente etiológico
A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada
do carrapato. No Brasil, duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da
Febre Maculosa.
Intracelulares obrigatórias.
Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a
doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste.
Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves.
Vetores
Reservatórios principais
Transmissão
Incubação: 2 a 14 dias.
Nos carrapatos, a perpetuação das riquétsias é possibilitada por meio da transmissão vertical
transovariana, transestadial (entre estádios), cópula, possibilidade de alimentação
simultânea em animais que apresentam riquetsemia suficiente para infectar todos. Os
carrapatos permanecem infectados durante toda sua vida (18 a 36 meses).
SINTOMAS
Febre
Náuseas e vômitos.
A partir disso aparece: exantema máculo-papular inchaço e vermelhidão nas palmas das
mãos, sola dos pés, pulsos e antebraços. São lesões que não coçam.
Casos graves: inchaço de membros inferiores, com evolução subsequente do quadro clínico
para danos hepáticos
Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando
paragem respiratória.
Diagnóstico diferencial
Em cães erlichiose
Diagnostico laboratorial
Padrão ouro:
PCR
Tratamento
A febre pode desaparecer em 24h após os antibióticos se o tratamento for iniciado nos
primeiros 5 dias da doença, evolução benigna.
Caracyeristas epidemiológicas
Registros em áreas rurais e urbanas do Brasil, sendo maior concentração no Sudeste e sul do
país
Pessoas do sexo masculino de 20 a 49 anos que relatam exposição a mata, rio, cachoeira
Sazonalidade: maior incidência outubro, período de maior densidade das linfas da doença
Incidência maior em pessoas de áreas rurais que tem contato com cavalos, vacas e cachorros.
Regiões do Brasil
Concentração em sudeste e sul, sendo que no sul a doença tende a ser mais amena, pode
estar relacionado a uma cepa da mata atlântica Rickettsia parkeri que leva uma resolução
melhor da doença. No entanto, no norte do parana foram registrados casos fatais causados
pela Rickettsia rickettsii que é a espécie que apresenta casos mais graves
Vigilância epidemiológica
Detectar e tratar casos suspeitos com precocidade, investigar e controlar surtos, conhecer
distribuição da doença, identificar locais prováveis de infecção, recomendar medidas de
controle e prevenção.
Orientações para áreas de foco roupas claras para visualizar os carrapatos ao adentrar
áreas de mata, calça com parte interior dentro das meias e vedada com fita, sapatos
fechados e de cor clara. Evitar sentar-se e se deitar em gramados, examinar corpo com
frequência (lembre-se que precisam estar aderidos de 4 a 6 horas para infectar com a
doença), proteção individual, manter áreas públicas limpas.
Utilizar carrapaticidas em cães e cavalos, vistoriar corpo a cada 3 horas, caso haja carrapato
retirar e não esmagar pois pode liberar as bactérias e contaminar partes do corpo com
lesões. Girar levemente corpo do carrapato para que se desprenda.
QUESTÕES COMENTADAS
A) possui início abrupto, com febre baixa, cefaleia e mialgia, seguida de vermelhidão
pelo corpo, predominantemente nas regiões facial e torácica, que pode evoluir para
exantema máculo-papular. X é uma febre alta, e o exantema acontece nos membros da
mão e pés, pulsos, antebraço.
C) é mais comumente transmitida pela forma adulta do carrapato, pois nesta fase do
desenvolvimento o hospedeiro possui maior volume sanguíneo e, durante a picada,
inocula uma quantidade elevada de Rickettsia. x Não é o hospedeiro que inocula uma
quantidade elevada, é o carrapato. E a doença pode ser transmitida tanto pelo adulto
quanto a linfa.
4- A febre maculosa é uma doença infecciosa febril aguda, causada por Rickettsia rickettsii,
uma bactéria gramnegativa intracelular obrigatória. Sobre Febre Maculosa Brasileira (FMB),
assinale o que for correto.
01) A gravidade da doença é variável, podendo cursar de formas leves até formas graves com
elevada taxa de letalidade, quando não ocorrer o tratamento adequado, porém não é uma
doença de notificação obrigatória devido a sua baixa frequência. X é uma doença de
notificação obrigatória.
04) O teste sorológico considerado Padrão Ouro para o diagnóstico da Febre Maculosa
Brasileira é a Soroaglutinação Microscópica, sendo que a presença de um aumento de quatro
vezes nos títulos de anticorpos, observado em amostras pareadas de soro, é o requisito para
confirmação diagnóstica pela sorologia. Não, essa técnica é utilizada para leptospirose, o
resto está correto.
08) A febre maculosa é adquirida pela picada do carrapato infectado com riquétsia e a
transmissão geralmente ocorre quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro.
DOENÇA DE CHAGAS