Você está na página 1de 4

Prevenção

As ações de prevenção de zoonoses caracterizam-se por serem executadas de


forma temporária ou permanente, dependendo do contexto epidemiológico, por meio
de ações, atividades e estratégias de educação em saúde, manejo ambiental e
vacinação animal:
•Educação em saúde: devem-se desenvolver atividades de educação em saúde na
comunidade como um todo, visando à prevenção de zoonoses. É necessário
priorizar as localidades mais vulneráveis, atuando em escolas e outros locais em
que se possa atingir o público-alvo, de forma intensa e mais abrangente possível,
utilizando-se também de meios de comunicação, como rádio, TV, correspondência e
internet.
• Manejo ambiental: realizado somente quando possível (diferenciando-se das
ações de correção do ambiente, sendo está uma atribuição legal dos órgãos de
Meio Ambiente), para controlar ou, quando viável, eliminar vetores e roedores.
Deve-se incentivar, orientar e educar a população na realização do manejo
ambiental, realizando-as, quando necessário.
•Vacinação animal: deve-se realizar a vacinação antirrábica de cães e gatos, de
acordo com o preconizado para cada região, conforme o contexto epidemiológico da
raiva na área local e com o preconizado no Programa Nacional de Vigilância e
Controle da Raiva do Ministério da Saúde. Observação: deve-se considerar o
contexto epidemiológico das zoonoses na área em questão, para definir as ações de
prevenção que serão estratégicas e prioritárias.
A prevenção se dá por meio de cuidados sanitários e vacinação dos animais.
Também podemos destacar a raiva, doença viral comumente encontrada em
morcegos hematófagos. A transmissão ocorre do animal infectado para o homem
por meio da saliva e arranhões, e nos animais se manifesta com sinais clínicos de
alteração neurológica, como travamento dos músculos e salivação excessiva. Não
existe cura para a raiva, por isso o controle vacinal é extremamente importante.
Como medida preventiva, deve-se evitar que morcegos se estabeleçam em locais
próximos à casas e viveiros de animais, evitando deixar abertos espaços escuros
como forros e sótãos, que podem servir de abrigo a esses animais. É importante
que se evite o contato direto com morcegos, ainda que mortos, sendo necessário
notificar a vigilância sanitária local caso haja presença de morcegos na propriedade
ou nos arredores. Vacinação, higiene e limpeza são fundamentais para se evitar as
zoonoses e garantir a saúde de animais, bem como das pessoas que com eles
convivem.
Controle
Uma vez constatada a situação real de risco de transmissão de zoonose (risco
iminente) ou a introdução de zoonose(s) de relevância para a saúde pública no
território local, a área de vigilância de zoonoses deve iniciar a etapa de
desenvolvimento e execução do controle da doença, por meio de medidas cabíveis
e viáveis a serem aplicadas direta e indiretamente sobre a população animal alvo, a
fim de interromper o ciclo de transmissão da(s) zoonose(s) alvo. As ações, as
atividades e as estratégias de controle de zoonoses subdividem-se em três tipos:
Controle do risco iminente de transmissão de zoonose Constatada a situação real
de risco (risco iminente) de transmissão de zoonose (de relevância para a saúde
pública) em uma determinada área, relacionado a uma população animal alvo, deve-
se proceder às medidas de controle cabíveis, além da manutenção das medidas de
vigilância e intensificação das medidas de prevenção, ambas adequadas à nova
realidade epidemiológica. Esse controle se caracteriza pelo desenvolvimento de
ações, atividades e estratégias que visem ao alcance da redução ou da eliminação,
quando possível, do risco iminente de transmissão da zoonose para a população
humana. Controle da zoonose incidente uma vez instalado o ciclo de transmissão de
determinada zoonose em certa área, em que uma população animal esteja
relacionada, deve-se proceder às medidas de controle para a redução ou a
eliminação, quando possível, do número de casos humanos da doença, intervindo
de forma efetiva na interrupção do ciclo de transmissão. Controle da zoonose
prevalente Diante de uma zoonose prevalente na área-alvo, em que uma população
animal esteja relacionada à transmissão dela, devem-se manter, sistematicamente,
as medidas de vigilância, ativa e passiva, e de prevenção, procedendo às medidas
de controle para a redução ou eliminação, quando possível, do número de casos
humanos da doença, intervindo de forma efetiva na interrupção do ciclo de
transmissão. Se a zoonose reincidir com frequência na área-alvo, é necessário rever
as medidas adotadas, na tentativa de alcançar sua eliminação. Para o
desenvolvimento das ações, das atividades e das estratégias de vigilância,
prevenção e controle de zoonoses de relevância para a saúde pública, devem-se
consultar os manuais técnicos do Ministério da Saúde, além de outras orientações
técnicas vigentes, bem como orientações específicas deste Manual. Quando estas
não forem suficientes para o controle da doença e for necessário buscar outras
indicações técnicas, deve-se pautar sempre por escolher e executar medidas que
sejam técnicas, científica (sob o crivo de alto rigor metodológico científico) e
metodologicamente viáveis e efetivas, com comprovação do alcance de resultados
satisfatórios.
A importância e papel desempenhado pelos Centros de Controle de Zoonoses

Os Centros de Controle de Zoonoses (CCZ) tem papel importante nos municípios,


no sentindo de combater e conscientizar sobre doenças transmitidas entre animais e
população humana, apresentando um grande risco para a saúde pública. Das
principais responsabilidades dos Centros de Zoonoses, estão: inspeções sanitárias;
controle de animais sinantrópicos e peçonhentos, impedindo propagação de
patologias transmitidas por este grupo como: pombos, ratos, mosquitos, cobras,
pulgas, escorpiões, aranhas e outros; monitoramento da dengue a partir de ações
de combate ao mosquito e transmissão de informações para precaução.
Os CCZs atuam de forma integrada, apoiados em conhecimento técnico,
propiciando dessa forma o alcance de um modelo sanitário ideal e desenvolvendo
tarefas como campanhas de vacinação contra a raiva; sistemas de castração
voltados para cães e gatos; medidas em relação ao abandono de animais pelas
ruas; adoção de medidas de controle como desratização e monitoramento em geral
de doenças de zoonoses.
Sobre a desratização, esta é uma ação muito solicitada pela população e é efetuado
pela equipe de zoonoses, onde profissionais altamente capacitados se dirigem até
as residências, prédios públicos, bueiros, visando combater o problema da
proliferação do rato (animal vetor de doenças como Hantavírus; Leptospirose; Febre
da mordida de rato; Peste bubônica: Leishmaniose cutânea dentre outras). Os
profissionais precisam conhecer os lugares, a fim de buscar alternativas e soluções
ao caso, fazendo monitoramentos constante, para efetividade do serviço.
No entanto, vale destacar que, os CCZs, apesar de terem ações de
acompanhamento de acidente por maus-tratos referente a animais, estas não
podem ser confundidas com clínicas de atendimento veterinário, como muitos
acreditam, pois não possuem equipamentos de raio x e ultrassom. Os atendimentos
referentes a zoonoses e castração são feitos em casos específicos e quando
necessários, ou mesmo, encaminhados a setores particulares para procedimentos.
Outro ponto de destaque destes centros está o caráter educativo que é
desenvolvido pelos CCZs, principalmente na divulgação de informações a
população, quanto às doenças e os métodos de tratamento e resguardo, apoiados
em treinamentos e cursos, que dão embasamento contribuindo para um trabalho
preventivo de saúde pública. Criando do ponto de vista epidemiológico, uma maior
conscientização e esclarecimento na heterogeneidade de ações, bem como na
questão humanitária, assumindo uma postura solidária e de compromisso com a
população, auxiliando no combate a diversas doenças, garantindo a preservação da
vida.
Desse modo, os CCZs desenvolvem importantes trabalhos no dia a dia, onde o
reconhecimento e a valoração dos seus funcionários diante da sociedade se tornam
imprescindível, pois reúnem profissionais capacitados, que através de
conhecimentos especializados, propiciam dentro das áreas urbanas, a construção
de ações que visam o bem-estar humano, evitando incômodos ou danos
ocasionados por animais, contribuindo com os parâmetros de saúde pública,
qualidade de vida e o bem-estar da população.

Você também pode gostar