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Disciplina 24 - Ações educativas na prevenção de doenças e ações de

cuidado desenvolvidas pelo (a) ACE referente ao manejo ambiental


Descrição de um território no bairro da Brasilândia com a situação-problema da leishmaniose
visceral:

No bairro da Brasilândia, identificamos um território com uma alta incidência de leishmaniose


visceral, uma doença transmitida pelo vetor que afeta tanto humanos quanto animais. O
problema surge devido a fatores como a presença de áreas com acúmulo de lixo, falta de
saneamento básico adequado e a proximidade de animais domésticos e selvagens, que atuam
como reservatórios do parasita causador da doença. Essas condições favoráveis à proliferação
dos vetores, geralmente mosquitos do gênero Lutzomyia, contribuem para a disseminação da
leishmaniose visceral na comunidade.

Lista das principais ações necessárias para minimizar o problema da leishmaniose visceral:

a). Melhorar o saneamento básico: Investir em infraestrutura para fornecer água potável,
tratamento de esgoto e coleta de lixo adequada no território, reduzindo os locais propícios
para a reprodução dos vetores.

b) Controle vetorial: Implementar programas de controle de vetores por meio do uso de


inseticidas, armadilhas e outras estratégias para reduzir a população de mosquitos
transmissores da leishmaniose visceral.

c) Educação em saúde: Promover campanhas educativas e de conscientização para informar a


comunidade sobre os riscos da leishmaniose visceral, as medidas de prevenção e o
reconhecimento dos sintomas da doença.

d) Manejo ambiental: Realizar a limpeza e remoção de áreas com acúmulo de lixo, entulho e
matéria orgânica em decomposição, eliminando possíveis abrigos e locais de reprodução dos
vetores.

e) Tratamento adequado dos animais: Realizar campanhas de vacinação e controle de doenças


em animais, especialmente cães, que são hospedeiros importantes da leishmaniose visceral.
Isso pode incluir a esterilização, o controle de pulgas e carrapatos, e o diagnóstico e
tratamento precoces da doença nos animais infectados.

Orientação à comunidade quanto à adoção de medidas simples de manejo ambiental para o


controle dos vetores:

Manter quintais e terrenos limpos, eliminando recipientes que possam acumular água parada,
como pneus, latas e garrafas vazias.
Utilizar telas nas janelas e portas para impedir a entrada dos vetores.

Realizar a limpeza periódica de ralos, calhas e caixas d'água para evitar o acúmulo de água
parada.

Evitar deixar restos de alimentos expostos, atraindo moscas e outros insetos que podem servir
como alimento para os vetores.

Utilizar repelentes e vestuário adequado para reduzir a exposição aos mosquitos.

Medidas de proteção individual para a prevenção da leishmaniose visceral:

Utilizar repelentes de mosquitos, preferencialmente os que contenham ingredientes ativos


recomendados por órgãos de saúde.

Usar roupas que cubram a maior parte do corpo, especialmente em áreas de alta incidência da
doença.

Evitar atividades ao ar livre durante o amanhecer e o entardecer, quando os mosquitos estão


mais ativos.

Realizar o controle de pulgas e carrapatos em animais de estimação, utilizando produtos


adequados e seguindo as orientações do médico veterinário.

Instrumentos utilizados para classificar essa situação como problema prioritário:

Indicadores epidemiológicos: Análise da incidência da leishmaniose visceral na população,


considerando o número de casos confirmados e a taxa de transmissão.

Avaliação de impacto na saúde: Identificar o impacto da doença na qualidade de vida da


população afetada, nos serviços de saúde e nos recursos disponíveis.

Participação comunitária: Consultar a comunidade local, ouvir suas preocupações e


experiências com a leishmaniose visceral, e considerar sua percepção sobre a gravidade do
problema.

Análise de custo-efetividade: Avaliar a relação entre os recursos necessários para implementar


as ações de prevenção e controle da leishmaniose visceral e os benefícios esperados em
termos de saúde pública.

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