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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

No século XIV teve uma epidemia de peste bubônica, doença infecciosa. Peste
negra ou também bubônica, é uma doença causada pela bactéria Yersínia pestis ,
que é encontrada em ratos. Ocorre por meio da picada de pulgas infectadas na
forma pneumônicas. A transmissão se dar por gotículas lançadas pela tosse no
ambiente, que matou milhões de pessoas na Europa. No fim do século XX e início
do XXI surge a AIDS. Durante muitos séculos, vários países tiveram sua população
atingidas por doenças transmissíveis que levaram a morte. E se entenderam que
esse acontecimento baseava-se na teoria miasmática, ou seja, ( teoria biológica
higimonica) que era causada pelo movimento do ar que carregava gases
pertinências originada da matéria orgânica apodrecida, resultado em águas
contaminadas e contaminando o meio ambiente.

Na época como eles ainda não tinham noção da existência de microrganismos


patogênicos, nem tão pouco da sua forma e transmissão, eles implementaram
formas de isolamento, em confinamentos, em instituições (as santa casas). Eles
também tiveram que fazer limpezas nas ruas, aterro de águas paradas, controle das
instalações de cemitérios, e o controle de alimentos como pão, carne e vinho, e a
proibição de pessoas contaminadas. A partir da primeira metade do século XX, com
o desenvolvimento do método de combate, tiveram a noção do agente infeccioso,
iniciou-se um método de combate, as vacinas. Foi tendo controle das doenças
dando-se mais importância ao indivíduo portador e ao microrganismos. Antes
acreditavam que a doença era uma consequência natural da interação, agente
infeccioso-hospedeiro.

Desse modo, a medida de controle voltavam-se prioritariamente para essa


interação, o objetivo agora era exterminar o agente infeccioso o isolar o hospedeiro.
Epidemiologia pode ser definida como a “ciência que estuda o processo saúde-
doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores
determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde
coletiva, propondo medidas de específicas de prevenção, controle ou erradicação de
doenças. O objetivo é fornecer orientação técnica permanecer para os profissionais
de saúde, que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de
controle de doenças e agravos,bem como dos fatores que condicionam numa área
geográfica ou população definida. Estilo de vida e as condições sociais,
influenciando a existência desses acometimentos populacionais, levaram os
profissionais de saúde a constatarem sua inter-relação com outros setores públicos,
o que fez com que o planejamento das ações na promoção de condições que
favorecessem a prevenção e o controle dessas doenças passasse a ser elaborado
em conjunto com os órgãos responsáveis pelo saneamento, transporte, segurança,
trabalho, agricultura, habitação e educação.

Organização dos profissionais em torno da discussão acerca desses temas e a


emergência de uma reforma do setor saúde influenciam diretamente a reformulação
do conceito de epidemiologia na qual não mais irá somente considerar a distribuição
das frequências das doenças, mas também incorporará a importância dos
determinantes sociais no processo saúde- doença, redirecionando as ações
relacionadas à prevenção e ao controle das doenças transmissíveis, bem como das
doenças não-transmissíveis e agravos. Assim, tanto no Brasil como no mundo, a
aplicação de medidas epidemiológicas viabiliza a redução do número de casos de
doenças transmissíveis, chegando-se mesmo a eliminar algumas, como a
poliomielite, e a erradicar outras, como a varíola a partir do momento em que são
controladas, perdem um pouco de sua importância anterior. Depois de um controle
considerável das doenças transmissíveis, a partir das medidas de vigilância
epidemiológica, infelizmente outro fator e tipo de doença começaram a ter um
aumento significativo, os casos de doenças não transmissíveis. Os setores de
política pública e serviços de saúde, deveriam agora solucionar e criar programas
com ações de epidemiologia para as doenças transmissíveis juntamente com as não
transmissíveis e seus agravos, tendo em vista todo o perfil da população trabalhada.
A vigilância epidemiológica é um tipo de programa que serve para reunir todas as
informações de diversas doenças de uma determinada população, procurando
assim, medidas que possam ser responsáveis pelo controle e em alguns casos, até
a erradicação de tal doença, essas informações ajudam o serviço de saúde, a
promover ações e até mesmo investir mais recursos destinados ao controle da
doença. Existem etapas que fazem com que o serviço de prevenção e controle da
vigilância epidemiológica aconteça:

Coleta de dados: Essa etapa é a organização de dados, dos locais mais


frequentados, e das pessoas, todas as informações que possam ajudar com clareza
a identificação de doenças. Eles são agrupados e estudados para ver se realmente
pode se confirmar ou descartar tal doença.

Processamento de dados: Nessa etapa todos os dados colhidos são reunidos e tem
o seu agrupamento que segue o grau de importância de cada caso. Todas as
informações colhidas são organizadas com o intuito de ter uma melhor observação e
entendimento, geralmente em tabelas, ficando assim mais fácil de ter o controle dos
casos.

Análise de dados: Essa parte, as informações que já foram coletadas são


interpretadas com o propósito de estabelecer alguma relação com as doenças e os
eventos, como um exemplo citado na apostila de Enfermagem em Saúde Pública 1
do técnico em enfermagem “ Um exemplo de se estudar um período de maior
registro de doentes com câncer de Pelé estabeleceu-se relação com o verão, época
em que as pessoas permanecem mais tempo expostas ao Sol”

Recomendação de medidas de controle e prevenção - é orientar o paciente ou


população quando a uma certa ocorrência de doenças, alguns exemplos das
medidas de precaução são as campanhas de vacinação, campanhas educativas
propagada pela televisão e escolas, entre outros.

Promoção das ações de controle e prevenção - é o planejamento e a execução de


ações como vacinações, tratamento de doentes, controle do ambiente entre outros.

Avaliação da eficácia das medidas- é a análise dos resultados das ações, é avaliar o
impacto na saúde coletiva e observar se a meta foi alcançada.

Divulgação das informações - o objetivo é mostrar os resultados que foram


alcançados de forma objetiva e simples para que fique de fácil entendimento.
Nas UBS (unidades básicas de saúde) e nos hospitais, existe informações sobre
dados da população, como por exemplo das epidemias locais, para assim ajudarem
a população e métodos de controle para que as doenças não se espalhem, com
informações de prevenção, cuidados e tratamentos, evitando assim os agravamento.
Para isso, existe a notificação, que é realizada pelos profissionais da saúde, que
controla os dados e comunicam, se necessário, pois a notificação é importante. De
acordo com o Instituto de Ciências da Saúde – Universidade Federal da Bahia: “A
subnotificação é algo marcante e se faz presente no cotidiano do SUS. Interfere
Sobremaneira nas práticas de saúde, especialmente nos agravos de notificação
Compulsória, e no perfil epidemiológico dos contingentes populacionais que sofrem
com a subnotificação, pois medidas de saúde deixam de serem tomadas gerando
agravos. E trazendo altos custos ao sistema de saúde” – diz Úrsula Martins Pimenta.
Há alguns sistemas que oferecem informações sobre a população, que são sempre
atualizadas. Alguns exemplos deles são: o SINAN, que é o Sistema Nacional de
Agravos de Notificação. O SIM- Sistema de Informações de Mortalidade. O SINASC-
Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. O SIH- Sistema de Informações
Ambulatoriais. O SISVAN- Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional e o SIAB-
Sistema de Informações sobre Ações Básicas.

MEDIDAS DE CONTROLE E PREVENÇÃO

As ações de vigilância epidemiológica exigem um planejamento para excursão das


medidas é ações a serem feitas. As ações de vigilância epidemiológica ficam sobre a
responsabilidade do governo federal da ministério da saúde. Após as discussões das
ações somente após recomendados aos estados da federação. Nele que possui as
informações referentes às saúde é doenças do Brasil. No âmbito dos estados da
Federação, as Secretarias de Saúde desempenham um papel crucial na
coordenação das ações de vigilância, priorizando intervenções com base em
informações obtidas. As centrais estaduais de regulação de transplantes
exemplificam essa vigilância, permitindo o controle de doadores, pacientes
prioritários e a disponibilidade de estrutura hospitalar. Esse enfoque regional facilita
a intervenção direta em problemas de saúde específicos, promovendo uma
comunicação eficiente entre as unidades locais. Nos municípios e regiões
administrativas, as Secretarias Municipais de Saúde e Distritos Sanitários assumem
a responsabilidade de executar práticas de vigilância mais direcionadas aos
indivíduos.

Nesse nível local, a informação sobre doenças de notificação compulsória é


essencial para o planejamento e implementação de medidas de promoção,
prevenção e controle adaptadas às necessidades da população. Essa abordagem é
conhecida como “informação para a ação”, destacando a importância da
comunicação eficaz para abordar as demandas de saúde locais. As ações de
vigilância epidemiológica variam de acordo com os objetivos a ser alcançados,
contribuindo para controle e prevenção de determinada doença ou agravo, é
importante lembrar que o seu planejamento e adoção, que o sucesso vai depender
da proximidade com os determinantes causadores da doença ou agravo sobre as
que sofrerão intervenção. Algumas medidas de vigilância são mais conhecidas pelos
profissionais, devido à frequência que são indicados e feitos. Atualmente, as ações
de vigilância epidemiológica estão centradas no controle e prevenção de doenças
transmissíveis. Dentre as mais frequentes, destaca – se :

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA: processo que permite o acompanhamento à


ocorrência de uma doença ou agravo nos indivíduos, feita mediante um inquérito
epidemiológico, ou seja, uma ficha de investigação que reúne as informações sobre
as condições relacionadas ao adoecimento do indivíduo, com vistas a implementar o
máximo de medidas necessárias para garantir a prevenção e controle, nessa ficha é
relatada a conduta adotada ao indivíduo ou a seus comunicantes. A investigação
deve ocorrer sempre que for notificado um caso suspeito de alguma doença, mesmo
que o diagnóstico não for confirmado, deve – se realizar a investigação e executar
as medidas de controle e prevenção.

BUSCA DE CASOS E VISITA DOMICILIAR: quando os serviços de epidemiologia,


recebem notificações de doenças dos clientes atendidos, eles localizam – o por meio
de aerograma, telefonemas ou visitas ao domicílio para realizar a investigação
epidemiológica.

APOIO A PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS : quando há suspeita ou confirmação


de uma doença, existe a coleta de materiais biológicos, a realização de testes e
interpretação de seus resultados são procedimentos frequentemente feito pelo
auxiliar de enfermagem.

VACINAÇÃO DE BLOQUEIO: Consiste em imunizar toda a comunidade em casos


de certas doenças. O principal objetivo desse tipo de vacinação é impedir que novas
ocorrências de determinadas enfermidades apareçam.

INTENSIFICAÇÃO DE VACINA: Trata-se de uma intensificação da imunização


contra a doença que tem grande evidência em alguns estados do país, especial
entre crianças da faixa etária priorizada, a que motivou a ampliação da proteção.

INDICAÇÃO DE RESTRIÇÃO DE CIRCULAÇÃO: Tem como objetivo não isolar o


paciente, mas sim proteger as pessoas do seu convívio para que não corram o risco
de contrair a doença.

QUIMIOPROFILAXIA: O antibiótico de escolha para a quimioprofilaxia é a


rifampicina, que deve ser administrada em dose adequada e simultaneamente a
todos os contatos próximos, preferencialmente até 48 horas da exposição à fonte de
infecção (doente), considerando o prazo de transmissibilidade e o período de
incubação da doença.

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