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Vigilância em Saúde – Tutoria 2 – Thalia – Prof.

Nilza
1. Conceber a contribuição da Vigilância em Saúde e de seus componentes na
estruturação do Sistema Único de Saúde.

O que é vigilância em saúde?


É o acompanhamento permanente da situação de saúde da população. Ela desenvolve-se
a partir de um conjunto de ações e práticas voltadas para a coleta e análise de dados
sobre os riscos de saúde associados aos territórios onde as pessoas vivem.

Suas ações envolvem a promoção da saúde, prevenção de doenças e assistência à saúde.


Para isso, a vigilância em saúde articula-se com políticas públicas regionalizadas com o
objetivo de garantir a integralidade da atenção à saúde.

Uma de suas atuações mais características é o controle de doenças transmissíveis e


epidemias. No entanto, ela abrange a saúde de forma bastante ampla, com ações
voltadas para doenças não transmissíveis, questões ambientais, sanitárias, ocupacionais,
etc.

O processo possui uma base regulatória com diretrizes e divisões do trabalho que segue
a lógica de descentralização do SUS. Isto é, ele deve ser aplicado em cada uma das
esferas de administração do país: Federal, Estadual e Municipal.

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, a Campanha de Erradicação da Varíola


(CEV), entre 1966 e 1973, poderia ser reconhecida como marco da institucionalização
das ações de vigilância no país, tendo fomentado e apoiado a organização de unidades
de vigilância epidemiológica na estrutura das secretarias estaduais de saúde.

Objetivos de um sistema de vigilância em saúde pública?


O acompanhamento do comportamento epidemiológico das doenças sob vigilância pode
ser considerado o principal objetivo dos sistemas de vigilância em saúde pública,
possibilitando a detecção precoce de surtos e epidemias e mudanças na distribuição
espacial da ocorrência das doenças, nos grupos mais afetados e na gravidade dos
quadros dessas doenças.

O sistema deve também ter como objetivo a recomendação de medidas de prevenção e


controle das doenças sob vigilância e a avaliação das medidas de intervenção adotadas.
Na vigilância de doenças transmissíveis, um dos objetivos centrais continua a ser a
interrupção das cadeias de transmissão das doenças. Além desses, um dos objetivos dos
sistemas de vigilância em saúde pública é a identificação de novos problemas de saúde
pública.

Qual a sua importância e para que serve a vigilância em saúde?


A vigilância em saúde cumpre uma função importante para a gestão dessa área. Isso
porque suas práticas são fundamentais para conhecer a realidade da população,
identificar problemas e determinar prioridades.

Com ela, o poder público é capaz de direcionar os recursos de maneira mais assertiva a
fim de obter os melhores resultados. Afinal, essas determinações produzem as
informações necessárias para que os gestores elaborem um planejamento focado nos
riscos específicos de cada região.
Para isso, é preciso analisar a situação de saúde por meio de dados como:
• Demografia: número de habitantes, faixa etária, sexo, local de residência,
migrações, etc;
• Características socioeconômicas: renda, condições de vida e trabalho;
• Cultura: hábitos, comportamentos, nível de escolaridade;
• Ambiente: abastecimento de água, saneamento básico, coleta de lixo,
habitação,transporte, segurança e lazer;
• Perfil epidemiológico: mortalidade, incidência e prevalência de doenças.

Quais são os componentes da vigilância em saúde?


A vigilância em saúde é formada por um conjunto de componentes que trabalham de
forma coordenada. Portanto, quando falamos em vigilância em saúde estamos nos
referindo a todos os seis componentes abaixo:

• Vigilância epidemiológica:
Em suma, caracteriza-se pelas atividades de controle de doenças infecciosas por meio
da coleta, processamento e interpretação de dados na investigação de surtos e
epidemias.
Sua principal função é fornecer permanentemente as orientações técnicas para os
responsáveis por tomar as decisões sobre as ações de controle dessas doenças. Outra
função da vigilância epidemiológica é divulgar as informações e analisar os resultados,
além de recomendar e promover as medidas de controle.

• Controle de doenças e agravos não transmissíveis:


A vigilância em saúde abrange o cuidado integral da saúde das pessoas. Por isso, além
das doenças transmissíveis, ela também é responsável pelo controle de doenças
crônicas. Como resultado, este componente se relaciona às políticas de promoção da
qualidade de vida a fim de reduzir a vulnerabilidade e os riscos à saúde.
Logo, as ações compreendem questões como:
o Prática regular de exercícios físicos;
o Conscientização sobre o uso de álcool e outras drogas;
o Prevenção do tabagismo;
o Redução de acidentes de trânsito;
o Desenvolvimento sustentável;
o Prevenção da violência pelo estímulo à uma cultura de paz.

• Análise da situação de saúde:


Monitoramento constante dos indicadores de saúde no país, regiões, estados e
municípios. Em outras palavras, o objetivo é conhecer a situação de saúde, desde um
recorte mais específico até uma visão macro dos principais problemas da população.
Então, para isso, deve-se realizar estudos e análises para determinar as prioridades que
irão nortear um planejamento em saúde mais abrangente.

• Vigilância ambiental em saúde:


Em primeiro lugar, o foco deste componente são os aspectos do meio ambiente que
podem significar riscos à saúde. Ou seja, presença de substâncias químicas, água para
consumo humano, poluição do ar, solo e desastres naturais.

• Saúde do trabalhador:
A vigilância da saúde do trabalhador visa promover a segurança dos trabalhadores e
garantir a recuperação e reabilitação dos trabalhadores expostos à riscos ocupacionais.

• Vigilância Sanitária:
Voltado à fiscalização e controle dos serviços e bens de consumo que possam impactar
na saúde das pessoas. O objetivo é reduzir ou eliminar os riscos associados à produção e
transporte de alimentos, medicamentos e cosméticos, e aos serviços relacionados direta
ou indiretamente à saúde.

Métodos utilizados por um sistema de vigilância em saúde pública:


A operação de um sistema de vigilância em saúde pública inclui:
• a coleta de dados
• a identificação dos problemas de saúde prioritários
• alvo do sistema
• a definição dos objetivos da vigilância de cada doença em particular
• os mecanismos de detecção e investigação de casos
• a análise e interpretação dos dados
• a recomendação das medidas pertinentes de prevenção e controle
• a divulgação de informações a todos que tenham interesse sobre elas
• a avaliação do sistema de vigilância em si e do impacto das medidas de intervenção
adotadas.

Essas ações devem ser desenvolvidas em todos os níveis de gestão do Sistema Único de
Saúde – SUS (federal, estadual e municipal), mas de maneira complementar, pois as
ações executivas são inerentes ao nível municipal de gestão, cabendo aos níveis estadual
e federal conduzir e apoiá-las, na perspectiva do fortalecimento dos sistemas municipais
de saúde.

Regulamentações de vigilância em saúde;


As ações ocorrem de forma descentralizada, porém articuladas entre as três esferas de
gestão do SUS, ou seja, Federal, Estadual e Municipal. Desse modo, o Ministério da
Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) destaca os seguintes direcionamentos:
Principais ações:
• Ações nas emergências da rede pública em estados e municípios;
• Coordenar as negociações nas diferentes instâncias do SUS, participando do
financiamento e alocação dos recursos para as ações da vigilância em saúde;
• Monitorar os indicadores das ações e serviços de vigilância em saúde em conjunto
com as Secretarias Estaduais, Municipais e do Distrito Federal;
• Gestão dos sistemas nacionais de informação que alimentam a vigilância em saúde;
• Realizar a vigilância sanitária em aeroportos, portos e fronteiras;
• Promoção de estudos e pesquisas sobre tecnologias para o aprimoramento das ações de
vigilância em saúde;
• Ações educativas e de comunicação para envolver as pessoas na vigilância em saúde;
• Revisar a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos
da Saúde Pública;
• Gestão dos estoques nacionais de insumos.

2. Detectar a importância do conhecimento da história natural da doença e mecanismos


de transmissão das doenças infecciosas com potencial epidêmico.
História natural da doença
História natural da doença é o nome dado ao conjunto de processos interativos que
compreendem “as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que
afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o
estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela
resposta do ser humano ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez,
recuperação ou morte”.

Esse modelo privilegia o entendimento da saúde como um processo, por meio do


conhecimento acumulado do campo científico, e o restabelecimento da normalidade está
fundamentado na visão positiva da saúde, que é valorizada pela noção de prevenção
sobre as doenças. Ou seja, procedimentos e ações promotoras de saúde e de prevenção
de doenças aplicadas tanto ao indivíduo quanto à coletividade de pessoas acometidas ou
não por doenças (transmissíveis ou não transmissíveis) encontram eco no âmbito do
conhecimento da saúde humana. A história natural da doença, portanto, tem
desenvolvimento em dois períodos sequenciados: o período epidemiológico e o período
patológico.

No primeiro, o interesse é dirigido para as relações suscetível-ambiente;


ao segundo interessam as modificações que se passam no organismo vivo.
Abrange, portanto, dois domínios interagentes, consecutivos e mutuamente exclusivos,
que se completam: o meio ambiente, onde ocorrem as pré-condições, e o meio interno,
locus da doença, onde se processaria, de maneira progressiva, uma série de
modificações bioquímicas, fisiológicas e histológicas próprias de uma determinada
enfermidade.

A história natural das doenças, sob esse ponto de vista, nada mais é do que um quadro
esquemático que dá suporte à descrição das múltiplas e diferentes enfermidades.
Sua utilidade maior é a de apontar os diferentes métodos de prevenção e controle,
servindo de base para a compreensão de situações reais e específicas e tornando
operacionais as medidas de prevenção.

Período de pré-patogênese:
Representa a própria evolução das inter-relações dinâmicas, que envolvem, de um lado,
os condicionantes sociais e ambientais e, do outro, os fatores próprios do suscetível, até
que chegue a uma configuração favorável à instalação da doença.
Envolve, as relações entre os agentes etiológicos da doença, o suscetível e outros fatores
ambientais que estimulam o desenvolvimento da enfermidade e as condições
socioeconômico-culturais que possibilitam a existência desses fatores.
No período de pré-patogênese, podem ocorrer situações que vão desde um mínimo de
risco até o risco máximo, dependendo dos fatores presentes e de que maneira esses
fatores se estruturam. Pessoas abastadas adoecerem de cólera é um evento de baixa
probabilidade, isto é, para os que dispõem de meios, a estrutura formada pelos fatores
predisponentes à cólera é de risco mínimo.
Pode-se entender esse modelo a partir do detalhamento dos fatores que o compõem:
• Fatores sociais
• Fatores socioeconômicos
• Fatores sociopolíticos
• Fatores socioculturais
• Fatores psicossociais
• Fatores genéticos
• Multifatorialidade

Período de patogênese:
A história natural da doença tem seguimento com sua implantação e evolução no ser
humano. É o período da patogênese. Esse período se inicia com as primeiras ações que
os agentes patogênicos exercem sobre o ser afetado. Seguem-se as perturbações
bioquímicas em nível celular, continuam com as perturbações na forma e na função e
evoluem para defeitos permanentes, cronicidade, morte ou cura. São considerados 4
níveis de evolução no período de patogênese:

• Interação estímulo-suscetível:
Nesse estágio, a doença ainda não se desenvolveu, porém estão presentes todos
os fatores necessários para sua ocorrência. Alguns fatores agem predispondo o
organismo à ação subsequente de outros agentes patógenos. A má nutrição, por
exemplo, predispõe à ação patogênica do bacilo da tuberculose; altas
concentrações de colesterol sérico contribuem para o aparecimento da doença
coronariana.
• Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas:
Nesse estágio, a doença já está implantada no organismo afetado.Embora não se
percebam manifestações clínicas, já existem alterações histológicas em nível de
percepção subclínica de caráter genérico. Essas alterações não são perceptíveis.
No entanto, ainda nesse estágio, a doença já está presente e pode ser percebida
por meio de exames clínicos ou laboratoriais orientados.
Denomina-se “horizonte clínico” a linha imaginária que separa esse estágio do
seguinte. Abaixo dessa linha se processam todas as manifestações bioquímicas,
fisiológicas e histológicas que precedem as manifestações clínicas da doença.
É o chamado período de incubação. Algumas doenças não passam desse estágio.
Devido às respostas dadas pelas defesas orgânicas, podem regredir desse estágio
patológico ao de saúde inicial. Em outros casos, a progressão se dá diretamente
para um estágio menos favorável.
• Sinais e sintomas:
Acima do horizonte clínico, os sinais iniciais da doença, ainda confusos, tornam-
se nítidos e transformam-se em sintomas. É o estágio denominado clínico,
iniciado ao ser atingida uma massa crítica de alterações funcionais no organismo
acometido.A evolução da doença encaminha-se então para um desenlace; a
doença pode passar ao período de cura, evoluir para cronicidade ou progredir
para invalidez ou para a morte.
• Cronicidade:
A evolução clínica da doença pode progredir até o estado de cronicidade ou
conduzir o doente a um dado nível da incapacidade física por tempo variável.
Pode também produzir lesões que serão, no futuro, uma porta aberta para novas
doenças. Do estado crônico, com incapacidade temporária para o desempenho de
alguma atividade específica, a doença pode evoluir para invalidez permanente
ou para a morte; em alguns casos, para a cura.

A prevenção pode ser feita nos períodos de pré-patogênese e patogênese. O


conhecimento da história natural da doença favorece o domínio das ações preventivas
necessárias.

Se um dos fundamentos da prevenção consiste em cortar elos, o conhecimento destes é


fundamental para que se atinjam os objetivos colimados. Devem ser conhecidos os
múltiplos fatores relacionados com o agente, o suscetível e o meio ambiente, e com a
evolução da doença no acometido.

A prevenção primária que se faz com a intercepção dos fatores pré-patogênicos inclui:
(a) promoção da saúde (ex: moradia adequada, escolas, alimentação adequada e etc.);
(b) proteção específica (ex: imunização, higiene pessoal e do lar, controle dos vetores e
reservatórios e etc.).

A prevenção secundária é realizada no indivíduo, já sob a ação do agente patogênico, no


nível do estado de doença, e inclui: (a) diagnóstico (ex: exames periódicos); (b)
tratamento precoce; (c) limitação da invalidez (ex: evitar sequelas, reduzir o risco de
transmissão da doença)

A prevenção terciária consiste na prevenção da incapacidade mediante a adoção de


medidas destinadas à reabilitação. Assim, o processo de reeducação e readaptação de
pessoas com defeitos após acidentes ou devido a sequelas de doenças é exemplo de
prevenção em nível terciário. (Ex: fisioterapia, terapia ocupacional, melhoria da
qualidade de vida e etc.).

Mecanismos de transmissão de doenças infecciosas


A doença infecciosa é a doença clinicamente manifesta do ser humano ou dos animais,
resultado de uma infecção. Toda doença contagiosa é infecciosa. O inverso não é
verdadeiro. A maioria das doenças infecciosas está associada à pobreza e ao
subdesenvolvimento.
• Período de incubação:
O período de incubação consiste no intervalo de tempo decorrente entre a
exposição a um agente infeccioso e o aparecimento de sinais ou sintomas da
doença. É extremamente variável, desde algumas horas (cólera) até meses ou
anos (hanseníase, AIDS).
• Período de transmissibilidade:
Período durante o qual o agente infeccioso pode ser transferido, direta ou
indiretamente, de uma pessoa infectada a outra, ou de um animal infectado ao
ser humano, ou de um ser humano infectado a um animal, inclusive artrópodes.
Reservatório de agentes infecciosos é o ser humano ou animal, artrópode, planta, solo
ou matéria inanimada (ou uma combinação desses), em que um agente infeccioso
normalmente vive e se multiplica em condições de dependência primordial para a
sobrevivência e no qual se reproduz de modo a poder ser transmitido a um hospedeiro
suscetível.
São chamadas antroponoses as doenças nas quais o ser humano é o único reservatório,
único hospedeiro e único suscetível. Estão nessa categoria a coqueluche, a gripe, a
AIDS e a febre tifoide, por exemplo. Os animais e os vegetais também atuam como
reservatórios.
Zoonoses são infecções comuns ao ser humano e a outros animais.
Vetores são seres vivos que veiculam o agente desde o reservatório até o hospedeiro
potencial.

• Transmissão
Transmite-se algo de uma fonte para um receptor utilizando-se de meios materiais para
o transporte.

Transmissão de agentes infecciosos:


Trata-se do processo pelo qual o agente infeccioso, oriundo de um indivíduo infectado,
pessoa ou animal, com passagem ou não por intermediários vivos ou por objeto ou
material inanimado, tem acesso ao meio interno de um novo hospedeiro.
Generalizando a partir dos processos transmissíveis particulares, pode-se afirmar que,
na maioria dos casos, a transmissão do agente infeccioso é efetivada em três etapas,
todas elas atribuídas de importância epidemiológica: saída do agente infeccioso, estágio
no ambiente e entrada num novo hospedeiro.

São fatores vivos essenciais num módulo de transmissão: o indivíduo infectado e dotado
de poder infectante, o agente infeccioso e o indivíduo suscetível ou infectável, que se
transmutará no indivíduo infectado na etapa seguinte.

VEÍCULOS:
Veículos são objetos ou materiais contaminados que sirvam de meio mecânico,
auxiliando um agente infeccioso a ser transportado e introduzido num hospedeiro
suscetível.
São veículos: a água, o leite, outros alimentos e objetos contaminados.
Denomina-se contaminação a presença de agente infeccioso na superfície do corpo, no
vestuário e nas roupas de cama, em brinquedos, instrumentos cirúrgicos, em outros
objetos inanimados ou na água, no leite ou em outros alimentos.
Principais veículos e exemplos de doenças transmissíveis:

TRANSMISSÃO HORIZONTAL:
São considerados modos de transmissão horizontal aqueles em que o agente infeccioso
é passado de uma pessoa a outra num grupo de pessoas. Essa transmissão pode ser
direta ou indireta.

Transmissão direta imediata:


Denomina-se transmissão direta imediata o mecanismo segundo o qual um substrato
vital, eliminado por um indivíduo infectado em relação íntima com o suscetível, carreia
consigo o bioagente patogênico, sem passagem pelo meio ambiente, até o meio interno
do indivíduo suscetível, onde se desenvolve ou se multiplica, estabelecendo a infecção.
A esse mecanismo de transmissão dá-se o nome de contágio imediato ou contato direto.

Transmissão direta mediata:


Denomina-se transmissão direta mediata ou contágio mediato o mecanismo segundo o
qual um substrato vital, eliminado por um indivíduo infectado situado nas proximidades
de um suscetível, carreia consigo o bioagente patogênico, com passagem reduzida pelo
meio ambiente, até o meio interno do indivíduo suscetível, onde se desenvolve ou se
multiplica, estabelecendo a infecção.
As doenças cujos agentes causais são transmitidos por contato imediato ou por contato
mediato são denominadas doenças contagiosas.

Transmissão indireta:
Denomina-se transmissão indireta o mecanismo segundo o qual bioagentes patogênicos,
montados ou não no substrato com o qual são eliminados, necessitam de um suporte
mediatizador, veículo ou hospedeiro intermediário para percorrer toda ou parte da
distância que separa o indivíduo infectado do suscetível, onde deverá desenvolver-se ou
multiplicar-se, estabelecendo a infecção. A transmissão indireta poderá ser efetivada,
conforme visto anteriormente, com a introdução dos seguintes intermediários: veículo,
vetor mecânico, vetor biológico ou a combinação destes. Exemplificam-se, a seguir,
alguns dos mecanismos de transmissão indireta envolvendo hospedeiro intercalado
(esquistossomose), vetor biológico (doença de Chagas) e veículo (cólera).

TRANSMISSÃO VERTICAL:
A transmissão vertical ocorre durante o processo de reprodução (através do esperma ou
óvulo), desenvolvimento fetal ou parto. Esse tipo de transmissão pode ocorrer em casos
de AIDS, encefelalite herpética, sífilis congênita, rubéola congênita e citomegalovirose,
entre outras. A transmissão vertical da sífilis tem como consequência a sífilis congênita.

3. Explicar o processo de definição da Lista Nacional de agravos/doenças de notificação


compulsória debatendo os instrumentos indispensáveis no exercício da medicina.

Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN


O Sinan tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar dados gerados pelo Sistema
de Vigilância Epidemiológica das três esferas de govemo, por intermédio de uma rede
informatizada, para apoiar o processo de investigação e dar subsídios à análise das
informações de vigilância epidemiológica das doenças de notificação compulsória, além
de vir a indicar os riscos aos quais as pessoas estão sujeitas, contribuindo, assim, para a
identificação da realidade epidemiológica de determinada área geográfica.

O Sinan foi implantado de forma gradual a partir de 1993; no entanto, essa implantação
aconteceu nas unidades federadas e municípios sem uma coordenação e
acompanhamento por parte dos gestores de saúde nas três esferas de governo. Antes
dessa data, os dados sobre notificação de doenças e agravos eram disponibilizados para
o nível nacional através de Boletim Epidemiológico da Fundação Serviços de Saúde
Pública (FSESP), que recebia e consolidava os dados oriundos das unidades de
vigilância epidemiológica das secretarias estaduais.

A partir de 1998 torna-se obrigatória a alimentação do sistema pelos municípios, estados


e Distrito Federal, estando desde 2003 sob a gestão nacional da Secretaria de Vigilância
em Saúde do Ministério da Saúde.

Apresentação do sistema:
O Sinan é alimentado pela Ficha Individual de Notificação (FIN) e pela Ficha
Individual de Investigação (FII) de casos de doenças e agravos que constam da Lista
Nacional de Doenças de Notificação Compulsória (LNDC), conforme a Portaria 204, de
17 de fevereiro de 2016, sendo facultada a estados e municípios a inclusão de outros
agravos e problemas de saúde regionais importantes para o estado.

A FIN é comum para todos os agravos e é preenchida pelas unidades notificantes para
cada paciente quando da suspeita da ocorrência de problema de saúde de notificação
compulsória ou de interesse nacional, estadual ou municipal.
O sistema também disponibiliza a FII, que possibilita a identificação da fonte de
infecção e dos mecanismos de transmissão da doença e a confirmação ou o descarte da
suspeita.
Notificação Compulsória
A notificação compulsória é a comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada
pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde,
públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo
ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal.

A notificação deve ser realizada por meio do Sistema de Informação de Agravos de


Notificação - Sinan que é alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de
casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação
compulsória, mas é facultado a estados e municípios incluírem outros problemas de
saúde importantes em sua região.
Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico dinâmico da ocorrência de um
evento na população, podendo fornecer subsídios para explicações causais dos agravos
de notificação compulsória, além de vir a indicar riscos aos quais as pessoas estão
sujeitas, contribuindo assim, para a identificação da realidade epidemiológica de
determinada área geográfica.

O seu uso sistemático, de forma descentralizada, contribui para a democratização da


informação, permitindo que todos os profissionais de saúde tenham acesso à informação
e as tornem disponíveis para a comunidade. É, portanto, um instrumento relevante para
auxiliar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir
que seja avaliado o impacto das intervenções.

Para incorporar um agravo ou doença à lista de notificação compulsória é necessário


considerar alguns aspectos, a exemplo de características que possam apresentar riscos à
saúde pública: potencial para surto ou epidemia; doença ou agravo de causa
desconhecida; alteração no padrão clínico-epidemiológico das doenças conhecidas;
considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a
transcendência e a vulnerabilidade na população.

A Lista Nacional de Agravos/Doenças de Notificação Compulsória (LNDN) é uma


ferramenta fundamental no campo da saúde pública que visa monitorar e controlar a
ocorrência de doenças e agravos que possuem importância epidemiológica e impacto na
saúde da população.
A LNDN é uma lista oficial de doenças e agravos que os profissionais de saúde são
legalmente obrigados a notificar às autoridades de saúde, permitindo uma vigilância
epidemiológica eficaz.

Processo de definição da lista nacional de agravos/doenças de notficação


compulsória

Identificação e Seleção: O processo começa com a identificação de doenças e agravos


que são considerados de notificação compulsória. Isso envolve revisões regulares da
literatura médica, estudos epidemiológicos, análise de tendências de saúde e revisões de
experiências internacionais. O Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde Estaduais
e Municipais desempenham um papel central nessa etapa.

Avaliação da Importância Epidemiológica: Uma das principais considerações na


inclusão de uma doença na LNDN é a sua importância epidemiológica. Isso envolve
avaliar a incidência, a gravidade, a letalidade e a capacidade de disseminação da doença
na população. Doenças com potencial de causar epidemias, afetar gravemente a saúde
ou resultar em mortes frequentemente são priorizadas.

Avaliação do Impacto na Saúde Pública: Além da importância epidemiológica, o


impacto na saúde pública é avaliado. Isso inclui o impacto econômico, social e de saúde
da doença na sociedade. Doenças que sobrecarregam os serviços de saúde, causam
perda de produtividade e prejudicam a qualidade de vida são consideradas relevantes.

Capacidade de Intervenção: A capacidade de intervenção também é um fator crucial.


Doenças para as quais existem medidas eficazes de prevenção, controle, tratamento ou
erradicação têm maior probabilidade de serem incluídas na LNDN.

Consenso Técnico-Científico: A definição da LNDN é baseada em consenso técnico-


científico, envolvendo especialistas em epidemiologia, medicina, microbiologia, entre
outras áreas. É importante contar com a contribuição de profissionais experientes para
garantir que a lista seja atualizada e relevante.

Instrumentos Indispensáveis no Exercício da Medicina relacionados à LNDN:


Notificação Obrigatória: Médicos e outros profissionais de saúde são obrigados a
notificar casos de doenças da LNDN às autoridades de saúde competentes. A notificação
é um instrumento essencial para monitorar surtos, rastrear tendências e tomar medidas
de controle.

Vigilância Epidemiológica: A LNDN é a base da vigilância epidemiológica, que é a


coleta, análise e interpretação de dados de saúde. Os profissionais de saúde utilizam
esses dados para identificar tendências, tomar medidas de controle e avaliar o impacto
das ações de saúde pública.

Medidas de Prevenção e Controle: Conhecimento da LNDN é essencial para orientar as


medidas de prevenção e controle de doenças. Os médicos devem estar cientes das
práticas de isolamento, quimioprofilaxia, vacinação e outras intervenções relacionadas
às doenças da lista.

Comunicação de Risco: Em situações de surtos ou epidemias de doenças da LNDN, os


profissionais de saúde desempenham um papel crucial na comunicação de risco à
população. Isso envolve informar o público sobre as medidas de prevenção, os sintomas
e as ações a serem tomadas em caso de exposição

4. Debater sobre os conceitos de emergência e reemergência em Saúde Pública e como


ocorre a integração da Vigilância em Saúde com a atenção à saúde nos diversos níveis
no SUS.

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Emergência em Saúde Pública:
Uma emergência em Saúde Pública refere-se a eventos ou situações súbitas que
representam uma ameaça significativa para a saúde da população. Isso pode incluir
surtos de doenças infecciosas, desastres naturais, eventos químicos ou radiológicos,
entre outros. Essas situações exigem uma resposta imediata e coordenada das
autoridades de saúde para minimizar os danos e proteger a saúde da população.
A integração da Vigilância em Saúde com a atenção à saúde nos diversos níveis do SUS
durante uma emergência envolve:

1. Detecção e Notificação: A detecção de uma emergência em saúde pública


começa com a Vigilância em Saúde, que monitora constantemente a situação
epidemiológica. Profissionais de saúde, laboratórios clínicos e hospitais
desempenham um papel fundamental na notificação de casos suspeitos. Essa
notificação é realizada por meio de sistemas de vigilância, que coletam,
analisam e reportam informações para as autoridades de saúde.
2. Resposta Rápida: Uma vez identificada uma emergência, a resposta deve ser
imediata. A atenção à saúde entra em ação para fornecer assistência médica aos
afetados e implementar medidas de controle, como isolamento de pacientes,
rastreamento de contatos e vacinação em massa, quando necessário.
3. Gestão de Recursos: Os gestores de saúde devem coordenar a alocação de
recursos, incluindo leitos hospitalares, profissionais de saúde, equipamentos de
proteção e medicamentos. O planejamento estratégico e a logística
desempenham um papel fundamental para garantir que os recursos estejam
disponíveis onde são mais necessários.
4. Comunicação com a População: A comunicação em saúde desempenha um papel
crítico para manter a população informada sobre a emergência, medidas de
prevenção e cuidados a serem adotados. Isso inclui estratégias de educação em
saúde e o uso de canais de comunicação eficazes.

Reemergência em Saúde Pública:


A reemergência em Saúde Pública refere-se ao reaparecimento de doenças ou agravos
que estavam sob controle, mas que ressurgem devido a vários fatores, como a
diminuição da imunização da população, mudanças nos padrões de transmissão,
resistência a antimicrobianos, entre outros. Um exemplo é o ressurgimento de doenças
infecciosas como o sarampo em áreas onde a imunização havia sido bem-sucedida.

A integração da Vigilância em Saúde com a atenção à saúde nos diversos níveis do SUS
durante uma reemergência envolve:

1. Monitoramento e Vigilância Constante: A Vigilância em Saúde deve monitorar


de perto as tendências epidemiológicas e identificar os fatores que contribuem
para a reemergência da doença.
2. Revisão de Estratégias de Controle: Com base nas informações coletadas, as
estratégias de controle e prevenção da doença devem ser revistas e adaptadas
para enfrentar os desafios específicos da reemergência.
3. Vacinação e Imunização: A imunização desempenha um papel fundamental na
prevenção de reemergências de doenças infecciosas. É importante garantir altas
taxas de vacinação na população para evitar a ressurgência de doenças evitáveis

A reemergência envolve doenças que estavam sob controle, mas que ressurgem devido a
diversos fatores, como:

1. Diminuição da imunização da população: O relaxamento na cobertura vacinal


pode levar ao ressurgimento de doenças evitáveis por vacinação.
2. Mudanças nos padrões de transmissão: Variações na transmissão de doenças
podem levar a surtos inesperados.
3. Resistência a antimicrobianos: O uso inadequado de antibióticos pode contribuir
para o surgimento de cepas resistentes de patógenos.

Integração da Vigilância em Saúde com a atenção à saúde no SUS ocorre através


de:

1. Rede de Atenção à Saúde: O SUS é organizado em uma rede hierárquica de


atenção à saúde que inclui atenção primária, secundária e terciária. A Vigilância
em Saúde está presente em todos esses níveis, permitindo a coleta, análise e
comunicação de informações relevantes.
2. Educação Continuada: Profissionais de saúde recebem treinamento contínuo
para reconhecer, notificar e responder a emergências e reemergências, seguindo
diretrizes e protocolos estabelecidos.
3. Gestão Integrada: As autoridades de saúde em diferentes níveis trabalham em
conjunto para coordenar a resposta a emergências e reemergências, alocando
recursos e tomando decisões estratégicas.

Em resumo, a integração da Vigilância em Saúde com a atenção à saúde no SUS é


essencial para detectar, prevenir e responder eficazmente a situações de emergência e
reemergência em saúde pública. Isso garante uma abordagem abrangente e coordenada
para proteger a saúde da população brasileira.

Luiz Paulo
Doenças infecciosas emergentes são as que surgiram recentemente numa população ou
as que ameaçam expandir-se em futuro próximo.

Doenças infecciosas reemergentes são aquelas causadas por microrganismos bem


conhecidos que estavam sob controle, mas se tornaram resistentes aos agentes
antimicrobianos comuns (por exemplo, malária, tuberculose) ou estão se expandindo
rapidamente em incidência ou em área geográfica (por exemplo, como ocorreu com a
cólera nas Américas). Essas infecções também incluem as “deliberadamente
emergentes” (por exemplo, as que são decorrentes de bioterrorismo).

FATORES ASSOCIADOS À EMERGÊNCIA DE DOENÇAS INFECCIOSAS:


Três etapas são necessárias para que ocorram a emergência e a reemergência de uma
doença viral:
1. Introdução de um patógeno viral numa nova espécie de hospedeiro.
2. Adaptação do patógeno ao novo hospedeiro.
3. Disseminação do patógeno para uma grande quantidade de indivíduos da nova
espécie para desencadear surtos, epidemias ou pandemias.

Art. 6o Para efeito desta Política (PNVS) serão utilizadas as seguintes definições:
I – Ações laboratoriais: aquelas que propiciam o conhecimento e a investigação
diagnóstica de doenças e agravos e a verificação da qualidade de produtos de interesse
de saúde pública e do padrão de conformidade de amostras ambientais, mediante estudo,
pesquisa e análises de ensaios relacionados aos riscos epidemiológicos, sanitários,
ambientais e do processo produtivo.
II – Ações de promoção da saúde: estimular a promoção da saúde como parte da
integralidade do cuidado na Rede de Atenção à Saúde, articuladas com as demais redes
de proteção social, abrangendo atividades voltadas para adoção de práticas sociais e de
saúde centradas na equidade, na participação e no controle social, para o favorecimento
da mobilidade humana e a acessibilidade e promovendo a cultura da paz em
comunidades, territórios e municípios.
III – Análise de situação de saúde: ações de monitoramento contínuo da situação de
saúde da população do País, Estado, Região, Município ou áreas de abrangência de
equipes de atenção à saúde, por estudos e análises que identifiquem e expliquem
problemas de saúde e o comportamento dos principais indicadores de saúde,
contribuindo para um planejamento de saúde abrangente.
IV – Centro de Informação e Assistência Toxicológica: Estabelecimento de saúde ou
serviço de referência em Toxicologia Clínica com atuação em regime de plantão
permanente, podendo prestar atendimento via teleatendimento exclusivo ou via
teleatendimento e presencial, provendo informações toxicológicas aos profissionais da
saúde, à população e a instituições, relativas a intoxicações agudas e crônicas e
acidentes com animais peçonhentos.
V – Emergência em saúde pública: situação que demanda o emprego urgente de
medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.
VI – Integralidade da atenção: um conjunto articulado de ações e serviços preventivos e
curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de
complexidade do sistema. Deve compreender o acesso às ações, serviços e produtos
seguros e eficazes, indispensáveis para as necessidades de saúde da população,
objetivando promover a qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e os riscos à saúde
relacionados aos seus determinantes e condicionantes.
VII – Linha de Cuidado (LC): uma forma de articulação de recursos e das práticas de
produção de saúde, orientadas por diretrizes clínicas, entre as unidades de atenção de
uma dada região de saúde, para a condução oportuna, ágil e singular, dos usuários pelas
possibilidades de diagnóstico e terapia, em resposta às necessidades epidemiológicas de
maior relevância.
VIII – Modelo de Atenção à Saúde: sistema lógico que organiza o funcionamento das
redes de atenção à saúde, articulando, de forma singular, as relações entre os
componentes da rede e as intervenções sanitárias, definido em função da visão
prevalecente da saúde, das situações demográfica e epidemiológica e dos determinantes
sociais da saúde, vigentes em determinado tempo e em determinada sociedade.
IX – Rede de Atenção à Saúde: arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de
diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas técnico,
logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado.
X – Vigilância em saúde ambiental: conjunto de ações e serviços que propiciam o
conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do
meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e
adotar medidas de promoção à saúde, prevenção e monitoramento dos fatores de riscos
relacionados às doenças ou agravos à saúde.
XI – Vigilância em saúde do trabalhador e da trabalhadora: conjunto de ações que visam
promoção da saúde, prevenção da morbimortalidade e redução de riscos e
vulnerabilidades na população trabalhadora, por meio da integração de ações que
intervenham nas doenças e agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de
desenvolvimento, de processos produtivos e de trabalho.
XII – Vigilância epidemiológica: conjunto de ações que proporcionam o conhecimento
e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes da saúde
individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção
e controle das doenças, transmissíveis e não-transmissíveis, e agravos à saúde.
XIII – Vigilância sanitária: conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir
riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do ambiente, da
produção e circulação de bens e da prestação de serviços do interesse da saúde. Abrange
a prestação de serviços e o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente se
relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao
consumo e descarte.
XIV – Vulnerabilidade: designa tanto os processos geradores quanto as características
das populações e territórios que possuem maiores dificuldades em absorver os impactos
decorrentes de diferentes e variados graus de eventos de risco
XV – Risco: Compreende a probabilidade de ocorrência de evento adverso ou
inesperado, que cause doença, danos à saúde ou morte em um ou mais membros da
população, em determinado lugar, num dado período de tempo.

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