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Política Nacional de

Vigilância em Saúde
Profª.: Luzeni Garcez Souza
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Transição
epidemiológica

Antigos e novos Transição


riscos demográfica

Emergências
Determinantes
em saúde
sociais
pública

Novas
tecnologias
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE

 Documento base da PNVS: Portaria GM/MS nº


1.378/2013.

 Estruturação do documento:
• Objetivos
• Princípios
• Processos de trabalho
• Diretrizes • Regionalização
• Inserção na Rede de Atenção à Saúde
• Responsabilidades
• Planejamento, monitoramento e
• Organização da Vigilância em Saúde: avaliação
• Sistemas de informação
• Financiamento • Comunicação
• Educação
• Emergências
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE

 OBJETIVO:

 Definir os fundamentos básicos da organização e das


práticas da vigilância em saúde no Sistema Único de
Saúde, com a finalidade de promover e proteger a
saúde da população.
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE
 PRINCÍPIOS:

Princípio→ causa primária, base ou fundamento capaz de


direcionar valores na esfera individual e coletiva.

 Utilização da epidemiologia e do mapeamento de


risco sanitário e ambiental para o conhecimento do
território e estabelecimento de prioridades nos
processos de planejamento, na alocação de recursos e na
orientação programática;

 Articulação das ações de vigilância em saúde com as


demais ações e serviços desenvolvidos e ofertados no
Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir a
integralidade da atenção à saúde da população;
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE

 Descentralização político-administrativa, com


direção única em cada esfera de governo;

 Inserção da vigilância em saúde no processo de


regionalização das ações e serviços de saúde;

 Identificação dos condicionantes e


determinantes de saúde no território, respeitando
o princípio da equidade;

 Acesso universal e contínuo a ações e serviços


de vigilância em saúde;
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE
Participação da sociedade de forma a ampliar sua
autonomia, emancipação e envolvimento na
construção da consciência sanitária, na organização e
orientação dos serviços de saúde e no exercício do
controle social;

 Cooperação e articulação intra e intersetorial


para ampliar a atuação sobre determinantes e
condicionantes de saúde;

 Garantia do direito das pessoas e da sociedade


às informações geradas pela Vigilância em Saúde,
respeitadas as limitações éticas e legais.
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE

 DIRETRIZES:

Diretrizes→ Linhas que fundamentam as ações e


explicitam as finalidades da Política.

 Articular e pactuar responsabilidades das três


esferas de governo, consonante com os princípios
do SUS, respeitando a diversidade e
especificidade locorregional;

 Abranger ações voltadas à saúde pública, com


intervenções individuais ou coletivas, prestadas por
serviços de vigilância sanitária, epidemiológica, em
saúde ambiental e em saúde do trabalhador, em
todos os pontos de atenção;
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE
 Construir práticas de gestão e de trabalho que
assegurem a integralidade do cuidado, com a inserção
das ações de vigilância em saúde em toda a Rede de
Atenção à Saúde e em especial na Atenção Primária,
como coordenadora do cuidado;

 Integrar as práticas e processos de trabalho das


vigilâncias epidemiológica, sanitária, em saúde
ambiental e do trabalhador e dos laboratórios de saúde
pública, preservando suas especificidades, compartilhando
saberes e tecnologias, promovendo o trabalho
multiprofissional e interdisciplinar;

 Promover a cooperação e o intercâmbio técnico


científico no âmbito nacional e internacional;
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE

 Atuar na gestão de risco por meio de estratégias


para a identificação, planejamento, intervenção,
regulação, comunicação e monitoramento de riscos,
doenças e agravos à população;

 Promover análise da situação da saúde da


população de forma a fortalecer gestão e práticas em
saúde coletiva com base em evidências;

 Avaliar o impacto de novas tecnologias e


serviços relacionados à saúde de forma a prevenir
riscos e eventos adversos.
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE

 RESPONSABILIDADES:

 Foram assumidas as competências de cada esfera de


governo previstas na Portaria GM/MS nº 1.378/2013.
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE

2. Regionalização: deve orientar a descentralização das


ações e os processos de negociação e pactuação →
Vigilância inserida no processo

3. Inserção da vigilância em saúde na Rede de


Atenção à Saúde
➢ Atenção integral depende da inserção das ações de
promoção e vigilância em saúde na organização das Redes
de Atenção à Saúde, em especial na Atenção Primária à
Saúde:

➢ Atribuições e responsabilidades definidas;


➢ Integração dos processos de trabalho, planejamento, programação,
monitoramento, avaliação;
➢ Educação permanente.
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE
4. Planejamento, monitoramento e avaliação
➢ Construção de agendas estratégicas com objetivos claros e bem
definidos;
➢ Aprimoramento de informações e monitoramento sistemático de
resultados;
➢ Base: análise da situação de saúde;
➢ Programação em consonância com o estabelecido nos planos de
saúde.

5. Sistemas de Informação
➢ Integração dos sistemas;
➢ Disseminação de dados e informações que atendam às
necessidades de usuários, profissionais, gestores, prestadores de
serviço e controle social, ressalvadas as questões éticas, de sigilo
profissional e o disposto na Lei 12.527/2011.
POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE
6. Comunicação: possui três funções:
➢ Alerta de risco sanitário→ mudança imediata de comportamentos individuais ou
implementação de medidas de caráter coletivo;
➢ Disponibilização de material técnico científico→ aperfeiçoamento das ações. Ação de rotina,
atualizada e dirigida a públicos específicos, utilizando meios adequados para alcançar suas
finalidades;
➢ Mobilização social→ ampliar o comprometimento da população com a eliminação ou
redução de riscos.

7. Educação
➢ Expansão e qualificação da vigilância em todos os pontos de atenção;
➢ Adoção de novos modelos de educação permanente, com metodologias
apropriadas e inovadoras.

8. Emergências

➢ Resposta oportuna e proporcional às emergências.


POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE
 FINANCIAMENTO:

 O financiamento das ações da vigilância em saúde deve


ser garantido de forma tripartite, contínua,
assegurando os recursos e tecnologias necessários
ao cumprimento do papel institucional das três esferas de
gestão, bem como deve contribuir para o
aperfeiçoamento e melhoria da qualidade de suas
ações.

 As responsabilidades, os requisitos, as prerrogativas, bem


como os critérios e mecanismos de transferência dos
recursos federais para os estados, municípios e Distrito
Federal estão definidos pela normativa vigente do SUS.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
 VigilânciaSanitária é consentida pela Lei Federal
nº 8.080 de 19 de setembro de 1990;

"Entende-se, por vigilância sanitária, um conjunto


de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir
riscos à saúde e de intervir nos problemas
sanitários decorrentes do meio ambiente, da
produção e circulação de bens e da prestação de
serviços de interesse da saúde, abrangendo: o
controle de bens de consumo que, direta ou
indiretamente, se relacionem com a saúde,
compreendidas todas as etapas e processos, da
produção ao consumo; e o controle da prestação de
serviços que se relacionam direta ou indiretamente
com a saúde."
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
 Possui a missão de promover e proteger a saúde
da população por meio de estratégias e ações de
educação e fiscalização.

 Com sua ação comunicativa busca mobilizar e


motivar a população a aderir as práticas
sanitárias que estimulam mudanças de
comportamento, formação da consciência
sanitária e a promoção da saúde.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
 O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
compreende o conjunto de ações definido pelo § 1º do
art. 6º e pelos arts. 15 a 18 da Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990.

 De acordo com a LEI Nº 9.782, DE 26 DE JANEIRO


DE 1999 que define o Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária, compete a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária-ANVISA, do Ministério da
Saúde o papel de coordenar, com o objetivo de
regulamentar e executar as ações com abrangência
nacional.

 Instrumento privilegiado que o SUS dispõe para realizar


seu objetivo de prevenção e promoção da saúde.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
 O SNVS é organizado e estruturado nos três
níveis de governo:

 Federal - Agência Nacional de Vigilância Sanitária


(Anvisa) e o Instituto Nacional de Controle de
Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz);

 Estadual - estão o órgão de vigilância sanitária e o


Laboratório Central (Lacen) de cada uma das 27 UF;

 Municipal - estão os serviços dos 5561 municípios


brasileiros, muitos dos quais ainda em fase de
organização.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
 Responsabilidades:
ANVISA : Estado:

• Participar na formulação e na • Promover a descentralização para os


implementação das políticas de ações em municípios;
Vigilância Sanitária; • Prestar apoio técnico e financeiro aos
• Participar da definição de norma se Municípios;
mecanismos de controle; • Coordenar e em caráter complementar e
• Prestar cooperação técnica e financeira ou suplementar, executar ações de
aos Estados, DF e municípios; Vigilância Sanitária;
• Capacitação de recursos humanos • Normatizar;
• Capacitar.

Município:
Planejar, organizar, controlar e avaliar ações;
•Executar serviços de vigilância sanitária;
•Normatizar complementarmente no seu âmbito de atuação.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Inspeção Sanitária
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
 O Poder de Polícia:

PODER DE POLÍCIA: Conjunto de atribuições concedidas a


administração para disciplinar e restringir, em favor do
interesse publico, adequando direitos e liberdades
individuais, tendo como principal característica a
coercitividade e admitindo até o emprego da força para o seu
cumprimento

PODER DE POLÍCIA SANITÁRIO: Caracteriza-se pela


natureza do objetivo pretendido, que é o de evitar o fato
danoso à saúde da população é precedido de ações educativas,
de informações amplas sobre as restrições que a lei sanitária
impõe às atividades pública e privada, e da notificação no
sentido de alertar para a irregularidade constatada

O PODER DE POLÍCIA SANITÁRIO É UM


INSTRUMENTO DE DEFESA COLETIVO
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
 Atividades Emergenciais:
 Surtos Infecções Hospitalares

 Intoxicações

 Apreensões de Produtos
VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Penalidades:
Advertência
Multa
Apreensão Definitiva
Interdição
Cassação de Licença Sanitária
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 A Vigilância Epidemiológica é definida
pela Lei n° 8.080/90 como:

“Um conjunto de ações que proporciona o


conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva,
com a finalidade de recomendar e adotar as
medidas de prevenção e controle das doenças ou
agravos”.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Conceitos importantes:

 Surto
 Epidemia
 Endemia
 Pandemia
 Doenças emergentes
 Doenças reemergentes
 Doenças erradicadas
SURTO
Acontece quando há o aumento repentino do número de
casos de uma doença em uma região específica. Para ser
considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do
que o esperado pelas autoridades. Em algumas cidades
(como Itajaí-SC), a dengue é tratada como surto (e não
como epidemia), pois acontece em regiões específicas
(um bairro, por exemplo).
EPIDEMIA
Caracteriza-se quando um surto acontece em diversas
regiões. Uma epidemia a nível municipal acontece
quando diversos bairros apresentam uma doença, a
epidemia a nível estadual acontece quando diversas
cidades têm casos e a epidemia nacional acontece
quando há casos em diversas regiões do país....
ENDEMIA
Não está relacionada a uma questão quantitativa. Uma
doença é classificada como endêmica (típica) de uma
região quando acontece com muita frequência no local.
As doenças endêmicas podem ser sazonais. A febre
amarela, por exemplo, é considerada uma doença
endêmica da região Norte do Brasil. ...
PANDEMIA
Em uma escala de gravidade, a pandemia é o pior dos
cenários. Ela acontece quando uma epidemia se espalha
por diversas regiões do planeta. Em 2009, a gripe A (ou
gripe suína) passou de epidemia para pandemia quando a
OMS começou a registrar casos nos seis continentes do
mundo. A aids, apesar de estar diminuindo no mundo,
também é considerada uma pandemia.
DOENÇAS ERRADICADAS
Erradicar no seu termo amplo significa extirpar,
desarraigar, ato ou ação de eliminar.

- Tratando-se então das doenças veremos que através da


busca da erradicação, poderemos chegar a eliminação
total da doença, inclusive de suas causas.

-
DOENÇAS ERRADICADAS
Como exemplo temos a varíola, que foi erradicada
mundialmente por volta do ano de 1970. Regionalmente,
na América a poliomielite foi eliminada no ano de 1994, e
o sarampo foi eliminado no Brasil no ano 2000, mas ainda
mata crianças em outras partes do mundo,
principalmente na África.

- Sarampo, pólio, rubéola e difteria: doenças erradicadas


voltam a ameaçar o País
DOENÇAS ERRADICADAS
No Amazonas e em Roraima, com o surto de sarampo,
ocorreram cerca de 500 casos confirmados e mais de 1,5
mil em investigação em 2018.

No outro extremo do país, o Rio Grande do Sul também


confirmou seis casos da doença em 2018.
DOENÇAS ERRADICADAS
Uma série de fatores compromete o sucesso da
imunização no país, incluindo a falta de conhecimento
sobre doenças consideradas erradicadas, a divulgação de
fake news via redes sociais e os horários limitados de
funcionamento de postos de saúde.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 O interesse em acompanhar a ocorrência de
doenças em comunidades com o sentido de
prevenir suas disseminações existe desde épocas
remotas.

 Ao longo do trajeto histórico o comportamento


das doenças sofreram modificações em
decorrência da interação e ação do homem com o
meio ambiente, sua mobilidade.

 O papel da vigilância epidemiológica não se


restringe à interrupção da cadeia de transmissão
de uma doença, mas intervir sobre os
acontecimentos que podem originar os agravos a
saúde.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 O que é a V.E???

A vigilância epidemiológica de uma doença é


fundamental para a prevenção de uma doença e
seu controle.
A vigilância é definida como “ uma sistemática
coleta, armazenamento, análise e interpretação de
dados e disseminação de informação para aqueles
que necessitam saber ordenar a ação que devem
tomar”.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 OBJETIVO PRINCIPAL:

 Fornecer orientação técnica permanente para os


profissionais de saúde;

 Os profissionais têm a responsabilidade de decidir sobre a


execução de ações de controle de doenças e agravos;

 Informações atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças


e agravos, bem como dos fatores que a condicionam, numa
área geográfica ou população definida.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Tem como finalidade
fornecer subsídios para Detectar
Notificar
execução de ações de
controle de doenças e
agravos (informação para a
ação); Alertar Informação Processar
Comunicar para ação Analisar

 A principal fonte destas


informações é a notificação
de agravos e doenças pelos
profissionais de saúde;
Investigar

Ciclo da Vigilância Epidemiológica em Saúde Pública


VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Originalmente, significava a “observação
sistemática e ativa de casos suspeitos ou
confirmados de doenças transmissíveis e de seus
contatos”;

 Vigilância de pessoas;

 Medidas de isolamento ou de quarentena


aplicadas individualmente, e não de forma
coletiva;
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Vigilância epidemiológica de doenças:

 A V.E é baseada na coleta somente da informação que é necessária


para atingir o controle das doenças.
 Os dados requeridos devem diferir de doença para doença e algumas
doenças devem ter necessidade específicas de informação requerendo
sistemas especializados.

 Aspectos desta abordagem:

 Veja a V.E. como um serviço “comum” (REGULAR e SISTEMÁTICO);


 Procurar manter a vigilância e o controle das funções sob
responsabilidade de um técnico;
 Usar uma abordagem funcional para a vigilância das doenças
transmissíveis;
 Explorar as funções centrais: coleta de dados, informe dos dados,
análise dos dados e resposta;
 Oferecer funções de suporte a vigilância: treinamento e supervisão,
fortalecimento do laboratório, comunicações e recurso de gerência.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 É a observação, investigação e análise de rotina da
ocorrência e distribuição de doenças e dos fatores
pertinentes ao seu controle, de maneira que
possibilite desencadear as ações necessárias.
 Constitui componente fundamental das ações básicas
de saúde.
 Para que as ações de prevenção e controle sejam
oportunas e efetivas, é fundamental que:
 A vigilância epidemiológica seja um componente
imprescindível dos programas de controle de doenças;
 As atividades de vigilância epidemiológica sejam
executadas em todos os níveis do sistema (local, regional,
central).
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Fortalecendo, a vigilância regional e global das
doenças transmissíveis com resposta de saúde
pública oportuna e adequada central para
prevenção e controle. Isto é um componente chave
da vigilância epidemiológica das doenças
transmissíveis e sua resposta.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 São funções da V.E.:
 Coleta de dados;
 Processamento dos dados coletados;
 Análise e interpretação dos dados processados;
 Recomendação das medidas de controle apropriadas;
 Promoção das ações de controle indicadas;
 Avaliação da eficácia e efetividade das medidas
adotadas;
 Divulgação de informações pertinentes.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
1. Coleta de Dados

 Disponibilidade de INFORMAÇÕES;
 INFORMAÇÃO PARA A AÇÃO;
 A qualidade da informação, por sua vez, depende
da adequada coleta dos dados gerados no local onde
ocorre o evento sanitário (dado coletado).
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
TIPOS DE DADOS
Dados demográficos, Permitem quantificar a população divida por
socioeconômicos e programas e gerar informações sobre suas
ambientais condições de vida, grupo de idade e zona
geográfica.
Devem conter a unidade notificadora com dados
de identificação (nome, idade, sexo, residência,
profissão, etc.), datas do início da doença, da
notificação e da investigação, antecedentes e
Dados de morbidade data de vacinação e lista de comunicantes
(contatos).
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
TIPOS DE DADOS
Devem conter a fonte de informação como a unidade
notificadora, dados de identificação, local da residência
e do óbito, antecedentes de vacinação, lista de
Dados de comunicantes (contatos).
mortalidade São obtidos através das declarações de óbitos,
processadas pelo Sistema de Informações sobre
Mortalidade - SIM.
Devem conter o número de doses de vacinas:
Notificação de - Cobertura vacinal;
surtos e epidemias - Percentual de unidades com notificação regular;
- Retroalimentação;
- Apoio laboratorial.
Essa prática possibilita a constatação de qualquer
indício de elevação do número de casos de uma
patologia, ou a introdução de outras doenças não
incidentes no local.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Interpretação dos dados

 Serve para a geração de hipóteses, e para isso, é


importante considerar uma série de possíveis
explicações alternativas.
 Isso deverá guiar o grau e a extensão das
recomendações de ação voltadas para o controle do
problema, bem como a necessidade de realizar
estudos epidemiológicos específicos e de avaliar o
sistema de vigilância
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Tipos de V.E.:
 Passiva - Nesse tipo de vigilância, cada nível de
saúde envia informação de forma rotineira e
periódica sobre os eventos sujeitos à vigilância ao
nível imediatamente superior, através dos sistemas
de informação.
 Ativa - Nesse tipo de vigilância, a equipe de saúde
recorre à fonte de informação para realizar uma
busca intencional de casos do evento sujeito à
vigilância. Os profissionais da equipe de saúde
buscam diretamente os dados objetos de vigilância,
revisando até mesmo os registros rotineiros do
serviço de saúde e os registros diários de atenção às
pessoas.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Especializada - refere-se a vigilância de doenças e
outros problemas de saúde em forma particular,
devido à compromissos internacionais ou prioridades
nacionais, como programa de erradicação, eliminação
e controle. Geralmente utiliza articuladamente a V.E
ativa e passiva.

 Sindrômica - Utiliza dados que não são diagnóstico


da doença mais podem indicar estágios precoces de
um surto.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Abrange um conjunto integrado de instituições
públicas e privadas do Sistema Único de Saúde
de nível federal estadual e municipal que direta
ou indiretamente notificam e ou orientam
condutas para o controle de doenças.
 Órgãos responsáveis:

 Nacional – Ministério da Saúde, Conselho Nacional


de Saúde.
 Central Estadual - Secretaria Estadual de Saúde,
Conselho Estadual de Saúde.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Municipal – Secretaria Municipal de Saúde,
Conselho municipal de Saúde.

 Local – Centro de Saúde Unidade Mista, Posto de


Saúde, Hospital, Ambulatório, Consultório Médico,
Laboratório, Escola, Extensão Rural, Agremiações,
Igreja, etc.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Sua utilização efetiva permite a realização do diagnóstico
dinâmico da ocorrência de um evento na população;

 Fornece subsídios para explicações causais dos agravos de


notificação compulsória;

 Indica riscos aos quais as pessoas estão sujeitas,


contribuindo assim, para a identificação da realidade
epidemiológica de determinada área geográfica;

 É, portanto, um instrumento relevante para auxiliar o


planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção,
além de permitir que seja avaliado o impacto das
intervenções.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

 Foi criado para a obtenção regular de dados sobre


mortalidade no país;
 A partir da criação do SIM foi possível a captação de dados
sobre mortalidade, de forma abrangente, para subsidiar as
diversas esferas de gestão na saúde pública;
 Com base nessas informações é possível realizar análises
de situação, planejamento e avaliação das ações e
programas na área.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

 Visa reunir informações epidemiológicas referentes aos nascimentos


informados em todo território nacional;
 Subsidiar as intervenções relacionadas à saúde da mulher e da
criança para todos os níveis do SUS;
 Como ações de atenção à gestante e ao recém-nascido;
 O acompanhamento da evolução das séries históricas do SINASC
permite a identificação de prioridades de intervenção, o que
contribui para efetiva melhoria do sistema
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 .
 A Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) nos
serviços de saúde da Atenção Básica inclui a
avaliação antropométrica (medidas corporais) e
do consumo alimentar, segundo orientações
constantes no Sisvan Web.
 O Sisvan Web tem por objetivo consolidar os
dados referentes às ações de Vigilância Alimentar
e Nutricional, desde o registro de dados
antropométricos e de marcadores de consumo
alimentar até a geração de relatórios.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Obedece a critérios como magnitude, potencial de
disseminação, transcendência, vulnerabilidade,
disponibilidade de medidas de controle;

 Periodicamente revisada, tanto em função da


situação epidemiológica da doença, como pela
emergência de novos agentes;
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Vigilância Epidemiológica é destinada à
proteção e promoção da saúde;

 Finalidade:

 Impedir que a saúde humana seja exposta a riscos;

 Combater as causas dos efeitos nocivos que lhe forem


gerados, em razão de alguma distorção sanitária, na
produção e na circulação de bens, ou na prestação de
serviços de interesse à saúde;

 Ações integradas e articuladas de coordenação,


normatização, capacitação, educação, informação, apoio
técnico, fiscalização, supervisão e avaliação em
Vigilância Sanitária.
VIGILÂNCIA AMBIENTAL
 O QUE É?
 A VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE é definida
como um conjunto de ações que proporcionam o
conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos
fatores determinantes e condicionantes do ambiente
que interferem na saúde humana, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de prevenção e
controle das doenças e outros agravos.
VIGILÂNCIA AMBIENTAL
 Componentes do VIGISUS:

 VIGIÁGUA – vigilância da qualidade da água de


consumo humano.
 VIGISOLO – vigilância de populações expostas a solos
contaminados.
 VIGIAR – vigilância de populações expostas à poluição
do ar.
 VIGIDESASTRES - vigilância de populações expostas
a desastres.
VIGILÂNCIA AMBIENTAL
 VIGIAGUA

Um dos instrumentos de
verificação da
potabilidade da água e de
avaliação dos riscos que os
sistemas e as soluções
alternativas de
abastecimento de água
possam representar para
a saúde humana.
VIGILÂNCIA AMBIENTAL
 Objetivos do VIGIAGUA:
 Reduzir a morbi-mortalidade por doenças e agravos de
transmissão hídrica, por meio de ações de vigilância
sistemática da qualidade da água consumida pela população;
 Buscar a melhoria das condições sanitárias das diversas
formas de abastecimento de água para consumo humano;
 Monitorar sistematicamente a qualidade da água consumida
pela população, nos termos da legislação vigente;
 Informar a população sobre a qualidade da água e riscos à
saúde;
 Apoiar o desenvolvimento de ações de educação em saúde e
mobilização social.
VIGILÂNCIA AMBIENTAL
 VIGISOLO
Desenvolver ações de
vigilância em saúde de
populações expostas a solo
contaminado visando adotar
medidas de promoção da
saúde, prevenção dos fatores
de risco e atenção integral
conforme preconizado no
Sistema Único de Saúde.
VIGILÂNCIA AMBIENTAL
 VIGIAR
O VIGIAR tem como objetivo a
promoção da saúde da população
exposta aos fatores ambientais
relacionados aos poluentes atmosféricos.

Seu campo de atuação prioriza as


regiões onde existam diferentes
atividades de natureza econômica ou
social que gerem poluição atmosférica
de modo a caracterizar um fator de risco
para as populações expostas,
denominadas Áreas de Atenção
Ambiental Atmosférica de interesse para
a Saúde.
VIGILÂNCIA AMBIENTAL
 VIGIDESASTRES
Desastre é uma interrupção grave do
funcionamento normal de uma comunidade ou
sistema cujos efeitos nas pessoas, assim como as
perdas e danos materiais ou ambientais,
superam a capacidade de resposta e recuperação
dessa comunidade.
No Brasil os principais problemas são
acarretados por eventos como secas/estiagens,
enchentes/inundações, incêndios florestais,
deslizamentos/escorregamentos, vendavais,
tornados, granizo, furacões.
VIGILÂNCIA DO TRABALHADOR
VIGILÂNCIA DO TRABALHADOR
VIGILÂNCIA DO TRABALHADOR
VIGILÂNCIA DO TRABALHADOR
Obrigada!!!

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