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UNIDADE I

Enfermagem Integrada

Profa. Dra. Tais Fortes


Políticas Nacionais de Saúde no Âmbito do SUS

 Política Nacional de Atenção Básica (PNAB).

 A Atenção Básica é caracterizada por ser a porta de entrada preferencial do SUS.

 O Decreto n. 7.508, de 28 de julho de 2011, que regulamenta a Lei n. 8.080/90, define que
"o acesso universal, igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde se inicia pelas
portas de entrada do SUS e se completa na rede regionalizada e hierarquizada"

 Tendo em vista uma melhor articulação, a PNAB rege


princípios (universalidade, equidade e integralidade) e
diretrizes (regionalização e hierarquização, territorialização e
adstrição, população adscrita, cuidado centrado na pessoa,
resolutividade, longitudinalidade do cuidado, coordenação do
cuidado, ordenação das redes, participação da comunidade)
que caracterizam a relação de serviços ofertados na Atenção
Básica e são orientadores para a sua organização nos
municípios.
PNAB – Enfermagem

 Realizar atenção à saúde dos indivíduos e famílias vinculadas às equipes e, quando indicado
ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas e associações,
por exemplo) em todos os ciclos de vida.

 Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, solicitar exames complementares,


prescrever medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas ou outras
normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito
Federal, observadas as disposições legais da profissão.

 Realizar e/ou supervisionar acolhimento com escuta


qualificada e classificação de risco de acordo com
protocolos estabelecidos.

 Realizar estratificação de risco e elaborar, como os demais


membros da equipe, um plano de cuidados para as pessoas
que possuem condições crônicas no território.
PNAB – Enfermagem

 Realizar atividades em grupo e encaminhar, quando necessário, os usuários a outros


serviços, conforme fluxo estabelecido pela rede local.

 Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas por técnicos, auxiliares de enfermagem,


agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE) em
conjunto com os outros membros da equipe.

 Supervisionar as ações de técnico, auxiliar de enfermagem e ACS.

 Implementar e manter atualizados rotinas, protocolos e fluxos


relacionados a sua área de competência na UBS.

 Exercer outras atribuições, conforme legislação profissional,


que sejam de responsabilidade na sua área de atuação.
Portaria n. 2.436 de 2017 do Ministério da Saúde

 Define a Atenção Básica, ou Atenção Primária em Saúde, como um conjunto de ações de


saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem a promoção, a prevenção, a proteção,
o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos, os cuidados paliativos e a
vigilância em saúde. Esse conjunto de ações deve ser desenvolvido por meio de práticas de
cuidado integrado e de gestão qualificada, realizadas por uma equipe multiprofissional e
dirigidas à população em território definido.
 Organização em Redes de Atenção à Saúde direcionado às necessidades de
saúde da população Atenção Básica como o primeiro ponto de atenção
Criação de uma relação de ações e serviços que devem ser disponibilizados pelas UBS,
ampliando o atendimento Usuário pode se vincular a mais de uma UBS, através de
negociação entre gestão e equipes mantendo a informação com
a equipe de referência Atribui aos membros da equipe a
função de participar e contribuir com os processos de regulação
do acesso a partir da AB, sinaliza o Telessaúde e a utilização de
protocolos como ferramentas de apoio e aperfeiçoamento do
processo de regulação.
Política Nacional de Atenção Hospitalar

 Instituída através da Portaria n. 3.390, de 30 de dezembro de 2013, que estabelece as


diretrizes para a organização do componente hospitalar da Rede de Atenção à Saúde. É
aplicada a todos os hospitais, públicos ou privados, que prestem ações e serviços de saúde
no âmbito do SUS.

 Os hospitais, enquanto integrantes da RAS, deverão atuar de forma articulada à Atenção


Básica de Saúde, que tem a função de coordenadora do cuidado e ordenadora da RAS, de
acordo com a Portaria n. 2.488/GM/MS, de 21 de outubro de 2011, que aprovou a PNAB.
Os hospitais, além de prestar assistência, constituem-se, ainda, em espaços de educação,
formação de recursos humanos, pesquisa e avaliação de tecnologias em saúde para a RAS.
Política Nacional de Humanização

 HumanizaSUS (PNH) foi criada pelo Ministério da Saúde, em 2003, a partir do reconhecimento
de experiências inovadoras e concretas que compõem um “SUS que dá certo”.
 A Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS tem como propósitos
(BRASIL, 2004a):
 contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS com os princípios e as diretrizes
da humanização;
 fortalecer iniciativas de humanização existentes;
 desenvolver tecnologias relacionais e de compartilhamento das práticas de gestão
e de atenção;
 aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e metodologias de
apoio a mudanças sustentáveis dos modelos de atenção
e de gestão;
 implementar processos de acompanhamento e avaliação,
ressaltando saberes gerados no SUS e experiências
coletivas bem-sucedidas.
Política Nacional de Humanização

 redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso;

 atendimento acolhedor e resolutivo baseado em critérios de risco;

 implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo;

 garantia dos direitos dos usuários;

 valorização do trabalho na saúde;

 gestão participativa nos serviços.


Interatividade

HumanizaSUS (PNH) foi criada pelo Ministério da Saúde, em 2003, a partir do reconhecimento
de experiências inovadoras e concretas que compõem um “SUS que dá certo” . Entre os
objetivos dessa política está:

a) Resolver as demandas dos pacientes a qualquer custo.


b) Abrir as portas dos serviços de saúde, mesmo sem equipamentos.
c) Valorizar o trabalhador da saúde.
d) Valorizar o espaço de atendimento com estrutura de luxo.
e) Repensar as diretrizes do SUS e sua viabilidade.
Resposta

HumanizaSUS (PNH) foi criada pelo Ministério da Saúde, em 2003, a partir do reconhecimento
de experiências inovadoras e concretas que compõem um “SUS que dá certo” . Entre os
objetivos dessa política está:

a) Resolver as demandas dos pacientes a qualquer custo.


b) Abrir as portas dos serviços de saúde, mesmo sem equipamentos.
c) Valorizar o trabalhador da saúde.
d) Valorizar o espaço de atendimento com estrutura de luxo.
e) Repensar as diretrizes do SUS e sua viabilidade.
Estratégias para o Cuidado à Pessoa com Doença Crônica

 As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são, globalmente, as principais causas


de mortalidade.
 As doenças cardiovasculares, os cânceres, as doenças respiratórias crônicas e o diabetes
melito são as principais doenças crônicas manifestadas entre os adultos.
 A prevenção, diagnóstico precoce e acompanhamento do tratamento são o diferencial para
preservar qualidade de vida e expectativa de vida do doente.
 Os grandes fatores de risco globalmente conhecidos são: hipertensão (responsável por 13%
das mortes no mundo), tabagismo (9%), hiperglicemia (6%), inatividade física (6%),
sobrepeso e obesidade (5%).

Os três componentes essenciais da vigilância de DCNT são:


 monitoramento dos fatores de risco;
 monitoramento da morbidade e mortalidade das DCNT;
 monitoramento e avaliação das ações de assistência e
promoção da saúde.
Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas
Não Transmissíveis (DCNT) – Brasil
Entre as metas, podemos destacar:

 Redução de mortalidade prematura (de 30 anos a 69 anos) por DCNT em 2% ao ano;


 Redução da prevalência de tabagismo em 30%;
 Aumento dos índices de mamografia em mulheres de 50 anos a 69 anos para 70% em
dois anos;
 Aumento dos índices de papanicolau em mulheres de 25 anos a 64 anos de idade para 85%
em 3 anos;
 Aumento da prevalência da prática de atividade física no tempo livre em 10%;
 Contenção do crescimento da obesidade em adultos;
 Aumento do consumo recomendado de frutas e hortaliças
em 10%;
 Redução do consumo abusivo de bebidas alcoólicas em 10%.
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)

 A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é o  PA: pressão arterial; PAS: pressão arterial sistólica;
principal fator de risco para as doenças PAD: pressão arterial diastólica. A classificação é
cardiovasculares (DCV), sendo uma definida de acordo com a PA no consultório e pelo
condição clínica associada à elevada nível mais elevado de PA, sistólica ou diastólica. A
mortalidade. Salienta-se ainda que cerca de HA sistólica isolada, caracterizada pela PAS ≥ 140
80% dos hipertensos possuem comorbidades mmHg e PAD < 90 mmHg, é classificada em 1, 2
como diabetes, dislipidemia, tabagismo ou ou 3, de acordo com os valores da PAS nos
histórico familiar de ateromatose. intervalos indicados. A HA diastólica isolada,
 Classificação da pressão arterial de acordo caracterizada pela PAS < 140 mmHg e PAD ≥ 90
com a medição casual ou no consultório mmHg, é classificada em 1, 2 ou 3, de acordo com
(a partir de 18 anos de idade). os valores da PAD nos intervalos indicados.
Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg)
Ótima ≤ 120 ≤ 80
Normal 120 – 129 80 - 84
Pré-hipertensão 130 – 139 85 - 89
Hipertensão estágio 1 140 - 159 90 - 99
Fonte: Diretrizes
Brasileiras de Hipertensão estágio 2 160- 179 100 - 109
Hipertensão
Hipertensão estágio 3 ≥180 ≥110
Arterial (2020).
Diabete Melito

A doença ocorre pela diminuição da produção da insulina e/ou pela resistência à insulina,
podendo ser classificada como tipo 1 ou tipo 2.

 No tipo 1, o processo de destruição da célula beta leva ao estágio de deficiência absoluta de


insulina, quando sua administração (de insulina) é necessária para prevenir cetoacidose.

 No tipo 2, a deficiência relativa de insulina é menos intensa do que a observada no tipo 1, e


costuma ter um início insidioso e sintomas mais brandos. Manifesta-se, em geral, em adultos
com longa história de excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2.

 Entre as complicações crônicas do DM, as úlceras de pés e a


amputação de extremidades são as mais graves e de maior
impacto socioeconômico.
Fluxo de Atendimento ao Usuário Portador de DM

Consulta de
Engermagem

Sinais / sintomas e condições de risco presentes

Glicemia capilar

< 100mg/dl > 100 e > 200mg/dl > 126mg/dl

Diabetes improvável Glicemia de jejum Diabetes

Consulta de enfermagem Consulta médica


Testar glicemia a cada 2
para MEV e reavaliação
anos (grupo de risco)
a cada ano
Fonte: Rosso (2014).
Formulações de Insulinas Disponíveis no Brasil

Tipo Nome Início Pico Duração


Insulinas Basais
Insulina intermediária NPH 2-4h 4-10h 10-18h
Análogo de ação longa Glargina U100 2-4h - 20-24h
Análogo de ação intermediária Detemir 1-3h 6-8h 18-22h
Glargina U300 6h - 36h
Análogo de ação ultra-longa
Degludeca < 4h - 42h

Fonte: Insulinas Prandiais


https://diretriz.diabet Insulina rápida Regular (Humulin R/Novolin R) 30-60min 2-3h 5-8h
es.org.br/insulinotera
pia-no-diabetes- Asparte (Novorapid)
mellitus-tipo-1-dm1/ Lispro (Humalog) 5-15min 30min-2h 3-5h
Análogo de ação ultra-rápida Glulisina (Apidra)
Fast Aspartate (Fiasp) 2-5min 1-3h 5h
Inalada (Afrezza) imediato 10-20min 1-2h
Insulinas Pré-Misturadas
NPH/Regular 70% NPH/30% R (Humulin 70/30) 30min-1h 3-12h
75% NPL/25% Lispro (Humalog Mix 25)
NPL/Lispro 10-16h
50% NPL/50% Lispro (Humalog Mix 50) 5-15min 1-4h
NPA/Asparte 70% NPA / 30% Aspart (NovoMix 70/30)
Diabetes Tipo 2

Além da obesidade e do sedentarismo, há outros fatores de risco para o diabetes tipo 2:

 Idade acima de 45 anos.


 Hipertensão arterial.
 História familiar de diabetes.
 História prévia de diabetes gestacional.
 Ovário policístico.
 Tabagismo.
 Glicemia de jejum maior que 100 mg/dl (pré-diabetes).
 Uso prolongado de medicamentos, como corticoides,
ciclosporina ou ácido nicotínico.
 Dieta rica em gorduras saturadas e carboidratos e pobre em
vegetais e frutas. Colesterol elevado.
Diabetes no SUS

 Para tratar o diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece medicamentos


gratuitamente. São seis medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde e liberados
nas farmácias credenciadas.
 Além disso, os pacientes portadores da doença são acompanhados pela Atenção Básica
e a obtenção do medicamento para o tratamento tem sido fundamental para reduzir os
desfechos mais graves da doença.
 Em março de 2017, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec)
incorporou ao SUS duas novas tecnologias para o tratamento do diabetes.
 A caneta para injeção de insulina, para proporcionar a melhor comodidade na aplicação,
facilidade de transporte, armazenamento e manuseio e maior
assertividade no ajuste da dosagem;
 Insulina análoga de ação rápida, que são insulinas
semelhantes às insulinas humanas, porém com pequenas
alterações nas moléculas, que foram feitas para modificar a
maneira como as insulinas agem no organismo humano,
especialmente em relação ao tempo para início de ação e
duração do efeito.
Interatividade

As DCNT são preveníveis e diagnosticáveis precocemente. Em comum, a hipertensão e a


diabetes têm como fatores de risco:

a) Raça e localidade de moradia.


b) Condições sanitárias.
c) Obesidade ou sobrepeso.
d) Número de gestações.
e) Histórico de câncer na família.
Resposta

As DCNT são preveníveis e diagnosticáveis precocemente. Em comum, a hipertensão e a


diabetes têm como fatores de risco:

a) Raça e localidade de moradia.


b) Condições sanitárias.
c) Obesidade ou sobrepeso.
d) Número de gestações.
e) Histórico de câncer na família.
Fundamentos Científicos sobre Oncologia e Terapêutica Oncológica

 O câncer é uma doença causada pelo crescimento anormal e desordenado das células e
atinge pessoas de todos os sexos, idades, culturas e situações socioeconômicas. Está entre
as principais causas de morte, criando um impacto psicológico na percepção da sexualidade,
da imagem pessoal e da autoestima de maneira muito significativa.
 O Instituto Nacional do Câncer (Inca) destaca que os fatores de risco de câncer, em uma
determinada população, dependem diretamente das características biológicas e
comportamentais dos indivíduos que a compõem, bem como das condições sociais,
ambientais, políticas e economias que os permeiam, ou seja, são altamente influenciados
pela cultura do grupo ao qual pertencem.
 A oncologia visa à diminuição do impacto das possíveis
alterações físicas e emocionais e dos efeitos colaterais
adversos do tratamento quimioterápico. A fim de proporcionar
maior qualidade de vida aos pacientes, a oncologia surge como
uma especialidade que, por excelência, viu-se confrontada com
a necessidade de avaliar as propostas, já que muitas vezes, na
busca de acrescentar “anos à vida”, era deixada de lado a
necessidade de acrescentar “vida aos anos”.
Enfermagem na Oncologia

 Os cuidados de enfermagem ao paciente com câncer devem ser individualizados, pois cada
fase da vida apresenta transformações fisiológicas e psíquicas. O paciente está fragilizado e
com uma perspectiva de sobrevida reduzida.

 A importância do relacionamento entre paciente, equipe de enfermagem e família no


processo de cuidar inclui os seguintes aspectos: a maneira pela qual é dada a notícia, a
clareza com que é abordado o assunto e a abertura que é ofertada ao paciente e à sua
família para que seja possível conversar sobre seu sofrimento, sentimentos, dúvidas
e recuperação.

 A cada dia novos métodos diagnósticos e propostas de


tratamento são desencobertas e desenvolvidas. Cabe ao
enfermeiro de oncologia, manter-se atualizado para poder
oferecer ao paciente as opções que melhor se adequam ao
seu perfil de doença e social.
A adoção de medidas de prevenção do câncer são altamente eficazes para a redução dos
casos de câncer e a minimização de sua incidência com o incentivo a:

 Estilo de vida saudável: melhoria na qualidade da alimentação e no combate


ao sedentarismo;
 Restrição ao uso de tabaco e álcool;
 Diminuição da exposição ao sol e à proteção contra raios ultravioleta (Raios UV);
 Diminuição da exposição a poluentes atmosféricos e inaláveis;
 Diminuição da exposição ocupacional a agentes cancerígenos, dentre outros.
Diagnóstico Precoce

 A detecção, o diagnóstico e o tratamento precoce nas fases iniciais da doença, nos grupos
de maior risco para alguns tipos de câncer (como mama, colo uterino, próstata e colorretal),
podem resultar na diminuição da mortalidade específica e adoecimento.

 A orientação da população combinada com a formação de profissionais e com o acesso aos


serviços de saúde de qualidade são fatores preponderantes por maiores taxas de cura e
responsáveis na redução dos altos custos econômicos e sociais da doença
Tratamento

 O tratamento do câncer e de suas complicações é realizado através de procedimentos


cirúrgicos, quimioterápicos e radioterápicos, isolados ou combinados entre si.

 O controle dos sintomas é primordial, tanto na fase inicial da doença como na avançada,
com possibilidades terapêuticas.

 O controle da dor deve ocorrer em todas as fases da doença

 Os efeitos secundários da doença e os decorrentes de seu


tratamento, como depressão, ansiedade, menopausa precoce,
osteoporose, fadiga, demais neoplasias, dentre outros, devem
compor o conjunto de cuidados na atenção e assistência
aos pacientes.
Política Nacional de Atenção Oncológica (Pnao)

 O Ministério da Saúde, através da Portaria n. 2.048 de 3 de setembro de 2009, instituiu no


Sistema Único de Saúde (SUS) a Política Nacional de Atenção Oncológica (Pnao), definindo
as ações de prevenção e controle do câncer e de assistência aos doentes de câncer.

 A Pnao define para o país um abrangente conjunto de medidas para o controle do câncer,
desde as ações de prevenção até a assistência de alta complexidade, integradas em redes
de atenção oncológica, com o objetivo de reduzir a incidência e a mortalidade por câncer.
Incidência de Câncer no Brasil

 Em estudo de 2022, o Inca apresentou uma estimativa para os três próximos anos, de
ocorrências para 21 tipos de câncer mais incidentes no país, dois a mais do que na
publicação anterior, com a inclusão dos cânceres de pâncreas e de fígado. Foram incluídos
por serem problema de saúde pública, sendo que o câncer de fígado aparece entre os mais
incidentes na região Norte do Brasil, estando relacionado a infecções hepáticas e doenças
hepáticas crônicas. O câncer de pâncreas está entre os 10 mais incidentes na região Sul,
sendo seus principais fatores de risco a obesidade e o tabagismo.

 Quanto à incidência de tumores no Brasil, o mais incidente é o


de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido
pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e
reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%). Se diferen-
ciados por sexo, temos em homens o câncer de próstata
predominante em todas as regiões. Na população feminina, o
câncer de mama é o mais incidente (depois do de pele não
melanoma).
Interatividade

Quando abordamos a temática câncer, devemos considerar para o tratamento do paciente:

a) Condição para pagar o tratamento.


b) Que o paciente seja poupado das informações por não ser profissional da saúde.
c) A distância de familiares para não dificultarem o processo de tratamento.
d) Que todo câncer mata, independentemente do tratamento.
e) Participação de paciente e familiares em todas as decisões.
Resposta

Quando abordamos a temática câncer, devemos considerar para o tratamento do paciente:

a) Condição para pagar o tratamento.


b) Que o paciente seja poupado das informações por não ser profissional da saúde.
c) A distância de familiares para não dificultarem o processo de tratamento.
d) Que todo câncer mata, independentemente do tratamento.
e) Participação de paciente e familiares em todas as decisões.
Cuidado Paliativo

 O Movimento Hospice Moderno foi introduzido pela inglesa Cicely Saunders. Com formação
humanista e médica, em 1967 fundou o St. Christopher’s Hospice, cuja estrutura não só
permitiu a assistência aos doentes, mas o desenvolvimento de ensino e pesquisa, recebendo
bolsistas de vários países.

 Na década de 1970, o encontro nos Estados Unidos entre Cicely Saunders e Elisabeth
Klüber-Ross fez com que o movimento crescesse.

 Em 1982, o Comitê de Câncer da Organização Mundial da


Saúde (OMS) criou um grupo de trabalho responsável por
definir políticas para o alívio da dor e cuidados do tipo hospice
que fossem recomendados em todos os países para pacientes
com câncer. O termo cuidado paliativo, já utilizado no Canadá,
passou a ser adotado pela OMS devido à dificuldade de
tradução adequada da expressão “hospice” em alguns idiomas.
Cuidado Paliativo

 Segundo a definição da OMS, revista em 2002, cuidado paliativo é:


 Uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que
enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio
do sofrimento. Requer identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros
problemas de natureza física, psicossocial e espiritual.
 O cuidado paliativo não se baseia em protocolos, mas em princípios.
 Não se fala mais em terminalidade, mas em doença que ameaça a vida.
 Indica-se o cuidado desde o diagnóstico, expandindo nosso campo de atuação.
 Não fala em impossibilidade de cura, mas na possibilidade ou
não de tratamento modificador da doença, afastando dessa
forma a ideia de “não ter mais nada a fazer”.
 Inclui a espiritualidade entre as dimensões do ser humano.
 A família é lembrada, portanto, assistida também após a
morte do paciente, no período de luto.
Cuidado Paliativo

 O cuidado paliativo no Brasil teve seu início na década de 1980 e conheceu um crescimento
significativo a partir do ano 2000, com a consolidação dos serviços já existentes e pioneiros e
com a criação de outros não menos importantes. Hoje já são mais de quarenta iniciativas em
toda a nação.

Propostas do cuidado paliativo:


 Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis.
 Não acelerar nem adiar a morte.
 Afirmar a vida e considerar a morte um processo normal da vida.
 Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado
ao paciente.
 Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente
viver tão ativamente quanto possível até o momento da
sua morte.
Proposta do Cuidado Paliativo

 Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e o luto.

 Oferecer abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus


familiares, incluindo acompanhamento no luto.

 Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença.

 Iniciar o mais precocemente possível o cuidado paliativo, juntamente com outras medidas de
prolongamento da vida, como quimioterapia e radioterapia, e incluir todas as investigações
necessárias para melhor compreender e controlar situações clínicas estressantes.

 Não se trata de cultivar uma postura contrária à medicina


tecnológica, mas de questionar o uso excessivo da tecnologia
e refletir sobre a nossa conduta diante da mortalidade
humana, tentando o equilíbrio devido entre conhecimento
científico e humanismo para resgatar a dignidade da vida e a
possibilidade de morrer em paz.
Interatividade

Na abordagem dos cuidados paliativos, deve ficar claro que a proposta apresentada pela
equipe de saúde visa:

a) Abreviar a vida do paciente.


b) Reduzir o convívio familiar e consequente sofrimento.
c) Sedar o paciente para não sofrer ou se comunicar com os familiares.
d) Oferecer condições dignas de cuidados.
e) Esgotar as possibilidades terapêuticas, mesmo que sem efetividade.
Resposta

Na abordagem dos cuidados paliativos, deve ficar claro que a proposta apresentada pela
equipe de saúde visa:

a) Abreviar a vida do paciente.


b) Reduzir o convívio familiar e consequente sofrimento.
c) Sedar o paciente para não sofrer ou se comunicar com os familiares.
d) Oferecer condições dignas de cuidados.
e) Esgotar as possibilidades terapêuticas, mesmo que sem efetividade.
ATÉ A PRÓXIMA!

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