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Atenção Básica

PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE
SETEMBRO DE 2017

Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a


revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
• Art. 1º Esta Portaria aprova a Política Nacional de
Atenção Básica - PNAB, com vistas à revisão da
regulamentação de implantação e operacionalização
vigentes, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS,
estabelecendo-se as diretrizes para a organização do
componente Atenção Básica, na Rede de Atenção à
Saúde - RAS.

• Parágrafo único. A Política Nacional de Atenção Básica


considera os termos Atenção Básica - AB e Atenção
Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como
termos equivalentes, de forma a associar a ambas os
princípios e as diretrizes definidas neste documento.
• Art. 2º A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde
individuais, familiares e coletivas que envolvem
promoção, prevenção, proteção, diagnóstico,
tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados
paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio
de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada,
realizada com equipe multiprofissional e dirigida à
população em território definido, sobre as quais as
equipes assumem responsabilidade sanitária.
§1º A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de
comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das
ações e serviços disponibilizados na rede.
§ 2º A Atenção Básica será ofertada integralmente e gratuitamente a
todas as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do
território, considerando os determinantes e condicionantes de saúde.
§ 3º É proibida qualquer exclusão baseada em idade, gênero, raça/cor,
etnia, crença, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero,
estado de saúde, condição socioeconômica, escolaridade, limitação
física, intelectual, funcional e outras.
§ 4º Para o cumprimento do previsto no § 3º, serão adotadas
estratégias que permitam minimizar desigualdades/iniquidades, de
modo a evitar exclusão social de grupos que possam vir a sofrer
estigmatização ou discriminação, de maneira que impacte na
autonomia e na situação de saúde.
Princípios
• Universalidade
• Equidade
• Integralidade
Diretrizes
• Regionalização e Hierarquização
• Territorialização
• População Adscrita
• Cuidado centrado na pessoa
• Resolutividade
• Longitudinalidade do cuidado
• Coordenação do cuidado
• Ordenação da rede
• Participação da comunidade
Atenção Básica
Um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo,
que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de
agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção
da saúde.
Segundo CONASS (2007), o termo “Atenção Básica utilizada pelo
Ministério da Saúde para designar a atenção primária é resultante
da necessidade de diferenciar a proposta da saúde da família da
proposta dos “cuidados primários de saúde”, mais ligados a uma
lógica de focalização e de atenção primitiva à saúde; sendo assim a
nomenclatura Atenção Básica é adotada para definir a APS no país,
tendo como sua estratégia principal de atuação a Saúde da Família.
Objetivo
É orientar sobre a prevenção de doenças, solucionar os
possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para
níveis de atendimento superiores em complexidade. A
atenção básica funciona, portanto, como um filtro capaz de
organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos mais
simples aos mais complexos.
Operacionalização
Deve acontecer por meio do exercício de práticas gerenciais e
sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho
em equipe, e dirigidas a populações de territórios bem
delimitados, pelas quais essa equipe deve assumir a
responsabilidade sanitária, considerando a vida dinâmica
existente nesse território em que vivem essas populações”, deve
ser o contato preferencial dos usuários do sistema.
Iniciativas
• Estratégia Saúde da Família
• Equipes de Consultórios de Rua
• Programa Melhor em Casa
• Programa Brasil Sorridente
• Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS)
Atribuiçõ es
• Participar do processo de territorialização e mapeamento da
área de atuação da equipe
• Cadastrar e manter atualizado o cadastramento e outros
dados de saúde das famílias e dos indivíduos no sistema de
informação da Atenção Básica vigente
• Realizar o cuidado integral à saúde da população adscrita,
prioritariamente no âmbito da Unidade Básica de Saúde, e
quando necessário, no domicílio e demais espaços
comunitários
• Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de
saúde da população local, bem como aquelas previstas nas
prioridades, protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas
Enfermeiro
• Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias vinculadas às
equipes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos
demais espaços comunitários
• Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, solicitar exames
complementares, prescrever medicações conforme protocolos,
diretrizes clínicas e terapêuticas, ou outras normativas técnicas
• Realizar e/ou supervisionar acolhimento com escuta qualificada e
classificação de risco, de acordo com protocolos estabelecidos
• Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para
as pessoas que possuem condições crônicas no território, junto aos
demais membros da equipe
• Realizar atividades em grupo e encaminhar, quando necessário,
usuários a outros serviços, conforme fluxo estabelecido pela rede
local
• Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos
técnicos/auxiliares de enfermagem, ACS e ACE em conjunto
com os outros membros da equipe
• Supervisionar as ações do técnico/auxiliar de enfermagem e
ACS
• Implementar e manter atualizados rotinas, protocolos e fluxos
relacionados a sua área de competência na UBS
• Exercer outras atribuições conforme legislação profissional, e
que sejam de responsabilidade na sua área de atuação

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